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CORREDOR DE BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHIA 2003 Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia e Conservation International do Brasil 1 CARACTERIZAÇÃO DOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DE PLANTAS E MAMÍFEROS NO SUL DA BAHIA, BRASIL Paulo Inácio Prado 1 , Luiz Paulo Pinto 2 , Raquel Teixeira de Moura 3 , André Maurício de Carvalho 4 , Wm. Wayt Thomas 5 , André Amorim 4,6 , Cristiane Aguiar 4 1. Núcleo de Estudos e Pesquisa Ambientais - Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6166, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas - SP, Brasil, CEP 13084-971. [email protected] 2. Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia e Universidade Federal de Minas Gerais, Caixa Postal 84, Ilhéus - BA, CEP 45653-970. [email protected] 3. Conservation International do Brasil, Av. Getúlio Vargas, 1300 7o Andar, Belo Horizonte - MG, CEP 30112- 021. [email protected] 4. Centro de Pesquisas do Cacau – CEPLAC, Km 25 Rodovia Ilhéus-Itabuna, Ilhéus - BA, 45600-000. [email protected] 5. New York Botanical Garden, Bronx, NY 10458-5126, EUA. [email protected] 6. Universidade Estadual de Santa Cruz, Km 16 Rodovia Ilhéus-Itabuna, Ilhéus - BA, 45660-000. [email protected] INTRODUÇÃO A catalogação das espécies e dos locais onde elas vivem é uma das tarefas básicas e mais antigas nas ciências biológicas. Com a crescente preocupação com a conservação da biodiversidade, tais inventários adquiriram uma importância aplicada até então inédita, dada a necessidade dessa informação para as políticas de conservação (e.g. Wilson 1988, Groombridge 1992, Reid et al. 1993, Heywood 1995). Fato há muito conhecido nas ciências biológicas, os inventários de espécies mostram que a biodiversidade não está distribuída uniformemente pelo planeta. Pelo contrário, uma extensão relativamente pequena concentra a maior parte das espécies de organismos vivos descritos, e, possivelmente, uma parcela ainda maior dos desconhecidos (Wilson 1988, Groombridge 1992, Ricklefs et al. 1995). Essa constatação sustenta a estratégia, hoje amplamente aceita, de que é possível identificar locais com alta diversidade de espécies, elevado grau de endemismo e grande número de espécies ameaçadas, para neles concentrar os esforços de conservação (Myers 1988, 1990, Groombridge 1992, Myers et al. 2000). Assim, a ordenação de locais em uma escala de prioridades para a conservação é requisito básico para definir estratégias de conservação (Myers 1988, 1990, Groombridge 1992, Heywood 1995, Myers et al. 2000). Essa ordenação, por sua vez, depende do conhecimento do elenco de espécies que ocorrem em cada local. Idealmente, os mesmo grupos de organismos deveriam estar inventariados em todos os locais na mesma época e com os mesmos procedimentos (e.g. Reid et al. 1993). Levantamentos tão amplos e padronizados são extremamente raros no Brasil. A maioria dos registros provém de estudos de táxons restritos, realizados de maneira independente, e mesmo esta informação está em grande parte esparsa e não publicada (Lewinsohn & Prado 2002). A compilação dessa informação é importante porque atende rapidamente a demandas urgentes, que não podem esperar a realização de inventários extensivos e padronizados (Jenkins 1988, Groombridge 1992, Hall 1994). Os registros de ocorrência são compilados de pesquisa bibliográfica, entrevistas com pesquisadores e levantamento em museus e coleções biológicas (Jenkins 1988, Groombridge 1992, Hall 1994). Além disso, os dados devem passar por um cuidadoso trabalho de verificação e validação, o que exige conhecimento de cada grupo taxonômico e cada ambiente, especialmente em ecologia, taxonomia e metodologia de coleta biológica. Registros de ocorrência compilados de fontes diversas, entretanto, não formam uma amostra estatística, e contêm

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CORREDOR DE BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA DO SUL DA BAHIA 2003 Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia e Conservation International do Brasil 1

CARACTERIZAÇÃO DOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DE PLANTAS E MAMÍFEROS

NO SUL DA BAHIA, BRASIL

Paulo Inácio Prado1, Luiz Paulo Pinto2, Raquel Teixeira de Moura3, André Maurício de Carvalho4, Wm. Wayt Thomas5, André Amorim4,6, Cristiane Aguiar4

1. Núcleo de Estudos e Pesquisa Ambientais - Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6166, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas - SP, Brasil, CEP 13084-971. [email protected] 2. Instituto de Estudos Sócio-Ambientais do Sul da Bahia e Universidade Federal de Minas Gerais, Caixa Postal 84, Ilhéus - BA, CEP 45653-970. [email protected] 3. Conservation International do Brasil, Av. Getúlio Vargas, 1300 7o Andar, Belo Horizonte - MG, CEP 30112-021. [email protected] 4. Centro de Pesquisas do Cacau – CEPLAC, Km 25 Rodovia Ilhéus-Itabuna, Ilhéus - BA, 45600-000. [email protected] 5. New York Botanical Garden, Bronx, NY 10458-5126, EUA. [email protected] 6. Universidade Estadual de Santa Cruz, Km 16 Rodovia Ilhéus-Itabuna, Ilhéus - BA, 45660-000. [email protected] INTRODUÇÃO

A catalogação das espécies e dos locais

onde elas vivem é uma das tarefas básicas e mais antigas nas ciências biológicas. Com a crescente preocupação com a conservação da biodiversidade, tais inventários adquiriram uma importância aplicada até então inédita, dada a necessidade dessa informação para as políticas de conservação (e.g. Wilson 1988, Groombridge 1992, Reid et al. 1993, Heywood 1995).

