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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CAMPINAS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Carolina Gouveia Coralli Isabela dos Santos Samanta Lopes Gibin MÉTODOS E FERRAMENTAS KAIZEN: MELHORIAS DO PROCESSO PRODUTIVO NA PRÉ-MONTAGEM DE VIDROS AUTOMOTIVOS Campinas 2013

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CAMPINAS

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Carolina Gouveia Coralli

Isabela dos Santos

Samanta Lopes Gibin

MÉTODOS E FERRAMENTAS KAIZEN: MELHORIAS DO

PROCESSO PRODUTIVO NA PRÉ-MONTAGEM DE VIDROS

AUTOMOTIVOS

Campinas

2013

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Carolina Gouveia Coralli

Isabela dos Santos

Samanta Lopes Gibin

MÉTODOS E FERRAMENTAS KAIZEN: MELHORIAS DO

PROCESSO PRODUTIVO NA PRÉ-MONTAGEM DE VIDROS

AUTOMOTIVOS

Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia de Produção da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Dr. Robisom Damasceno Calado, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação.

Campinas

2013

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

Carolina Gouveia Coralli

Isabela dos Santos

Samanta Lopes Gibin

MÉTODOS E FERRAMENTAS KAIZEN: MELHORIAS DO

PROCESSO PRODUTIVO NA PRÉ-MONTAGEM DE VIDROS

AUTOMOTIVOS

Monografia defendida e aprovada em 04 de Dezembro de 2013 pela banca examinadora assim constituída:

Prof Dr Robisom Damasceno Calado

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

Prof Ms Emilio Gruneberg Boog (Membro Interno)

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

Profa. Dra. Cleonice Aparecida de Souza

USF – Universidade São Francisco – Campinas – SP.

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“A persistência é o menor caminho do êxito.”

(Charles Chaplin)

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Dedicamos este trabalho aos nossos familiares, que nos apoiaram e sem os quais não chegaríamos até aqui.

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.Agradecimentos

Agradecemos primeiramente ao Professor Dr. Robisom Damasceno Calado, nosso orientador, que acreditou em nosso potencial, nos apoiou e incentivou para a conclusão deste trabalho.

Agradecemos também ao Professor Ms. Emilio Gruneberg Boog, coordenador do trabalho de conclusão de curso, que nos direcionou no percorrer deste ano.

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RESUMO

Coralli, Carolina Gouveia; Santos, Isabela; Gibin, Samanta Lopes, aplicação da ferramenta Kaizen através do conceito Lean Manufaturing. Campinas, 2013. Trabalho de Conclusão de Curso da graduação de Engenharia de Produção da Universidade São Francisco de Campinas.

O Lean manufacturing surgiu no Japão, na fábrica de automóveis da Toyota, logo após a Segunda Guerra Mundial. Naquela época a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que a impedia de adotar o modelo da produção em massa. Lean manufacturing, conhecido como manufatura enxuta ou manufatura esbelta, e também chamado de Sistema Toyota de Produção é uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios: super produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e custo de produção diminuem.

Atualmente as empresas deixaram de viver em cenários estáveis e controláveis e passaram a trabalhar em mercados em permanente mudança, com isso, é preciso adaptar-se as mudanças com velocidade, agilidade e flexibilidade. O grande foco destas empresas esta na produtividade, qualidade e pontualidade, para que se tornem competitivas e se mantenham no mercado.

Este trabalho tem como principal objetivo realizar um estudo de melhorias no processo de montagem de vidros, para aumentar a competitividade nos requisitos de qualidade de produto, redução de custos e impacto ambiental. Para isso utilizaremos ferramentas baseadas no conceito de produção enxuta, tendo como base os métodos de análise de problemas, identificação de pontos de desperdícios, melhoria rápida e contínua, sendo que todas as etapas do Kaizen serão gerenciadas pelo modelo de gerenciamento de projetos, segundo Weiss.

A principal ferramenta, na qual será utilizada neste trabalho, é o Kaizen que consiste no processo de humanização do ambiente de trabalho, criando e padronizando procedimentos, ensinando as pessoas a como aplicar as ferramentas da qualidade na sua área de atuação e também identificando e eliminando desperdícios nos processos.

Os resultados deste trabalho demonstraram como as técnicas do Kaizen bem aplicadas podem impactar positivamente nas melhorias de um processo e conseqüentemente auxiliarem no atendimento aos objetivos e metas.

PALAVRAS-CHAVE: Kaizen, Lean Manufacturing, Gerenciamento de projetos,

Redução de custos, Impacto Ambiental.

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ABSTRACT

Coralli, Carolina Gouveia; Santos, Isabela; Gibin, Samanta Lopes, application of the Kaizen tools through the Lean Manufacturing conception. Campinas, 2013. Work completion of the course of Production Engineering at Universidade São Francisco from Campinas.

Lean manufacturing originated in Japan, at Toyota car factory, after the Second World War. At that time, the Japanese industry had a very low productivity and a deft of resources, which prevented it from adopting the model of mass production. Lean Manufacturing, known as a lean manufacturing or slender manufacturing, and also called the Toyota Production System is a management philosophy focusing on reduction of the seven types of waste (overproduction, waiting time, transportation, over processing, inventory, motion and defects). Eliminating waste, the quality improves and also the time and costs of production decreases.

Nowadays, companies leave to stay in a stable and a controllable scenario and went to work in constantly changing markets, it is necessary to adapt to changes with speedy, agility and flexibility. The major focus of these companies is in productivity, quality and punctuality, to become and remain competitive in the market.

This study has as main objective to perform a case of process improvement of glass mounting, to increase the competitiveness requirements in product quality, reducing costs and environmental impact. To develop it, we will use tools on the conception of lean production, based on the methods of problems analyses, identification of waste points, continuous improvement, and all stages of Kaizen will be managed by the model of project management, according to WEISS.

The main tool, which will be used in this study, is the Kaizen. It consists on the process of humanization of the working environment, creating and standardizing procedures, teaching people how to apply the tools of quality in their areas of expertise and also identifying and eliminating waste in processes.

The results of this study will demonstrate how the good application of the Kaizen techniques has a positive impact on a process improvement and therefore assist in meeting the goals and objectives.

KEY-WORDS: Kaizen, Lean Manufacturing, Project Management, Cost Reduction,

Environmental Impact.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Sekurit no mundo (SAINT-GOBAIN, 2013)......................................... 17

Figura 2 – Sekurit no Brasil (SAINT-GOBAIN, 2013)........................................... 18

Figura 3 – Estrutura Referência Bibliográfica ...................................................... 23

Figura 4 – Adaptado Processo Kaizen (INOKI; FUKAZAWA).............................. 24

Figura 5 – Os dois tipos de Kaizen (ROTHER; SHOOK, 2003)........................... 26

Figura 6 – Modelo de gerenciamento de projetos (WEISS, J. W.; WYSOCKI, R. K.,1992)................................................................................................................ 27

Figura 7 – Adaptada concepção WCM (A. Slavko; D. Ivan; P. Ssnezana,2011)

............................................................................................................................. 30

Figura 8 – Adaptada Crescimento através da inovação mais kaizen (KRUGER,1996).................................................................................................. 33

Figura 9 – ADAPTADA (a) Composição do tempo de trabalho. (b) Efeito do aumento de horas na composição. (c) Efeito do kaizen em composição (CHEN; LI; SHADY,2010....................................................................................................... 35

Figura 10 – Adaptado Ciclo PDCA (KRUGER,1996)................................................................................................. 36

Figura 11 – Adaptada Sumário Processo TRIZ (SCYOC, 2008)........................ 38

Figura 12 – Estrutura típica organização Toyota mostrando jishuken (Marksberry; Badurdeen; Gregory; Kreafle, 2010.................................................................... 42

Figura 13 – Exemplo: Equipe jishuken para um problema de produção (Marksberry; Badurdeen; Gregory; Kreafle, 2010................................................ 42

Figura 14 – O papel e objetivo da TPM no quadro geral do conceito de Kaizen (Cigolini; Turco, 1997........................................................................................... 45

Figura 15 – Abordagem Sistêmica aplicada à Pesquisa Cientifica (UFJF - ENGENHARIA DE PRODUÇÃO)........................................................................ 48

Figura 16 – Metodologia científica (adaptado de MARTINS, 1998; YIN, 010).... 48

Figura 17 – Posto 1 primagem............................................................................ 59

Figura 18 – Posto 2 montagem........................................................................... 59

Figura 19 – Fluxograma do processo atual......................................................... 61

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Figura 20 – Vidro com primagem......................................................................... 62 Figura 21 – Componente plástico aderido ao vidro............................................. 63

Figura 22 – Diagrama de Ishikawa...................................................................... 63

Figura 23 – Análise de Ishikawa.......................................................................... 64

Figura 24 – Alteração do Layout do processo........ ............................................ 68

Figura 25 – Proposta do fluxo de montagem....................................................... 68

Figura 26 – Fluxograma do processo proposto................................................... 69

Figura 27 – Fluxograma final processo proposto................................................ 70

Figura 28 – Resultado do teste de tração adesivo W......................................... 72

Figura 29 – Figura 29 – Resultado teste de tração para adesivo Z.................... 73

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Pesquisa para revisão bibliográfica................................................... 20

Gráfico 2 – Correlação entre ferramentas x artigos Kaizen................................. 22

Gráfico 3 – Indicador reclamações de clientes ................................................... 52

Gráfico 4 – Indicador atendimento logístico........................................................ 53

Gráfico 5 – Indicador de Produtividade................................................................53

Gráfico 6 – Indicador de Segurança.................................................................... 54

Gráfico 7 – Indicador de Resíduos da unidade.................................................. 55

Gráfico 8 – Análise dos indicadores meio-ambiente........................................... 56

Gráfico 9 – Indicador de fornecimento anual Cliente X....................................... 60

Gráfico 10 –Descarte de resíduos do diagrama de Ishikawa............................... 65

Gráfico 11 – Resíduos na primagem................................................................... 65

Gráfico 12 – Resíduo X custo com co-processamento....................................... 75

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LISTA TABELAS

Tabela 1 – Adaptado de Grimaldi, R. & Mancuso, J.H. (1994)............................. 29

Tabela 2 – Tabela de codinomes.......................................................................... 51

Tabela 3 Metas de produtividade........................................................................ 53

Tabela 4 - Descarte de resíduos por posto........................................................... 56

Tabela 5- Matriz GUT............................................................................................ 57

Tabela 6 – Necessidades do processo................................................................. 58

Tabela 7 – Quantidade de resíduos gerados processo........................................ 66

Tabela 8 – Comparação pontos positivos x negativos......................................... 67

Tabela 9 – Testes de qualidade do produto.......................................................... 74

Tabela 10 – Cronograma de Atividades................................................................ 76

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEP Controle Estatístico de Processo

CEQ Controle Estatístico da Qualidade

CP Process Capability

CPK Process Capability Index

EHS Environment, Health and Safety

GUT Gravidade, Urgência e Tendência

JIT Just in Time

KPI Key Performance Indicator

OEE Overall Equipment Effectiveness

OEM Original Equipment Manufacturer

PDCA Plan, Do, Check and Act

SMED Single Minute Exchange of Die

STP Sistema Toyota de Produção

TPM Total Productive Maintenance

TPS Toyota Production System

TQM Total Quality Management

VM Visual Management

VSM Value Stream Map

WCM World Class Manufacturing

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 16

1.1 Caracterização da Organização ................................................................... 16

1.2 Motivação ..................................................................................................... 18

1.3 Definição do Problema ................................................................................. 19

1.4 Objetivos do Trabalho .................................................................................. 19

1.5 Metodologia de Pesquisa ............................................................................. 20

1.6 Conteúdo do Trabalho .................................................................................. 21

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................... 22

2.1. Métodos e Ferramentas Relacionados ao Kaizen ........................................ 22

2.1.1. Kaizen .................................................................................................... 23

2.1.2. Modelo de Gerenciamento de Projetos Weiss ....................................... 27

2.1.3. Arranjo Físico – Layout .......................................................................... 27

2.1.4. Diagrama Ishikawa ................................................................................ 28

2.1.5. Fluxograma ............................................................................................ 28

2.1.6. GUT ....................................................................................................... 28

2.1.7. WCM ...................................................................................................... 29

2.1.8. EHS ....................................................................................................... 30

2.1.9. Consórcios modulares ........................................................................... 30

2.1.10. Lean Manufacturing .............................................................................. 31

2.1.11. Produção Lean...................................................................................... 31

2.1.12. Kaizen Blitz ........................................................................................... 32

2.1.13. Melhoria Contínua ................................................................................. 32

2.1.14. Mapeamento de Processos ................................................................... 33

2.1.15. Lean Construction .................................................................................. 33

2.1.16. Sistema de Produção Toyota (TPS) ...................................................... 33

2.1.17. Andon .................................................................................................... 34

2.1.18. Gemba ................................................................................................... 34

2.1.19. Muda ...................................................................................................... 34

2.1.20. Mura ...................................................................................................... 35

2.1.21. Muri ........................................................................................................ 35

2.1.22. PDCA ..................................................................................................... 35

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2.1.23. Poka-Yoke ............................................................................................. 36

2.1.24. Slik ......................................................................................................... 37

2.1.25. Triz ......................................................................................................... 37

