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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O R I O D E J A N E I R OCENTRO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DA NATUREZA
I N S T I T U T O D E G E O C I Ê N C I A S
RIO DE JANEIRO – RJ – BRASILMAIO DE 2005
CARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOSPARTICULADOS EM SEÇÕES DEVONIANAS DA BACIA DO
PARNAÍBA
DIOGO MATTOSO ABREU
MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIADA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO REQUISITO
OBRIGATÓRIO DA DISCIPLINA “TRABALHO FINAL DE CURSO”
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RIO DE JANEIRO – RJ – BRASILMAIO DE 2005
CARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS PARTICULADOS EMSEÇÕES DEVONIANAS DA BACIA DO PARNAÍBA
DIOGO MATTOSO ABREU
MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA DAUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO REQUISITOOBRIGATÓRIO DA DISCIPLINA “TRABALHO FINAL DE CURSO”.
SETOR: Geologia Econômica e Regional
ORIENTADOR: Prof. Dr. João Graciano Mendonça Filho
APROVADA POR:
_____________________________________________Prof. Dr. João Graciano Mendonça Filho (UFRJ)
_____________________________________________Prof. Dr. Leonardo F. Borghi de Almeida (UFRJ)
_____________________________________________Prof. Dr. Marcelo de A. Carvalho (Museu Nacional / UFRJ)
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FICHA CATALOGRÁFICA
ABREU, DIOGO MATTOSOCARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS PARTICULADOS EM SEÇÕESDEVONIANAS DA BACIA DO PARNAÍBA [RIO DE JANEIRO] 2005.
xvii, 131 p., 9 estampas 29,7 cm (Instituto de Geociências – UFRJ, B.Sc.,Curso de Graduação emGeologia, 2005).
Monografia – Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizada no Instituto de Geociências.
1. Formação Pimenteira 2. Devoniano. 3. Palinofácies. 4. Maturação Térmica.
I – IGEO/UFRJ II – Título (série)
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iii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS vi
RESUMO viii
ÍNDICE DE FIGURAS x
ÍNDICE DE TABELAS xiv
1 INTRODUÇÃO 01
2 CONCEITO DE PALINOFÁCIES E FÁCIES ORGÃNICA 03
3 BACIA DO PARNAÍBA 05
3.1 Tectônica e sedimentação 06
3.2 Estratigrafia 07
3.2.1 GRUPO SERRA GRANDE 07
3.2.2 GRUPO CANINDÉ 07
3.2.3 GRUPO BALSAS 08
3.3 Formação Pimenteira 10
3.3.1 BREVE HISTÓRICO 10
3.3.2 LITOESTRATIGRAFIA 10
3.3.3 PALEOAMBIENTES DEPOSICIONAIS 12
3.3.4 BIOESTRATIGRAFIA E DATAÇÃO 13
3.3.5 GEOLOGIA DO PETRÓLEO 13
4 MATERIAL DE ESTUDO 16
5 MÉTODOS DE ESTUDO 22
5.1 Técnicas de preparação das amostras para análise depalinofácies
22
5.2 Análises de palinofácies 25
5.2.1 TÉCNICAS DE MICROSCOPIA
5.2.1.1 Microscopia em luz branca transmitida
25
5.2.1.2 Microscopia em luz azul incidente - fluorescência 26
5.2.1.3 Índice de Coloração de Esporos (ICE) 26
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iv
5.3 Obtenção dos dados
5.3.1 CONTAGEM DOS COMPONENTES ORGÂNICOS
29
5.4 Tratamento dos dados 32
5.4.1 ANÁLISES DE AGRUPAMENTO 32
6 CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS 33
6.1 Classificação da matéria orgânica 34
6.1.1 FITOCLASTOS 34
6.1.2 PALINOMORFOS 35
6.1.3 MATERIAL ORGÂNICO AMORFO 37
7 DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS DE COMPONENTES DA MATÉRIAORGÂNICA
38
7.1 Fitoclastos 38
7.2 Palinomorfos 41
7.3 Matéria Orgânica Amorfa (M.O.A.) 43
8 PARÂMETROS PALINOFACIOLÓGICOS 45
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES 46
9.1 Representação dos dados 46
9.1.1 DIAGRAMAS TERNÁRIOS 46
9.1.2 DENDOGRAMAS 47
9.2 Contagem dos componentes da matéria orgânica 48
9.2.1 TESTEMUNHO DE SONDAGEM VL-03 54
9.2.2 TESTEMUNHO DE SONDAGEM PM-06 57
9.2.3 TESTEMUNHO DE SONDAGEM ST-12 61
9.2.4 TESTEMUNHO DE SONDAGEM SM-IST-4 65
9.2.5 TESTEMUNHO DE SONDAGEM CT-02 69
9.2.6 TESTEMUNHO DE SONDAGEM PM-10 71
9.3 Maturidade térmica 75
9.4 Descrição dos componentes orgânicos 85
9.5 Análise de agrupamento modo –R 87
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v
9.6 Matriz de correlação utilizando o coeficiente r-Pearson 91
9.7 Inferências paleoambientais 93
10 CONCLUSÕES 123
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 126
ANEXO (ESTAMPA)
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vi
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao meu orientador Prof. Dr. João Graciano de
Mendonça Filho, pela amizade e orientação deste trabalho.
Aos amigos da turma de geologia 99, em especial :
• Antônio - o mais disposto às diversas aventuras.
• Juliano – o mais engraçado, sempre nos tirando gargalhadas.
• Igor – meu co-orientador, amigo, me ajudou muito na elaboração deste
trabalho. Obrigado !
• Régis – mesmo estando em outro Estado, continua morando aqui no
nosso coração.
• Marcel – macaense cheio de gírias e com um sotaque muito engraçado,
é um grande amigo também.
• Beto – Nos últimos tempos anda muito sumido, mas quando o
encontramos, sempre tem uma ótima historinha para nos contar.
• Rafinha – depois que descobriu o surf, foi difícil encontrá-lo na
faculdade, gente boa toda vida.
• Edson – parceiro de campo 2, levarei pra sempre aquela imagem do
vaso na sua testa. Papai, quem diária ?!!!
• Carol – Menina super especial, nota dez, que sempre me acompanhou
nessa longa trajetória na faculdade. Obrigado por tudo, você estará
sempre em meu coração !
• Marcelle – a grande arquiteta das bijus, amiga e companheira !
• Paulinha – parceira de campo 1, queria brigar comigo a todo custo, mas
eu não deixei !
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vii
• Janaina – grande Jana, mamãe de uma menina linda, obrigado por tudo
querida !
• Helen – parceira do campo III, me aturou nos momentos de maior mau
humor, obrigado por tudo !
Aos demais amigo de faculdade, Léo Penha, Henrique Tiozão, Erick, Mauro,
Pangaré, Romário, Fagner, Chiclete, Vitão, Mário, Zé Lele, Max, Vivian, Marcos
Baião, Leandro, Marcelo, Potó, Hatushika, Raphael Pietzsch, Diogo Merenda,
Thiago Muriçoca, Anderson, Denize, Drica, Giovani, Guilherme, Donizete e
Jaqueline. Muito obrigado !!!
Aos professores, Cláudio Limeira, Leonardo Borghi, Joel Valença, João
Baptista, Julio Mendes, Henrique Dayan, Carlos Eduardo, Rudolph Trouw, Cláudio
Margueron, Helena Polivanov, Gérson Cardoso, por terem feito a diferença em
minha formação profissional.
À geóloga M.Sc.Taissa Rêgo Menezes, pela amizade e grande ajuda na
realização deste trabalho.
À minha namorada, pela sabedoria e compreensão dos momentos em que não
pude lhe dar a atenção merecida.
Aos meus familiares, em especial, aos meus pais , minha irmã e minha tia Léo,
que sempre foram exemplo, e contribuíram com incentivo e apoio durante não só o
tempo na faculdade mas também em toda a minha vida.
E principalmente a Deus, pois foi o alicerce de tudo, nada disso teria sido
realizado sem Ele !!!
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viii
RESUMO DA MONOGRAFIA APRESENTADA AO CURSO DE GRADUAÇÃO EMGEOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO
REQUISITO OBRIGATÓRIO DA DISCIPLINA “TRABALHO FINAL DE CURSO”
CARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS PARTICULADOS EMSEÇÕES DEVONIANAS DA BACIA DO PARNAÍBA
DIOGO MATTOSO ABREU
RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2005
ORIENTADOR: Prof. Dr. João Graciano Mendonça Filho
SETOR: Geologia Econômica e Regional
A caracterização dos componentes orgânicos particulados foi realizada em
seções devonianas da Formação Pimenteira na borda leste da bacia do Parnaíba. A
formação é constituída em sua maior parte por espessas camadas de folhelhos e
siltitos, com algumas camadas delgadas de arenito fino. O objetivo principal deste
trabalho foi a determinação de parâmetros palinofaciológicos através da
identificação e quantificação dos componentes particulados da matéria orgânica e
sua variação vertical ao longo das seções estudadas. Estes parâmetros
palinofaciológicos foram aplicados à determinação das tendências de
proximalidade, distribuição, maturação térmica e inferências paleoambientais. Para
tanto foi realizada analise de quarenta e quatro laminas organopalinológicas
utilizando a microscopia em luz branca transmitida (MLT) e luz azul incidente
(fluorescência). Ainda determinou-se pelo método MLT e fluorescência o estágio de
evolução térmica através do Índice de Coloração de Esporos (ICE). Foi realizada
contagem de 300 a 500 partículas por lâmina, sendo então efetuado um tratamento
estatístico relativo aos diferentes grupos da matéria orgânica. Os resultados
percentuais obtidos foram submetidos a análises de agrupamento modo-R (para
verificar similaridades entre os componentes orgânicos). Os resultados apontam
que as seções estudadas da Formação Pimenteira são compostas
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ix
predominantemente por esporomorfos (representados por esporos), microplâncton
de parede orgânica marinho (algas prasinófitas e acritarcas), matéria orgânica
amorfa, fitoclastos opacos, fitoclastos não opacos, cutículas de vegetais terrestres
superiores e microplâncton de parede orgânica de água doce (algas do gênero
Botryococcus). Os resultados de Índice de Coloração dos Esporos (ICE),
determinaram de um modo geral um baixo estágio de evolução térmica (maturação)
da matéria orgânica, o que demonstra um baixo grau de diagênese pelo processo
natural de aumento de temperatura conseqüente do aumento da profundidade de
soterramento. No entanto, algumas amostras apresentaram um elevado estágio de
evolução térmica, proporcionado pelo efeito térmico de intrusivas ígneas. As
inferências paleoambientais foram baseadas no diagrama ternário com os campos
de palinofácies definido pelos valores percentuais dos três principais grupos de
componentes da matéria orgânica (Tyson, 1993) e na representação diagramática
de palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999). As seções estratigráficas
foram divididas em intervalos, os quais foram definidos pela análise da disposição
das amostras no diagrama ternário com os campos de palinofácies de Tyson (1993).
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x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de localização da Bacia do Parnaíba. 5
Figura 2: Carta estratigráfica da Bacia do Parnaíba (ANP,2002). 9
Figura 3: Perfil estratigráfico da Formação Pimenteira na área dos projetos SãoMiguel do Tapuio e Fosfato de São Miguel do Tapuio, na borda lesta da bacia doParnaíba. (Young, 2003).
17
Figura 4: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem VL-03. 18
Figura 5: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem PM-06. 18
Figura 6: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem ST-12. 19
Figura 7: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem SM-IST-4. 19
Figura 8: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem CT-01. 20
Figura 9: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem CT-02. 20
Figura 10: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem PM-10. 21
Figura 11: Escala de ICE, Barnard et al. (1981), padrão Robertson Research. 28
Figura 12: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço VL-03.
48
Figura 13: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço PM-06.
49
Figura 14: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço ST-12.
50
Figura 15: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço SM-IST-4.
51
Figura 16: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço CT-02.
52
Figura 17: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três gruposde componentes orgânicos da matéria orgânica do poço PM-10. 53
Figura 18: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço VL-03.
56
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xi
Figura 19: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço PM-06.
60
Figura 20: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço ST-12.
64
Figura 21: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço SM-IST-4.
68
Figura 22: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço CT-02.
70
Figura 23: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica dopoço PM-10.
74
Figura 24: Relação entre o tempo (milhões de anos), Temperatura (°C) eMaturação (ICE e %Ro) (Barnard et al. 1981).
76
Figura 25: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço VL-03 com aprofundidade.
77
Figura 26: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço PM-06 com aprofundidade.
78
Figura 27: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço ST-12 com aprofundidade.
79
Figura 28: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço ST-12 com aprofundidade.
80
Figura 29: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço CT-01 com aprofundidade.
81
Figura 30: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço CT-02 com aprofundidade. 82
Figura 31: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço PM-10 com aprofundidade.
83
Figura 32: Dendograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para osgrupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço VL-03.
87
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xii
Figura 33: Dendograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para osgrupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço PM-06.
88
Figura 34: Dendograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para osgrupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço ST-12.
89
Figura 35: Dendograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para osgrupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço SM-IST-4.
90
Figura 36: Diagrama ternário com os campos de palinofácies definido pelosvalores percentuais dos três principais grupos de componentes da matériaorgânica (Tyson, 1993)
93
Figura 37: Representação diagramática de palinomorfos modificado de Turnau eRacki (1999).
95
Figura 38: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço VL-03.
96
Figura 39: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço VL-03.
97
Figura 40: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço PM-06.
101
Figura 41: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço PM-06.
103
Figura 42: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço ST-12.
105
Figura 43: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço ST-12.
107
Figura 44: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço SM-IST-4.
110
Figura 45: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço SM-IST-4.
111
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xiii
Figura 46: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço CT-02.
114
Figura 47: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço CT-02.
115
Figura 48: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos depalinofácies (Tyson, 1993) do poço PM-10.
119
Figura 49: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica comas subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os camposde palinofácies do poço PM-10.
121
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xiv
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Ficha utilizada para a contagem dos componentes orgânicos. 30
Tabela 2: Classificação geral dos principais componentes da matériaorgânica (baseado em Tyson 1995; Mendonça Filho, 1999; Carvalho; 2001;Mendonça Filho et.al.,2002).
31
Tabela 3: Parâmetros calculados para os grupos e subgrupos decomponentes da matéria orgânica e as tendências generalizadas proximal –distal, baseado em Tyson (1993) e Mendonça Filho (1999).
45
Tabela 4: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço VL-03.
48
Tabela 5: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço PM-06.
49
Tabela 6: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço ST-12.
50
Tabela 7: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço SM-IST-4.
51
Tabela 8: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço CT-02.
52
Tabela 9: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânicado poço PM-10.
53
Tabela 10: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de palinomorfos do poço VL-03.
54
Tabela 11: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãode matéria orgânica do poço VL-03.
55
Tabela 12: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de palinomorfos do poço PM-06.
57
Tabela 13: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de matéria orgânica do poço PM-06.
58
Tabela 14: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de palinomorfos do poço ST-12.
61
Tabela 15: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãode matéria orgânica do poço ST-12.
62
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xv
Tabela 16: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de palinomorfos do poço SM-IST-4..
65
Tabela 17: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãode matéria orgânica do poço SM-IST-4.
66
Tabela 18: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãoao total de palinomorfos do poço PM-10.
71
Tabela 19: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relaçãode matéria orgânica do poço PM-10.
72
Tabela 20: Representa os intervalos de ICE e suas respectivas zonas dematuridade para o período Devoniano.
75
Tabela 21: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço VL-03 77
Tabela 22: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço PM-06.
78
Tabela 23: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço ST-12..
79
Tabela 24: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço SM-IST-4.
80
Tabela 25: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço CT-01.
81
Tabela 26: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço CT-02.
82
Tabela 27: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço PM-10.
83
Tabela 28: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamentomodo-R para a sondagem VL-03.
87
Tabela 29: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamentomodo-R para a sondagem PM-06.
88
Tabela 30: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamentomodo-R para a sondagem ST-12.
89
Tabela 31: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamentomodo-R para a sondagem SM-IST-4.
90
Tabela 32: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagem 91
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xvi
VL-03.
Tabela 33: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagemPM-06.
91
Tabela 34: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagemST-12.
92
Tabela 35: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagemSM-IST-4.
92
Tabela 36: Paleoambientes definidos pelos campos de palinofácies parasedimentos marinhos (Tyson, 1993) relacionado no diagrama da figura 35.
94
Tabela 37: Palinofácies definidas pelo diagrama de palinomorfos modificadode Turnau e Racki (1999).
95
Tabela 38: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço VL-03.
98
Tabela 39: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo II do poço VL-03.
98
Tabela 40: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo III do poço VL-03.
99
Tabela 41: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo IV do poço VL-03.
99
Tabela 42: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo V do poço VL-03.
100
Tabela 43: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço PM-06.
104
Tabela 44: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo II do poço PM-06.
104
Tabela 45: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço ST-12.
108
Tabela 46: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo II do poço ST-12.
109
Tabela 47: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço SM-IST-4.
112
Tabela 48: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da 113
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xvii
matéria orgânica no intervalo II do poço SM-IST-4.
Tabela 49: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço CT-02.
116
Tabela 50: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo II do poço CT-02.
116
Tabela 51: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo III do poço CT-02.
117
Tabela 52: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo IV do poço CT-02.
117
Tabela 53: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo V do poço CT-02.
118
Tabela 54: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo VI do poço CT-02.
118
Tabela 55: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes damatéria orgânica no intervalo I do poço PM-10.
