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CARTA EDUCATIVA
DE ANGRA DO HEROÍSMO
2015
2
O Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10 de novembro, que regulamenta as
competências de planeamento, projeto, construção e manutenção de infraestruturas
escolares na Região Autónoma dos Açores, bem como as normas de segurança e de
proteção ambiental a que devem obedecer, enquadrou a elaboração da Carta Educativa.
A elaboração doa proposta é competência da Câmara Municipal, cabendo a aprovação à
Assembleia Municipal, após discussão e parecer do Conselho Local de Educação. O mesmo
diploma estabelece na alínea a) do seu artigo 3.º que a Carta Educativa é «o instrumento
de planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos de
responsabilidade municipal, organizada de acordo com as ofertas de educação e formação
que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos
educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada
Município».
Objetivos da Carta Educativa:
Os objetivos, estrutura e forma de elaboração e aprovação da Carta Educativa encontram-
se fixados nos artigos 14.º a 19.º do Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10
de novembro. Aquele diploma estabelece os seguintes objetivos para a Carta Escolar:
• Assegurar a adequação da rede de estabelecimentos de educação pré-escolar e
de ensino básico e secundário, para que, em cada momento as ofertas
educativas disponíveis a nível municipal respondam à procura efetiva do
Município;
• Assegurar a racionalização e complementaridade de ofertas de educação e
formação e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de
descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos
estabelecimentos de educação e de ensino públicos e os respetivos
agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos
projetos educativos das escolas;
• Promover o desenvolvimento do processo de agrupamento de escolas com vista
à criação das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de
excelência e de competências educativas, bem como as condições para a gestão
eficiente e eficaz dos recursos educativos disponíveis;
• Garantir a coerência da rede educativa com a política urbana do Município.
Ficha Técnica:
Título: Carta Educativa de Angra do Heroísmo
Ano: 2015
Editor: Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Morada: Praça Velha
9701-857 Angra do Heroísmo
Contactos:
Telefone - +351 295 401 700
e-mail - [email protected]
3
Índice
1 ‐ Introdução .................................................................................................................................................................. 13
2 – Enquadramento do território .................................................................................................................................... 18
2.1 ‐ Caraterização geográfica ..................................................................................................................................... 18
2.2 ‐ Caracterização Administrativa ............................................................................................................................ 20
2.3 ‐ Caracterização Urbana ........................................................................................................................................ 22
2.4 ‐ Análise socioeconómica ...................................................................................................................................... 23
2.5 ‐ Património Natural ............................................................................................................................................. 24
2.6 ‐ Património Cultural ............................................................................................................................................. 26
3 – Caracterização demográfica ...................................................................................................................................... 30
3.1 ‐ Evolução e distribuição da população ................................................................................................................ 31
3.2 ‐ Densidade Populacional ...................................................................................................................................... 36
3.3 ‐ Crescimento natural............................................................................................................................................ 37
3.4 ‐ Taxa de fecundidade ........................................................................................................................................... 39
3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência .............................................................................................. 41
3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos ..................................................................................... 50
3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total ................................................................................ 51
3.8 ‐ Dimensão das Famílias ........................................................................................................................................ 52
3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente ................................................................................................... 53
4 – Caracterização sócio‐económica ............................................................................................................................... 59
4.1 ‐ População Ativa e Empregada ............................................................................................................................ 59
4.2 ‐ Setores de atividade e profissões ....................................................................................................................... 65
4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção ........................................................................................................................... 69
4.4 ‐ Acessibilidades .................................................................................................................................................... 72
5 – Caracterização do sistema educativo ........................................................................................................................ 74
5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo ..................................................................................................................... 74
5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores .......................................................................................... 75
5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo ......................................................................................... 77
5.4 ‐ Evolução do número de alunos .......................................................................................................................... 81
5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada ................................................................................................................................. 81
5.4.2 ‐ Rede Pública ................................................................................................................................................. 83
5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo .......................................................................................... 96
5.5 ‐ Indicadores ........................................................................................................................................................ 105
5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção ..................................................................................................................... 105
5.5.2 ‐ Escolarização .............................................................................................................................................. 117
5.5.3 ‐ Abandono Escolar ...................................................................................................................................... 119
5.5.4 ‐ Atraso Escolar ............................................................................................................................................ 122
4
5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais ........................................................................... 123
5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial ............................................................................................................... 127
5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) ............................................................... 134
5.9 ‐ Ação Social Escolar ............................................................................................................................................ 135
5.10 ‐ Transportes Escolares ..................................................................................................................................... 136
5.11 ‐ Recursos Humanos .......................................................................................................................................... 138
6 – Ensino Superior ....................................................................................................................................................... 143
7 ‐ Infraestruturas escolares públicas ........................................................................................................................... 149
7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................................ 149
7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino ................................................................................... 156
7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico .............................................................. 159
8 ‐ Infraestruturas desportivas ...................................................................................................................................... 161
9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ................................................................................................ 162
9.1 ‐ Creches .............................................................................................................................................................. 163
9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) ................................................................................................ 164
9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens .................................................................................................... 165
9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ................................................................................................................. 165
9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude .............................................................................................................................. 165
9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO ........................................................................................................ 167
10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo ......................................................... 168
11 ‐ Diagnóstico estratégico ......................................................................................................................................... 170
12 ‐ Princípios, objetivos e ação .................................................................................................................................... 173
13 ‐ Monitorização ........................................................................................................................................................ 182
Glossário........................................................................................................................................................................ 184
Bibliografia .................................................................................................................................................................... 190
5
Índice de Figuras
Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo .......................................................................... 21
Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011) ............................................................................................ 37
Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores ..................................................... 76
6
Índice de Quadros
Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013) ............................................................................. 30
Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo ..................................... 32
Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011) ................................................................................ 36
Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ................................................... 37
Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) ............................... 42
Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo (2011) ......... 46
Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011) ......................................................................................................... 53
Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011) ........................................................... 54
Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011 ........................................... 59
Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66
Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011) ................................ 66
Quadro 12 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do Heroísmo
(2001‐2011) ................................................................................................................................................................. 68
Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ........................... 69
Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011) ...................... 69
Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) .................................... 79
Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do Heroísmo
(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79
Quadro 17 ‐ Capacidade e frequência dos estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular
(2014/2015) ................................................................................................................................................................ 79
Quadro 18 ‐ Estrutura da rede pública e privada do concelho de Angra do Heroísmo por freguesias e nível de
escolaridade (2014/2015) ........................................................................................................................................... 80
Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de
Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................. 82
Quadro 20 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83
Quadro 21 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................. 83
Quadro 22 – Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) ............................................................... 86
Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86
Quadro 24 ‐ Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no
concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) .............................................................. 86
Quadro 25 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco
Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015) .......................................................................................................... 88
Quadro 26 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco
Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015) ....................................................................................................... 88
Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de Angra do
Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90
7
Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de Angra do
Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 90
Quadro 29 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92
Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92
Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95
Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95
Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 95
Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares
e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................................... 96
Quadro 35 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede privada
(2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................ 97
Quadro 36 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%) na educação pré‐escolar na rede privada (2006/2007 ‐
2014/2015) .................................................................................................................................................................. 99
Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................... 99
Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 101
Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 101
Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015 ................................................................................................................ 101
Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 102
Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 102
Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 102
Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015) ............................................................................................ 103
Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015 ........................................................................ 104
Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 104
Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) ........................................................................ 105
Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015).............................................................................................................. 105
Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013) ....................................................... 119
Quadro 50 ‐ Percentagem de alunos matriculados em idade ideal de frequência de acordo com o nível de
escolaridade (2011) ................................................................................................................................................... 119
Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15) .................................................................................................................. 125
Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16) .................................................................................................................. 126
Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015) .......... 135
Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade ................................ 135
Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º Ciclos ..... 137
Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino Secundário e
outras modalidades .................................................................................................................................................. 138
8
Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico,
no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ..................................................................................................... 139
Quadro 58 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................................................................. 139
Quadro 59 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, na Educação Especial, no concelho de Angra do
Heroísmo (2014/2015) .............................................................................................................................................. 139
Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra do Heroísmo
(2014/2015) .............................................................................................................................................................. 139
Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
.................................................................................................................................................................................. 142
Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) ........................................... 145
Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação) .................... 146
Quadro 64 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com residência
permanente na Região Autónoma dos Açores* ....................................................................................................... 147
Quadro 65 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com residência
permanente no concelho de Angra do Heroísmo* ................................................................................................... 147
Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015) .......................................................... 148
Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond ......................................... 149
Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo ..................................................... 151
Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba .......................................................... 152
Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho .. 154
Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade ................................................ 155
Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ............. 157
Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................... 157
Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158
Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 158
Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) ................................ 159
Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017) ............... 159
Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento ............................................................ 161
Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo ........................................................................................ 163
Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL) .................................................................................... 164
Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens .......................................................................................... 165
Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário ..................................................................................................... 165
Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude ............................................................................................................... 166
Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ...................................................................................................... 167
Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível ......... 167
9
Índice de Gráficos
Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%) ................................................ 18
Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%)................................... 22
Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013) ......................................................................................... 30
Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013) ............................................................................................................ 31
Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do Heroísmo (2011)
.................................................................................................................................................................................... 32
Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011) ................................................................. 33
Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013) ...................................................................... 38
Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013) ...................................................................................................... 38
Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013) ................................................................................................... 38
Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013) ............................................................... 39
Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013) ............................................................. 39
Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo (2001‐2013)
.................................................................................................................................................................................... 40
Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade .............................................................................................................. 41
Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013) ...................................................... 42
Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013) ......................................................... 43
Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011) ................................................................................................................ 44
Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011) ....................................................................................... 47
Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011) .................................................................................................. 47
Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013) ...................... 50
Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013) ................................................................................. 50
Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013) ................................................................................. 51
Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013) ......................................................................................... 52
Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011) .................................................................... 54
Gráfico 24 ‐ População residente (%) por nível de escolaridade (2011) .................................................................... 55
Gráfico 25 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, sem nível de escolaridade, no concelho de Angra do
Heroísmo (1960‐2011) ................................................................................................................................................ 57
Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra do Heroísmo
(1960‐2011) ................................................................................................................................................................. 58
Gráfico 27 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino superior, no concelho de Angra do
Heroísmo(1960‐2011) ................................................................................................................................................. 58
Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011) ................................................................................. 60
Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011) ....................................................... 60
Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014) ........................................................................... 62
Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014) ............................................ 62
Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014) ................... 63
10
Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014) ................................. 63
Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014) ....................................................... 64
Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011) .......................................................................................................... 64
Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011) ............................................................................ 65
Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011) ................................................................... 65
Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011) .................................................... 66
Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do Heroísmo (2011)
.................................................................................................................................................................................... 68
Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da população residente)
(2009‐2013) ................................................................................................................................................................. 71
Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de Angra do
Heroísmo (2009‐2013) ................................................................................................................................................ 71
Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013) .................. 72
Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de Angra do
Heroísmo (%) (2009‐2013) .......................................................................................................................................... 72
Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) ..................................................................................................... 82
Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação ............................................................................. 82
Gráfico 46 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do
Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação .......................................................... 83
Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo
(redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015) ..................................................................................................... 85
Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo
(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 85
Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo
(rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015) .................................................................................................................... 86
Gráfico 50 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI
Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 87
Gráfico 51 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI
Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015) .......................................................................................... 88
Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 89
Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................... 90
Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 91
Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás
de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015) ............................................................................................................................ 92
Gráfico 56 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES
Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................... 94
Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo
Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 94
11
Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI
dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015) ...................................................................................................... 96
Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98
Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do
Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ........................................................................................................................... 98
Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015) ................................................. 99
Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) ......................................................................................................... 100
Gráfico 63 ‐ Evolução do número de alunos matriculados no INETESE, Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 102
Gráfico 64 ‐ Alunos matriculados no Polo de Angra do Heroísmo da Escola Profissional da Praia da Vitória
(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 103
Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo (2010/2011
‐ 2014/2015) ............................................................................................................................................................. 104
Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores, Terceira e
Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ................................................................ 107
Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores,
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108
Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores,
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 108
Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores,
Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................... 109
Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. Açores, Terceira
e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013) ............................................................. 109
Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos Açores (redes
pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014) ............................................................................................................ 110
Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no concelho de
Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) .................................................................... 110
Gráfico 73 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira
Drummond (2011/2012 – 2013/2014) ..................................................................................................................... 111
Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo
(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 111
Gráfico 75 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba
(2010/2011 – 2013/2014) ......................................................................................................................................... 112
Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo Emiliano de
Andrade (2010/2011 – 2013/2014) .......................................................................................................................... 112
Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2013/2014) 113
Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
(2009/2010 ‐ 2013/2014) .......................................................................................................................................... 113
Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015) 114
Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia da Vitória
(2006/2007 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 114
12
Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira (2010/2011 ‐ 2014/2015) .............................. 115
Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de Angra do
Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 115
Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de Angra do
Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015) ....................................................................... 116
Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do Heroísmo ........ 120
Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e Madeira ......... 121
Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012) ............................................................. 123
Gráfico 87 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo
(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129
Gráfico 88 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo
(2011/2012 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 129
Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos matriculados no
concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015) ..................................................................................... 130
Gráfico 90 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial, na EBI Francisco Ferreira Drummond
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 130
Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira Drummond
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 131
Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/2013 ‐
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 131
Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/13 ‐
2014/15) .................................................................................................................................................................... 132
Gráfico 94 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 132
Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐
2014/2015) ................................................................................................................................................................ 133
Gráfico 96 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 133
Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade
(2012/2013 ‐ 2014/2015) .......................................................................................................................................... 134
Gráfico 98 ‐ Evolução do número de alunos subsidiados (%), por unidade orgânica, no concelho de Angra do
Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015) ........................................................................................................................ 136
Gráfico 99 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade
orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 140
Gráfico 100 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por nível de
ensino (2014/2015) ................................................................................................................................................... 140
Gráfico 101 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade
orgânica (2014/2015) ................................................................................................................................................ 141
Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com residência
permanente Angra do Heroísmo (%) ........................................................................................................................ 147
Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global ............................................................................................... 168
Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário ............................................................................................ 169
13
1 ‐ Introdução
A história da intervenção dos Municípios em matéria de educação está diretamente ligada à história do poder
local em Portugal. Durante os anos do Estado Novo estes órgãos não tinham autonomia, sendo
representantes locais do aparelho central do Estado. As suas atribuições em matéria de educação limitavam‐
se à construção, conservação e manutenção das escolas primárias, o que, mesmo sendo escasso, era difícil
de cumprir, tendo‐se verificado alguma degradação do parque escolar.
A partir do 25 de abril de 1974 este panorama alterou‐se. A primeira Lei das Finanças Locais, a Lei n.º 1/79,
de 2 de janeiro, veio impor a transferência de uma percentagem do Orçamento do Estado para os Municípios,
criando um Fundo de Equilíbrio Financeiro que fornecia às autarquias capacidade de intervenção em diversos
âmbitos, entre os quais o educativo. Verifica a existência graves carências ao nível das infraestruturas básicas
(água, saneamento e vias de comunicação), a educação não foi considerada, na maior parte dos casos, uma
das intervenções prioritárias. Era consoante as possibilidades orçamentais dos Municípios que se procedia a
intervenções na infraestrutura escolar, nomeadamente na construção e recuperação e, pontualmente, na
expansão do parque escolar do ensino primário e da educação pré‐escolar (esta última a partir de 1979, com
a criação do sistema público).
A primeira legislação a regulamentar as atribuições dos Municípios em matéria de educação surgiu em 1984,
com a publicação de um pacote legislativo autárquico que incluiu o Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de março,
que estabeleceu o regime da delimitação e da coordenação das atuações da administração central e local
em matéria de investimentos públicos, e o Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, que operou a revisão da
Lei n.º 79/77, de 25 de outubro, no sentido da atualização e reforço das atribuições das autarquias locais e
da competência dos respetivos órgãos. Estes diplomas não transferem propriamente competências da
administração central para a local, mas antes responsabilidades financeiras. O Decreto‐Lei n.º 77/84, de 8 de
março, transferiu para os Municípios a responsabilidade pelos investimentos nos domínios da construção e
equipamento de estabelecimentos de educação pré‐escolar e de ensino básico, de algumas componentes da
ação social escolar e dos transportes escolares, da criação de equipamentos para a educação de adultos e da
organização de atividades de ocupação dos tempos livres. O Decreto‐Lei n.º 100/84, de 29 de março, por sua
vez, atribuiu aos Municípios competências em matéria de «interesses próprios, comuns e específicos das
populações locais», o que inclui a educação e o ensino.
A amplitude e indefinição destes diplomas alargou a possibilidade de intervenções educacionais dos
Municípios, que continuaram a intervir ao nível do parque escolar, da educação infantil, das bibliotecas
municipais, da educação de adultos, das atividades extra‐escolares, da ação social e do desporto. Por forma
a dar resposta a todas estas atribuições, os Municípios foram criando departamentos ou serviços educativos.
14
Pouco tempo após a publicação deste conjunto de diplomas foi publicada a primeira Lei de Bases do Sistema
Educativo, a Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, que, apesar de definir o sistema educativo como descentralizado
e desconcentrado e de referir estruturas administrativas de âmbito local, acaba por deixar para o futuro a
definição das competências municipais na educação, e por citar os Municípios no conjunto dos parceiros
sociais que colaboram, participam ou prestam serviços educativos. Na legislação educativa que foi sendo
produzida as autarquias aparecem como parceiros ou órgão consultivos, mas nada altera substancialmente
as suas competências. Apenas com a Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, foi transferida da administração
central para os Municípios a responsabilidade de elaborar a Carta Educativa. Mais tarde, pelo Decreto‐Lei n.º
7/2003, de 15 de janeiro, a carta educativa foi definida como um instrumento de planeamento,
complementar ao Plano Diretor Municipal. Na Região Autónoma dos Açores a matéria foi regulada pelo
Decreto Legislativo Regional n.º 27/2005/A, de 10 de novembro, que regulamenta as competências de
planeamento, projeto, construção e manutenção de infraestruturas escolares na Região Autónoma dos
Açores, bem como as normas de segurança e de proteção ambiental a que devem obedecer. É esse o diploma,
que alterado pelos Decreto Legislativo n.º 23/2010/A, de 30 de junho, e Decreto Legislativo Regional n.º
6/2015/A, de 5 de março, enquadra nos Açores a elaboração das Cartas Educativas.
Gradualmente os Municípios têm reforçado a sua intervenção na administração da educação local, quer por
via das competências legalmente atribuídas, quer pela interpretação que fazem dos seus poderes e deveres
enquanto estruturas autónomas, como órgãos eleitos e representativos das populações que servem.
Sustentando‐se neste facto, assumem‐se no direito de participar em todas matérias de interesse público, em
particular em sectores estruturantes para o desenvolvimento local e preponderantes na melhoria de vida
das populações como é o sector da educação.
Nos últimos anos tem recrudescido a discussão sobre a necessidade de haver uma profunda alteração do
papel do Estado nos processos de decisão política e de administração da educação, defendendo‐se a
transferência de mais competências e funções do nível central e regional para o nível local. Alguns autores
como Barreto (1995) advogam que «(…) a centralização contemporânea, além de razoavelmente inútil, se
vem transformando num obstáculo ao desenvolvimento educativo e num prejuízo social». Carneiro (2003)
considera urgente inverter a tradição de gestão centralizada do sistema educativo, transferindo para as
autarquias o poder de decisão.
Dentro desta perspetiva, Fernandes (1996) sublinha «que os Municípios serão sempre um parceiro
insubstituível de qualquer processo de descentralização». Diz ainda este autor que é importante atribuir ao
Município um maior papel dentro do sistema público de ensino, sobretudo nos domínios onde já tem uma
experiência acumulada.
15
De facto, as autarquias têm vindo a assumir um papel de crescente importância no domínio da administração
educativa. Se numa primeira fase as competências e atribuições que lhes eram transferidas assumiam formas
de participação ao nível das tarefas, a partir da década de 1990 é‐lhes outorgada uma maior intervenção nas
questões educativas, passando a participar na direção e administração das escolas, assumindo a
responsabilidade da elaboração da carta educativa e da constituição dos conselhos locais da educação.
O envolvimento crescente do Município na educação tem suscitado alguns receios e reservas, como salienta
Fernandes (1996) ao referir que esta intervenção depara‐se ainda com resistências de vária ordem, fundadas
em interpretações distorcidas que levaram à construção de estereótipos municipais que não correspondem
à realidade vivida e que tornam as relações entre a escola, Município e governo, um campo ainda rodeado
de incompreensões.
A presença dos Municípios na educação é hoje uma realidade incontornável, quer no estrito cumprimento
das suas atribuições e competências, quer extrapolando‐as em margens de autonomia mais ou menos latas
e mais ou menos intervenientes, os Municípios são órgãos importantes e insubstituíveis da administração
educativa.
Quando se pensa no desenvolvimento de uma comunidade, no seu bem‐estar e na construção de uma
melhor qualidade de vida, exigem‐se decisões que não tendo todas resultados no imediato, constituem
apostas de cuja qualidade dependerão fortemente os seus efeitos no futuro.
A educação e a formação dos membros da comunidade encontram‐se na primeira linha destas apostas. A
tomada de consciência deste facto tem como resultado, na prática, que uma das principais preocupações
dos Municípios, como órgãos representativos das comunidades locais, deva ser a educação, concebendo a
sua atuação nesta área com uma visão estratégica que ultrapasse o imediatismo que a comodidade pontual
aconselharia. Importa disponibilizar as melhores condições possíveis às comunidades educativas para que a
sua atuação se transforme em êxito e consequentemente dela se retire o máximo de eficácia.
Do ponto de vista formal, a Carta Educativa é definida como o instrumento, a nível municipal, de
planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de
acordo com as ofertas de educação e formação que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor
utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada
Município. Contudo, este documento, pode e deve ultrapassar o simples patamar do planeamento e
ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos, e conter as linhas fundamentais do
desenvolvimento estratégico da educação, no seu todo, no concelho. Se o desenvolvimento de cada cidadão
leva a uma melhoria das condições de vida individual e do agregado em que se insere, a educação conjunta
da comunidade eleva sobremaneira a capacidade de todos tirarem melhor partido dos meios que, em cada
momento, estão disponíveis. A educação não pode ser um conjunto de atos isolados, incidindo sobre
16
indivíduos isolados. A educação tem de ser um ato social em que os “atores” e os “espectadores” se
confundem.
A presente Carta Educativa pretende constituir‐se como um documento estratégico para a política educativa
municipal, que para além de procurar retratar o concelho de Angra do Heroísmo nos seus aspetos mais
importantes do ponto de vista geográfico, demográfico, económico e social, contém um balanço da situação
educacional. Na sequência do diagnóstico e análise síntese da situação atual, propõe‐se um conjunto de
propostas de ação e apresenta‐se uma metodologia de monitorização e de avaliação das ações a
implementar. Deseja‐se que a Carta Educativa constitua um documento vivo, isto é, um documento que
possa responder às necessidades da comunidade e como tal seja atualizável e atualizado sempre que tal se
verifique necessário.
A Carta Educativa do concelho de Angra do Heroísmo, em vigor, foi aprovada em reunião de Assembleia
Municipal em fevereiro de 2014. No entanto, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo considerou proceder
à respetiva revisão, por forma a permitir à Autarquia implementar uma estratégia no sentido de:
• Orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural;
• Tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente e prever o respetivo
redimensionamento, definindo prioridades para as eventuais intervenções;
• Otimizar recursos;
• Evitar ruturas e inadequações da rede educativa em relação à dinâmica social e ao desenvolvimento
urbanístico;
• Atualizar os dados de base, inserindo a informação disponibilizada pelos Censos de 2011, garantindo
uma maior adequação à realidade.
As alterações demográficas que ocorreram nas últimas décadas têm implicações na sociedade angrense nas
mais diversas áreas. Assistiu‐se a uma diminuição, sem precedentes, na natalidade e a um aumento da
população idosa. Este fenómeno está atualmente a provocar grandes alterações na procura de determinados
equipamentos. Se o aumento da população idosa provoca um aumento da procura de equipamentos de
apoio a este grupo etário, a redução do número de crianças implica uma diminuição da procura de
equipamentos utilizados por esta faixa etária, principalmente as escolas. Com a quebra da natalidade é cada
vez mais urgente estruturar uma política integrada para a infância.
Tendo por base o exposto, e de forma a ir ao encontro desta nova realidade, os critérios que serviam de base
ao planeamento da rede escolar, foram alterados. Para que a rede escolar se adeque a esta nova realidade é
imprescindível proceder à reorganização da rede escolar existente. Esta reorganização deve ser o resultado
17
de um completo e rigoroso diagnóstico da realidade e da observância das regras definidas pelos critérios de
planeamento. É esse o desafio a que a presente Carta Escolar pretende responder.
“Em tempos de crise, educação e ciência são garantia de futuro pelo que é fundamental que a educação e
formação sejam encaradas como garante do desenvolvimento das pessoas e dos países e, como tal, não
devem deixar de ocupar o centro das políticas e constituir uma prioridade do investimento público” (CNE in
“Parecer nº 2 de 2012, de 7 de março de 2012”).
18
2 – Enquadramento do território
2.1 ‐ Caraterização geográfica
Os Açores encontram‐se presentemente, divididos em 19 Municípios e 156 freguesias, que se repartem pelas
nove ilhas que compõem o arquipélago. As ilhas revelam dimensões muito desiguais (Gráfico 1): São Miguel
(744,58 km2), Pico (444,80 km2) e Terceira (400,27 km2), representam 68% da superfície total; São Jorge
(243,65 km2), Faial (173,06 km2) e Flores (140,96 km2) têm uma dimensão intermédia; Santa Maria (97,1
km2), Graciosa (61,2 km2) e Corvo (17,11 km2) são as mais pequenas no cômputo regional. Atendendo aos
critérios da UNESCO, que define «pequenas ilhas» como superfícies insulares com área inferior a 1000 km2,
todas as parcelas açorianas se incluem nesta classificação.
Gráfico 1 ‐ Distribuição da superfície total do arquipélago dos Açores por Ilhas (%)
Fonte: SREA
Os concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Angra do Heroísmo, Vila Praia da Vitória e Horta
constituem‐se como polos centralizadores da atividade económica e social e apresentam cariz mais urbano,
sendo as suas sedes de concelho as únicas cidades dos Açores.
A ilha Terceira, localizada no setor nordeste do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, apresenta uma
forma elíptica; uma superfície de 400,27 km2, com o comprimento máximo este‐oeste de 29 km e norte‐sul
de 18 km; e altitude máxima de 1021 metros. Esta ilha, à semelhança do arquipélago dos Açores, apresenta
características geológicas, geomorfológicas e hidrogeológicas determinadas pela sua natureza vulcânica
recente.
O estudo da morfologia assume‐se como fundamental no âmbito da Carta Educativa, assim como a análise
do clima que apresenta‐se como uma variável natural ao ordenamento e ao planeamento do território,
condicionando os usos do solo (urbano, agrícola, florestal e turístico‐recreativo), pelo seu papel ao nível do
Santa Maria4%
São Miguel32%
Terceira17%
Graciosa3%
São Jorge11%
Pico19%
Faial7%
Flores6%
Corvo1%
19
balanço hídrico do solo, da erosividade e do conforto bioclimático. A sua importância reflete‐se a diferentes
níveis, nomeadamente na análise da distribuição e alteração dos elementos climáticos, como recurso,
capacidade dispersante da atmosfera e sua direção dominante, fatores que assumem um papel relevante no
contexto de uma Carta Educativa.
A paisagem é caracterizada, em traços gerais, por uma orografia onde a elevada altitude está associada ao
acidentado do relevo e as áreas planas são pouco desenvolvidas. São de salientar algumas formas de relevo,
nomeadamente o ilhéu das Cabras, a Ponta do Queimado, a Ponta de Santo António, a Ponta das Cinco, o
Monte Brasil, a Lagoa Negra, o Pico do Carneiro, a Caldeira do Guilherme Moniz e a Terra Brava. Os aparelhos
vulcânicos da Ilha Terceira podem ser agrupados em quatro complexos principais, de oeste para este
(Zbyszewski et al., 1971): Serra de Santa Bárbara; Serra do Morião; Maciço do Pico Alto e complexo
desmantelado da Serra do Cume e da Serra da Ribeirinha, separado pela Caldeira dos Cinco Picos. Cota
Rodrigues (1993; 2002) considera a ilha Terceira alicerçada sobre três maciços estruturais: Maciço dos Cinco
Picos; Maciço de Guilherme Moniz – Pico Alto e o Maciço de Santa Bárbara.
O clima do Arquipélago dos Açores é essencialmente ditado pela localização geográfica das ilhas no contexto
da circulação global atmosférica e oceânica e pela influência da massa aquática da qual emergem.
A ilha Terceira encontra‐se enquadrada nas características gerais que definem o clima de todo o Grupo
Central e, em geral, do Arquipélago. Com base nos valores normais do clima dos Açores retiram‐se as
seguintes apreciações genéricas:
• Temperatura: junto ao litoral a temperatura média anual, em todo o arquipélago, ronda os 17,5 oC.
