CapixabasdoAno2008

Página: 1 CYAN MAGENTA YELLOW B L AC K

PÁGINA 1 - DOMINGO - 28/DEZEMBRO/2008 - 20:51

w w w . a g a z et a .co m . b r 2ª EDIÇÃO ENCERRADA: 20h50 R$ 2,00 Domingo, 28 de dezembro de 2008- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Fundada em 11 de setembro de 1928 por Thiers Vellozo | Nº 27.683 Ano LXXX | Vitória (ES) | EXEMPLAR DE ASSINANTEn n n n nnnnn

Os capixabas do anoLeitores elegem destaques de 2008 em 10 áreasProfissionais de Educação, Saúde, Esporte, Cidadania, Economia eCultura estão entre os mais lembrados na votação que durou 10 dias

Ricardo e Rodrigo Trazzi, 36, coordenadores do projeto Universidade Para Todos EmarBatalha, 37, designer de jóias Raimundo de Oliveira, 61, líder comunitário B eat r i zLindenberg, 41, produtora cultural Neymara Carvalho, 32, bodyboarder Ad r i a n aDelmaestro, 44, designer de jóias Guerino Balestrassi, 49, prefeito de ColatinaRoszigraci Simões, 39, integrante do grupo Especialistas do Riso Walter de Sá CavalcanteJunior, 59, executivo Maria Helena Lesqueves Sandoval, 49, dermatologista

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C L A SS I F I CA D OS332 1 - 8 6 0 0

AT E N D I M E N TO332 1 - 8 699

VENDA DE ASSINATURA332 1 - 8 0 0 0

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i m óve i s .AG

A TV do futuroQual TV veremos no futuro? Apergunta foi feita para cincoprofissionais da área. Asrespostas apontam parainteratividade e convergência.

Efeitos. Depois da Operação Naufrágio

Tribunal de Justiçadiscute escolha denovo presidenteEleição para ocomando doJudiciário estadualpode ser realizadano início de 2009

n n Após o fim do recesso noJudiciário, o Tribunal de Justi-ça do Estado terá de tomarmais uma decisão importante:a definição de quem vai ficarno cargo de presidente. Com

as prisões realizadas na Ope-ração Naufrágio, o desembar-gador Frederico Pimentel foiafastado da presidência e desuas funções como magistra-do. As apostas no Judiciáriodão conta de que uma novaeleição acontecerá em feve-reiro. Os mais cotados parachegar ao comando do TJESsão os desembargadores Sér-gio Gama e Arnaldo SantosSouza. n PÁG. 19

Dicas de carreira

Faça do seue m p re g oum bomnegócion n Criatividade não é exigênciaapenas para quem quer abrir aprópria empresa. Especialistasensinam a fazer de qualqueremprego um bom negócio. Prá-tica tem até nome: intra-empre-endedorismo. n PÁG. 15

Plano de logística

Estado deveter novosportos e 101p r i vat i z a d an n Um estudo que deverá estarpronto até julho de 2009 prevê aprivatização da BR 101 e a cons-trução de rodovias, ferrovias eportos. O objetivo é consolidar oEstado como provedor de logís-tica e de serviços. n PÁG. 16

- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------CARLOS ALBERTO SILVA

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De casa novaDecoradores dão dicas paracomeçar o ano com a casarenovada. Até o Feng-Shui,filosofia de origem chinesa,pode ajudar nas mudanças.

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NOVIDADES NA SALA DE AULA

NOVAS MATÉRIAS EENSINO AMPLIADO

Escolas entram 2009 commudanças, entre elas areforma no português, que

Jeferson e Marielise WonRondon já se preparam paraensinar aos filhos. n PÁG. 3

D i a -a - D i aHomem de56 anos somena correntezaem Colatinan PÁG. 9

D i a -a - D i aAcidente comdois carros naBR 262 mataum e fere cincon PÁG. 11

Espor te MundoAtaque aéreode Israel deixa225 mortos naFaixa de Gazan PÁG. 24

Em entrevistae xc l u s i va ,jogador Amauriabre o jogon PÁG. 16

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AGazeta - - 28/12/2008 1a. REVISTA.AG [29/12/2008 12:41:10] Por: mfrasson Pág: 1 - Cor:

Os capixabasdo ano

Conheça aspersonalidades que

se destacaramem 2008

AGazeta - - 28/12/2008 1a. REVISTA.AG [23/12/2008 18:36:15] Por: chboninsenha Pág: 4-5 - Cor:

cinco coisas sobre...

