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CAPITULO 2 – A CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

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CAPITULO 2 – A CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SOCIOLOGIA DO DIREITO,

SUA HISTORIA E SUAS SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICASPRINCIPAIS TEMÀTICAS

Page 2: CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

O surgimento da sociologia coincide O surgimento da sociologia coincide com o momento de racionalização com o momento de racionalização

dos aparatos jurídicos, isto é a dos aparatos jurídicos, isto é a modernização dos instrumentos modernização dos instrumentos

burocráticos, jurídicos e burocráticos, jurídicos e institucionais, dentro do Estado de institucionais, dentro do Estado de Direito. A partir de então, as regras Direito. A partir de então, as regras do Direito e seus princípios passam do Direito e seus princípios passam a ser administrados por profissionais a ser administrados por profissionais

especializados.especializados.

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Nas últimas décadas a disciplina Nas últimas décadas a disciplina sociológica passou a incorporar o sociológica passou a incorporar o

Direito em seus estudos, integrando Direito em seus estudos, integrando uma tendência mundial que uma tendência mundial que

privilegia a democratização dos privilegia a democratização dos mecanismos de justiça e de controle mecanismos de justiça e de controle

sobre as magistraturas, polícias e sobre as magistraturas, polícias e ministério público.ministério público.

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Compete a Compete a sociologiasociologia jurídicajurídica estudar os pontos de estudar os pontos de

tensão existentes entre a tensão existentes entre a norma jurídica e os valores e norma jurídica e os valores e

práticas sociais.práticas sociais.

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OS ESTADOS NACIONAIS E OS ESTADOS NACIONAIS E OS DIREITOS NATURAISOS DIREITOS NATURAIS

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Qual o Objetivo do Estado?Qual o Objetivo do Estado?

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CONTRATUALISMOCONTRATUALISMO• O Contratualismo compreende todas aquelas teorias que O Contratualismo compreende todas aquelas teorias que

vêem a origem da sociedade e o fundamento do poder vêem a origem da sociedade e o fundamento do poder político num contrato, num acordo tácito ou expresso político num contrato, num acordo tácito ou expresso entre a maioria dos indivíduos, acordo este, que entre a maioria dos indivíduos, acordo este, que assinalaria o fim do estado de natureza e o inicio do assinalaria o fim do estado de natureza e o inicio do estado social e político. Assim o homem saiu do estado estado social e político. Assim o homem saiu do estado de natureza para associar-se num pacto com outros de natureza para associar-se num pacto com outros homens.homens.

• A lógica contratualista se opõe ao reino animal, em que A lógica contratualista se opõe ao reino animal, em que cada ser segue seus próprios instintos e impulsos; no cada ser segue seus próprios instintos e impulsos; no reino social ou estagio civilizatório impera o reino reino social ou estagio civilizatório impera o reino humano, mundo regido pela razão, pela busca da paz humano, mundo regido pela razão, pela busca da paz em detrimento da guerra, pelo consenso das vontades em detrimento da guerra, pelo consenso das vontades particulares. particulares.

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Para Thomás Hobbes ( 1588- 1679), Para Thomás Hobbes ( 1588- 1679), o o objetivo do Estado era retirar o homem do objetivo do Estado era retirar o homem do estado de natureza. Portanto o Direito é a estado de natureza. Portanto o Direito é a

liberdade proporcionada pela lei. As leis são as liberdade proporcionada pela lei. As leis são as restrições estabelecidas de comum acordo – restrições estabelecidas de comum acordo –

consenso- para promover a restrição de nossas consenso- para promover a restrição de nossas liberdades recíprocas.liberdades recíprocas.

A lei civil seria a restrição ao direito que todo A lei civil seria a restrição ao direito que todo homem tem a toda coisa, no estado de homem tem a toda coisa, no estado de

natureza. Por conseguinte a lei emanada do natureza. Por conseguinte a lei emanada do EstadoEstado

( Leviatã( Leviatã) ao limitar a liberdade natural dos ) ao limitar a liberdade natural dos homens tem como função conservar a vida.homens tem como função conservar a vida.

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• Hobbes sustentava que, sem um governo forte e capacitado, os Hobbes sustentava que, sem um governo forte e capacitado, os homens não respeitariam os limites necessários a uma boa homens não respeitariam os limites necessários a uma boa convivência social. Os caos estaria sempre presente no cotidiano convivência social. Os caos estaria sempre presente no cotidiano das pessoas.das pessoas.

