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Carla Azambuja Centeno Bocchese - Cooperval · 2018. 9. 26. · CAPITULO I HISTÓRIA DE COOPERAÇÃO.....07 CAPITULO II PRESIDENTES DA COOPERVAL (1965-2015 ... 11. descontados 3%

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  • Carla Azambuja Centeno Bocchese Mirian Carneiro dos Santos Bitencourt

    COOPERVAL: HISTORIA DE COOPERAÇÃO QUE DEU CERTO

    VacariaCooperval

    Uergs2015

  • © 1° ed. 2015 – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UER-GS).Os direitos autorais desta publicação são reservados aos Autores e as respectivas Instituições participantes.Normatização: Bibliotecário Marcelo BresolinCapa e Planejamento Gráfico: Maricelda Borges Figueredo

    Catalogação de publicação na fonte (CIP)

    Bibliotecário Marcelo Bresolin – CRB 10/2136Uergs – Região II

    APRESENTAÇÃO

    A Cooperval está completando 50 anos de prestação de serviços em 2015, e traz consigo a experiência do pioneirismo da atividade de risco, do arrojo de criar, diversificar e empreender, ao município de Vacaria e região. Felizmente, o associativismo pregado desde sua fundação conseguiu vencer as barreiras culturais existentes na comunidade local. A história da Cooperval foi escrita por muitas mãos, que acreditaram que seria possível trabalhar em conjunto para o progresso auto sustentado da comunidade. A Cooperval começou a atuar como prestadora de serviços de be-neficiamento de grãos em 1965. Na história de sua construção os dirigentes e associados tiveram que enfrentar inúmeras dificulda-des. Entretanto, essa luta pelo ideal cooperativo foi vitoriosa, pois transformaram o sonho de uma agricultura forte para região em realidade. Nessas cinco décadas de existência, a Cooperval conviveu com períodos de abundância no agronegócio alternados por outros de crise no campo. A origem dos problemas foi diversa e envolveu: condições climáticas desfavoráveis, pacotes econômicos aplicados por governos, planejamentos que não receberam os ajustes neces-sários no momento oportuno, as sistemáticas oscilações do merca-do e câmbio. Logo, a Cooperval foi criada e prosperou em cenário de risco permanente.Hoje a Cooperval é a maior unidade de beneficiamento de grãos, responsável por aproximadamente 34% da capacidade estática, dentre as seis unidades presentes no município de Vacaria.Nada disso seria possível sem a presença de pessoas que acredi-tassem e trabalhassem muito em prol do bem comum. Todas essas pessoas fizeram e/ou fazem parte da Cooperval sejam os dirigen-

    B664c Bocchese, Carla Azambuja Centeno

    Cooperval: história de cooperação que deu cer to / Carla Azambuja Centeno Bocchese; Mirian Carneiro dos Santos Bitencourt. - Vacaria: Coo-perval; Uergs, 2015.

    ISBN 978-85-60231-24-9

    75 p.

    1. Cooperval. 2. Cooperação. 3. História. 4.Vacaria. I. Bocchese, Carla Azambuja Cente-no. II. Bitencourt, Mirian Carneiro dos Santos. III. Cooperval. IV. Uergs. V. Título.

  • tes, os associados que plantam e entregam seus grãos como os que trabalham no beneficiamento de grãos, na assistência técnica, no departamento administrativo e comercial. Essa publicação reconhece o trabalho, as lutas e os sacrifícios de todos que inspiraram a caminhada da Cooperval ao longo das cinco décadas marcadas pelo sucesso. Assim, resgata todos os detalhes que marcaram a sua criação até chegar aos dias atuais. Além dis-so, mostra fotos do passado e do presente e também de um pouco do futuro retrato da Cooperval isto é para onde apontam os novos investimentos em ampliação.Finalizando, o agradecimento a todos que contribuíram de algu-ma forma com a Cooperval em qualquer tempo. A Cooperval é um exemplo de luta conjunta que deu certo e que pode servir de mode-lo a outras associações da região.

    Eng. Agrº. Angelo PegoraroPresidente da Cooperval

    SUMÁRIO

    CAPITULO IHISTÓRIA DE COOPERAÇÃO......................................................07

    CAPITULO IIPRESIDENTES DA COOPERVAL (1965-2015)........................... 23

    CAPITULO IIIEVOLUÇÃO DA ARMAZENAGEM DE GRÃOS.............................29

    CAPITULO IVETAPAS DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO E ARMAZENA-MENTO..........................................................................................39COLHEITA DE GRÃOS...................................................................42TEOR DE UMIDADE (%)...............................................................43PESAGEM NA ENTRADA..............................................................44TOMBADOR...................................................................................44MOEGA..........................................................................................45AMOSTRAGEM.............................................................................46ANÁLISE DE GRÃO......................................................................47 Umidade do grão...............................................................48 Medidor Universal..............................................................49 Peneira de Classificação de Grãos....................................49 Impurezas..........................................................................50 Contra prova......................................................................52 Secagem...........................................................................52PESAGEM DO CAMINHÃO NA SAÍDA DA UNIDADE.................53PRÉ-LIMPEZA..............................................................................55SILO PULMÃO...............................................................................57

  • SECADOR......................................................................................57 Fornalha a lenha.................................................................58ARMAZENAGEM...........................................................................59PRAGAS EM GRÃOS ARMAZENADOS.......................................59QUADRO DE COMANDO.............................................................61EXPEDIÇÃO..................................................................................62TRANSPORTE...............................................................................63COMERCIALIZAÇÃO.....................................................................64 Analise de Mercado............................................................64 Venda.................................................................................65

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.............................................68

    LISTA DE FIGURAS.......................................................................71

    CAPITULO IHISTÓRIA DE COOPERAÇÃO

  • A Cooperativa Tritícola Mista Vacariense Ltda (COOPER-VAL) foi fundada por um pequeno grupo de produtores da região em 15, de novembro de 1958. No período inicial de funcionamento foram feitos poucos serviços aos produtores, pois a ideia na época era que terceirizar os serviços seria mais conveniente aos associa-dos.

    1 - Unidade de armazenamento da CIBRAZEM, ad-quirida pela Cooperval em 17 de junho de 1986. Fonte: Acervo da Cooperval (2002)

    Nesse período em que a Cooperval ainda não tinha sede própria a produção de grãos da região era enviada para a Compa-nhia brasileira de armazenamento (CIBRAZEM), empresa terceiri-zada que prestou serviços de beneficiamento aos associados. Esse período durou aproximadamente 7 anos, mas não deu certo, pois os valores cobrados na época eram muito altos. Em meados de 1970 a CIBRAZEM parou com o serviço terceirizado no município e vendeu a unidade para a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA).

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  • A compra desse armazém pela Cooperval foi autorizada em Assembleia Geral, Ata Nº 38, em 17 de junho de 1986, pois a CESA o colocou à venda. O produtor Adrovando João Bocchese Guazzelli foi eleito como o primeiro presidente da Cooperval em 1965. A missão desse presidente não foi das mais fáceis, pois precisava reestruturar a Cooperval e havia tão somente 20 associados.