2.1.26. Just-in-time ............................................................................................ 38

2.1.27. Mapeamento do Fluxo de Valor ............................................................. 39

2.1.28. Técnicas de Solução de Problemas ...................................................... 39

2.1.29. Os Cinco Por quês ................................................................................. 40

2.1.30. 5S .......................................................................................................... 40

2.1.31. Visual Management (VM) ...................................................................... 41

2.1.32. Jishu-Hozen ........................................................................................... 41

2.1.33. Jishuken ................................................................................................ 41

2.1.34. CP e CPK .............................................................................................. 43

2.1.35. Instruções de Trabalho .......................................................................... 43

2.1.36. SMED .................................................................................................... 43

2.1.37. Total Quality Management (TQM) ......................................................... 44

2.1.38. Total Productive Maintenance (TPM) .................................................... 44

2.1.39. Controle Estatístico de Processo (CEP) ................................................ 45

2.1.40. Influência Cultural nos Processos Produtivos ........................................ 46

2.1.41. Amae-Phenomenon ............................................................................... 46

2.1.42. Escrita Pictográfica ................................................................................ 46

2.1.43. Seis Sigma ............................................................................................ 46

3. METODOLOGIA CIENTÍFICA ............................................................ 47

3.1. Abordagem do problema .............................................................................. 47

3.2. Métodos de Pesquisa ................................................................................... 47

3.3. Técnicas de Coletas de Dados .................................................................... 48

4. ESTUDO DE CASO DA MELHORIA NO PROCESSO PRODUTIVO 50

4.1. Início das atividades – Estágio 1 .................................................................. 51

4.2. Brainstorming ............................................................................................... 51

4.2.1. Indicador da qualidade .......................................................................... 51

4.2.2. Indicador de atendimento logístico ........................................................ 52

4.2.3 Indicador de Produtividade ............................................................... 53

4.2.4 Indicador de segurança .................................................................... 54

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4.2.5 Indicadores de meio ambiente .......................................................... 55

4.3. Matriz GUT ................................................................................................... 57

4.4. Necessidades ............................................................................................... 57

4.5. Área de estudo ............................................................................................. 58

4.5.1. Layout posto de primagem – Posto 1 ................................................... 59

4.5.2. Layout posto de montagem – Posto 2 ................................................... 59

4.6. Participação do produto ............................................................................... 60

4.7. Análise da situação do processo .................................................................. 60

4.8. Análise das causas - Ishikawa ..................................................................... 63

4.9. Objetivos específicos e metas – Estágio 2 ................................................... 65

4.10. Estudo das soluções – Estágio 3 ................................................................. 65

4.11. Proposta de mudanças do processo ............................................................ 66

4.12. Especificações do adesivo ........................................................................... 66

4.13. Pontos positivos e negativos ........................................................................ 67

4.14. Layout proposto ........................................................................................... 67

4.15. Proposta do fluxo de montagem .................................................................. 70

5. RESULTADOS ................................................................................... 72

5.1. Testes de qualidade ..................................................................................... 72

5.2. Teste de tração ............................................................................................ 72

5.3. Outros testes ................................................................................................ 73

5.4. Ganhos em descarte de resíduo .................................................................. 74

5.5. Ganhos em Layout e Produtividade ............................................................. 75

5.6. Ganhos financeiros e valor agregado do produto ........................................ 75

5.7. Cronograma ................................................................................................. 76

6. CONCLUSÃO ..................................................................................... 77

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 79

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16

1. INTRODUÇÃO

O Lean Manufacturing surgiu logo após a segunda guerra mundial, no Japão

mais precisamente na Toyota. Seu criador foi Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota e

seus colaboradores.

O sistema Toyota de produção (STP), também conhecido como produção

enxuta, foi desenvolvido nos anos cinquenta e permitiu que o Japão desafiasse a

superpotência industrial dos Estados Unidos. Gerou-se uma grande revolução no

pensamento industrial e um choque nas empresas automobilísticas ocidentais, que se

viram forçadas a reavaliar seus valores e seu modo de produção. No entanto, devido a

muitos insucessos na utilização de técnicas enxutas em empresas ocidentais,

constatou-se que a produção enxuta não era apenas um conjunto de ferramentas a

serem implantadas para a redução de desperdícios para a utilização de lotes menores.

Havia toda uma filosofia de administração da produção, atendimento ao cliente e

relacionamento com os fornecedores por trás disso.

O objetivo do Lean Manufacturing é tornar a empresa mais ágil e competitiva

através da redução de ciclos, custos e do aumento da satisfação do cliente. Sua

estratégia para isso é identificar e eliminar os desperdícios (atividades que não

agregam valor).

É uma forma de especificar valor, alinhar na melhor sequencia as ações que

criam valor, realizar essas atividades sem interrupção toda vez que alguém as solicita e

realiza-las de forma cada vez mais eficaz. Em suma, o pensamento é enxuto porque é

uma forma de fazer cada vez mais com cada vez menos e, ao mesmo tempo,

aproximar-se cada vez mais de oferecer aos clientes exatamente o que eles desejam.

(WOMACK E JONES, 2004, p. 19).

1.1 Caracterização da Organização

A Sekurit, objeto de estudo deste TCC, pertence ao grupo Saint-Gobain, um dos

100 maiores grupos industriais do mundo, engajada em cinco setores principais: vidro

plano, produtos de construção, produtos de alta performance, embalagens e

distribuição de materiais de construção.

Com sede em Paris, Saint-Gobain tem mais de 180.000 funcionários em 56

países e é listada nas bolsas de Paris, Londres, Frankfurt, Zurique, Bruxelas e

Amsterdam.

O escopo da Sekurit se refere às tecnologias de desenho e fabricação de vidros

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de segurança com ou sem pré-montagem, extrusão e encapsulados.

Com 350 anos de experiência em engenharia e sério compromisso com a

inovação é uma das líderes mundiais na fabricação de vidro automotivo. A empresa

fornece os seguintes produtos com alto valor agregado em três mercados:

• Vidro automotivo instalado originalmente nas montadoras (OEM)

• Vidro automotivo de reposição (aftermarket)

• Vidro para veículos de transporte (ônibus, caminhões e aeronaves)

Há décadas são lançadas novas soluções que avançaram a produção de

veículos que introduziram técnicas de redução de custos.

Para motoristas e passageiros, isso significa simplesmente uma ótima

experiência em dirigir com mais conforto, segurança e proteção. É por isso que, na

Europa, um de cada dois carros é equipado com nosso vidro automotivo.

Possui sete plantas e três depósitos no Brasil e emprega mais de mil

colaboradores. Presença em vinte e dois países, conforme figura 1.

Figura 1 – Sekurit no mundo (SAINT-GOBAIN, 2013)

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A localidade do estudo deste TCC pertence a uma das modulares da Sekurit,

localizada em Sumaré-SP, onde apenas é realizado o processo de pré-montagem do

vidro, o qual é fabricado em sua matriz, situada em Mauá-SP.

Na figura 2, há a separação por cores, onde se destaca em azul, a matriz Mauá,

onde o vidro é fabricado. A distribuição do vidro conformado é realizada para as

modulares, localizadas estrategicamente, próximo às montadoras, realizando assim o

atendimento as mesmas.

Nas modulares é realizado o processo de pré-montagem, com exceção a

modular de São Caetano do Sul, onde também são realizados os processos de

extrusão e encapsulados, por isto a cor vermelha, diferenciando na figura abaixo.

Figura 2 – Sekurit no Brasil (SAINT-GOBAIN, 2013)

1.2 Motivação

Todos os anos o cliente X, realiza um concurso, com a participação de todos os

seus fornecedores, onde a proposta e objetivo é estimulá-los a desenvolver Kaizen,

que envolvam redução de custos, redução de impacto ambiental e melhoria de seus

processos.

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Devido ao concurso e a cultura da própria organização em desenvolver Kaizen,

a Saint-Gobain Sekurit, analisou os seus processos de modo a detectar uma melhoria a

ser realizada.

Desta forma, o estudo deste trabalho foi auxiliado pela ferramenta Kaizen, ideal

para a aplicação neste processo, pois abrange a identificação do problema,

implementação das melhorias, padronização e aperfeiçoamento contínuo.

1.3 Definição do Problema

A empresa, objeto de estudo deste trabalho, apresenta atualmente a seguinte

situação:

• Peças de veículos: Os principais defeitos decorrentes de reclamação do

cliente são deformação e descolamento de rubber.

• Organização da fábrica: Em aspectos de organização da planta, um projeto

de programa 5S junto ao setor Lean (WCM), deu-se inicio pelo programa 3S e agora

tem a meta finalizar o programa 5S.

• Produtividade: Evidenciado que os últimos meses a Sekurit Sumaré têm

estado acima da meta, no que diz respeito à produtividade.

• Mão de obra: Estimular o desenvolvimento profissional de nossos

colaboradores, sendo a gestão de pessoas um diferencial estratégico para criarmos um

ambiente ético, motivador, solidário e capaz de sustentar os desafios atuais e futuros.

• Meio ambiente: Melhorar continuamente os processos de gestão,

principalmente nos aspectos de Segurança e Saúde Ocupacional, Meio Ambiente.

• Custo: Custo baixo é uma grande vantagem em quase todos os setores.

Dentre as várias maneiras pelas quais as empresas podem se diferenciar—tais como

estratégia, marcas, posição de mercado e liderança em tecnologia—mais de 40% dos

líderes setoriais consideram o custo como sua maior vantagem competitiva.

Analisando a situação atual mencionada acima, definiu-se o tema do projeto

Kaizen a ser realizado: Eliminar a aplicação de primer/cleaner na operação de fixação

de peças plásticas em vidros de portas para todos os modelos fornecidos para o cliente

X.

1.4 Objetivos do Trabalho

O objetivo geral do presente trabalho é implementar o método Kaizen para

melhorias nos processos produtivos da empresa Saint-Gobain Sekurit, focando na

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redução de custos, não conformidades, redução de resíduos e aperfeiçoamento

contínuo, através da aplicação da pesquisa-ação no ambiente de pesquisa.

Este trabalho tem como objetivo específico pesquisar um método de redução de

resíduos químicos no processo de montagem de vidros de portas através de

ferramentas de análise de causa e mapear o processo para identificação do problema,

investigação das possíveis causas, sugerir melhorias necessárias para eliminação do

problema, focando na redução de descarte de resíduos, como consequência redução

dos tempos de fabricação, não conformidades e custos.

A pesquisa para implementar o Kaizen foi realizada em sua maioria, em

periódicos internacionais, de qualis A e B, quais os métodos e ferramentas estão

relacionados ao Kaizen, conforme gráfico 1.

Gráfico 1 – Pesquisa para revisão bibliográfica.

Ao terminar a pesquisa, foi possível verificar que a mesma gerou a identificação

dos métodos e ferramentas relacionados ao Kaizen, que pode ser demonstrado no

capítulo 2, onde são descritos tais ferramentas e métodos.

1.5 Metodologia de Pesquisa

A metodologia de pesquisa adotada para desenvolvimento do presente trabalho

é denominada pesquisa-ação.

A pesquisa-ação foi proposta há mais de 50 anos por Kurt Lewin e é aplicada em

diversos campos, principalmente nas ciências sociais, estudos sobre contabilidade,

educação, economia, administração e serviço social.

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é

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conhecida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de

um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os principais participantes

representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou

participativo. (Thiollent, 2003)

1.6 Conteúdo do Trabalho

O capítulo II contempla a revisão bibliográfica, onde foi realizada a análise

crítica, meticulosa e ampla dos assuntos apresentados neste presente trabalho. Com

os seguintes objetivos:

• Verificar se textos relacionados ao assunto a ser estudado já foram

publicados;

• Conhecer a forma como esse assunto foi abordado e analisado em estudos

anteriores;

• Saber quais são as variáveis do problema em questão.

O capítulo III contempla a metodologia adotada, onde apresentará a explicação

minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método

(caminho) do trabalho de pesquisa. Explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos

utilizados (por exemplo, questionários e entrevistas), do tempo previsto, da equipe de

pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos

dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

O capítulo IV contempla o estudo de caso, onde apresentará a utilização de um

ou mais métodos qualitativos de coleta de informação. Descrição de um evento ou caso

de uma forma longitudinal, através de um estudo aprofundado realizado.

O capítulo V contempla a análise dos resultados, onde será realizada a análise

qualitativa e quantitativa dos resultados, comparação entre a situação anterior e

posterior, comparação entre as áreas estudadas e por fim a elaboração do relatório

final com os resultados obtidos.

O capítulo VI contempla a conclusão do trabalho, onde com base em todas as

informações apresentadas será realizada a comparação entre o objetivo do trabalho e

seu atendimento. O relatório com a conclusão sobre o tema abordado.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Métodos e Ferramentas Relacionados ao Kaizen

Esta revisão bibliográfica apresentará tópicos relacionados às ferramentas do

Lean Manufacturing e seus métodos.

Este estudo foi baseado em sua maioria, em artigos relacionados ao Kaizen, os

quais foram extraídos o maior número possível de informações referentes ao tema.

Todas as referências utilizadas nesse trabalho serviram como apoio para um melhor

entendimento da ferramenta Kaizen e sua aplicação neste trabalho.