• Ele considerava o Estado como um monstruoso aparato Ele considerava o Estado como um monstruoso aparato administrativo, que, por meio de um contrato social firmado com a administrativo, que, por meio de um contrato social firmado com a população, poderia absorver o direito de resolver por ela, população, poderia absorver o direito de resolver por ela, soberanamente, as questões do bem comum. Portanto, para soberanamente, as questões do bem comum. Portanto, para escapar ao caos e ter assegurada a sobrevivencia, o homem escapar ao caos e ter assegurada a sobrevivencia, o homem perderia a liberdade política.perderia a liberdade política.

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MaquiavelMaquiavel• Juntamente com THOMAS HOBBES (1588 – 1769) Maquiavel, Juntamente com THOMAS HOBBES (1588 – 1769) Maquiavel,

é um dos principais teóricos do absolutismo e está na base é um dos principais teóricos do absolutismo e está na base da formação do Estado Moderno e advoga que:da formação do Estado Moderno e advoga que:

• “ “O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, integro e O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, integro e religioso, bastando que apresente ter tais qualidades”. religioso, bastando que apresente ter tais qualidades”.

• {...} Um príncipe não pode observar todas as coisas a que {...} Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, agir contra frequentemente forçado, para manter o governo, agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião.a caridade, a fé, a humanidade, a religião.

• {...}. O príncipe não deve se desviar do bem se possível, {...}. O príncipe não deve se desviar do bem se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal se necessário. mas deve estar pronto a fazer o mal se necessário.

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• Portanto, deveis saber que existem duas formas de Portanto, deveis saber que existem duas formas de combater: uma com as leis, a outra com a força. A primeira combater: uma com as leis, a outra com a força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Mas, como a é própria do homem; a segunda, dos animais. Mas, como a maioria das vezes a primeira não é suficiente, convém maioria das vezes a primeira não é suficiente, convém recorrer à segunda. Portanto, para ser príncipe, é necessário recorrer à segunda. Portanto, para ser príncipe, é necessário saber utilizar corretamente o animal e o homem. saber utilizar corretamente o animal e o homem.

• {...}. Sendo assim, é preciso que o príncipe saiba utilizar {...}. Sendo assim, é preciso que o príncipe saiba utilizar bem sua parte animal, ele deve tomar como exemplo a bem sua parte animal, ele deve tomar como exemplo a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas, e a raposa não sabe se defender dos lobos. É armadilhas, e a raposa não sabe se defender dos lobos. É indispensável, portando, ser uma raposa para reconhecer as indispensável, portando, ser uma raposa para reconhecer as armadilhas, e um leão para assustar os lobos.armadilhas, e um leão para assustar os lobos.

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• Desse ponto,surge uma questao: se é melhor ser Desse ponto,surge uma questao: se é melhor ser amado do que temido, ou o contrário. A resposta amado do que temido, ou o contrário. A resposta é que seria melhor ser amado que temido, ou o é que seria melhor ser amado que temido, ou o contrario. A resposta é que seria conveniente contrario. A resposta é que seria conveniente tanto uma coisa como a outra.tanto uma coisa como a outra.

• Mas, como é muito difícil reunir ambas, é muito Mas, como é muito difícil reunir ambas, é muito mais seguro ser temido do que ser amado, no mais seguro ser temido do que ser amado, no caso de ser necessário prescindir de uma das caso de ser necessário prescindir de uma das duas. Porque, os homens em geral, pode-se dizer duas. Porque, os homens em geral, pode-se dizer o seguinte: que são ingratos, volúveis, hipócritas, o seguinte: que são ingratos, volúveis, hipócritas, fogem do perigo e estão ávidos por ganhos. fogem do perigo e estão ávidos por ganhos.

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Para Para Jean-Jacques Rousseau ( 1712- 1778),Jean-Jacques Rousseau ( 1712- 1778), a natureza dava aos homens uma vida com a natureza dava aos homens uma vida com liberdade, mas a organização da sociedade liberdade, mas a organização da sociedade tolhia o seu exercício.( Todo homem nasce tolhia o seu exercício.( Todo homem nasce

bom, a sociedade é que o perverte) bom, a sociedade é que o perverte) O objetivo do Estado seria assegurar as bases O objetivo do Estado seria assegurar as bases

de um novo contrato social pautado na de um novo contrato social pautado na soberania popular e que permitisse aos soberania popular e que permitisse aos

indivíduos terem na vida uma liberdade capaz indivíduos terem na vida uma liberdade capaz de compensar o sacrifício da liberdade com que de compensar o sacrifício da liberdade com que

nasceram. nasceram. Defende que devia prevalecer não a vontade Defende que devia prevalecer não a vontade

da maioria, mas sim a vontade geral - da maioria, mas sim a vontade geral - democracia direta.democracia direta.