Su p e rs t i ç õ e sde réveillon1 - Todo mundo quer começar oano com a promessa de uma grana extra.Para isso, guarde uma nota de qualquervalor no sapato, na noite de Réveillon. Nãogaste o dinheiro nessa noite. E não passe avirada do ano de bolsos vazios para nãopassar 2009 assim.

2 - A cor da roupa na viradavirou quase regra. O branco é a somade todas as cores, e simboliza luz.Cada uma traduz um desejo: vermelhopromete paixão, amarelo atrai riquezae sabedoria, rosa é felicidade no amor.Azul é paz de espírito e segurança,verde representa esperança, equilíbrioe recomeço. E laranja ajuda nasconquistas pessoais e profissionais.

3 - Quer novidades no amor? Após avirada do ano, beije alguém do sexooposto.

4 - Para conseguir coisas boasno próximo ano, dê vários pulinhos com opé direito à meia-noite. Pule também coma taça de champanhe na mão, semderramar.

5 - Para ter sorte, logo após acontagem regressiva coma doze uvasgrandes e guarde os caroços com você.Lentilha e milho também garantemsorte. Aves como o peru e o frango efrutos do mar como caranguejo não sãoindicados na ceia de Ano Novo, nacrença popular, pois trariam regressão.Tudo porque ciscam ou andam paratrás.

Paulo Coelhow w w. pa u l o co e l h o.co mdiário do mago

A música que vinha da casa

C omo sempre fazia na véspera de Natal, orei convidou o primeiro ministro para umpasseio. Gostava de ver como enfeitavam

as ruas – mas para evitar que os súditos exage-rassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, osdois sempre se disfarçavam com roupas de co-merciantes que vinham de terras distantes.

Caminharam pelo centro, admirando as guir-landas de luz, as velas acesas nos degraus das ca-sas, as barracas que vendiam presentes, os ho-mens, mulheres e crianças que saíam apressa-dos para juntar-se a seus parentes e celebraraquela noite em torno de uma mesa farta.

No caminho de volta, passaram pelo bairromais pobre; ali o ambiente era completamentedistinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostosode comida pronta para ser servida. Não se viaquase ninguém na rua, e como fazia todos os anos,o rei comentou com o ministro que precisavaprestar mais atenção aos menos favorecidos. Oministro acenou positivamente com a cabeça, sa-bendo que em breve o assunto estaria de novo es-quecido, enterrado na burocracia cotidiana, dis-cussões com emissários estrangeiros.

De repente, notaram que de uma das casasmais miseráveis vinha o som de uma música. Obarraco mal construído, com várias frestas entreas madeiras apodrecidas, permitia que vissem oque se passava lá dentro. Era uma cena absurda:um velho em uma cadeira de rodas que pareciachorar, uma jovem careca que dançava, e um ra-paz de olhar triste que tocava tamborim e cantavauma canção do folclore popular.

- Vou ver o que está acontecendo – disse ore i .

Bateu à porta. O jovem interrompeu a mú-sica e veio atender.

- Somos mercadores em busca de um lugarpara dormir. Escutamos a música, vimos queainda estão acordados, e gostaria de saber sepodemos passar a noite aqui.

- Os senhores encontrarão abrigo em algumhotel da cidade. Infelizmente não podemos

ajudá-los; apesar da música, esta casa estácheia de tristeza e sofrimento.

- E podemos saber por quê?- Por minha causa – o velho na cadeira de ro-

das respondeu – Durante toda a minha vidaprocurei educar meu filho para que aprendes-se caligrafia, de modo a ser um dos escribas dopalácio. Entretanto, os anos se passavam e asnovas inscrições para o cargo jamais foramabertas. Até que esta noite tive um sonho es-túpido: um anjo aparecia e me pedia para quecomprasse uma taça de prata, já que o rei iriame visitar, beber um pouco, e conseguir em-prego para o meu filho.

“A presença do anjo era tão convincente queresolvi seguir o que dizia. Como não temos di-nheiro, minha nora foi até o mercado, vendeu seuscabelos, e compramos esta taça aí na frente. Agoratentam me alegrar, cantando e dançando porqueé Natal, mas é inútil”. O rei viu a taça de prata, pe-diu que servissem um pouco de água, e antes departir comentou com a família:

- Que coincidência! Hoje mesmo estivemoscom o primeiro ministro, e ele nos disse que asinscrições seriam abertas na semana que vem.

