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Capítulo VI A PSICOTERAPIA CONSIDERADA COMO PROCESSO 1

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Capítulo VI

A PSICOTERAPIA CONSIDERADA COMO PROCESSO

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Objetivo:

Estudar o processo pelo qual a personalidade se modifica

Método:Escala do Processo Terapêutico

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UM MÉTODO REJEITADO:Atração pela Teoria da Informação;Descrição pela Teoria da Aprendizagem;Ou pela Teoria Geral dos Sistemas;

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“Cheguei à conclusão,[…] que um novo domínio talvez exija em primeiro lugar que nos fixemos nos acontecimentos, que nos aproximemos dos fenômenos com o mínimo de preconceitos possível, que assumamos a atitude observadora e descritiva do naturalista, recorrendo às inferências pouco diferenciadas que parecem ser mais conaturais ao material estudado.”

ROGERS, 1961, p.110)4

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O MODO ADOTADO:

Usar-se como instrumento, desenvolvendo considerações teóricas sobre a terapia.

Ouvir gravações de entrevisatas terapêuticas, de forma ingênua, assimilando as informações referentes ao processo e aos elementos significativos nas mudanças verificadas.

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O PASSO SEGUINTE:

Formular observações e abstrações elementares de modo a destacar hipóteses verificáveis.

AS DIFICULDADES E O INTERESSE INVESTIGATIVO:•90% da investigação nos escapa e os 10% restantes podem conduzir à falsas conclusões;

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AS DIFICULDADES E O INTERESSE INVESTIGATIVO:•A frequência com que os sentimentos “tocam” o cliente;•A variedade de caminhos seguidos pelo cliente para tomar consciência desses sentimentos; (emersão como “bolas de ar”)•Importancia que o cliente atribui à exatidão da simbolização;

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UMA CONDIÇÃO BÁSICA:O cliente se sentir PLENAMENTE ACEITO psicológicamente, tal como é, pelo terapeuta.

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O CONTÍNUO EMERGENTE:Os indivíduos não se movem de um ponto fixo homeostático, para um novo ponto fixo;O contínuo mais significativo é o que vai da fixidez para a mudança;Distinção do processo em sete fases de um contínuo;Comportamentos aglutinados em torno de uma seção relativamente curta;

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O CONTÍNUO EMERGENTE:Baixa possibilidade de fluidez total num ambito da vida e rigidez total em outro;Tendência a se manter globalmente em uma fase processual;

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AS SETE FASES:Primeira:Estágio de rigidez e distanciamento de sua experiência;Recusa de comunicação pessoal;Sentimentos e significados não são apreendidos nem reconhecidos como tais;

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AS SETE FASES:Primeira:Construtos pessoais extremamente rígidos;Relações íntimas e pessoais consideradas como perigosas;Inexistência do desejo de mudança;

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AS SETE FASES:Segunda: (alcançada pela terapia lúdica ou de grupo)Expressão simbólica se torna mais fácil e fluida;Expressão de tópicos do “não-eu” mais fluente;Problemas captados como exteriores;

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AS SETE FASES:Segunda:Inexistência de sentimento de responsabilidade pelos problemas;Sentimentos descritos como não possuídos ou como objetos passados;Sentimentos podem ser exteriorizados, mas ainda não assumidos;

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AS SETE FASES:Segunda:Construtos pessoais rígidos, concebidos como fatos;Diferenciação de significações pessoais e sentimentos, global e limitada;Contradições podem ser expressadas, com pequeno reconhecimento como tais;

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AS SETE FASES:Terceira:Descontração e fluência da expressão simbólica;Fluir mais livre do eu como objeto;Expressão das experiências pessoais como objetos;Expressão do eu como objeto refletido;Expressão e descrição de sentimentos e significados não presentes;

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AS SETE FASES:Terceira:Aceitação muito reduzida dos sentimentos;Experiência descrita como passada ou afastada do Eu;Construtos pessoais rígidos, mas já são reconhecidos como construtos;Diferenciação dos sentimentos e significados mais nítida