    2 - Primeira carteira da Cooperval associado Adro-vando João Bocchese Guazzelli, emitida no dia 01 de outubro de 1966. Fonte: Adrovando João Boc-chese Guazzelli (1966)

    A figura 2 mostra a carteira de número 01 de associado da Cooperval que pertenceu ao seu primeiro presidente. Todos demais associados da cooperativa tiveram direito a essa carteira, onde constava a data de associação e registro em ata. Até os dias atuais, a Cooperval permanece com o mesmo modelo de carteira para os associados. Ainda existe a primeira ata assinada pelos associados da Cooperval (Figura 3), que registrou a nomeação do primeiro presi-dente e dos demais cargos administrativos. A condição exigida pela Cooperval na época, para o produ-tor se associar, era a aquisição da quota capital, ou seja, um salário mínimo por hectare cultivado. Essa cota foi comumente paga pe-los produtores no momento da entrega da produção, quando eram

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  • descontados 3% da carga até integralizar a quota capital. Logo após o pagamento integral da cota capital, o produtor continuava a descontar 1% da carga, o que permanece até os dias atuais. A primeira ata assinada pelos associados da Cooperval (Fi-gura 3) registrou a nomeação do primeiro presidente e demais car-gos administrativos. Os associados que assinaram essa ata foram:

    3 – Assinaturas da Primeira Ata da Cooperval oriun-da a Assembléia de Constituição que ocorreu em 13 de janeiro de 1965. Fonte: Cooperval (1965)

    Adrovando João Guazzeli Aparicio Paccio Angelin Pegoraro Angelo Expedito Costa Cesar Jaques Cesar Germano Zelan Costa Osvaldo Pereira dos Santos Pedro Zen Netto Ruben Antonio da Costa Sesóstris Campos dos Santos

    Waldemar Marcantoni

    A construção do primeiro armazém, localizado na Av. Militar 4.500, foi iniciada apenas em 1966. Naquela época, os associados desejavam que a Cooperval tivesse local próprio para prestar o ser-viço de beneficiamento e armazenamento de grãos e sementes.

    4 - Construção dos primeiros pavilhões da Cooper-val onde, atualmente, está localizada a parte admi-nistrativa. Fonte: Cristiano Bossardi

    A construção do primeiro graneleiro da Cooperval foi deci-dida após algumas reuniões técnicas realizadas pela administra-ção juntamente com os associados no ano de 1970. Os associados acordaram, a fim de viabilizar essa construção, que seria adiciona-da uma taxa equivalente a um cruzeiro por saco de grãos entregue, a qual permaneceria até que houvesse a quitação da dívida. O primeiro passo a ser tomado para a construção desse graneleiro era procurar na cidade de Vacaria um terreno apropriado para iniciar a obra. Os dirigentes associados analisaram os locais disponíveis para venda, mas esses locais possuíam muitas pedras e valor muito elevado. Por fim, a administração da Cooperval to-

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  • mou a iniciativa de procurar o Sr. Firmino Camargo Branco, pois ele possuía excelentes áreas no município que seriam ideais para a construção do graneleiro. Nesse sentido, o Sr. Firmino Camargo Branco, com visão empreendedora, doou a toda área necessária para a construção do graneleiro e para a estrada de acesso ao mesmo, que totalizou aproximadamente 6 horas. Os dirigentes da Cooperval em contra partida à doação feita pelo Sr. Firmino C. Branco lhe deram a quitação de sua quota capi-tal. Assim, é possível afirmar que o Sr. Firmino C. Branco teve um papel fundamental na história da Cooperval. Ainda na época da construção do graneleiro surgiram boa-tos que o presidente, Sr. Adrovando João Bocchese Guazzelli, iria concorrer à eleição para prefeito, e que seria um forte candidato a eleição. Isso ocasionou equívocos entre a administração públi-ca municipal e a Cooperval o que resultou em atraso na abertura das estradas de acesso ao graneleiro por falta de maquinário apro-priado. O dirigentes da Cooperval para resolverem esse problema buscaram auxílio na Secretaria de Obra do Estado e foram pronta-mente atendidos.

    5 - Início da terraplanagem no terreno escolhido pelos dirigentes da Cooperval para a construção do primeiro graneleiro, localizado próximo à bacia de captação de água para a cidade de Vacaria.

    Fonte: Cristiano Bossardi

    Os recursos necessários para construção do graneleiro ex-cederam as cotas dos associados e foi necessário fazer financia-mento no banco. Então, o dirigentes da Cooperval encaminharam o financiamento, mas a liberação do dinheiro demorou muito tempo. A burocracia por parte dos bancos ocasionou demora na li-beração dos recursos. Essa demora na liberação e a inflação vigen-te da época contribuíram para que os recursos obtidos não fossem suficientes para o término da obra.

    6 - O primeiro graneleiro da Cooperval em fase adiantada de construção. Fonte: Cristiano Bossar-di

    Os dirigentes da Cooperval novamente, teriam que resolver o problema da falta de recursos para concluir a construção de seu primeiro graneleiro. Nesse momento, entrou na história o Sr. Leo-vegildo Guazzelli, pai do presidente Adrovando Guazzeli, que pro-curou a agência bancária do município e fez no seu próprio nome o financiamento do valor restante para o término das obras. Além dessas dificuldades, a população do município de Va-

    1514

  • caria na década de 1970 não valorizava a Cooperval como deveria, pois havia grande resistência para aceitar sua ampliação. Já que a maioria dos produtores rurais ainda acreditava que apenas a pecu-ária gerava lucro no município. Ainda é importante ressaltar que Cooperval como as de-mais cooperativas trabalha com o associativismo. O associativismo é uma organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos para a realização de um objetivo comum.Trabalhar de forma con-junta também teve grande resistência por parte da comunidade do município, pela desconfiança de que sempre poderão ser logrados pelos mais espertos do grupo; o que já faz parte da cultura dessa região. Mesmo nesse ambiente de descrédito, a Cooperval se man-teve competitiva, tanto que ampliou continuamente sua capacidade estática.

    7 - O primeiro graneleiro da Cooperval com capaci-dade estática de 500 mil sacos, na fase final de sua construção. Fonte: Dian

    A capacidade estática do primeiro graneleiro era de 500 mil sacos de grãos, o que foi considerado por muitos da comunidade como superdimensionado, pois não havia produção suficiente para

    enchê-lo. Entretanto, a finalização da construção do graneleiro em 1971 atraiu produtores rurais de outras regiões, tal como Antônio Prado, que começaram a entregar suas produções na unidade. Isso fez com que a população do município de Vacaria começasse a olhar com mais interesse para a agricultura e consequentemente aumentar o número de associados da Cooperval. Felizmente, os dirigentes da Cooperval não estavam enga-nados ao vislumbrarem o aumento gradativo da produção de grãos e o potencial da região para a agricultura. Hoje a agricultura é mais valorizada que a pecuária no município e região.