O gráfico 2 mostra a correlação entre as ferramentas relacionadas ao Kaizen e a

frequência com que estes assuntos foram mencionados nos artigos estudados.

Gráfico 2 – Correlação entre ferramentas e métodos x artigos Kaizen

De acordo com a conclusão entre ferramentas e métodos versus artigos

pesquisados, apresenta-se a seguir os conceitos.

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As ferramentas são apresentadas neste trabalho no capítulo da referência

bibliográfica de acordo com sua importância e relação com o estudo de caso, conforme

mostra a figura 3 abaixo.

Figura 3 – Estrutura Referência Bibliográfica

2.1.1. Kaizen

Kaizen é uma palavra Japonesa que significa: melhoria contínua ou princípios de

melhoria contínua (BARRAZA; PUJOL, 2010).

Kaizen são atividades contínuas e incrementais, pequenas melhorias que

envolvem todos na empresa (KRUGER,1996).

Kaizen é o nome japonês dado para o trabalho em equipe inovador. Seu objetivo

final é eliminar completamente todos os tipos de resíduos de qualquer processo ou

atividade humana. Kaizen busca a perfeição através da interminável, melhorias

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harmonioso e equilibrado (TAYLOR; FRANCIS, 2013)

Kaizen é um método de processo contínuo de melhoria que é adotado na

indústria japonesa. Os pontos importantes do kaizen são a preparação de um padrão

de trabalho e continuar a melhorar os processos, corrigindo as diferenças entre os

resultados normalizados e reais. O Kaizen deve ser executado por todos os membros

da organização (INOKI; FUKAZAWA). A figura 4 abaixo mostra o processo Kaizen.

Figura 4 – Adaptado Processo Kaizen (INOKI; FUKAZAWA).

Kaizen refere-se à melhoria contínua em desempenho, custo / eficácia e

qualidade. Kaizen se esforça para capacitar o trabalhador, aumentar a satisfação do

trabalhador, facilitar um sentimento de realização, e, assim, criar orgulho-de-obra. Esta

técnica reduz tipicamente, física e cognitiva exigências de uma tarefa e, assim, tornar a

tarefa mais acessível. Kaizen encarna um conjunto de técnicas de melhorias de

produtividade desenvolvidas para os trabalhadores sem deficiência e proporciona uma

nova abordagem para aumento da produtividade para os indivíduos com deficiências

cognitivas. Organização no local de trabalho é outro fundamento do conceito Kaizen.

Isso inclui manter a área de trabalho limpa, ferramentas e equipamentos em locais

fixos, e a colocação de inventário para minimizar manuseio de materiais e estresse

Plano de

núcleo de

aprovação

do Kaizen

Alimentar

know-how de

volta para o

padrão

Núcleo de

aprovação do

kaizen

Desenvolvime

nto de

produto

reutilizando o

núcleo Evolução

dos

Resultados

do Kaizen

Padrão

Núcleo Aprovaç

ão

Planeja

r

Realizar

Checar

Agir

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ergonômico (ERLANDSON; NOBLETT; PHELPS, 1998).

Kaizen foi projetado para melhorar continuamente o processo de identificação e

redução de desperdícios. Usando kaizen, as empresas são capazes de reformular a

composição do trabalho, a fim de diminuir o trabalho muda e incidental. O objetivo do

kaizen é reunir todas as pequenas idéias de melhorias de todos os funcionários

envolvidos, pois quando pequenas melhorias são implementadas podem tornar o

trabalho mais fácil e agradável. É importante perceber que uma série de pequenas

melhorias estratégicas pode crescer rapidamente a um aumento significativo na

eficiência do sistema (CHEN; LI; SHADY,2010).

Kaizen é um instrumento da produção enxuta que é utilizado para uma rápida

melhoria do processo. Mais concretamente, trata-se da linha de trabalhadores nos

processos de tomada de decisões de melhorias que tem como objetivo fazer mudanças

rápidas e viáveis (IKUMA; NAHMENS; JAMES, 2011).

Kaizen busca a otimização operacional, através da eliminação de atividades de

resíduos sem valor agregado a partir da perspectiva do cliente. Esse tipo de atividade é

a equipe base que envolve funcionários de diferentes níveis da organização.

A construção sustentável pode ser operacionalizada por meio de um kaizen fazendo a

abordagem e focando as áreas ambiental, social e econômico no desempenho dos

processos de construção civil. A realização de um evento kaizen ajuda a eliminar

resíduos, capacitando os funcionários com a responsabilidade, tempo e ferramentas

para descobrir áreas de melhoria e apoiar a mudança (NAHMENS; IKUMA, 2012).

Kaizen é utilizado em quatro campos que são: (1) a melhoria do desempenho de

projetos baseados no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act); (2) várias atividades da rotina

organizacional (escritório, R & D e produção); (3) atividades de normalização; e (4)

atividades de capacitação para o gerente e / ou operador de educação e formação

(MURATA; KATAYAMA, 2010).

Kaizen é amplamente reconhecido como uma arma estratégica para atingir um

desempenho superior mesmo em pequenas e médias empresas que, na Itália e na

maioria dos outros países europeus, são a espinha dorsal da indústria de

transformação e do sistema econômico (CIGOLINI; TURCO, 1997).

O Kaizen lean tem como objetivo melhorar a qualidade dos processos em

organizações, reduzindo seu tempo de ciclo e dos custos operacionais, a criação

contínua de novos fluxos, satisfazer os clientes e eliminar o desperdício. Ele baseia-se

numa combinação de dois tipos de programas para melhoria: produção enxuta ou

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pensamento enxuto e Kaizen (BARRAZA; PUJOL, 2010).

Kaizen é um método para a aplicação de melhoria incremental contínua dos

processos de negócio. Esta é uma adaptação do ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA).

Kaizen foi projetado para conduzir a excelência global através de melhorias

incrementais aos processos de trabalho. Trata-se de um processo com base na

melhoria da qualidade, custo e entrega, pela eliminação dos desperdícios (muda).

Caracteriza-se por problemas de alta importância resolvidos por equipes de melhoria

que ajudam 'boas ideias' tornar-se realidade. Em Kaizen, a melhoria contínua

geralmente ocorre no "chão de fábrica", onde a mudança incremental pode ser mais

eficaz, e imediatamente, percebeu. Um evento Kaizen pode progredir através do ciclo

PDCA em uma questão de horas. Kaizen é raramente usado para "re-engenharia" uma

organização, uma vez que isto conduz a uma distorção significativa de um organismo,

em que as sementes de desconfiança podem ser implantadas. Kaizen, na prática,

assume muitas formas. A cultura do Kaizen encoraja melhoria imediata aos resíduos

reconhecidos. Como tal, alguns dos benefícios Kaizen emerge através de pequenas

alterações na rotina diária. Uma versão mais estruturada do Kaizen, às vezes

conhecido como um evento Kaizen está incorporando o evento em equipe que facilitou

as práticas Kaizen. Um evento Kaizen tem foco em um problema de melhoria particular,

com as expectativas específicas para eliminação ou redução de desperdícios

(SCYOC,2008).

Conforme ilustrado na figura 5, existem dois tipos de Kaizen, do fluxo e do

processo. Tanto o Kaizen do fluxo como o Kaizen do processo são necessários;

melhorar um é melhorar o outro. O Kaizen do fluxo centra-se no fluxo de material e de

informação e o Kaizen do processo focaliza no fluxo das pessoas e dos processos

(ROTHER; SHOOK, 2003).

Figura 5 – Os dois tipos de Kaizen (ROTHER; SHOOK, 2003).

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2.1.2. Modelo de Gerenciamento de Projetos WEISS

O modelo de gerenciamento de projetos é ilustrado na figura 6, onde os cinco

estágios deste método são apresentados:

Estágio 1 Compreensão do ambiente de projeto: fatores internos e externos que

podem influenciar o projeto;

Estágio 2 Definição do projeto: estabelecimento dos objetivos, do escopo e da

estratégia para o projeto;

Estágio 3 Planejamento do projeto: decisão de como o projeto será executado;

Estágio 4 Execução técnica: desempenho dos aspectos técnicos do projeto;

Estágio 5 Controle do projeto: garantia de que o projeto está sendo executado

de acordo com os planos.

Figura 6 – Modelo de gerenciamento de projetos (WEISS, J. W.; WYSOCKI, R. K.,1992)

2.1.3. Arranjo Físico – Layout

O arranjo físico de uma operação produtiva diz respeito ao posicionamento físico

dos seus recursos transformadores. Isso significa decidir onde colocar todas as

instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da operação. O arranjo físico é

geralmente aquilo que a maioria de nós nota primeiro ao entrar em uma unidade

produtiva, porque ele determina a aparência da operação. Também determina a

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maneira segundo a qual os recursos transformados – materiais, informação e clientes –

fluem pela operação. (SLACK,CHAMBERS,JOHNSTON, 2009)

2.1.4. Diagrama Ishikawa

O diagrama de causa e efeito é um método que ajuda a pesquisar raízes de

problemas. A estrutura ajuda identificar possíveis causas sob a classificação de

maquinário, força de trabalho, materiais, métodos e dinheiro. Na prática, no entanto,

qualquer categorização que cubra todas as possíveis causas relevantes pode ser

usada. (SLACK,CHAMBERS,JOHNSTON, 2009)

2.1.5. Fluxograma

Os mapas de processo (algumas vezes chamados de fluxogramas) podem ser

usados para obter um entendimento detalhado antes do melhoramento. Envolve

simplesmente a descrição de processos em termos de como as atividades relacionam-

se umas com as outras dentro do processo. (SLACK,CHAMBERS,JOHNSTON, 2009)

2.1.6. GUT

Riscos são eventos que podem acontecer durante qualquer projeto, gerando

resultados negativos sobre os objetivos do projeto. O GUT é uma ferramenta que tem

como objetivo a análise de riscos através da identificação, analise, resposta e

monitoramento dos eventos que podem interferir sobre um projeto. A organização do

planejamento de risco é composta por especialistas de cada área, seja ela técnica,

administrativa ou jurídica. Essa prática aumenta as chances de os principais eventos,

que estão sendo considerados, sejam tratados.

O GUT possui três itens a serem avaliados durante a aplicação da matriz GUT:

Gravidade, Urgência e Tendência. Na avaliação da gravidade, deve-se analisar qual o

impacto do problema sobre coisas, pessoas e/ou resultados. No item urgência, deve-se

analisar se a resposta está relacionada com o tempo disponível para resolvê-lo e qual a

urgência de se eliminar o problema. E por fim a tendência onde se deve analisar a

tendência do desvio e seu potencial crescimento.

Conforme tabela 1 abaixo, cada item recebe uma nota de um a cinco, onde

quanto maior a nota, maior a importância e urgência para resolver o problema.

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Tabela 1 - Adaptado de Grimaldi, R. & Mancuso, J.H. (1994)

2.1.7. WCM

World Class Manufacturing (WCM) é representado por uma síntese de vários

conceitos, princípios, políticas e técnicas para a gestão e operação de empresas

envolvidas na produção. O WCM permitiu o renascimento da manufatura japonesa

após a Segunda Guerra Mundial onde foi adaptado às idéias que foram usadas nas

indústrias japonesas automotiva, eletrônica e indústria negra, a fim de alcançar

vantagem competitiva. Os principais objetivos são melhoramento contínuo da

qualidade, redução de custo e do tempo de produção, flexibilidade e atendimento ao

cliente. World Class Manufacturing não é uma cura e não deve ser aceito como uma

religião. WCM origina-se do Sistema Toyota de Produção (TPS) e é uma estratégia

operacional que se for aplicado corretamente, demonstra uma nova dimensão de

produção que corresponde à rápida inclusão de novos produtos de alta qualidade,

decisões mais rápidas e aumento de produtos de produtividade. Sistema WCM é

baseado na redução sistemática de todos os tipos de custos e perdas com a

contribuição de todos os funcionários e o uso preciso de métodos, padrões e

ferramentas. Conforme figura 7 abaixo, podemos observar o funcionamento da

metodologia WCM, onde é o objetivo principal deste sistema é chegar à zero

desperdício, defeitos, falhas e estoques.

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Figura 7 – Adaptada concepção WCM (A. Slavko; D. Ivan; P. Ssnezana,2011)

2.1.8. EHS

A gestão EHS (Environment, Health and Safety) é o envolvimento da empresa

com o meio ambiente, saúde e segurança dos colaboradores. Alguns conceitos básicos

de EHS são a redução e prevenção da poluição do meio ambiente assim como a

redução e prevenção de riscos à saúde e segurança dos colaboradores;

Conscientização e qualificação dos colaboradores, fornecedores e subcontratados,

para que contribuam de forma competente e responsável na melhoria contínua do

desempenho do Sistema de Gestão EHS.

2.1.9. Consórcios modulares

Consórcio modular foi criado para que os fornecedores das montadoras, tier I, se

alocassem no terreno da montadora, ou seja, sendo criado um condomínio industrial.

Engenharia

Industrial Controle

Qualidade Manutenção

produtiva Just-in-Time

TQM

Zero

Desperdício Zero

Defeitos Zero

Falhas Zero

Estoques Cu

sto

de

De

sen

vo

lvim

en

to

World Class Manufacturing (WCM)

TIE TQC TPM JIT

Produtividade Qualidade Eficiência Nível de Serviço

Método

Foco

Objetivos

Valores Envolvimento de pessoas, criação de valor, satisfação do cliente.