O velho acenou com a cabeça, sem acreditarmuito no que ouvia, e despediu-se dos estran-geiros. Mas no dia seguinte, uma proclamaçãoreal foi lida por todas as ruas da cidade; pro-curavam um novo escriba para a corte. Na datamarcada, o salão de audiências estava cheio degente, ansiosa por tão cobiçado cargo. O pri-meiro ministro entrou, pediu que todos prepa-rassem seus blocos e canetas:

- Eis o tema da dissertação: por que um velhohomem chora, uma mulher careca dança, e umrapaz triste canta?

Um murmúrio de espanto percorreu toda asala: ninguém sabia contar uma história comoessa! Exceto um jovem com roupas humildes,em um dos cantos da sala, que abriu um largosorriso e começou a escrever.

(Baseado em um conto indiano)l

Eles se despediramde 2008 dando degoleada nas áreas emque atuamn n Embora o Espírito Santo seja um Estado aco-lhedor – que recebe gente de todas as partes dopaís – apenas um deles não nasceu por aqui. O que,claro, não o impede de se sentir um capixaba decoração. Por isso, podemos dizer com todas as le-tras que as dez personalidades que você verá aseguir são os capixabas do ano. Ao longo de 2008,eles se destacaram – cada um a seu modo – emdiversas áreas de atuação: Educação, Saúde, Es-porte, Cidadania, Design, Estética, Cultura e mui-to mais. Como eles chegaram até aqui? Na ver-dade, concorreram com mais duas pessoas emsuas áreas e foram escolhidos pelo voto popular.

Editores e repórteres de A GAZETA fizeramuma pré-seleção com trinta membros da socieda-de – divididos em dez categorias – para concorrerao título de Capixaba do Ano. A votação começouno dia 7, via Internet, e durou dez dias. Durante esseperíodo, os internautas puderam conferir o perfildos finalistas no portal do Gazeta Online e regis-trar seu voto. Foram 11.092 acessos e o total foi con-tabilizado no último dia 17, quando foram conhe-cidos os nomes dos dez vencedores.

Vencedores que, aliás, não dispensaram gri-tos de alegria e muita emoção quando recebe-ram a notícia. “Espera aí, ainda não gritei tudoo que preciso”. Pausa na ligação e:“Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Não acredito!”, es-travasou Roszigraci Simões, criadora dos Es-pecialistas do Riso, destaque do ano na área deSaúde. Aliás, é ela que abre o nosso time de su-cesso. Vale a pena conferir. Eles realmente sãocampeões. l

matéria de capa

Time de vencedores FOTO

S: N

ARA

PARA

NÁ


12 | A GAZETA | revista.AG | Vitória, 28 de dezembro de 2008 A GAZETA | revista.AG | Vitória, 28 de dezembro de 2008 | 13

E s p o r t i s ta

Na cristada ondan n A prancha cortada ao meio pelo pai com umfacão quando ainda surfava suas primeiras on-das, por volta dos 14 anos, mostra que o cami-nho até a glória não foi nada fácil. Mas Ney-mara Carvalho é daquelas pessoas que até osproblemas se direcionam à vitória.

Aos 32 anos, ela fecha 2008 com o tetracam-peonato mundial de bodyboard. Uma carreiradigna de cinema. Literalmente. Após mais essarecente conquista, Neymara passou pelasIlhas Canárias, na Espanha, para gravar as pri-meiras cenas de um filme - sobre sua vida.

Roteiro com uma protagonista "teimosa", como

ela mesma diz. Começou vencendo a desconfian-ça da família. Depois, passou oito anos no quase,até conseguir seu primeiro título mundial, em2002. Por fim, engravidou em 2005, já bicampeã, e,contrariando muita gente, voltou ao esporte paraser mais duas vezes a melhor do mundo.

"Depois que Luna nasceu, quis voltar ao cir-cuito mundial. Teimei, como sempre, e deu tu-do certo. Fui vice em 2006 e campeã em 2007 e2008. Já me sinto realizada, mas quando olhopara minha filha sinto vontade de buscarmais", diz mamãe Neymara.