Nas mesmas circunstâncias de localização, os valores médios mensais são sempre superiores a 10 oC.
A temperatura varia regularmente ao longo do ano, sendo, em média, máxima em agosto e próxima
dos 22,0 oC. As temperaturas médias mensais mais baixas ocorrem em fevereiro, situando‐se
próximas dos 14,5 oC. Em altitude, a temperatura decresce de forma regular, até ser atingida a
temperatura do ponto de orvalho a uma altitude que se situa, em média, próxima dos 400 metros.
Por sua vez, a amplitude média anual da variação diurna é baixa, próxima dos 5 oC, tendo tendência
a ser superior na costa norte das ilhas;
• Precipitação: a precipitação média anual, ao nível do mar, varia entre os 700 e os 900 mm. Os meses
de setembro a março concentram 75% do total da precipitação anual. A este período do ano
correspondem dois terços dos dias em que se observa precipitação. Sendo por norma abundante, a
precipitação no arquipélago dos Açores caracteriza‐se por alguma irregularidade interanual, podendo
a amplitude atingir valores significativos. Em altitude a precipitação aumenta de forma considerável.
Os valores mais elevados de precipitação são registados no Inverno (dezembro, janeiro e fevereiro),
sendo os meses verão os menos húmidos do ano (junho, julho e agosto);
20
• Humidade: a humidade relativa do ar caracteriza‐se por ser elevada ao longo de todo o ano,
apresentando valores médios mensais próximos dos 80%. São raros os dias em que se observam
valores abaixo dos 50% e são mais de 60, os dias do ano em que a humidade relativa atinge, no litoral,
valores superiores a 90%;
• Vento: ao longo ano o vento sopra de forma regular, moderado nos meses de verão, e de forma mais
intensa nos meses de inverno. Durante todo o ano predominam ventos do quadrante oeste, no
entanto, verifica‐se que os ventos dos quadrantes sul e sudoeste são dominantes no Grupo Central.
O regime médio dos ventos junto ao litoral é, em larga medida, condicionado pela topografia. A sua
velocidade média anual é da ordem dos 17 km/h. Nos meses de inverno a velocidade média
aproxima‐se dos 20 km/h, enquanto que nos meses de verão o seu valor decresce para cerca dos 10
km/h. Soprando em rajadas, é raro o ano em que estas não atinjam velocidades próximas dos 100
km/h.
Em síntese, o clima é do tipo temperado com características oceânicas. Em comparação com outras regiões,
situadas à mesma latitude, a temperatura é mais amena, com amplitude térmica atenuada, grande
pluviosidade e elevado teor de humidade, vento persistente e reduzida insolação.
2.2 ‐ Caracterização Administrativa
Os Açores constituem uma Região Autónoma da República Portuguesa, nos termos estabelecidos na
Constituição da República de 1976, que se rege por um Estatuto Político‐Administrativo próprio. São órgãos
de governo próprio, a Assembleia Legislativa Regional e o Governo Regional.
No contexto da União Europeia, os Açores são na, aceção do n.º 1 do artigo 355.º e do artigo 349.º do Tratado
sobre o Funcionamento da União Europeia, uma região ultraperiférica, conjuntamente com outros territórios
insulares (Madeira, Canárias, Guadalupe, Martinica e Reunião) e dos enclaves das Guianas. As condicionantes
físicas destas regiões prendem‐se com o isolamento geográfico, distância ao continente europeu,
fragmentação territorial e escassez de recursos. O princípio da ultraperificidade, enquanto contingência do
desenvolvimento económico e social, encontra‐se consagrado e definido no artigo 349.º daquele Tratado.
O concelho de Angra do Heroísmo ocupa cerca de 60% da área total da ilha Terceira, sendo constituído por
19 freguesias (Figura 1), cinco das quais ‐ Sé, Nossa Senhora da Conceição, São Pedro, São Bento e Santa Luzia
‐ compõem a sede do concelho, sendo as restantes catorze ‐ São Mateus, Posto Santo, Terra‐Chã, São
Bartolomeu, Cinco Ribeiras, Santa Bárbara, Doze Ribeiras, Serreta, Raminho, Altares, Ribeirinha, Feteira,
Porto Judeu e São Sebastião ‐ freguesias rurais.
21
Figura 1 ‐ Carta administrativa do concelho de Angra do Heroísmo
Fonte: CMAH
As freguesias urbanas apresentam menor percentagem de distribuição da superfície total do concelho, sendo
as freguesias do Porto Judeu, Altares, São Sebastião e São Bartolomeu, as que apresentam maior área,
atingindo no seu cômputo 44% da distribuição da superfície total do concelho (Gráfico 2).
A estrutura do território do concelho é predominante rural, afetando 92,5% da sua área a freguesias rurais
e, apenas 7,5% a freguesias pertencentes à sede do concelho.
22
Gráfico 2 ‐ Distribuição da superfície do concelho de Angra do Heroísmo, por freguesia (%)
Fonte: SREA
2.3 ‐ Caracterização Urbana
Em relação ao desenvolvimento urbano, em contraste com o interior mais acidentado e diversificado ao nível
morfológico, é ao longo do litoral, mais plano e com melhor clima, que se encontram localizados os principais
aglomerados populacionais, assim como as sedes de freguesia, as atividades, serviços, rede de
infraestruturas, acessibilidades e a rede geral de equipamentos. Os centros populacionais do concelho não
ultrapassam os 300/400 metros de altitude.
O fator determinante para o povoamento da ilha Terceira foi, sem dúvida, o relevo que, atuando quer
diretamente, pelo declive das vertentes, quer indiretamente, pelas relações com o clima, circunscreveu a
área de ocupação humana à faixa periférica menos elevada que circunda a ilha. Para o interior o clima é
agreste, pela intensidade do vento e da precipitação e pela baixa temperatura durante os meses de inverno,
dificultando a continuidade de práticas agrícolas e a fixação de habitações.
As áreas mais altas, que são também as que apresentam maior declive, acima dos 700 metros de altitude,
estão envoltas por frequentes nevoeiros e recebem intensas precipitações. Nessas zonas, a humidade satura
a atmosfera durante quase todo o ano, criando condições ambientais difíceis, tanto para o Homem, como
para os animais. Assim sendo, verifica‐se que os centros populacionais das freguesias se localizam em zonas
próximas do litoral, unindo‐se pela estrada regional, existente em torno da ilha.
11,0%
4,7%
6,1%
4,4%
6,9%
4,8%
11,1%
2,6%
4,4%
9,4%
1,6%
0,5% 0,8% 1,0%
3,6% 3,3%
1,3%
12,2%
10,3%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
23
As freguesias mais populosas concentram‐se no setor sul do concelho e as menos povoadas localizam‐se no
setor oeste. A cidade de Angra do Heroísmo, sede de concelho, e a sua periferia imediata concentram em
grande parte as atividades económicas, serviços, equipamentos e infraestruturas da ilha.
2.4 ‐ Análise socioeconómica
Uma análise detalhada à estrutura de atividade económica do concelho evidencia uma progressiva
diminuição do peso relativo do setor primário. Em contrapartida, o setor que regista maior peso na economia
regional e do concelho tendo aumentado, inclusive, a sua capacidade de geração de riqueza, é o setor que
engloba as atividades públicas e a oferta de bens públicos.
A evolução recente do setor da produção agroflorestal, de acordo nomeadamente com o Recenseamento
Agrícola (1989,1999 e 2009), apresenta os seguintes traços de caraterização global:
• Progressiva diminuição da importância do setor primário em termos do valor acrescentado bruto
(VAB);
• Superfície agrícola, por exploração, muito reduzida e dispersa por um grande número de blocos com
dimensão média normalmente limitada e, em alguns casos, de difícil acesso;
• Diminuição do número de explorações agrícolas (de 1989 a 2009 passou de 2982 para 1708);
• Mão‐de‐obra agrícola em decréscimo, com elevada dependência da mão‐de‐obra familiar (cerca de
80%), representando a população agrícola familiar 16,5% da população residente no concelho;
• Diminuição do volume de trabalho da mão‐de‐obra agrícola (2698 para 1493 de 1989 a 2009);
• Decréscimo de agregados domésticos dependentes exclusivamente da atividade da exploração (500
para 173 de 1989 a 2009);
• Produtores agrícolas com baixo nível de formação;
• Persistência da pequena dimensão das propriedades florestais com funções económicas.
Apesar das limitações ao nível da produção e comercialização, têm vindo a ganhar importância na estrutura
produtiva da ilha e do concelho a aposta na diversificação agrícola. Esta diversificação é fruto do
reconhecimento da necessidade de uma maior suficiência alimentar e da existência de potencialidades e
condições competitivas para o desenvolvimento de produções alternativas à produção pecuária. Porém,
algumas das limitações das estruturas de produção agrícola no concelho são agravadas pela insularidade do
território e pelo acesso, particularmente, no que respeita ao abastecimento de fatores de produção e ao
respetivo escoamento.
Em relação à pesca, esta constitui, historicamente, um dos pilares da economia açoriana e continua a exercer
uma significativa influência em algumas das freguesias no concelho, nomeadamente nas de São Mateus da
Calheta e Porto Judeu. De entre os principais problemas que afetam os setor piscatórios destacam‐se:
24
circuitos de comercialização enviesados, desde a venda em lota até ao consumidor final; fraca rentabilidade
das empresas de pesca e baixo nível de formação profissional do setor, sobretudo a nível de conhecimentos
e competências profissionais adaptados às exigências de gestão.
Por outro lado, a reduzida dimensão demográfica contribui para que as indústrias transformadoras
apresentem um peso reduzido na economia da Região Autónoma dos Açores (RAA) e naturalmente na do
concelho de Angra do Heroísmo. Sendo a agropecuária uma das principais fontes de rendimento do concelho,
o leite fresco é a principal matéria‐prima usada pela indústria de transformação, que tem no queijo, na
manteiga e no leite pasteurizado, os principais produtos de exportação daí derivados. A carne de bovino tem‐
se assumido também como uma mais‐valia no contexto da economia local, sendo exportada carne de elevada
qualidade.
O turismo é uma atividade importante no concelho. A classificação da cidade de Angra do Heroísmo como
Património Mundial pela UNESCO em 1983 contribui para o desenvolvimento desta atividade económica.
Refira‐se que a distância relativamente ao continente, por um lado, aliada à distância e dispersão entre as
ilhas em si, gera a chamada «dupla insularidade», que se traduz em maiores encargos para a economia.
Assim, pela natureza arquipelágica do território e pelo seu isolamento no Atlântico Norte, deverá ser
potenciada uma coordenação eficaz entre transportes terrestres, aéreos e marítimos, nos segmentos do
movimento de pessoas e cargas.
2.5 ‐ Património Natural
Ao nível do património natural, o Parque Natural da ilha Terceira é uma estrutura de conservação da natureza
que agrega as áreas protegidas situadas na ilha e no mar territorial a ela contíguo. Foi criado pelo Decreto
Legislativo Regional n.º 11/2011/A, de 20 de abril, sendo um dos nove parques naturais de ilha que integram
a Rede de Áreas Protegidas dos Açores, dispositivo territorial de proteção da natureza e da biodiversidade
do arquipélago dos Açores. O Parque Natural da Terceira ocupa uma área total de 95,778 km2, dos quais
88,351 km2 de área terrestre, ou seja 22,07% da superfície emersa da ilha, e 7,427 km2 de área marinha,
incluindo no seu interior algumas das zonas melhor conservadas da vegetação autóctone açoriana.
O Parque Natural da Terceira é constituído por 20 áreas protegidas, distribuídas pelo território da ilha e pelo
mar territorial adjacente, das quais 3 têm a categoria de «reserva natural» e 2 de «monumento natural»:
• Reservas naturais
◦ Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros, incluindo no seu interior a
Reserva Integral da Caldeira de Santa Bárbara;
◦ Reserva Natural do Biscoito da Ferraria e Pico Alto;
25
◦ Reserva Natural da Terra Brava e Criação das Lagoas.
◦ Monumentos naturais
◦ Monumento Natural do Algar do Carvão;
◦ Monumento Natural das Furnas do Enxofre.
• Áreas protegidas para gestão de habitats ou espécies
◦ Área Protegida da Ponta das Contendas;
◦ Área Protegida dos Ilhéus das Cabras;
◦ Área Protegida da Matela;
◦ Área Protegida do Biscoito da Fontinha;
◦ Área Protegida da Costa das Quatro Ribeiras;
◦ Área Protegida do Planalto Central e Costa Noroeste;
◦ Área Protegida do Pico do Boi.
• Áreas de paisagem protegida
◦ Paisagem Protegida das Vinhas dos Biscoitos.
• Áreas protegidas para gestão de recursos
◦ Área Protegida da Caldeira Guilherme Moniz.
• Áreas marinhas protegidas para gestão de recursos
◦ Área Marinha Protegida das Quatro Ribeiras;
◦ Área Marinha Protegida da Costa das Contendas;
◦ Área Marinha Protegida dos Ilhéus das Cabras;
◦ Área Marinha Protegida das Cinco Ribeiras;
◦ Área Marinha Protegida da Baixa de Vila Nova;
◦ Área Marinha Protegida do Monte Brasil.
Os Açores situam‐se no percurso migratório de muitas aves, ganham importância como porto seguro de
descanso, nidificação e reprodução. O mar dos Açores alberga diversas espécies de cetáceos, sendo os mais
frequentes os cachalotes, baleias‐de‐bico e golfinhos. Estão registadas algumas espécies de tubarões,
variando desde o pequeno tubarão‐anão até ao tubarão‐baleia. Podem encontrar‐se, também, o peixe‐
espada, o atum, o bonito, moreia e o chicharro.
A floresta laurissilva, relíquia do que resta de uma vegetação que remonta ao Terciário que desapareceu em
quase todo o continente europeu devido às glaciações, encontra‐se em manchas isoladas em todas as ilhas,
sendo a mais significativa a existente na Serra de Santa Bárbara.
26
2.6 ‐ Património Cultural
Devido ao seu crescente estatuto político e económico, Angra do Heroísmo tornou‐se oficialmente cidade
em 1534, sendo nesse mesmo ano elevada a sede do Bispado dos Açores pelo Papa Paulo III. Este facto
contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da centralidade de Angra e explica o carácter monumental
do seu centro urbano e a quantidade e a qualidade da sua arquitetura religiosa.
Primeira cidade dos Açores, sede do corregedor das ilhas e alfândega principal, assumiu‐se progressivamente
como verdadeira capital político‐administrativa do arquipélago. O engrandecimento de Angra permitiu, pela
qualidade dos seus moradores e pelo afluxo de muitas e variadas gentes, costumes e culturas, que nela desde
cedo se promovessem as principais atividades de cariz cultural dos Açores.
Notáveis foram as festas, com danças, cortejos, prémios aos poetas que «com poesias latinas, portuguesas e
castelhanas, melhor louvassem aos Santos, ou com mais erudição descrevessem alguns dos passos principais
da sua vida», como se lê na Relação Geral das Festas que fez a Religião da Companhia de Jesus na Província
de Portugal, na canonização dos gloriosos Santos Inácio de Loiola, seu fundador, e S. Francisco Xavier,
Apóstolo da Índia Oriental, no ano de 1622, atribuída ao padre Jorge Cabral.
Nessa época foi possível realizar durante vários dias uma variedade de acontecimentos festivos e culturais,
protagonizados por estudantes, militares e uma multidão de figurantes em «chacotas, danças e folias» com
a cidade iluminada com tochas e velas nas suas janelas, foguetes, rodas, e «uma grande árvore de fogo, com
bombas e foguetes voadores». E, atestando a antiguidade da tradição, também touros no terreiro da praça e
de corda pela cidade, «vários em número».
E nos séculos seguintes, sendo Angra centro importante de governação político‐administrativa e sede do
bispado, não só em épocas marcantes mas também ao longo dos anos se realizaram eventos de cariz cultural
em salões, particulares das suas casas nobres, e públicos.
A 17 de Abril de 1830, em plena Guerra Civil Portuguesa, saiu o primeiro jornal publicado em Angra, a Crónica
da Terceira. E nos anos seguintes podem ler‐se nos jornais sucessivamente publicados nesta cidade ‐ A
Crónica, Crónica dos Açores, O Liberal, o Observador, o Angrense, O Íris da Terceira, O Insulano e tantos outros
(quase duzentos títulos).
As primeiras associações constituídas no concelho datam do século XIX e foram, na sua maioria, sociedades
recreativas e filarmónicas, a mais antiga das quais, ainda em plena atividade, foi a Sociedade Filarmónica
Recreio Serretense, fundada a 4 de dezembro de 1873. Mas fundaram‐se algumas outras que
desempenharam um papel cultural importante na cidade, tais como: a Sociedade 22 de Junho de 1828,
fundada em 1835, vocacionada para o teatro; um gabinete de leitura, no mesmo ano, que antecedeu a
27
criação das bibliotecas municipais; em 1865, a Sociedade Promotora das Letras e das Artes e o Grémio
Literário, no ano seguinte; em 1868, o Club Popular Angrense proporcionou aulas noturnas e abriu uma
biblioteca uns anos depois; em 1874, foi inaugurada a biblioteca do Município e, em 1879, um museu
terceirense. A cidade de Angra foi a primeira do arquipélago a assistir à projeção de cinema, em Agosto de
1898, no Teatro Angrense, atividade que se tornou regular a partir da Primeira Guerra Mundial.
Nas décadas de 1920 e 1930 constituíram‐se as principais associações atualmente em atividade,
predominantemente desportivas. Mas a atividade musical e teatral, nas freguesias rurais, também se
incrementou em torno da Ação Católica, nas décadas de 1930 e 1940. Também a partir destas décadas foram
promovidas com regularidade, no liceu, conferências e festas de finalistas com atividade teatral.
As décadas de 1940 e 1950 ficaram marcadas pelo aparecimento de agremiações viradas para uma exclusiva
atividade cultural: o Instituto Histórico da Ilha Terceira, fundado em 1942, promotor de conferências públicas
e colóquios científicos, editor de Boletim anual e de grande número de obras com interesse histórico e
etnográfico e impulsionador do processo de classificação de Angra (sua zona central) na lista do Património
Mundial da UNESCO e o Instituto Açoriano de Cultura (fundado em maio de 1955, no Seminário Diocesano
de Angra) que, tendo na sua génese um grupo de jovens professores do meio eclesiástico, quase todos
formados em universidades estrangeiras, teve como objetivos «fomentar a cultura geral das classes mais
responsáveis da sociedade açoriana», como escreveu Cunha de Oliveira.
O IAC publica a revista Atlântida e organizou dezenas de Semanas de Estudo, conferências, colóquios,
exposições, inventários do acervo artístico e arquitetónico dos Açores. A Academia Musical da Ilha Terceira
(AMIT), com o seu quinteto de cordas e o Coro Padre Tomaz de Borba, vocacionada para a divulgação da
música, foi, nos seus primeiros anos, praticamente a única escola de iniciação musical de Angra, verdadeira
precursora do Conservatório de Angra do Heroísmo. À AMIT, como promotora de concertos, se devem alguns
dos maiores momentos musicais vividos na Terceira.
No Seminário Diocesano de Angra, surgiu também a Academia São Tomás de Aquino, constituída por alunos
do referido seminário, com grande atividade no meio local: colóquios, teatro, grupo coral e tuna.
Nos finais da década de 1950 e na de 1960, a cidade de Angra, com o Rádio Clube de Angra, fundado nos
anos de 1940, os dois jornais diários, A União e o Diário Insular, e um quinzenário ergoterápico, O
Irresponsável é, seguramente, a cidade do arquipélago com vida cultural mais intensa e, até, mais rica.
É a época das páginas literárias «das Artes e das Letras», do poeta e jornalista João Afonso no Diário Insular,
e do chamado movimento Gávea‐Glacial com a revista Gávea (Emanuel Félix e Rogério Silva) e a página
Glacial em A União com Carlos Faria, Emanuel Félix e outros. São também dessa época as primeiras Semanas
28
de Estudo dos Açores, promovidas pelo IAC, e que constituíram fator de enorme relevância na transformação
da mentalidade conservadora dominante na época.
Nos finais da década de 1960, inícios da de1970, surgem em Angra o Círculo de Iniciação Teatral da Fanfarra
Operária (com José Orlando Bretão, Emanuel Félix, Leopoldino Tavares, Zeca Berbereia, Rui Neves, Manuel
Ilídio e tantos outros). Tratou‐se da primeira abordagem moderna nos Açores de «estudar teatro fazendo‐o
e de fazer teatro estudando‐o».
Da mesma época é a Cooperativa Sextante (livreira e divulgação cultural) que, após ser encerrada pela polícia
política (por atividades «subversivas»), se transformou na Galeria Degrau, com os mesmos sócios e objetivos:
agir culturalmente sobre o meio terceirense e açoriano numa perspetiva de transformação da sociedade.
Notável, ainda, pelo seu pioneirismo a nível regional e, até, nacional, a ação desenvolvida no domínio da
intervenção, pela cultura, em São Mateus da Calheta, onde um grupo de professores e militantes cívicos fez
operar, com assinaláveis êxitos, o método Paulo Freire no ensino de pescadores daquela localidade e na sua
formação humanista e cultural. Desta época são, ainda, os primeiros grupos etnográficos e de folclore criados
no concelho.
Após 25 de Abril de 1974 e com o apoio do FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) foram criados em
quase todas as freguesias rurais da ilha Terceira «Grupos de Ação Cultural» predominantemente constituídos
por jovens de ambos os sexos dando início a uma intensa atividade (grupos de teatro, salas de leitura e
conjuntos musicais) nos meios não urbanos. Posteriormente criaram‐se vários grupos corais, filarmónicos e
de teatro.
Em 1994, um grupo de artistas plásticos (José Nuno da Câmara Pereira, Renato Costa e Silva, José Guilherme
Rocha e Silva, João Miguel Borba, José Orlando Bretão e António Azevedo) fundou a Associação Cultural
Oficina de Angra, que desde a sua constituição agregou um número crescente de artistas e desenvolveu
grande atividade com a promoção de workshops, cursos, exposições, colóquios e, sobretudo, com a
recuperação da «Casa do Sal», onde hoje tem instalada a sua sede, atelier e galeria que é, sem qualquer
dúvida, um dos espaços mais bonitos e adequados para esse fim na cidade de Angra.
Em termos de instituições culturais e produtores culturais Angra do Heroísmo, atualmente, tem nove grupos
de folclore em atividade, quinze filarmónicas e aproximadamente, doze associações culturais com uma ação
cultural continua, em diferentes áreas artísticas, como o Instituto Açoriano de Cultura, o Instituto Histórico
da Ilha Terceira, o Alpendre, a Associação Angra Jazz, a Associação Cultural Burra de Milho, o COFIT.
Não se poderia falar em tradições culturais sem se referir as festas do Espírito Santo, de cariz religioso, com
todo o simbolismo e significado que contêm, e que, a par das manifestações de fé têm todo um programa
cultural, preenchido, principalmente, pela atuação de grupos musicais locais, em que não faltam os criativos
29
e típicos improvisadores que cantam ao desafio, e que cada freguesia se empenha para que sejam ricas quer
no aspeto religioso, quer no aspeto cultural.
Falar em manifestações culturais em Angra do Heroísmo é, também, falar nas Sanjoaninas, que têm lugar,
anualmente, no mês de junho com um extenso programa de atividades culturais e desportivas, assim como
do Carnaval. Todos os anos (na ilha Terceira e consequentemente no concelho de Angra) tem lugar, pelos 3
dias de Carnaval, um acontecimento hoje unanimemente reconhecido como o maior festival ou encontro de
teatro popular que se faz no mundo da língua portuguesa: as Danças de Entrudo, que mobilizam milhares de
participantes (atores, mestres, músicos) e que, cada ano, se apresentam através de dezenas de grupos
percorrendo toda a ilha e dando, em cada freguesia, espetáculos de teatro (dança ou bailinho) com «vidas
de santos», casos da história, factos do dia‐a‐dia, para rir ou para chorar ou, até, para dissecar a vida política.
De realçar ainda a tradição tauromáquica, manifestada pela paixão quer pelas touradas de praça, quer pelas
típicas touradas à corda terceirenses, quer ainda pelas tradicionais esperas de gado. Angra do Heroísmo
possui a única praça de touros com dimensões regulamentares dos Açores, onde anualmente tem lugar uma
feira taurina de projeção internacional.
Em 2014 celebraram‐se os 480 anos da fundação da cidade de Angra e 30 anos da sua inscrição na Lista do
Património Mundial, comemorando‐se o reconhecimento internacional de que centro histórico da cidade
exibe e preserva um património arquitetónico e urbanístico de extraordinário valor universal. Do seu
património arquitetónico salienta‐se o Palácio dos Capitães Generais e a Igreja e Colégio dos Jesuítas de
Angra, bem como, o Convento de São Francisco, com a sua Igreja Nossa Senhora da Guia, que hoje alberga o
Museu de Angra do Heroísmo, que no final do corrente ano contará com um polo de história militar localizado
no antigo Hospital Militar da Boa Nova junto a Fortaleza de São João Baptista do Monte Brasil (a mais
importante fortificação do arquipélago), a Igreja da Misericórdia, a Sé Catedral do Santíssimo Salvador e o
Convento de São Gonçalo.
A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo, com mais de meio milhão de diferentes títulos
e cerca de dois milhões de manuscritos e o depósito legal dos Açores (onde é conservado um exemplar de
qualquer publicação editada em Portugal), situa‐se no Palácio Bettencourt, uma antiga edificação solarenga
de fins do século XVII e inícios do XVIII, no centro histórico da cidade.
Angra do Heroísmo caracteriza‐se por uma diversificada e intensa atividade cultural e recreativa. O Teatro
Angrense é um dos expoentes máximos da cultura açoriana, que além de acolher os grupos locais de teatro
amador é frequentemente palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais, de vertentes artísticas
distintas como a música, dança e teatro. Para além deste espaço cultural temos também o Centro Cultural e
de Congressos de Angra do Heroísmo, espaço multifuncional, onde ocorrem variadas manifestações
culturais, desde exposições a grandes concertos, o cinema, o teatro, festivais, feiras, congressos e outros.
30
3 – Caracterização demográfica
O concelho de Angra do Heroísmo assume‐se do ponto de vista demográfico como um dos com maior
vitalidade dos Açores, apesar de apresentar um ligeiro decréscimo populacional (diminuição de 392
habitantes entre 2001 e 2011).
O concelho regista desde 2001 uma taxa de crescimento populacional negativa, em contraste com a ilha
Terceira e a Região Autónoma dos Açores (Quadro 1, Gráficos 3 e 4), tendo contudo registado uma taxa de
crescimento de 7,5% entre 1981 e 1991, período coincidente com o pós‐sismo de 1980 e com o consequente
processo de reconstrução. Entre o último período intercensitário e o ano de 2013, observa‐se um decréscimo
populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05 pontos percentuais.
Quadro 1 ‐ População Residente e taxa de evolução (1981‐2013)
1981 1991 2001 2011 2012 2013 Evolução1981‐1991
Evolução 1991‐2001
Evolução 2001‐2011
Evolução 2011‐2012
Evolução 2012‐2013
Portugal Continental
9384290 9375926 9869343 10030968 9976649 9918548 ‐0,09% 5,26% 1,64% ‐0,54% ‐0,58%
RA Açores 243410 237795 241763 246772 247549 247440 ‐2,31% 1,67% 2,07% 0,31% ‐0,04%
Ilha Terceira 53570 55706 55833 56437 56640 56641 3,99% 0,23% 1,08% 0,36% 0,00%
Angra do Heroísmo
32808 35270 35581 35402 35189 35029 7,50% 0,88% ‐0,50% ‐0,60% ‐0,45%
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Gráfico 3 ‐ Evolução da população residente (1981‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
‐4,00%
‐2,00%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
1981‐1991 1991‐2001 2001‐2011 2011‐2012 2012‐2013
%
Portugal Continental RA Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo
31
Gráfico 4 ‐ População Residente (1981‐2013)
Fonte: Instituto Nacional de Estatística
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
3.1 ‐ Evolução e distribuição da população
O concelho de Angra do Heroísmo, com 35402 habitantes (dados de 2011), apresenta‐se como o segundo
concelho mais populoso dos Açores. A distribuição dos valores de população residente nas dezanove
freguesias que integram o concelho de Angra do Heroísmo permite verificar que as freguesias mais populosas
concentram‐se no setor sul do concelho, nas freguesias da cidade de Angra do Heroísmo, com exceção da
Sé, e limítrofes: São Mateus, Terra Chã, Ribeirinha e Porto Judeu (Quadro 2). A zona menos povoada do
concelho localiza‐se no setor oeste, abrangendo as freguesias do Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras.
