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Jornalismo de revista Marília Scalzo (Contexto, 2003) Capitulo 3 – A evolução das revistas no Brasil História – confunde-se com a história econômica e industrial do país; chegou no começo do século XX com a corte portuguesa. 1812 – As Variedades ou Ensaios de Literatura – Salvador (cara e jeito de livro) 1813 – O Patriota – Rio de Janeiro 1822 – Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura e Espelho Diamantino – feminina (RJ) o Publicações com vida curta por falta de assinantes e recursos 1837 – Museu Universal – exposições europeias, com inovação, ilustrações, para população recém-alfabetização, cópia das magazines europeias. Surgem também: o Gabinete de Leitura o Ostensor Brasileiro o Museu Pitoresco o História e Literatura o Ilustração Brasileira o O Brasil Ilustrado o Universo Ilustrado As revistas Espelho, Íris e Guanabara – eruditas; o adotam fórmulas parecidas: imagens e amenidades 1849 – revistas de variedades – abusam das ilustrações, dos textos mais curtos e de humor o A Marmota da Arte o Febre das caricaturas – Semana Ilustrada o Henrique Fleuis – primeiras fotos na revista – Guerra do Paraguai (1864) 1922 – Reader’s Digest Seleções - Dewit Wallace e Lila Acheson Wallace o Artigos de revistas e jornais o Variedades de assuntos o 50 milhões de exemplares o Ideologia norteamericana o Hoje em 19 idiomas 1930 – Histórias em Quadrinhos – das tiras dos jornais o Histórias inéditas o Infantis e adultos o Hollywood – primeira revistas de fãs 1940-1950 – Cinelândia (Brasil) – vende 250 milhões de exemplares o Cinecittá (Itália) – novo modelo com fotonovelas o Capricho (Brasil) – 1950

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Jornalismo de revistaMarília Scalzo (Contexto, 2003)

Capitulo 3 – A evolução das revistas no Brasil

História – confunde-se com a história econômica e industrial do país; chegou no começo do século XX com a corte portuguesa.

1812 – As Variedades ou Ensaios de Literatura – Salvador (cara e jeito de livro) 1813 – O Patriota – Rio de Janeiro 1822 – Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura e Espelho Diamantino – feminina

(RJ)o Publicações com vida curta por falta de assinantes e recursos

1837 – Museu Universal – exposições europeias, com inovação, ilustrações, para população recém-alfabetização, cópia das magazines europeias. Surgem também:

o Gabinete de Leiturao Ostensor Brasileiroo Museu Pitorescoo História e Literaturao Ilustração Brasileirao O Brasil Ilustradoo Universo Ilustrado

As revistas Espelho, Íris e Guanabara – eruditas; o adotam fórmulas parecidas: imagens e amenidades

1849 – revistas de variedades – abusam das ilustrações, dos textos mais curtos e de humoro A Marmota da Arteo Febre das caricaturas – Semana Ilustrada o Henrique Fleuis – primeiras fotos na revista – Guerra do Paraguai (1864)

1922 – Reader’s Digest Seleções - Dewit Wallace e Lila Acheson Wallaceo Artigos de revistas e jornaiso Variedades de assuntoso 50 milhões de exemplareso Ideologia norteamericanao Hoje em 19 idiomas

1930 – Histórias em Quadrinhos – das tiras dos jornaiso Histórias inéditaso Infantis e adultoso Hollywood – primeira revistas de fãs

1940-1950 – Cinelândia (Brasil) – vende 250 milhões de exemplareso Cinecittá (Itália) – novo modelo com fotonovelaso Capricho (Brasil) – 1950

1945 – Cosmopolitan – livro Sex and th Single Girl (O Sexo e as Solteiras) – Helen Gurley Drown – procura editor para fazer uma revista com a temática.

o Nova (Brasil)o 48 edições – 25 idiomas

1953 – Playboy (Chicago) – Hugh Hefner (ex-Esquiere) – 18 edições Início do século XX – Belle époque – momento de transformações científicas e tecnológicas

o Inovação na indústria gráficao Novos títulos são lançadoso Imprensa começa a se profissionalizaro Produzir revista – capital e técnicao Publicações – de variedades e de culturao Klaxon (1922) – divulga a Semana da Arte Modernao Caricaturas – J. Carlos, K. Lixto e Raul

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o Fotografia ganha espaço 1900 – Revista da Semana – sistemática na utilização de fotos, reconstituição de crimes em

estúdio fotográfico Fim do século XIX e início do XX

o Novo tipo de revista, as galantes (masculinas): Rio Nu (1898) e A Maça (1922) – auge do gênero

o Revistas ligadas à nascente indústria nacional: Revista do Automóvel (1911) e Aerófilo (1915) ligadas a carros e aviões;

o Revistas em quadrinhos: Tico-tico (1905) – mais de 50 anos de sucesso; Gibi (1939) – que deu nome ao gênero; Pato Donald (1950).