Fato há muito conhecido nas ciências biológicas, os inventários de espécies mostram que a biodiversidade não está distribuída uniformemente pelo planeta. Pelo contrário, uma extensão relativamente pequena concentra a maior parte das espécies de organismos vivos descritos, e, possivelmente, uma parcela ainda maior dos desconhecidos (Wilson 1988, Groombridge 1992, Ricklefs et al. 1995). Essa constatação sustenta a estratégia, hoje amplamente aceita, de que é possível identificar locais com alta diversidade de espécies, elevado grau de endemismo e grande número de espécies ameaçadas, para neles concentrar os esforços de conservação (Myers 1988, 1990, Groombridge 1992, Myers et al. 2000).

Assim, a ordenação de locais em uma escala de prioridades para a conservação é requisito básico para definir estratégias de conservação (Myers 1988, 1990,

Groombridge 1992, Heywood 1995, Myers et al. 2000). Essa ordenação, por sua vez, depende do conhecimento do elenco de espécies que ocorrem em cada local. Idealmente, os mesmo grupos de organismos deveriam estar inventariados em todos os locais na mesma época e com os mesmos procedimentos (e.g. Reid et al. 1993). Levantamentos tão amplos e padronizados são extremamente raros no Brasil. A maioria dos registros provém de estudos de táxons restritos, realizados de maneira independente, e mesmo esta informação está em grande parte esparsa e não publicada (Lewinsohn & Prado 2002).

A compilação dessa informação é importante porque atende rapidamente a demandas urgentes, que não podem esperar a realização de inventários extensivos e padronizados (Jenkins 1988, Groombridge 1992, Hall 1994). Os registros de ocorrência são compilados de pesquisa bibliográfica, entrevistas com pesquisadores e levantamento em museus e coleções biológicas (Jenkins 1988, Groombridge 1992, Hall 1994). Além disso, os dados devem passar por um cuidadoso trabalho de verificação e validação, o que exige conhecimento de cada grupo taxonômico e cada ambiente, especialmente em ecologia, taxonomia e metodologia de coleta biológica.

Registros de ocorrência compilados de fontes diversas, entretanto, não formam uma amostra estatística, e contêm

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autocorrelações e desvios sistemáticos que podem gerar diversos artefatos de análise (e.g. Nelson et al. 1990, Jager & Looman 1995, Peterson et al. 1997, Guisan & Zimmerman 2000). Por isso, o uso de dados secundários deve ser precedido de um diagnóstico de sua estrutura, e da forma como foram obtidos. Embora o uso de dados secundários de registros de espécies seja hoje extremamente comum, poucos trabalhos avaliam como as idiossincrasias dos conjuntos de dados podem influenciar nos resultados de suas análises.

Neste trabalho, compilamos registros de espécies de mamíferos e angiospermas da região sul da Bahia, abrangida pelo Corredor Central da Mata Atlântica, obtidos de publicações e coleções científicas. Os registros são caracterizados quanto à sua distribuição temporal, espacial, e taxonômica. Também foram analisadas as fontes originais dos registros, para caracterizar os métodos e motivações que os geraram. Este diagnóstico indica importantes tendências nos dados, que devem ser consideradas em suas análises.

METODOLOGIA Área de Estudo

O Corredor Central da Mata Atlântica compreende cerca de 80% da bio-região “Bahia” da Mata Atlântica (Silva & Casteleti 2003), que possui 120.954 km2 e estende-se desde Sergipe até o Espírito Santo. O Corredor Central da Mata Atlântica compõe a porção centro-sul dessa região biogeográfica, limitando-se ao norte pelo rio Jiquiriçá, onde se inicia o agrossistema do baixo-sul da Bahia, e estendendo-se pela região cacaueira tradicional, extremo sul da Bahia e centro norte do Espírito Santo (Fonseca et al. 2003).

O sul da Bahia é uma das áreas mais importantes para o efetivo estabelecimento do Corredor Central, devido aos seus elevados graus de riqueza de espécies, endemismo, e ameaça (CI & IESB 2000, Fonseca et al. 2003) e compreende a área de estudo deste trabalho. Está situada entre os paralelos 13o 05´S - 18o 05´S e meridianos 38o 50´W - 41o 33´W, e é delimitada ao Norte pelo Rio Jiquiriçá, ao Sul pelo Rio Mucuri, ao Leste pelo Oceano Atlântico, e a Oeste pela rodovia BR-116

(Figura 1, detalhes em Landau & Resende 2003).

A região era originalmente ocupada por sete classes de fisionomias florestais da Mata Atlântica (Thomas 2003), que hoje cobrem 20% da área, entre florestas em estágio inicial (13% da área) e avançado de regeneração (7%). O restante da área é ocupado por agricultura, cultivos agro-florestais, pastos, solo exposto, e aglomerados urbanos, formando uma paisagem fragmentada e complexa (Landau 2003).

A área de abrangência deste trabalho é a coberta pelos 107 municípios da Bahia que estão na área do Corredor Central da Mata Atlântica segundo a malha municipal de 1991 do IBGE (IBGE 1994, Apêndice I de Prado et al. 2003b).

Origem dos dados

Os registros de mamíferos compilados para este trabalho foram incorporados à Base Corredor Central (BCC, disponível em Prado et al. 2003a). Esta versão da BCC contém, também, os registros de Cordeiro (2003) para aves, Sillvano & Pimenta (2003), de anfíbios, e de Moura (2003), de mamíferos. Estes outros conjuntos de dados são analisados por seus respectivos autores, nos trabalhos indicados. Neste trabalho, analisamos os registro de mamíferos obtidos de publicações (que

Figura 1- Limites dos estados do Brasil, com indicação da área de estudo (em vermelho), e da região do Corredor Central da Mata Atlântica (contorno verde).