    8 - Lavoura de soja sendo pulverizada com inseti-cida. Fonte: Hugo Baldin

    9 - Lavoura de trigo sendo pulverizada, com inse-ticidas, pela aviação agrícola. Fonte: Hugo Baldin

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  • 10 - Instalações e maquinário agrícola de um dos associados da Cooperval na década de 1960.Fonte: Hugo Baldin

    11 - Lavoura de trigo da microrregião de Vacaria na década de 1960. Fonte: Hugo Baldin

    12 - Agrônomo da Cooperval fazendo vistoria téc nica em lavoura de trigo no ano de 1969. Fonte: Hugo Baldin

    13 - Colheitadeiras em lavoura de trigo, com dis-positivos para armazenamento do grão colhido en-sacado (A) e a granel (B) de trigo no ano de 1972. Fonte: Hugo Baldin

    1918

  • O quadro de servidores da Cooperval tinha em torno de 200 funcionários em seus primeiros anos de prestação de serviços aos associados. A maioria das atividades de beneficiamento, nes-sa época, demorava mais tempo e exigia mais funcionários, pois os grãos recebidos eram ensacados pelo produtor. Então, havia a necessidade de desensaca-los para beneficiamento e novamente ensacar os grãos para o armazenamento. O armazenamento era feito em pilhas de sacos dentro da unidade. O volume de grãos ensacados, na época, chegava a 250 mil sacos. Somente em 1970 passou a ser a granel e o volume de armazenamento de grãos qua-se dobrou, atingindo 450 mil sacos.

    14 - Colheitadeiras em lavoura de trigo mourisco com dispositivos para armazenamento do grão co-lhido ensacado (A) e a granel (B e C), no ano de 1971. Fonte: Hugo Baldin

    Hoje, a evolução tecnológica no beneficiamento de grãos possibilitou que a Cooperval tenha capacidade estática quase 5 vezes maior e um quadro de servidores com apenas 64 funcioná-rios. O recebimento dos grãos a granel é facilitado pela presença de tombadores nas moegas e o controle dos silos é feito através de quadros de comandos computadorizados. Até mesmo a sacaria

    ficou mais prática para o manuseio mecanizado. Os produtores uti-lizam os big-bags, cuja capacidade é 1000 Kg, para levar sementes e adubo para as lavouras, sendo que sua descarga também é faci-litada por guindastes. As inovações tecnológicas na área rural têm buscado minimizar sempre a demanda de mão de obra e reduzir os custos aos produtores. A assistência técnica prestada pela Cooperval existe des-de sua fundação. Esse serviço foi feito, inicialmente, apenas pelos Engenheiros Agrônomos Osvaldo Pereira dos Santos e Telmo José de Freitas, pois o número de produtores era pequeno. Outros Eng. Agrônomos, também memoráveis, deram continuidade ao trabalho dele, e contribuem até os dias atuais para auxiliar a agregação de produtores e melhorar produtividade das lavouras da região. As culturas predominantes naquela época eram o trigo (Tri-ticum aestivum) e o centeio (Secale cereale) no inverno já no verão a cultura utilizada era o trigo mourisco (Fegopyrum esculentum). A soja começou a ser plantada na região apenas em 1970. A Cooperval no decorrer dos 50 anos de sua existência, serviu como norteadora para a instalação de outras unidades de beneficiamento no município e micro região. Isso aconteceu, grada-tivamente, com o constante aumento da área explorada em agricul-tura e o consequente aumento na produção de grãos. Ainda assim, a Cooperval hoje, está dentre as 6 unidades que recebem grãos, mas possui, aproximadamente, 34% da capacidade estática para armazenamento de grãos. Atualmente, já existem grandes produtores rurais que pos-suem unidade de armazenamento própria para beneficiar sua pro-dução grãos. Entretanto, eles continuam entregando parte de sua produção à Cooperval pois visam os benefícios oferecidos aos as-sociados.

    2120

  • A direção da Cooperval e associados já estão projetando novas ampliações em sua capacidade estática, estimadas para 500 mil sacos. Felizmente, essa história não acaba nesse momento. CAPITULO II

    PRESIDENTES DA COOPERVAL (1965-2015)

    22

  • Sr. Adrovando João Bocchese Guazzelli

    Início da gestão: 13-01-1965

    Término da gestão: 1977

    Sr. Joaquim Capra

    Início da gestão: 04-05-1977

    Término da gestão: 1981

    Sr. Onor Martins Marcantonio

    Início da gestão: 29-05-1981

    Término da gestão: 1984

    25

  • Sr. Osvaldo Guerreiro Filho

    Início da gestão: 31-05-1984

    Término da gestão: 1987

    Sr. Rudi Zen

    Início da gestão: 31-03-1987

    Término da gestão: 1990

    Sr. Domingos Vicente Bocche-se

    Início da gestão: 23-03-1990

    1996

    Sr. Angelo Pegoraro

    Início da gestão: 26-04-1996

    Término da gestão: Atual

    26

  • CAPITULO IIIEVOLUÇÃO DA ARMAZENAGEM DE GRÃOS

  • A capacidade de armazenamento estático de grãos deve ser compatível com a área cultivada no município, pois possibilita maior tranquilidade aos produtores no período de colheita e de co-mercialização dos mesmos. Os grãos, após colhidos, necessitam do processo de beneficiamento nas unidades armazenadoras a fim de preservar sua qualidade e quantidade. O armazenamento dos grãos não melhora a qualidade dos mesmos, apenas as conserva, o que permite aos produtores esco-lher a melhor época para comercializá-los. O Brasil possui atualmente uma agricultura competitiva, mesmo não contando com os subsídios dos países de primeiro mundo. Nesse sentido, o armazenamento de grãos pode represen-tar altos custos e perdas para os produtores, caso o processamento dos mesmos não sejam feitos de acordo com as normas preconiza-das pelas instituições fiscalizadoras. A microrregião de Vacaria é composta pelos municípios de: Vacaria, Lagoa Vermelha, Muitos Capões, Esmeralda, Capão Boni-to do Sul, Pinhal da Serra, Ipê e Bom Jesus. Dentre esses, Vacaria é o município que dispõe de maior capacidade estática de armaze-namento de grãos. À medida que os produtores obtêm acréscimos em sua pro-dutividade e produção de grãos deverá ocorrer aumento propor-cional na capacidade estática das unidades de armazenamento do município ou região. É possível constatar isso, através dos dados apresentados, no gráfico 1 o qual demonstra que a capacidade es-tática das unidades de armazenamento tem crescido continuamen-te. A produtividade média de soja, há 30 anos, era de aproxi-madamente 30 sacos por hectare; hoje, já se fala em até 100 sa-cos por hectare. A Cooperval procura estar sempre a atenta a essa

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  • Gráfico 1 - Evolução da capacidade estática de armazenamento de grãos, no período de 1970 a 2012, no município de Vacaria, RS

    Fonte: Autor (2013)

    evolução. Desta forma, consegue adequar sua capacidade estática para melhor atender ao produtor rural nos quesitos: agilidade na hora da descarga e rapidez no beneficiamento dos grãos. O aumento da área plantada com soja no período de 1995 a 2013 foi bem mais expressivo que o aumento de área plantada com milho no mesmo período (Gráficos 2 e 3). Enquanto a área plantada com soja quadriplicou no município de Vacaria, a área com milho não foi duplicada em relação a área plantada no ano de 1995. En-tretanto, o milho aumentou em mais de 100% na produtividade, que foi bem superior ao alcançado pela soja, no mesmo período.

