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CARACTERIZAÇÃO E COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO SILVEIRA SÃO JOSÉ DOS AUSENTES RS Andreia Quintão Soares UFPR - [email protected] ; Nina Simone Vilaverde Moura Fujimoto UFRGS - [email protected] Resumo O presente trabalho tem o intuito de contribuir na elaboração de um futuro Plano de Manejo para a criação de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no município de São José dos Ausentes, estado do Rio Grande do Sul. Para tanto tem como objetivo principal elaborar um mapeamento geomorfológico da bacia hidrográfica do rio do Silveira, unidade de estudo que inclui em seu interior a área da unidade de conservação pretendida, e como objetivos específicos caracterizar o quadro geológico e geomorfológico regional, caracterizar e mapear as diferentes formas de relevo da área, interpretar os processos morfogenéticos responsáveis pela formação do relevo e estabelecer uma morfocronologia relativa. Para a realização do mapeamento geomorfológico utiliza-se a proposta taxonômica de Ross (1992). O mapa geomorfológico foi elaborado através do software ArcGis 9.2, com auxílio de cartas topográficas, mapas hipsométrico e clinográfico, imagem de satélite SPOT e trabalho de campo. A área da bacia está inserida na morfoestrutura da Bacia Sedimentar do Paraná e na morfoescultura do Planalto Meridional. As formas do relevo são bastante homogêneas, mas a partir de uma análise morfométrica, de cobertura vegetal e de drenagem, pode-se dividir a bacia em três padrões de formas, denominados: Padrão em forma de Colinas com interflúvios amplos, Padrão em forma de Morros com vales meândricos encaixados e Padrão em forma de Colinas com interflúvios médios e topos planos. As superfícies de aplainamento, onde encontramos a área de estudo foram elaboradas por processos de pediplanação em conseqüência de ataques erosivos sucessivos onde se destacam as formas mamelonares. Segundo Ab'Saber (1969), a região do planalto é considerada uma superfície de cimeira, denominada superfície de Vacaria, possuindo rios encaixados, curtos e profundos, adaptados a estrutura litológica e aos lineamentos tectônicos. Palavras-chave: compartimentação do relevo, bacia hidrográfica do rio do Silveira, São José dos Ausentes Abstract The present work has as objective to contribute in the making of a future management plan to create a Private Reserve of Nature Patrimony in São José dos Ausentes, state of Rio Grande do Sul. For this, it has as general objective to draw a geomorphological mapping of hydrographic basin river Silveira, it includes conservation units area intended, and it has as specific objectives: characterize the region geology and geomorphology, characterize and draw maps different landforms of area; interpret the morphogenetic process responsible for formation of relief and to establish a relativ morphological cronology. It use Ross' taxonomic proposal (1992) to draw the geomorphological mapping. It was draw with software ArcGis 9.2, with topographica charts help, slopes gradients and hypsometric maps, image of satellite SPOT and field work. The basin is inside of morphostructure of Paraná sedimentary basin and in morphosculpture of Southern Plateau. The landforms are very homogeneous but through a morphometric analysis, vegetal covering and drainage, can to divide the basin in the three patterns of forms: Patterns in form of Hills with wide interfluves, Patterns in form of Mountain with incised meandre-valley and Patterns in form of Hills with medium interfluves and flat top. The planing surfaces, where it is area of study, went made of process of pediplanation result of that successively erosion raid where stands out convex-shaped landform. According to Ab'Saber (1969) the region of plateau is considered a surface of summit, termed surface of Vacaria, there being embedded rivers, shorts and deeps, conformed litologic structure and tectonic lineaments. Keywords : partitioning of relief , hydrographic basin river of Silveira, São José dos Ausentes

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CARACTERIZAÇÃO E COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO SILVEIRA – SÃO JOSÉ DOS

AUSENTES – RS

Andreia Quintão Soares – UFPR - [email protected]; Nina Simone Vilaverde Moura Fujimoto –

UFRGS - [email protected]