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complementam os registros primários obtidos por Moura 2003), e os registros de plantas depositadas no Herbário do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Os registros do Herbário CEPEC estão armazenados em sua Base de Dados, cuja consulta é disponível mediante solicitação ao CEPEC.

Foi considerado um registro separado cada dado de ocorrência de uma espécie em uma localidade, e em uma data. Entende-se por localidade um ponto ou área restrita, definida por suas coordenadas ou por um topônimo exclusivo. Para mamíferos, as localidades foram definidas pelas coordenadas, e para plantas por coordenadas ou pelo nome da localidade e seu município. Ocorrências em uma mesma localidade, mas em datas diferentes, ou de fontes primárias diferentes, foram considerados registros separados.

Todos os registros de espécies e de localidades foram associados aos dados das fontes que as originaram. O objetivo foi criar uma estrutura "dado/metadado" de maneira que a origem de cada registro e da localidade estivesse documentada.

As localidades não foram sinonimizadas, ou seja, nenhuma localidade deixou de ser incluída na base, por evidências de que fosse equivalente a outra localidade já incluída. Uma vez que os critérios de sinonimização podem variar, gernando diferentes resultados, optou-se por deixar disponível o dado bruto, a partir do qual futuros usuários possam fazer a equivalência das localidades, de acordo com seus objetivos.

Registros de angiospermas

Os registros de angiospermas provêm da Base de Dados do Herbário do Centro de Pesquisa do Cacau (CEPEC) em Ilhéus, referida no restante do texto como Base CEPEC. Esta base inclui os dados de todas as exsicatas depositadas no herbário que estão identificadas até espécie. Em setembro de 2000, foram extraídas da base todos os registros de exsicatas coletadas nos municípios da área de estudo. Estes registros foram transferidos para uma planilha, na qual foram conferidos as localidades da seguinte forma:

1. Valores discrepantes das coordenadas foram identificados, e, caso fossem de topônimos conhecidos, substituídas pelas coordenadas obtidas nas cartas topográficas do IBGE. A fonte de erro de alguns valores pôde ser facilmente inferida, como inversão dos valores de latitude e longitude, ou omissão de um dígito. Nestes casos, as coordenadas foram corrigidas. 2. Os municípios de coleta foram revistos confrontando-se as coordenadas da localidade com a malha municipal do IBGE de 1991. No caso das exsicatas sem coordenadas, os municípios foram conferidos quando a localidade era um topônimo bem conhecido, e sem possibilidade de denominar outras localidades.

Como as exsicatas abrangem 179 famílias, cujo estado do conhecimento taxonômico é muito variável, foram selecionadas para a análises de diversidade 11 famílias, cuja taxonomia tinha boa resolução, por terem sido, em grande parte, revistas por especialistas. São elas: Araceae, Bromeliaceae, Chrysobalanaceae (sem o gênero Licania), Dichapetalaceae, Gesneriaceae, Lecythidaceae, Fabaceae (s.l.), Malpighiaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Orchidaceae. Estas famílias, respondem por 28% das exsicatas registradas na Base CEPEC, e estão entre as mais representativas da Mata Atlântica, na área de estudo.

Para este subconjunto de famílias, cada nome de espécie foi conferido com a nomenclatura taxonômica, de acordo com a VAST, a Base de Dados Nomenclatural do Missouri Botanical Garden (2001). Os sinônimos e correções de grafia foram feitos de acordo com o VAST, mas se o nome da espécie não era encontrado nesta base, era feita uma consulta à base on-line do International Plant Name Index (Plant Names Project 1999), que inclui os catálogos taxonômicos Index Kewensis, Gray Herbarium e Australian National Herbarium. Espécies cujos nomes não foram encontrados em nenhum destes catálogos foram omitidas. Também não forma incluídas as espécies cuja sinonímia seja atualmente controversa, conforme inferido do VAST.

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Registros de mamíferos Buscamos os registros de mamíferos

publicados em fontes técnico-científicas desde o início do século XX, para a área de estudo. Também foram obtidas fontes não-publicadas, cedidas por seus autores ou detentores legais, tais como relatórios de pesquisa, planos de manejo, relatórios de impacto ambiental.

Todos os registros passaram pelos seguintes processos de validação: 1. Taxonomia: a nomenclatura taxonômica usada nas fontes originais foi atualizada de acordo com a usada em Fonseca et al. (1996), à exceção dos primatas, para os quais foi usado o sistema proposto na revisão recente de Rylands et al. (2000). Registros de espécies hoje sinonimizadas foram combinados, e registros de uma espécie que hoje foi subdvidida foram mantidos no nível de gênero. 2. Localidades: na maioria dos casos, as coordenadas foram obtidas da fonte, em latitude/longitude, com precisão de minutos de grau. As coordenadas de todos os pontos que puderam ser reconhecidos em cartas topográficas do IBGE (escala 1:100.000) foram conferidas e corrigidas, com precisão de minutos de grau. As cartas foram também usadas para geo-referenciar localidades cujas fontes não indicavam as coordenadas. Localidades cujas coordenadas apresentavam algum tipo de discrepância (e.g. incompatível com o município ou topônimo informado), foram corrigidas pelas cartas topográficas, ou deixadas sem coordenadas, caso a correção não fosse possível. Os municípios relatados nas fontes foram conferidos e corrigidos plotando-se os pontos sobre a malha municipal do IBGE de 1991, em sistema de informação geográfica. 3. Registros sem indicação precisa de localidade não foram incluídos na base. Também foram excluídos registros de espécies cuja distribuição geográfica inequivocamente não abrange a área de estudo, salvo os casos em que esta incongruência pudesse ser explicada pela nomenclatura taxonômica usada pela fonte. Registros de espécies com identificação pouco confiável, especialmente por não-especialistas (como no caso de relatórios de impacto e alguns plano de manejo), foram excluídos, ou em

alguns casos, mantidos para o nível de gênero. Cada registro foi referenciado à sua fonte original, mesmo quando obtido de fonte secundária. A base foi conferida para eliminar repetições de registros (da mesma fonte, data e local).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Registros de ocorrência de plantas

