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Texto Consolidado Plano de Contribuição Definida Funasa
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CAPÍTULO I - DO PLANO E SUAS CARACTERÍSTICAS
Art. 1º. Este Regulamento dispõe sobre os benefícios e o custeio do Plano de
Benefícios PCD FUNASA (PCD - FUNASA), administrado pela
ENERGISAPREV – Fundação Energisa de Previdência.
Art. 2º. O PCD – FUNASA reveste a modalidade de plano de contribuição
definida e tem identidade jurídica própria, a abranger aspectos regulamentares,
cadastrais, atuariais, contábeis e de investimentos.
CAPÍTULO II - DAS PATROCINADORAS E FILIADOS
Art. 3º. A Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A é a patrocinadora
original do PCD – FUNASA.
§ 1º. A ENERGISAPREV é co-patrocinadora do Plano
§ 2º. Poderão vir a ser patrocinadoras do PCD – FUNASA as pessoas jurídicas
que, preenchendo os requisitos exigidos pelo Estatuto da ENERGISAPREV,
celebrarem com essa, convênio de adesão, em que se estipularão as
condições correspondentes, inclusive quanto à existência, ou não, de
solidariedade entre aquelas.
Art. 4º. São as seguintes as classes de filiados ao Plano:
I - participantes:
a) participantes ativos;
b) participantes assistidos;
II - beneficiários:
a) beneficiários inscritos;
b) beneficiários assistidos.
§ 1º. São assistidos os participantes e beneficiários que estejam fruindo
benefício de prestação continuada.
§ 2º. É pressuposto indispensável à aquisição e ao exercício dos direitos
assegurados pelo Plano estar a pessoa inscrita no mesmo.
Art. 5º. A inscrição, como participante ativo do PCD – FUNASA, estará aberta
àqueles que, na Data de Início de Vigência (DIV) do Plano, forem participantes
ativos, não-elegíveis, do Plano de Benefício Definido Funasa – BD-1, aqui
designado simplesmente Plano de Origem (PO).
§ 1º. O prazo, de migração, do Plano de Origem (PO) para o PCD – FUNASA,
será de 60 (sessenta) dias, a contar da Data de Início de Vigência (DIV).
§ 2º. O participante ativo do Plano de Origem (PO), na Data de Início de
Vigência (DIV), somente poderá aderir ao PCD – FUNASA, se, anterior ou
concomitantemente, o fizer ao Plano Saldado – FUNASA (PSF).
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§ 3º. A inscrição no PCD – FUNASA implica, imediata e automaticamente, no
cancelamento da inscrição no PO, e na correlata extinção da situação jurídica
vinculada a seu regime, e correspondentes direitos.
Art. 6º. A inscrição, como participante ativo do PCD – FUNASA estará também
aberta aos empregados e dirigentes das patrocinadoras, que não sejam
participantes do Plano de Origem (PO).
Art. 7º. Far-se-á a inscrição mediante o preenchimento e assinatura de
formulário próprio, fornecido pela ENERGISAPREV, e devidamente instruído
com os documentos por ela exigidos; e, deferido o pedido, a inscrição terá
eficácia a contar da data da protocolização do formulário junto à
ENERGISAPREV.
§ 1º. O deferimento do requerimento será comunicado ao interessado no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, contados da respectiva protocolização. A eventual
formulação de exigência suspenderá o referido prazo.
§ 2º. Ao participante ativo será entregue certificado de inscrição, além de
exemplar do Estatuto da ENERGISAPREV e deste Regulamento.
Art. 8º. Extinguir-se-á a situação de participante ativo:
I – por seu falecimento;
II – em razão da perda do vínculo funcional com a patrocinadora;
III - em decorrência de mora, por 3 (três) meses seguidos, no pagamento de
sua contribuição básica;
IV - pelo requerimento de cancelamento de sua inscrição.
§ 1º. O cancelamento da inscrição, na hipótese do inciso III deste artigo, terá
de ser precedido de notificação do participante, com prazo de 60 (sessenta)
dias para liquidação do débito.
§ 2º. O cancelamento acarretará, imediata e automaticamente, e independente
de qualquer notificação, a caducidade de direitos relativos aos beneficiários
vinculados ao participante, exceto na hipótese do inciso I do caput deste artigo.