Resumo O presente trabalho tem o intuito de contribuir na elaboração de um futuro Plano de Manejo para a criação

de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no município de São José dos Ausentes, estado

do Rio Grande do Sul. Para tanto tem como objetivo principal elaborar um mapeamento geomorfológico

da bacia hidrográfica do rio do Silveira, unidade de estudo que inclui em seu interior a área da unidade de conservação pretendida, e como objetivos específicos caracterizar o quadro geológico e geomorfológico

regional, caracterizar e mapear as diferentes formas de relevo da área, interpretar os processos

morfogenéticos responsáveis pela formação do relevo e estabelecer uma morfocronologia relativa. Para a realização do mapeamento geomorfológico utiliza-se a proposta taxonômica de Ross (1992). O mapa

geomorfológico foi elaborado através do software ArcGis 9.2, com auxílio de cartas topográficas, mapas

hipsométrico e clinográfico, imagem de satélite SPOT e trabalho de campo. A área da bacia está inserida na morfoestrutura da Bacia Sedimentar do Paraná e na morfoescultura do Planalto Meridional. As formas

do relevo são bastante homogêneas, mas a partir de uma análise morfométrica, de cobertura vegetal e de

drenagem, pode-se dividir a bacia em três padrões de formas, denominados: Padrão em forma de Colinas

com interflúvios amplos, Padrão em forma de Morros com vales meândricos encaixados e Padrão em forma de Colinas com interflúvios médios e topos planos. As superfícies de aplainamento, onde

encontramos a área de estudo foram elaboradas por processos de pediplanação em conseqüência de

ataques erosivos sucessivos onde se destacam as formas mamelonares. Segundo Ab'Saber (1969), a região do planalto é considerada uma superfície de cimeira, denominada superfície de Vacaria, possuindo rios

encaixados, curtos e profundos, adaptados a estrutura litológica e aos lineamentos tectônicos.

Palavras-chave: compartimentação do relevo, bacia hidrográfica do rio do Silveira, São José dos Ausentes

Abstract

The present work has as objective to contribute in the making of a future management plan to create a Private Reserve of Nature Patrimony in São José dos Ausentes, state of Rio Grande do Sul. For this, it has

as general objective to draw a geomorphological mapping of hydrographic basin river Silveira, it includes

conservation units area intended, and it has as specific objectives: characterize the region geology and geomorphology, characterize and draw maps different landforms of area; interpret the morphogenetic

process responsible for formation of relief and to establish a relativ morphological cronology. It use Ross'

taxonomic proposal (1992) to draw the geomorphological mapping. It was draw with software ArcGis 9.2,

with topographica charts help, slopes gradients and hypsometric maps, image of satellite SPOT and field work. The basin is inside of morphostructure of Paraná sedimentary basin and in morphosculpture of

Southern Plateau. The landforms are very homogeneous but through a morphometric analysis, vegetal

covering and drainage, can to divide the basin in the three patterns of forms: Patterns in form of Hills with wide interfluves, Patterns in form of Mountain with incised meandre-valley and Patterns in form of Hills

with medium interfluves and flat top. The planing surfaces, where it is area of study, went made of process

of pediplanation result of that successively erosion raid where stands out convex-shaped landform. According to Ab'Saber (1969) the region of plateau is considered a surface of summit, termed surface of

Vacaria, there being embedded rivers, shorts and deeps, conformed litologic structure and tectonic

lineaments.

Keywords : partitioning of relief , hydrographic basin river of Silveira, São José dos Ausentes

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CARACTERIZAÇÃO E COMPARTIMENTAÇÃO DO RELEVO DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO SILVEIRA – SÃO JOSÉ DOS

AUSENTES – RS

Andreia Quintão Soares – UFPR - [email protected] ; Nina Simone Vilaverde Moura Fujimoto –

UFRGS - [email protected]

1. INTRODUÇÃO

A geomorfologia, entendida como estudo das formas de relevo e dos processos

responsáveis por sua elaboração, tem na cartografia geomorfológica um dos mais importantes

veículos de comunicação e análise dos resultados obtidos (LUPINACCI, MENDES &

SANCHEZ, 2003).