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Esta situação transmite aos fornecedores a responsabilidade pela montagem na linha

de produção de todos os componentes dos produtos, desta forma, conseguindo reduzir

os custos logísticos e permitindo melhor gestão dos custos de estoque e capital de giro.

(CORRÊA, L. H, 2001)

O modelo de consórcio modular no Brasil, foi adotado em 1996 pela fábrica de

caminhões da Volkswagen em Resende, Rio de Janeiro. Pioneiros nesta atividade, a

montadora em questão, terceirizou absolutamente todas as suas atividades de

produção, mantendo ao seu redor os seus principais fornecedores.

2.1.10. Lean Manufacturing

Foi implementado pela primeira vez pela Toyota Corporation, em resposta ao

modelo de produção em massa. Quando os engenheiros da Toyota pesquisaram os

sistemas de produção em massa, eles descobriram que o modelo de produção em

massa, que eliminou o tempo de troca usando uma máquina para cada parte, não foi

otimizada eficiente (CHEN; LI; SHADY,2010).

Empresas estão esperando a “moda” do Lean Manufacturing passar ao invés de

implementar esta ferramenta nos processos produtivos. Isto acontece, pois apesar de

reconhecerem os resultados positivos obtidos nos processos, também sabem que é

complexa a implantação do sistema na empresa. Uma sugestão é a adequação das

ferramentas nos processos produtivos, para que estas empresas se mantenham

competitivas no mercado (CONNER, 2008).

Os clientes têm expectativas mais altas de suas compras, e os fabricantes

podem atender a essas expectativas, aumentando a qualidade do produto, reduzindo o

tempo de entrega, e minimizar os custos de produtos - ou uma combinação dos três. É

um sistema focado na identificação contínua e eliminação de resíduos. As

organizações descobriram que, através da identificação e remoção de resíduos, bem

como a implementação de ferramentas lean-chave, que pode continuamente melhorar

a produtividade, aumentar a qualidade e tornar-se mais rentável (CHEN; LI;

SHADY,2010).

2.1.11. Produção Lean

Produção Enxuta é a abordagem sistemática para a busca de atividades que

agregam valor através da eliminação de muda em todos os aspectos dos processos

organizacionais (BARRAZA; PUJOL, 2010).

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A produção enxuta é uma abordagem para melhorar a eficiência de produção e

qualidade do produto. A produção enxuta é estabelecida em cinco princípios

fundamentais: (1) identificar o que o cliente espera de valores, (2) identificar o fluxo de

valor e desafiar todos os passos perdidos; (3) produzir o produto que o cliente quer e

assegurar que o produto que flua continuamente através do fluxo de valor; (4) introduzir

redução de processos entre todas as etapas onde o fluxo contínuo é impossível e (5)

gerenciar o processo rumo à perfeição (IKUMA; NAHMENS; JAMES, 2011).

2.1.12. Kaizen Blitz

O objetivo geral do Kaizen Blitz é eliminar todas as atividades que não agregam

valor e transformar a área de trabalho em um ambiente de célula de trabalho. A fase

inicial é selecionar oito membros-chave da equipe para a equipe kaizen blitz. A equipe

deve ser formada por membros multifuncionais envolvidos direta e indiretamente no

processo atual (KUMAR; HARMS, 2004).

2.1.13. Melhoria Contínua

Melhoria Contínua tem sido definida por Bessantet et al. (1994) como um amplo

processo de inovação focada e incremental empresa. Melhoria Contínua foi vista por

algum tempo como um elemento importante em programas de qualidade. Houve, de

acordo com Bessantet et al. (1994) e Robinson (1991), o uso crescente de Melhoria

Contínua em áreas como redução de custos, flexibilidade, as relações inter-firmas e

apoio melhorias de processo. Uma análise do nível de desenvolvimento da Melhoria

Contínua em todos os aspectos das operações de uma empresa fornece um indicador

significativo do futuro potencial competitivo de uma empresa. A melhoria contínua é

muito semelhante ao ciclo PDCA amplamente utilizado como uma base para as

atividades de melhoria contínua. Ao contrário do ciclo de vida e a teoria teleológica

teoria evolutiva opera em um modo construtivo. Um modo construtivo de mudança

produz soluções inovadoras e muitas vezes imprevisíveis e é mais criativo do que os

modos prescritos de mudança. Também modelos teleológicos não são baseadas na

idéia de que há etapas claramente definidas que uma organização deve progredir

através, a fim de alcançar o sucesso. Conforme figura 8, uma empresa de embarcar

em melhoria contínua não tem que seguir um caminho prescrito e pode mover-se de

uma ferramenta para outra sem ter que dominar com sucesso ferramentas e técnicas

anteriores (HYLAND; MELLOR; O'MARA; Kondepudi,2000).

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Kaizen

Kaize

Novo Padrão

Novo Padrão

Inovação

Inovação

Tempo

Figura 8 – Adaptada Crescimento através da inovação mais kaizen (KRUGER,1996).

2.1.14. Mapeamento de Processos

Compreender as formas que a organização trabalha a partir do ponto de vista de

um sistema integrado e inter-relacionado, para o qual é necessário analisar e

documentar todos os processos de trabalho desenvolvidos na organização todos os

processos de trabalho desenvolvidos na organização (BARRAZA; SMITH; PARK,

2009).

Mapeamento de processos é uma excelente ferramenta para usar durante a

análise de atividade O uso de mapeamento de processos permite a ganhar consenso

entre todos os envolvidos através de sua "propriedade" e participação.

Mapeamento do processo também ajuda a identificar os passos sem valor

agregado dentro procedimentos atuais e ajuda a orientar o trabalhador para eliminá-los.

A qualidade dos produtos é mais uniforme e previsível, com baixo desperdício devido à

sucata e retrabalho e os fabricantes estão colhendo os benefícios de uma maior

flexibilidade e melhor utilização das instalações e equipamentos de produção

(KUMART; HARMS, 2004).

2.1.15. Lean Construction

Lean Construction refere-se à adaptação de princípios de produção enxuta e

práticas para a indústria da construção. Um dos principais focos de construção enxuta

é a eliminação de resíduos de construção nos processos e, simultaneamente, criar uma

cultura dentro da empresa de melhoria contínua (NAHMENS; IKUMA, 2012).

.

2.1.16. Sistema de Produção Toyota (TPS)

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TPS é a disciplina que se desenvolve ao longo do tempo, isso requer

engajamento constante da liderança e participação. Requer o envolvimento de

gerenciamento e apoio contínuo (MARKSBERRY; BADURDEEN; GREGORY;

KREAFLEe, 2010).

2.1.17. Andon

Andon é um mecanismo de sinalizadores ou sonorizadores importante para

apoiar JIDOKA em STP. Eles podem dizer ao operador/gerente a atual condição da

linha de produção. Eles são eficazes para a manutenção, melhoria do nível, KPI sobre

produtividade, custos e entrega. Eles têm diferentes pontos técnicos (MURATA;

KATAYAMA, 2010).

2.1.18. Gemba

Gemba significa o lugar real processo, a coisa real ou o local onde o trabalho

real é feito. Com o entendimento de que a perfeição é impossível, Kaizen Gemba ou

prática de melhoria contínua, se contenta com a melhoria incessante de lucros,

produtos (e serviços), processos, pessoas e propósitos. Note-se a reação em cadeia

dada por: LUCROS <PRODUTOS <PROCESSO <PESSOAS <FIM (TAYLOR;

FRANCIS, 2013).

2.1.19. Muda

Muda qualquer atividade ou inatividade desperdício, ou qualquer obstrução para

suavizar o fluxo de uma atividade produtiva. Tudo o que reduz ou impede o verdadeiro

valor de fluir a partir do gemba para o cliente na forma de um produto entregue ou o

serviço realizado com a qualidade certa, na quantidade certa, na hora certa e preço

direito constitui muda. Qualquer atividade tem dois componentes: o trabalho e o perder.

Para cada atividade, há despesas e toda a obra há um custo associado. Qualquer

despesa em Muda é um desperdício (TAYLOR; FRANCIS, 2013).

É qualquer atividade que o cliente não está disposto a pagar (superprodução,

espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Uma

maneira comum de reduzir muda é através de Kaizen (CHEN; LI; SHADY,2010).

Abaixo segue a figura 9 onde ilustra a composição do trabalho, efeito do aumento de

horas na composição e efeito do Kaizen em composição.

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Figura 9 – ADAPTADA (a) Composição do tempo de trabalho. (b) Efeito do aumento de horas na

composição. (c) Efeito do kaizen em composição (CHEN; LI; SHADY,2010).

2.1.20. Mura

Mura significa irregularidade ou variação excessiva de produto ou processo, em

quantidade ou qualidade. Isso significa inconsistências no sistema ou processo de

desequilíbrio (comercial ou de produção, tático ou estratégico). Mura também é uma

variação na forma, ajuste e função do material, método, processo, produto ou serviço

(TAYLOR; FRANCIS, 2013).

2.1.21. Muri

Muri significa esforço físico, carga excessiva. Exigências descabidas e demais

de qualquer coisa é muri. (TAYLOR; FRANCIS, 2013).

2.1.22. PDCA

Ferramenta da qualidade que percorre quatro etapas para otimização de

processos: Planejar, Fazer, Checar e Agir (LEE, 2002).

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PDCA é uma ferramenta de gestão que afirma que todas as ações gerenciais

podem ser melhoradas através da aplicação da seqüência: planejar, fazer, verificar,

agir, conforme figura 10. Num padrão de trabalho, estes processos são documentados

como a representação de entrada / saída de processos e descrições de tarefas.

Através deste ciclo, uma organização melhora os principais processos e o padrão de

trabalho (INOKI; FUKAZAWA).

PDCA (Plan-Do-Check-Act) é método de gestão de quatro passos utilizados em

negócios para o controle e melhoria contínua dos processos e produtos

(SCHATTENKIRK, 2012).

Figura 10 – Adaptado Ciclo PDCA (KRUGER,1996)

.

2.1.23. Poka-Yoke

Poke yoke é um método para a prova de erros de um produto ou processo. Poke

yoke (poh-kah yoh-kay) é um termo japonês, e uma abordagem, por engano prova um

projeto ou processo. Shiegeo Shingo (Toyota) é creditado com a primeira aplicação do

termo para a indústria transformadora. A base para o poke yoke é que os defeitos

ocorrem devido a erros do trabalhador. Portanto, para evitar erros, um mecanismo

necessita estar no lugar para alertar o operador do potencial de erro e, se possível,

eliminar o erro no início do processo tendo, assim, uma abordagem preventiva. Embora

o poke yoke possa ser utilizado para qualquer processo de prova de erros, são

geralmente orientados para tarefas repetitivas, onde é mais provável a possibilidade de

1

2 3

4

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erro humano. Tal como acontece com Kaizen, é importante estar fisicamente onde o

trabalho está sendo realizado e envolver aqueles que realizam o trabalho. Poke Yoke

pode ser usado para identificar melhores abordagens para a tarefa, mesmo para

aqueles indivíduos que têm vindo a fazer essas tarefas ao longo de décadas.

Verificação sucessiva também é chamado para evitar que erros ir desmarcada, o

feedback mais cedo for dado, o mais cedo correções podem ser feitas (SCYOC,2008).

Técnicas poka-yoke ou à prova de erro fazem parte da coleção

de técnicas de Kaizen. O conceito de Pokayoke existe em muitas formas por um longo

tempo. Os japoneses desenvolveram a idéia em uma ferramenta para alcançar zero

defeitos e, eventualmente, eliminando inspeções de controle de qualidade. Um contra-

exemplo de um dispositivo poka-yoke pode ser muito esquecido e cometer erros.

Segundo Shingo, muitas vezes culpamos pessoas para cometer erros, especialmente

no local de trabalho, esta atitude não só desencoraja os trabalhadores e reduz a moral,

mas não resolve o problema. Poka-yoke é uma técnica para evitar o erro humano

simples no trabalho. Princípios Poka-yoke enfatizar a criação de processos que

minimizam a possibilidade de cometer um erro (ERLANDSON; NOBLETT; PHELPS,

1998).

.

2.1.24. Slik

Slik é uma modificação do tradicional kaizen, que inclui análise de segurança

dentro dos passos da ferramenta (IKUMA; NAHMENS; JAMES, 2011).

Slik é uma modificação do tradicional kaizen, que inclui análise de segurança

dentro de cinco passos de kaizen, listados a seguir. Passo 1: equipe de lean identifica a

área do problema utilizando conceitos de produção enxuta. Passo 2: Analisar e

documentar processo atual, executar análise de segurança do trabalho, identificar

possíveis melhorias, selecionar alternativas de melhoria, e executar o desperdício de

material inicial da avaliação. Passo 3: Implementar a melhoria do processo e processo

de documento desempenho pós-aperfeiçoamento. Passo 4: Implementar melhorias (se

necessário), desempenho do processo de documento após refinamentos. Passo 5:

Apresentar os resultados, comemorar o sucesso, e planejar próximo evento

(NAHMENS; IKUMA, 2012)

.