Estão registradas na Base CEPEC 23.806 exsicatas de 179 famílias, coletadas na área do Corredor Central, na Bahia. À exceção de umas poucas dezenas de exsicatas, todo este material foi coletado a partir de meados da década de 1960 (Figura 2), com uma taxa de acúmulo médio de 640 exsicatas/ano desde a fundação do Herbário, em 1962. Os períodos de maior acúmulo de coletas foram entre os anos de 1965 a 1972 (5.668 exsicatas), de 1979 a 1981 (4.524 exsicatas), e 1991 a 1994 (3.438 exsicatas) (Figura 2).

As coletas concentram-se em árvores e arbustos, que somam 60% das exsicatas, contra 22% de ervas e 11% de lianas (Figura 3). Possivelmente essa concentração é um viés das coletas, pois as estimativas disponíveis são de que árvores e arbustos correspondem a no máximo 30% das espécies e 16% dos indivíduos de plantas em florestas neotropicais (Gentry & Dodson 1987, Galeano et al. 1998). Grande parte das coletas da primeira fase do Herbário CEPEC provêm de árvores e arbustos derrubados para a expansão da lavoura cacaueira, que

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15000

20000

25000

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

Ano

N c

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Figura 2 - Acúmulo de exsicatas registradas na Base CEPEC, em função do ano de coleta.

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ocorreu entre 1962 e 1980, o que pode explicar o viés.

Da mesma forma, há uma concentração de coletas em algumas famílias. Quatorze famílias respondem por 51% das exsicatas (Araceae, Asteraceae, Bromeliaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Orchidaceae, Piperaceae, Poaceae, Rubiaceae e Solanaceae,).

Considerando a área abrangida, que é de 90.900 km2, a densidade média de coleta na região é de 0,26 exsicatas/km2, aproximadamente a metade da taxa para o Estado de São Paulo, antes do Projeto "Inventário da Flora de SP" (Shepherd

1998). É preciso lembrar, no entanto, que para Base CEPEC estão contabilizadas apenas as exsicatas identificadas até espécie. Mesmo uma estimativa muito conservadora de que existem no Herbário CEPEC três exsicatas não identificadas até espécie para cada uma identificada quadruplicaria a densidade de coletas botânicas na área. Assim, a região do Corredor Central na Bahia seguramente possui uma das maiores densidades de coletas botânicas do Brasil. Este resultado é ainda mais notável se considerado que estas são as exsicatas de uma única instituição, acumuladas em um período de apenas 35 anos.

Apesar de numerosas, as exsicatas não estão distribuídas uniformemente pelos municípios. Na maioria deles foram realizadas poucas amostras, enquanto

alguns poucos municípios concentram a maior parte das coletas (Figura 4). Assim, há uma grande heterogeneidade espacial na densidade de coletas botânicas, que é bem expressa pelo seu acúmulo em função da área (Figura 5). Os municípios de Alcobaça, Belmonte, Canavieiras, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Una e Uruçuca, representam 17% da área de estudo, mas concentram dois terços das coletas botânicas (Figura 5). Apenas para o município de Ilhéus há 5.481 exsicatas registradas, ou 23% do total.

Esta heterogeneidade é também evidenciada pela distribuição dos pontos de coleta que têm coordenadas. Do total de exsicatas registradas, 6.338 (28%) têm indicadas as coordenadas geográficas dos locais de coleta, totalizando 468 pontos. Essas localidades estão fortemente concentradas na região costeira, principalmente nas áreas entre Ilhéus e Itacaré, e entre Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália (Figura 6).

Das onze famílias selecionadas para análise dos registros de ocorrência, há na Base CEPEC 1.253 espécies, das quais 139 (11%) não foram consideradas neste relatório por apresentarem controvérsias taxonômicas. Isto implicou na exclusão de 735 exsicatas (de um total de 7553, ou 9,7%), que necessitam da confirmação de sua identificação e nomenclatura correta por especialistas.

Desse modo, o conjunto aqui usado é de 6.818 exsicatas, de 1.114 espécies e 284 gêneros (Tabela 1), o que dá uma média de uma espécie para cada seis exsicatas. As espécies com os cinco maiores números

Figura 3 - Proporção dos hábitos de crescimento das plantas cujas exsicatas estão registradas na Base CEPEC.

Ervas

Lianas

Arbustos

Árvores

Sem inf.

0

10

20

30

40

N de exsicatas

N d

e m

un

icíp

ios

10 50 250 500 2500 >2500

Figura 4 - Distribuição de freqüência dos municípios do Corredor Central na Bahia, em função do número de exsicatas neles coletados. Note que as classes de número de exsicatas estão em escala exponencial.

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de exsicatas foram : Myrcia fallax (Rich.) DC. (Myrtaceae, 78 exsicatas), Eschweilera ovata (Cambess.) Miers (Lecythidaceae, 69), Andira fraxinifolia Benth. (Papilionaceae, 61), Chamaecrista ramosa (Vogel) H.S. Irwin & Barneby (Caesolpinoideae, 59), Pithecellobium filamentosum Benth. (Mimosoideae, 59), Marcetia taxifolia (A. St.-Hil.) DC. (Melastomataceae, 59).