Representar cartograficamente o relevo não é uma tarefa muito fácil, devido a

complexibilidade de informações existentes que devem ser apresentadas em uma base

cartográfica para a realização de um mapeamento.

No Brasil, apesar de todas as influências nem sempre bem absorvidas, percebe-se

uma tendência, cada dia mais acentuada, para a cartografação geomorfológica, principalmente

pela penetração da obra de J. Tricart. A cartografia, que é ao mesmo tempo instrumento de

análise e de síntese da pesquisa geomorfológica, é um dos caminhos mais claramente definidos

para a pesquisa empírica no campo da geomorfologia (ROSS, 2005).

Conforme Suertegaray (2002), o relevo, sendo constituinte da paisagem geográfica,

deve ser entendido como um recurso natural imprescindível para uma gestão ambiental adequada.

Nesse sentido, enquanto integrante da paisagem, constitui-se em um importante parâmetro a ser

analisado.

Este trabalho tem por objetivo principal realizar uma caracterização e

compartimentação do relevo, a partir de um mapeamento geomorfológico, da bacia hidrográfica

do rio do Silveira, localizada no município de São José dos Ausentes, estado do Rio Grande do

Sul. Para atingir tal objetivo, é necessário desenvolver os seguintes objetivos específicos:

caracterizar a geologia e a geomorfologia regional; caracterizar e mapear as diferentes formas de

relevo da área; interpretar os processos morfogenéticos responsáveis pela formação do relevo e

estabelecer uma morfocronologia relativa.

Na bacia hidrográfica do rio do Silveira, localizada no norte do município, está

inserido grande parte das paisagens peculiares de São José dos Ausentes, como o desnível dos

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rios do Silveira e da Divisa e o Cachoeirão dos Rodrigues. Mas essa paisagem vem sendo

modificada a cada dia, em especial pela plantação de Pinus. Com essa prática, o campo vai sendo

tomado pela silvicultura e perde sua autenticidade.

Por esse motivo, alguns proprietários de Pousadas Rurais do município vêm se

preocupando com o futuro da beleza dos campos, e com isso pretendem se unir para criarem uma

Unidade de Conservação, classificada como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN),

pois assim conseguiriam impedir o avanço da silvicultura nos campos.

Segundo SNUC, para a criação de uma RPPN, é importante a elaboração de um Plano

de Manejo, que é entendido como um documento técnico, que tendo como base os objetivos

gerais de uma unidade de conservação, estabelece seu zoneamento e as normas que devem

nortear e regular o uso que se faz da área e o manejo dos recursos naturais. (Lei nº. 9.985/2000,

Artigo 2º, Inciso XVII).

Em 2004 foi criado pelo Ibama o Roteiro Metodológico para Elaboração de Plano de

Manejo para Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Neste roteiro, um dos itens citados

como importantes para a elaboração do Plano de Manejo é a caracterização ambiental da futura

RPPN. Dentro desta caracterização, está a descrição do relevo e suas fisionomias, e nada melhor

que um mapeamento geomorfológico para caracterizar a área geomorfologicamente.

2. METODOLOGIA

2.1. Pressupostos Metodológicos

Para a realização da análise geomorfológica, pretende-se ordenar o trabalho em

diferentes níveis escalares espaciais e temporais com base na análise geomorfológica idealizada

por Ab'Saber (1969). Esses níveis de tratamento permitem um ordenamento nos estudos

geomorfológicos em três etapas, que são: Compartimentação do Relevo; Estruturação Superficial

da Paisagem e Fisiologia da Paisagem.

Para analisar o quadro geomorfológico da área de estudo, bem como sua gênese e

dinâmica morfogenética com base na compartimentação e estruturação da paisagem local

(Ab’Saber, 1969), utiliza-se a proposta taxonômica de Ross (1992), onde temos:

- Primeiro Táxon – Suas características estruturais definem um padrão de formas

grandes do relevo. Está ligado ao conceito de unidade morfoestrutural.