    3332

  • Gráfico 2 - Evolução da área plantada e produtividade de Soja no município de Vacaria no período de 1995 a 2013

    Fonte: EMATER/RS-ASCAR (ano)

    Gráfico 3 - Evolução da área plantada e produtividade de milho no município de Vacaria no período de 1995 a 2013

    Fonte: EMATER/RS-ASCAR

    Conforme os dados apresentados na tabela 1, a capacidade estática de armazenamento de grãos, no município de Vacaria, no ano de 1970 era de apenas 500 mil sacos (60 Kg). A Cooperativa Tritícola Mista Vacariense foi pioneira no ar-mazenamento de grãos e segue até hoje possuindo a maior capa-cidade estática do município. A mesma obteve um acréscimo de quase 100% na sua capacidade estática em 23 anos, período em que não havia nenhuma outra unidade de armazenamento no mu-nicípio de Vacaria. Somente a partir do ano de 1997 que a EZ Cereais imp. Exp. Ltda entrou na concorrência e se tornou a segunda unidade de armazenamento disponível no município aos produtores. A terceira unidade a entrar no mercado de armazenamento foi a Chapada Grãos Com. Imp. Exp. Ltda, que, atualmente, apre-senta grande relevância na capacidade estática do município. No ano de 2007 foram implantadas no município de Vacaria mais duas unidades de armazenamento, a Schio Cereais Impor-tação e Exportação Ltda e o Terminal Rodoviário Porteira do Rio Grande. A Schio Cereais continua com a mesma capacidade está-tica do período de implantação. Já o Terminal Rodoviário obteve no primeiro ano apenas um silo para armazenar 83.000 sacos de 60 Kg de grãos, no segundo ano houve a construção de 4 silos, o que quadriplicou a capacidade inicial. A última unidade armazenadora, a Hercosul Alimentos Ltda, foi implantada no município de Vacaria em 2008, e permanece até hoje com a mesma capacidade estática de sua fundação. Atual-mente, existem no município de Vacaria 6 unidades de armazena-mento.No gráfico 4 podemos observar que a Cooperativa e a Chapada Grãos contribuem com 66% da capacidade estática do município.

    3534

  • Além disso, é possível observar que essas unidades de armazena-mento foram as que mais tiveram adequações em sua capacidade estática (Tabela 1 e Gráfico 4).

    Gráfico 4 - Porcentagem representativa de cada unidade de rece-bimento de grãos no município de Vacaria, RS

    Fonte: Autor (2013)

    Tabela 1 - Capacidade estática das unidades de armazenamen-to do município de Vacaria desde a sua fundação acrescida dos

    demais períodos (ano) de realização dos aumentos das mesmas e capacidade estática total adquirida até 2013

    Unida-des de recebi-mento

    Ano de funda-

    ção

    Capacida-de Estáti-ca 1º ano (sacos 60

    kg)

    Ano deAu-

    mento

    Cap. Es-tática

    (sacos 60 kg)

    Cap. Está-tica 2013(sacos 60

    kg)

    Coope-rativa Tritícola Mista Va-cariense

    1970 500.000 198519861993200020022012

    80.000100.000250.000300.000480.000475.000

    2.185.000

    Chapada grãos

    2002 270.000 200320082010

    240.000690.000600.000

    1.800.000

    Ez cere-ais Ltda.

    1997 80.000 200020032005

    30.000135.00095.000

    340.000

    Schio Cereais Ltda.

    2007 970.000 — — 970.000

    Ercosul Alimen-tos Ltda

    2008 417.000 — — 417.000

    Terminal Rodo-viário Porteira do Rio Grande.

    2007 83.000 2008 333.000 416.000

    TOTAIS 2.320.000 3.808.000 6.128.000 Fonte: Autor (2013) A unidade armazenadora, Schio Cereais, é a 3ª em capaci-dade estática, sendo responsável por 15% do armazenamento de grãos do município. O Terminal Rodoviário e a Hercosul Alimentos apresentam capacidades estáticas semelhantes, em torno de 7%. Entretanto, ambas não priorizam a prestação de serviços aos pro-dutores de grãos como as demais. A Hercosul Alimentos recebe os grãos dos produtores, os beneficia e armazena; mas, a finalidade principal dessa unidade é manter um estoque de grãos para facilitar a compra pela fábrica de ração dessa mesma empresa. Já o Terminal Rodoviário tem preferência pelo recebimento de soja, pois utiliza a unidade de armazenamento como um centro de recebimento e acumulo de grãos, cuja finalidade é a exportação dos mesmos. A Ez Cereais apresenta apenas 5 % da capacidade total do município, sendo então a menor capacidade estática do município de Vacaria.

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  • Na tabela 2 é possível observar que houve crescimento aproximado de 400% na produção de soja e milho, no período de 40 anos, no município de Vacaria. Vários fatores contribuíram para esse crescimento, dentre eles:

    a) aumento da demanda mundial por alimentos; b) aumento da comercialização de grãos para exportação; c) introdução de novas tecnologias e cultivares com maior potencial produtivo; d) aumento da área cultivada; e) maior facilidade de negociação dos grãos em relação à carne bovina.

    Tabela 2 - Evolução da produção de grãos de milho e soja do mu-

    nicípio de Vacaria- RS

    *Sem informação sobre a produção. Fonte: Pucci (2013) (Modificado/pessoal)

    A capacidade de armazenamento estático evoluiu jun-tamente com a produção de grãos no município, o que oca-sionou a criação de diferentes arranjos produtivos no setor agrícola do município.

    Grãos

    1970 1990 2000 2010Produção(sacos de 60Kg)

    Produção(sacos de 60Kg)

    Produção(sacos de 60Kg)

    Produção(sacos de 60Kg)

    Soja * 585.600 733.333 1.716.666Milho * 400.000 750.000 1.159.200Cap. de armaze-na-gem da região de Vaca-ria

    500.000 930.000 1.340.000 5.653.000

    CAPITULO IVETAPAS DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO

    38

  • O produtor de grãos deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apre-sente bom padrão de qualidade para o fim desejado. Nesse sen-tido, existem várias etapas desde a implantação da cultura até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos, as quais devem estar diretamente relacionadas (MONTOVANI, 2008). As unidades armazenadoras também devem seguir um flu-xo lógico, do recebimento até a venda da safra.

    15 - Fluxograma das etapas após colheita de grãos

    Coleta de Grãos

    Amostra-gem da carga

    Aplicação de taxas

    Beneficia-mento

    Armazena-mento

    Analise dos grãos

    Peso hec-tolitro

    % Grãos ardidos

    % Impure-za

    % umidade

    Pesagem na entrada

    Tombador

    Moega

    % Limpeza

    % Seca-gem

    Prestação de sesrviço

    Pré-limpe-za

    Secagem a lenha

    Secagem

    Secagem a gás

    Expedição

    Comerciali-zação

    Transporte

    A qualidade do grão deve ser preservada até que esses pro-dutos cheguem ao consumo animal ou industrial.

    41

  • COLHEITA DE GRÃOS

    No momento da colheita o produtor precisa estar atento para a regulagem da colheitadeira e para a umidade nos grãos; já que os mesmos influenciam diretamente nos descontos nas cargas de grãos entregues na unidade armazenadora. Produto Umidade colheita até 1

    anosuperior a 1 ano

    Milho 24-32 13,0 12,0Soja 15-18 12,0 11,0

    16 - Colheitadeira Massey Ferguson, uma das mais modernas existentes, MF 9790 ATR II com uma plataforma Draper MF 9250 com 35 pés. Fon-te: Massey Ferguson (2012)

    As sementes possuem vários componentes, dentre eles a água que pode variar bastante em função do grau de maturação e equilíbrio higroscópico com o ambiente. Assim, o padrão exigido dos grãos para fins comerciais é de 14,0% de umidade, ou de acor-do entre as partes (comprador e vendedor). Caso os lotes apresen-tem mais que esse percentual, os mesmos deverão ser ajustados, conforme exigido por normativas do MAPA. O ponto de colheita é muito importante para evitar perdas por altas umidades ou até mesmo se o produto for colhido muito

    seco. A tabela 3 mostra as umidades ideais para colheita e para armazenamento.