Em contraste com essas espécies, a maioria é representada por poucas coletas (Figura 7), sendo que para 30% das espécies há apenas uma exsicata (Tabela 1). O índice de Gini, que expressa a distribuição de um recurso (Weiner & Solbrigh 1984) foi de 0,596, indicando que as coletas estão muito distantes de uma distribuição equitativa (índice igual a zero). Em outras palavras, a maiorias das espécies analisadas estão ainda muito pouco coletadas, um padrão comum em herbários da região neotropical, que se explica pela imensa diversidade vegetal desta região e pelo número insuficiente de coletores e especialistas (Toledo & Sosa 1993, Nelson et al. 1990).

Assim, apesar do enorme esforço empreendido até o momento, é possível que uma porção considerável das espécies

vegetais da região do Corredor Central na Bahia ainda não tenha sido coletada. Não é possível estimar esta fração desconhecida

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% Área acumulada (km2)

% E

xsic

atas

acu

mu

lad

as

Figura 5 - Curva de acúmulo percentual de exsicatas em função do percentual da área de estudo acumulado. Os pontos usados para construir a curva são os municípios, em ordem decrescente de número de exsicatas. Assim, por exemplo, os três municípios com maiores números de exsicatas (três primeiros pontos da curva) acumulam 45% de todas as exsicatas, embora correspondam a 5% da área total do Corredor Central na Bahia. O primeiro ponto da curva representa o município de Ilhéus, que tem o maior número de exsicatas (23% do total).

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40 0 40 Kilometers

N

Figura 6 - Pontos de coleta de plantas registradas Base CEPEC, para as quais há indicação das coordenadas geográficas. As coordenadas têm precisão de minuto. Estas coletas correspondem a cerca de um quarto das exsicatas registradas na base de dados.

Tabela 1 - Número de gêneros, espécies, exsicatas registradas na Base CEPEC, e percentual das espécies representadas por uma única exsicata (singulares). Foram incluídas nesta análise as exsicatas de onze famílias, cuja nomenclatura taxonômica foi conferida e atualizada, e que não apresentavam controvérsias nomenclaturais (ver métodos).

Família N gêneros

N de espécies

N exsicatas

% sp singulares

Araceae 17 55 480 21.8

Bromeliaceae 26 107 565 24.7

Chrysobalanaceae* 4 26 131 31.8

Dichapetalaceae 1 2 21 0.0

Gesneriaceae 13 24 93 37.5

Lecythidaceae 8 17 184 23.5

Leguminosae s.l. 114 471 2931 33.1

Malpighiaceae 16 82 444 37.8

Melastomataceae 22 117 997 26.5

Myrtaceae 15 112 576 42.0

Orchidaceae 48 101 396 44.6

Todas 284 1114 6818 33.8

* Excluído o gênero Licania

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de espécies, mas a taxa de acúmulo de novos registros com o aumento das coletas ainda é elevada. A curva de acúmulo médio de espécies não mostra tendência à estabilização, seja para a toda a área, ou mesmo para o município de Ilhéus (Figura

8). Segundo estas curvas, mesmo após a coleta de mil exsicatas, uma nova espécie é acrescentada, em média, para cada 4,5 exsicatas adicionais. Para o município de Ilhéus, esta taxa é de um acréscimo para cada 7,5 novas coletas.

Registros de mamíferos

Foram obtidas 34 fontes impressas que continham registros de mamíferos na área de estudo, descontadas as fontes que continham apenas registros secundários para a área (Tabela 2). A maioria das fontes está circunscrita a um grupo taxonômico ou funcional de mamíferos. No total, estas fontes forneceram 1274 registros, em 347 localidades (Tabela 2).

Metade das fontes são de trabalhos em escala geográfica, o que inclui revisões taxonômicas, avaliação do estado de conservação de espécies, e estudos de distribuição geográfica. Exatamente por abranger grandes áreas, estas fontes concentram a maior parte das localidades (88%) e dos registros (55%). A fonte com maior número de registros e de localidades é o inventário da ocorrência de espécies de mamíferos ameaçados de extinção em toda a Mata Atlântica feito por Oliver & Santos (1991). No Corredor Central, apenas esta fonte indicou 77 localidades (22% do total para a área) e 409 registros (32%, ver Tabela 2).

Inventários locais de espécies, aí incluídos levantamentos e censos de espécies em uma localidade, planos de manejo, e relatórios ambientais, respondem pela segunda maior parcela dos registros (26%), embora, obviamente, pela menor fração das localidades (4%). Por fim, há estudos regionais, normalmente comparando poucas localidades de uma mesma região quanto à composição da mastofauna (e.g. Alves 1990, Costa & Leite 1997, Moura 1999, Moura et al. 2000), que forneceram 19% dos registros e 8% das localidades de registro.

Cerca de 60% dos registros estão em fontes de circulação restrita, como teses e relatórios não publicados (Figura 9). Os registros são, em geral, muito recentes, tendo se acumulado principalmente na década de 1990 (Figura 10), quando foram publicadas 65% das fontes (Tabela 2).

Figura 7 - Curva de abundância de coletas das espécies das famílias selecionadas (Tabela 1). Cada ponto representa o número de exsicatas de uma espécie. As espécies estão em ordem decrescente do seu número de exsicatas. O coeficiente de Gini (corrigido para o tamanho amostral) é de 0,596. Este coeficiente tem um valor máximo teórico de um (1,0), que indicaria total concentração das exsicatas. Um valor de zero indicaria distribuição igual de exsicatas por todas as espécies.