§ 3º. O participante ativo que vier a ter extinta sua situação, pela causa prevista
no nº II do parágrafo anterior, poderá optar por um dos institutos contemplados
no art. 14 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001, na forma deste
Regulamento.
Art. 9º. No ato de seu pedido de inscrição, o interessado fará, por escrito:
I - Opção de Recebimento de Benefício (ORB), que abrangerá:
a) percepção do Benefício de Renda Programada (BRP) e do Benefício de
Renda por Invalidez (BRI), a prazo determinado, não inferior a 60 (sessenta)
meses, ou por prazo indeterminado;
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b) reversão, ou não, em pensão (BPM), do Benefício de Renda Programada
(BRP) e do Benefício de Renda por Invalidez (BRI), e prazo, não inferior a 60
(sessenta) meses, para percepção do Benefício de Pensão por Morte (BPM);
c) recebimento, ou não, à vista, de percentual, limitado a 25% da Conta
Individual Global (CIG), de benefício de renda mensal;
II – opção sobre o percentual inicial de sua contribuição básica;
III – designação dos beneficiários.
Parágrafo único. A Opção de Recebimento de Benefício (ORB) poderá ser
anualmente revista.
Art. 10. O participante poderá designar pessoas físicas como beneficiários, no
ato de sua inscrição, sendo o respectivo conjunto passível de alteração até a
data de concessão do Benefício de Renda Programada (BRP).
§ 1º. Qualquer alteração posterior resultará, se necessário, em ajuste atuarial
do valor do benefício.
§ 2º. A situação jurídica de beneficiário extingue-se:
I - por seu falecimento;
II - na hipótese prevista no art. 8º, § 2º;
III - pelo cancelamento de seu registro cadastral, por iniciativa do participante a
que se vincula;
IV – pela percepção integral de sua parcela do Benefício de Pensão por Morte
(BPM).
CAPÍTULO III - DO SISTEMA DE CONTAS
Art. 11. O PCD - FUNASA compreende o seguinte sistema de Contas
Patrimoniais:
I - Contas individualizadas, registradas em nome de cada participante ativo:
a) Conta Individual Básica – CIB (art. 45, V);
b) Conta Individual Adicional – CIA (art. 45, IV);
c) Conta Individual Global – CIG (art. 45, VI);
d) Conta Individual Vinculada – CIV (art. 45, VIII);
e) Conta Individual de Valores Portados – CIVP (art. 45,VII);
II - Contas Coletivas:
a) Conta Coletiva de Cobertura dos Benefícios de Risco – CCBR (art. 45, II);
b) Conta Coletiva do Fundo Administrativo – CCFA (art. 45, III).
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§ 1º. O saldo de cada Conta corresponde ao número de cotas nela
acumuladas, sendo o respectivo valor expresso em moeda corrente.
§ 2º. Na Data de Início de Benefício (DIB) de renda mensal, serão transferidas
para a Conta Individual Global (CIG) as cotas registradas na Conta Individual
Básica (CIB), na Conta Individual Adicional (CIA), na CIV (Conta Individual) e
na Conta Individual de Valores Portados (CIVP).
§ 3º. O valor de cada uma das partes, das contribuições variáveis, dos
patrocinadores, alocadas, para fins de crédito, na Conta Coletiva de Cobertura
dos Benefícios de Risco (CCBR) e na Conta Coletiva do Fundo Administrativo
(CCFA), será fixado pelo Conselho Deliberativo, com base em parecer atuarial.
§ 4º. A Cobertura dos Benefícios de Risco (CCBR) será mantida em níveis
atuarialmente determinados.
§ 5º. No caso de opção, na Opção de Recebimento de Benefício (ORB), de
percepção, de benefício de renda mensal, por prazo certo, não vitalícia, as
parcelas do benefício serão debitadas à Conta Individual Global (CIG), cujo
saldo será contabilizado como Reserva Matemática de Benefício Concedido.
§ 6º. Os saldos residuais das Contas Individualizadas (art. 11, I), os quais
resultarem de superveniente inexistência de direito sobre os mesmos, serão
destinados a Conta Coletiva de Cobertura dos Benefícios de Risco – CCBR
(art. 11, II, a e 45, II), o que constará do Plano de Custeio Anual.