122
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- 1 -
1. INTRODUÇÃO
A Bacia do Parnaíba é uma extensa bacia intracratônica preenchida
principalmente por rochas paleozóicas. Localiza-se na região Nordeste do Brasil,
abrangendo a quase totalidade dos estados do Maranhão e Piauí e parte do leste
do Pará, oeste do Ceará e norte de Goiás e Tocantins (Figura 1).
Estudos realizados pela PETROBRÁS resultaram na descoberta de indícios
e acumulações subcomerciais de hidrocarbonetos. A Formação Pimenteira possui
poucos estudos geológicos aprofundados, porém podemos destacar, o estudo
realizado por Rodrigues (1995), que contribui na abordagem dos aspectos da
geoquímica orgânica, e o trabalho de Young (2003) que contribuiu na identificação
de potenciais intervalos de rocha reservatório na Formação Pimenteira através de
análise estratigráfica.
Os dados de análises geoquímicas obtidas por Rodrigues (1995) indicam
que os níveis de maior concentração de matéria orgânica da Bacia do Parnaíba
concentram-se na Formação Pimenteira. Essa formação é constituída em sua
maior parte por extensos folhelhos e siltitos, com algumas camadas delgadas de
arenito fino. (Góes et al, 1994).
O objetivo principal deste trabalho foi a determinação de parâmetros
palinofaciológicos através da identificação e quantificação dos componentes
particulados da matéria orgânica e sua variação vertical ao longo das seções
estudadas.
Para a elaboração do presente estudo palinofaciológico foram realizadas, no
laboratório de Palinofácies e Fácies Orgânica situado na Universidade Federal do
Rio de Janeiro, análise de microscopia em luz branca transmitida e de luz azul
incidente (fluorescência), para a identificação dos diferentes grupos e subgrupos
de componentes da matéria orgânica. Foi também utilizada a técnica de Índice de
Coloração dos Esporos (ICE) para a análise da maturidade térmica das amostras.
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Os resultados obtidos foram aplicados à determinação das tendências de
proximalidade, distribuição, maturação térmica e inferências paleoambientais.
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2. CONCEITO DE PALINOFÁCIES E FÁCIES ORGÃNICA
A palinofácies foi conceitualmente introduzida por Combaz (1964) e sua
definição pode ser entendida como o estudo palinológico do total de componentes
da matéria orgânica contida em um sedimento após a remoção da matriz
sedimentar (mineral) pela acidificação com HCl (ácido clorídrico) e HF (ácido
fluorídrico). A análise por palinofácies envolve o estudo integrado de todos os
aspectos dos componentes da matéria orgânica como: identificação dos
componentes particulados individuais, determinação de suas proporções relativas
e absolutas, seus tamanhos e estado de preservação.
Segundo Tyson (1995), a análise de palinofácies é o estudo palinológico de
ambientes deposicionais e do potencial de rochas geradoras de hidrocarbonetos
baseado na assembléia total dos componentes da matéria orgânica particulada,
podendo ser definida como “um corpo de sedimento contendo uma assembléia
distinta de matéria orgânica palinológica idealizada para refletir um grupo
específico de condições ambientais, ou para ser associada com um nível
característico do potencial de geração de hidrocarbonetos”.
Rogers (1980) foi o primeiro a utilizar o termo “fácies orgânica”, para exprimir
que uma fácies orgânica deve ser definida pelo conteúdo de matéria orgânica
(primeiramente tipo, e menos freqüentemente quantidade), pela fonte de matéria
orgânica e pelo ambiente deposicional.
Segundo Tyson (1995), o conceito de fácies orgânica pode ser definido como
um “grupo de sedimentos contendo um conjunto distinto de constituintes orgânicos
que podem ser reconhecidos por microscopia ou estar associado com uma
composição organogeoquímica característica”.
O conceito moderno de “Fácies Orgânica” é, em muitas formas, equivalente
ao conceito de “Palinofácies”.
Palinofácies representa um aspecto particular de fácies orgânica (aquela que
pode ser determinada por estudo palinológico da matéria orgânica).
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Palinofácies pode, assim, ser considerada como “fácies orgânica definida
palinológicamente”. (e.g. Habib, 1982; 1993).
A palinofácies é provavelmente a única técnica discriminante mais simples
que pode providenciar todas as respostas para o estudo e explicação dos modelos
de fácies orgânica. Isto é devido, simplesmente, a não existência de um substituto
para a observação visual direta do conteúdo orgânico que está atualmente nos
sedimentos.
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3. BACIA DO PARNAÍBA
A bacia do Parnaíba (Figura 1) é uma extensa bacia intracratônica que ocupa
uma área de aproximadamente 600.000 km², localiza-se na região Nordeste do
Brasil, abrangendo a quase totalidade dos estados do Maranhão e Piauí e parte
do leste do Pará, oeste do Ceará e norte de Goiás e Tocantins. Foram
depositados pouco mais de 3000 metros de espessura de coluna sedimentar.
Figura 1: Mapa de localização da bacia do Parnaíba (Young, 2003).
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3.1.Tectônica e sedimentação
A bacia do Parnaíba formou-se no Eopaleozóico, após a colisão entre as
plataformas Amazônica e Brasileira, resultando no fechamento dos cinturões
móveis Araguaia, Própria e Arioses, no final do Pré Cambriano Superior e início do
paleozóico (Caputo et al., 1983).
Cunha (1986) reconhece a enorme influência tectônica dos pulsos terminais
do Ciclo Brasiliano (Cambriano-Ordoviciano) sobre a sedimentação subseqüente
da bacia do Parnaíba. Em função desta tectônica formaram-se grabens, com eixos
orientados principalmente nordeste/sudoeste e norte/sul, os quais foram
preenchidos por sedimento aluviais e fluviais correspondentes a Seqüência I de
Freitas (1990) e a Formação Mirador de Carozzi et al. (1975).
A subsidência termal da região, criou uma grande depressão ordoviciana que
controla a sedimentação ocorrida nas duas primeiras seqüências deposicionais, a
seqüência Siluriana, representada pelos sedimentos fluvio-deltaicos do Grupo
Serra Grande e a seqüência Devoniana, representada pelos sedimentos do Grupo
Canindé. Estas seqüências encontram-se com seus depocentros fortemente
controlados pelos lineamentos Transbrasiliano e Picos- Santa Inês.
A terceira seqüência deposicional ocorre a partir do Carbonífero, com a
deposição dos sedimentos do Grupo Balsa. Este grupo marca uma progressiva
continentalização e desertificação em toda a bacia do Parnaíba, está ligado a
Reativação Wealdeniana, que representa a desagregação do paleocontinente
Gondwana.
Distintamente de Góes & Feijó (1994), entende-se neste trabalho que a
entidade geológica chamada ‘’bacia do Parnaíba’’ está representada apenas pelos
sedimentos paleozóicos correspondentes aos grupos Serra Grande, Canindé e
Balsas. Tais grupos tiveram seu desenvolvimento tectônico e sedimentar
associado à subsidência do embasamento da bacia dentro do contexto evolutivo
do paleocontinente Gondwana. Os aspectos tectônicos e deposicionais dos
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sedimentos pós-Grupo Balsas estão associados diretamente ao processo de
ruptura do Gondwana e, por isso, devem ser tratados e estudados como uma
bacia de evolução distinta da do Parnaíba (q.v. Rosseti et al., 2001).
3.2.Estratigrafia
Neste contexto, é possível dividir estratigraficamente a bacia do Parnaíba em
três seqüências distintas: Siluriana, Devoniana e Carbonífero-Triássica (Figura 2),
cada qual correlata a um dos seus três grupos (Serra Grande, Canindé e Balsas,
respectivamente) ( Góes & Feijó, 1994).
3.2.1. GRUPO SERRA GRANDE
O Grupo Serra Grande (sensu Góes et al., 1992 apud Góes & Feijó,1994) é
dividido em três formações: Ipu, Tianguá e Jaicós. A Formação Ipu (Campbell,
1949 apud Góes & Feijó, 1994) é composta, predominantemente, de arenitos
médios a grossos e, secundariamente, por siltitos, folhelhos e diamictitos. A
Formação Tinguá (Rodrigues, 1967 apud Góes & Feijó, 1994) consiste em
folhelhos cinza, siltitos e arenitos micáceos. A Formação Jaicós (Plummer, 1946
apud Góes & Feijó, 1994) é composta por arenitos médios a grossos e,
eventualmente, pelitos.
O Grupo Serra Grande tem seus contatos inferior, com o embasamento, e
superior, com o Grupo Canindé, em discordância erosiva.
3.2.2. GRUPO CANINDÉ
O Grupo Canindé (sensu Góes et al., 1992 apud Góes & Feijó, 1994) está
dividido em cinco formações: Itaim, Pimenteira, Cabeças, Longá e Poti. A
Formação Itaim (Kegel, 1953 apud Góes & Feijó, 1994) é composta por arenitos
finos esbranquiçados e por folhelhos cinzas a pretos. A Formação Pimenteira
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caracteriza-se por folhelhos cinzas a pretos intercalados com finas camadas de
areia fina. A Formação Cabeças é representada por arenitos finos e ocorrências
de diamictitos. Nela ocorre também uma fácies de arenitos grossos. A Formação
Longá (Albuquerque & Dequech, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) abrange
folhelhos e siltitos cinzas e arenitos finos argilosos brancos. A Formação Poti
(Paiva, 1937 apud Góes & Feijó, 1994), é composta por arenitos cinza-
esbranquiçados, intercalados e interlaminados com folhelhos e siltitos.
O contato superior do Grupo Canindé com o Grupo Balsas é discordante
erosivo.
3.2.3. GRUPO BALSAS
O Grupo Balsas (sensu Góes et al., 1993 apud Góes & Feijó, 1994) divide-se
em quatro formações: Piauí, Pedra de Fogo, Motuca e Sambaíba. A Formação
Piauí (Small,1914 apud Góes & Feijó, 1994) denomina arenitos finos a médios
bem selecionados, conglomerados, folhelhos vermelhos e calcários
esbranquiçados. (Lima Filho, 1991 apud Góes & Feijó, 1994). A Formação Pedra
de Fogo (Plummer, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) caracteriza-se pela presença
de sílex e de calcário oolítico, pisolítico, intercalados com arenitos, folhelhos e
anidrita. A Formação Motuca (Plummer, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) compõe-
se de siltito avermelhado e marrom, arenitos brancos, anidrita e raros calcários. A
Formação Sambaíba (Plummer, 1946 apud Góes & Feijó, 1994) consiste de
arenitos médios a finos, bimodais, bem selecionados, com estratificação cruzada
de porte grande.
O contato superior do Grupo Balsas com os sedimentos supra-Grupo Balsas
é discordante erosivo.
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Figura 2: Carta estratigráfica da Bacia do Parnaíba (ANP,2002).
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3.3.Formação Pimenteira
3.3.1. BREVE HISTÓRICO
Historicamente, o termo ‘’folheto Pimenteira’’ foi inicialmente utilizado por
Small (1914 apud Brito, 1979) para identificar camadas de folhelhos aflorantes
próximos à Cidade de Pimenteira, no Município de Valença do Piauí, Estado do
Piauí. Posteriormente, Plummer (1946 apud Campbell et al., 1949) conferiu a
hierarquia de formação a tais rochas e discerniu dois membros: Oitis, inferior,
constituído de folhelhos, e Picos, superior, constituído por uma intercalação de
arenitos e folhelhos. Entretanto, Kegel (1953), ao estudar a fauna do Membro
Oitis, percebeu que ela era mais recente que a do Membro Picos e pertencente ao
Membro Passagem da Formação Cabeças, o que levou o termo Oitis ao
abandono. Então, Kegel (1953) redefiniu a Formação Pimenteira, incluindo-lhe na
base uma seção de arenitos denominada Membro Itaim, mas mantendo na parte
superior o Membro Picos, predominantemente argiloso.
Tais proposições permanecem em vigência e ainda são utilizadas por alguns
autores (q.v. Mabesoone, 1994). Porém, no âmbito interno da Petrobrás, o
Membro Itaim fora elevado a formação por Carozzi et al. (1975), resultando no
abandono do termo Picos. Tais fatos estão refletidos na carta estratigráfica
proposta por Góes & Feijó (1994).
3.3.2. LITOESTRATIGRAFIA
Góes et al. (1994) descrevem a Formação Pimenteira como um pacote de
rochas sedimentares constituído, em sua maior parte, por espessos folhelhos e
siltitos. Em escala reduzida, seriam encontradas lentes e delgadas camadas de
arenitos finos.
Lima Filho (1998), citando Della Fávera (1984), descreve a Formação
Pimenteira como uma série de ciclos granocrescentes para cima, com 10 a 30 m
de espessura, começando com argilitos e terminando com corpos de arenitos de 3
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a 5 m de espessura, com geometria de barras ou lobos e distribuição lateral de
aproximadamente 100 m.
Na borda Leste da bacia ocorrem anomalias radiométricas associadas a
nódulos fosfáticos na Formação Pimenteira. Fuzikawa (1968 apud Oliveira &
Barros, 1976) foi o primeiro a apontar, após levantamentos cintilométricos na bacia
do Parnaíba, a ocorrência de tais anomalias na área da cidade de São Miguel do
Tapuio, Estado do Piauí. Posteriormente, alunos de graduação da UFPE (Melo,
1971), por meio de convênio com a CNEN, mapearam estas anomalias e
constataram que elas se localizavam na parte superior da Formação Itaim e que
representavam lentes de conglomerados fosfáticos. Em 1972, o projeto São
Miguel do Tapuio (CNEN / CPRM – Albuquerque et al.,1972) realizou uma série de
furos de sondagem no entorno da cidade de São Miguel do Tapuio com o intuito
de verificar a continuidade dessas anomalias radiométricas em subsuperfície,
assim como a prospectividade das mesmas para urânio, visto a clássica
associação fosfato-urânio. Tal projeto verificou que as anomalias situam-se na
‘’zona de transição’’ entre a Formação Itaim e a Formação Pimenteira, que são
descontínuas e com valores muito variáveis de radioatividade, não configurando
uma jazida de interesse econômico. Posteriormente, em 1976, um novo projeto
chamado Fosfato de São Miguel do Tapuio (DNPM / CPRM – Oliveira & Barros,
1976) foi realizado com o objetivo de avaliar economicamente as reservas e os
teores de fosfato nas regiões próximas as cidades de São Miguel do Tapuio e
Pimenteiras, no Estado do Piauí.
Os contatos inferior e superior da Formação Pimenteira com as Formações
Itaim e Cabeças, respectivamente, são freqüentemente interpretados como
concordantes e gradacionais (Della Fávera, 1990; Caputo, 1984; Carvalho, 1995;
Lima & Leite, 1978). Entretanto, Lima & Leite (1978) notam que localmente, o
contato superior com a Formação Cabeças pode ser discordante. Estes autores
descrevem o contato entre essas formações, na região de Anízio de Abreu (PI),
como nitidamente erosivo devido à ocorrência de um conglomerado com 1,10 m
de espessura na base da Formação Cabeças, este contendo blocos angulosos de
siltitos e folhelhos com até 30 cm de diâmetro. Tal camada repousa sobre
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superfície ondulada e irregular desenvolvida sobre os folhelhos subjacentes de
Formação Pimenteiras.
Oliveira & Barros (1976), em estudos na borda Leste da bacia, sugerem a
presença de diastemas no contato entre as formações Itaim e Pimenteira devido à
ocorrência de rochas carbonáticas, ferruginosas, oolíticas e fosfatadas,
interpretadas pelos autores como diagnósticas de pequenas taxas de
sedimentação. Os mesmos autores apontam também que localmente, o contato
entre as formações Cabeças e Pimenteira se faz em discordância erosiva, visto a
ocorrência de conglomerados com seixos fosfáticos na base da Formação
Cabeças, seixos estes que seriam originários da Formação Pimenteira.
3.3.3. PALEOAMBIENTES DEPOSICIONAIS
As propostas de ambientes de sedimentação para a Formação Pimenteira na
literatura são bem homogêneas. De forma geral, grande parte dos autores
concordam que ela se deu em ambiente marinho plataformal (Della Fávera, 1990,
2001; Albuquerque, 2000; Melo, 1988; Mesner & Wooldridge, 1964).
Carozzi et al. (1975) interpretam os sedimentos do Membro Carolina, em
particular, como sendo depósitos de frente deltaica e de canais distributários.
Oliveira & Barros (1976) interpretam as duas zonas de rochas carbonáticas,
oolíticas e ferruginosas como resultado de deposição químico-clástica. Para as
subunidades definidas pelos mesmos autores, as interpretações são as seguintes:
DpA, ambiente de offshore com eventuais sedimentos de prodelta; DpB, barras de
prodelta; DpC, ambiente marinho offshore fortemente euxínico; e DpD como
depósitos de frente deltaica, prodelta e offshore.
Ribeiro & Dardenne (1978) interpretam os depósitos de oolitos ferruginosos
como de origem lagunar, e o restante da formação como depositada em ambiente
de offshore.
Melo (1988) aponta deposição em ambiente marinho distal a costeiro, com a
presença de barras de offshore.
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Della Fávera (1990) mostrou retrabalhamento de sedimentos arenosos por
tempestades nessa formação.
Mabesoone (1994) apontou, com base em análises litológicas e de estruturas
sedimentares, ambiente litorâneo e de planície de maré.
Della Fávera (2001) acrescenta que as areias da Formação Pimenteira tem
afinidade genética com prodeltas, cujas frentes deltaicas seriam os arenitos da
Formação Cabeças.