O fenômeno editorialo O Cruzeiro – Assis Chateaubriand - nova linguagem – grandes reportagens,

fotojornalismo, chega a vender 700 mil exemplares por semana em 1950 e morre em 1970.

o Manchete – Editora Block – valoriza mais aspectos gráficos e fotográficos, colunas de cronistas; até meados de 1990.

o Realidade – mais crítica – vai até 1976.o Veja – nasce em 1968 nos moldes da Time. Lutou por 7 anos contra

prejuízos e a ditadura militar até achar sua fórmula; treinou 100 jovens por três meses dos quais 50 foram aproveitados na redação. Foi o primeiro curso de jornalismo de empresa e primeiro a falar de jornalismo de revista. Hoje é a quarta maior revista semanal de informação mais vendida do mundo (Time, Newsweek e US News & World Report).

o Concorrentes – Visão (1952) – análise, clareza de informações, capacidade de síntese; Isto é; Senhor (reedição de outro título anterior); Afinal; Época.

Década de 50 – revistas voltadas à análise econômica. Década de 60 – publicações técnicas – Dirigente Rural, Transporte Moderno, Máquinas e

Metais, Química e Derivados – que traziam o encarte Exame que ganhou vida própria (1971)

Século XIX e XX – Revistas femininas – modelo europeu, escritas por homem – algumas por mulheres (preocupadas com a condição da mulher na sociedade e seus direitos), mas tiveram vida curta.

1959 – Senhor – editor Nahum Sirotky | melhor do jornalismo, design, humor, literatura | símbolo de elegância, qualidade visual e de texto – viveu até 1969.

1970-1972 – O Bondinho – grátis para clientes do Pão de Açúcar | 1971 – vendida em bancas

1950-1960 – revistas de cultura reúnem intelectuais – forma de reagir à ditadura militar: Revista da Civilização Brasileira, Anhembi, Revista Brasiliense

o Conceito de segmentação editorial – revistas de moda (indústria de fios e tecidos) | Quatro Rodas (automobilística)

1960 – Revistas em quadrinhos – Pererê (Ziraldo) | Mônica, Cebolinha e Cascão (Maurício de Souza)

1950-60 – Revistas de fotonovelas – mulher como mercado consumidoro Capricho – Editora Abril (1952)o Desbancadas pela TV – assumem novos modelos: para adolescentes, para o

mundo da TV – cobertura da indústria cultural: Revista do Rádio (rádio) e Cinelândia (cinema)

1959 – Manequim – primeira revista de moda

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1961 – Cláudia – acompanha a vida da mulher moderna – eletrodomésticos | nasce a produção fotográfica de moda, beleza, culinária e decoração | primeira cozinha experimental | 1963 – jornalismo feminino com Carmen Silva (colunista)

1970 – Nova e Mais – Mulher – profissionais em busca de realizaçãoo Segmentação – filhotes de Cláudia: Casa Cláudia, Claudia Cozinha e Cláudia

Modao Hoje o segmento feminino representa a maior fatia do mercado de revista

Revistas masculinas – desapareceram nos anos 30 por causa da moral conservadora e censura, reapareceram na década de 60 (mulheres nuas e conteúdo editorial de qualidade

o 1969 – Fairplay – Editora Efecê | Ele e Ela – Ed. Blocho 1974 – Statuso 1975 – Homem/Playboy

1970 – Placar (Ed. Abril)o Antes outras com vida curta: Esporte Ilustrado, A Gazeta Esportiva

Ilustrada, Manchete Esportivao Revistas para outros esportes – nasceu e sobrevivem – Brasil Surf (1975) e

Trip (deixou de ser revista para surfista para o segmento masculino jovem) 1960-70 – revistas ligadas à cultura pop | jovem – público identificado | revistas científicas

especializadas e para leitos. 1980 – preocupação para cuidar do corpo – revistas: Saúde, Boa Forma, Corpo a Corpo,

Plástica e Dieta.Revistas de arquitetura e decoração se multiplicam e se subdividem em menores para alcançar públicos específicos: buffet, marceneiro