As freguesias de Nossa Senhora da Conceição, Sé e Serreta são as que registam maior perda de população
(superior a 10%) e as freguesias de São Bartolomeu de Regatos (26,4%), Feteira (18,7%) e São Mateus da
Calheta (12,4%) as que apresentam maior taxa de crescimento populacional (Gráficos 5 e 6).
A análise por freguesia regista uma tendência de decréscimo de população residente na maioria das
freguesias, sendo que não existem diferenças a assinalar entre as freguesias mais populosas e as restantes.
Cerca de 39% da população concentra‐se nas freguesias de São Mateus da Calheta, Nossa Senhora da
Conceição, São Pedro e Terra Chã.
9000000
9200000
9400000
9600000
9800000
10000000
10200000
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Portugal Continental
232000
234000
236000
238000
240000
242000
244000
246000
248000
250000
1981 1991 2001 2011 2012 2013
RA Açores
52000
52500
53000
53500
54000
54500
55000
55500
56000
56500
57000
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Ilha Terceira
31000
31500
32000
32500
33000
33500
34000
34500
35000
35500
36000
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Angra do Heroísmo
32
Quadro 2 ‐ Comparação intercensitária por freguesia do concelho de Angra do Heroísmo
1981 1991 2001 2011 Taxa de Crescimento Populacional
(2001‐2011)
Altares 899 891 884 901 1,9%
Angra (Nossa Senhora da Conceição) 4142 4754 4509 3717 ‐17,6%
Angra (Santa Luzia) 2252 3182 3001 2755 ‐8,2%
Angra (São Pedro) 4161 4034 3638 3460 ‐4,9%
Angra (Sé) 1198 1276 1200 955 ‐20,4%
Cinco Ribeiras 657 650 684 704 2,9%
Doze Ribeiras 636 610 559 513 ‐8,2%
Feteira 763 909 1044 1239 18,7%
Porto Judeu 2310 2307 2425 2501 3,1%
Posto Santo 841 884 967 1048 8,4%
Raminho 663 601 550 565 2,7%
Ribeirinha 2600 2596 2733 2684 ‐1,8%
Santa Bárbara 1317 1333 1366 1274 ‐6,7%
São Bartolomeu de Regatos 1476 1504 1569 1983 26,4%
São Bento 1989 1866 1968 2000 1,6%
São Mateus da Calheta 2929 2936 3343 3757 12,4%
Serreta 452 421 374 335 ‐10,4%
Terra Chã 1329 2512 2783 2915 4,7%
Vila de São Sebastião 2194 2004 1984 2096 5,6%
TOTAL 32808 35270 35581 35402 ‐0,5%
Fonte: INE
Gráfico 5 ‐ Taxa de distribuição da população residente pelas freguesias do concelho de Angra do Heroísmo (2011)
Fonte: INE
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
2,5%
10,5%
7,8%
9,8%
2,7%2,0%
1,4%
3,5%
7,1%
3,0%
1,6%
7,6%
3,6%
5,6% 5,6%
10,6%
0,9%
8,2%
5,9%
33
Gráfico 6 ‐ Evolução da população residente, por freguesia (1981‐2011)
34
35
36
Fonte: INE
3.2 ‐ Densidade Populacional
O concelho de Angra do Heroísmo, com um território de 237,52 km2 e 35.402 habitantes, apresenta uma
densidade populacional de 149 hab./km2, superior à da média dos Açores que é de 106,4 hab./km2. As
freguesias com maior densidade populacional correspondem às freguesias da cidade de Angra do Heroísmo,
com exceção da freguesia da Sé (Quadro 3 e Figura 2), sendo as localizadas na zona oeste, as freguesias que
apresentam menor densidade populacional (Raminho, Altares, Serreta e Doze Ribeiras).
Quadro 3 ‐ Densidade populacional por freguesia (1981‐2011) 1981 1991 2001 2011
Área (km2)
Pop. Residente
Dens. Pop.
Pop. Residente
Dens. Pop.
Pop. Residente
Dens. Pop.
Pop. Residente
Dens. Pop.
Altares 26,04 899 34,5 891 34,2 884 33,9 901 34,6
Angra (Conceição) 2,47 4142 1676,9 4754 1924,7 4509 1825,5 3717 1504,9
Angra (Santa Luzia) 1,2 2252 1876,7 3182 2651,7 3001 2500,8 2755 2295,8
Angra (São Pedro) 3,85 4161 1080,8 4034 1047,8 3638 944,9 3460 898,7
Angra (Sé) 1,84 1198 651,1 1276 693,5 1200 652,2 955 519,0
Cinco Ribeiras 11,38 657 57,7 650 57,1 684 60,1 704 61,9
Doze Ribeiras 10,37 636 61,3 610 58,8 559 53,9 513 49,5
Feteira 3,08 763 247,7 909 295,1 1044 339,0 1239 402,3
Porto Judeu 28,9 2310 79,9 2307 79,8 2425 83,9 2501 86,5
Posto Santo 22,21 841 37,9 884 39,8 967 43,5 1048 47,2
Raminho 11,25 663 58,9 601 53,4 550 48,9 565 50,2
Ribeirinha 7,9 2600 329,1 2596 328,6 2733 345,9 2684 339,7
Santa Bárbara 16,43 1317 80,2 1333 81,1 1366 83,1 1274 77,5
São Bartolomeu de Regatos 26,44 1476 55,8 1504 56,9 1569 59,3 1983 75,0
São Bento 8,66 1989 229,7 1866 215,5 1968 227,3 2000 230,9
São Mateus da Calheta 6,29 2929 465,7 2936 466,8 3343 531,5 3757 597,3
Serreta 14,37 452 31,5 421 29,3 374 26,0 335 23,3
Terra Chã 10,48 1329 126,8 2512 239,7 2783 265,6 2915 278,1
Vila de São Sebastião 24,36 2194 90,1 2004 82,3 1984 81,4 2096 86,0
TOTAL 237,52 32808 138,1 35270 148,5 35581 149,8 35402 149,0
Fonte: INE
37
Figura 2 ‐ Densidade populacional por freguesia (2011)
Fonte: INE
3.3 ‐ Crescimento natural
A evolução dos valores da natalidade entre 1981 e 2013 para o concelho de Angra do Heroísmo revela
constantes decréscimos, traduzindo‐se numa diminuição de 251 nados vivos entre aqueles anos, a que
corresponde uma redução de 43,65% (Quadro 4).
Entre o ano de 2011 e 2013, observa‐se um decréscimo de 41 nados vivos, a que corresponde uma
diminuição de 11,23 pp na natalidade. Por outro lado, o número de óbitos regista uma certa estabilização,
com valores que variam entre 365 em 1981 e 380 em 2013.
O facto de a natalidade apresentar, nos últimos anos, valores inferiores aos registados pela mortalidade,
traduz‐se num crescimento natural negativo, a partir do ano de 2012 (Gráficos 7 a 11). Descontando o
eventual efeito da migração, a perda populacional com maior significado ocorre no ano 2013, com um
crescimento natural negativo de 56 indivíduos.
Estas duas variáveis do movimento demográfico, a manter a tendência revelada não asseguram a
substituição de gerações no concelho de Angra do Heroísmo.
Quadro 4 ‐ Nados vivos e óbitos no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013)
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Nados Vivos 575 492 426 365 331 324
Óbitos 365 467 406 359 356 380
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
38
Gráfico 7 ‐ Evolução do número de nados vivos e óbitos (1981‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Gráfico 8 ‐ Taxa bruta de natalidade (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Gráfico 9 ‐ Taxa bruta de mortalidade (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
0
100
200
300
400
500
600
700
800
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Nados Vivos Óbitos
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 11,7 10,9 9,2 8,5 7,9
Açores 16,2 13,2 11,1 10,1 9,5
Angra do Heroísmo 13,9 12,2 10,3 9,4 9,2
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 10,4 10,1 9,7 10,2 10,2
Açores 10,9 10,8 9,6 8,9 9,9
Angra do Heroísmo 11,9 11,4 10,2 10,1 10,8
39
Gráfico 10 ‐ Evolução das taxas de natalidade e mortalidade (1981‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Gráfico 11 ‐ Saldo natural no concelho de Angra do Heroísmo (1981‐2013)
Fonte: Pordata
3.4 ‐ Taxa de fecundidade Num estudo que visava propor estratégias para aumentar a natalidade em Portugal, intitulado Por um Portugal
amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015‐2035), consta um conjunto de medidas que vão desde
a modelação fiscal de alguns impostos até medidas nos campos da educação, saúde e responsabilidade social
das empresas. O relatório, elaborado tendo como base os dados do Inquérito à Fecundidade de 2013,
divulgado pelo INE, revelou que se não existissem constrangimentos, os casais portugueses desejariam ter,
em média, 2,31 filhos.
Na realidade, este desejo traduz‐se numa descida do Índice Sintético de Fecundidade em 2013 para um novo
mínimo: 1,21 filhos por cada mulher em idade fértil. A queda da taxa de fecundidade é consequência de
vários fatores, tais como projetos de educação sexual, planeamento familiar, utilização de métodos
contracetivos, maior participação da mulher no mercado de trabalho, custos financeiros, entre outros.
1981 1991 2001 2011 2012 2013
Taxa de Natalidade 10,82 13,95 11,97 10,31 9,41 9,25
Taxa de Mortalidade 11,13 13,24 11,41 10,14 10,12 10,85
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
Permilagem ‰
‐ 60
‐ 40
‐ 20
20
2001 2011 2012 2013
20
6
‐ 25
‐ 56
40
Para garantir a substituição de gerações, e a sustentabilidade do sistema da Segurança Social, seria necessário
que cada mulher tivesse, em média, 2,1 filhos. Diz o relatório que, a manterem‐se estes números, em 2060
apenas existirão 6,3 milhões de portugueses (contra os atuais 10 milhões). “Esta situação impede a
renovação das gerações e conduz a perdas drásticas da população, num horizonte de poucas décadas”, lê‐se
no documento. As consequências são drásticas: nessa altura, o país passaria a ter apenas 110 ativos por cada
100 idosos, quando atualmente tem 340.
O estudo, elaborado por uma comissão independente e coordenado pelo Professor Joaquim Azevedo, da
Universidade Católica, defende que é mais importante remover os obstáculos que se colocam a quem quer
ter filhos, do que premiar os nascimentos. Para travar este cenário conclui que “tem que haver uma política
mais articulada e transversal para ajudar as pessoas a agirem de forma diferente em relação à natalidade”.
Não faz sentido, exemplificou, “haver investimento em escolas, quando não há alunos. São necessárias
medidas que visem incentivar o rejuvenescimento da população”.
A taxa de fecundidade do concelho de Angra do Heroísmo, à semelhança dos Açores e da ilha Terceira,
diminuiu entre 2001 e 2013 de 47,4‰ para 37,6‰ (Gráfico 12). A diminuição verificada na taxa de natalidade
e na taxa de fecundidade contribuem, inequivocamente, para o aumento do índice de envelhecimento do
concelho.
Por outro lado, verifica‐se que o índice sintético de fecundidade nos Açores também registou uma quebra
superior à de Portugal (Gráfico 13). Não existem dados relativos ao índice sintético de fecundidade do
concelho de Angra do Heroísmo.
Gráfico 12 ‐ Taxa de fecundidade das mulheres nos Açores, Terceira e concelho de Angra do Heroísmo
(2001‐2013)
Fonte: Pordata
0
10
20
30
40
50
60
2001 2009 2010 2011 2012 2013
RAA 50,4 43,3 42,4 43,0 39,0 36,8
Ilha Terceira 47,4 38,4 37,5 41,6 35,4 35,9
Angra do Heroísmo 47,4 39,5 36,6 41,4 37,9 37,6
Permilagem ‰
41
Gráfico 13 ‐ Índice sintético de fecundidade
Fonte: INE
3.5 ‐ Estrutura etária, envelhecimento e dependência
A estrutura demográfica de um país é intrínseca às características económicas e sociais do mesmo, refletindo,
no caso dos Açores, a denominada «transição demográfica». Regra geral, um país em desenvolvimento
apresenta uma população predominantemente jovem, por outro lado, um país desenvolvido apresenta uma
população mais madura. Os Açores, como região considerada desenvolvida, não é exceção a esta regra.
Atualmente, a pirâmide etária açoriana apresenta uma estrutura mais envelhecida do que há 10 anos, sendo
que a tendência de envelhecimento populacional resulta, entre outros fatores, de uma baixa taxa de
natalidade e do aumento da esperança média de vida. Estes fenómenos são frequentes em países
desenvolvidos.
A tendência de diminuição da taxa de natalidade em Portugal é preocupante, uma vez que, segundo o
relatório “Estatísticas Demográficas” do INE, já se prolonga desde meados da década de 60 do século XX,
mais concretamente desde 1962, ano em que se registaram cerca de 220,2 mil nascimentos. A partir desse
ano iniciou‐se o declínio daquele número: em contraste com aquele número, no ano de 2012 registaram‐se
apenas cerca de 89,8 mil nascimentos, o valor mais baixo desde 1900. Descontando os eventuais efeitos
migratórios, perante a manutenção de níveis tão baixos de natalidade é expectável uma redução significativa
da população em idade ativa no futuro imediato, o que terá efeitos negativos na economia e nas receitas
fiscais que permitam financiar o Estado e os regimes de pensões.
As pirâmides etárias traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma
leitura da perspetiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de
décadas de vida das gerações mais antigas. Considera‐se, para efeitos de análise, as pirâmides etárias
1,41,29
1,21
1,5
1,341,27
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
2011 2012 2013
Nº
Continente RAA
42
relativas a 2001 e 2011 para Portugal Continental, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo, centrando a atenção
nos respetivos perfis populacionais.
A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário é a crescente diminuição
das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha, de modo bastante
claro, a crescente tendência para o envelhecimento da população.
No período de 2001 a 2011 (Quadro 5), no concelho de Angra do Heroísmo a população adulta (25‐64 anos)
e a idosa (mais de 65 anos) registam um aumento de 5,5% e 0,4 %, respetivamente. Por outro lado, a
população jovem (0‐14 anos) e a população jovem‐adulta (15‐24 anos) revelam respetivamente, um
decréscimo de 3,4% e 2,5%.
O peso da população idosa mantém um perfil ascendente, em consequência das tendências de diminuição
da fecundidade e de aumento da longevidade. Este facto traduz a tendência de envelhecimento que
caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos.
O concelho de Angra Heroísmo apresenta uma taxa de população jovem (0 ‐ 14 anos) e jovem‐adulta (15‐24
anos) inferior à Região Autónoma dos Açores. Em contrapartida, a população adulta (25 ‐ 64 anos) e idosa
(mais de 65 anos) é superior à verificada na Região Autónoma (Gráficos 14 e 15).
Quadro 5 ‐ Evolução dos grupos etários, em percentagem do total da População (2001‐2011) Grupos Etários
Portugal Continental Açores Ilha Terceira Angra do Heroísmo
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
0‐14 15,8 14,8 21,4 17,9 19,7 16,2 19,8 16,4
15‐24 14,2 10,7 17,0 14,1 16,0 13,5 15,8 13,3
25‐64 53,5 55,2 48,6 54,9 50,5 55,9 50,2 55,7
65 ou + 16,5 19,3 13,0 13,1 13,8 14,3 14,3 14,7
Fonte: INE
Gráfico 14 ‐ Evolução percentual da população jovem (0‐14 anos) (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal Continental 19,7 15,8 14,8 14,7 14,5
RA Açores 26,4 21,4 17,9 17,6 17,2
Angra do Heroísmo 24,0 19,8 16,4 16,2 16,0
%
43
Gráfico 15 ‐ Evolução percentual da população idosa (>65 anos) (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Como expectável, os resultados da estrutura etária para o concelho de Angra do Heroísmo revelam, para o
último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do envelhecimento da população. Esta
evolução representa, entre 2001 e 2011, por um lado, uma perda de 3,4% de população jovem, e, por outro,
um acréscimo de 0,4% da população com 65 e mais anos. Em relação à população ativa, o grupo etário mais
jovem (15 a 24 anos) sofreu um decréscimo de 2,5% e o restante (25 a 64 anos) registou um aumento de
5,5%.
A pirâmide etária do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011 reflete, comparativamente ao ano
de 2001, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e alargamento do
topo da pirâmide (Gráfico 16).
Ao decréscimo da população pertencente às classes etárias jovens e jovens‐adultas (até aos 24 anos)
corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 25 aos 64 anos) e idosa (com 65 e mais
anos). O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é inferior em 2011, em relação a 2001,
não havendo diferenças significativas por sexo.
Os grupos etários correspondentes à população em idade escolar apresentam uma tendência de diminuição
acentuada. Esta dinâmica de evolução demográfica repercute‐se inevitavelmente no sector da educação e
ensino do concelho, com um decrescimento da procura educativa do concelho, isto é, uma redução gradual
do número de alunos.
De referir o facto da pirâmide etária relativa ao ano de 2001 apresentar um perfil populacional caracterizada
por uma estrutura não tão envelhecida, mas já não jovem. Um último aspeto a sublinhar é o facto do número
de idosos ser superior no sexo feminino.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 13,7 16,5 19,3 19,7 20,2
RA Açores 12,5 13,0 13,1 13,0 13,0
Angra do Heroísmo 13,4 14,3 14,7 14,8 15,0
%
44
Gráfico 16 ‐ Pirâmides etárias (2001‐2011)
Portugal Continental
Fonte: INE
Açores
Fonte: INE
‐500000 ‐400000 ‐300000 ‐200000 ‐100000 0 100000 200000 300000 400000 500000
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85 e +
Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011
‐15 000 ‐10 000 ‐5 000 0 5 000 10 000 15 000
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85 e +
Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011
45
Terceira
Fonte: INE
Concelho de Angra do Heroísmo
Fonte: INE
‐3 000 ‐2 500 ‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85 e +
Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011
‐2 000 ‐1 500 ‐1 000 ‐500 0 500 1 000 1 500 2 000
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85 e +
Homens 2001 Homens 2011 Mulheres 2001 Mulheres 2011
46
Os valores referentes à população por escalão etário nas freguesias do concelho Angra do Heroísmo revelam,
como seria de esperar, uma crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das
classes mais idosas, o que espelha, de modo claro, a tendência para o envelhecimento da população.
Procedendo‐se à análise pormenorizada dos grupos etários (Quadro 6 e Gráfico 17), constata‐se que em oito
freguesias (Conceição, Santa Luzia, São Pedro, Sé, Doze Ribeiras, Raminho, Santa Bárbara e Serreta), que no
seu cômputo representam 38,34% da população residente do concelho, a população jovem (0‐14 anos) é
inferior à população idosa (mais de 65 anos). A freguesia da Sé é a que apresenta maior diferença percentual
entre a população jovem (9,5%) e a população idosa (26,4%).
A observação das pirâmides etárias das freguesias do concelho de Angra do Heroísmo para o ano de 2011,
não permite estabelecer uma estrutura que diferencie as freguesias urbanas das rurais (Gráfico 18).
Quadro 6 ‐ População residente, por grupo etário, na Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo
(2011)
Zona Geográfica
Grupos Etários
Total Jovens (%)
Idosos (%) 0‐14 Anos 15‐24 Anos
25‐64 Anos
15‐64 Anos
65 ou mais anos
Ilha Terceira 9 167 7603 31575 39178 8 092 56 437 16,2 14,3
Angra do Heroísmo 5 793 4693 19705 24398 5 211 35 402 16,4 14,7
Altares 153 130 496 626 122 901 17,0 13,5
Angra (Conceição) 450 484 2047 2531 736 3 717 12,1 19,8
Angra (Santa Luzia) 310 334 1525 1859 586 2 755 11,3 21,3
Angra (São Pedro) 498 442 1911 2353 609 3 460 14,4 17,6
Angra (Sé) 91 109 503 612 252 955 9,5 26,4
Cinco Ribeiras 119 110 377 487 98 704 16,9 13,9
Doze Ribeiras 74 49 289 338 101 513 14,4 19,7
Feteira 224 152 727 879 136 1 239 18,1 11,0
Porto Judeu 441 353 1405 1758 302 2 501 17,6 12,1
Posto Santo 195 162 578 740 113 1 048 18,6 10,8
Raminho 92 60 291 351 122 565 16,3 21,6
Ribeirinha 464 327 1543 1870 350 2 684 17,3 13,0
Santa Bárbara 205 157 679 836 233 1 274 16,1 18,3
São Bartolomeu de Regatos 386 269 1118 1387 210 1 983 19,5 10,6
São Bento 277 294 1162 1456 267 2 000 13,9 13,4
São Mateus da Calheta 785 538 2085 2623 349 3 757 20,9 9,3
Serreta 54 34 182 216 65 335 16,1 19,4
Terra Chã 595 453 1625 2078 242 2 915 20,4 8,3
Vila de São Sebastião 380 236 1162 1398 318 2 096 18,1 15,2
Fonte: INE
47
Gráfico 17 ‐ População jovem e idosa residente (%) (2011)
Fonte: INE
Gráfico 18 ‐ Pirâmides etárias das freguesias (2011)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Altares
Angra (Conceição)
Angra (Santa Luzia)
Angra (São
Pedro)
Angra (Sé)
Cinco Ribeiras
Doze Ribeiras
Feteira
Porto Judeu
Posto Santo
Ram
inho
Ribeirinha
Santa Bárbara
São Bartolomeu
de Regatos
São Ben
to
São M
ateu
s da Calheta
Serreta
Terra Chã
Vila de São Sebastião
Jovens %
Idosos %
AH Média Jovens
AH Média Idosos
48
49
Fonte: INE
50
3.6 ‐ Índice de envelhecimento e de dependência de idosos
O índice de envelhecimento do concelho de Angra do Heroísmo, no período de 1991 a 2013, registou um
acréscimo de 36,2% (Gráfico 19), o que significa que para cada 100 jovens existiam, em 1991, 57 idosos e em
2013 esse valor passou para 93 idosos. O referido índice para a população dos Açores registou um acréscimo
27,2% no período referenciado.
Gráfico 19 ‐ Índice de envelhecimento (%), em Portugal, Açores e Angra do Heroísmo (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
De igual modo, se verifica um aumento, ainda que ligeiro, no índice de dependência de idosos que teve um
acréscimo de 0,2%, passando de 21,4%, em 1991 para 21,6% em 2013. Também neste indicador o concelho
de Angra do Heroísmo apresenta um índice superior ao registado na Região Autónoma dos Açores, que
assinalou uma descida de 1,7% (Gráfico 20).
Gráfico 20 ‐ Índice de Dependência de Idosos (%) (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 72,1 102,2 127,8 131,1 136,0
Açores 48,8 60,5 72,3 74,1 76,0
Angra do Heroísmo 57,0 73,3 90,0 91,2 93,2
%
0
5
10
15
20
25
30
35
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 20,9 24,6 28,8 29,4 30,3
Açores 20,4 19,7 18,7 18,7 18,7
Anga do Heroísmo 21,4 21,8 21,2 21,4 21,6
%
51
3.7 ‐ Índice de Dependência de Jovens e de Dependência Total
O Índice de Dependência de Jovens do concelho de Angra do Heroísmo passou de 37,6% em 1991 para 23,2%
em 2013 (Gráfico 21). Isto significa que para cada 100 jovens menores de 15 anos existiam 37 e 23 idosos em
1991 e 2013, respetivamente. Está‐se perante um valor inferior a 100, o significa que há menos jovens do
que pessoas em idade ativa e que esta diferença está a crescer.
Este índice (23,2%) é inferior ao da Região Autónoma dos Açores (24,6%) e superior ao de Portugal (22,3%).
O concelho de Angra do Heroísmo apresenta uma taxa variação inferior à da Região Autónoma dos Açores.
Gráfico 21 ‐ Índice de dependência de jovens (%) (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
Os resultados do Índice de Dependência Total ajudam a refletir sobre a necessidade de definir políticas ativas
no que diz respeito à população. Para o concelho de Angra do Heroísmo ocorreu um decréscimo, entre 1991
e 2013, de 59% para 44,9%, o que significa que se verificou uma diminuição da importância dos não ativos
para os ativos (Gráfico 22). Quer isto dizer que, para cada 100 indivíduos potencialmente ativos existiam 59
não ativos em 2001 e 45 em 2013. Este facto, associado à circunstância da não substituição de gerações
condicionará as políticas sociais no futuro próximo.
O esforço total da população ativa concelhia, no suposto auxílio que esta presta a pessoas jovens e idosas, é
medido através do Índice de Dependência Total tendo, entre 1991 e 2013, passado de 59% para 45%. Esta
redução deve‐se à diminuição da dependência de jovens.
Em síntese, a população do concelho de Angra do Heroísmo tem envelhecido, acompanhando aliás a
tendência de quase todos os concelhos dos Açores. Este facto, resultado do fenómeno da transição
demográfica, parece estar relacionado não só com a mudança de mentalidades, o que se reflete na
diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por
parte da população ativa jovem e em idade de procriar.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 29 24 22,6 22,5 22,3
Açores 41,9 32,5 25,9 25,2 24,6
Anga do Heroísmo 37,6 29,8 23,9 23,5 23,2
%
52
Gráfico 22 ‐ Índice de dependência total (%) (1991‐2013)
Fonte: INE. Os dados referentes a 2012 e 2013 foram obtidos através das Estimativas Anuais da População Residente
3.8 ‐ Dimensão das Famílias
A tendência demográfica registada nas últimas décadas (aumento da esperança de vida, queda da
fecundidade, adiamento da parentalidade, aumento das uniões de facto e do divórcio) implica um processo
de mudança progressivo e persistente em direção a novas formas de viver em casal e em família. Como
principais linhas de transformação é possível identificar:
• Um padrão de vida doméstica assente, generalizadamente, em famílias de menor dimensão, devido
ao menor número de filhos, que raramente ultrapassa os dois;
• O decréscimo das famílias alargadas;
• O aumento das famílias unipessoais;
• O reforço da privacidade da vida conjugal, vivendo os casais (com ou sem filhos) cada vez menos em
co‐residência com outros familiares;
• Um crescimento da autonomia residencial dos indivíduos, com mais pessoas vivendo sós, em todas
as idades e em diferentes fases da vida (solteiros, separados, divorciados e viúvos);
• Uma diversidade mais acentuada das formas de viver em família, quer em relação à conjugalidade
(casamento “de direito” e “de facto”, casamento religioso ou civil), quer em relação à parentalidade
(aumento das famílias monoparentais e recompostas).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
1991 2001 2011 2012 2013
Portugal 50,0 48,6 51,4 51,9 52,5
Açores 62,3 52,2 44,6 43,9 43,3
Angra do Heroísmo 59,0 51,1 45,1 45,0 44,9
%
53
Quadro 7 ‐ Dimensão das famílias (2001‐2011)
Nº de famílias clássicas
residentes
Famílias clássicas segundo a dimensão (2011)
Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 Com 5 ou mais 2001 2011
RAA 71846 81715 14006 20871 19231 16295 11312
Angra do Heroísmo 10957 12195 2254 3346 2847 2392 1356
Fonte: SREA
De acordo com os Censos de 2011, registou‐se, entre 2001 e 2011, um aumento de famílias clássicas no
concelho de Angra do Heroísmo (11,3%) e nos Açores (13,7%). A família nos Açores, assim como na maioria
dos países ocidentais, tende a ver reduzida a sua dimensão. Esta situação pode ser confirmada através da
dimensão média da família, ou seja, da relação entre o número de pessoas nas famílias e o total das famílias
clássicas existentes, bem como pela sua composição, isto é, através da distribuição pelo número de pessoas
que a compõe.
Ao observar a composição das famílias clássicas, segundo o número de pessoas, verifica‐se que no concelho
de Angra do Heroísmo e nos Açores, as famílias com duas pessoas são as mais representativas, seguidas das
constituídas por três pessoas.
Em 2011, do total de famílias clássicas residentes no concelho, 18,5% dizem respeito a famílias com uma
pessoa, 27,5% a famílias com duas pessoas, 23,3% a famílias com três pessoas, 19,6% a famílias com quatro
pessoas e 11,1% a famílias com cinco ou mais pessoas.
3.9 ‐ Nível de escolaridade da população residente
A população residente do concelho de Angra do Heroísmo apresenta um baixo nível escolaridade (Gráfico
23). Em 2011, mais de 42,3% da população não vai para além o 1º ciclo do Ensino Básico e 55% da população
não possui o 3º ciclo do Ensino Básico completo. A taxa de analfabetismo é de 4,32% e apenas 12,8% dos
residentes apresenta como habilitação académica o ensino superior.