    Tabela 3 - Teores de umidade ideal para a colheita e armazena-gem de grãos sem risco de deterioração, independente das condi-

    ções climáticas

    Fonte: Lorini (2002)

    TEOR DE UMIDADE (%)

    O milho caso for colhido com mais que 32 % de umidade o produtor poderá obter perdas na lavoura. Quando a colheitadeira vai fazer a debulha da espiga de milho muito úmida, os grãos pode-rão não se desprender do sabugo e a colheitadeira poderá jogar os grãos fora. Outra maneira que a alta umidade atrapalha é na hora da descarga da colheitadeira no caminhão, os grãos de milho não deslizam com facilidade o que dificultará sua descarga no cami-nhão ou moega. A umidade aceitável para colheita do milho é entre 24 a 32 % de umidade. Os grãos de soja quando colhidos com alta umidade ainda não estão completamente desenvolvidos e as vagens ainda esta-rão verdes, o que compromete sua debulha dentro da colheitadeira. Já quando os mesmos estiverem muito secos o produtor fica muito a mercê dos fenômenos climáticos. As chuvas e ventos poderão ocasionar a debulha das vagens na lavoura. Além disso, os grãos quando colhidos com baixa umidade podem trincar e quebrar na hora da debulha, o que irá gerar um desconto maior de impurezas.

    4342

  • A secagem do milho a campo pode ocasionar queda de plantas pela ação do vento; o que ocasiona perdas, pois a platafor-ma da colheitadeira pode não alcançar as plantas quando a mesma estiver colhendo-as. Uma vez que a regulagem da colheitadeira é feita para uma determinada altura e as plantas deitadas ou desuni-formes são perdidas.

    PESAGEM NA ENTRADA

    A pesagem na entrada deve ser feita cuidadosamente para que não ocorrer erros no peso da carga. O caminhoneiro irá entregar ao balanceiro a nota da carga, na qual constará a origem da mesma, ou seja, o nome do produtor. A Nota Fiscal de Produtor (NFP) é o que irá garantir que o produto será lançado no estoque do produtor. A pessoa que recebe a nota (NFP) e faz a pesagem deve ter muito cuidado, porque qualquer falta de atenção que ocorra na chegada, a carga poderá se perder ou até mesmo ser lançada para o produtor errado. Após o procedimento de pesagem o caminhão é encaminhado para a moega.

    TOMBADOR

    O tombador é uma plataforma localizada nas moegas da unidade de recebimento, onde ocorre a descarga do grão (Figura 17). O caminhão sobe em cima desta plataforma, que inclina em 90°, fazendo com que o grão que está dentro da carroceria caia na moega.

    Tombador

    Moega

    17 - O tombador está vinculado à moega para o recebimento de grãos. Fonte: Autor (2014)

    Existem tombadores para variados tamanhos de cami-nhões. Há alguns anos atrás, o acesso a esse equipamento era mais difícil, pois era um equipamento caro, e a produção não cobria todo o custo. Atualmente, a Cooperval dispõe de xxxx tombadores elétri-cos.

    MOEGA

    A moega é o local onde caminhão descarrega a carga de grão, recentemente amostrada, classificada (umidade e impureza) e pesada na entrada. A organização da unidade de armazenamen-to depende da integração entre as operações de limpeza e seca-gem com a descarga nas moegas (Figura 18).

    4544

  • 18 - A moega é o local onde são descarregados os grãos recém-colhidos na unidade de armazena-mento. Fonte: Autor (2014)

    A mistura de cargas mais secas com as mais úmidas de grãos ocasiona aumento do tempo de secagem e menor eficiência.

    AMOSTRAGEM

    Dentre as atividades que são realizadas nas unidades ar-mazenadoras a amostragem é uma das principais etapas, pois se não for retirada corretamente poderá alterar o resultado da análise. A amostragem é utilizada para classificar os produtos agrícolas re-cebidos na unidade de armazenamento. A amostragem é composta das seguintes atividades: coleta de amostra, determinação da umidade, impureza e percentual de grãos avariados. Quando o caminhão chega até a unidade é retirado uma amostra para saber qual o estado da carga. Em seguida a amostra é encaminhada até o laboratório de análise na unidade para evitar fila de caminhões, pois a carga so-mente será liberada após a realização da análise.

    ANÁLISE DE GRÃO

    Em geral as unidades de recebimento de grãos devem ter uma sala para analises que disponha de equipamentos para deter-minar a qualidade dos grãos, tais como:

    a) balança de laboratório; b) determinador de umidade; c) peneiras de amostras; d) coletores de amostras (baldes e caladores); e) determinador de Peso Hectolitro (PH).

    A amostra retirada da carga de grãos recém colhidos é en-caminhada para a sala de análises, onde será determinada a umi-dade e impureza dos grãos. Tratando-se de uma carga de trigo também será analisado o PH.

    19 - Laboratório de análises onde são determina-das o % de umidade, de impureza e o peso hec-tolitro (específico para o trigo) dos grãos. Fonte: Autor (2014)

    Na sala de analises também é feito o controle de umidade

    4746

  • dos grãos que estão no secador. O encarregado pelo secador retira uma amostra a cada 15 minutos, aproximadamente, para que os grãos fiquem dentro dos padrões exigidos, sem alteração da quali-dade dos mesmos.

    Umidade do grão

    O teor de umidade é um parâmetro que pode influenciar na qualidade dos grãos armazenados. Já que teores de umidade ele-vados proporcionam condições propícias para o aumento de ocor-rência de ácaros, insetos e micro-organismos nos silos. Os grãos quando armazenados com umidades preconizadas pelos órgãos de fiscalização podem preservar a sua qualidade por longos perío-dos. Nos dias atuais existem dois aparelhos comumente utiliza-dos para medir a umidade dos grãos, o Motonco e o medidor uni-versal.

    O motomco (Figura 20) é um equipamento elétrico indireto não destrutivo, pois os grãos após a determinação de umidade per-manecem intactos. O motomco foi considerado equipamento pa-

    20 - Equipamento Motomco utilizado na expedição para aferição do teor da umidade dos grãos.

    Fonte: Lemaqui (2013)

    drão para determinação de umidade nos USA (Estados Unidos da América), e atualmente bastante utilizado no Brasil (LUZ, 2006).

    Medidor Universal

    O medidor universal (Figura 21) é um equipamento que uti-liza o método destrutivo. O produto é comprimido entre dois eletro-dos e a resistência elétrica medida é traduzida para uma leitura de umidade (LUZ, 2006).

    Peneira de Classificação de Grãos

    As peneiras de classificação de grãos (Figura 11) possuem formatos e aberturas de diâmetros variados, sendo específicas para cada tipo de grão e de acordo com a recomendação do MAPA. Em grãos de soja são usadas peneiras cujas aberturas são circulares e apresentam 3 mm de diâmetro, já para os grãos de milho as penei-ras possuem crivos circulares de 5mm de diâmetro (Tabela 4).