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Figura 8 - Acúmulo médio esperado de espécies das famílias selecionadas de plantas (Tabela 1) em função do número de exsicatas. A curva superior é para toda a área de estudo, e a inferior para Ilhéus, que é o município com maior número de exsicatas. A média de espécies esperada para um certo número de exsicatas é obtido sorteando-se várias vezes este número de exsicatas do conjunto total. Em seguida, calcula-se a média das riquezas de espécies obtidas nestes sorteios. As curvas foram construídas com as médias calculadas para números crescentes de exsicatas, de 10 ao máximo, a intervalos de 100 exsicatas. Cada média foi estimada de 1000 sorteios.

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000N de exsicatas

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Embora algumas fontes tenham compilado registros mais antigos, como espécimes depositados em museus, ou relatos de naturalistas (e.g. Aguirre 1971, Rylands et al. 1991, De Vivo 1991), a maioria dos registros é primária de cada fonte.

As localidades de registro de mamíferos estão agregadas na região costeira, principalmente entre Canavieiras e Ilhéus (Figura 11), ao passo que 55% dos municípios tiveram apenas uma ou nenhuma localidade de registro (Figura 12). Repete-se o padrão encontrado para as coletas botânicas, que é a concentração dos registros em uma fração pequena da área total de estudo (Figura 13). Apenas Una e Ilhéus, os dois municípios com maior número de localidades de registro, somam

28% delas, embora representem 3% da área total. Este padrão é analisado em detalhes por Prado et al. (2003b).

Os registros indicam a ocorrência de pelo menos 92 espécies de mamíferos não-aquáticos na área do Corredor Central da Bahia, além de 20 morfotipos ou espécies não-identificadas, que podem incluir espécies adicionais (Apêndice I). Das espécies terrestres e não-voadoras cuja distribuição geográfica abrange a área (Eisenberg & Redford 1999), as fontes não registraram uma espécie de Didelphimorphia (Monodelphis domestica), uma de Xenarthra (Cabassous tatouay), e treze espécies de Rodentia (Phaenomys ferrugineus, Calomys callosus, Bolomys lasiurus, Oxymicterus hispidus, O. roberti,

Tabela 2 - Fontes dos registros de mamíferos na área do Corredor Central na Bahia, com o número de espécies, localidades e registros (para a área de estudo) que contêm, os grupos de mamíferos inventariados, e o objetivo principal do estudo. O número de espécies, localidades e registros nem sempre correspondem ao total das fontes, devido à eliminação dos registros redundantes, ou fora da área de estudo.

Fonte N spp. N loc. N reg. Grupos Objetivo princip.

Aguirre (1971) 1 16 20 Primatas Dist. geográfica

Almeida et al. (1998) 26 1 26 Todos Plano manejo

Alves (1990) 31 9 137 Não-voadores Ecol./inventário

Carvalho et al. (1999) 4 1 4 Primatas Inventário local

Coimbra-Filho (1970) 2 7 8 Primatas Conservação

Costa & Leite (1997) 11 1 10 Pequenos Inventário

De Vivo (1991) 2 10 11 Primatas Taxonomia

Fonseca et al. (1998) 37 2 56 Pequenos Inventário

Fonseca et al. (1999) 46 1 46 Não-voadores Inventário

Guerra (1998) 20 1 20 Terrestres Relat. ambiental

Hershkovitz (1977) 1 5 4 Primatas Taxonomia

Kinzey (1982) 2 3 7 Primatas Biogeografia

Laemmert et al. (1946) 16 1 16 Todos Vetores doenças

Langguth (1987) 48 2 61 Todos Inventário

Lima (1990) 1 1 1 Primatas Conservação Moura (1999) 13 2 20 Pequenos Ecol./inventário

Moura et al. (2000) 10 6 23 Pequenos Inventário

Musser et al. (1998) 1 3 3 Pequenos Taxonomia

Mustrangi & Patton (1997) 3 2 2 Pequenos Taxonomia

Oliveira (2000) 2 37 92 Grandes (preguiças) Apreensões

Oliver & Santos (1991) 19 77 409 Médios, gdes e primatas Cons./dist. geog.

Pinder (1986) 2 3 1 Grandes (preguiças) Conservação

Pinto (1994) 4 91 93 Primatas Cons./dist. geog.

Pinto et al. (1993) 19 10 56 Pequenos, primatas Inventário

Rylands et al. (1988) 4 3 2 Primatas Dist. geográfica

Rylands et al. (1991) 1 31 33 Primatas Dist. geográfica

Santos et al. (1987) 4 15 12 Primatas Dist. geográfica

Saracura (1997) 24 1 24 Não-voadores Plano manejo

SEAGRI-BA et al. (1997) 20 1 20 Não-voadores Plano manejo

Stevenson & Rylands (1988) 1 1 2 Primatas Biologia/conserv.

Torres de Assumpção (1983) 1 1 3 Primatas Ecologia/biologia

V&S Engenheiros (1996a) 28 1 29 Não-voadores Relat. ambiental

V&S Engenheiros (1996b) 22 1 23 Não-voadores Relat. ambiental

Total 114 347 1274

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Cavia aperea1, C. fulgida, Galea spixii, Dasyprocta prymnolopha1, Euryzygomatomys spinosus, Echimys lamarum, E. pictus, Trichomys apereoides, Trinomys iheringi, T. setosus). Por outro lado, foram registradas três espécies cujas distribuições geográficas não abrangeriam a área: Cabassous unicinctus, Priodontes maximus (Xenarthra), e Conepatus chinga (Carnivora). Destes, é pouco plausível o registro do tatu-canastra (P. maximus), obtido por entrevista na Estação Veracruz (Almeida et al. 1998).