CAPÍTULO IV - DAS CONTRIBUIÇÕES
Art. 12. São contribuições dos participantes ativos:
I - contribuição básica, de caráter obrigatório e periodicidade mensal,
correspondente a um percentual, objeto de opção do participante, na Opção de
Recebimento de Benefício (ORB), de 2 % (dois por cento) a 5% (cinco por
cento) do salário-de-participação;
II - contribuição adicional, de caráter eventual, e em valor a critério do
participante, sob a forma de múltiplo da contribuição básica, até cinco vezes.
Parágrafo único: O participante ativo poderá, em novembro de cada ano, para
vigorar no exercício seguinte, rever sua opção quanto ao percentual de sua
contribuição básica.
Art. 13. As contribuições das patrocinadoras são:
I - contribuição básica, de caráter obrigatório e periodicidade mensal,
estabelecida a partir de uma verba global, anualmente alocada pelas
patrocinadoras, e distribuída, pelas Contas Individuais Vinculadas (CIV´s),
proporcionalmente aos salários-de-participação, no mínimo de valor
equivalente a 2% (dois por cento) desses;
II - contribuição variável, de caráter obrigatório e periodicidade mensal,
calculada atuarialmente, em bases anuais, para manutenção dos saldos de
valores apropriados nas Contas Coletivas;
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III - contribuição adicional, de caráter eventual, proporcional aos salários-de-
participação.
Art. 14. O salário-de-participação (SP) é o mesmo estabelecido para o Regime
Geral de Previdência Social, independentemente de teto.
Art. 15. A patrocinadora a que estiver vinculado o participante ativo terá a
obrigação de efetuar, mensalmente, o desconto, do respectivo estipêndio, das
contribuições devidas por aquele; e de repassar o correspondente valor à
ENERGISAPREV até o 5º (quinto) dia útil do mês seguinte ao de competência.
§ 1º. Não se verificando o recebimento, a patrocinadora ficará obrigada ao
pagamento dos encargos acrescidos de acordo com o disposto no art. 406 do
Código Civil, e de multa de 1% (um por cento) sobre o valor devido, parcelas
essas que serão creditadas na Conta Coletiva de Cobertura dos Benefícios de
Risco (CCBR).
§ 2º. No tocante às contribuições, essas serão ainda acrescidas das parcelas
necessárias à neutralização dos prejuízos sofridos pelo participante ativo, em
razão de perda decorrente do não-aporte em tempo oportuno, parcelas essas
que serão creditadas, em cotas, na Conta Individual Global (CIG).
§ 3º. Independentemente da incidência do disposto nos parágrafos anteriores,
o participante ativo, na hipótese prevista no §1º, fica obrigado a proceder ao
recolhimento de suas contribuições, observado o prescrito no art. 8º, III, e § 1º.
§ 4º. Ao recolhimento das contribuições e encargos das patrocinadoras aplica-
se o disposto no caput deste artigo e em seus §§ 1º e 2º, registrando-se as
parcelas, a que se refere este último, na Conta Coletiva de Cobertura dos
Benefícios de Risco (CCBR).
CAPÍTULO V - DO FUNDO GARANTIDOR DO PLANO
Art. 16. O Fundo Garantidor (FG) do PCD - FUNASA, com ativo e passivo
próprios, é independente do patrimônio dos demais planos da
ENERGISAPREV, e do patrimônio geral dessa, e seus recursos respondem,
tão-somente, pelas obrigações do Plano.
§ 1º. Integram o Fundo Garantidor (FG) do PCD - FUNASA os elementos
patrimoniais afetados exclusivamente àquele, abrangendo:
I – as contribuições básicas e adicionais dos participantes ativos e dos
patrocinadores, e variáveis desses;
II – o produto dos investimentos e aplicações patrimoniais legalmente
admitidos;
III – o objeto de doações, legados, dações em pagamento, subvenções e
receitas eventuais;
IV – os valores portados de planos de outras entidades de previdência
complementar;
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V – o produto de multas e parcelas compensatórias;
VI – outros aportes permitidos em lei.
§ 2º. O Fundo Garantidor (FG) é contabilizado em cotas, sendo os ingressos no
mesmo convertidos em quantidade das mesmas, segundo o valor dessas,
vigorante no período.
§ 3º. O valor inicial da cota, será de R$ 10,00 (dez reais).