E buscar mais em 2009 significa ser pentamundial, o que nenhuma bodyboarder jamais

conseguiu. "Eu, a GlendaKozlowski, que hoje éapresentadora, e a StefaniPeterson somos as únicastetracampeãs. Pensandona Luna, vou atrás dessequinto título. Ela é a gran-de motivação da minha vi-da", contal

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Já mesintor ea l i z a d a ,

mas quando olhopara minha filhasinto vontade debuscar mais"

LUC

AS

ABO

UD

IB



Destaque na área de Cidadania

Ele pinta o Alagoano de vidan n Raimundo de Oliveira, 61 anos, nãose limitou a nascer e crescer no Morrodos Alagoanos, em Vitória. Fez questãode que o morro crescesse junto com ele.Desde criança envolvido com a comu-nidade, Raimundo começou, ainda najuventude, a lutar por melhorias na re-gião. E hoje é um dos principais respon-sáveis por colocar os Alagoanos no ro-teiro cultural do Estado.

Organizador do Festival de Música deBotequim, o Femusquim, e do Encontro deChorinho, entre outros diversos eventos,Raimundo é uma referência local.

Foi ele quem levou os olhares da cidade

para o morro, que também ficou mais co-lorido com sua ajuda. Em 1999 começou apintar com cores vibrantes as casas domorro. Trabalho que finalizou dia 22 deabril de 2000 em comemoração aos 500anos do descobrimento do Brasil.

E suas ações não páram por aí. Arbori-zação, calçamento e até decoração de Na-tal fazem parte da dedicação dele pelobairro. “O objetivo de tudo isso é elevar aauto-estima do povo. Mostrar que elestambém são capazes”, destaca.

De quebra, Raimundo também mostroupara o resto da cidade que há muita coisaboa nos morros. “São mais de 10 eventos

por ano, sem nenhuma ocorrência poli-cial. A sociedade vê os morros com nojo.Estou ajudando a romper essa barreira”,aponta, sem usar verbos no passado.

Para quem o trabalho nunca acaba, cadaetapa vencida vira experiência de vida. Es-te ano, Raimundo se candidatou a verea-dor na capital. Não ganhou. “Foi uma fe-licidade me candidatar. Pude conhecer olado bom da política e também tive acessoaos locais mais miseráveis. Para uma po-pulação que não tem o que comer, e nãosabe nem falar direito, não tive coragem depedir votos. Agora vou tocar meus proje-tos, fora da política partidária”, afirmal

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O objetivode tudoisso éelevar a

auto-estima dopovo. Mostrar queeles também sãoca p a z es ”

Destaque na áreade Estética

Beleza det ra j et ó r i an n Foi durante a residência médica que eladespertou para essa área, até hoje olhada comum certo preconceito pela classe. Na longa filade pacientes, uma senhora com uma manchalevava uma bronca do médico de plantão. Afi-nal, ela tomara o lugar de pessoas realmenteenfermas. O médico bravo, no entanto, nãosoube responder à pergunta da senhora quequestionava: quem é que vai me tratar então?

Nesse momento a médica Maria HelenaLesqueves Sandoval despertou para a der-matologia, na área de cosmiatria. “Descobrique atrás de uma mancha tinha um proble-ma sério de auto-estima. E, o que é mais sé-rio: que poderia, sim, haver uma doença portrás de algo aparentemente sem gravidade”,lembra, então conquistada pela medicinaem nome da “beleza”.

O ano era 1994 e a cosmiatria começava a en-gatinhar por aqui. Referências? Só de fora. Masela não desistiu. Mesmo sob o olhar desanima-dor dos mestres que se perguntavam: “o que es-sa moça tão inteligente está fazendo ali?”.

O resultado dessa insistência veio recen-temente. Formada pela Ufes, em 1984, Ma-ria Helena é a única capixaba membro efe-tivo da Sociedade Brasileira de Derma-tologia, atuando fortemente no Depar-tamento de Cosmiatria, onde apenassete médicos brasileiros fazem parte.

E para que continue fazendo partedesse pequeno grupo, ela participa desimpósios, faz cursos itinerantes – quedemocratizam informações importantesa médicos fora do eixo Rio-São Paulo – econsome muitos livros essenciais para aatualização de sua área no país. A produ-ção, especialmente este ano, foi intensa,mas a maior conquista, não está aí. “É oreconhecimento do nosso trabalhofora daqui. Todos nos olham dife-rente depois disso tudo”, come-m o ra .