Da análise dos dados infere‐se que não existe uma correlação entre o nível de escolaridade e o que diferencia
as freguesias do concelho, com exceção do ensino superior, cuja taxa apresenta valores mais elevados nas
freguesias urbanas (Quadro 8 e Gráfico 24).
Realça‐se ainda no período que decorre de 2001 a 2011 uma descida de 6,9%, na população com 15 e mais
anos, sem nível de escolaridade (Gráfico 25), um acréscimo, no mesmo grupo populacional, de 2,3% com
ensino secundário (Gráfico 26) e 5,3% com o ensino superior (Gráfico 27), no período de 2001 a 2011. Estes
valores são, em boa medida, um resultado da evolução positiva verificada na década 2001‐2011, onde a
54
população sem qualquer qualificação diminuiu cerca de 42% e a população qualificada com o ensino superior
quase duplicou.
Gráfico 23 ‐ População residente, por nível de escolaridade (%) (2011)
Fonte: INE
Quadro 8 ‐ População residente (%) segundo o nível de escolaridade (2011)
Zona Geográfica
População residente segundo o nível de escolaridade atingido (%)
Taxa de
Analfab
etis
Ensino básico
Nenhum nível
escolaridade
Educação Pré‐
Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário
Pós Secundário
Superior
Angra do Heroísmo 6,2 2,8 33,3 12,7 16,4 14,9 0,9 12,8 4,32
Altares 5,3 3,4 39,1 15,0 17,3 13,0 0,7 6,2 5,46
Angra (Conceição) 5,2 2,3 32,6 10,8 16,5 15,1 1,1 16,3 4,03
Angra (Santa Luzia) 7,8 1,9 30,3 9,5 17,1 15,6 1,1 16,7 6,97
Angra (São Pedro) 4,5 2,8 21,9 8,0 17,1 17,1 1,2 27,6 1,68
Angra (Sé) 4,2 1,6 26,7 7,3 15,0 18,1 1,2 26,0 2,00
Cinco Ribeiras 4,7 2,6 39,1 13,4 16,6 15,5 1,3 7,0 3,67
Doze Ribeiras 2,3 2,3 47,4 16,8 13,8 13,3 0,0 4,1 6,79
Feteira 6,6 3,3 30,5 11,6 16,0 16,8 0,9 14,3 3,01
Porto Judeu 6,0 3,3 36,7 16,8 15,5 14,4 1,3 5,9 3,29
Posto Santo 5,2 3,1 31,9 15,6 15,8 18,3 0,9 9,3 3,43
Raminho 7,1 2,8 44,1 15,6 10,4 13,5 0,0 6,5 4,39
Ribeirinha 7,7 2,8 39,8 13,3 14,9 12,5 0,8 8,3 6,88
Santa Bárbara 6,7 1,6 42,5 16,5 14,8 12,9 0,5 4,5 5,15
São Bartolomeu 6,4 3,5 33,8 12,9 16,7 15,0 1,2 10,4 2,61
São Bento 4,7 2,3 31,1 12,7 16,9 16,8 1,2 14,5 3,56
São Mateus da Calheta 8,5 2,9 32,2 14,5 16,7 13,9 0,7 10,7 5,97
Serreta 7,5 2,4 47,5 12,8 11,6 14,0 0,6 3,6 6,06
Terra Chã 5,3 3,8 30,9 12,6 19,6 14,7 0,9 12,1 3,58
Vila de São Sebastião 7,4 3,1 39,2 15,5 15,6 12,4 0,6 6,2 4,67
Fonte: INE
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
Nenhumnível deescolarida
de
Ed. Pré‐Escolar
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário
PósSecundári
o
Superior
Angra do Heroísmo 6,2 2,8 33,3 12,7 16,4 14,9 0,9 12,8
%
55
Gráfico 24 ‐ População residente (%) por nível de escolaridade (2011)
56
57
Fonte: INE
Gráfico 25 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, sem nível de escolaridade, no concelho de Angra
do Heroísmo (1960‐2011)
Fonte: Pordata
62,7
38,5
16,4
9,5
0
10
20
30
40
50
60
70
1960 1981 2001 2011
%
58
Gráfico 26 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino secundário, no concelho de Angra
do Heroísmo (1960‐2011)
Fonte: Pordata
Gráfico 27 ‐ População residente (%), de 15 e mais anos, com ensino superior, no concelho de Angra do
Heroísmo(1960‐2011)
Fonte: Pordata
3,22,6
10,3
12,7
0
2
4
6
8
10
12
14
1960 1981 2001 2011
%
0,4
1,5
6,6
11,9
0
2
4
6
8
10
12
14
1960 1981 2001 2011
%
59
4 – Caracterização socioeconómica
A caracterização da população deve, entre outros fatores, considerar a estrutura segundo as atividades
económicas e, de uma forma geral, os aspetos que permitam entender os principais elementos da dinâmica
económica, mesmo tendo em atenção que serão apresentados apenas dados para o concelho de Angra do
Heroísmo.
Em relação à população residente, como já foi referido, o concelho de Angra do Heroísmo, desde 2001, tem
registado uma taxa de crescimento populacional negativa. Entre o último período intercensitário e o ano de
2013, observa‐se um decréscimo populacional de 373 habitantes, a que corresponde uma quebra de 1,05
pontos percentuais (pp). Nos Açores, no mesmo período, registou‐se um acréscimo de populacional de 2,07%
(Quadro 1).
4.1 ‐ População Ativa e Empregada
Em termos de taxa de atividade, em 2011 o concelho de Angra do Heroísmo, com 47,7%, apresenta valores
superiores aos dos Açores (46,6%), embora ambos registem idêntica taxa de crescimento, cerca de 4%, entre
2001 e 2011. Por outro lado, na última década, o número dos ativos empregados registou um aumento de
10,6%, inferior, contudo ao acréscimo registado nos Açores (13,2%). A relação entre o número de
empregados e a população residente ativa no concelho de Angra do Heroísmo registou um decréscimo de
4,3% na última década (Quadro 9).
Se em relação à taxa de atividade, o comportamento do concelho segue de perto o comportamento dos
Açores, no que diz respeito à taxa de desemprego, o concelho de Angra do Heroísmo apresenta em 2001 um
valor inferior (5%) ao registado nos Açores (6,7%), e, em 2011, mantém a mesma tendência, isto é, 9,3%
contra 11,1%. Destaca‐se a subida da taxa de desemprego no concelho e nos Açores na última década
(Gráficos 28 e 29).
Quadro 9 ‐ Indicadores síntese de dinâmica populacional e emprego, em 2001 e 2011
População Residente
Variação Populacional
%
População Ativa Total
População Empregada
Taxa de Atividade %
Taxa de desemprego %
Taxa de emprego %
2001 2011 2001‐2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
RAA 241763 246772 2,07% 101488 114920 94728 102127 42,0 46,6 6,7 11,1 49,9 50,4
Angra do Heroísmo
35581 35402 ‐0,50% 15261 16882 14502 15311 42,9 47,7 5 9,3 50,8 51,7
Fonte: SREA
60
Gráfico 28 ‐ Taxas de atividade e de desemprego (2001‐2011)
Fonte: INE
Gráfico 29 – População ativa, no concelho de Angra do Heroísmo (1960‐2011)
Fonte: INE
Em relação ao concelho de Angra do Heroísmo, observa‐se, com base nos dados de desemprego
disponibilizados pela Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo (Gráfico 30), que o
número de desempregados aumentou 142,6%, no período de agosto de 2010 e julho de 2014. O desemprego
no concelho afeta, maioritariamente, a faixa etária dos 35 aos 54 anos, tendo aumentado de forma
significativa o número de desempregados com idade igual ou superior aos 55 anos (Gráfico 31).
2001 2011 2001 2011
Taxa de Atividade Taxa de Desemprego
RA Açores 42,0 46,6 2,3 11,3
Angra do Heroísmo 42,9 47,7 5,0 9,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
%
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
1960 1981 2001 2011
61
De acordo com dos dados de julho de 2014, verifica‐se que os desempregados à procura de novo emprego
(1537) e de curta duração (1117) superam significativamente os desempregados que procuram o primeiro
emprego (190) e os de longa duração (610). Os dados revelam ainda que no segundo semestre de 2014 a
percentagem de desempregados à procura de novo emprego aproximava‐se dos 89% (Gráfico 32).
No que respeita aos níveis de escolaridade, e considerando a população ativa dos 15 aos 64 anos, regista‐se
que todos os segmentos evoluíram desfavoravelmente, tendo o número de desempregados com o ensino
secundário e superior aumentado mais pontos percentuais do que os restantes. Deste facto resultou,
inclusivamente, uma diminuição no peso relativo dos desempregados com o nível de escolaridade inferior
ao 3º ciclo do ensino básico.
O número de desempregados com o ensino secundário aumentou 250 pontos percentuais, entre agosto 2010
e julho de 2014, e os do ensino superior de 353 pontos percentuais. O segmento dos desempregados com
um nível de escolaridade inferior ao terceiro ciclo do ensino básico, registou um acréscimo de 202,4 pontos
percentuais e os com nível até ao 3º ciclo do ensino básico um aumento de 245 pontos percentuais. Em
relação a agosto 2010 foram os desempregados com ensino superior os que apresentaram maior acréscimo
na respetiva taxa de desemprego, seguidos dos desempregados com ensino secundário (Gráfico 33). Ou seja,
uma coisa é o aumento da escolaridade da população empregada, e outra bem diferente, é a ocupação por
essa população com maior escolaridade de empregos qualificados.
Apesar dos programas criados para o incremento de emprego, a taxa de desemprego representa uma
realidade preocupante, constituindo assim um problema económico, político e social para a Região
Autónoma dos Açores de maneira geral e para o concelho de Angra do Heroísmo em particular.
De acordo com a informação disponibilizada pela Direção Regional de Solidariedade Social (DRSS), em
Dezembro de 2014, o número de beneficiários com processamento de prestações de desemprego
correspondia a 721 pessoas, o que evidencia um acréscimo de cerca de 226 beneficiários face ao mês
homólogo de 2011, traduzindo um crescimento de 45,7 pontos percentuais (Gráfico 34). Refira‐se que o valor
médio do subsídio de desemprego passou de e 458,96 para € 507,39 de dezembro de 2010 para o mês
homólogo de 2014.
62
Gráfico 30 ‐ Evolução do número de desempregados (2010‐2014)
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo
Gráfico 31 ‐ Evolução do número de desempregados por grupos etários (2010‐2014)
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1 800
2 000
Agosto 2010 Setembro 2011 Setembro 2012 Julho 2013 Julho 2014
H 439 582 836 1 117 1 021
M 273 463 611 701 706
HM 712 1 045 1 447 1 818 1 727
Agosto 2010 Setembro 2011 Setembro 2012 Julho 2013 Julho 2014
< 25 anos 150 191 278 316 282
25 a 34 anos 223 339 416 501 508
35 a 54 anos 270 427 609 808 738
≥ 55 anos 69 88 144 193 199
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
63
Gráfico 32 ‐ Evolução do número de desempregados por tempo de inscrição na AQEAH (2010‐2014)
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo
Gráfico 33 ‐ Evolução do número de desempregados por habilitações literárias (2010‐2014)
Fonte: Agência para a Qualificação e Emprego de Angra do Heroísmo
Agosto 2010 Setembro 2011 Setembro 2012 Julho 2013 Julho 2014
< 1 ano 593 838 1 085 1 248 1 117
≥1 ano 119 207 362 570 610
1º emprego 53 79 99 145 190
Novo emprego 659 966 1 348 1 673 1 537
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1 800
0
100
200
300
400
500
600
Agosto 2010 Setembro 2011 Setembro 2012 Julho 2013 Julho 2014
< 1º Ciclo 76 99 72 124 61
1º Ciclo 220 327 457 559 437
2º Ciclo 196 241 349 385 438
3º Ciclo 142 210 366 480 490
Secundário 52 95 118 179 182
Superior 26 71 85 91 118
64
Gráfico 34 ‐ Número de beneficiários do subsídio de desemprego (2011‐2014)
Fonte: DRSS
Ao confrontar a evolução população empregada no concelho de Angra do Heroísmo entre 2001 e 2011,
constata‐se que, para além da taxa de emprego apresentar uma redução de 0,4 pontos percentuais (Gráfico
35), a maioria da população do concelho trabalhava por conta de outrem (Gráfico 36). Verifica‐se que a
percentagem de trabalhadores por conta de outrem e de trabalhadores por conta própria isolados diminuiu
2,9% e 0,3% entre 2001 e 2011 (Gráficos 36 e 37).
Gráfico 35 ‐ Taxa de emprego (%) (2001‐2011)
Fonte: Pordata
495
721
400
450
500
550
600
650
700
750
800
Dez 2011 Dez 2014
50,8
50,4
50,2
50,3
50,4
50,5
50,6
50,7
50,8
50,9
2001 2011
65
Gráfico 36 ‐ Trabalhadores por conta de outrem (%) (2001‐2011)
Fonte: Pordata
Gráfico 37 ‐ Trabalhadores por conta própria isolados (%) (2001‐2011)
Fonte: Pordata
4.2 ‐ Setores de atividade e profissões
A análise da repartição da população ativa empregada, por setor de atividade económica, na última década
revela que a população residente empregada no concelho de Angra do Heroísmo e nos Açores se encontra,
maioritariamente, associada ao sector terciário, representando no concelho de Angra do Heroísmo em 2011,
cerca de 72,7% da população empregada, traduzindo‐se num crescimento de 4,3% (Quadros 10 e 11). Por
outro lado, verifica‐se que na última década a população residente empregada decresceu nos demais
sectores de atividade (Gráfico 38).
83,1
80,2
79,0
79,5
80,0
80,5
81,0
81,5
82,0
82,5
83,0
83,5
84,0
2001 2011
8,5
8,2
8,0
8,1
8,2
8,3
8,4
8,5
8,6
2001 2011
66
Mais uma vez, os dados relativos à população empregada confirmam uma crescente terciarização da
economia.
Quadro 10 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011)
População economicamente ativa
Total
Empregada
Total Primário Secundário
Terciário
Total Natureza Social
Relação Atividade Económica
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
RAA 101488 114920 94728 102127 11155 8636 24232 21050 59341 72441 33209 36355 26132 36086
Angra do Heroísmo
15261 16882 14502 15311 1418 1234 3164 2945 9920 11132 6051 6117 3869 5015
Fonte: INE
Quadro 11 ‐ População residente economicamente ativa por setor de atividade (2001‐2011)
Primário Secundário Terciário
Total Natureza Social Relação Atividade
Económica
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
RAA 11,8 8,5 25,6 20,6 62,6 70,9 35 35,6 27,6 35,3
Angra do Heroísmo
9,8 8,1 21,8 19,2 68,4 72,7 41,7 40 26,7 32,7
Fonte: INE
Gráfico 38 ‐ População empregada (%) por setor de atividade económica (2011)
Fonte: INE
Relativamente ao sector terciário é de referir que os serviços relacionados com a atividade económica
(Quadro 11) representavam 32,7% do emprego em 2011, valor inferior ao dos Açores (35,3%). Por outro lado,
destaca‐se que os serviços de natureza social apresentam um valor superior ao registado pelos Açores (40%
contra 35,6% em 2011).
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
2001 2011 2001 2011 2001 2011
Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
RA Açores 11,8 8,5 25,6 20,6 62,6 70,9
Angra do Heroísmo 9,8 8,1 21,8 19,2 68,4 72,7
%
67
A evolução, no que diz respeito ao sector terciário, foi, entre 2001 e 2011, menos expressiva no concelho por
comparação ao arquipélago. Com efeito, verificou‐se um acréscimo de 4,3% e 8,3%, respetivamente em
Angra do Heroísmo e nos Açores. É necessário ter em atenção a importância que estes serviços apresentam
no concelho e os valores absolutos registados, bem como as mais‐valias.
O sector secundário apresenta uma estrutura com um número de ativos ligeiramente inferior ao registado
nos Açores em 2011 (19,2% contra 20,6%). Constata‐se o facto de o peso na estrutura de atividades ter vindo
a decrescer tendo o concelho registado uma perda de 2,6%.
Por último, destaca‐se a evolução ocorrida nas atividades do sector primário, com uma diminuição dos ativos,
correspondendo os empregados em 2011, a apenas 8,1% dos ativos, valor inferior ao verificado nos Açores
(8,5%).
A leitura da evolução e da estrutura da população residente, empregada segundo grupos de profissões,
permite ampliar o conhecimento socioeconómico do concelho (Quadro 12 e Gráfico 39).
De entre a estrutura empregada segundo grupos de profissões, verifica‐se que predomina o Grupo 5 –
Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (18,1% dos ativos empregados
em 2011) tendo registado desde 2001 um aumento de 662 ativos (3,6%). A perda de importância do setor
da indústria e da construção expressa‐se na variação registada no Grupo 7 – Trabalhadores qualificados da
indústria, construção e artífices, tendo registado desde 2001 uma perda de 420 ativos (‐3,6%),
representando, ainda assim, 13,6% dos ativos em 2011. Também o Grupo 8 – Operadores de instalações
industriais e máquinas fixas, condutores e montadores, registou desde 2001 uma diminuição de 46 ativos,
embora continue a representar 3,6% da estrutura da população residente empregada. O Grupo 9 –
Trabalhadores não qualificados, não obstante ter na estrutura da população residente empregada uma
importância elevada (16,6%), registou desde 2001 uma quebra de 377 ativos (‐3,6%). O Grupo 2 –
Especialistas das atividades intelectuais e científicas, reforçou a sua posição na estrutura da população
residente empregada, tendo registado desde 2001 um aumento de 947 ativos (5,7%). O Grupo 1 –
Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos
registou um aumento de 201 empregados desde 2001 (1%). Comportamento semelhante apresentou o
Grupo 3 – Profissões técnicas intermédias, com um reforço de 87 ativos, representando 10,1% da população
empregada. O Grupo 4 – Empregados administrativos, embora tenha significado em termos da estrutura de
profissões, que representa 10,4% da população empregada em 2011 registou um decréscimo de 55
empregados. De referir ainda que no Grupo 6 – Trabalhadores da agricultura e da pesca, cuja importância já
era reduzida em 2001 (8% dos ativos), verificou‐se uma perda de 222 ativos (‐1,9%).
68
Quadro 12 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do
Heroísmo (2001‐2011)
2001 2011 Variação 2001‐2011
População Ativa
(%) População
Ativa (%)
G0 ‐ Profissões das Forças Armadas 131 0,9% 165 +1,1% 34
G1 ‐ Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos
690 4,8% 891 +5,8% 201
G2 ‐ Especialistas das atividades intelectuais e científicas
1289 8,9% 2236 +14,6% 947
G3 ‐ Técnicos e profissões de nível intermédio 1463 10,1% 1550 +10,1% 87
G4 ‐ Pessoal administrativo 1646 11,4% 1589 ‐10,4% ‐57
G5 ‐ Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores
2107 14,5% 2769 +18,1% 662
G6 ‐ Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta
1156 8,0% 934 ‐6,1% ‐222
G7 ‐ Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices
2498 17,2% 2078 ‐13,6% ‐420
G8 ‐ Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem
598 4,1% 552 ‐3,6% ‐46
G9 ‐ Trabalhadores não qualificados 2924 20,2% 2547 ‐16,6% ‐377
TOTAL 14502 100,0% 15311 100% 809
Fonte: INE
Gráfico 39 ‐ População residente empregada segundo grupos de profissão no concelho de Angra do
Heroísmo (2011)
Fonte: INE
De acordo com os dados constantes no Recenseamento Geral da População de 2011, observa‐se que no
concelho de Angra do Heroísmo a proporção do rendimento das pessoas por via do trabalho é superior ao
da Região Autónoma dos Açores e ao de Portugal Continental.
‐
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
Forças Armadas Representantesdo poder
legislativo e deórgãos
executivos
Especialistasdas atividadesinteletuais ecientíficas
Técnicos eprofissões de
nívelintermédio
Pessoaladministrativo
Trabalhadoresdos serviçospessoais, deproteção esegurança
Agricultores etrabalhadoresqualificados
Trabalhadoresqualificados na
indústria
Operadores deinstalações emáquinas
Trabalhadoresnão
qualificados
Série1 165 891 2 236 1 550 1 589 2 769 934 2 078 552 2 547
69
A maioria da população residente no concelho com mais de 15 anos (Quadros 13 e 14) tem o trabalho como
principal fonte de rendimento (51,2%), a que se segue o produto de pensões (23,4%). Se a este grupo
acrescer os beneficiários de prestações sociais, pode‐se verificar que cerca de 28,2% da população, com mais
de 15 anos, depende do sistema social para sobreviver e 17,6% se encontra, exclusivamente, a cargo da
família.
Quadro 13 ‐ População residente, com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011)
Total Trabalho Pensões Subsídios de Apoio Social*
Rendimento da Propriedade
A Cargo da Família
Outro
Portugal Continental 8 563 501 4 125 949 2 366 476 488 433 39 039 1 300 656 242 948
RA Açores 202 575 101 801 42 677 10 998 849 40 608 5 642
Angra do Heroísmo 29 609 15 169 6 929 1 418 146 5 212 735
Fonte: INE
*O valor indicado inclui o somatório de: subsídio de desemprego; subsídio por acidente de trabalho ou doença profissional;
Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social.
Quadro 14 ‐ População residente (%) com 15 e mais anos, segundo o principal meio de vida (2011)
Trabalho PensõesSubsídios de Apoio Social*
Rendimento da Propriedade
A Cargo da Família
Outro
Portugal Continental 48,2 27,6 5,7 0,5 15,2 2,8
RA Açores 50,3 21,1 5,4 0,4 20,0 2,8
Angra do Heroísmo 51,2 23,4 4,8 0,5 17,6 2,5
Fonte: INE
*O valor indicado inclui o somatório de: subsídio de desemprego; subsídio por acidente de trabalho ou doença profissional;
Rendimento Social de Inserção (RSI); outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.); subsídio de apoio social.
4.3 ‐ Rendimento Social de Inserção
As sociedades modernas fundam‐se nos valores da igualdade, nomeadamente nos princípios da igualdade
de oportunidades, sendo esta um dos pilares da cidadania. Mas, mesmo nas sociedades desenvolvidas, a
verdadeira igualdade de oportunidades não foi totalmente alcançada, pois, não apenas continuam a existir
grupos extremamente vulneráveis à pobreza e à exclusão social, como essas situações tendem, com
persistência, a reproduzir‐se no tempo.
Nos Açores, as políticas públicas parecem não ter sido inteiramente capazes, até ao momento, de combater
com eficácia a pobreza e a exclusão, nem de prever o seu aparecimento (Rodrigues, 2010). Contudo, um dos
mecanismos de minimização das consequências da pobreza extrema tem sido as políticas sociais de
“rendimento mínimo”, cuja filosofia visa precisamente garantir um padrão de vida condigno àqueles que mais
70
necessitam. No nosso país, o Rendimento Social de Inserção (RSI) veio, em 2003, substituir o seu percursor,
o Rendimento Mínimo Garantido (RMG).
O Rendimento Social de Inserção constitui uma prestação pecuniária mensal que é concedida às famílias e
aos indivíduos que vivam em situação de grave carência económica e que façam prova de que possuem
determinadas condições de atribuição. Cabe aos beneficiários o cumprimento de um “Programa de Inserção
Social” pré‐estabelecido, que tem como objetivo proclamado romper o “ciclo vicioso da pobreza”. Trata‐se
de uma medida que visa criar as condições mínimas para o acesso às necessidades básicas e, ao mesmo
tempo, gerar oportunidades de inserção social.
É claro que estas medidas também têm limitações e alguns efeitos perversos. Entre os problemas que têm
vindo a ser apontados às políticas de rendimentos mínimos destacam‐se: a dependência que podem
provocar nos seus beneficiários; o fraco envolvimento destes nos projetos de inserção; a precariedade dos
contratos de trabalho que lhes são oferecidos; a falta de motivação para frequentarem as ações de formação
profissional devido à ausência de expectativas de futuro; a excessiva burocracia destes processos; a que se
vem aliar o “efeito identitário negativo” e a estigmatização social de certos grupos de beneficiários (Diogo,
2007; Pacheco, 2009; Rodrigues, 2010).
Os Contratos de Inserção preveem um conjunto de ações que obrigam os beneficiários, que tenham
capacidades para tal, a procurar trabalho, a completar a escolaridade ou a frequentar ações de formação,
num processo que tenta criar oportunidades de inserção no mercado laboral. No entanto, no atual contexto
de crise económica, o aumento do desemprego e as baixas qualificações escolares e profissionais, agravam
as possibilidades para se obter trabalho.
O Rendimento Social de Inserção (RSI) é, nos dias de hoje, um apoio fundamental para as famílias mais
carenciadas que não têm outras formas de rendimento, sendo constituído por uma prestação em dinheiro
para satisfação das necessidades básicas e um Programa de Inserção para ajudar à integração social e
profissional. As pessoas que estão a receber o RSI assinam um acordo com a Segurança Social onde se
comprometem a cumprir o Programa de Inserção.
Da análise da informação disponibilizada pela Direção Regional da Solidariedade Social, verifica‐se que, a
percentagem de beneficiários do RSI em relação à população residente no concelho de Angra do Heroísmo,
é inferior à registada na Ilha Terceira e na Região Autónoma dos Açores no período de 2009‐2013 (Gráfico
40).
Em relação ao número de Beneficiários e Agregados Familiares do RSI, no concelho de Angra do Heroísmo,
regista‐se respetivamente um aumento no período que decorre de 2009 a 2013, embora com oscilações mais
ou menos acentuadas, nalguns segmentos do tempo referido (Gráficos 41 a 43).
71
Gráfico 40 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) (% da
população residente) (2009‐2013)
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro
Gráfico 41 ‐ Evolução do número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) no concelho de
Angra do Heroísmo (2009‐2013)
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro
2009 2010 2011 2012 2013
RA Açores 8,33 7,42 7,83 8,15 8,61
Ilha Terceira 7,29 6,51 6,56 6,80 7,33
Angra do Heroísmo 6,86 6,31 6,52 6,58 7,23
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
2009 2010 2011 2012 2013
Angra do Heroísmo 2440 2244 2319 2328 2560
2440
2244
2319
2328
2560
2050
2100
2150
2200
2250
2300
2350
2400
2450
2500
2550
2600
72
Gráfico 42 ‐ Agregados familiares benificiário do RSI no concelho de Angra do Heroísmo (2009‐2013)
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro
Gráfico 43 ‐ Agregados familiares benificiários do RSI vs. agregados familiares residentes no concelho de Angra do Heroísmo (%) (2009‐2013)
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social. Nota: Valores referentes ao mês de dezembro
4.4 ‐ Acessibilidades
As acessibilidades assumem um papel fundamental no contexto regional, seja pela distância que separa o
arquipélago dos continentes, seja por via das características orográficas e descontinuidade territorial, que
obriga à existência de uma rede complexa de serviços de transporte marítimo e aéreo. Em relação à orografia
é possível verificar um paralelismo entre a densidade de eixos rodoviários principais, as zonas mais planas e
os principais aglomerados populacionais.
Em termos de organização da rede viária existem três grandes classificações: a regional, a municipal e a
agrícola e florestal. A rede viária do concelho de Angra do Heroísmo desempenha um papel fulcral na
786
721
764
814
928
700
750
800
850
900
950
2009 2010 2011 2012 2013
6,58
6,977,00
7,59
6,00
6,20
6,40
6,60
6,80
7,00
7,20
7,40
7,60
7,80
8,00
2010 2011 2012 2013
73
mobilidade local, principalmente nos setores mais periféricos, facilitando ainda a entrada dos fatores de
produção, a saída dos produtos das explorações, bem como a proteção dos recursos florestais.
Não obstante o nível de investimento efetuado na rede viária, durante os anteriores Quadros Comunitários
de Apoio, importa continuar a realizar intervenções na rede viária regional, na rede agrícola e florestal e na
reabilitação de troços da rede viária concelhia, complementada por sistemas de estacionamento de viaturas.
De acordo com os Censos de 2011, constata‐se que a maioria da população de Angra do Heroísmo estuda ou
trabalha no concelho e que nas deslocações inter‐concelhias utiliza o transporte individual. Por outro lado,
verifica‐se alguma quebra na procura do transporte coletivo de passageiros, embora seja de destacar a sua
importância, nomeadamente, no transporte diário para os estabelecimentos de ensino e para as freguesias
mais distantes da residência dos alunos.