§ 4º. Os valores subseqüentes da cota serão o resultado da divisão, pelo
número existente de cotas no momento da apuração, do valor contábil do
Fundo Garantidor (FG).
§ 5º. Por valor contábil do Fundo Garantidor (FG) entende-se o do respectivo
ativo, descontado das obrigações com terceiros, que não sejam aquelas
correspondentes ao pagamento de benefícios.
§ 6º. O valor da cota será divulgado pela ENERGISAPREV.
§ 7º. Pelo menos uma vez, até o último dia do mês, será fixado o valor da cota
para vigência até o cálculo seguinte.
§ 8º. O Conselho Deliberativo poderá preceituar que o cálculo seja feito após a
data estabelecida no parágrafo anterior.
§ 9º. A cota admite fração.
CAPÍTULO VI - DOS BENEFÍCIOS
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES INTRODUTÓRIAS
Art. 17. O PCD - FUNASA assegura os seguintes benefícios:
I) Benefício programado: Benefício de Renda Programada (BRP);
II- Benefícios de risco:
a) Benefício de Renda por Invalidez (BRI);
b) Benefício de Pensão por Morte (BPM);
III - Abono Anual.
§ 1º. A fruição dos benefícios, com exceção do enumerado no inciso III deste
artigo, está condicionada ao requerimento daquele que tiver legitimidade para
fazê-lo.
§ 2º. A Data de Início de Benefício (DIB) de renda mensal será, uma vez
deferido esse, a da protocolização do respectivo requerimento, prevalecendo,
para o Benefício de Pensão por Morte (BPM), a da morte do participante.
§ 3º. As prestações mensais dos benefícios serão pagas até o 5º (quinto) dia
útil seguinte ao de competência.
SEÇÃO II - DO BENEFÍCIO DE RENDA PROGRAMADA – BRP
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Art. 18. Será elegível ao Benefício de Renda Programada (BRP) o participante
ativo que, contando, no mínimo, a idade de 58 (cinqüenta e oito) anos, e
tempo, de 5 (cinco) anos, de vinculação ao Plano, tiver rescindido o vínculo
funcional com a respectiva patrocinadora.
Art. 19. O valor mensal inicial do Benefício de Renda Programada (BRP) será o
resultante da Transformação do Saldo da Conta Individual Global (TSCIG), na
Data de Início de Benefício (DIB), nos termos da Opção de Recebimento de
Benefícios (ORB), sendo a Transformação do Saldo da Conta Individual Global
(TSCIG) calculada, em cotas, pela seguinte fórmula:
Renda Mensal Inicial (RMI) = (1 − 𝑃)𝐶
𝑛.13/12
em que
n é o número de meses de percepção da renda
O é o percentual de C a ser recebido sob a forma de pagamento único
C é o saldo, em cotas, da Conta Individual Global (CIG)
§ 1º. Os valores máximos de n e de P poderão ser fixados e revistos pelo
Conselho Deliberativo, em decisão a ser submetida à aprovação do órgão
governamental fiscalizador.
§ 2º. A opção quanto a n e a P não poderá redundar em valor mensal de renda
do Beneficio de Renda Programada (BRP) inferior a R$200,00 (duzentos reais).
§ 3º. O limite fixado pelo parágrafo anterior poderá ser revisto pelo Conselho
Deliberativo em decisão a ser submetida à aprovação do órgão governamental
fiscalizador.
§ 4º. Aplicada a fórmula, o valor em cotas será convertido em reais.
Art. 20. O participante poderá, quando de sua Opção de Recebimento de
Benefício (ORB), optar por receber, o Beneficio de Renda Programada (BRP),
sob a forma de renda mensal por prazo indeterminado.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o participante escolherá, apenas, o
percentual P.
Art. 21. O valor inicial do Benefício de Renda Programada (BRP) vigorará por 1
(um) ano.
§ 1º. Sucessivamente, a cada período ânuo, o valor do Benefício de Renda
Programada (BRP), sob a forma de renda mensal de prazo determinado, será
recalculado, de acordo com a fórmula seguinte:
Renda Mensal Recalculada (RPC) = 𝐶´
𝑛´.13/12
onde
C’ – saldo, em cotas, existentes na Conta Individual Global (CIG)
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n’ – número de meses faltantes, de recebimento da renda.