Prestes a entrar nos 50 anos,casada com o gerente LisandroSandoval e mãe de dois filhos,Lisandro, de 25 anos, e Diogo,de 23, que segue os passos damãe na Medicina, Maria Hele-na conseguiu conciliar, comopoucas, trabalho e família. E,quando pode, reúne todos e semanda para a serra capixaba. “Élá que me escondo”. l

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Descobri queatrás de umamanchatinha um

problema sério deauto-estima. E, o queé mais sério: quepoderia, sim, haveruma doença”

AGazeta - - 28/12/2008 1a. REVISTA.AG [23/12/2008 17:20:43] Por: smedina Pág: 16-17 - Cor:

20 | A GAZETA | revista.AG | Vitória, 28 de dezembro de 2008

é o bicho Carol Scolforoa s co l f o r o @ r e d e g a z et a .co m . b r

E n f re n ta n d oo réveillon

Alguns cuidados sãofundamentais para osbichinhos começarem oano na maior tranqüilidade

n n Tradicionais no fim de ano, os fogos de arti-fício são a vibração da noite da virada. No en-tanto, para os animais de estimação, podem setornar um pesadelo. Tremor, salivação, pupilasdilatadas, ansiedade e agitação são alguns sin-tomas apresentados por cães e gatos enquantoos rojões e fogos tomam conta do céu. Isso acon-tece porque os bichos têm uma audição muitomais apurada que a dos humanos, segundo a ve-terinária Luciane Behle.

Alguns animais não têm problema com o baru-lho. Já outros sentem um medo enorme nessasocasiões. A maioria dos gatos fica tão assustadaque se esconde nos menores lugares da casa. Já oscachorros correm para o colo do dono, ou tentamfugir desesperadamente. O latido também é umaforma que os cães têm para se manifestar - comopedido de ajuda ou para ameaçar o inimigo.

Esse tipo de estresse pode colocar o animalem perigo. Aquele que já possui alguma doençacardíaca corre o risco de ter ataques epilépticos,desmaios, infartos e até de morrer. O que tem asaúde perfeita pode se machucar quando, no de-sespero, tenta pular muros e portões ou passarpor locais estreitos.

O yorkshire Toby, da psicóloga Sandra Mene-gaz, sempre teve muito medo dos fogos de artifí-cio. “Quando chega essa época, ou mesmo no Car-naval e em dias de futebol, o Toby fica estressado.De tão nervoso, ele não sabe se quer ficar no coloou correr”, conta Sandra. No início deste ano, o ca-chorrinho desenvolveu até uma doença cardíaca.Por isso ela já procurou orientações da veterináriapara prepará-lo para o Réveillon.

Nesses casos em que os animais ficam muitoafetados pelo barulho, é preciso mesmo interfe-rir, como frisa a veterinária. “Para animais queficam muito agitados com o barulho, a alterna-tiva é a medicação. Sempre com orientação mé-dica”. Essa seria apenas uma estratégia esporá-dica para proteger o animal, destaca Luciane. Jápara os bichos que têm uma reação leve, os do-nos precisam apenas achar um local calmo paraeles. Colocar uma música, ou ligar o ar condicio-nado são boas sugestões.

É o que Sandra vai tentar esse ano. Mais quepreparada para lidar com os surtos do Toby du-rante a queima de fogos, ela vai redobrar a aten-ção e tentar ficar bem perto dele para passar se-gurança e tranqüilidade, além de manter a me-dicação específica para cuidar de sua doençacardíaca. O marido e o filho também foram es-calados para ficar de plantão em casa, de olho nobichinho. lColaboração de Tatiana Arruda

Dicas para preparar seu amigo:

SERVIÇO: Luciane Behle, veterinária da Clínica Quatro Patas. Tel.: 3314-3826. Barro Vermelho - Vi t ó r i a

NARA PARANÁ

Exe c ut ivo

Garra, suor e muitos sonhos

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Às vezes,a gentesonha e

voa longedemais. Euainda não pareide sonhar”

TOBY TEMTANTO MEDODOS FOGOSDE ARTIFÍCIOQUED E S E N VO LV E UDOENÇACA R D Í ACA

n Crie um ambiente confortável e o calmopara o bicho. Coloque-o num quarto comuma música ambiente e com o ar condi-cionado ligado. O colo do dono também ébom refúgio.

n Para os casos mais graves, pode ser usadamedicação receitada por veterinário.n Se você já tem um animal estressado na-turalmente, prepare-o com antecedência.Florais de Bach, fitoterápicos ou até acupun-tura podem aliviar a ansiedade e deixar o ani-mal relaxado.