    Tabela 4 - Peneiras para classificação de grãos (quebrados, intei-ros e impurezas)

    Produto Recepção (mn) Expedição (mn)Milho 1,75 x 22 5,0 fSoja 3,0 3,0f

    Fonte: Lorini (2002)

    21 - Equipamento Medidor Universal utilizado no recebi-mento de grãos nas unidades armazenadoras para aferição do teor da umidade dos grãos

    Fonte: Autor (2013)

    4948

  • Os grãos perfeitos ficam retidos na superfície destas penei-ras, mas as aberturas facilitam a passagem das impurezas presen-tes (vagem, talos, sabugo, palha, terra, insetos, etc.) na massa de grãos amostrada.

    Impurezas

    A determinação das impurezas e dos materiais estranhos é feita previamente à determinação da umidade. Impureza é o nome dado a todo material estranho, que passe na peneira especifica para cada tipo de grão (Figura 22). Também podem ser conside-radas como impurezas, partículas maiores que não passem nas peneiras de classificação, e que são retirados manualmente, tais como: sabugo, palha, folhas entre outros.

    22 - Presença de impurezas de grãos de soja no fundo da peneira. Fonte: Autor (2013).

    A impureza é também determinada pelo menos em dois mo-mentos: na recepção e na expedição. A movimentação de

    grãos dentro dos silos pode ocasionar aglomerados de impurezas mesmo depois de feita a limpeza dos mesmos, tais como: quirera, casquinhas e poeira de milho. Esse fato poderá ocasionar a altera-ção no percentual de impurezas estabelecidas através de normati-vas do MAPA. O milho é considerado ardido quando os grãos ou pedaços de grãos que perderam a coloração ou cor característica, por ação do calor e umidade ou fermentação em mais de ¼ (um quarto) do tamanho do grão. (Portaria nº 845, de 08 de Novembro de 1976). No grão de milho é fácil de fazer a identificação do ardido, a parte branca do grão irá apresentar uma cor escura, conforme é mostra-do na figura 23.

    23 - Grãos de milho ardidos apresentando man-chas escuras bem nítidas em sua região central (Hilo). Os grãos partidos possibilitam a observa-ção dos danos internos com facilidade.Fonte: EMATER (2013)

    Espigas de milho mal empalhadas ocasionam exposição das mesmas e acumulo de água, isto ocasiona a entrada de fungos

    5150

  • e insetos que ajudam a deterioração dos grãos a campo. Os grãos ardidos podem ser consequência do excesso de chuvas na lavoura antes da colheita. Em relação a soja são considerados ardidos os grãos ou pedaços de grãos que se apresentam visivelmente fermentados e com coloração marrom ou escura afetando a polpa, incluindo-se neste defeito os grãos queimados por processo de secagem (INS-TRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 15 DE MAIO DE 2007).

    Contra prova

    Amostra de contra prova (Figura 24) é feita a partir da amos-tra que ficou em poder da unidade de armazenamento. Ela pode ser utilizada caso ocorra discordância do resultado da análise por parte do produtor. Essa amostra contém 2 a 3 quilos de grãos, sen-do identificada através de: nome do produtor, hora, número do ro-maneio, umidade e impureza. A amostra é arquivada por um período de 48 horas que, geralmente, é o tempo que o produtor leva para recorrer à análise feita no laboratório da unidade. Após esse prazo ela é descartada, pois a umidade do grão causa fermentação, o que poderá alterar o resultado da análise posterior.

    Secagem

    A secagem é uma das etapas do pré-processamento dos grãos, que tem por finalidade, retirar parte da água neles contida. É definida como um processo simultâneo de transferência de calor e massa (umidade) entre o grão e o ar de secagem. A remoção da

    umidade deve ser feita em um nível que o produto fique em equilí-brio com o ar do ambiente onde será armazenado e deve ser feita de modo a preservar a aparência, as quantidades nutritivas e viabi-lidade como semente. (SILVA, 2000).

    É importante que o encarregado do secador fique atento na hora de secar os grãos que vêm da lavoura. Qualquer falta de atenção poderá causar prejuízos, o encarregado deve passar por treinamentos específicos do setor, para estar seguro nas ações fei-tas durante a secagem. A secagem exige cuidados com altas temperaturas e gran-des fluxos de ar que forçam a secagem rápida. Uma vez que pode-rão resultar em um gradiente de umidade muito acentuado entre a superfície e interior dos grãos. Isso irá gerar tensões internas que podem ocasionar o trincamento e posterior quebra dos grãos du-rante a armazenagem (LORINI, 2002).

    PESAGEM DO CAMINHÃO NA SAÍDA DA UNIDADE

    Após a coleta da amostra e descarrega do caminhão, o mesmo será encaminhado para a balança de saída. Nesse momen

    24 - Amostra de contra prova de grãos de soja

    Fonte: Autor (2013)

    5352

  • to o caminhão será pesado novamente, só que sem carga. Esse procedimento permitirá ao balanceiro gerar um romaneio. Uma das vias de romaneio será entregue para o caminhoneiro. O romaneio é um documento emitido onde constam todas as informações da carga, tais como (Figura 24).

    Dados do produtor; Peso de entrada; Peso de saída; Peso bruto; Peso líquido; Desconto de umidade; Desconto de impureza; Desconto de prestação de serviço.

    25 - Romaneio da unidade de armazenamento Co-operval emitido no ano de 2014. Fonte: Cooperval (2014)

    As informações contidas nos romaneios (Figura 26) serão lançadas no sistema da unidade de armazenamento, que poderá

    expedir um extrato de controle de cargas recebidas quando solici-tado pelo produtor.

    PRÉ-LIMPEZA

    A operação de pré-limpeza (Figura 26) é realizada com o produto úmido que vem da lavoura. Esse procedimento é realizado para retirar as impurezas mais grosseiras como: sabugos, folhas, vagens, pedras, entre outras.

    26 - Maquinário de pré-limpeza na unidade de ar-mazenamento, localização próxima às moegasFonte: Autor (2013)

    O funcionamento da pré-limpeza é baseado em peneiras e ar. Na pré-limpeza existem peneiras para cada tipo de grão. A clas-sificação dos grãos é feita através da espessura, largura, massa, e formato dos mesmos, já que o ar irá separar as impurezas mais leves das mais pesadas; como por exemplo, o pó, quirera, palha, terra, etc (Figura 28). Essas impurezas são armazenadas geralmente em "big

    5554

  • bags" até que seja feita a destinação final. Alguns desses resíduos, tal como a quirera, poderão ser vendidos para trato animal.

    27 - Grãos quebrados, brotados, chochos, maté-rias estranhas e impurezas que saem da pré-lim-peza. Fonte: EMATER (2013)

    SILO PULMÃO

    O silo pulmão é um silo de apoio ao recebimento de grãos em unidades armazenadoras. É utilizado para armazenar tempora-riamente os grãos que já passaram na pré-limpeza, mas que ain-da estão úmidos e aguardam o momento de secagem. Esses silos possuem ventilação de ar natural para evitar o aquecimento dos grãos devido à elevada umidade.

    SECADOR

    O tipo de secador utilizado pela Cooperval é o secador de leito fixo, também utilizado pela maioria das unidades. O secador realiza uma secagem artificial na massa de grãos. O secador de leito fixo dispõe de fluxo compatível com a en-trada de grãos e custo/benefício razoável para as unidades arma-zenadoras. O material é colocado em um reservatório (câmara de secagem), no qual o ar atravessa a massa de grãos por intermédio de dutos ou por meio de um fundo falso, formado por uma chapa perfurada (Figura 29) (LORINI, 2002).