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AS SETE FASES:Terceira:Reconhecimento das contradições;Opções pessoais ineficazes reconhecidas;

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AS SETE FASES:Quarta: (a maior parte da psicoterapia)Descrição de sentimentos mais intensos não presentes;Descrição dos sentimentos como objetos no presente, às vezes contra o desejo;Acompanhamento de desconfiança e medo perante essa possibilidade;

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AS SETE FASES:Quarta:Pouca abertura à aceitação dos sentimentos;Experiência menos determinada pela estrutura do passado, surge com atraso;Relaxamento na forma como a experiência é construída;Reconhecimento definitivo dos construtos pessoais. Questiona-se sua validade;

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AS SETE FASES:Quarta:Maior diferenciação dos sentimentos, construtos, das significações pessoais, com tendência pela procura de simbolismo exato;Apreensão das contradições e incongruências entre a experiência e o Eu;Tomada de consciência, com hesitação, pelos problemas pessoais;

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AS SETE FASES:Quinta:Sentimentos expressos livremente, como experimentados no presente;Sentimentos prestes a ser plenamente experimentados;Desponta uma tendência de percepcão de que, a experiência de um sentimento envolve uma referência direta;

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AS SETE FASES:Quinta:Surpresa e receio, raramente prazer, quando emergem sentimentos;Maior chamada a si dos próprios sentimentos e do desejo de vivê-los, de ser “o verdadeiro Eu”;Experiências mais maleáveis, mais próximas. Análise crítica dos construtos;

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AS SETE FASES:Quinta:Tendência forte e evidente para a exatidão na diferenciação entre sentimentos e significações;Aceitação em enfrentar suas próprias contradições e incongruências na experiência;Aceitação maior das responsabilidades e afetação pelas atitudes anteriores frente ao problema;

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AS SETE FASES:Sexta: (Tendência à irreversibilidade)Sentimentos antes bloqueados ou inibidos, são agora experimentados imediatamente;Sentimentos fluem para seu fim pleno;Sentimentos presentes experimentados com toda sua riqueza num plano imediato;O Eu como objeto tende a desaparecer;Vivência plena da incongruência entre experiência e consciência no momento exato;

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AS SETE FASES:Sexta:O momento da experiência integral torna-se uma referência clara e definida;A diferenciação da experiência é clara e fundamental;Não existem “problemas interiores ou exteriores”. O cliente vive subjetivamente uma fase de seu problema não objetal;

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AS SETE FASES:Sétima:Experenciação de novos sentimentos com caráter de imediatismo e com riqueza de pormenores, na terapia e fora dela;Essa experienciação é tomada como claro ponto de referência;A experiência imediata perde seu aspecto esquemático e torna-se parte de um processo, em sua novidade e não como passado;

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AS SETE FASES:Sétima:O Eu torna-se cada vez mais a consciência subjetiva e reflexiva da experiência;Construtos pessoais provisoriamente reformulados, a fim de serem revalidados pela experiência em curso, e sustentados menos rigidamente;

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AS SETE FASES:Sétima:Comunicação interior clara, com sentimentos e símbolos bem delimitados, com termos novos para sentimentos novos;Integração da noção de movimento, de fluxo, de mudança, em todos os aspectos de sua vida psicológica;

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ALGUNS ASPECTOS DO PROCESSO CONTÍNUO:Pode não ser o único processo pelo qual a personalidade se modifica;Não há garantias que funcione em todas as abordagens terapêuticas;Não há tempo para se atingir a sétima fase: o cliente pode iniciar já na segunda e concluir na quarta, e todos ficarem satisfeitos com os resultados;

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RESUMO:Esse processo implica na liberação de sentimentos;No início são descritos como longíquos, impessoais e não presentes;Num grau mais elevado, são experimentados e expressos como presentes;No final, um incessante fluxo de sentimentos caracteriza o cliente daí em diante;

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EQUIPE:André Luiz Assad Gonçalves

Andrieli Viana MilarkCelso Paulo Coelho MartinsFernanda Vicilli Souza SilvaSabrina Jany Gueta Gelhorn

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