Os primatas, que correspondem a 7% das espécies da Mata Atlântica (Fonseca et al. 1996), tiveram o maior número de registros (39%). Por outro lado, os morcegos, que somam 36% das espécies do bioma, tiveram 1,3% dos registros (Figura 14), que é o menor percentual,

desconsideradas as ordens Lagomorpha e Perissodactyla, ambas com uma única espécie no Brasil (tapiti e anta, respectivamente).

O sul da Bahia é um dos principais centros de endemismo e de riqueza de primatas da Mata Atlântica (Santos et al. 1987), e o status de conservação de suas espécies vem sendo intensamente estudada na últimas duas décadas na região, o que normalmente inclui levantamentos extensivos de suas localidades de ocorrência (e.g. Santos et al. 1983, Oliver & Santos 1991, Rylands et al. 1991, Pinto 1994). O resultado deste esforço continuado é que os primatas são hoje o grupo de animais com as distribuições de espécies melhor documentadas por pontos empíricos, na área.

1 Há três registros de espécie não identificada do gênero Cavia, e treze para o gênero Dasyprocta (Apêndice I).

Figura 9 - Proporção dos registros de mamíferos por tipo de fonte..

Artigo

Livro/Capítulo

Pub. Avulsa

ResumosRelatório não pub

Tese

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N C

um

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reg

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Figura 10 - Acúmulo de registros de mamíferos em função do ano do registro (o que nem sempre é o ano de sua publicação).

Figura 11 - Localidades no Corredor Central na Bahia para as quais há algum registro publicado de ocorrência de espécie de mamífero. Coordenadas com precisão de minutos.

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40 0 40 80 Kilometers

N

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Os roedores são a ordem com o segundo maior número de registros (279, ou 22% do total), o que, ao contrário dos primatas, é resultado do acúmulo de poucos registros de muitas espécies. Das 36 espécies e morfo-espécies de roedores, oito (22%) têm mais de dez registros, e apenas duas, Chaetomys subspinosus e Sphiggurus insidiosus têm uma quantidade de pontos de ocorrência suficiente para uma análise de distribuição geográfica na área (58 e 74 registros, respectivamente, ver Apêndice.). Estas são duas espécies de ouriços foram extensivamente inventariada por Oliver & Santos (1991). Seus registros correspondem a 47% do total para roedores.

Os edentados são a ordem com terceiro maior número de registros (234, ou 18% do total, Figura 14). Esta super-representação deve-se ao grande número de registros da duas espécies de preguiças da Mata Atlântica (Bradypus torquatus e B. variegatus), que somam 65% do total para os Xenarthra (Apêndice ). A maioria destes registros provem do extenso levantamento de Oliver & Santos (1991). Além disto, a CEPLAC mantém em Ilhéus um centro de triagem e recuperação de bichos-preguiça doados e apreendidos, cujo cadastro possui cerca de uma centena de registros de ocorrência destes animais (Oliveira 2000).

Além de estar agregados em algumas ordens, os registros se concentram em algumas espécies. Das 112 espécies e morfoespécies de mamíferos, 80 (71%) têm menos do que dez registros, e 32 (29%) têm apenas um registro (Figura 15). O índice de Gini foi de 0,685, que indica forte concentração, mas é significativamente maior do que o calculado para a concentração de exsicatas por espécies de plantas.

As espécies com os dez maiores números de registros foram Leontopithecus chrysomelas (Primates, 186 registros), Bradypus torquatus (Xenarthra, 107), Sphiggurus insidiosus (Rodentia, 74), Callithrix kuhli (Primates, 73), Callicebus melanochir (Primates, 62), Chaetomys subspinosus (Rodentia, 58), Cebus

Figura 12 - Distribuição de freqüência dos municípios do Corredor Central na Bahia, em função do número de localidades com inventários de mamíferos. Note que as classes de número de localidades estão em escala exponencial.

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N de localidades inventariadas

N d

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1 5 10 20 40 80

Figura 13 - Curva de acúmulo percentual de localidades de inventários de mamíferos em função do percentual da área de estudo acumulado. Os pontos usados para construir a curva são os municípios, em ordem decrescente de número de localidades. Assim, por exemplo, os nove municípios com maiores números de localidades (nove primeiros pontos da curva) acumulam 50% de todas as localidades, embora correspondam a cerca de 15% da área total do Corredor Central na Bahia.

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% Área acumulada (km2)

% p

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Figura 14 - Proporção dos registros de mamíferos por ordem.

Rodentia

Xenarthra

Carnivora

Didelphimorphia

Artiodactyla

Chiroptera Lagomorpha

Perissodactyla

Primates

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xanthosternos (Primates, 54), Bradypus variegatus (Xenarthra, 44), Cebus nigritus robustus (Primates, 34), e Brachyteles hypoxanthus (Primates, 27). Todas elas foram objeto de estudos de levantamentos extensivos de ocorrência e situação de conservação (Aguirre 1971, Rylands et al. 1988, 1991, Santos et al. 1987, Oliver & Santos 1991, Pinto 1994).

CONCLUSÕES

A despeito das diferenças na maneira

como foram produzidos, e das particularidades dos dois grupos, os registros de plantas e mamíferos na região do Corredor Central na Bahia mostram semelhanças notáveis, que devem representar o conjunto da informação biológica na área.

Para os dois grupos, a informação acumulou-se recentemente, e muito rapidamente. Para ambos, também, este acúmulo foi extremamente concentrado em certos locais, e para certos táxons, em detrimento de outros. O resultado é que, embora o volume de registros seja notável para os padrões brasileiros, há ainda lacunas extensas de conhecimento. Como nem todas são intencionais, é importante explicitá-las e quantificá-las, para que os pesquisadores possam avaliar

objetivamente os efeitos das escolhas que fazem (ou deixam de fazer), ao planejar um inventário.