    MAT. ESTRANHOS E IMPUREZAS

    GRÃOS QUEBRADOS

    BROTADOS COCHOS

    28 - Resíduos resultantes da operação de pré-limpeza

    Fonte: Autor (2013)

    29 - Secador de leito fixo vincu-lado à fornalha, utilizado na uni-dade de armaze-namento Cooper-val. Fonte: Autor (2014)

    5756

  • O secador de leito fixo (Figura 30) é acoplado à fornalha e dispõe de um sistema de ventilação, que irá mandar o calor até a massa de grãos. O sistema de ventilação é acoplado entre a for-nalha e a câmara de secagem. É muito importante que seja feito um acompanhamento na temperatura do secador. A ocorrência de altas temperaturas pode representar risco de incêndio a toda estru-tura.

    30 - Representação esquemática da movimentação dos grãos em secador de leito fixo. Fonte: Ebah (2013)

    Fornalha a lenha

    A fornalha a lenha é feita de tijolos de barro com parede du-pla de tijolos a fim de que possam suportar o calor e o impacto da lenha (LORINI, 2002).

    31 - Fornalhas a lenha (Imagens superior) e tur-bina que manda a aeração para os silos (imagem inferior). Fonte: Autor (2013)

    ARMAZENAGEM

    O armazenamento da produção agrícola tem como princípio básico guardar e conservar as características quantitativas e qua-litativas dos produtos armazenados. A cooperativa permite receber as quantidades produzidas durante as safras agrícolas, e reter a produção que não encontra comercialização imediata. Na armazenagem existe um sistema de aeração dentro dos próprios silos que permitem a conservação dos grãos por longos períodos. Este sistema evita que os mesmos sejam atacados por fungos pois evita que os grãos aqueçam (Figura 30).

    PRAGAS EM GRÃOS ARMAZENADOS

    Nas unidades armazenadoras vários fatores influenciam para a perda de qualidade dos grãos, podendo assim desclassificá

    5958

  • -los na expedição. Entre esses fatores estão os insetos em grãos armazenados. A presença dos mesmos pode ser devido a tempera-tura, umidade e até mesmo a conservação na lavoura. Entre as diversas espécies de insetos que atacam os grãos armazenados existem três que são as mais comumente encontra-das nas unidades armazenadoras (Figura 32): Rhyzopertha domi-nica (Col.,Bostrychidae) - besourinho dos cereais, Sitophilus ory-zae e S. zeamais (Col.,cuculionedae) – gorgulhos dos cereais e o Tribolium castaneum ( Col.,tenebrionidae). Essas espécies podem ocasionar a perda de peso dos grãos e também a destruição parcial ou total dos mesmos (LORINI, 2008). A limpeza nos tuneis, corredores, passarelas, elevadores e moegas, é uma medida preventiva que deve ser adotada pelas uni-dades armazenadoras. As práticas para o controle desses insetos podem ser feitas através de métodos químicos, físicos e biológicos.

    32 - Três principais espécies de insetos que atacam os grãos armazenados a) Rhyzopertha dominica (Col.,Bostrychidae) - be-sourinho dos cereais, b) Sitophilus oryzae e S. zeamais (Col.,-

    cuculionedae) – gorgulhos dos cereais e o c) Tribolium castaneum ( Col.,t)

    Fonte: Ebah (2013)

    Dentre essas práticas, a de uso mais comum é o expurgo, que elimina qualquer tipo de infestação de pragas mediante o uso de gás. Quando é realizado o expurgo, os silos são totalmente ve-dados pelo menos por três dias para garantir o sucesso do procedi-mento. Além de insetos o aparecimento de roedores e pássaros é muito comum nas unidades armazenadoras. Os roedores têm den-tes incisivos que os permitem à abertura de orifícios em uma série de materiais, como madeira, sacaria, barro, tijolos e até concreto. Também podem causar danos em encanamentos, instalações elé-tricas, embalagens, equipamentos e até mesmo incêndios (curto--circuito). O surgimento de pássaros e roedores é devido à poeira e grãos espalhados nas dependências da unidade. A organização e higienização dentro das unidades armazenadoras deve ser uma das práticas prioritárias a fim de evitar o surgimento dessas pragas.

    QUADRO DE COMANDO

    O quadro de comando é um equipamento que todas as uni

    Tribolium castaneum

    Rhyzopertha Dominica

    Sitophilus oryzae e S. zeamais

    6160

  • dades armazenadoras devem possuir. Ele serve para comandar toda a parte elétrica da unidade como: elevadores, aeração, moe-gas, roscas, correias, etc.

    33 - Quadro de comando fluxo da unidade de ar-mazenagem da unidade de recebimento da Coo-perval. Fonte: Autor (2014)

    Esse equipamento deve ficar em uma sala centralizada, ge-ralmente, localizado próximo as moegas e pré-limpeza para facilitar o acesso. A sala deve ser também organizada e limpa, para facilitar o acesso (Figura 33).

    EXPEDIÇÃO

    A expedição ocorre a partir da venda dos grãos armazena-dos. Depois de efetuada a venda o comprador envia os caminhões à unidade armazenadora para carregar os grãos. Na expedição também é necessário agilidade a fim de evitar filas de caminhões na entrada da unidade. O carregamento ocorre, geralmente, de

    duas formas: na lateral dos silos ou com o caminhão em cima da balança onde os grãos saem do silo de expedição. No carregamento na lateral dos silos a pesagem do cami-nhão deve ser feita na chegada da unidade onde será retirada a tara do mesmo. Em seguida o caminhão é encaminhado para a lateral do silo indicado, onde os grãos cairão a granel por um funil na carroceria (Figura 34).

    34 - Visão lateral dos silos, apresentando o dispo-sitivo para carregamento diretamente do siloFonte: Autor (2014)

    TRANSPORTE

    O transporte é fundamental para a distribuição dos grãos produzidos, pois as regiões produtoras nem sempre estão próxi-mas dos centos consumidores. Existem várias formas para trans-porte de grãos, tais como: rodoviário, ferroviário e hidroviário. No Brasil o mais utilizado é o transporte rodoviário. As cargas dos caminhões não são uniformes, pois existem

    6362

  • limites de pesos e dimensões para cada configuração de veículos usados no país (Tabela 5). Caso os caminhões sejam liberados das unidades com excesso de cargas, a unidade armazenadora e o transportador poderão ser penalizados com multas.

    Tabela 5 - Carga bruta total permitida para transporte conforme modelo do caminhão

    Veículo PBT (ton)Truck 16 tCarreta simples 31,5tCarreta trucada 23,0tCaminhão + reboque 43,0tCaminhão trucado +reboque 50,0t

    Fonte: Sana (2013)

    COMERCIALIZAÇÃO

    A comercialização dos produtos é uma das mais importan-tes etapas, dentre as desenvolvidas na atividade agropecuária, pois é nesta fase que o produtor irá aferir se obteve lucro ou pre-juízo. Esse procedimento pode ser feito de várias formas. Existe a comercialização antes da colheita e após a colheita. A cooperativa possui um setor de comercialização semelhante ao das corretoras, mas o cooperado tem o livre poder decisão, sendo que a venda não é restrita para a Cooperval.