§ 2º. A renda mensal por prazo indeterminado será anualmente recalculada,
em bases atuariais, levando em conta a rentabilidade obtida pelo Fundo
Garantidor (FG).
§ 3º. A periodicidade dos recálculos poderá ser revista pelo Conselho
Deliberativo.
§ 4º. Se do recálculo resultar prestação inferior a R$200,00 (duzentos reais), o
saldo remanescente da Conta Individual Global (CIG) será pago de uma única
vez, extinguindo-se o benefício.
Art. 22. Os valores, fixados em cotas, serão expressos em reais.
Art. 23. No caso de, no período de fruição do Benefício de Renda Programada
(BRP), falecer o participante que tiver feito, na Opção de Recebimento de
Benefício (ORB), a opção pela conversão desse benefício em Benefício de
Pensão por Morte (BPM), seus beneficiários farão jus a esse último benefício.
Parágrafo único. O Benefício de Pensão por Morte (BPM) terá como valor
inicial o resultante da Transformação do Saldo da CIG (TSG) em seu saldo
remanescente, na Data de Início de Benefícios (DIB), e nos termos da Opção
de Recebimento de Benefício (ORB).
Art. 24. Não tendo havido a opção de que se refere o artigo anterior, as
prestações, não vencidas, por ocasião do falecimento do participante assistido,
continuarão a ser pagas aos beneficiários, até o esgotamento do prazo
ajustado.
Art. 25. A Data de Início de Benefício (DIB) do Beneficio de Renda Programada
(BRP) poderá ser antecipada, desde que haja o rompimento do vínculo
funcional com a patrocinadora, e seja atendido o requisito do quinquênio de
inscrição (art. 18).
SEÇÃO III - DO BENEFÍCIO DE RENDA POR INVALIDEZ – BRI
Art. 26. O participante ativo será elegível ao Benefício de Renda por Invalidez
(BRI), desde que:
I – comprove a invalidez permanente por exame médico-pericial ou esteja
recebendo aposentadoria por invalidez pelo Regime Geral de Previdência
Social (RGPS);
II – tenha vertido, pelo menos, 12 (doze) contribuições básicas, para o Plano,
ressalvada a hipótese de acidente pessoal ou de trabalho, involuntário.
Art. 27. O valor mensal inicial do Benefício de Renda por Invalidez (BRI) será o
resultante da Transformação do Saldo da Conta Individual Global (TSIG), na
Data de Início de Benefício (DIB), nos termos da Opção de Recebimento de
Benefícios (ORB), aplicado o disposto no art. 19, e seus parágrafos.
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Parágrafo único. Na Data de Início de Benefício (DIB) do Benefício de Renda
por Invalidez (BRI), será constituído um crédito adicional, transferido da Conta
Coletiva de Benefícios de Risco (CCBR) para a Conta Individual Global (CIG),
e cujo valor, em cotas, será a do Saldo de Conta Projetado (SCP).
Art. 28. A seu exclusivo critério, a ENERGISAPREV poderá exigir, a qualquer
tempo, que a condição de invalidez seja atestada por peritos médicos por ela
indicados, exceto no caso de o participante já ter alcançado a idade de 50
(cinquenta) anos.
Art. 29. Aplica-se ao Benefício de Renda por Invalidez (BRI) o disposto nos
arts. 20 a 24.
Parágrafo único. Se houver a cessação da invalidez, será extinto o Benefício
de Renda por Invalidez (BRI), com reversão, para a Conta Coletiva de
Benefícios de Risco (CCBR), do valor, em cotas, do crédito adicional no valor
do Saldo de Conta Projetado (SCP), deduzido da parte do benefício que foi
paga com recursos do referido Saldo de Conta Projetado (SCP).
SEÇÃO IV - DO BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE – BPM
Art. 30. O Benefício de Pensão por Morte (BPM) será concedido, sob a forma
de renda mensal, aos beneficiários, em razão do falecimento do participante
ativo, que tenha vertido, no mínimo, 12 (doze) contribuições básicas para o
Plano, ou do participante assistido.