Nas condições de insularidade e de fragmentação do mercado interno regional, a evolução desejável dos
sistemas produtivos da Região é largamente tributária das opções de política de transportes. Neste sentido,
e dado o impacto das acessibilidades, nomeadamente o transporte nos sistemas produtivos, devem ser
favorecidas todas as possibilidades consideradas fundamentais para assegurar aos sistemas produtivos as
melhores condições possíveis de conexão regional, nacional e internacional e de segurança no
abastecimento. Deverá, ainda, ser potenciada uma coordenação eficaz entre transportes terrestres, aéreos
e marítimos, nos segmentos do movimento das pessoas e das cargas. É crucial a melhoria acentuada das
condições de transporte aéreo e marítimo entre ilhas, compatível com a distribuição mais equilibrada da
procura turística por todas as ilhas da Região.
74
5 – Caracterização do sistema educativo
A Constituição da República Portuguesa (revisão de 1997) estabelece os direitos sociais básicos dos cidadãos
no que respeita à educação. De acordo com esta legislação fundamental, a educação surge como um direito
universal, cabendo ao Estado a promoção da democratização da educação, bem como das demais condições
que contribuam para a “igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e
culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância (...)” (artigo 73º). Nos termos da
Constituição, compete, ainda, ao Estado, nomeadamente, “Assegurar o ensino básico universal, obrigatório
e gratuito”; “Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de Educação Pré‐Escolar” e “Garantir a
educação permanente e eliminar o analfabetismo”.
A exclusão em relação ao sistema educativo traduz‐se, na prática, em baixos níveis de escolaridade e,
paralelamente, em insucesso e abandono escolar precoce. Atualmente o nível de instrução influencia, cada
vez mais, a capacidade económica dos indivíduos e um baixo nível de instrução tem sido identificado como
um fator causa‐efeito da pobreza. A relação entre baixo níveis de instrução e situações de pobreza foi referida
por alguns autores ao apontar, a partir dos Inquéritos aos Orçamentos Familiares (INE), que os agregados
familiares representados por pessoas sem o ensino básico estavam sujeitos a rendimentos muito baixos, a
uma forte e crescente incidência da pobreza.
Por outro lado, a seletividade do sucesso do sistema educativo, a não verificação dos princípios da igualdade
e universalidade da educação estão presentes quando se constata que são os mais carenciados que se ficam,
geralmente, pelos níveis de instrução mais baixos.
5.1 ‐ Lei de Bases do Sistema Educativo
Nos termos da Lei de Bases do Sistema Educativo, o sistema educativo compreende: a Educação Pré‐Escolar,
a Educação Escolar e a Educação Extraescolar.
A Educação Pré‐Escolar é “entendida como a primeira etapa da educação básica, sendo complementar da
ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo formação e o
desenvolvimento equilibrado da criança tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser
autónomo, livre e solidário”1. Este nível de ensino destina‐se a crianças com idades compreendidas entre os
3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, sendo a sua frequência facultativa, competindo, porém, ao
Estado, contribuir para a sua universalização. O desenvolvimento da Educação Pré‐Escolar deve concretizar‐
se na criação de uma rede nacional de Educação Pré‐Escolar, que integra uma rede pública, promovida pela
iniciativa da administração regional e local, e uma rede privada, desenvolvida a partir das iniciativas das
1Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, que aprova a Lei‐Quadro da Educação Pré‐Escolar.
75
Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), dos estabelecimentos de ensino particular e
cooperativo e de outras instituições sem fins lucrativos que prossigam atividades no domínio da educação e
do ensino2.
A Educação Escolar compreende o ensino básico, secundário e superior, integrando modalidades especiais e
atividades de ocupação de tempos livres3.
A Educação Extraescolar engloba atividades de alfabetização e de educação de adultos, de aperfeiçoamento
e atualização cultural e científica, e a iniciação, reconversão e aperfeiçoamento profissional. Efetiva‐se no
quadro de iniciativas múltiplas de natureza formal e não formal, tendo como objetivo permitir ao indivíduo
aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades em complemento da sua formação
escolar ou sem suprimento da sua carência4.
O regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos de ensino da Educação Pré‐Escolar e
dos ensinos básico e secundário, introduz uma nova organização da administração da educação, estruturada
a partir do agrupamento de escolas entendido como ”uma unidade organizacional, dotado de órgãos
próprios de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar e de um ou
mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projeto pedagógico comum, com vista a (…):
a) Favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória
numa dada área geográfica;
b) Superar situações de isolamento de estabelecimentos e prevenir a exclusão social;
c) Reforçar a capacidade pedagógica dos estabelecimentos que o integram e o aproveitamento racional
dos recursos;
d) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão, nos termos do presente
diploma;
e) Valorizar e enquadrar experiências em curso.”5
5.2 ‐ Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores
O sistema educativo da Região Autónoma dos Açores compreende: a Educação Pré‐Escolar, o Ensino Básico,
o Ensino Secundário, o Ensino Artístico, o Ensino Profissional, o Programa Formativo de Inserção de Jovens
2 Decreto Legislativo Regional n.º 11/2013/A, de 22 de agosto.
3Lei n.º 46/86 de 14 de outubro.
4Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro.
5Decreto Legislativo Regional n.º 13/2013/A, de 30 de agosto.
76
(PROFIJ), o Programa Oportunidade, o Ensino Especial, Unidades Especializadas com Currículo Adaptado
(UNECA), o Ensino Recorrente e o Programa Reativar (Figura 3).
Figura 3 ‐ Organograma do Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores6
Educação de Adultos
Extraescolar Ensino Recorrente Reativar
Ensino Secundário
Cursos Científico‐Humanísticos
Ensino Profissional
(Nível IV) Ensino Artístico
PROFIJ (Nível IV)
Regim
e Educativo Especial
Program
as Específicos do Regim
e Educativo Especial
Ensino Básico
3.º Ciclo Ensino Regular Ensino Artístico PROFIJ (Nível
II)
Projeto Curricular Adaptado
Program
a Oportunidade
Cursos de Form
ação
Vocacional
2.º Ciclo Ensino Regular Ensino Artístico
1.º Ciclo Ensino Regular Ensino Artístico
Educação Pré‐Escolar
Creches
Fonte: Direção Regional de Educação
Por outro lado é de referir que a designação dos estabelecimentos de educação e ensino depende das
diferentes tipologias que estes podem assumir, em função do nível de ensino que ministram:
• Creche: estabelecimento de educação destinado a crianças com idades compreendidas entre o termo
da licença de maternidade ou parental e a idade de ingresso na educação pré ‐escolar;
• Jardim‐de‐Infância: estabelecimento de educação destinado a ministrar a educação pré ‐escolar;
• Infantário: estabelecimento de educação onde funcionem conjuntamente as valências de creche e de
educação pré ‐escolar;
• Escola Básica: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos ciclos do ensino
básico, com ou sem educação pré ‐escolar;
• Escola Básica e Secundária: estabelecimento de educação e de ensino onde funcione qualquer dos
ciclos do ensino básico, com ou sem educação pré ‐escolar, e o ensino secundário;
6 Embora a resposta social Creche não integre o Sistema Educativo da Região Autónoma dos Açores esta encontra‐se representado no esquema,
uma vez que o seu funcionamento associa‐se inúmeras vezes aos estabelecimentos de Educação Pré‐escolar da rede particular
77
• Escola Secundária: estabelecimento de ensino prioritariamente vocacionado para o ensino
secundário, ainda que nele funcionem outros níveis ou modalidades de ensino;
• Escola Profissional: estabelecimento de ensino vocacionado para o ensino profissionalizante e
profissional, de qualquer tipo ou modalidade;
• Conservatório: estabelecimento de ensino, ou secção de uma unidade orgânica do sistema educativo,
destinado ao ensino vocacional das artes.
5.3 ‐ Rede Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo
Na Região Autónoma dos Açores existem duas redes de educação e ensino em funcionamento, a rede pública
e a rede privada. O Ensino Particular, Cooperativo e Solidário é ministrado nos estabelecimentos de educação
e ensino pertencentes às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPPS) e outras instituições não‐
governamentais com ou sem fins lucrativos, nos colégios particulares e nas escolas profissionais.
A rede educativa pública do concelho de Angra do Heroísmo integra cinco unidades orgânicas que abrangem,
em termos de área escolar, todas os estabelecimentos de educação públicos das freguesias do concelho. A
rede educativa concelhia inclui ainda doze Instituições Particulares de Solidariedade Social, um jardim‐de‐
infância do ISSA, um colégio particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três escolas profissionais e
uma unidade de formação não integrada. Os cursos de especialização tecnológica, assim como o ensino
superior são ministrados pela Universidade dos Açores no seu campus de Angra do Heroísmo. O ensino
religioso católico é ministrado no Seminário Diocesano de Angra, também localizado em Angra do Heroísmo.
Os dados referentes à rede educativa correspondem a níveis de ensino propriamente ditos e não a edifícios,
dado que é frequente encontrar‐se diferentes níveis de ensino num mesmo edifício. O elevado número de
equipamentos de educação pré‐escolar resulta da rede particular oferecer, na sua maioria, apenas esta
valência.
No concelho encontram‐se instalados trinta e um estabelecimentos de educação pré‐escolar, dos quais
dezoito pertencem à rede pública, onze à rede particular sem fins lucrativos e dois à rede particular com fins
lucrativos (Quadro 15). Os estabelecimentos de ensino da rede pública distribuem‐se de uma forma
relativamente homogénea pelo concelho (18 EB1/JI’s), enquanto os da rede particular estão instalados na
sua grande maioria na sede do concelho, com prejuízo notório para as demais freguesias. O centro urbano
de Angra do Heroísmo concentra oito dos onze estabelecimentos de Educação Pré‐Escolar da rede particular
sem fins lucrativos, assim como os dois estabelecimentos da rede particular com fins lucrativos.
A rede educativa da Educação Pré‐Escolar completa‐se com a resposta da rede privada, promovida, como foi
referido, pela rede solidária desenvolvida pelas IPSS, através de acordos com a Segurança Social. Esta rede é
78
constituída por trinta e um jardins‐de‐infância distribuídos por dezassete freguesias do concelho,
apresentando uma capacidade instalada superior à frequência (Quadros 16 e 17).
Em relação à localização territorial dos estabelecimentos educativos (Quadro 18) verifica‐se, ao nível da
Educação Pré‐Escolar da rede pública, que 17 das 19 freguesias do concelho dispõem de pelo menos um
jardim‐de‐infância. Apenas as freguesias da Feteira e Serreta não têm qualquer resposta da rede pública e
da rede privada, pelo que que as crianças destas freguesias são deslocadas respetivamente para EB1,2,3/JI
de São Sebastião e EB1/JI das Doze Ribeiras.
Ao nível do ensino básico, a rede escolar, no ano letivo 2014/2015, é constituída por dezoito escolas básicas
do 1º ciclo (EB1) e por três escolas básicas do 2º e 3º ciclo (EB23). Este último nível de ensino também é
lecionado por uma escola básica e secundária (EBS) e uma escola secundária (ES).
No 1º CEB regista‐se, tal como em relação à educação pré‐escolar, que não existe qualquer estabelecimento
de ensino nas freguesias da Feteira e Serreta. As restantes freguesias dispõem de pelo menos uma EB1.
Ao nível do 2º e 3º CEB da rede educativa pública, o ensino é ministrado nas sedes da Escola Básica Integrada
Francisco Ferreira Drummond, da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo e da Escola Básica e
Secundária Tomás de Borba. Estas unidades orgânicas localizam‐se, respetivamente, nas freguesias de São
Sebastião, São Bento e São Pedro, abrangendo as freguesias consagradas na carta escolar e ou nos diplomas
que as criaram. Porém tem‐se verificado a alterações reiteradas de caráter pontual e informal no que respeita
à distribuição de alunos, face, ao que se presume, à ausência de estudos que permitam percecionar a
evolução dos alunos das diferentes freguesias do concelho. O 3º CEB é ainda ministrado pela Escola
Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, situada na freguesia da Nossa Senhora da Conceição
O ensino secundário é ministrado pela Escola Básica e Secundária Tomás de Borba e Escola Secundária
Jerónimo Emiliano de Andrade, sitas nas freguesias de São Pedro e de Nossa Senhora da Conceição.
A Obra Social Madre Maria Clara – Colégio Santa Clara, localizada na freguesia de São Pedro, ministra, para
além da educação pré‐escolar, o 1º e o 2º CEB.
Relativamente ao ensino superior, constata‐se que o Departamento de Ciências Agrárias (DCA) e a Escola
Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, localizados na freguesia de São Pedro, estão integrados no
campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores. Naquele campus são ministradas licenciaturas,
mestrados, doutoramentos e cursos pós‐secundários de especialização tecnológica (CET), que conferem
diploma de especialização tecnológica e certificado de aptidão profissional de nível IV.
79
Quadro 15 ‐ Estabelecimentos de ensino no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015) Ed. Pré‐Escolar 1º CEB 2º CEB 3º CEB Secundário Ensino Profissional
Pública Privada Pública Privada Pública Privada Pública Privada Pública Privada Pública Privada
18 13 18 1 3 1 4 ‐ 2 ‐ ‐ 3
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação
Quadro 16 ‐ Estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e particular no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar
Freguesia Instituição Número
Nossa Senhora da Conceição Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira (O Carrocel) 1
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 1
Santa Luzia Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus) 1
São Pedro Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha) 1
Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara) 1
Sé
Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço) 1
Jardim Infantil de São Gonçalo 1
Confederação Operária Terceirense (O Golfinho) 1
Porto Judeu Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho) 1
São Mateus da Calheta Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota) 1
Terra Chã Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol) 1
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação
Quadro 17 ‐ Capacidade e frequência dos estabelecimentos de educação pré‐escolar, solidário e
particular (2014/2015)
Estabelecimento de Educação Pré‐Escolar
Freguesia Instituição Capacidade Instalada
Frequência
Nossa Senhora da Conceição
Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira (O Carrocel)
66 57
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 60 63
Santa Luzia Caritas da Ilha Terceira (Mãe de Deus) 45 48
São Pedro Irmandade de Nossa Senhora do Livramento (A Joaninha) 53 33
Obra Social Madre Maria Clara (Colégio Santa Clara) 150 136
Sé
Centro Infantil de Angra do Heroísmo (O Baloiço) 75 71
Jardim Infantil de São Gonçalo 75 52
Confederação Operária Terceirense (O Golfinho) 60 45
Porto Judeu Casa do Povo do Porto Judeu (O Ninho) 45 48
São Mateus da Calheta Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta (A Gaivota) 25 25
Terra Chã Casa do Povo da Terra‐Chã (O Girassol) 25 20
Total 679 598
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social / Direção Regional de Educação
80
Quadro 18 ‐ Estrutura da rede pública e privada do concelho de Angra do Heroísmo por freguesias e nível
de escolaridade (2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação (DRE) e Direção Regional da Solidariedade Social (DRSS)
Freguesia Nível de Ensino Designação Rede Instituições
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
2º CEB
3ª CEB
EB1/JI Porto Judeu Pública
JI "O Ninho" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo de Porto Judeu
1º CEB EB1/JI Porto Judeu Pública
Feteira
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública
Centro Ocupacional "O Sonho" Particular (com fins lucrativos) Centro Ocupacional "O Sonho"
1º CEB
2º CEB
3ª CEB
Infantário Carrocel Particular (sem fins lucrativos)Associação dos Funcionários da
Administração Regional da Ilha Terceira
JI da Santa Casa da Misericória de AH Particular (sem fins lucrativos)Santa Casa da Misericórdia de Angra do
Heroísmo
3ª CEB
Secundário
Profissional INTESE Particular (com fins lucrativos) Associação para o Ensino e Formação
EB1/JI de S. João de Deus Pública
JI "Mãe de Deus" Particular (sem fins lucrativos) Cáritas da Ilha Terceira
1º CEB EB1/JI de S. João de Deus Pública
EB1/JI Infante D. Henrique Pública
Creche e JI "O Golfinho" Particular (sem fins lucrativos) Confederação Operária Terceirense
JI "O Baloiço" Particular (sem fins lucrativos) Centro Infantil de Angra do Heroísmo
JI "S. Gonçalo" Particular (sem fins lucrativos) Jardim de Infância de São Gonçalo
1º CEB EB1/JI Infante D. Henrique Pública
EB1/JI Pico da Urze Pública
EBS Tomás de Borba Pública
JI Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S.
ClaraParticular (sem fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
JI "O Palhaço" Particular (sem fins lucrativos)
Serviço de Apoio Social do Instituto de
Segurança Social dos Açores, IPRA ‐ Ilha
Terceira
JI "A Joaninha" Particular (sem fins lucrativos)Irmandade de Nossa Senhora do
Livramento
EB1/JI Pico da Urze Pública
EBS Tomás de Borba Pública
Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S.
ClaraParticular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
EBS Tomás de Borba Pública
Obra Social Madre Maria Clara ‐ Colégio S.
ClaraParticular (com fins lucrativos) Obra Social Madre Maria Clara
3º CEB EBS Tomás de Borba Pública
Secundário EBS Tomás de Borba Pública
Escola Profissional da Praia da Vitória ‐ Pólo
de Angra do HeroísmoParticular (com fins lucrativos)
Fundação de Ensino Profissional da
Praia da Vitória
Escola Profissional da Santa Casa da
Misericórdia de AHParticular (com fins lucrativos) Santa Casa da Misericórdia de AH
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública
JI "O Girassol" Particular (sem fins lucrativos) Casa do Povo da Terra‐Chã
1º CEB EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha Pública
EB1/JI Cantinho Pública
EB1/JI S. Mateus Pública
JI "Gaivota" Particular (sem fins lucrativos)Centro Social e Paroquial de São
Mateus da Calheta
EB1/JI Cantinho Pública
EB1/JI S. Mateus Pública
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Serreta
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Raminho EB1/JI Raminho Pública
Altares EB1/JI Altares Pública
Santa Bárbara EB1/JI S. Bárbara Pública
Doze Ribeiras EB1/JI Doze Ribeiras Pública
S. Bartolomeu
dos RegatosEB1/JI de São Bartolomeu dos Regatos Pública
Cinco Ribeiras EB1/JI Cinco Ribeiras Pública
Terra ChãEd. Pré‐Escolar
S. Mateus
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
SéEd. Pré‐Escolar
S. Pedro
2º CEB
EB1/JI Posto SantoPosto Santo
Profissional
N. Srª da
Conceição
Ed. Pré‐Escolar
ES Jerónimo Emiliano de Andrade Pública
Santa LuziaEd. Pré‐Escolar
Ribeirinha EB1/JI da Ribeirinha Pública
S. Bento
Ed. Pré‐Escolar
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo Pública
S. Sebastião EB 1,2,3/JI Francisco Ferreira Drummond Pública
Porto JudeuEd. Pré‐Escolar
Ed. Pré‐Escolar
1º CEB
Pública
81
5.4 ‐ Evolução do número de alunos
5.4.1 ‐ Rede Pública e Privada
O número de matriculados na Educação Pré‐Escolar, no Ensino Básico e Secundário registou uma quebra de
14,85% entre 2006/2007 e 2014/2015 (Gráfico 44 e Quadro 19).
A quebra registada no Ensino Secundário é atenuada com o aumento do número de alunos matriculados no
Ensino Profissional (27,2%) e nos cursos profissionalizantes. Constata‐se um aumento significativo do número
de alunos matriculados em outras modalidades de ensino nos últimos anos, não obstante com desempenhos
aquém do expectável. Ao observar os elementos disponibilizados (Gráficos 45 e 46) verifica‐se que as
modalidades de ensino não regular apresentam um padrão de comportamento evolutivo errático, que devia
ser objeto de análise pela administração educativa.
Assiste‐se ainda a um aumento significativo de alunos nos Programas Específicos do Regime Educativo
Especial (461,3%) e em modalidades de ensino não regular (Quadros 20 e 21), sem tradução na melhoria dos
indicadores de desempenho. Regista‐se, ainda, um decréscimo acentuado no número de alunos
matriculados no Ensino Recorrente (‐58,9%), vertente da educação de adultos que conduz à obtenção de um
grau e à atribuição de um diploma ou certificado, equivalentes aos conferidos pelo ensino diurno.
Os cursos do Programa Reativar registam um aumento significativo de inscritos (223%). Estes cursos
destinam‐se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem a qualificação
adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho, podendo a título excecional
admitir formandos a partir dos 16 anos, inclusive, à data do início da formação. Os cursos de nível secundário,
ministrados em regime diurno ou a tempo integral, só podem ser frequentados por adultos com idade igual
ou superior a 23 anos.
Por outro lado, a Aprendizagem ao Longo da Vida, visando adquirir e/ou melhorar competências, aptidões e
conhecimentos, deixou de ser apenas uma componente da educação e da formação e tornou‐se um princípio
orientador da oferta e da participação num contínuo de aprendizagem, independentemente do contexto,
com o objetivo de promover uma cidadania ativa e fomentar a empregabilidade.
Refira‐se ainda que no decurso do ano letivo 2014/15 nenhuma unidade orgânica do concelho apresentou,
como oferta formativa, qualquer dos cursos de formação vocacional criados pelo Despacho Normativo n.º
12/2014, de 5 de maio de 2014.
82
Gráfico 44 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 19 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
EPE 1210 1059 ‐12,48%
1.º CEB 1968 1588 ‐19,31%
2.º CEB 885 768 ‐13,22%
3.º CEB 1198 1101 ‐8,10%
Ensino Secundário 934 759 ‐18,74%
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 45 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014) – continuação
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 1210 1250 1128 1111 1139 1028 1053 1051 1059
1º CEB 1968 1888 1853 1784 1817 1777 1732 1630 1588
2º CEB 885 1053 944 965 929 881 787 808 768
3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101
Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759
0
500
1000
1500
2000
2500Nº de Alunos
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 100 232 327 355 304 269 264 289 339
PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174
Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157
Profissional 342 390 424 424 459 457 451 439 435
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
83
Gráfico 46 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015) – continuação
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 20 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 21 ‐ Alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
5.4.2 ‐ Rede Pública
Da observação dos dados espelhados nos diferentes gráficos e quadros da rede pública do concelho de Angra
do Heroísmo e das unidades orgânicas (Gráficos 47 a 49 e Quadros 22 a 24) verifica‐se:
• Comportamento diferenciado das unidades orgânicas relativamente ao número de alunos
matriculados nos diferentes níveis e modalidades de ensino;
• Maior número de crianças inscritas na rede privada (56,5% no privado e 43,5% no público em
2014/2015), facto que decorre da oferta pela rede privada de atividades de animação e apoio às
famílias (funcionamento da instituição em horário alargado e no período de interrupção de
atividades letivas; fornecimento de almoço e lanche);
2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 47 85 155 290 471 331 389 270
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2006/07 2014/15 Variação
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij 100 339 239,0%
Programa Oportunidade 104 157 51,0%
Ensino Profissional 342 435 27,2%
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE
31 174 461,3%
2006/07 2007/2008 2014/15 Variação
Ensino Recorrente 185 76 ‐58,9%
Programa Reativar 0 47 270 223,0%
84
• Decréscimo global de 5,8 % de alunos matriculado na rede pública (2006/2007 a 2014/2015);
• Quebra do número de alunos matriculados no ensino regular na ordem dos 17%, no período de
2006/2007 a 2014/2015;
• Aumento de 146,4% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, com predomínio
do Programa Formativo de Inserção de Jovens – PROFIJ (539,6% de 2006/2007 a 2014/2015),
Programas Específicos do Regime Educativo Especial ‐ PEREE (461,3% de 2006/2007 a 2014/2015) e
Ensino Profissional (276,2% de 2012/2013 a 2014/2015);
• Acréscimo de alunos (461,3%) nos Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE nos
últimos oito anos;
• Diminuição acentuada de inscritos nos cursos do Programa Reativar (‐84,5%);
• Quebra de alunos matriculados no ensino recorrente (‐58,9%);
• Acréscimo da percentagem de alunos matriculados em percursos formativos alternativos
relativamente ao ensino regular, que no período de 2006/07 a 2014/15 passou de 5,8% para 17,1%.
Em 2014/2015 a ES Jerónimo Emiliano de Andrade regista o maior valor percentual de alunos
matriculados em percursos formativos alternativos (36%), seguindo‐se‐lhe EBI Francisco Ferreira
Drummond (14,3%), a EBI de Angra do Heroísmo (11,3%) e por último a EBS Tomás de Borba (9,8%);
• Inexistência de um sistema padronizado na evolução dos alunos matriculados nos percursos
formativos alternativos, o que traduz ausência de estabilidade na oferta formativa e na
implementação de novas medidas sem a prévia consolidação e avaliação das precedentes.
85
Gráfico 47 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007‐2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 48 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 596 525 529 511 503 493 446 447 461
1º CEB 1781 1702 1669 1600 1637 1594 1556 1463 1423
2º CEB 831 918 897 913 874 831 739 760 718
3º CEB 1198 1274 1093 1119 1159 1215 1159 1139 1101
Secundário 934 743 854 924 818 863 772 726 759
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Nº de Alunos
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 53 172 263 280 245 213 236 289 339
PEREE 31 35 181 83 96 62 119 96 174
T. Projeto Curricular Adptado 55
Oportunidade 104 84 44 185 136 189 296 256 157
Profissional 21 38 79
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Nº de Alunos
86
Gráfico 49 ‐ Alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 22 – Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública ‐ 2006/2007 a 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
EPE 596 461 ‐22,7%
1.º CEB 1781 1423 ‐20,1%
2.º CEB 831 718 ‐13,6%
3.º CEB 1198 1101 ‐8,1%
Ensino Secundário 934 759 ‐18,8%
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 23 – Evolução do número de alunos mMatriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015)
2006/07 2012/13 2014/15 Variação
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij 53 339 539,6%
Programa Oportunidade 104 157 51,0%
Ensino Profissional 21 79 276,2%
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE 31 174 461,3%
T. Projeto Curricular adaptado 55
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 24 ‐ Evolução do número de alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de
ensino, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública – 2006/2007 a 2014/2015) 2006/07 2011/2012 2014/15 Variação
Ensino Recorrente 185 76 ‐58,9%
Programa Reativar 251 39 ‐84,5%
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 251 160 78 39
0
50
100
150
200
250
300
Nº de Alunos
87
5.4.2.1 ‐ Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond
Da observação dos dados (Gráficos 50 e 51 e Quadros 25 e 26) da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira
Drummond, que entrou em funcionamento no ano letivo 2011/2012, constata‐se:
• Aumento global de 16,2% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um
acréscimo de 1,6%;
• Decréscimo do número de alunos matriculados no 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico;
• Alargamento da oferta formativa de percursos formativos alternativos;
• Aumento significativo de alunos do Regime Educativo Especial (411% de 2013/2014 para 2014/2015);
• Inexistência de alunos matriculados no Programa Oportunidade, ao invés de anos anteriores;
• Acréscimo de 211,5% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, o que implica um
aumento de cerca de 8% do número de alunos matriculados no ensino não regular no período de um
ano letivo (2013/14 para 2014/15)
• Inexistência de um sistema padronizado na evolução dos alunos matriculados nos percursos
formativos alternativos;
• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes
de carácter tecnológico e profissional.
Gráfico 50 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na
EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 90 96 102 111
1º CEB 240 245 209 201
2º CEB 123 114 122 101
3º CEB 103 151 185 152
0
50
100
150
200
250
300
88
Gráfico 51 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 25 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 a 2014/2015)
2011/12 2014/15 Variação
EPE 90 111 23,3%
1.º CEB 240 201 ‐16,3%
2.º CEB 123 101 ‐17,9%
3.º CEB 103 152 47,6%
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 26 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, EBI Francisco Ferreira Drummond – (2011/2012 a 2014/2015)
2011/12 2014/15
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij
35
Programa Oportunidade
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE
25
T. Projeto Curricular adaptado 21
Fonte: Direção Regional de Educação
2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 35
PEREE 9 9 25
T. Projeto Curricular Adptado 21
Oportunidade 16 17
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Nº de Alunos
89
5.4.2.2 ‐ Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo
Da observação dos dados Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 52 e 53 e Quadros 27 e
28), regista‐se:
• Decréscimo global de 33,2% de alunos matriculados, realçando‐se uma quebra de 34,9% no ensino
regular e de 16,9% em percursos formativos alternativos;
• Diminuição do número de alunos, decorrente da entrada em funcionamento da EBS Tomás de Borba
(2007/2008) e EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012). O aumento do número de alunos do
1ºCiclo no ano letivo 2007/2008 resulta da afetação da EB1/JI Infante D. Henrique à EBI de Angra do
Heroísmo;
• Aumento de alunos do Regime Educativo Especial (225,8% de 2006/07 para 2014/15), com acréscimo
significativo de 90,5% de 2013/14 para 2014/15, em contraciclo com o Programa Oportunidade que
registou uma quebra de 58,4% no mesmo período;
• Inexistência de um sistema padronizado na evolução dos alunos matriculados nos percursos
formativos alternativos;
• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes
de carácter tecnológico e profissional.