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- Segundo Táxon – Correspondem as unidades morfoesculturais geradas pela ação

climática ao longo do tempo geológico na morfoestrutura.

- Terceiro Táxon – Correspondem as unidades dos padrões de formas semelhantes do

relevo, identificadas em função do índice de dissecação do relevo, formato dos topos,

vertentes e vales. Podem-se ter várias unidades de padrões de formas semelhantes em

cada unidade morfoescultural.

- Quarto Táxon – Correspondem as formas de relevo individualizadas dentro de cada

unidade de padrão de formas semelhantes. As formas de relevo tanto podem ser de

agradação, como planícies, terraços, ou de denudação, como colinas, morros, cristas,

etc.

- Quinto Táxon - Correspondem as vertentes ou setores das vertentes de gêneses

distintas, pertencentes a cada uma das formas individualizadas do relevo.

- Sexto Táxon – Correspondem às formas menores, produzidas por processos

erosivos ou depósitos recentes. São exemplos às voçorocas, ravinas, cicatrizes de

deslizamentos, bancos de sedimentação atual, formas antrópicas como: cortes,

aterros, desmonte de morros, etc.

Neste trabalho, avalia-se da Unidade Morfoestrutural (1o Táxon) às Unidades dos

padrões de formas semelhantes do relevo (3o Táxon).

A bacia hidrográfica foi escolhida como a unidade de estudo por ser um limite natural

e por desempenhar um papel fundamental na evolução do relevo, uma vez que os cursos de água

constituem-se em importantes modeladores do terreno.

A utilização da bacia hidrográfica como unidade de planejamento formal ocorre nos

Estados Unidos, com a criação da Tennesee Valley Authority (TVA), em 1933, e a partir de então

é adotada no Reino Unido, França, Nigéria e restante do mundo. No Brasil, a década de 1980 e,

principalmente, a de 1990 são marcadas por inúmeros trabalhos que têm na bacia hidrográfica sua

unidade fundamental de pesquisa, em detrimento das áreas de estudo, anteriormente muito

utilizadas, como as unidades político-administrativas (distritos, municípios, etc), ou aquelas

delimitadas por linhas de coordenadas cartográficas, formando quadrículas definidas em cartas

topográficas (BOTELHO, 1999).

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2.2. Procedimentos Operacionais

As atividades de pesquisa desenvolvem-se em várias etapas na perspectiva de

explicitação dos objetivos desse estudo. O mapeamento geomorfológico resulta de trabalhos em

gabinete e a campo.

As atividades de gabinete iniciam-se pelo levantamento bibliográfico sobre estudos

realizados no município de São José dos Ausentes, como pesquisas geológicas, geomorfológicas,

de micro-bacias, entre outros, bem como levantamento de documentação cartográfica básica.

Inclui-se nessa etapa, a aquisição de imagens de satélite e de cartas topográficas do Serviço

Geográfico do Exército.

Com a aquisição desses materiais e utilizando-se o software ArcGis 9.2, elaboram-se

vários documentos, tais como: a base cartográfica digital, os mapas morfométricos (clinográfico e

hipsométrico) e o mapa geomorfológico.

A base cartográfica foi elaborada a partir da vetorização de elementos das cartas

topográficas do Serviço Geográfico do Exército em escala 1:50.000 e da imagem de satélite

SPOT. Estes elementos são: curvas de nível, pontos cotados, hidrografia, estradas e o limite da

bacia.

O limite da bacia foi vetorizado, tendo como base as cartas topográficas do Serviço

Geográfico do Exército, utilizando-se técnicas de identificação de divisores de água e cotas

altimétricas, respeitando as curvas de nível com seus respectivos valores.

Os mapas hipsométrico e clinográfico foram gerados utilizando-se a estrutura de

grade triangular, mais conhecida como TIN “Triangular Irregular Network”, que é uma estrutura

do tipo vetorial com topologia do tipo nó-arco possibilitando representar uma superfície por meio

de um conjunto de faces triangulares interligadas.