2.1.25. Triz

Triz é uma abordagem sistemática para estimular a inovação no design. Triz,

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38

Solução Inventiva de Problemas, baseia-se na experiência de milhares de

solucionadores de problemas anteriores, e aponta uma solução para áreas dignas de

consideração. É geralmente aplicado a objetos e muito menos aos processos químicos

ou de outra forma. Na sua essência, TRIZ, conforme figura 11, é construído a partir do

conceito de idealidade que, simplesmente, é que os sistemas técnicos devem evoluir

em direção a eliminação dos efeitos nocivos, deixando apenas os efeitos benéficos

dessa tecnologia, portanto, um caso ideal (SCYOC, 2008).

Figura 11 – Adaptada Sumário Processo TRIZ (SCYOC, 2008).

2.1.26. Just-in-time

Just-in-time é o meio para alcançar uma vantagem competitiva, por meio de uma

gestão mais eficaz da cadeia de suprimentos, levou a uma nova perspectiva a relação

entre fabricantes e fornecedores (Cigolini; Turco, 1997).

Just-in-time foi introduzido nos anos 70 na Toyota Motors por Shigeo Shingo e

Taichi Ohno. Just-in-time é chamado por muitos nomes como: Sistema de Inventário de

Produção Zero, Sistema de Inventário de Produção Mínimo, Produção Kanban,

Produção Kaizen, Produção de menos estoque, Puxar através da produção e Sistema

de Inventário de Resposta Rápida. JIT é uma filosofia e um método disciplinado de

produção. É fundamentado em três principais características: Eliminação de

desperdícios, Melhoria contínua da qualidade e incentivo a participação dos

trabalhadores no planejamento e execução da aplicação deste sistema. Empresas

implementam JIT, com o intuito de minimizar a procura por matéria prima (INOKI;

Definir

Obstáculos técnicos

postulado

Problema para

Resolver

Mapa do Problema

Previamente

Direcionado

Princípios

Criados

39 Parâmetros de Engenharia

Agravamento e recursos de

melhoria Tabela de contradições

Meios de resolver contradições

Solução ideal revelada!

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39

FUKAZAWA).

2.1.27. Mapeamento do Fluxo de Valor

Um fluxo de valor é toda ação (agregando valor ou não) necessária para trazer

um produto por todos os fluxos essenciais a cada produto: (1) o fluxo de produção

desde a matéria-prima até os braços do consumidor, e (2) o fluxo do projeto do

produto, da concepção até o lançamento (ROTHER; SHOOK, 2003)

O mapeamento do fluxo de valor é uma ferramenta que utiliza papel e lápis e o

ajuda a enxergar e entender o fluxo de material e de informação na medida em que o

produto segue o fluxo de valor (ROTHER; SHOOK, 2003).

Dentro do fluxo de produção, o movimento dentro da fábrica é o fluxo que vem à

mente. Mas há outro fluxo – o de informação – que diz para cada processo o que

fabricar ou fazer em seguida. Na produção enxuta, o fluxo de informação deve ser

tratado com tanta importância quanto o fluxo de material (ROTHER; SHOOK, 2003).

Para criar um fluxo que agregue valor, você precisa de uma “visão”. Mapear

ajuda você a enxergar e focar no fluxo com uma visão de um estado ideal ou

melhorado (ROTHER; SHOOK, 2003).

Um fluxo de valor consiste em todos os materiais e as informações necessárias

para a fabricação de um produto em particular e do modo como o fluxo através do

sistema de produção. Mapeamento do fluxo de valor é simplesmente a transferência de

informações sobre o fluxo de valor para um "mapa", que representa tanto o estado

atual ou futuro do sistema de manufatura. Como o nome indica, um mapa do fluxo de

valor do estado atual (VSM) mostra como os materiais e fluxo de informações através

dos processos no sistema atual. A VSM futuro estado representa o estado ideal do

sistema de manufatura. Qualquer tarefa em uma instalação de fabricação pode ser

classificada em uma das três categorias: trabalho incidental, de valor acrescentado do

trabalho, e muda. Processos ao fundo são processos como a inspeção que não

agregam valor ao produto, mas são necessárias no atual sistema de produção.

Processos de valor agregado agregar valor ao produto, tais como a montagem final de

um produto. Finalmente, os processos adicionados não-valor, ou muda, são definidas

como qualquer processo que não agrega valor ao produto e não é exigido pelo atual

sistema de produção (CHEN; LI; SHADY,2010).

2.1.28. Técnicas de Solução de Problemas

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As técnicas disponíveis na solução de problemas mais amplamente aplicáveis e

úteis para a maioria das organizações são as "Sete Ferramentas Básicas" (Gráficos de

Fluxo de Processo, Folha de Verificação / Gráficos Tally, Histogramas, Diagramas de

dispersão, Análise de Pareto, Análise de Causa e Efeito, Gráficos de Controle). Estes

têm uma ampla gama de aplicações que se estende para além das fronteiras

funcionais tradicionais para cobrir todas as áreas de uma empresa (WINCO, 1996).

2.1.29. Os Cinco Por quês

O método de cinco porquês é um processo que começa com a identificação de

problemas específicos e escrevê-lo em um pedaço de papel. Isto é seguido por

perguntando por que o problema acontece e escrever a resposta abaixo, onde o

problema foi escrito. Se a resposta dada não identificar a causa raiz do problema, os

engenheiros continuam perguntando por que até que a causa raiz do problema é

identificado (CHEN; LI; SHADY,2010).

2.1.30. 5S

É um controle visual, representam os alicerces da melhoria contínua,

preservando um ambiente de trabalho de ordem, limpeza e segurança (BARRAZA;

SMITH; PARK, 2009).

5S é baseada na filosofia de que a organização pessoal, asseio, limpeza,

padronização e disciplina de forma a fundação para alcançar elevados padrões de

qualidade na produção de bens e serviços, a partir de um ambiente de trabalho bem

organizado. O 5S representam as cinco palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seiso,

Seiketsu e Shitsuke. A ligação entre o uso efetivo de técnicas de manufatura de classe

mundial (WCM), tais como a qualidade 5S e melhoria de produtos, serviços e

processos, em um ambiente de aprendizagem é bem reconhecida. O uso efetivo do

5Ss depende da participação total de funcionários em todos os níveis da empresa.

Compromisso da alta administração com a qualidade total e melhoria contínua

impulsiona a iniciativa. Envolvimento igual e ativo de média gerência, os supervisores /

líderes de equipe e agentes de chão de fábrica é essencial para efetuar a mudança e

melhorar a qualidade através da prática do 5S. Gestão ambiental em contexto

empresarial e industrial é baseada em uma filosofia que se relaciona fortemente com o

5S. Um sistema de gestão ambiental eficaz, que resulta em melhorias reais no

desempenho ambiental depende do empenhamento da gestão de topo, um amplo

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programa de formação, comunicação eficaz e total envolvimento dos funcionários de

todos os níveis e funções. Com base neste fundamento, o desempenho ambiental da

empresa pode ser avaliado, obrigações legais identificados riscos significativos para o

meio ambiente determinado, uma política ambiental significativa escrito e objetivos

definidos. O trabalho de melhoria começa neste ponto e exige total envolvimento dos

funcionários em toda a empresa (TAYLOR; FRANCIS, 2013)

.

2.1.31. Visual Management (VM)

O VM é uma tecnologia de gerenciamento visual, um efetivo veículo de

atividades de melhoria contínua (Kaizen). As cinco razões para o desenvolvimento de

tecnologias de VM no setor de produção são: (1) tamanho pequeno de peça; (2) estado

do item visualizado é gasoso ou líquido, (3) a energia cinética do item é alta; (4) a

distância entre o tema visualizado e a posição em que deve operar é distante, e (5)

outro objeto é um obstáculo para verificar o item visualizado. É simples e compacto

como Karakuri e Pokayoke. Essa tecnologia é utilizada para manter e melhorar o nível

de valores de KPI’s (MURATA; KATAYAMA, 2010).

2.1.32. Jishu-Hozen

Jishu-Hozen contém tecnologias de VM. Faz parte do programa de

implementação do TPM. Ele consiste em sete etapas e as tecnologias de VM são

usadas em todas as etapas. Estes passos são: a limpeza de fase inicial, contramedidas

para fontes de problemas e locais difíceis, estabelecendo tentativas de padrões para

Jishu-Hozen, inspeção geral, inspeção autônoma, padronização e gestão autônoma

(MURATA; KATAYAMA, 2010).

2.1.33. Jishuken

Atividades realizadas semelhantes ao modelo Kaizen Blitz com ligações ao

desenvolvimento de fornecedores para as situações que necessitam de soluções

urgentes. Tem uma meta de aprendizado e uma meta de produtividade: como

aproveitar as equipes de gestão para resolver os problemas necessários para o

processo de produção. Jishuken envolve apenas equipes de gestão para identificar os

problemas e implementar as contramedidas. Jishuken é tanto uma atividade de

resolução de problemas técnicos quanto um processo de desenvolvimento de gestão

que ajuda os gestores a aprender a ser melhores professores. Jishukens desenvolvem

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continuamente habilidades interpessoais da administração para que eles entendam o

caminho certo para treinar e apoiar o Kaizen. Jishukens é uma forma concreta de

prever que a participação e, ao mesmo tempo, proporcionar a empresa com a

resolução de um problema útil, não é visto apenas como "treinamento". A prática é

contínua e de longo prazo, e não de um curso de gestores de pós-graduação. A função

Jishuken para estimular a discussão e a comunicação entre os grupos de trabalho é

vista como um meio para alcançar uma prática de comum entendimento

(MARKSBERRY; BADURDEEN; GREGORY; KREAFLE, 2010). A figura 12 abaixo

ilustra uma estrutura típica da organização Toyota mostrando o jishuken e a figura 13

ilustra um exemplo de uma equipe jishuken para um problema de produção.

Figura 12 - Estrutura típica organização Toyota mostrando jishuken (Marksberry; Badurdeen;

Gregory; Kreafle, 2010).

Figura 13 - Exemplo: Equipe jishuken para um problema de produção (Marksberry; Badurdeen;

Gregory; Kreafle, 2010).

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2.1.34. CP e CPK

Existem algumas abordagens comuns na medição do desempenho da qualidade

do resultado do processo. Índices de capacidade (Capability Potential Index, CP e

Índice de Desempenho Capability, CPK) ajudam a mudar o foco de melhoria. CP é a

relação da largura para a especificação de largura processo. É usado para indicar se o

processo é capaz de produzir a especificação desejada. CPK é a relação entre a

diferença entre a média do processo e metade do limite de especificação, feita no lado

pior caso. Índices de capacidade ajudar a focar o valor de destino, o valor mais

desejado pelos clientes e até mesmo fabricantes. Quanto mais longe o processo se

desvia do valor alvo mais contribui perda. Valores de CP e CPK maiores que 1,0 são

favoráveis em melhoria de processos. Quanto maiores forem os valores, mais

susceptíveis são ao processo (WINCO, 1996).

2.1.35. Instruções de Trabalho

Instruções de Trabalho é a padronização de tomada de decisão em uma

empresa típica é hierarquicamente distribuído. Detalhadas decisões são feitas

geralmente em níveis mais baixos, enquanto macro decisões são feitas em níveis mais

elevados. Para o nível operacional, em muitos casos, o objetivo é alcançar uma maior

padronização e automação das operações, enquanto que para o nível estratégico, é a

delinear políticas para o bom funcionamento das atividades operacionais. A

padronização de operações resulta em estratégias de fabricação e técnicas comuns

para operações similares. Uma política ou procedimento eficaz é aquele que as

pessoas realmente executam o trabalho corretamente (KUMAR; HARMS, 2004).

Trabalho padrão é a melhor maneira de se realizar determinada função, se

existir uma maneira melhor de se executar a função, deve passar a ser a nova

referência. Neste processo o trabalho padrão inclui: a mensuração dos tempos de

execução das atividades, conhecimento das atividades e a utilização do Kaizen para

otimizar os processos (INOKI; FUKAZAWA).

2.1.36. SMED

SMED (Single Minute Exchange of Die) são mecanismos necessários para

reduzir tempo e verificar se há um fluxo contínuo nos processos de preparação nas

máquinas (BARRAZA; SMITH; PARK, 2009).

Metodologia SMED tem estado na vanguarda da atividade de melhoria de

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transição retrospectiva desde meados dos anos 1980. A metodologia SMED tem sido

amplamente aclamada e assimilada à textos acadêmicos e material de treinamento

industrial (TAYLOR; FRANCIS, 2013)

Um programa de melhoramento SMED vai incluir atividades como máquina ou

processo de identificação de mudança, a realização de uma análise de transição, o

treinamento em técnicas de melhoria, a seleção de equipe de melhoria e decidir

responsabilidades da equipe de melhoria (Taylor; Francis, 2013)

2.1.37. Total Quality Management (TQM)

Um dos principais princípios do TQM é encorajar o negócio a manter praticas

que irão satisfazer as expectativas do cliente, reduzindo custos, aumentando a

produtividade, e adotando conceitos de qualidade em seus processos. TQM ajuda a

praticar a excelência dentro dos negócios. O sucesso da implementação na

organização requer um bom planejamento, tempo e esforço para a finalização (LEE,

2002).

TQM apresenta baixas taxas de implementação na pesquisa realizada no Reino

Unido (KUMAR; ANTONY, 2008).