Gráfico 52 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na
EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 234 292 269 263 253 147 125 139 114
1º CEB 819 1106 1024 953 980 689 667 648 630
2º CEB 831 751 502 640 654 469 389 362 344
3º CEB 181 233 286 226 228 139
0
200
400
600
800
1000
1200
Nº de Alunos
90
Gráfico 53 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 27 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na EBI de
Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2011/12 2014/15 Variação
EPE 234 114 ‐51,3%
1.º CEB 819 630 ‐23,1%
2.º CEB 831 344 ‐58,6%
3.º CEB 139
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 28 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensin, na EBI de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij
53 24 ‐54,7%
Programa Oportunidade 104 32 ‐69,2%
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE
31 80 158,1%
T. Projeto Curricular adaptado 21
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFIJ 53 32 24
Oportunidade 104 84 44 28 33 57 82 77 32
PEREE 31 35 42 49 63 51 39 53 80
T. Projeto Curricular Adptado 21
PRE 81
0
20
40
60
80
100
120Nº de Alunos
91
5.4.2.3 ‐ Escola Básica Secundária Tomás de Borba
De acordo com os dos dados da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba (Gráficos 54 e 55 e Quadros 29
e 30), que entrou em funcionamento no ano letivo 2007/2008, verifica‐se:
• Aumento global de 33,9% de alunos matriculados, realçando‐se que o ensino regular apresenta um
acréscimo de 20,8% no período de 2007/2008 a 2014/15;
• Acréscimo de 18,9% de alunos inscritos na Educação Pré‐Escolar de 2013/14 para 2014/15 e
estabilidade de alunos matriculados no ensino regular;
• Aumento de alunos do Regime Educativo Especial, com acréscimo significativo de 90,5% de
2013/2014 para 2014/2015, em contraciclo com o Programa Oportunidade que registou uma quebra
de 41,2% no mesmo período;
• Aumento de alunos matriculados no ensino profissional de cerca 181% de 2012/2013 a 2014/2015;
• Inexistência de um sistema padronizado, na evolução dos alunos matriculados nos percursos
formativos alternativos;
• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes
de carácter tecnológico e profissional.
Gráfico 54 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 317 189 218 208 212 221 195 175 208
1º CEB 900 541 588 582 590 592 575 544 538
2º CEB 167 395 273 220 239 236 276 273
3º CEB 322 355 406 425 413 345 306 360
Secundário 193 212 279 328 416 363 337 326
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Nº de Alunos
92
Gráfico 55 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 29 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2007/08 2014/15 Variação
EPE 189 208 10,1%
1.º CEB 541 538 ‐0,6%
2.º CEB 167 273 63,5%
3.º CEB 322 360 11,8%
Ensino Secundário
193 326 68,9%
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 30 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na na EBS Tomás de Borba (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2007/08 2014/15
Programa Oportunidade 57
Ensino Profissional 59
Programas Específicos do Regime Educativo Especial‐ PEREE
69
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Oportunidade 60 47 81 111 97 57
Profissional 21 38 59
PEREE 61 34 33 11 71 34 69
0
20
40
60
80
100
120Nº de Alunos
93
5.4.2.4 ‐ Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade
A análise dos elementos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade (Gráficos 56 e 57 e Quadros 31
a 33) permite constatar:
• Diminuição significativa do número de alunos com a entrada em funcionamento da EBS Tomás de
Borba e com o alargamento da oferta do 3º Ciclo na EBI de Angra do Heroísmo;
• Quebra global de 40,5% de alunos matriculados, realçando‐se um decréscimo de 58,6% no ensino
regular;
• Aumento de 168,1% de alunos matriculados em percursos formativos alternativos, apesar de uma
quebra de 58,9% no ensino recorrente;
• Descida abrupta do número de inscritos no Programa Reativar (251 para 39 entre 2011/2012 e
2014/2015);
• Aumento da percentagem de alunos matriculados em percursos formativos alternativos
relativamente ao ensino regular, no período de 2006/2007 a 2014/2015, passando de 8% para 36%
relativamente ao número total de alunos matriculados. Os cursos do PROFIJ no ano letivo 2014/2015
representam 20,3% dos alunos matriculados na unidade orgânica;
• Inexistência de um sistema padronizado, na evolução dos alunos matriculados nos percursos
formativos alternativos;
• Ausência de cursos e estruturas curriculares experimentais no ensino básico, incluindo as vertentes
de carácter tecnológico e profissional.
94
Gráfico 56 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de
ensino, na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 57 ‐ Evolução do número de alunos matriculados, por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
3º CEB 1198 952 738 532 501 413 437 420 450
Secundário 934 550 642 645 490 447 409 389 433
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Nº de Alunos
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Recorrente 185 160 136 122 95 86 105 92 76
REATIVAR 251 160 78 39
PROFIJ 172 263 280 245 213 236 257 280
PEREE 78
T. Projeto Curricular Adptado 13
Oportunidade 97 56 51 87 65 68
Profissional 20
0
50
100
150
200
250
300
Nº de Alunos
95
Quadro 31 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
3.º CEB 1198 450 ‐62,4%
Ensino Secundário
934 433 ‐53,6%
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 32 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐ Profij
280
Programa Oportunidade 68
Ensino Profissional 20
T. Projeto Curricular adaptado 13
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 33 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15
Ensino Recorrente 185 76
Programa Reativar 39
Fonte: Direção Regional de Educação
96
5.4.2.5 ‐ Escola Básica Integrada dos Biscoitos
O território educativo da EBI dos Biscoitos apenas abrange no concelho de Angra do Heroísmo as freguesias
dos Altares e do Raminho. Neste contexto e na sequência da observação dos dados da EB1/JI dos Altares e
EB1/JI do Raminho (Gráfico 58 e Quadro 34), pode‐se constatar que de 2006/2007 a 2014/2015, se regista
uma redução de número de alunos na Educação Pré‐Escolar (37,8%) e no 1º Ciclo do Ensino Básico (12,9%).
Gráfico 58 ‐ Evolução do número de alunos matriculados , por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 34 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino nas EB1/JI dos Altares e Raminho (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
EPE 45 28 ‐37,8%
1.º CEB 62 54 ‐12,9%
Fonte: Direção Regional de Educação
5.4.3 ‐ Rede Privada ‐ Ensino Particular e Cooperativo
O Ensino Particular, Cooperativo e Solidário é ministrado nos estabelecimentos de educação e ensino
pertencentes às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPPS), nos Colégios Particulares e nas
Escolas Profissionais.
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
ED. Pré‐ Escolar 45 44 42 40 38 35 30 31 28
1º CEB 62 55 57 65 67 73 69 62 54
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Nº de Alunos
97
A rede educativa concelhia privada integra doze Instituições Particulares de Solidariedade Social, um Jardim
de Infância do ISSA, um Colégio Particular (Educação Pré‐Escolar, o 1.º e o 2.º CEB), três Escolas Profissionais
e uma Unidade de Formação.
A análise dos dados dos diferentes gráficos e quadros da rede privada do concelho de Angra do Heroísmo
(Gráficos 59 a 65 e Quadros 35 a 48) permite observar:
• Aumento de 10,8% de alunos inscritos na rede privada, em contraciclo com a rede pública que
apresenta um decréscimo de 5,8 % (2006/2007 a 2014/2015);
• Maior número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar na rede privada (56,5% no privado e
43,5% no público em 2014/2015), facto que decorre da oferta, pela rede privada, de atividades de
animação e apoio às famílias;
• Quebra inferior de número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar (‐2,6 %) relativamente à rede
pública (‐22,7%);
• Menor diminuição do número de alunos matriculados no 1º Ciclo do Ensino Básico (‐11,8%)
comparativamente à rede pública (‐20,1%);
• Quebra inferior de número de alunos matriculados no 2º do Ensino Básico (‐7,4%) relativamente à
rede pública (‐13,6%);
• Ausência da oferta de cursos do PROFIJ na rede privada;
• Certa estabilização, embora com algumas oscilações, do número de alunos inscritos e ou matriculados
na rede privada;
• Maior quota de oferta e de alunos inscritos e ou matriculados do Ensino Profissional (81,8%) e
Programa Reativar (66,8%) relativamente à rede pública.
Quadro 35 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%), por ciclo de estudo e modalidade de ensino na rede privada (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2007/08 2014/15 Variação
EPE 614 598 ‐2,6%
1.º CEB 187 165 ‐11,8%
2.º CEB 54 50 ‐7,4%
Programa Formativo de Inserção de Jovens ‐Profij
47 0
Ensino Profissional 342 356 4,1%
Programa Reativar 47 231 391,5%
Fonte: Direção Regional de Educação
98
5.4.3.1 ‐ Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s)
O número de alunos matriculados em estabelecimentos de ensino dependentes de IPSS's manteve‐se estável
ao longo do período em análise, indiciando a maior atratividade destes estabelecimentos face à oferta
educativa congénere propiciada pela rede pública. Os quadros que se seguem demonstram essa realidade.
Gráfico 59 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 60 ‐ Evolução dos alunos matriculados na valência Jardim de Infância das IPSS’s, no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Sta. Casa da Misericórdia AH 37 56 62 63
Mãe de Deus ‐ Cáritas 43 39 25 48
O Carrocel 54 57 59 57
O Baloiço 60 63 75 71
O Ninho 48 62 57 48
A Gaivota 19 25 35 25
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
A Joaninha 27 33 25 33
S. Gonçalo 47 51 56 52
O Golfinho 36 39 55 45
Obra Social Madre Mª Clara 135 141 135 136
O Girassol 29 41 20 20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
99
Quadro 36 ‐ Evolução dos alunos matriculados (%) na educação pré‐escolar na rede privada (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
EPE 614 598 ‐2,6%
Fonte: Direção Regional de Educação
5.4.3.2 ‐ Colégio Santa Clara
Seguindo um percurso similar aos restantes estabelecimentos da rede privada, o Colégio de Santa Clara apresenta
maior estabilidade no número de alunos do que as escolas da rede pública que ministram os mesmos níveis de ensino,
embora seja patente um lento declínio no número de alunos matriculados.
Gráfico 61 ‐ Alunos matriculados no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 37 ‐ Alunos matriculados (%) no colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2014/2015)
2006/07 2014/15 Variação
EPE 142 136 ‐4,2%
1.º CEB 187 165 ‐11,8%
2.º CEB 54 50 ‐7,4%
Fonte: Direção Regional de Educação
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
Ed. Pré‐Escolar 142 141 141 140 139 135 141 135 136
1º Ciclo 187 186 184 184 180 183 176 167 165
2º Ciclo 54 54 47 52 55 50 48 48 50
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Nº Alunos
100
5.4.3.3 ‐ Escolas Profissionais e Unidade de Formação
No concelho de Angra do Heroísmo estão em funcionamento três estabelecimentos de formação profissional
e uma unidade de formação não integrada: (1) a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra
do Heroísmo; (2) a Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo; (3) a Escola Profissional da Praia
da Vitória ‐ Polo de Angra do Heroísmo; e (4) a Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira.
O número e a tipologia dos cursos oferecidos apresenta grande variabilidade inter‐anual, resultado da
necessidade da adequação da oferta formativa às políticas de formação determinadas pelo Governo Regional
e à procura registada pelos perfis de saída. Ainda assim, constata‐se uma relativa estabilidade no número de
alunos, com tendência para um crescimento sustentado da procura.
5.4.3.3.1 ‐ Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
A Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo é o maior dos estabelecimentos
de formação profissional do concelho e aquele que apresenta maior diversidade de oferta formativa.
Gráfico 62 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 101 130 128 136 139 128 125 118 118
REATIVAR 100 24 44 46
0
20
40
60
80
100
120
140
160
101
Quadro 38 ‐ População Escolar por curso (2014/2015)
Cursos Nº Alunos Nº Turmas
Nível II
‐ ‐ ‐
Nível IV
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano 23 1
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano 23 1
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano 12 1
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano 23 1
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano 18 1
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano 19 1
Total 118 6 Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
Quadro 39 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015
Cursos Nº Alunos Nº Turmas
B1 ‐ ‐
B2 ‐ ‐
B3 23 1
Secundário 23 1
Total 46 2
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
Quadro 40 ‐ Oferta Formativa 2014/2015
Cursos Data de início Data do termo Nível Nº
AlunosNº
Turmas
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano 16/09/2014 31/07/2017 IV 23 1
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano 16/09/2014 31/07/2017 IV 23 1
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano 16/09/2013 31/07/2016 IV 12 1
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano 16/09/2013 31/07/2016 IV 23 1
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano 17/09/2012 31/07/2015 IV 18 1
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano 17/09/2012 31/07/2015 IV 19 1
Técnico/a de Informação e Animação Turística (Reativar) 27/10/2014 31/07/2016 S3‐Tipo A 23 1
Curso de Formação Base do Programa Reativar 27/10/2014 31/07/2015 B3 23 1
Total 164 8 Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
102
5.4.3.3.2 ‐ Escola Profissional INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo
O Polo de Angra do Heroísmo do INETESE – Instituto para o Ensino e Formação mantém um número reduzido de
alunos e de cursos, tendo vindo contudo a diversificar a sua oferta formativa, que inicialmente estava centrada na
área da banca e seguros para áreas conexas. O número de alunos tem vindo a decrescer.
Gráfico 63 ‐ Evolução do número de alunos matriculados no INETESE, Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo
Quadro 41 ‐ População escolar por curso (2014/2015) Cursos Nº Alunos Nº Turmas
Nível IV
Técnico de Transportes ‐ 1.º ano 23 1
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano 17 1
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano 12 1
Total 52 3
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo
Quadro 42 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015) Cursos Nº Alunos Nº Turmas
B1 ‐ ‐
B2 ‐ ‐
B3 ‐ ‐
Secundário 23 1
Total 23 1
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroís
Quadro 43 ‐ Oferta Formativa (2014/2015)
Cursos Data de início
Data do termo Nível Nº Alunos Nº Turmas
Técnico de Transportes ‐ 1.º ano 29/09/2014 31/07/2017 IV 23 1
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação ‐ 2.º ano 30/09/2013 31/07/2016 IV 17 1
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade ‐ 3.º ano 01/10/2012 31/07/2015 IV 12 1
Técnico de Vendas (Programa Reativar) 29/10/2014 31/07/2016 IV 23 1
Total 75 4
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 63 52 74 77 105 79 61 53 52
REATIVAR 25 16 11 48 23
0
20
40
60
80
100
120
Nº de alunos
103
5.4.3.3.3 ‐ Escola Profissional da Praia da Vitória
A Escola Profissional da Praia da Vitória mantém em funcionamento um polo letivo no concelho de Angra do
Heroísmo utilizando para tal instalações cedida pela Cáritas. A população escolar e a oferta formativo são
elevados e fazem deste polo a maior estrutura de formação profissional do concelho.
O número de alunos tem‐se mantido relativamente constante, embora nos últimos anos letivos se registe
algum decréscimo, particularmente devido ao desaparecimento da oferta de cursos do Programa Formativo
de Inserção de Jovens ‐ PROFIJ.
Gráfico 64 ‐ Alunos matriculados no Polo de Angra do Heroísmo da Escola Profissional da Praia da Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória
Quadro 44 ‐ População Escolar por curso (2014/2015)
Cursos Nº Alunos Nº Turmas
Nível IV
Téc. Instalações Elétricas 20 1
Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria) 41 2
Téc. Restauração (variante Restaurante ‐ Bar) 37 2
Téc. Gestão e Programação de Sistemas Informáticos 22 1
Téc. Eletrónica, Automação e Comando 21 1
Téc. Produção Agrária 22 1
Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar 23 1
Total 186 9
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
PROFISSIONAL 178 208 222 211 215 250 244 230 186
PROFIJ 47 60 64 75 59 56 28
REATIVAR 47 85 155 132 157 108 186 131
0
50
100
150
200
250
300
Nº Alunos
104
Quadro 45 ‐ População Escolar no programa Reativar ‐ 2014/2015
Cursos Nº Alunos Nº Turmas
B1 ‐ ‐
B2 ‐ ‐
B3 43 2
Secundário 88 4
Total 131 6
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória
Quadro 46 ‐ Oferta Formativa (2014/2015)
Cursos Data de início Data do termo Nível Nº Alunos Nº Turmas
Téc. Restauração (variante Cozinha ‐ Pastelaria) 15/09/2014 31/07/2017 IV 24 1
Téc. Produção Agrária 15/09/2014 31/07/2017 IV 22 1
Téc. Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar 15/09/2014 31/07/2017 IV 23 1
Téc. Multimédia (Reativar) 22/10/2014 30/09/2016 IV 23 1
Téc. Cozinha /Pastelaria (Reativar) 22/10/2014 30/09/2016 IV 22 1
Téc. Produção Agropecuária (Reativar) 22/10/2014 30/09/2016 IV 21 1
Téc. Refrigeração e Climatização (Reativar) 22/10/2014 30/09/2016 IV 22 1
Formação de Base (Percurso B3) 27/10/2014 31/07/2015 43 2
Total 200 9 Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória
5.4.3.3.4 ‐ Unidade de Formação ‐ Cáritas da Ilha Terceira
A Cáritas da Ilha Terceira mantém uma unidade de formação não integrada em qualquer escola profissional
que oferece exclusivamente cursos integrados no Programa Reativar. Os cursos estão exclusivamente
voltados para as necessidades formativas de jovens em situação social desfavorável.
Gráfico 65 ‐ Evolução do número de alunos matriculados na Cáritas da Ilha Terceira – Angra do Heroísmo (2010/2011 ‐ 2014/2015)
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15
REATIVAR 33 47 28 33 31
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Nº Alunos
105
Quadro 47 ‐ População Escolar no programa Reativar (2014/2015)
Cursos Nº Alunos Nº Turmas
B1 ‐ ‐
B2 3 ‐
B3 28 2
Secundário ‐ ‐
Total 31 2
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira
Quadro 48 ‐ Oferta Formativa (2014/2015)
Cursos Data de início Data do termo Nível Nº Alunos Nº Turmas
Reativar Jovem B2+B3 31 2
Total 31 2 Fonte: Cáritas da Ilha Terceira
5.5 ‐ Indicadores
5.5.1 ‐ Taxa de transição e retenção
É frequente constatar‐se que o problema do sucesso e insucesso escolar começa no próprio conceito. A
procura de uma definição de sucesso escolar esbarra, inevitavelmente, numa multiplicidade de conceitos.
Na realidade a capacidade de integração, a diminuição do abandono escolar, a progressão, a melhoria, a
segurança, a identificação com um modelo de valores, nem sempre se traduzem em avaliações quantitativas
positivas nas diversas disciplinas, mas não deixam de ser indicadores de sucesso pessoal e institucional.
Convém pois, não confundir sucesso escolar com sucesso na avaliação, porque este é apenas uma parte
daquele que embora importante, não esgota o conceito na sua totalidade.
O conceito de sucesso escolar é complexo e abrangente. Explorá‐lo em pormenor sai fora do contexto deste
documento e assim sendo, inclui‐se apenas dois sentidos que elucidam a dualidade de critérios que pode
estar na base da sua definição. Para alguns autores a expressão sucesso escolar refere‐se ao sucesso dos
alunos na avaliação que se traduz na aprovação ou na transição para o nível seguinte de estudos. Para outros
o conceito de sucesso escolar está mais ligado à própria instituição escolar e mede‐se pelo cumprimento dos
objetivos previamente definidos de acordo com a missão a que a escola se propôs.
Podem‐se assim considerar de dois tipos de sucesso escolar: um, em que há uma redução do conceito à
quantificação de um dado fenómeno observável e de alguma forma determinado pela escola; outro, mais
complexo e de difícil quantificação, que se prende com o atingir das metas individuais e sociais, de acordo
com as aspirações dos alunos e as necessidades dos sistemas sociais envolventes. Este segundo é o mais
difícil de gerir, visto que a sua não quantificação impossibilita a avaliação das reais proporções que atinge,
embora só possa ser equacionado por referência ao sucesso escolar quantificável.
106
Insucesso escolar e exclusão escolar são conceitos que representam dois olhares sobre as mesmas situações,
visto que incluem quer os que não têm acesso à escola, quer “aqueles que, ainda dentro do sistema de
ensino, [são] objeto de exclusão no próprio processo de ensino através da reprovação e repetência e estão
sendo assim preparados para posterior exclusão do processo” (Ferraro, 2004). Neste contexto, o autor refere
a existência de uma dupla forma de exclusão escolar – a exclusão da escola e a exclusão na escola. Enquanto
a primeira se reporta à não frequência da escola, a segunda, a exclusão na escola, apresenta dimensões mais
graves, pois resulta da ação dos mecanismos de reprovação e repetência.
Ao observar a apreciação de vários autores, compreende‐se que o insucesso escolar é massivo, constante,
precoce, seletivo e cumulativo. O insucesso escolar aparece precocemente no percurso escolar, sendo que a
prevenção deve ocorrer no início da escolaridade, pois se a intervenção retardar, o insucesso escolar tem
fortes probabilidades de se assumir como tendência permanente. O conceito de insucesso escolar é amplo
e não excetua qualquer tipo de causa, integrando fatores exógenos e endógenos.
Quando se analisa o fenómeno do sucesso e insucesso escolar conclui‐se que é importante ter em conta três
realidades: o aluno; o meio social e familiar; e a instituição escolar. É a partir destas realidades que se
evidenciam os fatores de insucesso e se facilita a compreensão das suas causas.
A perspetiva atual demonstra que não é possível estabelecer uma relação de causalidade linear, pois o
insucesso escolar congrega uma constelação de variáveis de vários níveis (psicológicas, sociais, ambientais e
culturais) que se correlacionam num sistema complexo. Face à complexidade e diversidade de causas que
estão na base do sucesso e insucesso escolar, esta problemática multidimensional requer uma abordagem
multivariada com recurso a vários tipos de estratégias e intervenções de níveis diferenciados, congregando
esforços de toda a comunidade educativa e de todos os agentes com responsabilidades em matéria de
educação.
Tendo em conta a temática em análise, o conceito de sucesso escolar foi restringido neste documento à sua
vertente de sucesso na avaliação.
Após a observação dos dados disponibilizados (Gráficos 66 a 83) verifica‐se:
• Aumento das taxas de retenção e desistência consoante o aluno progride no nível de escolaridade;
• Aumento significativo da taxa de retenção e desistência do 1º Ciclo do Ensino Básico público e privado
(10,5%) ultrapassando a taxa de retenção e desistência de Portugal Continental (4,6%) e Região
Autónoma da Madeira (7,4%) em 2012/2013, contrariamente ao que se verificava em 2006/2007;
• Aumento da taxa de retenção e desistência do 2º Ciclo do Ensino Básico público e privado (2,5%),
ampliando o diferencial da taxa de retenção/desistência relativamente a Portugal continental e à
Região Autónoma da Madeira;
107
• Diminuição da taxa de retenção e desistência do 3º Ciclo do Ensino Básico (5,2%) reduzindo o
diferencial da taxa de retenção/desistência relativamente a Portugal Continental e à Região
Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxa de retenção inferior;
• Aumento da taxa de transição e conclusão no Ensino Secundário (11,1%) reduzindo significativamente
o diferencial da taxa de taxa de transição e conclusão relativamente a Portugal Continental e à Região
Autónoma da Madeira, que continuam a apresentar taxas superiores;
• Taxa de transição e conclusão muito baixa nos programas de recuperação de escolaridade (Programa
Oportunidade);
• Reduzida taxa de transição e conclusão do Ensino Recorrente e Programa Reativar;
• Ausência de um modelo padrão nos gráficos de evolução da taxa de retenção.
Gráfico 66 ‐ Taxa de retenção/desistência no Ensino Básico em Portugal Continental, Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013)
Fonte: INE
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB
2006/07 2012/13
Portugal Continental 3,9 10,3 18,4 4,6 12,4 15,7
RAM 8,3 16,7 21,3 7,4 12,7 16,9
RAA 3,4 10,9 15,6 11,1 17,0 24,9
Terceira 2,1 12,4 20,0 9,1 15,9 19,9
Angra do Heroísmo 3,0 15,5 25,2 10,5 18,0 20,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
%
108
Gráfico 67 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013)
Fonte: INE
Gráfico 68 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 2º Ciclo do Ensino Básico em Portugal, Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013)
Fonte: INE
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 3,9 3,6 3,4 3,5 3,2 4,5 4,6
RAM 8,3 6,3 6,1 5,8 5,1 6,6 7,4
RAA 3,4 5,7 6,4 7,3 6,7 12,4 11,1
Terceira 2,1 5,4 5,9 10,3 5,6 12,1 9,1
Angra do Heroísmo 3,0 7,3 6,9 15,1 6,8 13,4 10,5
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 10,3 7,8 7,5 7,5 7,1 11,0 12,4
RAM 16,7 13,5 11,7 12,8 11,9 13,6 12,7
RAA 10,9 8,6 9,0 10,1 11,0 14,2 17,0
Terceira 12,4 7,0 9,2 13,9 12,4 16,8 15,9
Angra do Heroísmo 15,5 6,3 9,0 16,0 14,6 18,6 18,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
109
Gráfico 69 ‐ Evolução da taxa de retenção/desistência no 3º Ciclo do Ensino Básico em Portugal,
Madeira, Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013)
Fonte: INE
Gráfico 70 ‐ Evolução da taxa de transição/conclusão no Ensino Secundário em Portugal, Madeira. Açores, Terceira e Angra do Heroísmo (redes pública e privada ‐ 2006/2007 – 2012/2013)
Fonte: INE
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 18,4 13,7 13,8 13,5 12,9 15,2 15,7
RAM 21,3 20,3 18,8 19,4 19,1 20,7 16,9
RAA 15,6 15,3 16,4 18,2 18,8 23,4 24,9
Terceira 20,0 19,8 17,6 14,7 15,4 20,0 19,9
Angra do Heroísmo 25,2 25,4 21,6 15,9 17,2 21,7 20,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13
Portugal Continental 75,4 79,4 81,3 81,1 79,5 80,3 81,2
RAM 70,7 73,4 73,3 75,6 75,3 75,8 80,2
RAA 72,3 72,4 75,2 74,5 74,1 71,1 74,7
Terceira 68,5 76,1 72,8 79,0 73,6 72,5 79,4
Angra do Heroísmo 67,2 75,8 68,7 80,7 71,4 69,3 78,3
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
%
110
Gráfico 71 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, nos Açores (redes pública e privada ‐ 2006/2007 ‐ 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 72 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino não regular, no concelho de Angra do Heroísmo (rede pública e privada ‐ 2006/2007‐2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA RAA
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Ensino Recorrente 27,7 17,1 20,9 22,4 23,1 31,7 14,3 11,1
PROFIJ 77,8 82,0 74,9 78,1 71,0 70,0 70,6 71,3
Programa Oportunidade 43,9 60,5 40,7 29,3 14,0 14,6 20,1 37,8
Ensino Profissional 88,3 85,5 84,3 83,6 85,0 83,3 80,9 78,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
Ensino Recorrente 8,7 21,6 2,9 6,3 9,1 6,5 9,4 9,9
PROFIJ 66,5 80,0 76,0 79,6 80,6 78,1 76,9 79,7
Programa Oportunidade 22,7 67,9 56,1 46,5 12,9 14,1 22,9 38
Ensino Profissional 82,8 84,2 87,5 78,2 77,2 81,2 78,5 72,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
%
111
Gráfico 73 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2011/2012 – 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 74 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBI de Angra do Heroísmo (2010/2011 – 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 79,8 86,9 91,9
2º CEB 82,9 92,9 89,1
3º CEB 91,2 72,6 76,2
Oportunidade 56,3 28,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
%
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 91,6 85,8 88,3 91,0
2º CEB 84,4 79,0 77,1 77,6
3º CEB 84,1 71,5 82,3 82,3
PROFIJ 72,7
Oportunidade 10,0 15,5 22,0 29,3
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
%
112
Gráfico 75 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na EBS Tomás de Borba (2010/2011 – 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 76 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo e modalidade de ensino, na ES Jerónimo
Emiliano de Andrade (2010/2011 – 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1º CEB 93,5 86,2 82,8 86,6
2º CEB 84,8 81,6 81,0 78,2
3º CEB 87,5 78,8 86,5 80,1
Secundário 75,7 69,3 85,1 75,1
Oportunidade 22,2 3,7 15,7 51,1
Profissional 86,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
3º CEB 78,5 79,4 76,0 84,4
Secundário 65,8 63,9 72,1 69,4
Recorrente 9,1 6,5 9,4 9,9
PROFIJ 80,6 78,1 76,9 80,6
Oportunidade 5,4 33,3 27,3 31,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
%
113
Gráfico 77 ‐ Taxa de transição/conclusão, por ciclo de estudo, no Colégio Santa Clara (2006/2007 ‐ 2013/2014)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 78 ‐ Taxa de transição/conclusão, na Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo (2009/2010 ‐ 2013/2014)
Fonte: Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
1.º Ciclo 100,0 99,5 99,5 99,5 100,0 100,0 99,4 99,4
2.º Ciclo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 98,0
97,0
98,0
99,0
100,0%
2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 60,0% 60,0% 80,0% 70,0% 60,0%
REATIVAR 40,0% 70,0% 70,0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
114
Gráfico 79 ‐ Taxa de transição/conclusão, no INETESE, no Polo de Angra do Heroísmo (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: INETESE ‐ Polo de Angra do Heroísmo
Gráfico 80 ‐ Taxa de transição/conclusão, no Polo de Angra do Heroísmo, da Escola Profissional da Praia da Vitória (2006/2007 ‐ 2014/2015)
Fonte: Escola Profissional da Praia da Vitória
2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 79% 88% 83% 79% 78% 70% 64% 64%
REATIVAR 64% 69% 91% 50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
PROFISSIONAL 95,5% 91,8% 91,9% 91,9% 87,9% 88,0% 91,8% 96,1%
PROFIJ 80,9% 71,7% 84,4% 74,7% 81,4% 73,2% 96,4%
REATIVAR 38,3% 43,5% 41,3% 59,1% 61,8% 46,3% 66,1%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
%
115
Gráfico 81 ‐ Taxa de transição/conclusão ‐ Cáritas da Ilha Terceira (2010/2011 ‐ 2014/2015)
Fonte: Cáritas da Ilha Terceira
Gráfico 82 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do concelho de
Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
2010/11 2011/12 2012/13 2013/14
REATIVAR 36,3% 46,8% 60,7% 45,4%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEBEnsino
SecundárioEnsino
RecorrentePROFIJ
ProgramaOportunidade
EBI FFD 91,9 89,1 76,2 28,6
EBI AH 91 77,6 82,3 72,7 29,3
EBS TB 86,6 78,2 80,1 75,1 51,1
ES JEA 84,4 69,4 9,9 80,6 31,8
Colégio Santa Clara 99,4 98
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
%
116
Gráfico 83 ‐ Taxa de transição/conclusão dos diferentes niveis e modalidades de ensino do conselho de Angra do Heroísmo por estabelecimento de educação e ensino (2014/2015)
O elevado número de retenções no sistema de ensino açoriano tem uma dimensão educativa e social bem
mais vasta que a descrita pelas estatísticas da educação. Para além de constituir um indicador da ineficiência
educativa, a elevada percentagem de alunos com retenções acumuladas sugere a existência de uma cultura
de retenção que legitima socialmente essa ineficiência. Não se trata de uma responsabilidade exclusiva de
quem reprova, mas da forma como resignadamente se aceita na sociedade a “inevitabilidade” de uma parte
significativa dos alunos ter de passar pela experiência de pelo menos um ano de retenção.