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Bases para um governo civilBases para um governo civil

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John LockeJohn Locke ( 1632-1704 ( 1632-1704), ), preocupou-se com a instalação e a preocupou-se com a instalação e a configuração do poder político com configuração do poder político com bases assentadas no direito civil de bases assentadas no direito civil de proteção e manutenção aos direitos proteção e manutenção aos direitos

naturais, fundamentando assim a naturais, fundamentando assim a teoria do contrato social.teoria do contrato social.

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Para ele os homens abandonam o Para ele os homens abandonam o estado de natureza e se unem com estado de natureza e se unem com

o objetivo de conservar suas o objetivo de conservar suas propriedades, submetendo suas propriedades, submetendo suas

posses à jurisdição do governo, que posses à jurisdição do governo, que deve consecutivamente respeitar deve consecutivamente respeitar

seus direitos naturais.seus direitos naturais.

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O portador de direitos é apenas o O portador de direitos é apenas o possuidor de propriedade, tendo este possuidor de propriedade, tendo este autonomia, competindo ao governo autonomia, competindo ao governo

assegurá-la, não tendo este assegurá-la, não tendo este precedência frente ao direito dos precedência frente ao direito dos

indivíduos. indivíduos. Os indivíduos podem dissolver o Os indivíduos podem dissolver o

governo quando julgarem governo quando julgarem conveniente e instaurarem outro, conveniente e instaurarem outro,

segundo o consentimento privado – segundo o consentimento privado – liberalismo privado. liberalismo privado.

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O indivíduo como fonte do direitoO indivíduo como fonte do direito

O homem tem direitos inatos( naturais) O homem tem direitos inatos( naturais) e adquiridos (civis); e o único direito e adquiridos (civis); e o único direito inato, ou seja transmitido ao homem inato, ou seja transmitido ao homem pela natureza e não por uma pela natureza e não por uma autoridade constituída, é a autoridade constituída, é a liberdadeliberdade, , isto é, a independência em face de isto é, a independência em face de qualquer constrangimento imposto qualquer constrangimento imposto pela vontadepela vontade do outro:do outro: a liberdade a liberdade como autonomia.como autonomia.

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A Declaração dos direitos do A Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, Homem e do Cidadão,

considera a igualdade diante considera a igualdade diante da lei e igualdade fiscal ou da lei e igualdade fiscal ou seja a igualdade de todos seja a igualdade de todos

perante a lei.perante a lei.

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SOCIOLOGIA JURÍDICA OU DO DIREITO?SOCIOLOGIA JURÍDICA OU DO DIREITO?

A disciplina sociologia jurídica difere da sociologia A disciplina sociologia jurídica difere da sociologia do direito, por ser um campo mais amplo, do direito, por ser um campo mais amplo, incluindo outras formas de justiça e jurisdição, incluindo outras formas de justiça e jurisdição, uma vez que muitas sociedades não uma vez que muitas sociedades não desenvolveram o campo do direito como esfera desenvolveram o campo do direito como esfera autônoma, e alguns grupos sociais possuem autônoma, e alguns grupos sociais possuem outras formas de justiça que não as estatais.outras formas de justiça que não as estatais.

Page 21: CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

Daí surge o conceito de Daí surge o conceito de PLURALISMO PLURALISMO JURIDICO,JURIDICO, entendido como a entendido como a

convivência de diferentes regras e formas convivência de diferentes regras e formas de fazê-las cumprir, incluindo-se as de fazê-las cumprir, incluindo-se as

fórmulas do direito oficial. Ou seja outras fórmulas do direito oficial. Ou seja outras de formas de se fazer justiça ou resolver de formas de se fazer justiça ou resolver conflitos sem recorrer ao aparato estatal. conflitos sem recorrer ao aparato estatal. Esse mecanismo é muito presente entre Esse mecanismo é muito presente entre

os grupos sociais excluídos, seja no os grupos sociais excluídos, seja no campo ou na cidade.campo ou na cidade.