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n n “Divido esse prêmio com todos osque me ajudaram a chegar até aqui”. Foiassim que Walter de Sá Cavalcante Ju-nior, presidente do Grupo Sá Cavalcan-te, agradeceu pelo reconhecimentocom o título de Executivo do Ano.

O prêmio reflete uma trajetória desucesso. A história do executivo come-çou com a construção de três casas, noinício da década de 1970, no Ceará, e queformaram a base do Grupo Sá Cavalcan-te. Walter Sá Cavalcante Júnior come-çava a mostrar sua veia de empresário

empreendedor, mas foi com a expansãodos negócios para o Espírito Santo, em1980, que a Sá Cavalcante ganhou umanova dimensão. A entrada no mercadocapixaba foi marcada por um desafio: aconstrução de 960 apartamentos emJardim Camburi, até então um bairroainda pouco habitado na cidade.

Um novo salto nos negócios aconte-ceu com a decisão de entrar no ramo deshopping centers. Hoje, além do Mara-nhão, do Espírito Santo e do Rio de Ja-neiro, a Sá Cavalcante atua também no

estado de São Paulo.No Estado, a expansão do Shopping Praia

da Costa e o anúncio de um novo shoppingna Serra foram os grandes feitos do gruponeste ano.

“Me sinto extremamente lisonjeado esei que o Prêmio representa, acima detudo, o resultado de um trabalho deequipe, do envolvimento de todos os co-laboradores do Grupo Sá Cavalcante.Agradeço à Rede Gazeta pelo reconhe-cimento, e de forma especial, a todosque votaram em mim”l


A r t i s ta

Re ve l a n d oumaa pa i xo n a d an n Em 2008, ano em que o Vitória Cine Vídeo com-pletou 15 edições, a produtora Beatriz Lindenberg,41 anos, praticamente não parou. Além de ser, aolado dos inseparáveis parceiros Orlando Farya eLúcia Caus, uma das responsáveis pelo maiorevento de cinema do Esta-do, Beatriz trabalhou na li-nha de frente de projetosde alcance nacional, comoo Revelando os Brasis(concurso que realiza agravação de vídeos em ci-dades com até 15 mil habi-tantes) e o Núcleo Anima-zul, que, entre outras ativi-dades, ensina animaçãopara crianças de escolasp ú bl i c a s .

Formada em jornalis-mo pela Universidade Fe-deral do Espírito Santo eapaixonada pela sétimaarte, Beatriz acompanha tudo de perto, desde a co-locação das cadeiras que serviram de assento paraa improvisada sala de projeção que se tornou a Fá-brica 747 durante o festival de cinema, até questõesque envolvem a criação artística dos vídeos quesaem dos órgãos em que é sócia, a Galpão Produ-

ções e o Instituto Marlin Azul (IMA).De sorriso fácil, fã de uma boa con-

versa, apaixonada por viajar ecom uma capacidade única

de mostrar disposiçãopara com aquilo que

gosta de fazer (sãocomuns as reu-

niões na sede doIMA que va-ram a madru-gada), Beatrizdeve repetirem 2009 asboas açõesque realizounesse ano,que sempre

buscaram au-mentar ainda

mais a magia queo cinema tem de

transformar a vidadas pessoas, assim

como fez com a delal

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2008 foi umano demuitas eboas

realizações, mas éimpossível realizartudo que desejamos.Temos novaspropostas para 2009"



E m p re e n d e d o ra

Umabata l h a d o ran n O sobrenome entrega a trajetória de vida dacapixaba. Emar começou a trabalhar aos 14anos vendendo jóias e roupas no interior deColatina. Hoje, aos 37 anos, comercializa suasjóias em duas lojas de Vitória e pretende abrirmais uma, até maio de 2009, no bairro Jardins,um dos mais badalados de São Paulo.