O problema, sendo antigo, continua ainda a ter um efeito nefasto sobre os trajetos escolares e sobre a missão
fundamental da escola. Esta questão poderá ainda ser considerada mais grave quando se sabe que os trajetos
de insucesso se iniciam muito cedo, logo a partir do 1º ciclo, e que na sua maioria se saldam em mais do que
uma retenção ao longo do percurso escolar. Vale a pena lembrar a conclusão final do relatório da EURIDYCE
de 2011:
“A existência de uma cultura de retenção leva a uma aplicação mais frequente desta prática em
determinados países, nos quais predomina ainda a ideia de que repetir um ano é benéfico para a
aprendizagem dos alunos. Este ponto de vista é corroborado pela profissão docente, pela comunidade
escolar e pelos próprios pais. Na Europa, esta convicção persiste e tem efeitos práticos sobretudo na
Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal. Não basta a alteração da legislação
em matéria de retenção para mudar esta convicção, que deve ser suplantada por uma abordagem
Ensino Profissional Programa Reativar
EBS TB 86,1
ES JEA
EP SCMAH 60 70
INETESE 64 50
EP PV 96,1 66,1
UF ‐Cáritas 45,4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
%
117
alternativa para responder às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Assim, o desafio consiste
mais em questionar determinados pressupostos e convicções do que em alterar a legislação.”
É necessário promover culturas de sucesso e mobilizar a sociedade, as famílias e as escolas para que
contribuam não só para gerações mais escolarizadas, mas melhor escolarizadas.
5.5.2 ‐ Escolarização
Em matéria de educação foram definidas regras que consagram o objetivo de proporcionar a todas as
crianças e jovens o maior número possível de anos de escolaridade, nas melhores condições possíveis. As
questões críticas que se colocam aos diferentes sistemas educativos é saber como se pode garantir que,
frequentando a escola, todos os jovens aprendem e como garantir que todos os alunos têm percursos
escolares longos e de qualidade. A resposta positiva a essas questões exige a verificação de que as as escolas,
os professores, os técnicos e os dirigentes da administração educativa tenham as condições e os recursos
necessários para o fazer. Na realidade, e em qualquer sistema educativo, as escolas enfrentam efetivas
dificuldades para concretizar a missão e os objetivos que lhes estão atribuídos, no sentido de garantir que
todos os alunos aprendem e atingem níveis de qualidade nas suas aprendizagens.
Os objetivos da educação mudaram profundamente e com isso mudaram também os desafios que a escola
enfrenta. Esta mudança requereu alterações profundas na configuração dos sistemas de ensino, nos
princípios de organização das escolas, no estatuto e no papel dos professores, no trabalho pedagógico, nos
recursos e nos instrumentos de ensino, nas exigências e responsabilidades que são colocadas aos agentes do
sistema de educação.
Quando todos os jovens estão na escola a sociedade inteira, com todos os problemas de desigualdade, passa
a estar no interior da escola. A escola do passado era frequentada apenas por uma parte minoritária de
jovens de grupos sociais homogéneos, hoje é frequentada por todos. É nesta diversidade que reside a
principal dificuldade de garantir que todos aprendem, mesmo os que não querem, os que não tem motivação
e os que revelam dificuldades diferentes.
A diversidade dos problemas requer a diversidade das soluções. A desigualdade na escola requer medidas e
ações que permitam mitigar os efeitos dessa desigualdade: requer diversidade de instrumentos, de meios,
de estratégias e de agentes, requer políticas que permitam às escolas e aos professores diversificar os meios
de ação para, com mais autonomia profissional, acionarem as competências técnicas e profissionais e
tomarem as decisões que se revelam necessárias à resolução dos problemas.
Exige‐se à escola a garantia de que todos aprendem. Mas as escolas e os professores não podem enfrentar
este desafio sozinhos, porque, na realidade a questão não é apenas a de ensinar. Requerem‐se políticas
118
educativas inovadoras e adequadas ao desafio que as escolas e os professores enfrentam, com o
envolvimento dos governos, das escolas que formam professores, dos centros de investigação, das famílias
e das autoridades locais. Todos os agentes e atores sociais devem ser convocados a participar e a assumir
uma parte das responsabilidades que este desafio envolve.
Embora a escola por si só não possa fazer face a todos os fatores geradores de desigualdade, nomeadamente
os decorrentes do meio social e familiar, deverá dispor de programas e meios que contrariem quer a
reprodução, quer a acentuação das disparidades sociais existentes. Explorar medidas e ações que permitam
mitigar a desigualdade na escola e os efeitos dessa desigualdade, constituem matérias que deveem ser alvo
da atuação da administração educativa.
Pelo exposto, e considerado o contexto do item em análise, o conceito de escolarização será entendido neste
documento, na sua aceção mais simples: o da frequência da instituição escolar. Sabe‐se que não é o facto de
se ter frequentado a escola que permite concluir que o indivíduo ficou escolarizado, ou seja, que adquiriu
um conjunto de conhecimentos e de competências suscetíveis de o capacitar para satisfazer os requisitos
elementares do saber escolar. Também se sabe que existem indivíduos alfabetizados, isto é, que satisfazem
esses requisitos, sem nunca terem frequentado a escola. Porém, a necessidade de dispor de um indicador
que assentasse na informação proporcionada pelos Censos, levou a adotar o conceito minimalista de
escolarização, associado à relação percentual entre o número total de alunos matriculados num determinado
ciclo de estudos (independentemente da idade) e a população residente em idade normal de frequência
desse ciclo de estudo (taxa bruta de escolarização). A utilização deste indicador, para além de possibilitar
avaliar a cobertura e a frequência escolar, permite fornecer alguns indicadores relativamente ao abandono
escolar.
Da observação dos elementos disponibilizados verifica‐se que o sistema educativo não assegura na
totalidade as condições para a concretização das aprendizagens fundamentais por parte dos jovens, no
tempo previsto para a conclusão dos diferentes ciclos de ensino. Existe um desfasamento entre a idade real
dos alunos e a idade ideal de frequência em todos os ciclos e níveis de ensino. A situação agrava‐se à medida
que se progride na escolaridade, sendo que os alunos em que se verifica este desfasamento apresentam
piores desempenhos nas avaliações internacionais. Esta discrepância tende a ser superior no Ensino
Secundário e pode comprometer o sucesso do alargamento da escolaridade para 12 anos.
A análise dos dados disponíveis (Quadros 49 e 50) revela um desfasamento etário em todos os ciclos e níveis
de escolaridade, revelador de insucesso escolar e repetências múltiplas. Veja‐se, por exemplo, que no Ensino
Secundário a percentagem de alunos a frequentar o 10º, 11º e 12º anos, nas idades consideradas ideais é de
apenas 53,2%. Neste contexto importa referir que, de acordo com os Censos de 2011, 3,4% dos indivíduos
119
com 15 ou mais anos não possui qualquer nível de escolaridade, 35,2% possui o 3º Ciclo do Ensino Básico e
23,8% o Ensino Secundário.
Quadro 49 ‐ Taxa bruta de pré‐escolarização e de escolarização (2012/2013)
Taxa Bruta de Pré‐escolarização
Taxa Bruta de Escolarização
Ensino Básico Ensino Secundário
Portugal Continental 90,4 112,6 122,0
RAM 94,0 112,5 114,5
RAA 92,0 112,5 96,0
Terceira 94,5 108,6 99,7
Angra do Heroísmo 99,7 106,7 91,3
Fonte: INE
Quadro 50 ‐ Percentagem de alunos matriculados em idade ideal de frequência de acordo com o nível de
escolaridade (2011)
EPE (3 ‐ 5 anos) 1ºCEB (6 ‐ 9 anos)
2ºCEB (10 ‐11 anos)
3ºCEB (12 ‐14 anos) Secundário (15‐17 anos)
90,3% 94,6% 77,4% 74,6% 53,2%
Fonte: INE/DRE
5.5.3 ‐ Abandono Escolar
Numa perspetiva formal, o conceito de abandono escolar pode ser definido como a interrupção da
frequência do sistema de ensino antes da idade legalmente estabelecida para a escolaridade obrigatória. A
definição é decalcada da definição legal da escolaridade obrigatória e, ainda que esteja associada a um
determinado nível de ensino, a referência essencial é sempre o número de anos da escolaridade obrigatória.
Neste contexto, em sede de inquérito ou recenseamento, a identificação do abandono escolar é sempre a
frequência escolar interrompida antes de atingida a idade obrigatória legal.
No caso do abandono escolar o presente documento utiliza dois indicadores, correspondentes a dois grupos
etários específicos: (1) o «abandono escolar»; e (2) o «abandono precoce».
O que é designado por «abandono escolar» – tradicionalmente identificado nos países de tradição anglo‐
saxónica por dropout – é expresso pela respetiva taxa calculada pela razão entre população residente com
idades compreendidas entre os 10 e 15 anos que abandonou a escola sem concluir o 9º ano, e a população
residente com idades compreendidas entre os 10 e 15 anos, multiplicado pela base 100. Este é o indicador
tradicional utilizado para aferir do grau de concretização da escolaridade obrigatória de 9 anos.
O segundo indicador deveria designar‐se por «saída escolar precoce», como tradução literal do conceito
consagrado internacionalmente de “early school leaving”. Porém, na terminologia estatística portuguesa esta
medida passou a ser designada por «abandono precoce». Este indicador foi adotado em 1999 pelo
120
Employment Committee da UE, com o objetivo de monitorizar e reduzir o abandono escolar precoce entre
os Estados Membros. Trata‐se de uma taxa calculada a partir da razão entre o número de indivíduos entre os
18 e 24 anos que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a frequentar o sistema educativo
ou um curso de formação profissional durante o mês anterior ao inquérito ou ao recenseamento, e o total
da população residente entre 18 e 24 anos. Esta é a definição adotada pelo EUROSTAT e que constitui um
dos indicadores de referência para monitorização do desempenho dos sistemas de ensino nacionais.
O abandono escolar (10‐15 anos) era o indicador privilegiado para aferir a concretização da escolaridade
obrigatória de 9 anos. Recentemente, os valores revelados pelo Censos 2011 tornam este fenómeno como
residual. É de assinalar o progresso registado nas duas últimas décadas. No concelho de Angra do Heroísmo,
de cerca de 13,14% no final da década de 1980, a taxa de abandono registou uma queda significativa durante
a década de 1990. À entrada deste século cifrava‐se em 5,21% e dez anos mais tarde em 2,19% (Gráfico 84).
Gráfico 84 ‐ Evolução da taxa de abandono escolar em Portugal, Açores e concelho de Angra do
Heroísmo
Fonte: INE
A redução do abandono escolar precoce é um dos cinco objetivos fundamentais da “Estratégia Europa 2020”
para promover o crescimento e o emprego, e tem como meta reduzir a atual média de abandono escolar
precoce da UE para 10% até ao final da década. Em 2014 (Gráfico 85) a Região Autónoma dos Açores (32,8%)
1991 2001 2011
Portugal Continental 12,51 2,17 1,54
Região Autónoma dos Açores 17,15 4,79 2,36
Angra do Heroísmo 13,14 5,21 2,19
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
%
Portugal Continental Região Autónoma dos Açores Angra do Heroísmo
121
continua a apresentar uma taxa de abandono precoce superior à Região Autónoma da Madeira (27,7%) e ao
território continental (16,7%).
A manter‐se o ritmo de decréscimo atual, os Açores chegarão a 2020 com uma taxa de abandono precoce
superior à recomendada pela União Europeia, que tem priorizado politicamente esta questão pelas
implicações que as fracas qualificações escolares têm na coesão social e na qualidade do emprego. Embora
não existam dados desagregados por ilha e concelho, não parece plausível, face aos demais indicadores, que
o concelho de Angra do Heroísmo se constitua como exceção ao exposto.
Gráfico 85 ‐ Evolução da taxa de abandono precoce em Portugal, Portugal Continental, Açores e Madeira
Fonte: Pordata
A comparação dos valores médios de abandono precoce na UE 28 (11,1%) e nos Açores (32,8%) em 2014,
mostra quão elevada é a taxa de saída escolar precoce nos Açores. Os dados apresentados aconselham a que
se proceda ao balanço dos resultados das estratégias desenvolvidas e a uma revisitação das recomendações
europeias nesta matéria (Conselho da União Europeia, 2011 e 2014).
As recomendações europeias apontam a adoção de ações para a redução dos números do abandono escolar
precoce devem desenrolar‐se em diferentes frentes, no sentido de prevenir o risco de abandono
(assegurando uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida), de o evitar (reagindo aos sinais
de alerta e dando o devido apoio) e de compensar os que já abandonaram (possibilitando o reingresso no
sistema, reconhecendo as aprendizagens já realizadas e qualificando).
2011 2012 2013 2014
Portugal 23 20,5 18,9 17,4
Continente 22 19,8 18,1 16,7
RAA 43,8 34,1 35,8 32,8
RAM 30,6 27,2 26,2 27,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
%
Portugal Continente RAA RAM
122
5.5.4 ‐ Atraso Escolar
Entre os potenciais fatores potenciadores do abandono escolar encontram‐se a escolarização dos pais, o
mercado de trabalho (desemprego) e o insucesso (atraso escolar). O insucesso escolar, entendido como a
repetência ou retenção durante um ou mais anos ao longo do percurso escolar dos alunos, é apontado por
vários estudos como fator preditivo do abandono escolar. Essa relação não é, contudo, estritamente unívoca.
Sendo compreensível que trajetos de repetências acumuladas tendem a aumentar o risco de abandono,
também é admissível que o insucesso seja uma antecipação de quem já optou, a prazo, pelo abandono. Ou
seja, o abandono tanto pode ser o resultado do insucesso, como este poderá ser o resultado de uma decisão
antecipada de um abandono futuro. Perante essa perspetiva de um abandono a prazo alguns alunos
desinvestem no esforço para o sucesso.
Importa não descurar as condições sociais dos que abandonam, especialmente o papel que o capital familiar
tende a desempenhar num menor investimento na escolarização. Ora a indução social do abandono tanto
pode ser feita pelas condições familiares como pelos contextos sociais envolventes, nomeadamente dos
próximos (grupos de amigos, colegas de escola e pares). A acrescer ao referenciado não se pode ignorar que
o tipo de aprendizagens potencia trajetos de sucesso ou de insucesso. Quando os alunos constroem trajetos
a partir de histórias de retenção, logo no primeiro ciclo, a probabilidade de insucesso reiterado e de
abandono é maior, considerando que os conhecimentos e competências básicas indispensáveis às
aprendizagens nos ciclos seguintes não estão consolidados.
Assim sendo, torna‐se importante conhecer a dimensão deste fenómeno, recorrendo a uma variável de
aproximação ao problema ‐ atraso escolar‐ a partir dos dados do último Censo. As taxas de atraso escolar por
ciclo medem a proporção entre os indivíduos a frequentar um determinado ciclo de ensino com idade
superior à idade ajustada, no total de indivíduos com idade ajustada a esse ciclo. O indicador não dá a
dimensão da repetência, tão só o número de indivíduos com, pelo menos, um ano de atraso em relação à
idade ajustada à frequência do ciclo.
O conceito de atraso deverá ser entendido como uma mera aproximação ao problema da repetência e do
insucesso, com todas as limitações metodológicas que esta opção representa. Ao analisar o atraso em
2011/2012 (Gráfico 86), verifica‐se que cerca de 38% dos alunos que frequentavam o 2º e 3º Ciclos do Ensino
Básico e 71% do Ensino Secundário tinham, pelo menos, um ano de atraso. Dado que o atraso é cumulativo,
a redução destes valores só será possível se se reduzir o atraso registado nos ciclos iniciais.
Para ultrapassar este problema é necessário encontrar estratégias credíveis que permitam fazer face às
dificuldades dos alunos, das escolas e dos professores. A prevenção do abandono precoce deverá passar pela
promoção das aprendizagens e do sucesso escolar, ainda no pré‐escolar e nos primeiros anos do Ensino
Básico, através de estratégias que envolvam a escola, os professores e o contexto social e familiar dos alunos.
123
Gráfico 86 ‐ Taxa de atraso concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012)
Fontes: INE/DRE
5.6 ‐ Oferta Formativa no PROFIJ, Reativar e cursos profissionais
De acordo com a legislação em vigor, a direção regional competente em matéria de emprego e qualificação
profissional apresenta à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de dezembro de cada
ano, a lista de prioridades dos cursos de dupla certificação a oferecer pelas unidades orgânicas,
estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais que integram o sistema educativo regional, no
ano letivo seguinte.
Por sua vez, as unidades orgânicas, estabelecimentos de ensino particular e escolas profissionais têm que
remeter à direção regional competente em matéria de educação, até 15 de fevereiro, a relação de todos os
cursos que pretendem oferecer para o ano, biénio e triénio seguintes, consoante a tipologia dos cursos,
incluindo os que pretendam reiniciar. Ou seja, anualmente, antes do termo segundo período letivo, os
estabelecimentos de ensino devem planear e definir a respetiva oferta educativa e formativa para o ano
letivo seguinte.
Ponderados os interesses das escolas e das comunidades que servem, considera‐se que o planeamento da
oferta formativa deve ter em conta as necessidades dos meios socioeconómicos em que as escolas se
inserem. Importa não negligenciar o contributo dos cursos para o incremento da oferta educativa do
concelho e, consequentemente, para o respetivo aumento dos níveis de escolarização e desenvolvimento
local.
8,3%
38,1% 38,4%
71,3%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Ens. Secundário
124
A realização de estágios enquadrados nas diversas instituições do concelho deve constituir‐se numa
oportunidade de conjugar o trabalho com a comunidade com os recursos locais para contribuir para o
sucesso das iniciativas de formação e para o próprio desenvolvimento local.
Refira‐se, que qualquer proposta de oferta formativa, remete para a necessidade de uma concertação
cuidadosa e sustentada das necessidades do tecido empresarial com a realidade social do concelho, fundada
em estudos de mercado ou de diagnóstico efetuados pelas entidades competentes. A título ilustrativo,
parece importante referir mormente os cursos relativos à pesca, dado que constitui área de aposta
consensual, não apenas no Município, mas até mesmo nos Açores.
Lembra‐se que a formação profissional tem uma tradição significativa no concelho e que o seu êxito depende
da capacidade de impulsionar trajetórias profissionais e de vida bem‐sucedidas, que correspondam às
expetativas criadas. Há, ainda, um caminho a percorrer no sentido de desmistificar a opção pelos cursos
profissionais como uma via de último recurso. A educação e a formação profissional não são dois sistemas
alternativos e disjuntos mas sim uma panóplia de caminhos possíveis, com vias de acesso entre si, em que
as trajetórias e os saberes se podem e devem entrecruzar, permitindo a cada jovem ir construindo o seu
próprio caminho (Conselho Nacional de Educação, 2012).
125
Quadro 51 ‐ Oferta formativa (2014/15)
PROFIJ Nível
EBI dos Biscoitos
Operador/a de Informática
Nível II
Empregado/a Comercial
Operador/a Agrícola
EBI Francisco Ferreira Drummond
Operado Agrícola
Operador de Informática
EBI de Angra do Heroísmo
Operador(a) de Jardim
Operador(a) de Informática
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Operador Agrícola ‐ Tipo 2
Empregado Comercial ‐ Tipo 3
Técnico Comercial
Nível IV
Técnico Animador Sociocultural
Técnico de Secretariado
Técnico de Análise de Laboratório
Técnico de Auxiliar de Saúde
Técnico de Produção Agrícola
Técnico de Logística
Técnico Administrativo
Técnico de Ação Educativa
Programador de Informática‐1
Programador de Informática‐2
Cursos Profissionais
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Técnico de Auxiliar de Saúde ‐ Profissional
Nível IV
EBS Tomás de Borba Técnico de Apoio à Infância
Técnico de Apoio à Gestão Desportiva
Santa Casa da Misericórdia de
Angra do Heroísmo
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Animal‐1.º ano
Técnico de Turismo Ambiental e Rural‐1.º ano
Técnico de Produção Agrária ‐ Variante Produção Vegetal‐2.º ano
Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores‐2.º ano
Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos‐3.º ano
Técnico de Sistemas de Informação Geográfica‐3.º ano
INTESE
Técnico de Transportes
Técnico de Biblioteca, Arquivo e Documentação
Técnico de Comunicação ‐ Marketing, Rel. Públicas e Publicidade
Técnico de Vendas (Programa Reativar)
Fonte: Direção Regional de Educação
126
Quadro 52 ‐ Oferta Formativa (2015/16)
PROFIJ Nível
EBI dos Biscoitos
Operador/a de Informática ‐ Tipo 2
Nível II
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 2
Empregado/a de Andares ‐ Tipo 2
Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a ‐ Tipo 2
Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 2
Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade ‐ Tipo 3
Pasteleiro/a ‐ Padeiro/a‐ Tipo 3
Empregado/a de Andares‐ Tipo 3
Operador/a de Informática ‐ Tipo 3
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3
EBI Francisco Ferreira Drummond
EBI de Angra do Heroísmo
Operador/a de Jardinagem ‐ Tipo 2
Acompanhamento de Crianças ‐ Tipo 2
Operador(a) de Informática ‐ Tipo 2
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Restaurante/Bar‐Tipo 2
Cozinheiro/a‐ Tipo 2
Empregado/a Comercial ‐ Tipo 3
Técnico/a de Produção Agropecuária
Nível IV Técnico/a de Contabilidade
Técnico/a de Informática ‐ Instalação e Gestão de Redes
Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade
Cursos Profissionais
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Nível IV
EBS Tomás de Borba Técnico de Apoio à Gestão Desportiva
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
Técnico de Mecatrónica
Técnico de Apoio Psicossocial
INTESE Técnico de Gestão (Angra do Heroísmo)
Escola Profissional da Praia da Vitória
Técnico de Restauração ‐ Cozinha/Pastelaria
Técnico de Restauração ‐ Restaurante/Bar
Técnico de Gás
Técnico de Instalações Elétricas
REATIVAR
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
B1
B2
B3
S3
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo
Calceteiro(a) B3 Nível III
S3 (Tipo A) Nível IV
INTESE Operador de Logística (II)
Escola Profissional da Praia da Vitória
Pasteleiro/Padeiro (II)
Nível II Empregado(a) de Andares (II)
Operador Informático (II)
Técnico de Vendas (IV)
Nível IV Técnico de Gás (IV)
Técnico de Ação Educativa (IV)
Fonte: Direção Regional de Educação
127
5.7 ‐ Alunos do Regime Educativo Especial
Um dos maiores desafios do sistema de ensino é a necessidade de construir uma escola inclusiva, que
respeite a diversidade dos alunos e procure garantir o seu sucesso educativo através de traçados curriculares
diferenciados e adequados.
O conceito de educação inclusiva invoca um paradigma em termos educativos, ou seja, uma conceção de
escola onde todas as crianças e jovens, sem exceção, têm a mesma igualdade de oportunidades,
independentemente dos valores culturais ou das limitações físicas e intelectuais. Alguns autores defendem
a educação inclusiva como sendo um sistema de educação onde os alunos com necessidades educativas
especiais frequentam ambientes de sala de aula regular, apropriados para a idade, com colegas que não têm
deficiência ou especiais dificuldades e onde lhes são oferecidos os apoios necessários às suas necessidades
individuais, de modo a atingirem os mesmos objetivos que os seus pares mas por caminhos diferentes.
É grande o desafio que se coloca à escola inclusiva porque, mais do que aceitar a presença de alunos com
necessidades educativas especiais na escola de ensino regular, há que construir e promover a existência de
um único sistema educativo em desfavor da dualidade de sistemas (regular e especial) tantos anos praticado
na educação.
No sentido de otimizar os princípios onde se alicerça a inclusão, a escola deve reconhecer as necessidades
dos discentes que a frequentam, adaptando‐se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, garantindo um
bom nível de educação para todos, através de currículos adaptados, de uma boa organização escolar, de
estratégias pedagógicas diferenciadas e diversificadas, de utilização de recursos e de cooperação com a
comunidade. A escola inclusiva não pretende eliminar barreiras à aprendizagem, mas sim acompanhar o
discente e ajudá‐lo a ultrapassar os obstáculos com que se depara na sua vida de estudante de modo a obter
sucesso escolar.
Nos Açores, a assunção da noção de escola inclusiva, onde todos os alunos possam encontrar as respostas
educativas que lhes permitam realizar um percurso escolar em comum, surge plasmada no Decreto
Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, alterado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 17/2015/A,
de 22 de junho.
A publicação do Decreto Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, constitui um momento
fundamental da afirmação da educação especial no contexto do Sistema Educativo Regional. Definindo a
«educação especial» como o conjunto dos apoios especializados a prestar às crianças e alunos com
necessidades educativas especiais de caráter permanente, aquele diploma operou uma mudança de
paradigma ao proceder à separação entre, por um lado, o que corresponde a apoio especializado a prestar a
128
alunos com deficiência e, por outro, o conjunto dos apoios a prestar a alunos com dificuldades de
aprendizagem.
Enquanto «modalidade especial de educação escolar» (artigo 19.º e seguintes da Lei de Bases do Sistema
Educativo), a «educação especial» dirige‐se às crianças e alunos que revelam dificuldades provenientes de
alterações em estruturas e funções do corpo com caráter permanente, tipicamente problemáticas de alta
intensidade e baixa frequência de ocorrência. Neste contexto, cabe à escola proceder à aplicação rigorosa de
critérios de elegibilidade através de uma avaliação por referência à Classificação Internacional de
Funcionalidade, Deficiência e Saúde – Versão para Crianças e Jovens (CIF‐CJ) da Organização Mundial de
Saúde. Tal avaliação depende, além do mais, de procedimentos céleres e igualmente rigorosos de
referenciação.