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Sociologia do direito e seus Campos Sociologia do direito e seus Campos de estudode estudo

• A sociologia do Direito preocupa-se com as A sociologia do Direito preocupa-se com as ambigüidades existentes entre a lei e ambigüidades existentes entre a lei e ordem, entre regra formal e práticas ordem, entre regra formal e práticas informais, entre Estado e Sociedade, entre informais, entre Estado e Sociedade, entre o direito positivo e direitos sociais, enfim o direito positivo e direitos sociais, enfim entre legalidade e legitimidade.entre legalidade e legitimidade.

Page 23: CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

O acesso à justiça e a idéia de injustiçaO acesso à justiça e a idéia de injustiça

Qual a capacidade do Estado em promover e Qual a capacidade do Estado em promover e distribuir justiça?distribuir justiça? Como resolver o problema do acesso restrito a Como resolver o problema do acesso restrito a ela?ela?Como aplicar a lei em uma sociedade marcada por Como aplicar a lei em uma sociedade marcada por fortes desigualdades sociais?fortes desigualdades sociais?A aceitação do poder da autoridade ocorre na A aceitação do poder da autoridade ocorre na medida em que os governantes cumprem a sua medida em que os governantes cumprem a sua parte no pacto de legitimidade, isto é, dão parte no pacto de legitimidade, isto é, dão proteção, promovem a paz, a ordem e contribuem proteção, promovem a paz, a ordem e contribuem para a segurança social.para a segurança social.

Slide do MascaroSlide do Mascaro

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O CAMPO DA SOCIOLOGIA O CAMPO DA SOCIOLOGIA JURIDICA, SEGUNDO OS JURIDICA, SEGUNDO OS

CLÁSSICOS – EMILE CLÁSSICOS – EMILE DURKHEIM E KARL MARX.DURKHEIM E KARL MARX.

Page 25: CAPITULO 2 – A SOCIOLOGIA DO DIREITO, SUA HISTORIA E SUAS PRINCIPAIS TEMÀTICAS

A CONCEPCÃO DE CRIME PARA DURKHEIMA CONCEPCÃO DE CRIME PARA DURKHEIMA normalidade da crise e sua utilidade socialA normalidade da crise e sua utilidade social

Durkleim critica a tese de que os fenômenos mórbidos de um sociedade (crime, loucura e suicídio) são diferentes dos fenômenos tido como normais.Desta forma os fenômenos sociais tem base comum, o que difere é a maneira como se manifestam e o peso moral que lhe atribuímos: “ as formas mórbidas de um mesmo fenômeno não são de natureza diferente das formas normais”, o que quer dizer que “ as doenças não se opõe a saúde” de um corpo. Logo os fenômenos sociais são produzidos pela sociedade, cabe ao sociólogo classificá-los e explicá-los.

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Logo, o crime é um fato normal em nossa Logo, o crime é um fato normal em nossa sociedade, porque ele preenche as três pré-sociedade, porque ele preenche as três pré-

condições do fato social: são gerais, exteriores, e condições do fato social: são gerais, exteriores, e independentes da vontade geral e exerce uma independentes da vontade geral e exerce uma pressão sobre a consciência desses mesmos pressão sobre a consciência desses mesmos

indivíduos.indivíduos.

Dessa forma, o fato de ser normal significa que Dessa forma, o fato de ser normal significa que ele preenche uma função nessa sociedade, ou ele preenche uma função nessa sociedade, ou

seja, ele ajuda a sociedade a frisar a importância seja, ele ajuda a sociedade a frisar a importância da solidariedade que deve haver entre os da solidariedade que deve haver entre os

indivíduos e a reação negativa que ele promove indivíduos e a reação negativa que ele promove nas pessoas fazem com que a moral e a nas pessoas fazem com que a moral e a

sociedade imponham-se sobre as tendências sociedade imponham-se sobre as tendências egoístas dos indivíduos.egoístas dos indivíduos.

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O crime é um fator de saúde pública, uma O crime é um fator de saúde pública, uma parte integrante de toda sociedade sã.parte integrante de toda sociedade sã.Quanto Quanto à função do castigoà função do castigo, Durkheim , Durkheim alerta que o castigo não passa de uma alerta que o castigo não passa de uma válvula de escape para as frustrações válvula de escape para as frustrações sociais decorrentes do ato delitual, o sociais decorrentes do ato delitual, o castigo procura atingir a consciência castigo procura atingir a consciência

coletiva, ou seja o conjunto da sociedade, coletiva, ou seja o conjunto da sociedade, sobretudo a consciência dos indivíduos sobretudo a consciência dos indivíduos

que respeitam as normas.que respeitam as normas.