Na seqüência, partiu-se para a execução do trabalho de campo. Este possui diversos

objetivos, como checar e corrigir as informações dos mapas (hipsométrico, clinográfico, entre

outros) gerados em gabinete; identificar os diferentes padrões, tipos e formas de relevo, bem

como feições de processos atuais e registrar através de fotografias os elementos observados.

No trabalho de campo realizado foi percorrido vários trechos da bacia hidrográfica do

rio do Silveira, abrangendo diversos setores desta para uma melhor caracterização da área.

Durante todo o trajeto percorrido foram feitas paradas para coleta de pontos com GPS, fotografar,

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analisar as formas de relevo, a litologia, a hidrografia e a vegetação, para que posteriormente

fosse possível dividir a bacia em padrões de formas semelhantes.

Em seguida, realizou-se a análise e interpretação de todo o material existente que

viabiliza a construção do mapeamento propriamente dito. O Mapa Geomorfológico refere-se a

um produto cartográfico de síntese, no qual estará representado as formas de relevo e as

informações relativas a morfologia, morfometria, morfogênese e a morfocronologia. Sua

construção apoia-se em todos os documentos anteriormente descritos, que são: revisão

bibliográfica e cartográfica; elaboração dos mapas hipsométrico, clinográfico, elementos do

relevo e das observações realizadas durante o trabalho de campo.

O Mapa Geomorfológico foi elaborado utilizando-se o software ArcGis 9.2 de acordo

com os procedimentos metodológicos já apresentados. O referido software fornece referências

cartográficas para a edição final. Os mapas utilizados em campo e na análise dos dados foram

feitos em escala 1:50.000, bem como o Mapa Geomorfológico. Para a edição gráfica e impressão

final, o Mapa Geomorfológico é apresentado em escala 1:150.000.

3 – CARACTERIZAÇÃO DOS PADRÕES DE FORMAS DE RELEVO DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO DO SILVEIRA

3.1. Compartimentação do Relevo

Em termos regionais, a bacia hidrográfica do rio do Silveira está inserida na

morfoestrutura da Bacia Sedimentar do Paraná e na morfoescultura do Planalto Meridional de

acordo com a classificação de Suertegaray e Fujimoto (2004). Trata-se da região que contém as

maiores altitudes do Estado, chegando a ultrapassar os 1.000 metros, e é formado por uma

litologia predominantemente de rochas sedimentares e vulcânicas.

O Planalto Meridional destaca-se pelos caracteres tectônicos e litológicos de sua

formação, sendo este uma extensa área de derrames que se sobrepuseram aos paleorelevos

sedimentares paleozóicos e mesozóicos da Bacia do Paraná.

A área de estudo é constituída de rochas ácidas da Formação Serra Geral,

correspondendo aos riolitos e riodacitos tipicamente afíricos. Em toda área observa-se nas colinas

e nos morros grande incidência de afloramentos rochosos, podendo ser constituídos também de

basalto, devido às numerosas intercalações de rochas de natureza ácida, básica e intermediária.

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Segundo Ab'Saber (1969), a região do planalto é considerada uma superfície de

cimeira, denominada superfície de Vacaria, possuindo rios encaixados, curtos e profundos,

adaptados a estrutura litológica e aos lineamentos tectônicos.

3.2. Caracterização Morfométrica

As altitudes da bacia hidrográfica do rio do Silveira estão compreendidas entre 900 e

1398 metros, resultando numa amplitude máxima 480 metros. As porções sul e leste apresentam

as maiores elevações, sendo que a maior delas se encontra a leste, correspondendo ao Pico do

Monte Negro, com 1398 metros de altitude, o ponto mais alto do estado do Rio Grande do Sul. Já

as menores elevações concentram-se na porção norte da bacia, sendo 900 metros a menor delas,

localizado próximo a desembocadura do rio do Silveira junto ao rio Pelotas.