Art. 31. O valor inicial do Benefício de Pensão por Morte (BPM) será o
resultante da Transformação do Saldo da Conta Individual Global (CIG), na
Data de Início de Benefício (DIB), nos termos da Opção de Recebimento de
Benefício (ORB), e de acordo com o disposto no art. 19, e seus parágrafos.
Parágrafo único. Na Data de Início de Benefício (DIB) do Benefício de Pensão
por Morte (BPM), será constituído um crédito adicional, transferido da Conta
Coletiva de Benefícios de Risco (CCBR) para a Conta Individual Global (CIG),
e cujo valor, em cotas, será a do Saldo de Conta Projetado (SCP).
Art.32. A Data de Início do Pagamento do Benefício (DIP) será a Data de Início
de Benefício (DIB), se o benefício for requerido no prazo de 30 (trinta) dias da
segunda; ou, se o requerimento for posterior, a de protocolização desse.
Parágrafo único. No caso de morte presumida, a Data de Início de Benefício
(DIB) será a data do trânsito em julgado da decisão judicial que declarar
aquela.
Art. 33. O valor mensal do benefício será rateado, em partes iguais, entre os
beneficiários, se mais de 1 (um) houver.
Parágrafo único. Sempre que um dos beneficiários perder sua condição, sua
parcela será distribuída igualitariamente pelos demais, ou atribuída, por inteiro,
ao último remanescente.
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Art. 34. Na falta de beneficiários, o saldo da Conta Individual Global (CIG) será
devido ao espólio do participante, ou, na sua inexistência, de acordo com
autorização judicial específica.
Art. 35. A parte individual do Benefício de Pensão por Morte (BPM) extinguir-
se-á nas hipóteses previstas no art. 10, § 2º, I e IV.
Parágrafo único. Com a extinção da parte do último beneficiário ou com o
esgotamento das parcelas, o Benefício de Pensão por Morte (BPM) extinguir-
se-á.
Art. 36. Aplica-se ao Benefício de Pensão por Morte (BPM) o disposto no art.
21.
SEÇÃO V - DO ABONO ANUAL - AA
Art. 37. Os participantes assistidos e os beneficiários que, durante o ano civil,
tenham percebido, do Plano, renda mensal referente a benefício, terão direito,
no respectivo mês de dezembro, a Abono Anual (AA).
Art. 38. O montante do Abono Anual (AA) corresponde a tantos duodécimos do
valor da renda mensal do benefício, em cuja fruição se encontrar o participante
ou o beneficiário, quantas tiverem sido as parcelas recebidas no ano civil a que
o Abono se refere.
Art. 39. No caso dos beneficiários, o valor do Abono será dividido em partes
iguais entre os componentes do respectivo conjunto.
CAPÍTULO VII - DAS OPÇÕES
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
Art. 40. São passíveis de opção, pelo participante ativo, os seguintes institutos:
I - resgate;
II - autopatrocínio;
III - benefício proporcional diferido (BPD);
IV - portabilidade.
§ 1º. O prazo para a formalização da opção será de 30 (trinta) dias a contar da
data do recebimento, pelo participante, de extrato informativo, nos termos
regulatórios.
§ 2º. A formalização dar-se-á por Termo de Opção.
SEÇÃO II - DO RESGATE
Art. 41. No caso de desligamento do Plano, o participante ativo, que tiver
extinto seu vínculo funcional com a patrocinadora, poderá optar pelo resgate da
importância resultante da aplicação da seguinte fórmula:
Valor do resgate = 𝐶𝐼𝐵 + 𝐶𝐼𝐴 + 𝑥𝑜𝑑𝑎𝐶𝐼𝑉
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em que
CIB – Conta Individual Básica
CIA – Conta Individual Adicional
CIV – Conta Individual Vinculada
Sendo x dado por:
x=mim(100,máx(0,...5.t/12-25))
e sendo t expresso em meses de serviço na patrocinadora.
§ 1º. O resgate não será permitido, caso o participante já esteja em gozo de
benefício.
§ 2º. O resgate poderá, por opção única e exclusiva, do participante, ser pago
de uma só vez, ou em até 12 (doze) parcelas mensais consecutivas, sendo os
valores das parcelas atualizadas, em função da cota, na data de cada
pagamento.
§ 3º. O exercício do direito de resgate extingue as obrigações do PCD -
FUNASA para com o participante e seus beneficiários, mantida, apenas, a de
pagamento das parcelas vincendas do resgate.