Não é para menos. A designer leva na car-teira de clientes figuras famosas como HebeCamargo, Juliana Paes,Danielle Winits e PretaGil. Ganhou o mundo enão esconde o orgulho derepresentar o Estado."Sempre fui bairrista eacho que os capixabas, demodo geral, estão come-çando a ter orgulho daprópria terra", analisa.

Para galgar essa estradade sucesso ela ensina quenão adianta apenas ter umbom produto em mãos."Tem que divulgar, e daforma certa. Acho que sou vista como empre-endedora porque, além de trabalhar como desig-ner, sempre busco inovar na hora de apresentarmeus produtos. Tem muita gente boa na minhaárea, portanto, temos que fazer a diferença".

O ano de 2008 foi extremamente positivopara Emar, que recheou páginas de diversas re-vistas de renome nacional e foi a única repre-sentante do Estado no Livro da História da Joa-lheria Brasileira. l

Ad m i n i s t rad o rp ú bl i co

Oito anos ded e d i ca ç ã on n Prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi,enfrentou nesse ano uma acirrada disputa paraeleger como sucessor seu atual vice, LeonardoDeptulski (PT). Vitorioso nesse processo, oprefeito rompeu com o PSB e contrariou inte-resses do Palácio Anchieta com o objetivo demanter a tese da formação de novas liderançaspolíticas e de permitir a manutenção na As-sembléia Legislativa do deputado Paulo Folet-to (PSB) como representante das necessidadesdaquela região.

Aos 49 anos, Balestrassi dedicou os últimos oi-to à administração de Colatina - "de forma inten-sa e vivendo diuturnamente a questão pública",como ele mesmo enfatiza. Em toda sua vida es-tudou em escolas públicas. Formado em enge-nharia mecânica, encarou o Executivo municipalcomo forma de "pagar" o ensino recebido do Es-tad o.

Ta m b é mpresidente daAssociação dosMunicípios doEstado do Espí-rito Santo(Amunes), Ba-lestrassi concluisua gestão àfrente do grupoem março de2009. "A vota-ção coincidecom o final domandato e do

projeto de formar uma nova liderança. Meu sen-timento é de dever cumprido", frisa ele. A partirdaí, pretende se dedicar à família e à empresa deestruturas metálicas que possui. O prefeito aindaestuda incluir em seus planos o retorno ao qua-dro docente de uma faculdade. l

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Estou muitofeliz. Estavaco n co r r e n d ocom duas

pessoas de muitopeso, e é gratificanteter ot r a ba l h or e co n h e c i d o "

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Ser escolhidocapixaba do anosignifica muito paramim. É o

reconhecimento de todo otrabalho que executeinesses oito anos e doprojeto político de formaçãode novas lideranças"



Destaque na áreada saúde

O melhorre m é d i ovem emdoses dealegrian n Depois de passar dias no hospital, acompa-nhando o pai, que faleceu, a artista plástica Ros-zigraci Simões decidiu mudar a cara daquele lu-gar. Começou pintando paredes com motivosalegres, e deu origem ao grupo Especialistas doRiso, que há 13 anos trata os pacientes com osmelhores remédios: humor e carinho. “No hos-pital, as pessoas se anulam. Você não é dono doseu corpo, nem da cama onde dorme”, diz ela.

A iniciativa começou com um pequeno grupode amigos. Hoje, são 52 voluntários e há até fila deespera para integrar esse time. Mais de 290 pes-soas querem ser especialistas do riso também!Neste ano foram beneficiadas 21.826 pessoas.

A caminhada foi árdua. Depois de diversas es-pecializações para atuar na área e de ultrapassaros muros hospitalares para alcançar asilos e ca-sas de passagem, este ano Rose, como gosta deser chamada, pôde comemorar duas vitórias.

Os Especialistas do Riso viraram uma Oscip(Organização da Sociedade Civil de InteressePúblico) e agora podem receber doações dire-tamente do Imposto de Renda de pessoas e em-presas. “Vamos conseguir garantir o funciona-mento do grupo. O trabalho é voluntário, masprecisamos contratar funcionários para admi-nistrar agenda e contatos, e até para cuidar dasfantasias. Com a Oscip vai ficar mais fácil paraas pessoas ajudarem, já que dá para descontardo Imposto de Renda”, ressalta. A segunda vi-tória de Rose é na vida pessoal. Este ano ela seforma em direito, mas continua especialista emlevar alegria a quem precisa, garante. l

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Com aOscip vaificar maisfácil para

as pessoasajudarem, já quedá para descontardo Imposto deRe n d a ”



Destaque na área de Educação

Fórmula de vencedores

Designer

Menina deo u ron n Oito anos de dedi-cação exclusiva aodesign de jóias, cria-ções a mil e noitesperdidas de sono.Nem depois de tudoisso, ela esperava portanto. “Foi uma surpre-sa atrás da outra”, co-memora a designerAdriana Delmaestro. En-tre seus feitos está a parti-cipação como única capixa-ba na II Bienal Brasileira deDesign 2008, em Brasília,Distrito Federal.

