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Carlos Arriaga Avaliação de projectos Universidade de Timor CRUP FUP
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O valor da empresa não endividada
• O relacionamento dos bancos com as empresas
• O valor da empresasem endividamento
• O custo do capital.
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Questões desta unidade
. Qual a origem do risco?
. O que é o custo do capital de um projecto/empresa?
. Qual o problema da empresa não endividada?
. Porque é que a avaliação do risco de crédito se importa com o custo do capital de um projecto/empresa?
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Qual a origem do risco?
• Assimetria de informação: Problema de risco moral e de selecção adversa
• Estrutura financeira da empresa : nível de endividamento elevado
• Actividade económica da empresa : risco de actividade
• Período de recuperação do investimento
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Indicadores economico-financeiros
• ESTRUTURA/FINANCIAMENTO • Indica a forma como a empresa está a ser financiada,
nomeadamente a existência de compromissos a satisfazer no futuro e datas de reembolso. O objectivo é aferir da capacidade de fragilidade da estrutura financeira (escassez de recursos de carácter permanente…)
• LIQUIDEZ: • Permite aferir da capacidade da empresa para cumprir as suas
obrigações financeiras no curto prazo e garantir a manutenção da actividade operacional da empresa. A falta permanente de liquidez é uma das maiores causas de falências das empresas (especialmente MICROEMPRESAS)
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Indicadores economico-financeiros
• RENTABILIDADE • Permite obter medidas com base no lucro e, em ultima
análise, a forma como esse lucro é produzido.
• São os rácios mais importantes para aferir a continuidade da empresa, i.e. a capacidade de no futuro gerar os CF que garantam o seu crescimento/manutenção.
• ACTIVIDADE • Medem a riqueza operacional da empresa, i.e. quão
eficiente tem sido a utilização dos seus activos
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Afinal como avaliar a situação económico-financeira de uma empresa?
• Óptica financeira
• Procura determinar em que medida a empresa dispõe dos meios financeiros adequados para corresponder às suas necessidades operacionais e funcionar com independência perante terceiros.
• Ex. Equilíbrio financeiro, liquidez e solvabilidade
• Óptica económica
• Procura determinar o grau de eficiência da empresa, i.e. detectar a capacidade de organizar da melhor forma os meios que dispõe para produzir bens e serviços.
• Ex. Rendibilidade, produtividade, cash-flow
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Indicadores economico-financeiros
• Problemas na utilização dos rácios:
• Lidam com contabilidade histórica;
• Comparam stocks com fluxos;
• Não consideram sazonalidade e ciclicidade;
• São passíveis de distorção por efeitos de inflação, políticas de avaliação de activos, reavaliações …
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Escolha da estrutura de capital
• Qual é o primeiro objectivo financeiro?
- Maximizar a riqueza dos accionistas.
Por isso, pretende-se escolher a estrutura de capital que maximize a riqueza dos accionistas.
• Pode-se maximizar a riqueza dos accionistas por maximizar o valor da empresa ou minimizar o WACC
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9© 1998 The Dryden Press
Que tipo de capital de longo prazo utiliza a empresa?
Acções de preferência
Acções normais:
benefícios retidos
novas acções
Dívida de longo prazoDívida de longo prazo
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10© 1998 The Dryden Press
Qual o interesse deste conceito?
O custo do capital é utilizado na tomada de decisões , principalmente quando envolve aumentos de capital.
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Custo do capital
• definição : taxa de desconto adaptada ao risco do projecto/empresa
• Componentes:• - Custo da acção (dos capitais próprios)• - Custo do endividamento• WACC – weighted average cost of capital – taxa de
desconto apropriada para proceder à avaliação dos cash-flows futuros do projecto/empresa
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“Custo do capital, exemplo”
• Quando se diz que o “custo do capital” é, por exemplo, de 12%, significa:
– A empresa só terá um NPV (VAL) positivo se o retorno do projecto exceder 12% de modo a compensar o investidor de ter investido neste projecto.
– A utilização do capital do projecto deve permitir um ganho de 12% de modo a conseguir-se o empréstimo para o projecto.
• Assim, o custo do capital depende mais da utilização dos fundos do que da fonte dos fundos de financiamento.
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13© 1998 The Dryden Press
Porque existe um custo nos benefícios retidos?
• Os ganhos da empresa podem ser reinvestidos ou pagos como dividendos.
• Os investidores poderiam comprar outros
títulos , obtendo um retorno.
• Deste modo, há um custo de oportunidade se os ganhos forem retidos.
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Custo de oportunidade
• Custo de oportunidade: O retorno dos accionistas pode ser obtido através de investimentos alternativos de igual risco.
• Os investidores podem adquirir acções semelhantes e ganhar ks, ou a empresa pode re-adquirir as suas próprias acções e ganhar ks. Deste modo, ks é o custo dos benefícios retidos.
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Métodos de avaliação para o custo da acção
• DCF - Discount cash flows
• Modelo do dividendo antecipado de Gordon
• Capital Asset pricing Model (CAPM)
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Modelo dos dividendos antecipados
• Uma acção é valorizada por actualização dos cash flows futuros que empresa pode gerar.
• P0 = (D1 + P1) / (1+r)• Rendimento: D1 / P0• O valor acrescentado : (P1-P0)/P0• r = (D1+P1-P0)/P0• P0 = D1/(1+r) + D2/(1+r)2+ .. + (Dt +Pt)/1+r) t
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Modelo de Gordon
• P0 = (D1 / 1+re ) + D1*(1+g) / (1+re)2 + D1*(1+g)2 / (1+re)3+…+ =
• Σ D1* (1+g)t-1 / (1+re)t =
• D1 /(re – g) com |g| < re
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Modelo de Gordon
• Po = D1 / (re-g)
• re = (D1 / P0 )+g
• re = (D0 (1+g) /P0) + g
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Qual o custo dos benefícios retidos, re dado: D0 = $4.19;P0 = $50; g = 5%.
g
P
gDg
P
Dre
0
0
0
1 1
$4. .