Métodos para otimizar o desempenho do processo, de modo a satisfazer os

clientes externos (GENAIDY; KARWOWSKI; CHRISTENSEN,1999).

2.1.38. Total Productive Maintenance (TPM)

É um mecanismo necessário para manter o funcionamento seguro das máquinas

da oficina (BARRAZA; SMITH; PARK, 2009).

TPM significa uma mudança cultural significativa, deslocando pessoal de chão

de fábrica a partir do dualismo entre a produção e manutenção para a abordagem de

parceria entre todas as funções organizacionais. É a manutenção produtiva realizada

por todos os empregados através de atividades em pequenos grupos e pode ser visto

como a manutenção de equipamentos realizada em uma base de toda a empresa

(CIGOLINI; TURCO, 1997). A figura 14 abaixo ilustra o papel e objetivo da TPM no

quadro geral do conceito de Kaizen.

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Figura 14 – O papel e objetivo da TPM no quadro geral do conceito de Kaizen (Cigolini; Turco,

1997).

2.1.39. Controle Estatístico de Processo (CEP)

O CEP é um integrante a implementação de controle estatístico da qualidade

(CEQ). CEP consiste em métodos e procedimentos estatísticos utilizados para

documentar e assegurar o cumprimento dos requisitos para analisar causa raiz dos

problemas e sugerir formas de melhoria. Uma causa ou razão para condições fora de

controle devem ser identificados e em condições oportunas, corrigidos. É esta

identificação e correção das condições de fora do controle e a redução do padrão de

processo de desvio que traz a melhoria contínua no processo e os atributos do produto

(WINCO, 1996).

CEP é uma técnica que envolve a coleta, organização e interpretação de dados

para controle de um processo durante a produção, com o objetivo de controlar e

melhorar continuamente a qualidade do produto/ processo (TERZIOVSKI; SAMSON,

2000).

Através do CEP, podemos identificar as variações no processo, que podem ser

de causas comuns ou temporárias. As comuns são referentes a problema inerentes ao

processo. As causas temporárias são as que ocorrem de forma pontual ou podem se

prolongar (TERZIOVSKI; SAMSON, 2000).

Gestão da

Qualidade

Novo design de

produção

Gestão de

Equipamento

Gestão de

Supply Chain

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2.1.40. Influência Cultural nos Processos Produtivo s

A relativa não mudança das tradições de pensamentos, ajuda a reforçar os

valores e crenças das pessoas para a vida pessoal e dentro da organização. Esse fator

motiva os funcionários e ajuda a acelerar a eficiência das organizações. O Japão

também tem outras características que contribuem no bom desempenho como:

flexibilidade nos horários de trabalho, melhoria contínua dos processos e bom

funcionamento dos processos entre as áreas da empresa (FROHNER; IWATA, 1996).

2.1.41. Amae-Phenomenon

Esta filosofia tem como objetivo aceitar o funcionário, ouvir suas necessidades,

respeitar seus desejos e reconhecer os talentos. Os colaboradores têm um alto nível de

identificação com a empresa, utilizando a palavra “uchi” para se referir a empresa

(“uchi” é utilizado também para se referir a casa). Todos os dias, os líderes tomam o

café com os funcionários e direcionam as metas do dia (FROHNER; IWATA, 1996).

2.1.42. Escrita Pictográfica

Dificuldade escrita pictográfica: A língua é um desafio até mesmo para os

japoneses, pois alguns símbolos são complicados para se entender e não existem

máquinas de escrever que pudessem fazer a tradução da língua para a pictografia.

Desta forma, os líderes deixam o menor número possível de instruções escritas e

procuram aplicar treinamentos e ter reuniões diárias com seus funcionários, apontando

prioridades e metas para o dia (FROHNER; IWATA, 1996).

2.1.43. Seis Sigma

Seis Sigma é uma abordagem bem estabelecida que busca identificar e eliminar

os defeitos, erros ou falhas em processos ou sistemas de negócios, concentrando-se

no desempenho do processo. A ferramenta foca as necessidades que são de

fundamental importância para os clientes (KUMAR; ANTONY, 2008).

Lean Six Sigma diminui drasticamente a quantidade de tempo que leva para se

tornar competente e capaz de aplicar a melhoria de processos dentro de um

ambiente.Um dos componentes do Lean Six Sigma que muitas empresas ignoram é o

facto que a metodologia Lean Six Sigma pode ser implementada de forma mais eficaz

e executado muito mais simples se os fatores humanos são considerados em igual

medida com a estratégia de implantação (SCHATTENKIRK, 2012)

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3. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Apresenta-se neste capítulo a metodologia para aplicação do Kaizen como

ferramenta de melhoria contínua no processo de fabricação de vidros automotivos,

ajudando os gestores na identificação dos desperdícios e ações a serem tomadas.

Outras ferramentas do Lean Manufacturing serão utilizadas para apoio da realização

das melhorias.

Conforme revisão bibliográfica apresentada anteriormente, para obtenção de

melhorias rápidas e resultados expressivos o Kaizen é a principal ferramenta do Lean

Manufacturing indicada para alcançar estes resultados. Principalmente em processos

produtivos onde são detectados facilmente desperdícios e oportunidades de melhorias

através de simples ações como mudança de layout e fluxo de trabalho. Desta forma, o

projeto de pesquisa realizado neste trabalho, é baseado em técnicas e métodos

aplicados em atividades específicas que envolvem a fabricação de vidros automotivos.

Será analisada a situação atual do processo, para identificação das possíveis

melhorias e assim podermos implementar essas melhorias.

3.1. Abordagem do problema

A abordagem da pesquisa pode ser classificada em quantitativa e qualitativa.

Segue abaixo a tabela com as características de cada tipo de pesquisa:

Conforme aspectos apresentados acima, concluímos que este projeto terá pesquisa de

caráter quantitativo.

3.2. Métodos de Pesquisa

Para a execução deste projeto serão realizados diagnósticos através de

entrevistas e envolvimento do chão de fábrica, que é a chamada metodologia científica.

Inicialmente é realizada a investigação preliminar, validação/identificação e

comunicação da problemática. Após o reconhecimento da problemática, inicia-se a fase

do planejamento da pesquisa, onde definem-se os objetivos, formulação de hipóteses,

identificação dos tipos de dados e das variáveis, determinação das fontes de dados,

determinação da metodologia, planejamento da pesquisa e redação do projeto de

pesquisa. Realizado o planejamento, parte-se para a execução da pesquisa, ocorre a

preparação do campo para a atuação, processamento e analise dos dados do campo.

E por fim a comunicação dos resultados, elaboração e apresentação do relatório final,

bem como a apresentação oral dos resultados (in MATTAR,1999). A figura 15 abaixo

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ilustra a abordagem Sistêmica aplicada à Pesquisa Cientifica.

Figura 15 – Abordagem Sistêmica aplicada à Pesquisa Cientifica (UFJF - ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO)

Neste projeto, todas as reflexões e tomadas de decisões em torno das

atividades realizadas serão documentadas, explicitando as etapas de um modo

sistemático e racional. Não apenas mostrando a viabilidade técnica e racional como

também os recursos necessários satisfazendo os critérios científicos, conforme figura

16 abaixo.

Figura 16 - Metodologia científica (adaptado de MARTINS, 1998; YIN, 2010)

3.3. Técnicas de Coletas de Dados

Os dados levantados na pesquisa deste projeto são de origem primaria e

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secundaria.

Os dados primários são aqueles que estão em posse dos pesquisados, das

pessoas que têm informações sobre o pesquisado e de situações similares. Os dados

secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, algumas

vezes, já analisados (ZANELLA, 2006).

A pesquisa foi baseada na coleta de dados de analises documentais, analise de

indicadores, analises do processo e entrevistas em grupo e individuais.

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4. ESTUDO DE CASO DA MELHORIA NO PROCESSO PRODUTIVO

A partir da metodologia seguida no modelo de gerenciamento de projetos,

segundo WEISS, o Kaizen proposto neste trabalho se inicia por este estudo de caso.

O modelo de gerenciamento de projetos consiste em cinco estágios:

compreensão do ambiente do projeto, definição do projeto, planejamento do projeto,

execução técnica e controle do projeto.

No primeiro estágio são analisados todos os fatores que podem afetar o projeto

durante a execução dos estágios seguintes. O ambiente de projeto determina algumas

decisões e as circunstâncias em que o projeto será implantado. É importante

compreender este fator, pois ele afeta o gerenciamento do projeto.

O segundo estágio define os objetivos, escopo e estratégia. Os objetivos

definem o resultado final, que pode ser utilizado para controlar o progresso e identificar

quando as tarefas serão realizadas. O escopo identifica os conteúdos a serem

trabalhados, produtos ou resultados. A estratégia define como a empresa vai atingir

seus objetivos.

Após a definição dos objetivos, o terceiro estágio de planejamento determina

fatores como: custos, tempo de duração do projeto, nível de recursos necessários,

responsáveis pelas tarefas e avaliação do impacto de qualquer mudança no decorrer

do projeto. A medida que mudam as circunstancias, a etapa do planejamento pode ser

repetida diversas vezes e ajustada de acordo com as necessidades da organização.

O estágio quatro de execução técnica, abrange a aplicação e execução de tudo

o que foi discutido e planejado nos estágios anteriores.

No quinto estágio, existem três conjuntos de decisões a serem avaliados:

monitoramento do projeto, checando o progresso; avaliação do desempenho do

projeto; que é feito por meio da comparação entre o planejado e o realizado e as

possíveis intervenções que poderão ocorrer caso o cronograma não esteja sendo

cumprido dentro do prazo estipulado.

Para darmos início ao estudo, serão mencionados alguns codinomes, conforme

tabela 2 de modo a preservar as tecnologias utilizadas na Saint-Gobain Sekurit, bem

como em seu cliente.

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Tabela 2 – Tabela de codinomes.

Posto de portas estudado atende: Cliente X

Adesivo utilizado atualmente no posto de portas: Adesivo W

Adesivo proposto no posto de portas - Kaizen: Adesivo Z

4.1. Início das atividades – Estágio 1

A Saint Gobain Sekurit adota a filosofia lean através do WCM – World Class

Manufacturing, que segue uma linha de pensamento dentro do lean e é adotada por

muitas empresas. A empresa tem uma estrutura de treinamentos programados, para

que todos tenham acesso aos conhecimentos dos pensamentos lean, de modo a

disseminar a cultura dentro da organização, para isso existe um setor dedicado.

A razão pela qual se fez necessária a realização deste estudo vai de encontro

com as metas da empresa em projetos de redução de custos, bem como esta

diretamente ligada ao projeto de melhoria em um concurso no cliente X.

Foram utilizadas as metodologias A3 e Kaizen, gerenciadas pelo modelo de

gerenciamento de projetos, segundo WEISS, além da utilização de ferramentas de

qualidade.

4.2. Brainstorming

Ao iniciar os trabalhos foram avaliados os principais indicadores da empresa, a

fim de identificar quais processos eram falhos. A análise foi realizada no início do

Kaizen para o concurso no cliente X, realizando a amostragem por um período de seis

meses, primeiro semestre de 2013, considerando os indicadores de produtividade,

reclamações do cliente X e atendimento logístico, já que o processo não utiliza

máquinas na sua maioria e não são mensurados através do OEE.

4.2.1. Indicador da qualidade

Conforme já mencionado neste trabalho, os vidros são fabricados em Mauá e a

pré-montagem é realizada em Sumaré, desta forma existem etapas no processo em

ambas as unidades fabris que podem gerar defeitos.

A partir desta premissa foram avaliados os defeitos no cliente X e a sua origem,

chegando o resultado mostrado no gráfico 3.

Os modos de falhas de maior índice identificados no gráfico 3 foram

“deformação” e “rubber descolado”. A análise realizada no semestre nos aponta sete e

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quatro casos de falhas por deformação e rubber descolando, respectivamente.

O modo de falha “deformação”, para o cliente X e para a Sekurit, é caracterizado

como oriundo de Mauá, e o processo que origina é o de fabricação da matéria-prima.

Este modo de falha vem sendo tratado pela equipe de qualidade de Mauá em conjunto

com o fornecedor de matéria-prima. Já o modo de falha “rubber descolado” é um

defeito gerado a partir do processo de pré-montagem, ocorre principalmente nos vidros

traseiros, onde após um período de armazenamento da peça, o rubber, acaba

descolando do mesmo, devido a fatores como temperatura, ancoragem do adesivo e

densidade do rubber. A partir disto a equipe de Sumaré vem tomando ações para

melhorar estes aspectos sendo a tratativa realizada junto ao departamento de compras

e do fornecedor do componente.

Gráfico 3 - Indicador reclamações de clientes

4.2.2. Indicador de atendimento logístico

O indicador de atendimento logístico ao cliente X, nos mostra se houve alguma

parada de linha devido ao não atendimento, esta parada é apontada em minutos.

Analisando a situação no gráfico 4, verificamos índices dos anos de 2012 e

2013. Como já citado anteriormente, somente iremos analisado o primeiro semestre de

2013, onde houve apenas um a parada de linha de três minutos em janeiro, decorrente

de uma falha por etiqueta invertida. A logística da Sekurit propôs um plano de ação, o

qual foi acordado com o cliente X. Após darem seqüência a unidade se mantém sem

reincidências neste aspecto, mostrando que as ações foram eficazes.