Para se ter uma idéia, aliestavam nada menos queos sete melhores joalhei-ros do país. Grupo sele-to do qual Adriana par-ticipou expondo trêspeças, entre elas umanel diagonal de ou-ro amarelo e quart-zo negro, a princi-pal. Esse tipo deacessório, aliás,remete a designeràs suas primeirascriações. Foi tam-bém um anel, oumelhor, dois - umcôncavo e umconvexo - as pri-meiras peças da sé-rie exclusiva e cheiade inspiração deAdriana. “Gostei tan-to que fiz um para mim. Tenho até hoje”, des-taca a designer, que se orgulha de ter seu no-me badalado, mas está mais preocupadamesmo em criar.

Esse verbo pode se conjugar em qualquerinstante. Até porque, mesmo fora de sua lo-ja, ela relaxa fazendo exatamente a mesmacoisa: desenhando. Focada, estilosa e do ti-po intensa e criativa a toda prova é como sedefine. Ah sim, e de coração forte. “Lembroquando entrei no museu nacional, quaseenlouqueci. Foi muito emocionante”, lem-bra sobre a Bienal.

Tanta alegria ela divide com a família, omarido e empresário Jorge Dib, e os filhosCarolina, 16 anos, Jorge, de 13, e Antônio, de3 anos e 8 meses. E é nesses dois âmbitos,profissional e familiar, que ela preza pelacoerência com que plantou e colheu tão rá-pido. “Joguei as sementes e elas já deramfrutos”, comemora. l

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Le m b r oquandoentrei no

museu nacional,quase enlouqueci.Foi muitoe m o c i o n a n t e”

n n Mais de 2.500 pessoas entraram na Ufesnos últimos 12 anos, graças ao trabalho pio-neiro dos irmãos Ricardo e Rodrigo Trazzi. Édeles, junto com dois amigos - José Vascon-celos e Roberto Carlos Peres - a idéia do Pro-jeto Universidade Para Todos (PUPT), umcursinho pré-vestibular para estudantes deescolas públicas.

Hoje transformado numa Ong, o projetocresceu e oferece diversos outros serviços pa-ra a população de baixa renda.

Em 2007, os irmãos Trazzi criaram o Pro-jeto Biblioteca Transcol, uma banca no Ter-

minal de Laranjeiras que empresta livros. Es-te ano, o projeto foi estendido para os termi-nais do Ibes e de Itacibá e já conta com 8 milassociados, que já pegaram mais de 33 mil li-vros emprestados.

Para complementar o trabalho da Bibliote-ca Transcol, mais voltado para adultos, foicriada este ano a Biblioteca Móvel, que atendecrianças de seis bairros da periferia da Gran-de Vitória.

Os planos para 2009 mostram porque Ricar-do e Rodrigo foram escolhidos como destaquena área de Educação no Estado. “Vamos com-

prar mais de R$ 100 mil em livros para a biblio-teca. O PUPT vai passar a ter sede própria, naSerra, com 45 salas de aula multimídia. Outrasduas bibliotecas, dessa vez mais amplas e cli-matizadas, serão instaladas nos terminais deCarapina e Campo Grande”, enumera Ricardo.Além de livros, no próximo ano, passageirosdo Transcol também poderão ter acesso a in-ternet. O primeiro módulo do Transcol Digitaldeve ser instalado no Terminal de Laranjeiras.“Graças ao reconhecimento do primeiro pro-jeto, hoje encontramos parcerias para tocar asnovas idéias”, frisa Rodrigo. l

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Graças aoreconhecimento doprimeiro projeto,

hoje encontramosparcerias para tocar asnovas idéias”RODRIGO TRAZZI

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CapixabasdoAno2008