A inequabilidade é a principal característica da informação biológica acumulada de muitas fontes (Peterson et al. 1997, Guisan & Zimmerman 2000, Lewinsohn & Prado 2002), o que pode causar distorções graves. Nelson et al. (1990), por exemplo, mostram como áreas identificadas como centros de endemismo de plantas na Amazônia podem simplesmente ser os locais com as maiores concentrações de coletas (e, portanto, maiores chances de ter registros de espécies raras). Artefatos como este podem ser evitados se as análises forem precedidas de um diagnóstico cuidadoso dos dados.

A principal diferença entre os registros de plantas e de mamíferos aqui analisados é que os últimos estão bem mais próximos de incluir todas as espécies que ocorrem na área de estudo. A exceção mais notável entre os mamíferos são os morcegos, a ordem com maior riqueza de espécies na Mata Atlântica, mas com um número ínfimo de estudos e registros na região. As plantas, por ser um grupo muito maior, heterogêneo e rico em espécies, parecem ainda estar muito longe de um inventário completo, mesmo na escala regional.

Outra diferença importante é que os registros de plantas estão mais concentrados tanto em alguns municípios quanto em algumas espécies. Os registros de plantas, por sua vez, vêm do acúmulo de exsicatas por motivos diversos, e por diversos coletores, em geral para inventários locais. De modo geral, estas coletas não foram orientadas para a determinação de distribuições geográficas, e as localidades amostradas refletem mais a sua preferência pelos coletores, seja por sua escolha para um inventário local, seja pela facilidade de acesso. A maior concentração dos registros de plantas por espécies explica-se pelo grande número de unicatas (cerca de um terço). Isso pode ser um reflexo da raridade das espécies de plantas em florestas tropicais, e também da tendência dos botânicos a procurar em suas coletas espécies raras (Nelson et al. 1990). Áreas com poucas coletas também contribuem, proporcionalmente, com muitas unicatas. As razões pelas quais

Figura 15 - Curva de abundância de registros das espécies de mamíferos (Apêndice II). Cada ponto representa o número de registros de uma espécie. As espécies estão em ordem decrescente do seu número de registros. O coeficiente de Gini (corrigido para o tamanho amostral) é de 0,685. Este coeficiente tem um valor máximo teórico de um (1,0), que indicaria total concentração dos registros. Um valor de zero indicaria distribuição igual de registros por todas as espécies.

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Ordem de N de registros

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algumas áreas recebem pouco esforço de coleta são complexas, e resultam da interação entre interesse dos pesquisadores, infra-estrutura, e fatores históricos (Prado et al. 2003b).

Po outro lado, as principais fontes de registros de mamíferos tinham o objetivo explícito de estabelecer a distribuição atual de espécies de interesse em escala geográfica, e, portanto, seguiram protocolos de visitas sistemáticas a um grande número de localidades. As espécies de interesse foram as endêmicas e ameaçadas de extinção, que incluem cerca de uma dezena, em um total de 104, o que tornou os registros mais distribuídos pelo conjunto de espécies, em comparação com as plantas.

Em resumo, a concentração de registros não se deve apenas às características intrínsecas dos táxons e das localidades, mas também a preferências, intencionais ou não, dos pesquisadores. Um modelo que busca explicar a concentração de registros em alguns municípios, em função de interesses dos pesquisadores e de contingências de infra-estrutura é proposto em Prado et al. (2003b).

Os resultados desse trabalho enfatizam ainda mais a necessidade de estimular o desenvolvimento de inventários e avaliações sobre a distribuição da biodiversidade no sul da Bahia. Áreas hoje sujeitas a inventários biológicos mais intensivos têm revelado o desconhecimento sobre a biodiversidade na região (Pinto et al. no prelo), sempre produzindo novas espécies e taxa desconhecidos para a ciência, assim como demonstrando o altíssimo grau de riqueza e endemismo locais. Para isso é preciso aumentar significativamente os investimentos para a formação de pessoal em zoologia, botânica, sistemática e outras áreas, e investir financeiramente na realização de pesquisas nas áreas pouco conhecidas e também nas unidades de conservação do sul da Bahia.

AGRADECIMENTOS

Este trabalho é resultado do Projeto de

pesquisa "Abordagens ecológicas e instrumentos econômicos para o estabelecimento do Corredor Central da Mata Atlântica: uma estratégia para

reverter a fragmentação florestal na Mata Atlântica do sul da Bahia", financiado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), através do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO); e pelo Centro para Pesquisa Aplicada à Biodiversidade (CABS) da CI. Nossos agradecimentos à toda equipe do projeto, pela constante colaboração, e pelo estimulante debate de idéias. Agradecemos ao IESB e CI do Brasil, executoras do projeto, e a João Carlos Pádua, gerente de finanças do projeto, pelo importante apoio logístico a este trabalho. Como todo trabalho de coleta de dados secundários, este só foi possível graças à colaboração de pessoas e instituições que os detêm, bem como pela indicação, por especialistas, das fontes de dados mais relevantes (nem sempre as mais conhecidas), e a maneira de obtê-las. Assim, agradecemos o auxílio essencial de Binael Soares, Cristina Alves, Elena Charlotte Landau, Gabriel Santos, Gustavo Fonseca, Jomar Jardim, Keith Alger, Marcelo Araújo, e Vera Oliveira. O Centro de Pesquisas do Cacau - CEPEC generosamente permitiu o acesso à base de dados de seu herbário. Paulo Guedes, Júlia Nüschler e Camila Calheira prestaram valioso auxílio na digitação dos dados.

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