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Gráfico 4 - Indicador atendimento logístico

4.2.3 Indicador de Produtividade

O indicador de produtividade, conforme gráfico 5, aponta que as

metas estipuladas para 2012 foram atendidas, partindo deste princípio com metas mais

desafiadoras, as de 2013, também foram atendidas com êxito. Os números

mencionados na tabela 3 são referentes às metas e o acumulado atingido ate o

momento. Sendo que para o cálculo é utilizado o numero de peças totais divididas pelo

número de horas utilizadas.

Tabela 3 – Metas de produtividade

Gráfico 5 – Indicador de Produtividade

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Durante a análise dos três indicadores acima foram verificados que todos

atingem os objetivos da empresa. Onde apenas o indicador de qualidade é falho em

alguns aspectos, porém dentro deste contexto ações em paralelo vêm sendo tomadas

para sanar os maiores índices de ocorrência.

Desta forma os indicadores de qualidade, atendimento e produtividade foram

descartados e a análise ficou voltada para outros indicadores não menos importantes,

que também vão de encontro com a política de qualidade da Saint-Gobain, bem como

seus objetivos, sendo eles, segurança e meio ambiente.

Conforme mencionado no início deste trabalho, a Saint-Gobain é referencia

mundial em termos de segurança e possui uma política muito forte voltada ao EHS –

Environment Health Security.

4.2.4 Indicador de segurança

O indicador de segurança é mensurado por taxas de freqüência, classificadas

conforme indicadas no gráfico 6. As taxas mais preocupantes são as relacionadas a

acidentes, classificadas em três níveis. As outras duas taxas são referentes a

incidentes e condições inseguras, as quais têm uma meta maior, partindo do principio

que quanto maiores os relatos destes, e suas devidas tratativas, menor será o índice

de acidentes.

A unidade até o momento apresenta um bom resultado, mostrando que o índice

de acidentes se mostra baixa, sendo relatado apenas um acidente com atendimento

ambulatorial e retorno imediato ao trabalho e para esta situação foram tomadas ações

eficazes.

Após a análise destes dados foi tomada a decisão de não focar em Segurança,

perante ao bom desempenho apresentado.

Gráfico 6 – Indicador de Segurança

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4.2.5 Indicadores de meio ambiente

Avaliando o indicador de resíduos descartados na unidade nos deparamos com

uma situação preocupante.

A unidade fabril de Sumaré que realiza apenas a pré-montagem de

componentes gera um descarte de resíduos anuais de aproximadamente oito mil

quilos, distribuídos entre produção e administrativo, conforme pode ser visualizado este

montante no gráfico 7.

Gráfico 7 - Indicador de Resíduos da unidade

Analisando os índices de descarte relacionados ao cliente X, foram verificados

os principais postos, sendo eles posto de primagem, portas, parabrisas e vigias e o

restante se resume a outros clientes e ambiente administrativo, conforme apontado no

gráfico 8.

Representando o maior índice de descarte do cliente X, com vinte e quatro por

cento, no posto de primagem é realizada a operação de aplicação do componente

químico, primer, as peças plásticas que sustentam o vidro no carro, de modo a garantir

a sua adesão em conjunto com o adesivo W, mencionado no início deste estudo de

caso.

Seguindo como segundo maior gerador de descarte, o posto de portas,

representando nove por cento, é composto por duas estações de trabalho, onde em

uma estação, é realizada a aplicação de componentes químicos no vidro, cleaner e

primer, bem como a inspeção do mesmo. Já na estação seguinte é realizada a

montagem do componente plástico que sustenta o vidro no veículo, aplicando o

adesivo W.

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Os componentes químicos das operações supracitadas serão explicados quanto

da sua utilização no tópico 4.4 Necessidades.

Com uma baixa representação no descarte de resíduos nos postos que atendem

o cliente X, os vigias, vidros traseiros e parabrisas, vidros dianteiros, representam

apenas um por cento, devida a pouca utilização de químicos nestas operações.

Gráfico 8 - Análise dos indicadores meio-ambiente

Desta forma os processos do cliente X com maior número de descarte de

resíduos foram primagem de componente e vidros, totalizando a quantidade em quilos,

conforme a tabela 4.

Tabela 4 - Descarte de resíduos por posto

Diante do alto índice de descarte de resíduos no cliente X, foi tomada a decisão

de realizar um estudo mais aprofundado nos postos mencionados acima, bem como

atuar em um Kaizen, com a finalidade de reduzir o descarte de resíduos e

possivelmente reduzir os custos gerados.

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4.3. Matriz GUT

Após as análises realizadas no brainstorming foi possível verificar a existência

de três postos onde a descarte de resíduos no cliente X. Para podermos priorizar em

qual posto deve ser realizado o Kaizen, foi utilizada a ferramentas GUT.

A partir da tabela 6, foi possível verificar que os dois postos que possuem

pontuação vinte e sete em sua prioridade, necessitam atenção.

Apesar de uma diferença significativa em quilos de resíduos, conforme

mencionado na tabela 5, para chegar neste resultado, foi avaliado no posto de portas

uma foram avaliados outros fatores relevantes, como a importância do posto pra

organização, bem como o número de pessoas afetadas diretamente pelos produtos

químicos.

Desta forma, chegamos a conclusão que tanto o posto de primagem de

componente e posto de portas merecem ser novamente conflitados.

Tabela 5- Matriz GUT

4.4. Necessidades

Conforme mencionado nos indicadores de meio-ambiente, para que seja

explanada a utilização dos produtos químicos nas operações priorizadas neste

trabalho, foi utilizada a tabela 6.

Além de mostrar a funcionalidade dos componentes, nesta tabela, podemos

visualizar a proposta realizada pela Saint-Gobain Sekurit.

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Tabela 6 – Necessidades do processo

A partir desta tabela 6 podemos avaliar a decisão no campo conclusão, onde no

posto de primagem de componentes plásticos, já existe um estudo de outro setor da

Sekurit que em paralelo trata da exclusão do principal causador do descarte de

resíduos no posto, que é o primer, sendo assim foi decidido que o posto esta

descartado para realizar o Kaizen.

Conforme já evidenciado na matriz GUT, também temos a prioridade para a

estação de primagem do vidro, que pertence ao posto de portas. O parecer para

realizar o kaizen neste posto se mostrou favorável. O fator relevante para a decisão foi

o fato de existir uma proposta de alteração do adesivo da montagem do componente

plástico ao vidro, por outro similar, o qual deixaria de utilizar todos os outros

componentes citados na tabela 6 no posto de portas.

Desta forma ficou decidido que o Kaizen a ser realizado está ligado à redução de

resíduos no posto de pré-montagem de vidros de portas.

4.5. Área de estudo

A Saint-Gobain Sekurit possui diversos modelos para atender a demanda no

mercado nacional. O produto pode variar de tipo e modelo na região de aplicação do

adesivo e montagem do componente.

Neste estudo específico, foram avaliados três modelos diferentes e dois postos

de trabalho para atendimento ao cliente X.

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O estudo de caso apresentado ocorreu nos postos de pré-montagem de vidros

de portas automotivas. O posto de portas de uma maneira geral é disposto em duas

partes, que consiste no posto 1, primagem e posto 2, montagem.

4.5.1. Layout posto de primagem – Posto 1

O posto de primagem do vidro, sinalizado conforme figura 17, consistem em

duas atividades, inspeção do vidro base e aplicação de componentes químicos no

vidro.

A inspeção é realizada para verificar se há algum defeito no vidro base, que é

recebido de Mauá. Após esta verificação é então realizada a aplicação dos

componentes químicos, cleaner e primer.

Após a aplicação dos químicos, o vidro então é colocado na esteira, onde terá

como destino o posto 2.

Figura 17– Posto 1 primagem

4.5.2. Layout posto de montagem – Posto 2

O posto de montagem, conforme sinalizado na figura 18, consiste apenas na

atividade de montagem do componente plástico de sustentação do vidro no veículo.

O outro operador retira o vidro da esteira e o encaixa na máscara de apoio,

neste momento os dispositivos aplicadores do componente químico adesivo são

posicionados para realizar a adesão dos componentes plásticos ao vidro.

Figura 18 – Posto 2 montagem

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4.6. Participação do produto

Os vidros de portas fornecidos ao cliente X durante todo o ano representam em

porcentagem quarenta e dois por cento, conforme gráfico 9, ou seja é o volume mais

representativo, comparado as demais peças fornecidas ao mesmo cliente.

Gráfico 9 - Indicador de fornecimento anual Cliente X.

4.7. Análise da situação do processo

A fim de detalhar o layout apresentado nos tópicos acima, o fluxo de processo

será detalhado na figura 19. Mostrando exatamente como é realizada a atividade

atualmente neste posto de trabalho.

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Figura 19 - Fluxograma do processo atual

Operador 1 – Retira o vidro da embalagem

embalagem de MP e realiza a inspeção

Aplicação de cleaner químico X

Operador 2: Retira o vidro da esteira e posiciona na máquina

de aplicação do adesivo

Acionar o bimanual para aplicação do componente adesivo W no

componente plástico de sustentação do vidro

Bloquear o material suspeito e acionar a qualidade

Bloquear o material suspeito e acionar a qualidade Produto OK?

ProdutoOK?

Início

Aplicação de primer químico Y

Colocar na esteira Posto 2

Posto 1

Retira o vidro da máquina e coloca na embalagem

e coloca na emabalagem

Fim

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Dando início, o posto 1, conforme Fluxograma da figura 19, no posto de

primagem, o operador 1 retira o vidro base da embalagem e realiza a inspeção,

detectando algum tipo de defeito, o mesmo é separado e enviado para área de

retrabalho. Caso não haja é dado continuidade as operações seguintes. Primeiramente

é aplicado o cleaner, e em seguida o primer, conforme já mencionado na Tabela 7 de

necessidades, é necessário retirar as impurezas do vidro, através do cleaner, e em

seguida realizar aplicação do primer, o qual vai ativar o vidro para que possa ser

realizada a adesão com adesivo W.

De modo a facilitar o entendimento, na figura 20, é possível verificar a condição

em que o vidro fica após a aplicação destes produtos químicos.

Então, o vidro é colocado na esteira, para que possa ser destinado ao posto 2,

onde de fato será realizada a pré-montagem.

Figura 20 – Vidro com primagem

No posto 2, o operador 2, retira o vidro da esteira e novamente verifica a

qualidade do produto, caso haja defeito, o mesmo é segregado e enviado para a área

de retrabalho, caso contrário o mesmo volta para o fluxo de processo. Continuando a

operação, o operador 2, posiciona o vidro, sobre um dispositivo, onde também são

encaixados os componentes plásticos, acionando o bi-manual, é realizada a aplicação

de um adesivo, o qual denominamos adesivo W, com finalidade de adesão do

componente plástico ao vidro, podendo ser visualizada a condição final na figura 21. A

função do adesivo é assegurar a adesão do mesmo componente no vidro. Após a

realização da pré-montagem do componente, o mesmo é retirado do dispositivo e

colocado na embalagem de vidro acabado.

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Figura 21 Componente plástico aderido ao vidro

4.8. Análise das causas - Ishikawa

Foi utilizado o diagrama de Ishikawa para a análise das principais causas

encontradas dentro do fluxo, para o efeito, alta quantidade de resíduo no processo de

primagem do vidro.

Figura 22 – Diagrama de Ishikawa

Ao levantar os aspectos em meio ambiente, método, material e mão de obra, foi

evidenciado que maiores impactos para o problema estão evidenciados conforme os

itens destacados na figura 22.

No método, como principal descarte de resíduos, está ligado à agitação

inadequada do primer, onde se o produto permanece parado por trinta minutos, ele

deve ser descartado.

Na mão-de-obra é possível detectarmos o maior descarte de resíduos as luvas

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contaminadas utilizadas no processo, onde a quantidade de primer utilizada depende

muito do operador, devido ao processo todo ser manual. Desta forma pode gerar um

descarte maior das luvas.

Por fim, ainda temos os materiais utilizados na operação, as bisnagas

contaminadas com os produtos, os aplicadores de feltro e espuma, bem como os

próprios produtos químicos.

A partir desta análise, conseguimos visualizar uma porcentagem dos parâmetros

utilizados no Diagrama de Ishikawa, para que de forma quantitativa conseguíssemos

chegar à causa-raiz do problema.

A quantidade de desperdícios relacionadas à mão de obra, método e material

pode ser visualizada na figura 23, considerando as quantidades como referencia um

lote de carros produzidos, ou seja, 2480 vidros de portas.

Figura 23- Análise de Ishikawa

A representação gráfica das porcentagens levantadas pode ser visualizadas

conforme o Gráfico 10.

Onde é possível verificar que a maior quantidade descartada se deve aos

materiais, representando oitenta e um por cento das causas levantadas. Desta forma o

foco deste Kaizen é voltado à redução do de descarte de materiais, os quais são

contaminados na operação.

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Gráfico 10 - Descarte de resíduos do diagrama de Ishikawa

4.9. Objetivos específicos e metas – Estágio 2

Os objetivos específicos deste trabalho estão relacionados a redução do impacto

ambiental. No posto de portas do cliente X, o objetivo é a redução do descarte de

resíduos nesta operação.