3.3.4. BIOESTRATIGRAFIA E DATAÇÃO
A Formação Pimenteira é uma unidade rica em macro e microfósseis. Vários
autores propuseram zoneamentos bioestratigráficos para a bacia usando
diferentes grupos de microfósseis. O primeiro e mais utilizado deles é o de Muller
(1962 apud Melo, 2002), que combina o uso de acritarcas, miósporos e
quitinozoários. Tal zoneamento utiliza zonas nomeadas de A a T, abrangendo do
Siluriano ao Cretáceo. Segundo esse zoneamento, a Formação Pimenteira
abrange desde o terço final da biozona R até o fim da biozona Qsuperior.
Recentemente, Grahn et al. (2001) revisaram este zoneamento proposto por
Muller (1962 apud Melo, 2002), apontando que o limite inferior da Formação
Pimenteira situar-se-ia aproximadamente no meio da zona R, e seu limite superior
coincide com o limite da zona Qsuperior. Isso concede à formação uma idade que
vai de meados do Eifeliano ao fim do Frasniano.
3.3.5. GEOLOGIA DO PETRÓLEO
Segundo Góes et al. (1990), a Formação Pimenteira é considerada a
principal formação geradora de óleo da bacia.
Rodrigues (1995), ao estudar a geoquímica das formações potencialmente
geradoras de óleo da bacia, identificou cinco intervalos de rochas favoráveis,
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estando três destes dentro da Formação Pimenteira. Ele denominou-os, da base
para o topo, de folhelhos radioativos A, B e C.
Os folhelhos radioativos A, situados aproximados no limite
Eifeliano/Givetiano, têm espessura máxima de 20 m, possuem índices de carbono
orgânico total (COT) variando de 1,0% a 3,0% matéria orgânica do tipo III, e são
os únicos que se encontram maturos por subsidência, no NO da bacia. Entretanto,
são pouco espessos para a geração de um volume apreciável de hidrocarbonetos.
Os folhelhos radioativos B, situados na parte média do Givetiano, são
encontrados apenas na parte central e norte da bacia. Possuem espessura
máxima de 20 m, COT variando de 1,0 a 3,5% e matéria orgânica mista, dos tipos
II e III. Este intervalo apresenta pouca evolução térmica por subsistência,
associando-se uma possível geração de óleo ao efeito térmico induzido por
intrusões de diabásio.
Os folhelhos radioativos C correspondem aos folhelhos depositados no
Frasniano, correlacionáveis aos folhelhos geradores das bacias do Solimões
(Formação Jandiatuba) e do Amazonas (Formação Barreirinha). É o principal
intervalo de folhelhos radioativos da bacia, alcançando 40 m de espessura e
teores de COT de até 5,0%. Sua matéria orgânica é de tipo II. Este intervalo não
atingiu evolução térmica por subsidência em nenhuma parte conhecida da bacia;
portanto a geração de óleo por tais folhelhos fica associada diretamente ao efeito
térmico induzido por intrusões de diabásio.
Esses intervalos de folhelhos radioativos representam superfícies de
inundação marinha da bacia durante o Devoniano, que proporcionaram a melhor
preservação da matéria orgânica devido ao estabelecimento de condições
anóxicas no fundo marinho. Esses intervalos de máxima inundação contêm
seções condensadas, das quais a do Frasniano corresponde à superfície de
inundação máxima do Devoniano.
Rodrigues (1995), após analisar os indícios de hidrocarbonetos encontrados
nas áreas de Balsas (1-TB-2-MA) e Capinzal (1-CP-1-MA), Estado do Maranhão,
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constatou que estes tiveram sua origem nos folhelhos radioativos da Formação
Pimenteira, com sua geração associada ao efeito térmico de intrusões básicas.
Quanto aos reservatórios, Góes et al. (1990) sugeriram que corpos
lenticulares de arenitos dentro da própria Formação Pimenteira poderiam servir
como reservatórios de HC, visto que o processo de migração ficaria bastante
facilitando devido ao direto contato com as rochas geradoras.
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4. MATERIAL DE ESTUDO
O material de estudo é constituído de quarenta e quatro amostras relativas a
sete testemunhos de sondagem dos projetos São Miguel do Tapuio (Albuquerque
et al., 1972) e Fosfato de São Miguel do Tapuio (Oliveira & Barros, 1976), a área
destes projetos é de aproximadamente 3250 km, e localiza-se na borda leste da
bacia do Parnaíba, incluindo as cidades de Pimenteiras e São Miguel do Tapuio.
O perfil estratigráfico referente à Formação Pimenteira na área dos projetos
São Miguel do Tapuio e Fosfato de São Miguel do Tapuio esta representado na
figura 3 e os perfis estratigráficos referentes aos testemunhos de sondagem VL-
03, PM-06, ST-12, SM-IST-4, CT-01, CT-02 e PM-10 estão representados nas
figuras 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, respectivamente.
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Figura 3: Perfil estratigráfico da Formação Pimenteira na área dos projetos São Miguel do Tapuio e
Fosfato de São Miguel do Tapuio, na borda lesta da bacia do Parnaíba. (Young, 2003).
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20
25
30
35
40
45
50
55
65
70
60
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 4: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem VL-03.
0
5
10
15
20
25
30
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 5: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem PM-06.
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30
35
40
45
50
55
60
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 6: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem ST-12.
20
25
30
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 7: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem SM-IST-4.
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0
10
20
30
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 8: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem CT-01.
0
10
20
30
40
50
60
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 9: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem CT-02.
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75
80
85
Arenito
Siltito
Folhelho
Não recuperado
Figura 10: Perfil estratigráfico do testemunho de sondagem PM-10.
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5. MÉTODOS DE ESTUDO
A técnica de palinofácies, utilizada neste estudo, envolveu o exame
qualitativo e quantitativo, tanto da matéria orgânica total quanto na distribuição das
diversas classes desta nos sedimentos.
As variações detectadas nos grupos e subgrupos de componentes da
matéria orgânica foram utilizadas nas inferências paleoambientais.
5.1.Técnicas de preparação das amostras para análise de palinofácies
As amostras analisadas foram confeccionadas pela Petrobrás, portanto a
descrição do procedimento laboratorial de preparação das amostras visa apenas a
apresentação e explicação de como foram realizadas.
A preparação do material para análise de palinofácies utilizou os
procedimentos palinológicos padrões, não oxidativos, descritos por Tyson (1995) e
Mendonça Filho (1999). Este procedimento consistiu na trituração do material,
utilizando moinho manual, em fragmentos de aproximadamente 5 mm.
Nas etapas de isolamento da matéria orgânica utilizou-se o Sistema de
Neutralização de Resíduos Ácidos desenvolvido por Assis (2000) (figura 8).
As amostras foram acondicionadas em saquinhos plásticos devidamente
etiquetados. Posteriormente, foram colocadas em suporte de polipropileno de dois
graus com encaixes para 3/2” conectados a água de lavagem por um sistema de
mainfold de torneiras de filtro ½” e caneleta de descarte de resíduos dotado de
luvas de encaixe para bécher de 1000 ml. Este primeiro estágio consistiu na
maceração do material por acidificação.
O primeiro estágio desta técnica de maceração por acidificação iniciouse
com a adição de ácido clorídrico (HCl) à 32%(aproximadamente 100 ml ou uma
quantidade suficiente para recobrir todo material), a fim de eliminar a fração
mineral carbonática possivelmente presente na amostra. Após 18 horas,
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descartou-se o resíduo ácido e as amostras foram lavadas em água destilada, em
um processo de decantação, por três vezes consecutivas.
O segundo estágio de maceração por acidificação visou a eliminação de
silicatos, utilizado-se ácido fluorídrico (HF) à 40% ao material (aproximadamente
100 ml ou uma quantidade suficiente para recobrir todo material). Após 24 horas
deste processo, fez-se o descarte simultâneo do resíduo ácido, seguida da
lavagem das amostras por 3 a 4 vezes.
Após a operação de eliminação dos silicatos, adicionou-se aproximadamente
50 ml de HCl à 32% para a remoção de cristais de fluorssilicatos que poderiam ter
sido precipitados durante o tratamento com HF.
Tal solução permaneceu em repouso por 1 hora. Depois deste procedimento,
fez-se novamente o descarte de resíduos ácidos e a lavagem do material com
água destilada por 3 vezes consecutivas.
Após a operação de eliminação de fluorssilicatos, descartou-se a fração
granulométrica maior que 1,68 mm, correspondente à fração do material que não
reagiu com os ácidos. A amostra contida no bécher foi transferida para o sistema
peneira/tubo de 250 ml, onde se verteu a água, mantendo a amostra em meio
aquoso, precipitada no fundo do tubo.
A próxima etapa da preparação das amostras consistiu na separação por
flotação utilizando um líquido de densidade intermediária entre o material orgânico
e inorgânico, com o objetivo de separar a fração orgânica da fração inorgânica
residual. Transportou-se a amostra para tubos de ensaio de 50 ml, onde foi
adicionado, no mínimo, o dobro de sua quantidade de cloreto de zinco (ZnCl2),
densidade 1,9 a 2 g/cm3. Após tal processo, colocou-se o tubo no agitador por 15
minutos para homogeneizar a amostra, e em seguida transferiu-se o tubo para
Centrífuga IEC CENTRA GP8 por 30 minutos (velocidade 2000 rpm), onde
ocorreu a separação do material em duas frações.
A fração sobrenadante (material orgânico) foi retirada dos tubos e
transportadas para tubos de 200 ml devidamente identificados e o precipitado foi
descartado.
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A etapa seguinte visou à eliminação do ZnCl2 e a separação do material
orgânico em duas frações distintas, a primeira > 20 µm e < 200 µm, a segunda >
200 µm 1 e < 1,68 mm. Esta etapa consistiu no peneiramento seguido de
desagregação do material através de lavagem com HCl. Neste procedimento
transferiu-se ¾ da amostra contida no tubo de 50 ml para um bécher de 200 ml
através de uma peneira de PVC de malha de 200 µm. Aos poucos, foi transferido
o conteúdo do bécher para uma peneira em acrílico de malha 20 µm sob contínua
ação de água, até que a amostra estivesse totalmente peneirada e completa a
eliminação do ZnCl2. À fração adquirida por este processo adicionou-se algumas
gotas de ácido clorídrico à 20%, e água destilada para posterior processo de
lavagem efetuado por três vezes consecutivas.
Posteriormente, recolheu-se o resíduo obtido em vidros (30 ml) devidamente
identificados para o procedimento de montagem da lâmina.
Para a preparação das lâminas organopalinológicas utilizou-se uma lâmina
de vidro (24 x 76 mm), devidamente identificada com etiqueta, que recebeu duas
lamínulas (24 x 32 mm), uma com o material orgânico na fração > 20 µm e < 200
µm e a outra com o material orgânico na fração > 200 µm 1 e < 1,68 mm da
seguinte maneira: sobre uma chapa aquecida entre 40ºC e 50ºC, colocou-se na
parte superior da lâmina três gotas de goma de acácia e uma gota da solução
contendo o material orgânico que, posteriormente, foi espalhado sobre a lâmina,
utilizando-se de algumas gotas de água destilada.
Após a secagem do material sobre a lâmina, esta recebeu três gotas de
Entellan-Merck (resina) e a lamínula (24 x 32 mm) para colagem.
Após a secagem da lâmina com as lamínulas sobrepostas, fez-se a sua
limpeza, eliminando-se o excesso de resíduo de suas bordas.
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- 25 -
5.2. Análises de palinofácies
A análise de palinofácies é uma técnica na qual o operador tenta identificar
os componentes palinológicos individuais (fitoclastos, palinomorfos e matéria
orgânica amorfa) e suas proporções relativas em qualquer uma das amostras,
atentando particularmente ao seu tamanho, forma e estado de preservação
(Tyson, 1993; 1995). Isto pode fornecer informações sobre o tipo de aporte
terrestre, condições redox, tendências transgressiva/regressiva e pode, também,
permitir a subdivisão de unidades litologicamente uniformes.
5.2.1. TÉCNICAS DE MICROSCOPIA
O principal objetivo da microscopia é a caracterização da origem da matéria
orgânica, a determinação das percentagens relativas e o estado de preservação
dos diferentes constituintes que compõem a matéria orgânica total.
A combinação do procedimento de identificação visual dos componentes
orgânicos em luz branca transmitida, e a observação em fluorescência destes, foi
importante para a detecção da presença de palinomorfos significativos, os quais
poderiam passar desapercebidos durante o procedimento de contagem.
Além disso, foi realizado o Índice de Coloração dos Esporos (ICE), que tem
como objetivo a verificação do estágio da maturação térmica da amostra.
As análises microscópicas foram realizadas no Laboratório de Palinofácies,
Setor de Paleontologia e Estratigrafia, Departamento de Geologia, Instituto de
Geociências.
5.2.1.1. Microscopia em luz branca transmitida
A análise microscópica foi efetuada sobre lâminas organopalinológicas em
microscópio Zeiss modelos AXIOSKOP 2 PLUS, oculares com aumento de 10x e
objetivas de 20 e 40x de aumento.
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5.2.1.2. Microscopia em luz azul incidente - fluorescência
A matéria orgânica freqüentemente mostra uma fluorescência natural quando
excitada com luz azul ou ultravioleta de uma lâmpada de mercúrio. Isto é chamado
“autofluorescência”, para distinguir da fluorescência produzida pelo tingimento
artificial com componentes fluorcromados, como os utilizados em microbiologia
(Tyson, 1995).
Cada lâmina organopalinológica foi examinada em luz azul incidente
(fluorescência) utilizando microscópio Zeiss modelo AXIOSKOP 2 PLUS com fonte
de fluorescência com lâmpada de mercúrio HBO-100W, em aumento de 20X (ou
40X para um exame particular mais detalhado). Tal exame foi realizado
primeiramente para determinar o estado de preservação dos componentes
orgânicos presentes nas amostras (principalmente matéria orgânica amorfa e
palinomorfos).
5.2.1.3. Índice de Coloração de Esporos (ICE)
A coloração original de alguns componentes orgânicos das rochas
sedimentares, tais como esporomorfos (esporos e grãos de pólen), é alterada de
acordo com o efeito térmico a que foram submetidos, tornando-se mais escuros
com o aumento da temperatura. A atribuição de valores numéricos a estas
variações de coloração constitui o Índice de Coloração de Esporos (ICE), a partir
do qual são desenvolvidos estudos de maturação térmica (Figura 5.1).
Gutjahr (1966) realizou as primeiras pesquisas para utilizar a variação de
coloração de esporos e grãos de pólen como uma indicação do estágio de
maturação térmica, observando uma variação na coloração dessas partículas
desde o amarelo até o marrom escuro, aplicando o termo “carbonização” para este
processo de alteração térmica.
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Staplin (1969) introduziu a técnica do Índice de Alteração Térmica (IAT), a
qual é baseada nas mudanças de coloração da matéria orgânica em relação ao
nível de evolução térmica dos sedimentos. O IAT apresenta uma escala de 1 a 5.
Em 1971, Correia constatou que as variações de colorações dos esporos e
grãos de pólen, com o aumento da temperatura, eram mais favoráveis para uma
correlação. O Índice de Coloração de Esporos (ICE), utilizado neste trabalho, foi
desenvolvido por Barnard et al. (1981), e apresenta uma escala de 1 a 10 em
intervalos de 0,5. Foi designado para dar linearidade com o aumento de
profundidade e temperatura, pronunciado pela mudança de coloração (Figura 11).
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Figura 11: Escala de ICE, Barnard et al. (1981), padrão Robertson Research.
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5.3.Obtenção dos dados
5.3.1. CONTAGEM DOS COMPONENTES ORGÂNICOS
Fez-se à cobertura da lâmina utilizando um retículo cruzado graduado em
oculares de 10X e objetiva de 20X de aumento. Foram registradas somente
aquelas partículas que passaram diretamente sobre o retículo.
Os dados de contagem foram registrados manualmente em folhas de
contagem (tabela 1), obedecendo à classificação proposta (tabela 2). Todas as
partículas foram contadas, exceto aquelas com tamanho inferior a 10 µm (retículo
graduado) e qualquer contaminante (reconhecidos pela cor, relevo ou forma),
sendo que os fragmentos de palinomorfos, não identificáveis, com menos da
metade da forma e tamanho original, foram ignorados.
Foram realizadas contagens de no mínimo 300 pontos e máximo 500 pontos
para os grupos de componentes da matéria orgânica, sendo que, em algumas
amostras, isto não foi possível pela falta de material orgânico.
Utilizou-se o sistema combinado de microscopia em luz branca transmitida e
ultravioleta incidente (fluorescência), para a caracterização e classificação do
material orgânico proposto.
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Tabela 1: Ficha utilizada para a contagem dos componentes orgânicos.
Amostra:
FITOCLASTOS Opaco
Não-opaco
Cutícula
Membrana
Spongiophyton
MOA
PALINOMORFOS Esporomorfo Esporo
Microplâncton Marinho Prasinófitas
Acritárca
Água doce Botryococcus
Zoomorfos Escolecodonte
Quitinozoários
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Tabela 2: Classificação geral dos principais componentes da matéria orgânica (baseado em Tyson 1995; Mendonça Filho, 1999; Carvalho; 2001;
Mendonça Filho et.al.,2002)
GRUPOS &SUBGRUPOS ORIGEM DESCRIÇÃO
Fitoclastos Opaco Partícula de cor preta de forma quadrática. Sembioestruturas internas.
Não-opaco
Derivado de tecidos lenhosos devegetais Partícula de cor marrom, podendo ser ou não
bioestruturada.