$50.
. .
.
19 1050 05
0 088 0 05
13 8%.
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Modelo de Gordon
• Suponha qu a empresa tem um crescimento superior ao retorno esperado da acção nos primeiros 5 anos. Então só a partir do 6º ano é que o modelo de Gordon poderá ser aplicado
• Se re – g < 0 ou seja g>re este modelo não se aplica
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Modelo de Gordon
• D5*(1+g2) / (1+re)6 + D5*(1+g2)2 / (1+re)7+…+ =
• Σt=6 até ∞ D5* (1+g2)t-5 /
(1+re)t =
• 1/(1+re)5 Σt=1 até ∞ D5* (1+g2)t / (1+re)t
• 1/(1+re)5 D5* (1+g2)t / (re-g2 )
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Exemplo
• re = D1/P0 + g = 10%; F = 20%.• Investidores investem $100, esperando EPS = DPS
= 0.1($100) = $10.
• 3. Suponha que a empresa necessita apenas de $80.
• Se ganhar rs = 10% sobre $80, EPS = DPS = 0.10($80) = $8. demasiado baixo e o preço cai.
• 5. Necessita neste caso de ganhar re = 10% /0.8 = 12.5%.
• 6. então EPS = 0.125($80) = $10.• Conclusão: re = 12.5% > rs = 10.0%.
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23© 1998 The Dryden Press
Suponha que uma empresa tem um ganho de 15% sobre o valor da acção (ROE = 15%) e retem 35% dos benefícios (dividend payout = 65%), devendo manter-se esta situação .
Qual será o valor esperado de g?
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24© 1998 The Dryden Press
Taxa de crescimento do beneficio retido:
g = b(ROE) = 0.35(15%) = 5.25%.
b = Fracção retida.
Valor de g = 5% given earlier. Considere, a titulo de exemplo, um banco que paga 10% com b = 0, b = 1.0, e b = 0.5. qual o valor de g?
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Outro método de avaliação do custo do capital - CAPM
• Modelo de aplicação na avaliação de uma acção
• Covariância entre o custo de capital (retorno do valor da acção) e o retorno do mercado (medido pelo índice de mercado)
• Β (empresa) = Cov (retorno mercado, retorno empresa) / Var (retorno mercado)
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26© 1998 The Dryden Press
Qual o custo dos benefícios retidos baseado no CAPM?
rRF = 7%, MRP = 6%, b = 1.2.
rs = kRF + (kM - kRF )b.
= 7.0% + (6.0%)1.2 = 14.2%.
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Modelo dos free cash flows
• Cash flows (definição geral): fluxo de tesouraria gerado pela empresa, que traduz a capacidade da empresa gerar dinheiro.
• Tipos de cash-flows: exploração; Investimento; Financiamento
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Modelo dos free cash flows
• Cash-flow exploraçao: traduz o fluxo de tesouraria correspondente à diferença entre receitas e despesas resultantes da actividade da empresa
• CFexp = Beneficios+ dotação para amortizações – variação das necessidades de fundo de maneio
• Necessidades de fundo de maneio = Stocks + credito de curto prazo – dívidas de curto prazo
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Modelo dos free cash flows
• Cash-flow investimento: corresponde à variação dos activos imobilizados brutos da empresa
• Cash flow de financiamento (de uma empresa não endividada): corresponde á diferença entre os capitais obtidos por aumentos de capital e os montantes distribuidos aos accionistas
• CFfin = ΛK - div
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Modelo dos free cash flows
• Oportunidade de crescimento: O valor de uma empresa não reflecte apenas o valor actual dos cash flows gerados pela sua actividade mas tambem o valor actual dos investimentos futuros. Então podemos decompor o valor d e uma empresa em duas partes:
• - valor da empresa sem crescimento (benef/r)• - valor actual do crescimento (vaco)• Vaco = Σ val(t)/(1+r)t em que val corresponde
ao valor actual liquido dos investimentos futuros.
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Modelo dos free cash flows
• Valor da empresa não endividada
• Vo = Ao = no x Po = (noxD1+noxP1)/(1+r)
• No representa o número de acções emitidas em to.
• V1 = n1 x P1:
• A. No x P1 (acções antigas)
• B. ΛK1 =(n1-no) x P1
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Modelo dos free cash flows
• Vo = (d1 –ΛK1+V1) / (1+r)
• Se d1 –ΛK1 for constante = Free cash flow
• Vo = (FCF1 + V1)/ (1+r)
• Vt = ((fct t+1) + Vt+1) /(1+r)
• Vo = Σ fct t / (1+r)t
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Modelo dos free cash flows
• O valor de uma empresa não endividada reflecte o valor actual dos cash flows gerados mas também o valor actual dos investimentos futuros. Então:
• A. Valor da empresa sem crescimento:
(ben1/r)
. B. Valor actual do crescimento
(va Co) = Σ (van (t) / (1+r)t
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CONCLUSÃO
• O custo do capital encontra-se associado ao risco da empresa. Poderá ser interpretado como um custo de oportunidade.
• Não considerando o problema do endividamento, vários métodos são analisados para determinar o valor da empresa não endividada: o método dos cash flows descontados e do modelo de Gordon-Shapiro