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UNVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA A R Q U I T E T U R A & U R B A N I S M O | T É C N I C A S R E T R O S P E C T I V A S |

Prof: Mônica Olender Alunos: Eulices Cardoso | Fabricio Sacramento | Marina Cezar | Seves Rocha Maio/2012

CARTAS PATRIMONIAIS

CARTA DE WASHINGTON 1986-1987



Um começo incerto e um final surpreendente

marcaram a década de 80 do século XX.

Em 1979 a União Soviética invadia o oriente médio e a

Guerra Fria estava de volta com mais uma nova

ameaça nuclear.

Em 1989 a praça da Paz Celestial na China eram

tomadas por manifestantes que pediam o fim do

socialismo autoritário. E neste mesmo ano, ocorre a

queda do muro de Berlim marcando o fim da divisão

bipolar do mundo: o fim da Guerra Fria.



No Brasil, o cenário de anistia permitia o retorno de

líderes e militantes de movimentos políticos.

O quadro político se alterava, e despertava o

movimento pelas Diretas Já, em 1984.

Em 1988 é promulgada a atual Constituição

Brasileira.

Em 1989 o povo brasileiro vai às urnas na escolha

do novo presidente após 29 anos sem eleições

diretas.



Neste quadro político e econômico que ocorre o

congresso onde foi redigida a Carta de Washington



Observamos que a Carta de Washington (1987) se

trata de uma complementação da Carta de Veneza

(1964)



1931 • CARTA DE

ATENAS (Escritório Internacional de Museus) Criação de Grupos e instituições para garantir a salvaguarda de obras primas.

1933 • CARTA DE

ATENAS (IV CIAM) Salvaguarda apenas dos monumentos enfocados como testemunhos e documentos da história.

1964 • CARTA DE

VENEZA Amplia o conceito de monumento, preservando além das “grandes criações”, obras modestas com valor cultural adquirido.

1975 • DECLARAÇÃO

DE AMSTERDÃ Estende a noção de patrimônio não somente a construções isoladas, mas a conjuntos, bairros e aldeias.

1977 • CARTA DE

MACHU PICCHU incorpora valores sócio-culturais nos processos de restauração e conservação do patrimônio.

1982 • DECLARAÇÃO

DE TLAXCALA salientava a preservação de pequenas aglomerações cujos modos de vida são capazes de testemunhar sobre cultura diversas.

1986-1987

• CARTA DE WASHINGTON



A CARTA DE WASHINGTON



•Todas as cidades são históricas •Complementa a Carta de Veneza (1964): salvaguarda das cidades históricas •Salvaguarda: medidas necessárias a sua proteção, conservação e restauração

•Planejamento físico-territorial •Planos urbanos



•Valores a preservar: caráter histórico da cidade:

•Forma urbana •Relações entre espaços urbanos •Forma e aspecto das edificações •Relações da cidade com o entorno •Diversas vocações da cidade •Qualquer ameaça a esses valores compromete a autenticidade da cidade histórica



•Participação dos habitantes é indispensável: a salvaguarda diz respeito primeiramente a seus habitantes •Deve-se levar em consideração problemas específicos de cada caso particular •Planejamento da salvaguarda: estudos multidisciplinares •Articulação harmoniosa entre os bairros históricos e o conjunto da cidade



•Determinar edificações que devem ser protegidas, conservadas, ou demolidas •Antes de qualquer intervenção: condições existentes rigorosamente documentadas •Conservação = manutenção permanente •Um dos objetivos fundamentais da salvaguarda: melhoria do habitat •Transformações: respeitar a organização espacial existente



•Melhor conhecimento do passado das cidades históricas:

•Circulação de veículos regulamentada •Grandes traçados rodoviários que não penetrem nas cidades •Medidas preventivas contra catástrofes naturais e danos •Programa de informações gerais começando na idade escolar



PROJETOS DE INTERVENÇÃO URBANA PÓS ANOS 80

Puerto Madero – Buenos Aires / Argentina

Pelourinho – Salvador / Bahia

Praça João Penido – Juiz de Fora / Minas Gerais




Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=3979, acesso em 06/05/12




•Antigo porto degradado

•Grande valor simbólico para Buenos Aires

•Revitalização em 1989 possibilitou recuperação da

identidade local

•Frentes de atuação: Restauro de edificações antigas,

projetos de infraestrutura, nova pavimentação,

equipamentos urbanos e implemento de áreas verdes

•Construção de novas edificações em harmonia com

edificações antigas

•Edificações antigas repaginadas dando lugar a novos usos




•A restauração e refuncionalização dos armazéns

são vistas com um dos projetos mais importantes

de valorização de espaço público

Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=3979, acesso em 06/05/12




Fonte: http://www.fotosdecidades.com.br/fotos-de-salvador/salvador-pelourinho/htm, acesso em 06/05/12




•Cidade alta – núcleo fundador da cidade , concentrando as

funções administrativa, comercial e residencial

•Inicialmente área nobre que foi abandonada com a

expansão da cidade, tornando-se degradada e

descaracterizada pela falta de conservação.

•1938 e 1945: Tombamento de alguns monumentos pelo

IPHAN

•1985: Reconhecimento como Patrimônio da Humanidade

•1991: Inicio das etapas de intervenção e revitalização, no

entanto esse processo descaracterizou o local, modificando

sua identidade, indo contra as cartas patrimoniais.



Praça da Estação – Juiz de Fora / Minas Gerais

Fonte:

http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/Minas_Gerais/Juiz_de_Fora/photo734103.

htm, acesso em 06/05/12




•Surgiu a partir da implantação da Estação Central do

Brasil

•Forma-se um conjunto arquitetônico com predominância

do ecletismo

•Reforma da praça em 2003: foram conservadas apenas as

arvores de copa baixa, piso refeito, nova iluminaçao e

revitalização de jardins

• A ruas Halfeld e Paulo de Frontin foram transformadas em

calçadão

•2004: Prefeitura municipal estuda formas de implantar uma

segunda etapa do projeto, transformando o local em uma

referencia cultural para a cidade.




Calçadão entre Ruas Paulo de Frontin e Halfeld

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