Cutícula Derivado de folhas de vegetaissuperiores
São partículas de coloração amarelo pálido a marromclaro, delgadas em forma de lâminas com contornos
nítidos, podendo demonstrar boas estruturas celulares
Membrana Não celularSão partículas de coloração amarelo pálido,apresentando-se comumente com aparência
“desbotada” e transparente
Spongiophyton Não se sabe a origemPartícula de cor amarelada, relevo alto, normalmente
bem maior do que os outros componentes da MO.Data o período Devoniano
MatériaOrgânicaAmorfa
Material orgânico derivado deataque microbiológico
Material não estruturado e com formato variado; cor:amarelo laranja-vermelho; laranja
algumas vezes inclusões como palinomorfos,fitoclastos, pirita, etc; fluorescente a não
Palinomorfos Esporomorfo EsporosPalinomorfo terrestre produzido
por pteridófitos, briófitas efungos.
Palinomorfo de forma triangular ou circular,apresentando a marca trilete (“Y”) ou monolete (uma
cicatriz) Ornamentação variada.
Prasinófitas Microfóssies produzidos porpequenas algas quadriflageladas
Maioria, como Tasmanites, são esféricas; diâmetro 50à 2000 µm. Pré-CambrianoMicroplâncton
marinhoAcritárca Origem incerta
Possui forma variada, econtrouforma de um núcleo e diversos tentáculos. Tem uma
aparencia "estrelada".
Microplâncton deágua doce Botryococcus Alga Chlorococcale
Colônias globular irregular; tamanho 30 a 2000 µm,algumas vezes com vários lóbulos; laranja marrom.
Carbonífero
Escoleocodonte É reconhecido principalmente por possuir umesqueleto em forma de "serrote" . Cor: marromZoomorfos
QuitinozoáriosOrigem Animal
Possuem uma coloração marrom e forma de garrafa.
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5.4.Tratamento dos dados
Após a contagem das partículas orgânicas foi realizado tratamento estatístico
com os dados obtidos. Estes dados foram recalculados para valores percentuais
relativos aos grupos e subgrupos da matéria orgânica e submetidos a análises de
agrupamento.
5.4.1. ANÁLISES DE AGRUPAMENTO
A análise de agrupamento procura agrupar amostras com as mesmas
características bióticas e abióticas, ou associar espécies em comunidade, de
acordo com o objetivo do seu trabalho (Valentin, 2000) e tem larga aplicação em
estudo de paleocomunidades.
No presente estudo, a análise de agrupamento foi empregada para
reconhecer o grau de similaridade entre os componentes da matéria orgânica
(modo R) podendo assim reuni-los em conjuntos com maior similaridade. Deste
modo, foi possível determinar a abundância dos grupos de componentes da
matéria orgânica e estabelecer relações entre as análises de palinofácies.
Além disso, foi empregado o coeficiente de correlação linear r de Pearson (r-
Pearson), um dos mais utilizados para quantificar a dependência linear entre os
elementos e, assim determinar a matriz de correlação e identificar a relação entre
os componentes orgânicos. O coeficiente r-Pearson é adimensional e expressa
exclusivamente a intensidade linear entre as variáveis. Este varia, em valor
absoluto, entre 0 (nenhuma relação linear) e 1 (relação linear perfeita, seja direta
para r = +1, seja inversa para r = -1 (Valentin, 2000).
Os resultados das análises de agrupamento são representados por
dendogramas, que são definidos como um diagrama ramificado que contém
entidades reunidas por algum critério (Wiley, 1981).
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6. CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES ORGÂNICOS
A matéria orgânica sedimentar, que é insolúvel em solventes orgânicos, é
denominada querogênio, sendo comumente mais rica em hidrogênio e de baixa
aromaticidade (Welte, 1972).
Segundo Durand (1980); o querogênio é a matéria orgânica sedimentar
insolúvel em solventes orgânicos. Tissot & Welte (1984) consideraram o
querogênio como constituintes orgânicos das rochas sedimentares que são
insolúveis em componentes aquosos alcalinos e solventes orgânicos.
O querogênio, segundo Tyson (1995), não é uma substância individual
variável, mas uma mistura complexa e heterogênea cuja composição reflete
proporções grandemente variáveis de um grande número de materiais
precursores.
Classificação do querogênio:
• Tipo I – Matéria orgânica algal lacustre e matéria orgânica enriquecida
em lipídios por ação bacteriana (amorfa).
• Tipo II – Matéria orgânica marinha depositada em ambientes redutores
(mais esporos, grãos de pólen, cutículas de vegetais superiores).
• Tipo III – Matéria orgânica lenhosa de vegetais terrestres superiores.
Para este estudo adaptou-se o sistema de classificação geral dos principais
componentes da matéria orgânica (baseado em Tyson, 1995; Mendonça Filho,
1999; Carvalho, 2001; Mendonça Filho et al., 2002) (tabela 2), sendo o material
orgânico dividido em três grupos principais e seus respectivos subgrupos:
Fitoclastos, Palinomorfos e Matéria Orgânica Amorfa. A rigorosa subdivisão da
categoria de palinomorfos tem a finalidade de identificar qualquer variação
quantitativa que poderia estar relacionada aos principais controles na distribuição
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da matéria orgânica e, assim, utilizar esses fatores na determinação de seu
significado paleoambiental.
6.1.Classificação da matéria orgânica
Os fitoclastos foram divididos em não-opacos (de coloração amarelada a
marrom muito escuro) e opacos (pretos).
Os palinomorfos foram somente divididos em esporomorfos de origem
terrestre (esporos) e organismos aquáticos (algas de água doce/salobra, plâncton
marinho). Esta divisão forneceu indicações da proximidade de fontes fluviais e
informação sobre tendências transgressiva/regressiva.
A matéria orgânica amorfa constitui o restante do material orgânico e é
separada do resto da assembléia com base em seu caráter não estruturado.
6.1.1. FITOCLASTOS
• Fitoclastos opacos (pretos)
Este grupo é representado por fragmentos de coloração preta, opacos, que
podem apresentar uma forma equidimensional (quadrático) ou alongada
(retangular - onde o eixo longo da partícula é maior que três vezes o comprimento
do eixo curto) e exibir margens angulares a subangulares e contornos nítidos.
• Fitoclastos não-opacos (marrons)
Este grupo é representado por fragmentos com coloração que varia de
marrom claro a marrom muito escuro (Tuweni & Tyson, 1994).
Os fitoclastos não-degradados deste tipo não demonstram qualquer estrutura
botânica interna. Essas partículas podem variar em tamanho, sendo normalmente
equidimensionais com contornos angulares.
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São fitoclastos bioestruturados são representados por fragmentos de células
traqueídicas (e/ou raios) do xilema secundário de vegetais superiores; mostram
caracteristicamente alguma forma de estrutura botânica interna. Translúcidos,
geralmente de coloração marrom; forma equidimensional a retangular, estrutura
interna claramente visível.
• Spongiophyton
Componente de origem incerta. Gensel et.al. (1991) aloja este vegetal fóssil
dentro da linhagem das embriófitas. Um hábito terrestre para esse organismo é
sugerido por Rodrigues (1995), Guerra-Sommer et.al. (1996 a), Guerra- Sommer
et al (1996 b) e Mendonça Filho et. al. (2003).
• Cutículas
São partículas de coloração amarelo pálido a marrom claro, delgadas em
forma de lâminas com contornos nítidos, podendo demonstrar boas estruturas
celulares (lados retos ou paredes celulares circulares), representando a camada
de cutina da epiderme de folhas de vegetais superiores.
• Membranas
São partículas de coloração amarelo pálido, apresentando-se comumente
com aparência “desbotada” e transparente. Representa tecido não celular e tem
comumente uma forma irregular com aparência degradada.
6.1.2. PALINOMORFOS
Refere-se a todo componente de parede orgânica resistente ao ataque com
HCL (ácido clorídrico) e HF (ácido fluorídrico), sendo dividido em: esporomorfos,
microplâncton de parede orgânica e zoomorfos.
Esporomorfos
É um termo utilizado para descrever palinomorfos derivados de macrófitas
terrestres.
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• Esporos
São produzidos por plantas talófitas, briófitas e pteridófitas. Tem sua origem
em criptógamo, ou seja, em vegetais que não são capazes de se reproduzir por
meio de flores, ou apresentam pequeno órgão reprodutor (Playford & Dettmann,
1996). Apresentam como principal característica sua estrutura interna, como
marca trilete ou monolete. Em fluorescência, apresentam variações de colorações
do amarelo ao laranja.
Microplâncton de parede orgânica
Podem ser divididos em microplâncton de parede orgânica de água doce ou
microplâncton de parede orgânica marinho.
• Botryococcus (água doce)
Esta alga ocorre em colônias com uma coloração amarelo brilhante e forma
botrioidal, podendo algumas vezes se assemelhar aos fitoclastos não-opacos
degradados (Whitaker et al., 1992), devido provavelmente a um escurecimento na
cor da alga. Em tais casos essas algas podem ser somente reconhecidas em luz
fluorescente.
• Prasinophyta (marinho)
Fensome et. al. (1990) considera as Prasinophytas como sendo a mais
primitiva alga verde. As formas modernas deste grupo de algas tem sido
consideradas como classe Prasinophyceae, proveniente dos gêneros
Cymatiosphaera, Leiosphaeridia, Maranhites,Pterospermele, Tasmanites entre
outras.
Wall (1962) , faz um estudo comparativo do fóssil Tasmanites com o ciclo de
vida das algas mais recentes.
• Acritarcha (marinho)
Os acritarches é um grupo polifilético de palinomorfos,que significa origem
incerta. Evitt (1963) introduziu o termo acritarcha como uma categoria informal
para todos os palinomorfos não-esporomorfos e não-dinocistos que possuiam
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afinidade incerta, com a condição de ser fitoplâncton marinho. Ocorrem desde o
Pré-Cambriano ao Recente.
Downie (1973), classifica as acritarchas segundo critérios como: paredes
estruturais, tipos de pilome, natureza dos processos, crista e forma do corpo
central da vesícula.
Zoomorfos
Esta classificação é atribuída aos restos orgânicos animais, fazem parte
deste grupo os Quitinozoários e os Escoleocodontes.
6.1.3. MATERIAL ORGÂNICO AMORFO
• Matéria Orgânica Amorfa (M.O.A.)
A matéria orgânica amorfa é representada por uma matéria orgânica não
estruturada com uma forma ou contorno irregular. Esse material é tipicamente
representado por uma coloração cinza-preta a laranja-marrom, apresentando uma
matriz granular heterogênea freqüentemente com manchas pretas, as quais
podem ser inclusões de pirita. Podem formar grumos ou ser finamente dispersa. É
provavelmente derivada de bactérias, fitoplâncton e agregados orgânicos
degradados (Tyson, 1993). O estado de preservação da matéria orgânica amorfa
é importante na caracterização de condições deposicionais e na determinação do
potencial de hidrocarbonetos, podendo ser avaliada utilizando luz fluorescente
azul.
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7. DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS DE COMPONENTES DA MATÉRIA
ORGÂNICA
A variável mais importante que controla os parâmetros de tendência na
distribuição dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica é a
proximalidade (tendência proximal-distal). O conceito de proximalidade usado em
palinofácies envolve o seguinte número de fatores interrelacionados:
a. proximidade do ponto de origem de sedimentos siliciclásticos flúvio-
deltaicos e matéria orgânica terrestre (fitoclastos);
b. a magnitude do ponto de origem flúvio-deltaico (ex. sua taxa de descarga);
c. a magnitude e natureza da produtividade primária terrestre na área fonte
do sedimento;
d. a duração relativa total do processo de transporte (intermitente ou
contínuo) entre a área fonte das partículas e seu sítio final de deposição;
e. o gradiente paleoambiental entre a área fonte e o sítio final de deposição;
f. variação da linha de costa
7.1.Fitoclastos
A alta percentagem de fitoclastos pode estar relacionada a três fatores:
elevado suprimento de fitoclastos, sua preservação e sedimentação seletiva
condicionada à condições hidrodinâmicas.
Um alto suprimento de fitoclastos pode diluir todos os outros componentes
orgânicos e refletir características proximais, onde a deposição ocorre próximo à
flora-mãe. O transporte insuficiente não permite a seleção do fitoclasto refletindo
uma assembléia de caráter proximal de composição misturada e com maior
variedade de tamanhos de partículas (Tyson, 1993).
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A matéria orgânica de origem terrestre é transportada pelos rios até alcançar
o oceano, mas quase toda ela é removida de zonas estuarinas (Wollast, 1983).
Grande parte dessa matéria orgânica terrestre é depositada próximo a
desembocadura dos rios e permanece na plataforma interna; quantidades
significativas alcançam a plataforma externa somente quando a descarga dos rios
é alta, ou quando a plataforma é estreita (Muller, 1956; Hedges & Parker, 1976;
Porcklington & Leonard, 1979 apud Tyson, 1993).
Degens e Mopper (1976) sugerem que somente os sedimentos depositados
em regiões estuarinas ou próximos à linhas de costa revelam forte influência
terrígena, não considerando condições transgressivas e regressivas.
Segundo Habib (1982), os picos globais de redeposição de matéria orgânica
terrestre no oceano coincidem com o rebaixamento do nível do mar, quando a
plataforma é exposta, ou quando a plataforma é estreita e cortada por cânios onde
há alta freqüência de correntes de turbidez. No oceano a alta abundância de
fitoclastos está fortemente relacionada à ocorrência e freqüência de turbiditos
(Tyson, 1984).
Percentagens mais elevadas de fitoclastos não-opacos são usualmente
encontradas próximas de fontes fluviais onde tais partículas diluem qualquer tipo
de fitoclastos opacos, palinomorfos ou matéria orgânica amorfa que esteja
presente. Existe um decréscimo geral na percentagem de fitoclastos em direção
distal, como um resultado da diminuição na abundância absoluta afastando-se de
sua fonte, ocorrendo um aumento na diluição por palinomorfos ou matéria
orgânica amorfa. Em alguns casos uma alta percentagem de fitoclastos pode
indicar condições oxidantes onde somente o material mais refratário é preservado
(Tyson, 1989). Fitoclastos não-opacos nãobioestruturados são dominantes em
ambientes mais proximais onde, esses elementos podem ser de coloração muito
escura devido à oxidação (Tyson, 1995). Com uma distância maior de transporte,
o material não-opaco nãobioestruturado previamente dominante é finalmente
removido do sistema pela deposição seletiva ou degradação seletiva; ocorrendo
um correspondente aumento da percentagem dos tecidos lenhosos mais
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refratários (tecidos do xilema - listras e traqueídeos), e especialmente uma
diminuição no tamanho das partículas fitoclásticas devido aos processos de
fragmentação durante o transporte. Isto resulta na mudança das proporções dos
diferentes grupos de fitoclastos ao longo de uma seção transversal proximal-distal.
Os fitoclastos opacos têm maior resistência à degradação em relação à
fração não-opaca, e permanecerão no ambiente deposicional após a destruição
seletiva da maioria dos outros materiais orgânicos. Percentagens relativas
elevadas são, assim, associadas com sedimentos de grãos grosseiros de
ambientes oxidantes de alta energia de deltas e fácies de planície costeira
(Denison & Fowler, 1980; Fisher, 1980; Hancock & Fisher, 1981; Parry et al., 1981;
Batten, 1982; Boulter & Riddick, 1986; Bustin, 1988; Highton et al., 1991; William,
1992; Tyson, 1993). Esta correlação com ambientes de alta energia tem sido
considerada refletir a densidade mais elevada das partículas em relação à fração
não-opaca (Denison & Fowler, 1980; Fisher, 1980; Hancock & Fisher, 1981; Parry
et al., 1981; Highton et al., 1991; Fisher & Hancock, 1985).
A percentagem relativa de partículas opacas freqüentemente aumenta em
ambientes mais distais, seu tamanho torna-se menor e assumem forma mais
alongada como um resultado do processo de transporte prolongado com a
conseqüente cominuição dos fragmentos (Parry et al., 1981; Tyson, 1995).
Whitaker et al. (1992) consideram os fitoclastos opacos, especialmente a
fração de forma alongada, as partículas mais flutuantes de todos os tipos de
fitoclastos. Contudo, Tyson (1995) argumenta que o tamanho e a porosidade
intrapartícula determinará a densidade efetiva e, portanto, o diferente
comportamento hidrodinâmico dessas partículas.
O aumento na percentagem de cutículas é comum em ambientes terrestres
proximais, especialmente em camadas onde se encontram a deposição de
vegetais in situ (Batten, 1973). Contudo, essas partículas não estão associadas
somente com sedimentos de grãos finos de baixa energia (Tyson, 1995). Com o
aumento da distância e duração do processo de transporte, os fragmentos de
cutículas tornam-se degradados, resultando em alteração física e uma redução no
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tamanho. Através de leques submarinos, quantidades significativas de cutículas
atingem áreas profundas da bacia, depositadas a partir dos cânios (Habib, 1982).
Boulter and Riddick (1986) observaram que as cutículas são relativamente mais
abundantes em regiões de mais alta energia em leques submarinos,
especialmente nos canais arenosos. Eles sugerem que este material flutuante
passa normalmente pelos leques, e é rapidamente trapeado pela rápida
sedimentação durante deposição de areias por fluxos gravitacionais.
A percentagem de fitoclastos é também influenciada pelos efeitos da
equivalência hidrodinâmica. Estes fragmentos lenhosos sendo partículas
orgânicas relativamente grandes e densas são freqüentemente concentradas em
sedimentos ricos em areia muito fina ou silte grosseiro (Tyson, 1993).