    Analise de Mercado

    A análise de mercado é baseada na Bolsa de Valores de Chicago. O corretor deve informar-se, rotineiramente, nos sites da internet, pois o mercado sofre alterações a todo o momento; que

    refletem diretamente nos preços dos grãos. Existem várias bolsas de negociação de commodities ao re-dor do globo como a CBOT/CME em Chicago, a NYBOT/ICE em Nova York, a KCBT em Kansas City, a LME em Londres. No Bra-sil, os negócios concentram-se na BM&F, Bolsa de Mercadorias e Futuros, que recentemente fundiu-se com a Bovespa (NOTICIAS AGRICOLAS, 2010). Existe também a pesquisa entre as empresas compradoras, pois nem sempre há o acompanhamento de preço por parte delas quanto às variações de preço dos grãos na bolsa de valores. O pre-ço também pode ser influenciado pela oferta e procura dos grãos na região.

    Venda

    A decisão de comercialização pode ser afetada por fatores como a necessidade de capital, a liquidez, a disponibilidade de cré-dito e a aversão ao risco (BRAUN, 2010) Em relação à liquidez, há necessidade de se manter certas reservas em dinheiro com a finalidade de atender às obrigações financeiras da propriedade, das necessidades da família, e mesmo para ocorrências incertas. A disponibilidade de crédito influi nas decisões de comercia-lização, pois a falta de recursos pode forçar o produtor a vender sua produção para atender às suas necessidades de capital. Havendo crédito disponível, a produção pode ser comercializada mais tarde, com preços mais compensadores, dado que nesse período as ne-cessidades de capital são atendidas através de empréstimo. Já a aversão ao risco pode levar o produtor a entregar sua produção a um determinado comprador ou em época inadequada,

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  • por não estar propenso a apostar no futuro. Para que ocorra a ven-da o corretor deve sempre manter o produtor rural informado sobre os preços. A confiança estabelecida entre essas partes é funda-mental para o produtor decidir o melhor momento para a venda de sua produção. Gráfico 5 - Evolução dos preços das commodities agrícolas (milho

    e soja), no ano de 2012

    Fonte: Autor (2013)

    Na entressafra é o momento em que os produtores, geral-mente, obtêm preços mais elevados. Entretanto, a disponibilidade de grãos para venda nessa época dependerá não somente da ca-pacidade estática disponível como do planejamento financeiro do produtor. No gráfico 5 é possível observar que os mais altos valores comerciais de soja e milho no ano de 2012 ocorreram principalmen-te nos meses de julho a dezembro. As melhores cotações para venda de milho ocorreram em dezembro, quando houve acréscimos de aproximadamente 20% em relação à cotação no momento da colheita dos grãos. Já a soja obteve em 2012 cotações na entressafra até então nunca vistas pelos produtores, atingindo percentuais de acréscimo de aproximadamente 90% em relação à cotação no período da co-lheita. Isso ocorreu devido à quebra da safra nos EUA e aos baixos estoques mundiais.

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    6968

  • SISLEGIS. Sistema de Consulta à Legislação. Disponível em: . Acesso em: 25 abril 2013.

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    LISTA DE FIGURAS

    1 - Unidade de armazenamento da CIBRAZEM, adquirida pela Cooperval em 17 de junho de 1986...........................092 - Primeira carteira da Cooperval associado Adrovando João Bocchese Guazzelli, emitida no dia 01 de outubro de 1966......................................................................................113 – Assinaturas da Primeira Ata da Cooperval oriunda a Assembléia de Constituição que ocorreu em 13 de janeiro de 1965................................................................................ 124 - Construção dos primeiros pavilhões da Cooperval onde, atualmente, está localizada a parte administrati-va.........................................................................................135 - Início da terraplanagem no terreno escolhido pelos di-rigentes da Cooperval para a construção do primeiro gra-neleiro, localizado próximo à bacia de captação de água para a cidade de Vacaria....................................................146 - O primeiro graneleiro da Cooperval em fase adiantada de construção..........................................................................157 - O primeiro graneleiro da Cooperval com capacidade estática de 500 mil sacos, na fase final de sua constru-ção.......................................................................................168 - Lavoura de soja sendo pulverizada com insetici-da.........................................................................................179 - Lavoura de trigo sendo pulverizada, com inseticidas, pela aviação agrícola..................................................................1710 - Instalações e maquinário agrícola de um dos asso-ciados da Cooperval na década de 1960.........................1811 - Lavoura de trigo da microrregião de Vacaria na déca-da de 1960...........................................................................1812 - Agrônomo da Cooperval fazendo vistoria téc nica em lavoura de trigo no ano de 1969........................................1913 - Colheitadeiras em lavoura de trigo, com dispositivos para armazenamento do grão colhido ensacado (A) e a granel (B) de trigo no ano de 1972.....................................1914 - Colheitadeiras em lavoura de trigo mourisco com dis-positivos para armazenamento do grão colhido ensacado (A) e a granel (B e C), no ano de 1971...............................20

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    15 - Fluxograma das etapas após colheita de grãos..........4116 - Colheitadeira Massey Ferguson, uma das mais mo-dernas existentes, MF 9790 ATR II com uma plataforma Draper MF 9250 com 35 pés...............................................4217 - O tombador está vinculado à moega para o recebimento de grãos...............................................................................4518 - A moega é o local onde são descarregados os grãos re-cém-colhidos na unidade de armazenamento.................4619 - Laboratório de análises onde são determinadas o % de umidade, de impureza e o peso hectolitro (específico para o trigo) dos grãos....................................................................4720 - Equipamento Motomco utilizado na expedição para aferição do teor da umidade dos grãos..............................4821 - Equipamento Medidor Universal utilizado no recebi-mento de grãos nas unidades armazenadoras para aferi-ção do teor da umidade dos grãos.....................................4922 - Presença de impurezas de grãos de soja no fundo da peneira.................................................................................5023 - Grãos de milho ardidos apresentando manchas escu-ras bem nítidas em sua região central (Hilo). Os grãos par-tidos possibilitam a observação dos danos internos com facilidade.............................................................................5124 - Amostra de contra prova de grãos de soja.................5325 - Romaneio da unidade de armazenamento Cooperval emitido no ano de 2014......................................................5426 - Maquinário de pré-limpeza na unidade de armazena-mento, localização próxima às moegas...........................5527 - Grãos quebrados, brotados, chochos, matérias es-tranhas e impurezas que saem da pré-limpeza...............5628 - Resíduos resultantes da operação de pré-limpe-za.........................................................................................5629 - Secador de leito fixo vinculado à fornalha, uti-lizado na unidade de armazenamento Cooper-val........................................................................................5730 - Representação esquemática da movimentação dos grãos em secador de leito fixo..........................................5831 - Fornalhas a lenha (Imagens superior) e turbina que manda a aeração para os silos (imagem inferior)...............59

    32 - Três principais espécies de insetos que atacam os grãos armazenados a) Rhyzopertha dominica (Col.,Bos-trychidae) - besourinho dos cereais, b) Sitophilus oryzae e S. zeamais (Col.,cuculionedae) – gorgulhos dos cereais e o c) Tribolium castaneum ( Col.,t)..................................6033 - Quadro de comando fluxo da unidade de arma-zenagem da unidade de recebimento da Cooper-val........................................................................................6234 - Visão lateral dos silos, apresentando o dispositivo para carregamento diretamente do silo............................63

  • ISBN 9788560231249