Boa parte da bacia hidrográfica do rio do Silveira (38,55 %) apresenta declividade

menor que 2 %, distribuída por toda a bacia, mas ocorrendo em maiores áreas na parte sul,

correspondendo as áreas de planície fluvial. Apenas 13,26 % da área estão inseridas entre 2 - 5 %

de declividade, estando concentradas predominantemente na parte sul da bacia. Os declives entre

5 - 10 % e 10 - 20 % tem quase a mesma distribuição (19,39 % e 19,71 % , respectivamente) e

são encontrados predominantemente na parte norte da bacia, mas ocorrem na parte sul, porém em

menor área. As declividades maiores que 20 % são bem pequenas, sendo apenas 9,09 % da área,

estando quase que em totalidade na parte norte.

Considerando a linha geral do escoamento dos cursos d’água em relação à inclinação

principal das camadas, a bacia hidrográfica do rio do Silveira contem rios conseqüentes e

subseqüentes. O padrão da drenagem é do tipo treliça. Esse tipo de drenagem é composto por rios

principais conseqüentes, correndo paralelamente, recebendo afluentes, os subseqüentes, que

fluem em direção transversal aos primeiros. O padrão em treliça é encontrado em estruturas

falhadas, conforme a área de estudo (CHRISTOFOLETTI, 1980).

Alguns cálculos morfométricos da bacia foram realizados, através do software

ArcGis, como a área da bacia, com 383,67 Km² que constitui a área plana delimitada pelo divisor

de águas. O perímetro da bacia encontrado foi de 107,07 Km que constitui o comprimento médio

ao longo do divisor de águas. O comprimento total dos cursos d’água é de 691,43 Km sendo a

medida em planta desde a nascente até a seção de referência de cada tributário, incluindo o curso

principal.

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3.3. Padrões de Forma Relevo

As formas de relevo da bacia hidrográfica do rio do Silveira são bastante

homogêneas, mas a partir de uma análise morfométrica, de cobertura vegetal e de drenagem,

pode-se dividir a bacia em 3 padrões de formas de relevo, conforme ilustra o Mapa

Geomorfológico (Figura 1), denominados: Padrão em forma de Colinas com interflúvios amplos,

Padrão em forma de Morros com vales meândricos encaixados e Padrão em forma de Colinas

com interflúvios médios e topos planos.

O Padrão em forma de Colinas com interflúvios amplos compreende uma área de

relevo colinoso com interflúvios amplos e presença de morros isolados entre si, com elevações

cujas altitudes médias são de 1250 metros. A maior elevação dessa área chega à 1336 metros. As

declividades predominantes são as inferiores a 2 %, correspondendo 52,53 % da área, sendo

caracterizado principalmente pela planície fluvial dos rios conseqüentes da bacia. Devido a baixa

declividade e a pequena diferença de altitude, nesta área os rios formam pequenas planícies

fluviais e rápidos e corredeiras, que estão relacionados aos condicionantes estruturais/litológicos.

Nos rios subseqüentes tem-se a presença de vales assimétricos, ou seja, vales com uma vertente

escarpada e outra suave, explicado pela estrutura e pelas diferentes resistências litológicas. A

cobertura vegetal da área é predominantemente de campo, ocorrendo pequenas áreas de capões

de araucária. Mas essa paisagem de campo vem sofrendo uma mudança brusca em algumas áreas

devido a plantação de Pinus.

O Padrão em forma de Morros com vales meândricos encaixados compreende uma

área de relevo mais ondulado, com elevações cujas altitudes médias são de 1150 metros, estando

no setor mais a jusante da bacia hidrográfica. As declividades da área são bem homogêneas,

sendo 31,58 % de área com declividade menor que 5 %, correspondendo aos topos planos de

alguns morros e colinas. Os declives entre 10 – 20 % totalizam 28,94 % da área, caracterizando

as vertentes íngremes dos morros. Já os declives entre 20 – 30 % e 30 – 90 % totalizam 19,18 %

da área, correspondendo aos paredões que se formam nos vales encaixados e a vertente mais