7.2.Palinomorfos
Sendo o menos abundante dos três principais grupos morfológicos da
matéria orgânica particulada, a abundância relativa de palinomorfos é
primeiramente controlada pela extensão da diluição por fitoclastos ou matéria
orgânica amorfa (Tyson, 1993). Em ambientes onde os percentuais de fitoclastos
e matéria orgânica amorfa são reduzidos, o conteúdo de palinomorfos é mais
elevado. Em ambientes distais, de baixa energia e moderadamente oxidantes, a
assembléia de palinomorfos apresenta valores percentuais elevados de
esporomorfos (esporos e grãos de pólen). Efeitos diversos podem também levar a
ocorrência de concentrações elevadas de palinomorfos em sedimentos ricos em
material síltico de granulação média a fina, devido, principalmente, à equivalência
hidrodinâmica existente entre esse material sedimentar e os constituintes
palinomorfos (Müller, 1959; Wall et al., 1977 ; Tyson, 1993).
Percentagem de esporomorfos
A abundância absoluta de esporomorfos em sedimentos marinhos
geralmente mostra mais ou menos um decréscimo exponencial em direção
offshore (Mudie, 1982), sendo fortemente dependente do tamanho e característica
da drenagem da bacia, magnitude e variação da descarga dos rios. Altas
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abundâncias de esporomorfos são encontradas em áreas deltaicas, mas essas
abundâncias caem rapidamente em áreas offshore (Muller, 1959; Darrell & Hart,
1970). As fácies de prodelta apresentam alta percentagem de esporomorfos, com
assembléias com alta abundância absoluta e diversidade moderada (Mudie,
1982). Bacias ocêanicas ou outras permanentemente com águas estratificadas
são freqüentemente dominadas por altas percentagens de esporomorfos (baixa
abundância absoluta) (Habib, 1982).
Percentagem de plâncton marinho
A percentagem de microplâncton de parede orgânica marinho na fração
palinomorfo, comporta-se de maneira inversa ao conteúdo de esporomorfos.
Percentuais elevados de microplâncton de parede orgânica marinho
geralmente ocorrem em áreas distantes de fontes flúvio-deltaicas (Tyson, 1993).
Na plataforma continental ocorre o declínio absoluto de esporomorfos e o
aumento dos componentes microplânctonicos de parede orgânica marinhos, onde
no caso dos dinocistos, a abundância máxima ocorre no talude continental,
decrescendo com a lâmina d’ água. A abundância absoluta de dinocistos não está
simplesmente relacionada com a produtividade primária, pois parte da sua
distribuição é modificada por fatores sedimentológicos, e parte, porque os
dinocistos constituem uma incosistente e pequena proporção da população dos
dinoflagelados e dos componentes fitoplânctonicos totais (Wall, 1977).
De acordo com Tyson (1995), as prasinófitas raramente ocorrem em
percentuais elevados, porém são significativamente importantes na caracterização
de fácies marinha franca, especialmente intervalos disóxicoanóxicos com baixas
taxas de acumulação de sedimentos siliciclásticos. Em ambientes mais proximais,
essas algas ocorrem em número muito reduzido, apresentando um significado
ambiental questionável.
Percentagem de plâncton de água doce
A percentagem do microplâncton de água doce (algas do gênero
Botryococcus) em sedimentos marinhos pode ser usada como indicadora da
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- 43 -
proximidade relativa de áreas fonte flúvio-deltaicas e redeposição a partir dessas
áreas. Percentuais elevados de algas do gênero Botryococcus ocorrem,
tipicamente, em ambientes lacustres de água doce e de baixa energia, diminuindo
a medida que se alcançam as fácies mais distais (Tyson, 1995), porém são
registradas também em fácies temporariamente hipersalinas (Hunt, 1987).
Botryococcus aumentam sua capacidade de flutuação, sendo transportadas de
áreas deltaicas para a plataforma, onde são componentes minoritários da
assembléia de componentes da matéria orgânica (Tyson, 1993).
7.3. Matéria Orgânica Amorfa (M.O.A.)
A alta percentagem na abundância de matéria orgânica amorfa é
característica de áreas de alta preservação devido às condições redutoras e de
baixa energia, especialmente aquelas afastadas de áreas de atividades
fluviodeltaicas que estão associadas com processos de diluição por esporomorfos
e fitoclastos (Tyson, 1987; 1989; 1993; Bustin, 1988). Em fácies deltaicas
proximais de baixa energia pode ser possível que algum material amorfo presente
seja o produto da degradação de vegetais superiores. Tyson (1993) menciona que
elevadas percentagens de M.O.A. fluorescente reflete, principalmente, o aumento
do nível de preservação dentro de condições redutoras e, em menor extensão,
indica uma sedimentação afastada da fonte ativa dos componentes terrestres. A
maior parte da matéria orgânica marinha em sedimentos está representada pela
matéria orgânica amorfa, mas este tipo de componente orgânico é facilmente
degradado quando exposto a condições aeróbicas. Contudo, devido ao grande
reservatório de agregados orgânicos marinhos, quando as condições são
suficientemente redutoras, a matéria orgânica amorfa freqüentemente engloba
outros componentes da matéria orgânica (Tyson, 1987; 1989; 1993).
A intensidade de fluorescência da M.O.A. é controlada pelas condições redox
dentro do qual ocorreu sua deposição; condições desóxico-anóxicas preservam os
componentes lábeis da M.O.A., que são ricos em hidrogênio. A fluorescência,
como um todo, é parcialmente controlada pela fonte planctônica e os tipos de
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- 44 -
partículas inclusas. A fluorescência da matriz de partículas amorfas heterogêneas,
a qual se degrada muito facilmente, é o indicador mais sensitivo de condições
redox (Tyson, 1993).
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- 45 -
8. PARÂMETROS PALINOFACIOLÓGICOS
As tendências na distribuição dos grupos da matéria orgânica importantes
para a caracterização paleoambiental estão sumarizadas na tabela 3.
Os cálculos para a determinação dos parâmetros foram baseados na
percentagem de freqüência relativa de partículas para a matéria orgânica total. Os
grupos importantes na palinofácies foram então recalculados para detectar as
variações nos diferentes grupos de fitoclastos e palinomorfos. Tyson (1993; 1995)
descreve em detalhe as tendências gerais de vários parâmetros.
Tabela 3: Parâmetros calculados para os grupos e subgrupos de componentes da matéria
orgânica e as tendências generalizadas proximal – distal, baseado em Tyson (1993) e Mendonça
Filho (1999).
TENDÊNCIAPARÂMETROS
PROXIMAL DISTAL
% fitoclastos do total de matéria orgânica alta baixa
% palinomorfos do total de matéria orgânica baixa alta
% matéria orgânica amorfa do total de matéria orgânica baixa alta
% esporomorfos dos palinomorfos alta baixa
Abundância absoluta de esporomorfos alta baixa
% fitoplancton marinho dos palinomorfos baixo alto
% Botryococcus dos palinomorfos alta baixa
Razão de fitoclastos / palinomorfos alta baixa
Razão fitoclastos opacos / fitoclastos não opacos baixo alto
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- 46 -
9. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram analisadas um total de 44 lâminas organopalinológicas. Das 44
lâminas analisadas foram realizadas contagens de partículas orgânicas em
somente 38 lâminas. Isto foi devido à ausência de material orgânico em uma
lamina (CT-02.51) do poço CT-02 e devido a total impossibilidade de se fazer a
contagem das cinco laminas do poço CT-01 por apresentarem um elevado estágio
de evolução térmica, não podendo se fazer o reconhecimento dos componentes
orgânicos.
9.1. Representação dos dados
9.1.1. DIAGRAMAS TERNÁRIOS
De acordo com Tyson (1993, 1995), os diagramas ternários (triangulares)
são formas simples de representação gráfica, porém de um significado
extremamente profícuo de apresentação de dados (percentagens) de palinofácies.
Mesmo utilizando dados relativamente simples, os resultados, quando plotados no
diagrama ternário apropriado, podem demonstrar um significante potencial para a
discriminação de diferenças temporal e espacial em ambientes deposicionais.
Os dados percentuais da assembléia da matéria orgânica (parâmetros
obtidos para os grupos fitoclasto, palinomorfo e matéria orgânica amorfa) para o
conjunto total de amostras analisadas foram apresentados sob a forma de tabelas
e de uma série de diagramas ternários. Nos diagramas ternários, o total dos três
componentes plotados foram normalizados à 100%, de acordo com Tyson (1993;
1995).
Seguindo a convenção proposta por Tyson (1989; 1993; 1995), todos os
diagramas são orientados de forma que os componentes que são indicadores de
maior proximidade terrestre (proximais / terrestres) são colocados no ápice dos
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- 47 -
diagramas. No vértice inferior esquerdo do diagrama, são colocados os
componentes que apresentam uma associação positiva com ambientes distais ou
redutores. Este procedimento permite uma visão geral da natureza dos resultados,
sua variabilidade e a presença das principais tendências apresentadas pelos
grupos de dados obtidos.
9.1.2. DENDROGRAMAS
Os resultados das análises de agrupamento modo R foram representados
por dendrogramas.
Após a obtenção dos dados das contagens foi efetuado um tratamento
estatístico através do programa Excel 97. Os diagramas foram construídos
utilizando os programas Minpet 2.02 e Corel Draw 9.0 e foram construídos com os
dados percentuais relativos aos diferentes grupos de componentes da matéria
orgânica (total de fitoclastos, total de palinomorfos, total de matéria orgânica
amorfa - MOA, esporos, prasinófitas, acritárcas etc). Estes dados foram
recalculados para valores percentuais e submetidos a análises de agrupamento
utilizando o software Statistica for Windows versão 4.3.
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- 48 -
9.2.Contagem dos componentes da matéria orgânica
No poço VL-03 observou-se o domínio do grupo palinomorfos no total de
componentes da matéria orgânica (50,79%), com os fitoclastos constituindo o
segundo grupo em dominância (34,35%), e subordinadamente MOA com valores
percentuais médios de 14,86% (figura 12 e tabelas 4).
VL-03Fitoclasto
MOA Palinomorfo
Figura 12: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço VL-03.
Tabela 4: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço VL-03.
Poço VL-03Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)VL03.01 21,21 57,67 9,67 32,67 100,00VL03.02 26 57,19 25,54 17,27 100,00VL03.04 47,2 47,89 40,85 11,27 100,00VL03.03 51,4 40,00 53,10 6,90 100,00VL03.05 52,9 58,01 32,38 9,61 100,00VL03.06 58,3 34,14 51,03 14,83 100,00
VL03.07 64,15 60,66 27,87 11,48 100,00Média 50,79 34,35 14,86 100,00
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- 49 -
No poço PM-06 observou-se o domínio do grupo palinomorfos com 48,72%
do total da matéria orgânica, a MOA constitui o segundo grupo em dominância
(36.72%), e o grupo dos fitoclastos possui valores percentuais médios de 14,56%
(figura 13 e tabela 5).
PM-06
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
Figura 13: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço PM-06.
Tabela 5: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço PM-06.
Poço PM-06
Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)
PM06.08 4,3 26,01 4,73 69,26 100,00
PM06.09 16,15 20,77 5,75 73,48 100,00
PM06.10 16,75 54,48 29,31 16,21 100,00
PM06.11 19,2 68,58 16,22 15,20 100,00
PM06.12 28,36 73,78 16,78 9,44 100,00
Média 48,72 14,56 36,72 100,00
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- 50 -
No poço ST-12 observou-se o domínio do grupo palinomorfos com 59.27%
do total da matéria orgânica, e os valores de MOA e fitoclasto possuem média
percentual semelhante, 21.20% e 19.52%, respectivamente. (figura 14 e tabela 6)
ST-12Fitoclasto
PalinomorfoMOA
Figura 14: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço ST-12.
Tabela 6: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço ST-12.
Poço ST-12
Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)
ST12.13 34,25 39,48 27,31 33,21 100,00
ST12.14 47,85 78,86 11,74 9,40 100,00
ST12.15 49,5 61,32 21,40 17,28 100,00
ST12.16 50,9 51,99 27,08 20,94 100,00
ST-12.17 54,3 64,73 10,08 25,19 100,00
Média 59,27 19,52 21,20 100,00
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- 51 -
No poço SM-IST-4 a média percentual dos palinomorfos e MOA foi
aproximadamente a mesma, 46,96% e 46,61% respectivamente. O grupo
fitoclasto aparece com apenas 6,43% do total da matéria orgânica (figura 15 e
tabela 7).
SM-IST-4
Fitoclasto
MOA Palinomorfo
Figura 15: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço SM-IST-4.
Tabela 7: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço SM-IST-4.
Poço SM-IST-4
Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)
SM-IST4.18 20 77,85 8,05 14,09 100,00
SM-IST4.19 21,89 59,67 7,00 33,33 100,00
SM-IST4.20 27,49 54,10 10,16 35,74 100,00
SM-IST4.21 28,07 15,79 3,62 80,59 100,00
SM-IST4.22 28,89 27,39 3,30 69,31 100,00
Média 46,96 6,43 46,61 100,00
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- 52 -
No poço CT-02 observou-se o domínio do grupo palinomorfos com 53,40%, o
grupo dos fitoclastos constitui o segundo em dominância (36.96%), e a MOA
possui valores percentuais médios de 9,64% do total da matéria orgânica (figura
16 e tabela 8).
CT-02Fitoclasto
MOA Palinomorfo
Figura 16: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço CT-02.
Tabela 8: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço CT-02.
Poço CT-02Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)CT02.23 2,55 12,96 42,59 44,44 100,00CT02.24 10,25 41,53 51,12 7,35 100,00CT02.25 12,55 26,67 60,00 13,33 100,00CT02.26 17,3 38,39 54,17 7,44 100,00CT02.51 21,3 SEM MATERIALCT02.50 25,86 82,51 14,85 2,64 100,00CT02.49 30,15 65,15 29,32 5,54 100,00CT02.48 33,85 66,48 27,70 5,82 100,00CT02.47 37,47 55,00 36,67 8,33 100,00CT02.46 42,07 80,33 18,03 1,64 100,00CT02.44 50,27 59,75 33,96 6,29 100,00CT02.45 52,07 57,33 33,67 9,00 100,00CT02.43 57,67 83,33 15,00 1,67 100,00CT02.42 59,72 31,56 54,67 13,78 100,00CT02.41 62,32 46,67 45,67 7,67 100,00Média 53,40 36,96 9,64 100,00
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- 53 -
No poço PM-10 ocorre o predomínio do grupo de MOA com 89,15%, os
palinomorfos aparecem com 9,70% e os fitoclastos com 1,15 % do total da matéria
orgânica. (figura 17 e tabela 9).
PM-10
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
Figura 17: Diagrama ternário mostrando os valores percentuais dos três grupos de componentes
orgânicos da matéria orgânica do poço PM-10.
Tabela 9: Valores percentuais dos 3 principais grupos da matéria orgânica do poço PM-10.
Poço PM-10
Amostra Prof. (m) Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%) MO (%)
PM10.27 76,1 9,51 1,97 88,52 100,00
PM10.28 80,65 9,90 0,33 89,77 100,00
Média 9,70 1,15 89,15 100,00
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- 54 -
9.2.1. TESTEMUNHO DE SONDAGEM VL-03
No poço VL-03, o grupo dos fitoclastos é constituído principalmente por
fitoclastos não opacos e cutículas.
A fração de palinomorfos mostra os esporos como componentes dominantes
(86,04 % do total de palinomorfos), o plâncton marinho, representado por
prasinófitas e acritarcas, possuem média percentual de 1,65% e 10,73% do total
de palinomorfos, respectivamente. (tabelas 10 e 11).
Os spongiophytons representam 6,10% do total da matéria orgânica.
Algas de água doce do gênero Botryococcus e zoomorfos aparecem
somente como ocorrências localizadas.
A figura 18 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar VL-03.
Tabela 10: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de
palinomorfos do poço VL-03.
Poço VL-03
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%)
VL03.01 21,21 64,16 3,47 31,79 0,58
VL03.02 26,00 72,33 0,63 26,42 0,63
VL03.04 47,20 94,12 0,74 4,41 0,74
VL03.03 51,40 94,83 1,72 3,45 0,00
VL03.05 52,90 92,02 1,84 1,84 4,29
VL03.06 58,30 92,93 1,01 5,05 1,01
VL03.07 64,15 91,89 2,16 2,16 3,78
Média 86,04 1,65 10,73 1,58
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- 55 -
Tabela 11: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação de matéria orgânica
do poço VL-03.
Poço VL-03
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%) % Total Palinomorfos
VL03.01 21,21 35,02 1,89 17,35 0,32 54,57
VL03.02 26,00 37,22 0,32 13,59 0,32 51,46
VL03.04 47,20 42,52 0,33 1,99 0,33 45,18
VL03.03 51,40 34,59 0,63 1,26 0,00 36,48
VL03.05 52,90 49,34 0,99 0,99 2,30 53,62
VL03.06 58,30 30,67 0,33 1,67 0,33 33,00
VL03.07 64,15 54,66 1,29 1,29 2,25 59,49
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VL-03MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%)
15 20 25 30 351050 0 10 20 30 40 50 6020
25
30
35
40
45
50
55
65
70
60
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 3
Figura 18: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao tot
orgânica do poço VL-03.
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- 57 -
9.2.2. TESTEMUNHO DE SONDAGEM PM-06
No poço PM-06, o grupo dos fitoclastos é constituído principalmente por
fitoclastos não opacos.
No grupo dos palinomorfos, os esporos continuam dominando com 80,44%
do total de palinomorfos, as prasinófitas apresentam-se com 1,41% e os acritarcas
17,63% da média percentual do total de palinomorfos. (tabelas 12 e 13).
Os spongiophytons representam 4,35% do total da matéria orgânica.
Algas de água doce do gênero Botryococcus e zoomorfos aparecem
somente como ocorrências localizadas.
A figura 19 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar PM-06.