§ 4º. É vedado o resgate de valores portados, constituídos em plano de
benefícios administrado por entidade fechada de previdência complementar,
sendo facultado o dos oriundos de portabilidade, formado em plano de
previdência complementar aberta, administrado por entidade aberta de
previdência complementar ou sociedade seguradora.
SEÇÃO III - DO AUTOPATROCÍNIO
Art. 42. Cessado o vínculo funcional com patrocinadora, o participante ativo
poderá optar pela manutenção da sua condição, na qualidade de
autopatrocinador.
§ 1º. O autopatrocinador será obrigado a aportar ao Plano suas contribuições
próprias, nas mesmas bases, somadas à constituição básica mínima da
patrocinadora e a contribuição variável desse.
§ 2º. Aplica-se o disposto no caput aos demais casos de perda total da
remuneração percebida do patrocinador, a qual funcione como salário-de-
participação (SP).
§ 3º. Nos casos de perda parcial da remuneração, ao participante ativo, para
que possa assegurar a futura percepção dos benefícios nos níveis
correspondentes, é facultado manter o valor de sua contribuição básica e a do
patrocinador.
§ 4º. A opção pelo autopatrocínio não impede outra, ulterior, pelo benefício
proporcional diferido (BPD), pelo resgate ou pela portabilidade, se preenchidos
os respectivos requisitos.
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SEÇÃO IV - DO BENEFÍCIO PROPORCIONAL DIFERIDO
Art. 43. Na hipótese de cessação do vínculo funcional com a patrocinadora, o
participante ativo poderá formalizar a opção de receber, oportunamente, um
Benefício Proporcional Diferido (BPD).
§ 1º. Não tem direito de opção pelo Benefício Proporcional Diferido (BPD) o
participante que já tenha preenchido os requisitos de elegibilidade a benefício
programado com valor integral.
§ 2º. O exercício do direito de opção pelo Benefício Proporcional Diferido (BPD)
está submetido a um prazo de carência de 3 (três) anos, a contar da inscrição
do participante no Plano.
§ 3º. A opção pelo Benefício Proporcional Diferido (BPD) não impede outra,
ulterior, pela portabilidade ou pelo resgate, uma vez preenchidos os requisitos
exigidos.
§ 4º. A opção pelo Benefício Proporcional Diferido (BPD) importará, desde a
data de sua formalização, a cessação da versão de contribuições.
§ 5º. A Data de Início do Benefício Proporcional Diferido (BPD) será aquela
assim considerada para efeito de elegibilidade ao benefício pleno.
§ 6º. O participante que tenha tido extinto seu vínculo funcional com a
patrocinadora, antes de ter preenchido os requisitos de elegibilidade ao
benefício com valor integral, e se mantiver silente no prazo do § 1º do art. 40,
terá presumida sua opção pelo Benefício Proporcional Diferido (BPD).
§ 7º. Para o cálculo do valor do Benefício Proporcional Diferido (BPD) será
aplicada a fórmula constante do art. 19, e seus §§, fazendo o participante,
Opção de Recebimento de Beneficio (ORB) específica, fixando n e P.
§ 8º. A nota técnica atuarial disporá sobre a data de cálculo e a metodologia de
apuração e atualização de valores, nos termos regulatórios.
§ 9º. Em caso de invalidez ou morte, o Benefício Proporcional Diferido (BPD)
terá, como Data de Inicio de Beneficio (DIB), a data do evento, não cabendo o
crédito do Saldo de Conta Projetado (SCP).
§ 10. Caso o participante, que optou pelo Benefício Proporcional Diferido
(BPD), venha a falecer no período de diferimento, seus beneficiários farão jus à
Renda de Pensão por Morte (RPM).
SEÇÃO V - DA PORTABILIDADE
Art. 44. A opção pela portabilidade do direito acumulado pelo participante ativo,
que não estiver em gozo de benefício, é facultada àquele que tiver tido extinto
seu vínculo funcional ou empregatício com a patrocinadora, e tenha cumprido
prazo trienal de carência, desde sua inscrição no PCD.
§ 1º. O direito à portabilidade, de natureza inalienável e não passível de
cessão, é exercido em caráter irrevogável e irretratável.