íngreme dos vales assimétricos. Nos rios desse compartimento temos a presença de rápidos,

corredeiras e de grandes quedas d'água, com desníveis fortes em degrau pouco alterado, como o

Cachoeirão dos Rodrigues. Essas quedas estão relacionadas a estrutura e a uma sistema de

falhamento, tendo em vista os lineamentos tectônicos que são observados neste setor. Devido a

esse sistema de falhamento temos um relevo com grandes desníveis, como o desnível dos rios

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Silveira e da Divisa, que correm paralelamente, mas com um leito 18 metros mais alto que o

outro. Neste compartimento observa-se como característica marcante a presença de meandros

encaixados ao longo do rio do Silveira. Segundo Christofoletti (1980), os meandros encaixados

aparecem quando o rio é meândrico como seu vale, conservando a mesma escala. A cobertura

vegetal da área é de campo em áreas de menor declive, e de floresta ombrófila mista,

principalmente em vertentes e próximo aos cursos d’água.

O Padrão em forma de Colinas com interflúvios médios e topos planos compreende a

área de maior altitude da bacia hidrográfica do rio do Silveira, tendo altitudes médias de

aproximadamente 1300 metros. É neste setor que se encontra o Pico do Monte Negro, o ponto

mais alto do estado do Rio Grande do Sul, com 1398 metros de altitude. A declividade da área é

bem distribuída, sendo 42,02 % com declives abaixo de 5 % caracterizando os grandes platôs que

se formam na região e 48,82 % com declives entre 5–10 % e 10 – 20 %.

A cobertura vegetal é de campo e de floresta ombrófila mista. Os campos ocorrem

principalmente nos topos planos das colinas e a floresta nas vertentes íngremes e próximo as

cursos d'água. Próximo ao Pico do Monte Negro, os campos vem sofrendo grande impacto

devido a presença de carros que ultrapassam os limites das estradas e acabam . destruindo a

vegetação, deixando o solo exposto.

As superfícies de aplainamento, onde encontramos a bacia hidrográfica do rio do

Silveira, foram elaboradas por processos de pediplanação em conseqüência de ataques erosivos

sucessivos. As formas de relevo demonstram a ocorrência de etapas evolutivas de dissecação,

observando-se áreas bastante conservadas de morfologia planar e outras onde a erosão conseguiu

alargar vales, deixando muitas vezes rupturas de declive de pequenos desníveis, constituindo-se

num plano desnudado (PROJETO RADAMBRASIL, 1986).

Segundo Ab'Saber (1969), a região do planalto é considerada uma superfície de

cimeira, denominada superfície de Vacaria, possuindo rios encaixados, curtos e profundos,

adaptados a estrutura litológica e aos lineamentos tectônicos.

A notável preservação do planalto parece estar ligada ao fato de que, por muito

tempo, sua drenagem interior era do tipo conseqüente, muito alongada e pouco encaixada. Com

as fases rápidas e sucessivas de ascensão epirogênica, ocorridas no Paleogeno e no Neogeno, os

rios do planalto se encaixaram fundo, ao mesmo tempo que se adaptaram às deformações sofridas

pelo platô. O soerguimento deve ter sido feito em fases rápidas e importantes, enquanto o

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rebaixamento dos interflúvios foi extremamente lento e medíocre. Por seu turno, o entalhamento

vertical, através da erosão de talvegue, foi absolutamente superior em potência aos processos

morfoclimáticos de abertura de vertentes, que se fizeram atuar no dorso maciço e resistente da

gigantesca pilha de lavas. Isto nos faz pensar que os climas úmidos só se instalaram na região em

momentos geológicos muito recentes (AB’SABER, 1969). Os principais cursos d'água da bacia

hidrográfica do rio do Silveira estão condicionados aos lineamentos tectônicos presentes na

região, sendo estes os principais responsáveis pelo elevado grau de entalhamento fluvial.