Tabela 12: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de
palinomorfos do poço PM-06.
Poço PM-06
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%)
PM06.08 4,3 22,08 2,60 75,32 0,00
PM06.09 16,15 92,31 0,00 7,69 0,00
PM06.10 16,75 93,67 2,53 3,16 0,63
PM06.11 19,2 96,06 0,99 1,97 0,99
PM06.12 28,36 98,10 0,95 0,00 0,95
Média 80,44 1,41 17,63 0,51
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- 58 -
Tabela 13: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de matéria
orgânica do poço PM-06.
Poço PM-06
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%) % Total Palinomorfos
PM06.08 4,3 5,54 0,65 18,89 0,00 25,08
PM06.09 16,15 18,75 0,00 1,56 0,00 20,31
PM06.10 16,75 48,37 1,31 1,63 0,33 51,63
PM06.11 19,2 63,11 0,65 1,29 0,65 65,70
PM06.12 28,36 67,65 0,65 0,00 0,65 68,95
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PM-06MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%)
15 20 25 30105020 30100 40 60 70 8050 20 30100 40 60 70 8050 20 30100 40 60 70 8050 210 30
5
10
15
20
25
30
Figura 19: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria
orgânica do poço PM-06.
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- 61 -
9.2.3. TESTEMUNHO DE SONDAGEM ST-12
No poço ST-12, os fitoclastos não opacos são os principais constituintes do
grupo dos fitoclastos.
Dentro da fração de palinomorfos os esporos destacam-se com 94,98% do
total de palinomorfos, o plânctons marinho, representado por prasinófitas e
acritarcas, possuem média percentual de 0,49% e 2,58% do total de palinomorfos,
respectivamente. (tabelas 14 e 15).
Os spongiophytons apresentam-se com a significativa parcela de 13,33% do
total da matéria orgânica analisada.
Algas de água doce do gênero Botryococcus aparecem com
aproximadamente 1% do total de matéria orgânica os e zoomorfos aparecem
somente como ocorrências localizadas.
A figura 20 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar ST-12.
Tabela 14: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de
palinomorfos do poço ST-12.
Poço ST-12
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%)
ST12.13 34,25 95,33 0,00 2,80 1,87
ST12.14 47,85 97,87 0,00 0,85 1,28
ST12.15 49,5 99,33 0,67 0,00 0,00
ST12.16 50,9 93,75 0,00 2,08 4,17
ST12.17 54,3 88,62 1,80 7,19 2,40
Média 94,98 0,49 2,58 1,94
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- 62 -
Tabela 15: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação de matéria orgânica
do poço ST-12.
Poço ST-12
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%) % Total Palinomorfos
ST12.13 34,25 33,89 0,00 1,00 0,66 35,55
ST12.14 47,85 69,07 0,00 0,60 0,90 70,57
ST12.15 49,5 49,01 0,33 0,00 0,00 49,34
ST12.16 50,9 42,86 0,00 0,95 1,90 45,71
ST12.17 54,3 49,01 0,99 3,97 1,32 55,30
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40
50
ST-12MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%)
2030 100 30 40 50 600 10 20 70 20 30100 30 40 50 600 10 20 70 1 20
35
40
45
50
55
60
30
Figura 20: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria
orgânica do poço ST-12.
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- 65 -
9.2.4. TESTEMUNHO DE SONDAGEM SM-IST-4
No poço SM-IST-4, o grupo dos fitoclastos é constituído principalmente por
fitoclastos não opacos e cutículas.
Na fração de palinomorfos os esporos continuam dominando com 76,01 %
do total de palinomorfos, as algas prasinófitas e acritarcas, possuem média
percentual de 15,53% e 5,95% do total de palinomorfos, respectivamente. (tabelas
16 e 17).
Os spongiophytons representam apenas 2,95% do total da matéria orgânica.
Algas de água doce do gênero Botryococcus e zoomorfos aparecem
somente como ocorrências localizadas.
A figura 21 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar SM-IST-4.
Tabela 16: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de
palinomorfos do poço SM-IST-4.
Poço SM-IST-4
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%)
SM1st.18 20,00 88,36 6,03 3,88 1,72
SM1st.19 21,89 86,59 6,70 2,79 3,91
SM1st.20 27,49 45,45 47,27 6,06 1,21
SM1st.21 28,07 72,92 10,42 14,58 2,08
SM1st.22 28,89 86,75 7,23 2,41 3,61
Média 76,01 15,53 5,95 2,51
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- 66 -
Tabela 17: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação de matéria orgânica
do poço SM-IST-4.
Poço SM-IST-4
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%) % Total Palinomorfos
SM-IST.18 20,00 65,92 4,50 2,89 1,29 74,60
SM-IST.19 21,89 50,16 3,88 1,62 2,27 57,93
SM-IST.20 27,49 23,81 24,76 3,17 0,63 52,38
SM-IST.21 28,07 11,11 1,59 2,22 0,32 15,24
SM-IST.22 28,89 23,53 1,96 0,65 0,98 27,12
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SM-IST-4MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%)20 30100 0 5 10 1540 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 20 30100 40 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 2 6 84 10 20 30100 40 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 0
20
25
30
Figura 21: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria
orgânica do poço SM-IST-4.
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- 69 -
9.2.5. TESTEMUNHO DE SONDAGEM CT-02
No poço CT-02, não foi feita a divisão dos subgrupos dos componentes da
matéria orgânica. Ficando os componentes orgânicos divididos somente nos três
principais grupos da matéria orgânica (fitoclastos, palinomorfos e MOA). Esta
subdivisão não foi feita pela dificuldade de se reconhecer os diversos subgrupos,
pois o a matéria orgânica encontra-se em um estágio evoluído de maturação
térmica.
A figura 22 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar CT-02.
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20
30
40
50
CT-02MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%)
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 4010 20 30 40 500 70 90800
10
20
30
40
50
60
Figura 22: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria
orgânica do poço CT-02.
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- 71 -
9.2.6. TESTEMUNHO DE SONDAGEM PM-10
No poço PM-10, o grupo dos fitoclastos é constituído principalmente por
cutículas.
A fração de palinomorfos mostra os esporos como componentes dominantes
(52,70 % do total de palinomorfos), o plâncton marinho, representado por
prasinófitas e acritarcas, apresentam praticamente a mesma média percentual,
23,79% e 23,51% do total de palinomorfos, respectivamente. (tabelas 18 e 19).
Os spongiophytons representam somente 1,46% do total da matéria
orgânica.
Não observou-se ocorrências de algas do gênero Botryococcus e zoomorfos.
A figura 23 ilustra a distribuição dos valores percentuais dos grupos e
subgrupos da matéria orgânica em relação ao total de matéria orgânica ao longo
da seção sedimentar PM-10.
Tabela 18: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação ao total de
palinomorfos do poço PM-10.
Poço PM-10
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%)
PM10.27 76,1 62,07 27,59 10,34 0,00
PM10.28 80,65 43,33 20,00 36,67 0,00
Média 52,70 23,79 23,51 0,00
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- 72 -
Tabela 19: Valores percentuais dos subgrupos dos palinomorfos em relação de matéria orgânica
do poço PM-10.
Poço PM-10
Amostra Prof. (m) Esporo (%) Prasinófitas (%) Acritarcas (%) Outros (%) % Total Palinomorfos
PM10.27 76,1 5,84 2,60 0,97 0,00 9,42
PM10.28 80,65 4,21 1,94 3,56 0,00 9,71
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PM-10MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%)
20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 5020 30100 40 50 60 8070 9075
80
85
Figura 23: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de matéria
orgânica do poço PM-10.
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- 75 -
9.3.Maturidade térmica
O grau de evolução térmica das amostras foi obtido pelo Índice de Coloração de
Esporos (ICE).
O ICE foi aplicado em esporos. Para cada amostra procurou-se determinar a cor
de maior número de indivíduos possível, estabelecendo de um modo geral, como índice
da amostra, a cor predominante. Foi utilizado o padrão de ICE da Robertson Research
International Group.
Para o período Devoniano, são consideradas de acordo com Barnard et al. 1981
(figura 24) imaturas as amostras que apresentam ICE de 1 a 4 , as amostras que
apresentam ICE de 4 a 8 são consideradas maturas, e as que variam de 8 a 10 são
caracterizadas como supermaturas. (tabela 20)
Tabela 20: Representa os intervalos de ICE e suas respectivas zonas de maturidade para o período
Devoniano.
ICE IMATURA MATURA SUPERMATURA
1 a 4
4 a 8
8 a 10
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- 76 -
Figura 24: Relação entre o tempo (milhões de anos), Temperatura (°C) e Maturação (ICE e %Ro)
(Barnard et al. 1981).
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- 77 -
No poço VL-03 os resultados de ICE mostram uma coloração amarela, índice
3 a 4,5, a qual está expressa na tabela 21 e no gráfico mostrando a variação do
ICE com a profundidade (Figura 25). O poço VL-03 esta inserido no contexto de
zona imatura.
Tabela 21: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço VL-03
VL-03 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
21,21
26,00
47,20
51,40
52,90
58,30
64,15
25
30
35
40
45
50
55
65
70
60
1 3 5 62 4 87 109
Figura 25: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço VL-03 com a profundidade.
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- 78 -
Para as amostras coletadas no testemunho de sondagem PM-06, os valores
do Índice de Coloração de Esporos variam 3,5 a 4,5, expressos na tabela 22 e no
gráfico que mostra a variação de ICE com a profundidade (Figura 26), os esporos
apresentam coloração amarelada. O poço PM-06 representa também uma zona
imatura.
Tabela 22: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço PM-06.
PM-06 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
4,30
16,15
16,75
19,20
28,36
0
5
10
15
20
25
30
1 3 5 62 4 87 109
Figura 26: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço PM-06 com a profundidade.
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- 79 -
O poço ST-12 apresenta, de um modo geral, uma variação de ICE entre 3,5
e 4,5, porém a amostra referente ao topo do poço, apresenta um ICE bem variado
(4 a 8). O poço ST-12 foi interpretado como tendo influência de intrusivas ígneas,
tal fato foi verificado não somente pelos exemplares de esporos com altos índices,
mas também pela anomalia do gráfico que mostra os valores mais altos de ICE no
topo do perfil estratigráfico. A tabela 23 e no gráfico que mostra a variação de ICE
com a profundidade (Figura 27) expressam essa variação. A coloração
predominante é amarelada, e a zona correspondente é a imatura.
Tabela 23: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço ST-12.
ST-12 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
34,25
47,85
49,50
50,90
54,30
40
50
30
35
40
45
50
55
60
1 3 5 62 4 87 109
Figura 27: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço ST-12 com a profundidade.
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- 80 -
Para o poço SM-IST-4, os valores do Índice de Coloração de Esporos variam
3 a 4, expressos na tabela 24 e no gráfico que mostra a variação de ICE com a
profundidade (Figura 28), os esporos apresentam coloração amarelo claro. O poço
SM-IST-4 representa uma zona imatura.
Tabela 24: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço SM-IST-4.
SM-IST-4 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
20,00
21,89
27,49
28,07
28,89
20
25
30
1 3 5 62 4 87 109
Figura 28: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço ST-12 com a profundidade.
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- 81 -
Para o poço CT-01 as amostras coletadas apresentam valores do Índice de
Coloração de Esporos igual a 10, as partículas possuem coloração preta, o que
demonstra o estágio mais evoluído de maturidade térmica (zona supermatura)
dessas amostras. O poço CT-01 recebe forte influencia de intrusivas ígneas no
local.
Os valores de ICE estão expressos na tabela 25 e no gráfico que mostra a
variação de ICE com a profundidade (Figura 29).
Tabela 25: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço CT-01.
CT-01 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
3,3
5,55
21,9
27,3
28,9
0
10
20
30
1 3 5 62 4 87 109
Figura 29: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço CT-01 com a profundidade.
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- 82 -
As amostras coletadas no poço CT-02 apresentam valores do Índice de
Coloração de Esporos que varia de 7,5 a 9, expressos na tabela 26 e no gráfico
que mostra a variação de ICE com a profundidade (Figura 30), os esporos
apresentam coloração desde o castanho escuro até o marrom escuro. O poço CT-
02 também se encontra numa zona supermatura. O poço CT-02 também recebe
influência de intrusivas ígneas, fato constatado não só pelos exemplares de
esporos com altos índices, mas também pela anomalia do gráfico que mostra os
valores mais altos de ICE no topo do perfil estratigráfico.
Tabela 26: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço CT-02.
CT-02 Profundidade X ICEProfundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
2,5510,2512,5517,3
25,8630,1533,8537,4742,0750,2752,0757,6759,7262,32
20
30
40
50
0
10
20
30
40
50
60
1 3 5 62 4 87 109
Figura 30: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço CT-02 com a profundidade.
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- 83 -
No poço PM-10 os resultados de ICE apresentaram uma coloração amarelo
claro, índice 3 a 3,5, a qual está expressa na tabela 27 e no gráfico mostrando a
variação do ICE com a profundidade (Figura 31). O poço PM-10 se encontra numa
zona de baixo estágio de evolução térmica ( zona imatura).
Tabela 27: Resultado do Índice de Coloração de Esporos para o poço PM-10.
PM-10 Profundidade X ICE
Profundidade 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
76,10
80,65
75
80
85
1 3 5 62 4 87 109
Figura 31: Gráfico mostrando a variação do ICE do poço PM-10 com a profundidade.
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- 84 -
De um modo geral os resultados indicam um baixo estágio de evolução
térmica (maturação) da matéria orgânica presente nas amostras das seções
analisadas, o que demonstra um baixo grau de diagênese pelo processo natural
de aumento de temperatura conseqüente do aumento da profundidade de
soterramento. No entanto, nas amostras que apresentam um elevado estagio de
evolução térmica, o efeito térmico foi proporcionado pela proximidade de intrusivas
ígneas.
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- 85 -
9.4.Descrição dos componentes orgânicos
As cutículas ocorrem em grande quantidade e geralmente bem degradadas
com colorações de fluorescência variando do amarelo bem claro ao laranja escuro
a sem fluorescência, mas no geral ocorrem com colorações de fluorescência
moderada a forte (fotos 1.1, 1.2, 2.1 e 2.2, estampa, anexo). Os demais subgrupos
dos fitoclastos ocorrem em fragmentos alongados ou irregulares. Por vezes,
alguns fitoclastos não-opacos exibiram coloração de fluorescência bem fraca
(fotos 3.1, 3.2, 4.1 e 4.2, estampa, anexo).
A matéria orgânica amorfa ocorre em forma de grumos, com colorações
variando do amarelo claro ao castanho escuro e por vezes dispersa. Apresentou
colorações de fluorescência variando do amarelo claro ao laranja (fotos 5.1, 5.2,
6.1 e 6.2, estampa, anexo).
Os esporos ocorrem bem preservados com colorações de fluorescência do
amarelo-esverdeado ao laranja claro, mas por vezes estavam degradados com
coloração de fluorescência fraca (fotos 7.1, 7.2, 8.1 e 8.2, estampa, anexo).
Os spongiophytons ocorrem de tamanhos variados, porém
predominantemente em partículas grandes, apresentam um relevo alto, coloração
castanha escura em luz branca refletida e possui uma fluorescência amarela bem
alta (fotos 9.1, 9.2, 10.1 e 10.2, estampa, anexo).
Algas do grupo das prasinófitas ocorrem no geral bem preservadas com
coloração de fluorescência forte (fotos 11.1, 11.2, 12.1e 12.2, estampa, anexo).
Algas do grupo dos acritarcas ocorrem em geral dispersas e apresentam
fluorescência de coloração amarelada (fotos 13.1, 13.2, 14.1 e 14.2, estampa,
anexo).
Algas do gênero Botryococcus ocorrem exibindo colônias e estruturas
internas visíveis e identificáveis com coloração de fluorescência amarelo intenso
(fotos 15.1, 15.2, 16.1 e 16.2, estampa, anexo ).
No grupo dos zoomorfos ocorrem os quitinozoários e escolecodonte.
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- 86 -
Nos poços CT-01 e CT-02, o material orgânico apresenta-se escuro devido
ao elevado grau de maturação térmica (fotos 17, 18, 19 e 20, estampa, anexo).
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- 87 -
9.5.Análise de agrupamento modo –R
Foi feita a análise de agrupamento modo–R para os grupos e subgrupos de
componentes da matéria orgânica, ou seja, os componentes orgânicos foram
reunidos em grupos com maiores similaridades.
Para o poço VL-03 observou-se a separação em quatro subgrupos (1-
esporos; 2-Spongiophyton, fitoclasto; 3- Prasinófita; 4 - Acritarca, MOA). (tabela 28
e figuras 32).
Tabela 28: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamento modo-R para a
sondagem VL-03.
Poço VL-03Subgrupos Componentes orgânicos
1 Esporo2 Spongiophyton, fitoclasto3 Prasinófita4 Acritarca, MOA
Poço VL-03Ward`s method
1-Pearson r
esporo spon fito prasi acri moa0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Link
age
Dis
tanc
e
Figura 32: Dendrograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para os grupos e
subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço VL-03.
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- 88 -
Para o poço PM-06 observou-se a separação em três subgrupos (1- esporos,
spongiophyton; 2- Fitoclasto, prasinófita; 3- Acritarca, MOA). (tabela 29 e figuras
33).
Tabela 29: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamento modo-R para a
sondagem PM-06.
Poço PM-06
Subgrupos Componentes orgânicos
1 Esporo, spongiophyton
2 Fitoclasto, prasinófita
3 Acritarca, MOA
POÇO PM 06Ward`s method
1-Pearson r
esporo spon prasi fito acri moa0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
Link
age
Dis
tanc
e
Figura 33: Dendrograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para os grupos e
subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço PM-06.