A meta deste trabalho é reduzir a zero o descarte de resíduos no posto de

primagem de portas, o posto 1, conforme já exemplificado neste trabalho. O Gráfico 11

mostra a meta deste trabalho.

Gráfico 11 – Resíduos na primagem

4.10. Estudo das soluções – Estágio 3

Neste tópico serão mostradas as propostas da troca do componente adesivo W

pelo Z. As propostas conseqüentes a esta mudança, como, alteração de layout,

Resíduos na primagem

0

1

2

3

4

Atualmente Proposta

Resíduos (Kg)

2,9

0

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eliminação de resíduos na operação de primagem.

4.11. Proposta de mudanças do processo

A proposta deste estudo de caso tem como objetivo específico reduzir o índice

de descarte de resíduos no posto de vidros de portas é a substituição do adesivo W no

processo de pré-montagem de portas.

A conseqüência desta substituição é a eliminação total do descarte de resíduos

no posto de primagem, o qual deixaria de ser posto de primagem, sendo apenas posto

de inspeção.

Na situação atual, temos a utilização do adesivo W. Para utilização deste

adesivo é necessário o uso de componentes químicos na operação, o cleaner e o

primer, os quais vão ativar a região onde será aplicado o adesivo.

Com a substituição do adesivo, não é necessário realizar a ativação do vidro,

logo não há descarte de resíduos no posto de primagem de portas. Conforme pode ser

visualizado na tabela 7.

Tabela 7 – Quantidade de resíduos gerados processo.

4.12. Especificações do adesivo

Por questões de sigilo da tecnologia utilizada no posto de pré-montagem de

portas, não podemos divulgar as especificações do fornecedor.

Porém, a fim de explicar como será possível tal alteração, brevemente será

mostrado a diferença entre os processos.

No atual processo, com a utilização do adesivo W, devido as suas composições,

o mesmo não é compatível com o vidro, sendo necessária uma ativação, com o

produto primer. Para utilizar o produto primer, é necessário a utilização do produto

cleaner, ou seja, realizando a limpeza no vidro, em seguida ativando o mesmo para

que assim receba a aplicação do adesivo.

Devido aos estudos da engenharia, já existe outro produto no mercado que não

é necessária a ativação do vidro, desta forma para realizar a aplicação do adesivo Z,

proposto neste estudo, o posto de primagem deixaria de existir, tendo como função

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apenas a inspeção do vidro.

Este produto proposto tem em sua composição, o componente sílica, matéria

prima a qual também é utilizada no vidro, ou seja, é compatível.

Salienta-se que o mesmo já é utilizado para outros clientes da Saint-Gobain

Sekurit.

4.13. Pontos positivos e negativos

Tabela 8 – Comparação pontos positivos x negativos

Conforme tabela 8, podemos perceber que a única desvantagem deste estudo

de caso, é o prazo para validação dos testes junto ao cliente X. O cliente segue um

procedimento rigoroso para validação, sendo necessários muitos testes, os quais serão

visualizados no item 5 deste trabalho.

4.14. Layout proposto

No layout antigo havia um grande descarte de resíduos, como consequência do

uso do adesivo W. Eram necessários dois postos de trabalho, conforme mencionado no

item 4.5 deste trabalho. A figura 24 abaixo exemplifica como ficará o posto após a

substituição pelo adesivo Z, sendo possível realocar um operador para outro posto de

trabalho.

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Figura 24 – Alteração do Layout do processo

O novo layout proposto, conforme figura 25, utiliza apenas um operador no

processo de inspeção, fazendo com que o foco seja na qualidade do produto.

O novo layout faz com que o antigo posto 1 seja apenas um posto de inspeção

que agora é capaz de alimentar duas linhas de produção, reduzindo o tempo do

processo e um operador.

Figura 25 – Novo layout proposto do processo

Figura 25 – Proposta do fluxo de montagem

Devido à substituição do adesivo W pelo Z, algumas etapas do processo foram

eliminadas conforme mostra a figura 26 abaixo.

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Figura 26 – Fluxograma proposto

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Conforme mencionado na alteração de layout, o antigo posto 1, não será mais

realizada a primagem, apenas a inspeção no vidro, desta forma o operador 1, continua

verificando a qualidade do vidro e procedendo como antes, caso haja defeito, segrega

o material suspeito e envia a área de retrabalho, caso contrário, o produto é

imediatamente colocado na esteira. Após esta etapa, no posto 2, de pré-montagem, o

procedimento se mantém igual ao anterior mencionado no item 4.7 deste trabalho.

A diferença nesta etapa se dá apenas a composição do adesivo, onde

anteriormente se utilizava o adesivo W, sendo substituído pelo Z, porém não há

alteração no seqüenciamento das etapas.

4.15. Proposta do fluxo de montagem

A fim de demonstrar na integra como ficara o fluxo proposto, segue conforme a

figura 27.

Figura 27 - Fluxograma final processo proposto

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No fluxo proposto final, é possível visualizar a utilização do adesivo Z, e em

função desta substituição, a eliminação das etapas de limpeza e primagem do vidro.

Os ganhos decorrentes destas mudanças, pode ser visualizado conforme no

item 5, deste trabalho, onde no modelo de gerenciamento de projetos, se refere ao

estágio 4.

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5. RESULTADOS

5.1. Testes de qualidade

Neste tópico, onde faz referencia ao estágio 4 do modelo de gerenciamento de

projetos, segundo WEISS, serão mostrados todos os testes de qualidade realizados

com o adesivo Z, validando que este é capaz de substituir o adesivo W dentro dos

padrões de qualidade e especificações do cliente X.

5.2. Teste de tração

Para a substituição do adesivo W pelo Z, foram realizados testes de tração,

validando que o novo adesivo esta dentro das especificações e padrões do cliente X. A

especificação é de 980 N de força aplicada, para este tipo de teste.

Este tipo de teste é realizado semanalmente, conforme definido pelo cliente X.

Aleatoriamente foi pego um teste realizado no processo, onde foram extraídos dois

componentes plásticos do vidro.

Abaixo, na figura 28, o teste do adesivo W mostra o resultado de 2808,67 N em

média, provando que está dentro dos padrões, acima de 980 N.

Figura 28 – Resultado do teste de tração adesivo W

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Dando continuidade aos trabalhos e realizando um comparativo com a proposta,

foi realizada uma capabilidade com trinta amostras de teste, utilizando o adesivo Z.

Os testes de tração para este adesivo mostraram resultados acima de 2000 N

para todas as amostras utilizadas, conforme pode ser visto na figura 29 provando que a

substituição do adesivo W pelo Z é possível, já que este também está dentro dos

padrões de qualidade do cliente X.

Figura 29 – Resultado teste de tração para adesivo Z

5.3. Outros testes

Com o mesmo intuito foram realizados outros testes, conforme tabela 9. Testes

obrigatórios solicitados pelo cliente X.

Os resultados se mostraram positivos em todos os aspectos mencionados na

tabela X. Onde 0 significa aprovado e x reprovado.

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Tabela 9 – Testes de qualidade do produto

Após as aprovações de todos os testes, foram mensurados todos os ganhos que

esta mudança trará a organização.

A contabilização dos resultados obteve auxílio das equipes de engenharia e

comercial da Saint-Gobain Sekurit.

Nas próximas etapas é possível detalhar tais ganhos.

5.4. Ganhos em descarte de resíduo

No processo atual, o posto estudado, gera um descarte anual de

aproximadamente 760 quilos de resíduo durante todo o ano. Este montante representa

dez por cento de todo o descarte da unidade.

Ao realizar as alterações para o componente químico W, não se faz necessário a

utilização de cleaner e primer.

Desta forma, o posto de trabalho de aplicação de produtos químicos, elimina

totalmente a quantidade de resíduos descartados da operação, ou seja, um ganho de

100% nesta operação.

A eliminação dos resíduos no posto mencionado caracterizou uma economia de

aproximadamente 700 reais em co-processamento durante o ano.

É possível verificar estes dados no gráfico 12, onde o posto alvo da melhoria

esta representado em quantidade de resíduo e custo, diante do montante total da

unidade.

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Gráfico 12 – Resíduo X custo com co-processamento

5.5. Ganhos em Layout e Produtividade

Com a alteração do layout, conforme estudado no item 4.4.4, podemos

considerar que a empresa ganhou em qualidade e produtividade.

O operador que desempenhava a função de inspeção do produto foi realocado

para outro posto de trabalho, devido ao aumento da demanda de outro cliente.

Ao alterar o layout do posto, foi analisado a qualidade do produto, pois o

operador deixando de realizar a atividade de aplicação dos componentes químicos tem

apenas um foco, o de inspeção da matéria-prima.

Para a produção de um lote, equivalente a 85 peças, na situação anterior o

operador levaria em torno de 85 minutos para concluir. Com a alteração realiza em 51

minutos a mesma quantidade de peças.

Esta condição, reflete em uma diferença de 31%, obtendo melhora em

produtividade.

5.6. Ganhos financeiros e valor agregado do produto

Após realização dos cálculos baseados na troca do componente químico Z pelo

W e em função disto, a alteração no layout, foi verificado que houve redução de custo,

a qual será repassada ao cliente X.

A empresa fornece para o cliente X aproximadamente quinhentos e vinte mil

vidros de portas no ano, a redução foi de quatorze centavos por peça, o que

representou um uma economia total no ano de aproximadamente setenta e quatro mil

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reais. Possibilitando repassar esta economia para o cliente sem alterar a qualidade do

produto.

5.7. Cronograma

Como forma de controlar como as atividades estão sendo realizadas, se há o

cumprimento dos prazos, a ferramenta utilizada para este trabalho foi o cronograma

conforme tabela 11.

O cronograma contempla todas as etapas que foram realizadas no Kaizen, bem

como as ações futuras, como aprovação do cliente X e o início do fornecimento com

todas as alterações apresentadas neste trabalho.

Tabela 10 – Cronograma de Atividades

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6. CONCLUSÃO

Para que as empresas se mantenham competitivas no mercado atual, é

importante a constante busca por melhorias contínuas em seus processos.

Existem diversas metodologias para a implantação da ferramenta Kaizen que

foram estudadas neste trabalho, com diferenças significativas entre elas.

No Kaizen deve-se diagnosticar e utilizar as ferramentas apropriadas, como todo

método de solução, deve-se avaliar se atingiu o resultado, caso contrário planeja-se

outro kaizen.

No Kaizen Blitz o foco é na eliminação das atividades que não agregam valor e

transformar a área de trabalho em um ambiente de célula. Para isso é necessária uma

equipe multifuncional.

A principal diferença entre o Kaizen de fluxo e de processo, é foco que se dá na

execução, sendo que o de fluxo centra-se em materiais e informação, e o de processo

focaliza o fluxo das pessoas e dos processos.

O conceito dos Kaizens supracitados, foram incorporados a metodologia

aplicada neste trabalho em conjunto com o modelo de gerenciamento de projetos

segundo Weiss.

Primeiramente houve um estudo voltado para o Kaizen de fluxo, onde foram

analisadas as possibilidades de troca dos materiais, sendo possível realizar a

substituição do adesivo W pelo adesivo Z conforme já mencionado neste trabalho.

A partir desta situação foi possível focar no Kaizen de processo e no Kaizen

Blitz, eliminando atividades que não agregavam valor, como fluxo de pessoas na

operação e seu arranjo físico.

A principio para o acompanhamento deste Kaizen, seria utilizada a ferramenta

metodológica PDCA, porem devido ao cronograma de validação e execução terem

sidos prorrogados de acordo com a complexidade e necessidades das partes

interessadas, não houve tempo hábil até a apresentação deste trabalho, para que fosse

aplicada a etapa “Do”.

Desta forma, foi adotada a metodologia de gerenciamento de projetos, segundo

WEISS, para gerenciar o Kaizen neste estudo de caso.

Durante os estágios do Kaizen foram utilizadas diversas ferramentas baseadas

no conceito de produção enxuta.

No primeiro estágio foram a analisados fatores internos e externos através de

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ferramentas como: Brainstorming, matriz GUT, Ishikawa e fluxograma. Através das

analises realizadas no primeiro estágio foi definido o local do Kaizen, seus objetivos e

metas, assim, caracterizando o segundo estágio. Após estas definições foi iniciado o

terceiro estágio onde foi realizada a proposta do Kaizen, suas consequências como

alteração de layout, remanejamento de mão-de-obra bem como exemplificando a

melhoria no processo através do fluxograma. No estágio quatro, foram viabilizados os

ganhos financeiros e a diminuição do descarte de resíduos, conforme são visualizados

nos resultados apresentados neste trabalho. Fechando o ciclo desta metodologia, no

estágio cinco, através do cronograma podemos controlar as ações futuras para dar

continuidade aos trabalhos propostos neste Kaizen.

O objetivo geral deste estudo foi atingido, já que foi encontrado um método de

redução de custos e de impacto ambiental. O objetivo específico também foi alcançado,

eliminando assim todos os resíduos utilizados no processo de primagem na montagem

de vidro de portas.

Existem práticas que podem tornar o Kaizen mais eficiente caracterizado de

acordo com suas metodologias, mas se a realidade da empresa não permite que sejam

aplicadas a risca, não podemos deixar de utilizar a ferramenta Kaizen e adaptá-la de

acordo com as necessidades da empresa, pois seus resultados podem trazer ganhos

significativos e aumentar a competitividade no mercado.

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