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho objetivou uma caracterização e compartimentação da bacia hidrográfica

do rio do Silveira, fundamentada na identificação e mapeamento de padrões de formas

semelhantes de relevo e respectivos processos morfogenéticos e morfodinâmicos na área da

bacia, buscando a realização da compartimentação voltada para um futuro plano de manejo da

região. Os padrões identificados foram: Padrão em forma de Colinas com interflúvios amplos,

Padrão em forma de Morros com vales meândricos encaixados e Padrão em forma de Colinas

com interflúvios médios e topos planos.

As cartas topográficas do Serviço Geográfico do Exército, os mapas base, bem como

os mapas hipsométrico e clinográfico e a imagem de satélite SPOT, permitiram orientar e

sistematizar de forma mais coerente o trabalho de campo, as análises de gêneses e dinâmicas das

formas, assim como apresentaram-se como subsídio seguro na elaboração do mapa

geomorfológico.

O mapeamento geomorfológico da bacia hidrográfica do rio do Silveira requereu a

compreensão da gênese e evolução do relevo que extrapolam o limite da bacia.

Sucintamente compreende-se que a gênese do relevo da área de estudo teve início

com o rompimento do Gondwana e separação dos continentes da América do Sul e da África,

tendo gerado a abertura do Oceano Atlântico. Com esta separação dos continentes, grandes falhas

se formaram, por onde extravasou enormes volumes de lavas que vieram a formar sucessivas

camadas de rochas vulcânicas do Planalto Meridional do Rio Grande do Sul.

Segundo Ab’Saber (1969), o Planalto pode ser caracterizado como sendo uma

superfície aplainada do tipo cimeira, denominada de planalto de Vacaria, representando um dos

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primeiros e importantes períodos erosivos, por pediplanação exorréica, pós-derrames (pós-

triássico, possivelmente cretáceo).

De acordo com a concepção de Ab'Saber (1973), a maior umidificação do clima no

Holoceno recente permitiu uma mudança no sistema morfogenético, estabilizando os sedimentos

com progressiva ativação dos processos de pedogenização, convexização das vertentes e

entalhamento fluvial.

As constatações a respeito da história evolutiva do modelado do relevo na bacia

hidrográfica do rio do Silveira apoiou-se fundamentalmente no trabalho de campo e no

mapeamento sistemático dos padrões de relevo, baseado na proposta taxonômica de Ross (1992).

Esse mapeamento permitiu a espacialização dos padrões através dos aspectos fisionômicos que

refletem as influências de ordem morfogenética e morfocronológica.

Com isso, a análise dos padrões de relevo permitiu reconhecer os tipos de relevo e os

processos a eles relacionados, buscando compreender como os processos articulam-se entre si e

como evoluem os grandes conjuntos de formas de relevo. Nesse sentido, é possível vislumbrar o

significado do relevo no contexto ambiental. Segundo Fujimoto (1994), em estudo

geomorfológico preocupado com os processos passados e presentes na constituição do relevo

pode caracterizar os diferentes ambientes da paisagem, tornando possível interferir no

funcionamento dos processos e prognosticar o comportamento deste.

Considerando-se que este estudo poderá subsidiar na elaboração de um Plano de

Manejo, para a criação de uma futura RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) dentro

dos limites da bacia hidrográfica do rio do Silveira, e que um estudo mais detalhado das formas

de relevo venha acontecer futuramente, é possível determinar temas específicos no campo

geomorfológico que possam nortear estudos futuros, visando um melhor conhecimento

geomorfológico e geográfico da região pelos próprios moradores e para os turistas que ali

chegam, tais como: a gênese do desnível dos rios do Silveira e da Divisa; os lineamentos

tectônicos e sua relação com os vales meândricos encaixados; o impacto da silvicultura na

paisagem dos campos e a construção de trilhas ecológicas de baixo impacto.

O Mapeamento Geomorfológico busca oferecer informações que auxiliam as

interpretações e as análises sobre a evolução da paisagem na região, servindo de base para a

elaboração do Plano de Manejo. Assim, considera-se de extrema importância a continuidade de

estudos na área, para a concretização do Plano de Manejo e assim a criação da futura RPPN.

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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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