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- 89 -
Para o poço ST-12 observou-se a separação em quatro subgrupos (1-
esporos; 2- Acritarca, Prasinófita; 3- Spongiophyton; 4 - Fitoclasto, MOA). (tabela
30 e figuras 34).
Tabela 30: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamento modo-R para a
sondagem ST-12.
Poço ST-12
Subgrupos Componentes orgânicos
1 Esporo
2 Acritarca, prasinófita
3 Spongiophyton
4 Fitoclasto, MOA
POÇO ST.12Ward`s method
1-Pearson r
esporo acri prasi spon fito moa0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Link
age
Dis
tanc
e
Figura 34: Dendrograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para os grupos e
subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço ST-12.
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- 90 -
Para o poço SM-IST-4 observou-se a separação em quatro subgrupos (1-
esporos; 2- Acritarca, Spongiophyton; 3- Fitoclasto, prasinófita; 4 - MOA). (tabela
31 e figuras 35).
Tabela 31: Resultados dos subgrupos obtidos pela análise de agrupamento modo-R para a
sondagem SM-IST-4.
Poço SM-IST-4
Subgrupos Componentes orgânicos
1 Esporo
2 Acritarca, spongiophyton
3 Fitoclasto, prasinófita
4 MOA
POÇO SMI_STWard`s method
1-Pearson r
esporo acri spon prasi fito moa0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Link
age
Dis
tanc
e
Figura 35: Dendrograma produzido pela análise de agrupamento modo-R para os grupos e
subgrupos de componentes da matéria orgânica do poço SM-IST-4.
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- 91 -
9.6.Matriz de correlação utilizando o coeficiente r-Pearson
Através da matriz de correlação (tabelas 32, 33, 34 e 35) utilizando o
coeficiente r-Pearson (1/-1), onde os valores mais próximos de +1 correspondem a
correlações mais positivas e valores próximos de –1 a correlações menos
positivas, pode-se observar que os componentes orgânicos com mesmas
tendências de distribuição (tendências proximal-distal e equivalência
hidrodinâmica) apresentaram de maneira coerente correlações positivas, ou seja,
próximo de 1 ou vice-versa.
Tabela 32: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagem VL-03.
Poço VL-03
Variável MOA Fitoclasto Spongiophyton Esporo Prasinófita Acritarca
MOA 1,00 -0,74 -0,16 -0,35 0,63 0,86
Fitoclasto -0,74 1,00 -0,03 -0,24 -0,72 -0,79
Spongiophyton -0,16 -0,03 1,00 -0,29 -0,32 0,29
Esporo -0,35 -0,24 -0,29 1,00 0,28 -0,37
Prasinófita 0,63 -0,72 -0,32 0,28 1,00 0,42
Acritarca 0,86 -0,79 0,29 -0,37 0,42 1,00
Tabela 33: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagem PM-06.
Poço PM-06
Variável MOA Fitoclasto Spongiophyton Esporo Prasinófita Acritarca
MOA 1,00 -0,82 -0,86 -0,95 -0,64 0,59
Fitoclasto -0,82 1,00 0,66 0,68 0,83 -0,54
Spongiophyton -0,86 0,66 1,00 0,76 0,65 -0,32
Esporo -0,95 0,68 0,76 1,00 0,38 -0,75
Prasinófita -0,64 0,83 0,65 0,38 1,00 0,00
Acritarca 0,59 -0,54 -0,32 -0,75 0,00 1,00
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- 92 -
Tabela 34: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagem ST-12.
Poço ST-12
Variável MOA Fitoclasto Spongiophyton Esporo Prasinófita Acritarca
MOA 1,00 0,52 -0,27 -0,89 0,11 0,35
Fitoclasto 0,52 1,00 -0,22 -0,75 -0,64 -0,50
Spongiophyton -0,27 -0,22 1,00 0,01 0,49 -0,05
Esporo -0,89 -0,75 0,01 1,00 0,01 -0,09
Prasinófita 0,11 -0,64 0,49 0,01 1,00 0,83
Acritarca 0,35 -0,50 -0,05 -0,09 0,83 1,00
Tabela 35: Correlação de matrizes (coeficiente r-Pearson) para a sondagem SM-IST-4.
Poço SM-IST-4
Variável MOA Fitoclasto Spongiophyton Esporo Prasinófita Acritarca
MOA 1,00 -0,83 -0,54 -0,87 -0,34 -0,55
Fitoclasto -0,83 1,00 0,52 0,45 0,80 0,76
Spongiophyton -0,54 0,52 1,00 0,41 0,17 0,85
Esporo -0,87 0,45 0,41 1,00 -0,15 0,21
Prasinófita -0,34 0,80 0,17 -0,15 1,00 0,63
Acritarca -0,55 0,76 0,85 0,21 0,63 1,00
Notou-se que nas quatro sucessões sedimentares analisadas, os
coeficientes de correlação mostraram o grau de similaridades entre os
componentes orgânicos. Isto é, no geral, os componentes orgânicos com
tendências de distribuição em fácies mais proximais apresentaram correlações
positivas entre si.
Quando os coeficientes r-Pearson destes componentes orgânicos são
analisados com os coeficientes dos demais componentes orgânicos com
distribuição preferencialmente em fácies mais distais, o grau de correlação entre
eles torna-se negativo
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- 93 -
9.7. Inferências paleoambientais
As inferências paleoambientais foram baseadas na integração dos dados de
palinofácies que forneceram uma estimativa das tendências paleoambientais e
tendências proximais-distais.
Foram utilizados o diagrama ternário que representa os dados percentuais
dos 3 principais grupos de componentes da matéria orgânica de Tyson (1993),
onde há 9 campos de palinofácies com seus respectivos paleoambientes (figura
36 e tabela 36) e o esquema de representação diagramática de palinomorfos
modificado de Turnau e Racki (1999) (figura 37 e tabela 37).
Figura 36: Diagrama ternário com os campos de palinofácies definido pelos valores percentuais
dos três principais grupos de componentes da matéria orgânica (Tyson, 1993).
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- 94 -
Tabela 36: Paleoambientes definidos pelos campos de palinofácies para sedimentos marinhos
(Tyson, 1993) relacionado no diagrama da figura 35.
Campos de palinofácies distiguidos pelodiagrama ternário FIT-MOA-PALIN Características da matéria orgânica
I – bacia ou plataforma altamente proximal Alto suprimento de fitoclasto dilui todos os outroscomponentes.
II – bacia marginal desóxica-anóxica
MOA diluída pelo alto suprimento de fitoclastos, mascom moderada a boa preservação de MOA.
Quantidade de COT marinho depende do estado redoxda bacia.
III – Plataforma óxica heterolítica (“plataformaproximal”)
Geralmente baixa taxa de preservação de MOA,abundância absoluta de fitoclastos depende da
proximidade de fontes flúvio-deltaicas. Oxidação eretrabalhamento comuns.
IV- Transição plataforma-bacia
Transição da plataforma para a bacia (por exemplo:aumento da subsidência/profundidade da lâmina
d’água) ou espaço (por exemplo: talude);Abundânciaabsoluta de fitoclastos depende da proximidade dafonte e do grau de deposição. Quantidade de COTmarinho depende do estado redox da bacia. IVa:
desóxico. IVb: subóxico-anóxico.
V - Plataforma óxica dominada por lama(“plataforma distal”)
Baixa a moderada MOA (normalmente degradada).Palinomorfos abundantes. Margas de coloração clara
bioturbadas são comuns.
VI – Plataforma proximal subóxica-anóxica
Boa taxa de preservação de MOA (condiçõesredutoras na bacia). Conteúdo absoluto de fitoclastosdeve se moderado a alto devido ao input de turbiditos
e/ou proximidade da fonte.
VII – “Plataforma” distal desóxica-anóxicaModerada a boa taxa de preservação de MOA, baixo amoderado conteúdo de palinomorfos. Lamitos escuros
bioturbados são comuns.
VIII – Plataforma distas desóxica-óxica
MOA dominante, excelente taxa de preservação deMOA. Baixo a moderado conteúdo de palinomorfos.
Folhelhos ricos em matéria orgânica são depositadossob de condições de coluna d´água estratificada.
IX- Bacia distal subóxica-anóxica
MOA dominante. Baixo conteúdo de palinomorfos.Freqüentemente rico em alginitas. Depósitos de águasprofundas ou depósitos de condições de coluna d´água
estratificada ou sedimentos de bacia faminta.Conceitos:Anóxico – Refere-se a coluna de água ou sedimentos que contem menos que 0.1 mlde oxigênio / 1 de água (Demaison e Moore, 1980)Disóxico – Coluna de água ou sedimento contendo entre 0.2 e 2.0 ml de oxigênio / 1de água (Tyson e Pearson, 1991).Óxico – Coluna de água oxigenada ou sedimentos contendo mais de 2.0 ml oxigênio /1 de água (Tyson e Pearson, 1991)Subóxico - Coluna de água ou sedimento contendo de 0 a 0.2 ml oxigênio / 1 deágua. (Tyson e Pearson, 1991)
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- 95 -
Até 10%
10 - 20%
70 - 99%
20 - 60%
Figura 37: Representação diagramática de palinomorfos modificado de Turnau e Racki
(1999).
Tabela 37: Palinofácies definidas pelo diagrama de palinomorfos modificado de Turnau e
Racki (1999).
Características de distribuição dos palinomorfos
Palinofácies ICaracterizada pela dominância de esporos e pela baixa percentagem
de acritarcas e prasinófitas.Paleoambiente proximal (plataforma).
Palinofácies IIOs esporos aparecem com mais de 20%, acritarcas e prasinófitas
representam mais de 10% dos palinomorfos.Paleoambiente intermediário (plataforma).
Palinofácies IIIBaixa porcentagem de esporos (<20%), e alta porcentagem de
acritarcas e prasinófitas.Paleoambiente distal (plataforma-bacia).
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- 96 -
No testemunho de sondagem VL-03 as amostras concentram-se nos campos
III e V. O campo III corresponde ao paleoambiente de plataforma óxica (plataforma
proximal). O campo V é caracterizado por um paleoambiente de plataforma óxica
dominada por lama (plataforma distal). (figura 38).
O topo da seção corresponde a palinofácies II (paleoambiente intermediário)
e a base a palinofácies I (paleoambiente proximal) do diagrama de palinomorfos
modificado de Turnau e Racki (1999).
Devido o percentual de esporomorfos no poço VL-03 contribuir com a maior
parte do elevado percentual de palinomorfos (tabela 10) e o diagrama ternário de
Tyson (1993) não contemplar essa particularidade, embora todos os resultados
estejam sendo plotados nesse diagrama, é a representação diagramática de
palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999) que melhor representará a
caracterização paleoambiental.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 38: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço VL-03.
A seção estratigráfica foi dividida em cinco intervalos, os quais foram
definidos pela análise da disposição das amostras do poço VL-03 no diagrama
ternário com os campos de palinofácies. (figura 39)
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VL-03MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%) Acritarca(%)
15 20 25 30 351050 0 10 20 30 40 50 6020
25
30
35
40
45
50
55
65
70
60
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 3 54 0 5 10 15
Figura 39: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço VL
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- 98 -
Intervalo 1 - Amostras: VL-03.1, VL-03.2, VL-03.4
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo V do diagrama ternário
com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e é evidenciado pela
elevada média percentual de palinomorfos (54,25%), a média percentual de MOA
e fitoclastos é de 20,40% e 25,35%, respectivamente. (tabela 38). Esta média
percentual alta de palinomorfos é devido aos elevados valores percentuais de
esporos.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras VL-03.1, VL-03.2 correspondem a palinofácies II (paleoambiente
intermediário) e a amostra de VL-03.4 corresponde a palinofácies I (paleoambiente
proximal).
Tabela 38: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço VL-03.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 54,25 25,35 20,40
Intervalo 2 - Amostra: VL-03.3
A amostra que corresponde a este intervalo localiza-se no campo III do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica (plataforma proximal) e é evidenciado pela
elevada média percentual de fitoclastos (53,10%), a média de palinomorfos
também é alta (40,00%) e a de MOA é de 6,90%. (tabela 39).
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostra VL-03.3 corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal).
Tabela 39: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo II do poço VL-03.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Mediadointervalo II 40,00 53,10 6,90
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- 99 -
Intervalo 3 - Amostra: VL-03.5
A amostra correspondente a este intervalo localiza-se no campo V do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e é
evidenciado pela elevada média percentual de palinomorfos (58,01%), média
percentual de fitoclastos e MOA é de 32,38% e 9,61%, respectivamente. (tabela
40). Esta média percentual alta de palinomorfos é devido aos elevados valores
percentuais de esporos.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostra VL-03.5 corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal).
Tabela 40: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo III do poço VL-03.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo III 58,01 32,38 9,61
Intervalo 4 – Amostras: VL-03.6
A amostra que corresponde a este intervalo localiza-se no campo III do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica (plataforma proximal) e é caracterizado pela
elevada média percentual de fitoclastos (51,03%), a média percentual de
palinomorfos e MOA é de 34,14% e 14,83%, respectivamente. (tabela 41).
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostra VL-03.6 corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal).
Tabela 41: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo IV do poço VL-03.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo IV 34,14 51,03 14,83
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- 100 -
Intervalo 5 - Amostras: VL-03.7
A amostra correspondente a este intervalo localiza-se no campo V do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e é
evidenciado pela elevada média percentual de palinomorfos (60,66%), a média
percentual de fitoclastos e MOA é de 27,87% e 11,48%, respectivamente. (tabela
42). Os elevados valores percentuais de esporos são os responsáveis pela alta
média percentual de palinomorfos .
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostra VL-03.7 corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal).
Tabela 42: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo V do poço VL-03.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo V 60,66 27,87 11,48
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- 101 -
No testemunho de sondagem PM-06 as amostras concentram-se nos
campos V e VIII. O campo V corresponde ao paleoambiente de plataforma óxica
dominada por lama (plataforma distal). O campo VIII é caracterizado por um
paleoambiente de plataforma distal desóxica-óxica. (figura 40).
O topo da seção corresponde a palinofácies II (paleoambiente intermediário)
e a base a palinofácies I (paleoambiente proximal) do diagrama de palinomorfos
modificado de Turnau e Racki (1999).
Devido o percentual de esporomorfos no poço PM-06 contribuir com a maior
parte do elevado percentual de palinomorfos (tabela 12) e o diagrama ternário de
Tyson (1993) não contemplar essa particularidade, embora todos os resultados
estejam sendo plotados nesse diagrama, é a representação diagramática de
palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999) que melhor representará a
caracterização paleoambiental.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 40: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço PM-06.
A seção estratigráfica foi dividida em dois intervalos, os quais foram definidos
pela análise da disposição das amostras do poço PM-06 no diagrama ternário
com os campos de palinofácies. (figura 41)
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PM-06MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%) Acritarca(%)
15 20 25 30105020 30100 40 60 70 8050 20 30100 40 60 70 8050 20 30100 40 60 70 8050 100 155210 43 5 60
5
10
15
20
25
30
Figura 41: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço PM
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- 104 -
Intervalo 1 – Amostras: PM-06.8 e PM-06.9
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo VIII do diagrama
ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma distal desóxica-óxica e é evidenciado pela elevada média percentual de
MOA (71,37%), a média percentual de palinomorfos e fitoclastos é de 23,39% e
5,24%, respectivamente. (tabela 43).
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
a amostra PM-06.8 corresponde a palinofácies II (paleoambiente intermediário) e a
amostra de PM-06.9 corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal).
Tabela 43: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço PM-06.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 23,39 5,24 71,37
Intervalo 2 - Amostras: PM-06.10, PM-06.11, PM-06.12
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo V do diagrama ternário
com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal). Este intervalo é
evidenciado pela elevada média percentual de palinomorfos (65,61%), a média
percentual de MOA é de 13,62% e a de fitoclastos é de 20,77%. (tabela 44). Esta
média percentual alta de palinomorfos é devido aos elevados valores percentuais
de esporos.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras PM-06.10, PM-06.11, PM-06.12 correspondem a palinofácies I
(paleoambiente proximal).
Tabela 44: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo II do poço PM-06.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo II 65,61 20,77 13,62
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- 105 -
No testemunho de sondagem ST-12 as amostras concentram-se no campo
V. O campo V corresponde ao paleoambiente de plataforma óxica dominada por
lama (plataforma distal). Há também influência do campo VII no poço ST-12, o
campo VII é caracterizado por um paleoambiente de plataforma distal desóxica-
anóxica. (figura 42).
A seção corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal) do diagrama
de palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999).
Devido o percentual de esporomorfos no poço ST-12 contribuir com a maior
parte do elevado percentual de palinomorfos (tabela 14) e o diagrama ternário de
Tyson (1993) não contemplar essa particularidade, embora todos os resultados
estejam sendo plotados nesse diagrama, é a representação diagramática de
palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999) que melhor representará a
caracterização paleoambiental.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 42: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço ST-12.
A seção estratigráfica foi dividida em dois intervalos, os quais foram definidos
pela análise da disposição das amostras do poço ST-12 no diagrama ternário com
os campos de palinofácies (figura 43).