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§ 2º. Os valores portados serão transferidos para outros planos de natureza
previdenciária, administrados por entidade de previdência complementar ou
para sociedade seguradora autorizada a operar plano da espécie.
§ 3º. O valor a ser portado será igual ao saldo da Conta Individual Global (CIG),
na Data-Base da Portabilidade (DBP), e que será transformado em reais, na
data da efetiva transferência.
§ 4º. O valor portado será transferido, em moeda corrente, para o plano de
benefícios receptor, no 5º (quinto) dia útil subseqüente ao da protocolização do
Termo de Portabilidade, consoante a regulação vigente.
§ 5º. Com a transferência, extinguem-se quaisquer obrigações da FUNASA
para com o participante e com terceiros.
§ 6º. É vedado o trânsito, pelo participante, do valor objeto de portabilidade.
§ 7º. Os valores portados de outros planos de previdência complementar serão
creditados na Conta Individual de Valores Portados (CIVP).
CAPÍTULO VIII - DO GLOSSÁRIO
Art. 45. O glossário do PCD - FUNASA compreende as seguintes definições:
I) Benefício de Renda Mensal (BRM) - aquele cuja prestação é dividida em
parcelas pagas mensalmente.
II) Conta Coletiva de Cobertura dos Benefícios de Risco (CCBR) - registro de
parte das contribuições variáveis dos patrocinadores para custeio dos
benefícios não-programáveis.
III) Conta Coletiva do Fundo Administrativo (CCFA) - registro da parte das
contribuições variáveis, dos patrocinadores, destinada ao custeio das despesas
administrativas.
IV) Conta Individual Adicional (CIA) - registro, individualizado por participante
ativo, do valor de suas contribuições adicionais e das patrocinadoras.
V) Conta Individual Básica (CIB) - registro, individualizado por participante
ativo, do valor de sua contribuição básica.
VI) Conta Individual Global (CIG) - registro da soma dos saldos da contas
individuais.
VII) Conta Individual de Valores Portados (CIVP) - registro de valores portados,
pelo participante, de outros planos.
VIII) Conta Individual Vinculada (CIV) - registro das contribuições básicas dos
patrocinadores, assim como do valor a que se refere o art. 11, §6º.
IX) Data-Base da Portabilidade – a do cálculo de seu valor, com fulcro no saldo
da CIG.
X) - Data de Início de Vigência (DIV) é o dia 18/12/2008.
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XI) Data de Início do Benefício (DIB) – dia em que o participante ou o
beneficiário passa a fazer jus ao benefício.
XII) Data de Início do Pagamento do Benefício (DIP) - dia a partir do qual é
devido ao participante ou ao beneficiário o pagamento do valor do benefício.
XIII) Elegibilidade - habilitação do participante ou do beneficiário à obtenção da
concessão de benefício.
XIV) Fundo Garantidor (FG) – patrimônio, contabilizado em cotas, com ativo e
passivo próprios, afetado ao plano CD, e formado pelos ativos destinados ao
pagamento de benefícios e à cobertura das despesas administrativas do Plano.
XV) Opção de Recebimento de Benefício (ORB) - escolha quanto à modalidade
e prazo de recebimento dos benefícios, formalizada, pelo participante.
XVI) Salário de Participação (SP) - é a base de cálculo para fixação do valor
das contribuições.
XVII) Saldo de Conta Projetado (SCP) - número inteiro de meses da data da
ocorrência do evento até a data em que o participante completaria 58
(cinqüenta e oito) anos, multiplicado pelo valor da média das 12 (doze)
contribuições básicas mais próximas, da patrocinadora, expressas em cotas.
XVIII) Transformação do Saldo da CIG (TSCIG) – operação matemática pela
qual se transforma esse Saldo em um benefício mensal.
CAPÍTULO IX - DA DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 46. O tempo de vinculação dos Participantes à Fundação SAELPA de
Seguridade Social – FUNASA será considerado como tempo de
vinculação à ENERGISAPREV para todos os efeitos deste Plano.
Art. 47 A partir da data de aprovação da última alteração deste
regulamento pela autoridade governamental competente fica vedada a
inscrição de novos Participantes no PCD – Funasa.
Art. 48. Este Regulamento e suas alterações entrarão em vigor na data de
sua aprovação pela autoridade governamental competente.