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ST-12MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%) Acritarca(%)
20100 30 40 50 600 10 20 70 20 30100 30 40 50 600 10 20 70 1 2 3 540 1 2 3 4030
40
50
30
35
40
45
50
55
60
Figura 43: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço ST
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- 108 -
Intervalo 1 - Amostras: ST-12.13 e ST-12.14
Neste intervalo as amostras recebem influencia dos campos V e VII do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que correspondem aos
paleoambientes de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e de
plataforma distal desóxica-anóxica, respectivamente. O intervalo é caracterizado
pela elevada média percentual de palinomorfos (59,17%), a média percentual de
fitoclastos e de MOA é de 19,53% e 21,30%, respectivamente. (tabela 45). Os
elevados valores percentuais de esporos são os responsáveis pela alta média
percentual de palinomorfos.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras ST-12.13 e ST-12.14 correspondem a palinofácies I (paleoambiente
proximal).
Tabela 45: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço ST-12.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 59,17 19,53 21,30
Intervalo 2 - Amostra: ST-12.15, ST-12.16 e ST-12.17
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo V do diagrama ternário
com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal). Este intervalo é
evidenciado pela elevada média percentual de palinomorfos (59,34%), a média
percentual de MOA e fitoclastos são semelhantes e possuem valores de 21,14% e
19,52%, respectivamente. (tabela 46). Esta média percentual alta de palinomorfos
é devido aos elevados valores percentuais de esporos.
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- 109 -
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras ST-12.15, ST-12.16 e ST-12.17 correspondem a palinofácies I
(paleoambiente proximal).
Tabela 46: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica
no intervalo II do poço ST-12.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo II 59,34 19,52 21,14
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- 110 -
No testemunho de sondagem SM-IST-4 as amostras concentram-se nos
campos V, VII e VIII. O campo V corresponde ao paleoambiente de plataforma
óxica dominada por lama (plataforma distal). O campo VII é caracterizado por um
paleoambiente de plataforma distal desóxica-anóxica. O campo VIII é apontado
como um paleoambiente de plataforma distal desóxica-óxica (figura 44).
A seção corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal), porém
possui uma amostra com influência da palinofácies III (paleoambiente distal),
devido a grande quantidade de prasinófitas, do diagrama de palinomorfos
modificado de Turnau e Racki (1999).
Devido o percentual de esporomorfos no poço SM-IST-4 contribuir com a
maior parte do elevado percentual de palinomorfos (tabela 16) e o diagrama
ternário de Tyson (1993) não contemplar essa particularidade, embora todos os
resultados estejam sendo plotados nesse diagrama, é a representação
diagramática de palinomorfos modificado de Turnau e Racki (1999) que melhor
representará a caracterização paleoambiental.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 44: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço SM-IST-4.
A seção estratigráfica foi dividida em dois intervalos, os quais foram definidos
pela análise da disposição das amostras do poço SM-IST-4 no diagrama ternário
com os campos de palinofácies( figura 45).
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SM-IST-4MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%) Acritarca(%)20 30100 0 5 10 15 2040 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 20 30100 40 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 2 6 84 10 20 30100 40 50 60 807020 30100 40 50 60 8070 0 25 1 2 3 40
20
25
30
Figura 45: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço SM
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- 112 -
Intervalo 1 - Amostras: SM-IST-4.18, SM-IST-4.19 e SM-IST-4.20
Neste intervalo as amostras correspondem ao campo V, porém também
recebe influencia do campo VII do diagrama ternário com os campos de
palinofácies. Os paleoambientes correspondentes são os de plataforma óxica
dominada por lama (plataforma distal) e de plataforma distal desóxica-anóxica,
respectivamente. O intervalo é caracterizado pela elevada média percentual de
palinomorfos (63,87%), a MOA e o grupo dos fitoclastos possuem média
percentual de 27,72% e 8,41%, respectivamente. (tabela 47). Os elevados valores
percentuais de esporos são os responsáveis pela alta média percentual de
palinomorfos.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras SM-IST-4.18 e SM-IST-4.19 correspondem a palinofácies I
(paleoambiente proximal) e a amostra de SM-IST-4.20 corresponde a palinofácies
III (paleoambiente distal).
Tabela 47: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço SM-IST-4.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 63,87 8,41 27,72
Intervalo 2 - Amostra: SM-IST-4.21 e SM-IST-4.22
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo VIII do diagrama
ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma distal desóxica-óxica. O intervalo é caracterizado pela elevada média
percentual de MOA (74,95%), a média percentual de palinomorfos é de 21,59% e
a média percentual de fitoclastos é baixa (3,46%), conforme a tabela 48.
De acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki
as amostras SM-IST-4.21 e SM-IST-4.22 correspondem a palinofácies I
(paleoambiente proximal).
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- 113 -
Tabela 48: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo II do poço SM-IST-4.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo II 21,59 3,46 74,95
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- 114 -
No testemunho de sondagem CT-02 as amostras concentram-se nos campos
III, IVa, IVb e V. O campo III corresponde ao paleoambiente de plataforma óxica
(plataforma proximal). O campo IV é caracterizado por um paleoambiente de
transição plataforma - bacia (IVa- desóxico, IVb- subóxido-anóxido). O campo V
tem as características de um paleoambiente de plataforma óxica dominada por
lama (plataforma distal). (figura 46).
Neste poço não houve a subdivisão dos palinomorfos devido ao alto grau de
maturidade térmica, portanto não se fez a análise segundo o diagrama proposto
por Turnau e Racki.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 46: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço CT-02.
A seção estratigráfica foi dividida em seis intervalos, os quais foram definidos
pela análise da disposição das amostras do poço CT-02 no diagrama ternário
com os campos de palinofácies (figura 47).
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20
30
40
50
CT-02MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%)
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50 6010 2030 40 500 70 90800
10
20
30
40
50
60Intervalo 6 (relativo campo III)
Intervalo 5 (relativo campo V)
Intervalo 1 (relativo campo IVb)
Intervalo 4 (relativo campo III)
Intervalo 2 (relativo campo III)
Figura 47: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço CT
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- 116 -
Intervalo 1 - Amostra: CT-02.23
A amostra que corresponde a este intervalo localiza-se no campo IVb do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de transição plataforma-bacia subóxido-anóxido. Neste intervalo as
médias percentuais de MOA e fitoclastos são semelhantes, 44,44% e 42,59 %,
respectivamente. A média percentual de palinomorfos é de 12,96%. (tabela 49).
Tabela 49: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 12,96 42,59 44,44
Intervalo 2 - Amostra: CT-02.24
A amostra que corresponde a este intervalo localiza-se no campo III do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica (plataforma proximal). Este intervalo é
evidenciado pela elevada média percentual de fitoclastos (51,12%), a média
percentual de palinomorfos também é alta (41,53%) e a média de MOA é de
7,35%. (tabela 50).
Tabela 50: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo II do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo II 41,53 51,12 7,35
Intervalo 3 - Amostra: CT-02.25
A amostra que corresponde a este intervalo recebe influência dos campos III
e IVa do diagrama ternário com os campos de palinofácies que correspondem aos
paleoambientes de plataforma óxica (plataforma proximal) e de transição
plataforma - bacia desóxico, respectivamente. Este intervalo é caracterizado por
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- 117 -
uma elevada média percentual de fitoclastos (60,00%), a média percentual de
palinomorfos é de 26,67% e a de MOA é de 13,33. (tabela 51).
Tabela 51: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo III do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo III 26,67 60,00 13,33
Intervalo 4 – Amostra: CT-02.26
A amostra que corresponde a este intervalo localiza-se no campo III do
diagrama ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um
paleoambiente de plataforma óxica (plataforma proximal). Este intervalo é
evidenciado pela elevada média percentual de fitoclastos (54,17%), a média
percentual de palinomorfos e de MOA é de 38,39% e 7,44%, respectivamente.
(tabela 52).
Tabela 52: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo IV do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo IV 38,39 54,17 7,44
Intervalo 5 - Amostras: CT-02.43, CT-02,44, CT-02.45, CT-02.46, CT-02.47,
CT-02.48, CT-02.49 e CT-02.50
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo V do diagrama ternário
com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal). Este intervalo é
caracterizado por uma elevada média percentual de palinomorfos (68,73%), a
média percentual de fitoclastos é de 26,15% e a média de MOA é baixa (5,12%)
conforme a tabela 52. Esta média percentual alta de palinomorfos é devido aos
elevados valores percentuais de esporos. (tabela 53)
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- 118 -
Tabela 53: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo V do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo V 68,73 26,15 5,12
Intervalo 6 – CT-02.41 e CT-02.42
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo III do diagrama
ternário com os campos de palinofácies que corresponde a um paleoambiente de
plataforma óxica (plataforma proximal). Este intervalo possui elevada média
percentual de fitoclastos (50,17%), a média percentual de MOA é de 10,72% e a
média percentual do grupo dos palinomorfos é de 39,11%. (tabela 54).
Tabela 54: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo VI do poço CT-02.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo VI 39,11 50,17 10,72
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- 119 -
No testemunho de sondagem PM-10 as duas amostras concentram-se no
campo IX. O campo IX corresponde ao paleoambiente de bacia distal subóxida-
anóxida. (figura 48).
Neste poço não foi feita a análise segundo o diagrama proposto por Turnau e
Racki pois o grupo dos palinomorfos apresenta-se com menos de 10% do total da
matéria orgânica.
Fitoclasto
PalinomorfoMOA
I
IIIII
IV b
V
VI
VII
VIIIIX
Figura 48: Diagrama ternário FITO-MOA-PALINO com os campos de palinofácies (Tyson, 1993) do
poço PM-10.
A seção estratigráfica é representada por um intervalo, o qual foi definido
pela análise da disposição das amostras do poço PM-10 no diagrama ternário
com os campos de palinofácies (figura 49).
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PM-10MOA(%) Palinomorfo(%) Fitoclasto(%) Esporo(%) Prasinofita(%) Acritarca(%)
20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 50 60 8070 90 20 30100 40 5020 30100 40 50 60 8070 9020 30100 40 50 60 8070 9075
80
85
Figura 49: Distribuição dos valores percentuais dos grupos e subgrupos de componentes da matéria orgânica em relação ao total de
matéria orgânica com as subdivisões dos intervalos definidos pelo diagrama ternário com os campos de palinofácies do poço PM
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- 122 -
Intervalo 1 - Amostras: PM-10.27 e PM-10.28
Neste intervalo as amostras concentram-se no campo IX do diagrama
ternário com os campos de palinofácies, que corresponde a um paleoambiente de
bacia distal subóxida-anóxida. Este intervalo é evidenciado pela elevadíssima
média percentual de MOA (89,15%), a média percentual de palinomorfos é de
9,70% e os raros fitoclastos aparecem com apenas 1,15% da matéria orgânica
total do intervalo. (tabela 55).
Tabela 55: Valores percentuais médios dos 3 grupos de componentes da matéria orgânica no
intervalo I do poço PM-10.
Palinomorfos(%) Fitoclastos(%) MOA(%)Média dointervalo I 9,70 1,15 89,15
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10.CONCLUSÕES
A análise de palinofácies realizada envolveu o exame qualitativo e
quantitativo da assembléia dos componentes da matéria orgânica particulada em
quarenta e quatro lâminas organopalinológicas confeccionadas de amostras de
sete seções sedimentares da borda leste da bacia do Parnaíba, e de acordo com
os objetivos propostos neste estudo conclui-se:
Para o conjunto de amostras dos poços VL-03, PM-06, ST-12, SM-IST-4 e
CT-02 observou-se o predomínio do grupo palinomorfo, representado
principalmente por esporos, além de microplâncton de parede orgânica marinho
(prasinófitas e acritarcas) e algas de água doce do gênero Botryococcus. O grupo
dos fitoclastos (cutículas, membranas, fitoclastos não opacos e fitoclastos opacos)
e a matéria orgânica amorfa alternam-se como segundo grupo em dominância.
Nas amostras do poço CT-01 não foi possível se fazer o exame qualitativo,
isto é, não se pode reconhecer os diversos componentes da matéria orgânica ,
pois as amostras encontram-se com elevado grau de evolução térmica.
Nas amostras do poço PM-10 verificou-se a grande predominância do grupo
da MOA com aproximadamente 90% do total da matéria orgânica, o segundo
grupo em dominância foi o de palinomorfos (aproximadamente 9%).
O grau de evolução térmica foi obtido pelo Índice de Coloração dos Esporos
(ICE), que determinou de um modo geral um baixo estágio de evolução térmica
(maturação) da matéria orgânica presente nas amostras das seções analisadas, o
que demonstra um baixo grau de diagênese pelo processo natural de aumento de
temperatura conseqüente do aumento da profundidade de soterramento. No
entanto, nas amostras que apresentam um elevado estagio de evolução térmica, o
efeito térmico foi proporcionado pela proximidade de intrusivas ígneas.
Através da análise do diagrama ternário com os campos de palinofácies de
Tyson (1993) e da representação diagramática modificada de Turnau e Racki
(1999) pode-se obter as seguintes conclusões:
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- 124 -
O poço VL-03 foi dividido, baseado no diagrama ternário com os campos de
palinofácies de Tyson (1993), em cinco intervalos que correspondem aos
paleoambientes de plataforma óxica (plataforma proximal) e plataforma óxica
dominada por lama (plataforma distal). De acordo com a representação
diagramática modificada de Turnau e Racki (1999), o topo da seção corresponde a
palinofácies II (paleoambiente intermediário) e a base, a palinofácies I
(paleoambiente proximal).
O poço PM-06 foi dividido, baseado no diagrama ternário com os campos de
palinofácies de Tyson (1993), em dois intervalos que correspondem aos
paleoambientes de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e de
plataforma distal desóxica-óxica. De acordo com a representação diagramática
modificada de Turnau e Racki (1999), o topo da seção corresponde a palinofácies
II (paleoambiente intermediário) e a base, a palinofácies I (paleoambiente
proximal).
O poço ST-12 foi dividido, baseado no diagrama ternário com os campos de
palinofácies de Tyson (1993), em dois intervalos que correspondem aos
paleoambientes de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal) e de
plataforma distal desóxica-anóxica. De acordo com a representação diagramática
modificada de Turnau e Racki (1999), a seção corresponde a palinofácies I
(paleoambiente proximal).
O poço SM-IST-4 foi dividido, baseado no diagrama ternário com os campos
de palinofácies de Tyson (1993), em dois intervalos que recebem influencia de
paleoambientes de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal), de
plataforma distal desóxica-anóxica e de plataforma distal desóxica-óxica. De
acordo com a representação diagramática modificada de Turnau e Racki (1999), a
seção corresponde a palinofácies I (paleoambiente proximal), porém possui uma
amostra com influência da palinofácies III (paleoambiente distal), devido a grande
quantidade de prasinófitas.
O poço CT-02 foi dividido, baseado no diagrama ternário com os campos de
palinofácies de Tyson (1993), em seis intervalos que correspondem aos
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- 125 -
paleoambientes de plataforma óxica (plataforma proximal), de transição plataforma
- bacia e de plataforma óxica dominada por lama (plataforma distal).
No poço PM-10 foi reconhecido um intervalo baseado no diagrama ternário
com os campos de palinofácies de Tyson (1993), que corresponde ao
paleoambiente de bacia distal subóxida-anóxida.
Devido o percentual de esporomorfos contribuir com a maior parte do
elevado conteúdo de palinomorfos e o diagrama ternário de Tyson (1993) não
contemplar essa particularidade, embora todos os resultados estejam sendo
plotados nesse diagrama, foi a representação diagramática de palinomorfos
modificado de Turnau e Racki (1999) que melhor representou a caracterização
paleoambiental.
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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ESTAMPA
As fotos micrográficas foram tiradas em um microscópio Zeiss modelo AXIOSKOP 2PLUS, com aumentos de 100x, 200x e 400x.
1.1 – Cutícula e palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
1.2 – Cutícula e palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
2.1 – Cutícula e palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
2.2 – Cutícula e palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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3.1 – Fitoclasto não opaco e palinomorfos.
Lâminas organopalinológicas, luz branca
transmitida.
3.2 – Fitoclasto não opaco e palinomorfos.
Lâminas organopalinológicas, Luz ultravioleta
refletida (fluorescência).
4.1 – Fitoclasto não opaco. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
4.2 – Fitoclasto não opaco. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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5.1 – Matéria orgânica amorfa. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
5.2 – Matéria orgânica amorfa. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
6.1 – Matéria orgânica amorfa. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
6.2 – Matéria orgânica amorfa. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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7.1 – Esporos. Lâminas organopalinológicas,
luz branca transmitida.
7.2 – Esporos. Lâminas organopalinológicas,
Luz ultravioleta refletida (fluorescência).
8.1 – Esporo. Lâminas organopalinológicas, luz
branca transmitida.
8.2 – Esporo. Lâminas organopalinológicas,
Luz ultravioleta refletida (fluorescência).
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9.1 – Spongiophyton e MOA. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
9.2 – Spongiophyton e MOA. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
10.1 – Spongiophyton e MOA. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
10.2 – Spongiophyton e MOA. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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11.1 – Prasinófita. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
11.2 – Prasinófita. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
12.1 – Prasinófita. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
12.2 – Prasinófita. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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13.1 – Acritarca. Lâminas organopalinológicas,
luz branca transmitida.
13.2 – Acritarca. Lâminas organopalinológicas,
Luz ultravioleta refletida (fluorescência).
14.1 – Acritárca e outros palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
14.2 – Acritárca e outros palinomorfos. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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15.1 – Botryococcus. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
15.2 – Botryococcus. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
16.1 – Botryococcus. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
16.2 – Botryococcus. Lâminas
organopalinológicas, Luz ultravioleta refletida
(fluorescência).
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17 – Material orgânico com elevado grau de
maturação térmica. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
19 – Material orgânico com elevado grau de
maturação térmica. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
18 – Material orgânico com elevado grau de
maturação térmica. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
20 – Material orgânico com elevado grau de
maturação térmica. Lâminas
organopalinológicas, luz branca transmitida.
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