A entrada em vigor do Decreto Legislativo Regional n.º 15/2006/A, de 7 de abril, permitiu que a Região
Autónoma dos Açores alinhasse as suas políticas educativas, não apenas com aquilo que se constitui, hoje,
como matéria largamente consensual no seio da comunidade científica sobre esta matéria, mas também com
os princípios e recomendações contidos nos diversos tratados e declarações de direito internacional a que o
Estado Português está vinculado em matéria de necessidades educativas especiais e de não discriminação
em razão de deficiência e saúde (Declaração de Salamanca sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das
Necessidades Educativas Especiais, 1994, da UNESCO; Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, 2007 e seu Protocolo Opcional de 2009, das Nações Unidas).
A organização atual dos apoios especializados a alunos com necessidades educativas especiais permanentes
encontra‐se localizada na rede de estabelecimentos públicos de educação pré‐escolar e ensinos básico e
secundário, aos quais cabe promover as respostas educativas que melhor se adequem ao processo de ensino
e de aprendizagem dos alunos a ser enquadrados pela educação especial. As respostas diferenciadas
existentes podem concentrar alunos com determinado tipo de problemas em escolas de referência.
A observação dos elementos disponibilizados (Gráficos 87 e 88) permite verificar que de 2011/2012 a
2014/2015, registou‐se um aumento de 81,8% de alunos com necessidades educativas especiais e uma
quebra de 18% de alunos com necessidades educativas especiais integrados em turmas do ensino regular.
Em relação ao ano letivo 2014/2015, observa‐se que 14,4% das crianças e alunos matriculados no ensino
público do concelho de Angra do Heroísmo estão abrangidas pelo Regime Educativo Especial (Gráfico 89). A
Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond (Gráficos 90 e 91) é a unidade orgânica que apresenta
maior percentagem de alunos com necessidades educativas especiais (23,9%) seguindo‐se‐lhe com 19%
Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo (Gráficos 92 e 93). A Escola Secundária Jerónimo Emiliano de
Andrade (Gráficos 96 e 97) é a que apresenta o valor mais baixo, em termos absolutos (75) e percentuais
(5,9%).
129
Para dar resposta aos alunos com deficiência comprovada e dificuldades de aprendizagem, a rede escolar do
concelho de Angra do Heroísmo dispôs no ano letivo 2014/2015 de 17 docentes de ensino especial e de
apoios educativos, a que corresponde um rácio de 44 alunos por docente.
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito dos projetos de construção, ampliação e remodelação
de estabelecimentos educativos, tem procurado intervir de forma a criar condições adequadas, garantindo
o cumprimento dos pressupostos inerentes ao princípio da «escola Inclusiva».
Gráfico 87 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
Gráfico 88 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
0
100
200
300
400
500
600
700
800
2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 390 413 503 573
Integrados em UNECAS* 21 49 93 174
TOTAL 411 462 596 747
Nº de Alunos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular (%) 95 89 84 77
Integrados em UNECAS (%)* 5 11 16 23
%
130
Gráfico 89 ‐ Relação entre o número de alunos do regime educativo especial e o número de alunos matriculados no concelho de Angra do Heroísmo (2011/2012 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 90 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial, na EBI Francisco Ferreira Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
23,9%
19,0%
13,6%
5,9%
14,4% EBI FFD
EBI AH
EBS Tomás de Borba
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Total
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 83 89 127
Integrados em UNECAS* 9 11 25
TOTAL 92 100 152
Nº de Alunos
131
Gráfico 91 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBI Francisco Ferreira Drummond (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
Gráfico 92 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 90,2 89,0 83,6
Integrados em UNECAS* 9,8 11,0 16,4
%
0
50
100
150
200
250
300
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 146 153 183
Integrados em UNECAS* 40 51 80
TOTAL 186 204 263
Nº de Alunos
132
Gráfico 93 ‐ Regime de Frequência dos alunos do Regime Educativo Especial na EBI Angra do Heroísmo (2012/13 ‐ 2014/15)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
Gráfico 94 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 78,5 75,0 69,6
Integrados em UNECAS* 21,5 25,0 30,4
%
0
50
100
150
200
250
300
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 164 190 188
Integrados em UNECAS* 0 31 69
TOTAL 164 221 257
Nº de Alunos
133
Gráfico 95 ‐ Regime de frequência dos alunos do regime educativo especial na EBS Tomás de Borba (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
* Alunos não integrados em turmas do ensino regular
Gráfico 96 ‐ Evolução do número de alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 86,0 73,2
Integrados em UNECAS* 0,0 14,0 26,8
%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 20 71 75
Integrados em UNECAS* 0 0 0
TOTAL 20 71 75
Nº de Alunos
134
Gráfico 97 ‐ Regime de Frequência dos alunos do regime educativo especial na ES Jerónimo Emiliano de Andrade (2012/2013 ‐ 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação. * Alunos não integrados em turmas do ensino regular
5.8 ‐ Reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC)
Os serviços de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) são assegurados nos Açores
pela Rede Valorizar. Inserido no quadro da política de educação e formação de adultos, o RVCC constitui um
serviço através do qual se reconhecem, validam e certificam as competências escolares e profissionais (até
ao nível do ensino secundário) adquiridas ao longo da vida, em contextos formais, não formais e informais,
por parte de candidatos que desejem vê‐las reconhecidas, que cumulativamente sejam maiores de 18 anos
e possuam (no caso de uma certificação de nível secundário) pelo menos 3 anos de experiência profissional.
O processo de RVCC permite ao adulto a possibilidade de certificar os conhecimentos e as competências
resultantes da experiência que adquiriu em diferentes contextos ao longo da sua vida. Parte‐se, assim, das
experiências de vida para iniciar um processo que reconhece os saberes e as competências, atribuindo ao
adulto uma certificação.
De acordo com a informação disponibilizada pela Rede Valorizar, no concelho de Angra do Heroísmo, de 2012
a 9 de abril de 2015 apenas foram validadas e certificadas competências escolares (Quadros 53 e 54). Verifica‐
se que para além do maior número de certificações se ter registado no ano de 2014, foram os
«desempregados à procura de novo emprego» os que mais solicitaram o reconhecimento, a validação e
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2012/2013 2013/2014 2014/2015
Integrados em Turmas do Ensino Regular 100,0 100,0 100,0
Integrados em UNECAS* 0,0 0,0 0,0
%
135
certificação das competências escolares. Constata‐se ainda que a maior parte das certificações de
competências são relativas ao 2º Ciclo do Ensino Básico.
Quadro 53 ‐ Evolução do número de processos de RVCC no concelho de Angra do Heroísmo (2012‐2015)
Desempregados à
procura do 1º emprego
Desempregados à procura
de novo emprego
Empregados por conta de
outrem
Empregados por conta
própria Inativos‐Outros
1ºCEB 2ªCEB 3ºCEB Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Sec. 1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Sec.
2012 25 1 18 2 4 18 13 1 3 4 2
2013 76 48 12 9 2 11 12 1
2014 2 17 204 86 6 1 1 5 6 7 1
2015 1 3 4 2 1 13 6 1
Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015)
Quadro 54 ‐ Processos de certificação de competências escolares por nível de escolaridade
Ciclo/Nível de Ensino
1ºCEB 2ºCEB 3ºCEB Secundário
2012 25 6 40 20
2013 76 50 24 21
2014 25 208 91 12
2015 1 3 19 8
Fonte: Rede Valorizar ‐ Divisão de Validação e Certificação de Ativos (abril 2015)
5.9 ‐ Ação Social Escolar
De acordo com a Lei de Bases do Sistema Educativo, os apoios e complementos educativos têm como objetivo
“(…) contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”. Constituem modalidades de
apoio no âmbito da ação social escolar, designadamente: (1) o apoio alimentar; (2) os transportes escolares;
(3) o alojamento; (4) os auxílios económicos; e (5) a prevenção de acidentes e seguro escolar.
A ação social escolar, enquanto modalidade dos apoios e complementos educativos, destina‐se a crianças e
jovens oriundos de famílias em situação socioeconómica desfavorecida. Os montantes a atribuir nas diversas
modalidades de apoio são fixados pelo Governo Regional, sendo o escalão de apoio em que o agregado
familiar se integra determinado tendo em conta o rendimento familiar, a composição da família, a existência
na família de encargos especiais devidos a doença, deficiência ou outro qualquer motivo atendível.
No ano letivo 2014/2015 (Gráfico 98) o número total de alunos abrangidos pela ação social escolar
representa 58,4% dos alunos matriculados na rede pública do concelho de Angra do Heroísmo. Mais de 50%
da população escolar da EBI Francisco Ferreira Drummond (71,7%), EBS Tomás de Borba (65,3%) e EBI de
Angra do Heroísmo (59,3%), beneficiaram de apoios no âmbito dos escalões da ação social escolar.
136
Perante a crise social e as dificuldades que as famílias enfrentam é crucial que o sistema de ação social
escolar, enquanto mecanismo promotor do reequilíbrio dos rendimentos e dos encargos com a educação
suportados pelas famílias, promova a equidade do sistema educativo, reforce e alargue a política de apoio às
famílias no âmbito socioeducativo, por forma a assegurar que nenhuma criança ou jovem, potencialmente
mais fragilizado do ponto de vista económico, fique fora do sistema escolar ou impedido de prosseguir
estudos.
A garantia da igualdade de oportunidades no acesso à educação constitui um mecanismo fundamental para
gerar justiça social e desenvolvimento. Tratando‐se de uma questão de defesa do Estado Social, é o campo
privilegiado das parcerias, das alianças e das responsabilidades partilhadas. Por conseguinte, a Câmara
Municipal de Angra do Heroísmo, como instituição próxima dos munícipes e da sua realidade, enfrenta novos
desafios no que toca ao contorno da crise económica com os escassos recursos que possui. Porque, tal como
referiu Sir Arthur Lewis, economista britânico, galardoado com o Prémio de Ciências Económicas em
Memória de Alfred Nobel em 1979, “A Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno
garantido”.
Gráfico 98 ‐ Evolução do número de alunos subsidiados (%), por unidade orgânica, no concelho de Angra do Heroísmo (2008/2009 – 2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
5.10 ‐ Transportes Escolares
A rede de transportes escolares é constituída por carreiras públicas, por circuitos com veículos privativos das
Juntas de Freguesia e IPSS e por circuitos de aluguer. No decurso do ano letivo 2014/2015 os trajetos do
serviço público de transportes foram assegurados pela Empresa de Viação Terceirense, em horário e número
de veículos em circulação diferenciado, durante o período escolar.
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
EBI de Angra do Heroísmo 37,7% 49,9% 51,9% 52,0% 50,0% 54,8% 59,3%
EBI F.F.Drummond 59,2% 56,4% 62,3% 71,7%
EBS Tomás de Borba 51,9% 52,6% 53,3% 59,5% 58,2% 60,1% 65,3%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 40,4% 39,8% 36,2% 30,4% 29,5% 35,6% 39,6%
Total 43,3% 47,9% 48,6% 51,0% 49,0% 53,4% 58,4%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
%
137
O acesso a esta modalidade de transporte efetua‐se através da atribuição de passe, comparticipado a 100%
aos alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a mais de 3 km do estabelecimento de ensino que
devam frequentar, sendo reduzido para 2 km para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos do
1º Ciclo do Ensino Básico. No caso de encerramento de estabelecimentos de educação e ensino ou em
situações excecionais de perigosidade, penosidade ou inclinação da via a percorrer que a isso obriguem, o
limite é reduzido para 1 km.
De acordo com o Decreto Legislativo Regional n.º 23/2006/A, de 12 de junho, o transporte escolar deve ser
feito utilizando a rede de transporte público coletivo de passageiros que sirva a localidade onde se situa a
escola (Quadros 55 e 56), podendo nas situações em que não exista uma rede de transporte público que
sirva a escola, ou em que esta não tenha características adequadas ao transporte dos alunos, funcionar em
regime de serviço regular especializado. No decurso do ano letivo 2014/2015, o transporte coletivo de
crianças da Educação Pré‐Escolar e os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico dos estabelecimentos de educação
e ensino do concelho de Angra do Heroísmo efetuou‐se através de circuitos em regime de serviço regular
especializado.
Quadro 55 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no 2º e 3º Ciclos
EBI Francisco
Ferreira Drummond EBI Angra do Heroísmo
EBS Tomás de Borba ES Jerónimo
Emiliano de Andrade
Nº
Alunos Tempo
Deslocação* Nº
AlunosTempo
Deslocação*Nº
AlunosTempo
Deslocação* Nº
AlunosTempo
Deslocação*
Altares 1 65 1 70
Cinco Ribeiras 11 25 19 15 15 20
Doze Ribeiras 2 40 17 30 2 35
Feteira 63 5 2 15
Nossa Senhora da Conceição 5 15
Porto Judeu 110 12 2 25 1 35 4 25
Posto Santo 14 25 22 20 25 25
Raminho 1 65 1 60
Ribeirinha 84 10 3 20 39 10
Santa Bárbara 24 30 31 20 21 25
Santa Luzia 1 30 2 20
São Bartolomeu de Regatos 3 25 105 15 33 20
São Bento 4 15 4 25
São Mateus da Calheta 28 25 133 10 35 20
São Pedro 3 10 3 5 2 5
Sé 1 10
Serreta 4 35 2 40
Terra Chã 8 25 106 15 21 20
Vila de São Sebastião 13 5 1 35 4 35
Outras 5 1 7 5
TOTAL 191 183 464 216
Fonte: Empresa de Viação Terceirense. * Tempo de deslocação contabilizado em minutos.
138
Quadro 56 – Número de alunos transportados e tempo de deslocação (transporte público) no Ensino Secundário e outras modalidades
EBS Tomás de
Borba
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
Nº
AlunosTempo
DeslocaçãoNº
AlunosTempo
Deslocação
Altares 5 65 16 70
Cinco Ribeiras 1 15 5 20
Doze Ribeiras 1 30 6 35
Feteira 1 25 14 15
Nossa Senhora da Conceição 6 15
Porto Judeu 4 35 36 25
Posto Santo 6 20 4 25
Raminho 1 55 7 60
Ribeirinha 1 20 32 10
Santa Bárbara 3 20 11 25
Santa Luzia 2 20
São Bartolomeu de Regatos 6 15 27 20
São Bento 5 10 5 25
São Mateus da Calheta 5 5 28 10
São Pedro 1 5 3 5
Sé 1 10
Serreta 2 35 3 40
Terra Chã 5 15 15 20
Vila de São Sebastião 20 35
Outras 3 15
TOTAL 59 247
Fonte: Empresa de Viação Terceirense
5.11 ‐ Recursos Humanos
A criação de mecanismos, que possibilitem uma maior estabilidade do corpo docente nos estabelecimentos
de educação e de ensino em prol da melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e das crianças que
constituem o cerne do Sistema Educativo Regional deve ser um dos objetivos prioritários da política
educativa. O recrutamento de docentes, deve procurar conciliar, de forma equilibrada e razoável, a
prossecução do interesse público com a satisfação de expectativas profissionais dos docentes, quer através
da colocação eficiente e racional dos recursos humanos necessários, quer da possibilidade de continuidade
pedagógica, com claras vantagens para o sistema, no que toca ao reforço da qualidade dos serviços de
educação prestados.
A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo docente estável (Quadros 57 a 60).
No atual contexto de redução do número de alunos, aumento da idade de reforma dos docentes e de
distribuição desigual de alunos e docentes pelas unidades orgânicas, o Município, enquanto parceiro e
139
corresponsável pela política educativa local, considera‐se participante disponível no processo de
reajustamento da rede escolar do concelho (Gráficos 99 a 101).
Quadro 57 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções, na Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Ed. Pré‐Escolar TOTAL
1º Ciclo TOTAL
Quadro Contratados Quadro Contratados
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 0 0 0 0 0
EBI de Angra do Heroísmo 17 0 17 47 0 47
EBI Francisco Ferreira Drummond 9 0 9 16 1 17
EBS de Tomás de Borba 21 0 21 42 2 44
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 58 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
2º Ciclo TOTAL
3º Ciclo / Secundário TOTAL
Quadro Contratados Quadro Contratados
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 1 1 110 39 149
EBI de Angra do Heroísmo 57 6 63 6 17 23
EBI Francisco Ferreira Drummond 13 3 16 18 6 24
EBS de Tomás de Borba 23 16 39 60 17 77
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 59 ‐ Pessoal docente, em exercício efetivo de funções, na Educação Especial, no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Ed. Especial (120) TOTAL
Ed. Especial (700) TOTAL
Quadro Contratados Quadro Contratados
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 0 0 0 2 2
EBI de Angra do Heroísmo 9 0 9 0 0 0
EBI Francisco Ferreira Drummond 3 3 6 1 0 1
EBS de Tomás de Borba 11 4 15 2 0 2
Fonte: Direção Regional de Educação
Quadro 60 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no Ensino Artístico no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Ensino Artístico TOTAL
Quadro Contratados
ES Jerónimo Emiliano de Andrade ‐ ‐ ‐
EBI de Angra do Heroísmo ‐ ‐ ‐
EBI Francisco Ferreira Drummond ‐ ‐ ‐
EBS de Tomás de Borba 23 4 27
Fonte: Direção Regional de Educação
140
Gráfico 99 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade orgânica (2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Gráfico 100 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por nível de ensino (2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
ES Jerónimo Emiliano de Andrade; 152
EBI de Angra do Heroísmo; 159
EBI Francisco Ferreira
Drummond; 73
EBS de Tomás de Borba; 225
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Ed. Pré‐Escolar
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo /Secundári
o
Ed.Especial
EnsidoArtítico
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 0 0 1 149 2 0
EBI de Angra do Heroísmo 17 47 63 23 9 0
EBI Francisco Ferreira Drummond 9 17 16 24 7 0
EBS de Tomás de Borba 21 44 39 77 17 27
141
Gráfico 101 ‐ Pessoal docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo por unidade orgânica (2014/2015)
Fonte: Direção Regional de Educação
Além de docentes, a escola integra um conjunto diversificado e relevante de outros profissionais cuja ação é
essencial no processo de construção de uma escola de qualidade. O sistema educativo não pode deixar de
ter em conta as especiais características do papel dos recursos humanos, que, embora não diretamente
implicados no processo de ensino em si, constituem um fator indispensável ao sucesso deste, na vertente da
organização e funcionamento dos estabelecimentos de educação ou de ensino e do apoio à função educativa.
A rede pública do concelho de Angra do Heroísmo dispõe de um corpo não docente constituído por 290
profissionais não docentes, desde assistentes operacionais (195), assistentes técnicos (45) e outras categorias
não especificadas (50), distribuídos pelas quatro unidades orgânicas (Quadro 62). A categoria profissional
mais representada é a dos assistentes operacionais.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
ES JerónimoEmiliano de Andrade
EBI de Angra doHeroísmo
EBI FranciscoFerreira Drummond
EBS de Tomás deBorba
Ed. Pré‐Escolar 0 17 9 21
1º Ciclo 0 47 17 44
2º Ciclo 1 63 16 39
3º Ciclo / Secundário 149 23 24 77
Ed. Especial 2 9 7 17
Ensido Artítico 0 0 0 27
142
Quadro 61 ‐ Pessoal não docente em exercício efetivo de funções no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
EBI de Angra do Heroísmo
EBI Francisco Ferreira
Drummond
EBS Tomás de Borba
ES Jerónimo Emiliano Andrade
TOTAL
TÉCNICO SUPERIOR
PSICÓLOGO 2 1 2 2 7
OUTRAS LICENCIATURAS
1 1 3 5
TÉCNICO DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA
TERAPEUTA DA FALA
1 1
TERAPEUTA OCUPACIONAL
0
INTÉRPRETE DE LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA 0
TÉCNICO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E REABILITAÇÃO
1 1
TÉCNICO DE REABILITAÇÃO E PSICOMOTROCIDADE
1 1
TÉCNICO DE SERVIÇO SOCIAL 2 2
TÉCNICO DE INFORMÁTICA 1 1 2
MONITOR DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 0
COORDENADOR TÉCNICO 0
ASSISTENTE TÉCNICO 16 5 14 10 45
CHEFE DE SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
1 1
ASSISTENTE OPERACIONAL 67 17 71 40 195
TOTAL 90 23 91 86 290
Fonte: Direção Regional de Educação
143
6 – Ensino Superior
Na atualidade, o papel do ensino superior é encarado não só na visão tradicional da criação, gestão e
transmissão do saber, mas também como um elemento decisivo de inclusão social, habilitando os cidadãos
com melhores oportunidades e possibilitando uma integração com êxito na sociedade do conhecimento. Em
consequência destas expectativas acrescidas por parte da sociedade, a esfera de responsabilidades das
instituições de ensino superior passa a abarcar novos elementos, como sejam a relevância da educação e
formação, a empregabilidade, a investigação orientada, a consultoria e o apoio científico e técnico
especializado.
O ensino superior deve sustentar uma cultura que requeira pensamento disciplinado, encoraje a curiosidade,
desafie as ideias existentes e produza novas ideias, contribuindo para a preparação de cidadãos que se
querem sabedores, críticos e livres. A assunção plena destes objetivos, por parte do poder político e da
sociedade, proporcionará às instituições de ensino superior um campo privilegiado para participarem em
políticas de mudança, promovendo a sua reestruturação e desenvolvimento de forma a melhor delinearem
programas estratégicos orientados para a sua prossecução, assumindo as responsabilidades de centros de
ciência, cultura e de vanguarda do pensamento.
A Universidade dos Açores, em particular o seu campus de Angra do Heroísmo, tem assumido um papel
preponderante em áreas fundamentais ao desenvolvimento, designadamente, nos domínios da inovação, do
empreendedorismo, da criação e difusão de conhecimento e transferência de tecnologia. Porém, atuando
num ambiente cada vez mais globalizado, marcado por uma concorrência crescente na captação de alunos,
é fundamental que Universidade dos Açores garanta recursos suficientes e sustentáveis por forma a reter os
melhores talentos e a reforçar a excelência da sua atividades de investigação e de ensino.
O que se mede, hoje em dia, à entrada do mercado de trabalho, são mais aptidões e menos informações, é
o domínio dos instrumentos intelectuais, é a capacidade de integrar interdisciplinarmente esses
instrumentos, é o domínio da nova linguagem da era da informação e da computação, é, principalmente, a
capacidade e a disponibilidade para continuar a aprender. O ensino superior tem a obrigação de formar
pessoas, prepará‐las para a vida ativa em sociedade, para o exercício da sua cidadania, treiná‐las como
futuros agentes privilegiados de progresso social. Este é um dos maiores desafios que se coloca à
Universidade dos Açores, mormente ao campus de Angra do Heroísmo.
A Universidade dos Açores tem a sua sede em Ponta Delgada e compreende os polos de Ponta Delgada, Angra
do Heroísmo e Horta. O campus de Angra do Heroísmo integra o Departamento de Ciências Agrárias e a
Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo. O Departamento de Ciências Agrárias está
vocacionado para a formação, investigação, divulgação cultural e prestação de serviços nos domínios da
Agricultura, da Saúde e Produção Animal, da Engenharia do Ambiente, da Biotecnologia e da Tecnologia
144
Alimentar e a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo tem por missão formar enfermeiros e
outros técnicos de saúde especializados nas áreas da prestação de cuidados, gestão, investigação, ensino e
formação.
No campus de Angra do Heroísmo é ainda ministrado o curso técnico superior profissional de Agropecuária
que tem por objetivo formar técnicos superiores profissionais. Os cursos técnicos superiores profissionais
(CTeSP) têm uma duração de dois anos (quatro semestres), correspondendo o último semestre a um estágio
realizado em contexto de trabalho numa das empresas ou entidades com as quais a Universidade dos Açores
já estabeleceu o necessário protocolo. Os CTeSP conferem diploma de técnico superior profissional.
Ao observar os elementos disponibilizados (Quadros 62 e 63) verifica‐se que a taxa de preenchimento de
vagas de acesso é significativamente baixa (74,8%) atingindo o valor de 57,5% no campus de Angra do
Heroísmo. Constata‐se a existência de vários cursos com uma taxa de procura inferior a 50% e uma reduzida
taxa de matrículas na maioria dos mestrados, com especial incidência no campus de Angra do Heroísmo, que
não registou nenhum doutoramento no ano letivo 2014/2015.
Da análise dos dados (Quadros 64 e 65) constata‐se que o número de alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez
na Universidade dos Açores, com residência permanente na Região Autónoma dos Açores, se fixou em 51,7%
no ano letivo 2013/2014. Por outro lado, verifica‐se que os alunos com residência permanente no concelho
de Angra do Heroísmo, 53% (34% em 2011/2012) optaram por estabelecimentos de ensino superior fora da
Região Autónoma dos Açores, 14% (25% em 2011/2012) pelo campus de São Miguel e apenas 33% (41% em
2011/2012) pelo campus de Angra do Heroísmo. Este valor tem vindo a decrescer (Gráfico 102). Compete à
Universidade dos Açores contextualizar e refletir sobre os dados patenteados, nomeadamente no quer
concerne às opções manifestada pelos alunos residentes na Região Autónoma dos Açores. No ano letivo
2014/2015 frequentaram o campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores 436 alunos (Quadro
66).
145
Quadro 62 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015)
Fonte: Universidade dos Açores
CursosVagas
Vagas
Preenchidas
Matriculados
(Total) São Miguel Terceira Horta
CET
Agropecuária 25 25 24 24
Desenvolvimento de Produtos Multimédia 20 20 20 20
Total 45 45 44 20 24
Licenciaturas
Arquitetura (Preparatórios) 25 12 15 15
Biologia 37 22 25 25
Ciclo Básico de Medicina 39 39 44 44
Curso de Engenharia‐ Eng. Civil, Eng.
Mecânica, Eng. Electronica e Computadores 43 14 30 30
Ciências Agrárias 46 32 29 29
Ciências da Nutrição (Preparatórios) 16 2 3 3
Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 16 10 9 9
Comunicação Social e Cultura 33 33 34 34
Economia 30 22 28 28
Educação Básica 27 27 29 29
Energias Renováveis 32 22 20 20
Enfermagem 63 44 41 41
Enfermagem 55 47 48 48
Estudos Europeus e Politica Internacional 29 21 17 17
Estudos Portugueses e Ingleses 26 9 9 9
Gestão 85 90 95 95
Guias da Natureza 33 21 21 21
História 26 22 24 24
Informática‐ Redes e Multimédia 56 41 47 47
Medicina Veterinária (Preparatórios) 17 18 15 15
Proteção Civil e Gestão de Riscos 35 37 42 42
Psicologia 48 45 44 44
Relações Públicas e Comunicação 36 37 35 35
Serviço Social 40 41 47 47
Sociologia 34 35 33 33
Turismo 45 47 50 50
Total 972 790 834 696 138 0
1º Ano Polos
146
Quadro 63 ‐ Número de vagas e matriculas na Universidade dos Açores (2014‐2015) (continuação)
Fonte: Universidade dos Açores
CursosVagas
Vagas
Preenchidas
Matriculados
(Total) São Miguel Terceira Horta
Mestrados
Ambiente, Saúde e Segurança 30 29 14 14
Ciências da Comunicação 20 5 4 4
Ciências Económicas e Empresariais 60 62 50 50
Ciências Sociais 18 11 9 9
Educação Pré‐Escolar e Ensino do 1º CEB 35 40 35 35
Engenharia Agronómica 20 8 6 6
Engenharia e Gestão de sistemas de Água 20 7 3 3
Engenharia Zootécnica 20 9 6 6
Filosofia Contemporânea:Valores e
Sociedade 15 8 6 6
Geologia do Ambiente e Sociedade 20 4 3 3
Gestão do Turismo Internacional 20 16 14 14
Gestão e Conservação da Natureza 30 30 23 23
Ordenamento do espaço Marítimo
(Erasmus Mundus) 17 17
Relações Internacionais 15 10 8 8
Tecnonologia e Segurança Alimentar 20 7 6 6
Tradução e Assessoria Linguística 20 6 5 5
Total 363 252 209 165 44 0
Doutoramentos
Ciências Económicas e Empresariais 5 1 1
Geologia S/Limite 1 1
História Insular e Atlântica (sécs. XV‐XX) 10 6 4 4
Total 15 6 6 6
TOTAL 1395 1093 1093 887 206 0
1º Ano Polos
147
Quadro 64 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com
residência permanente na Região Autónoma dos Açores*
RAA
Total Alunos
Alunos Inscritos
Universidade Açores (a)
Campus de Angra do Heroísmo Outros Estabelecimentos
Ensino U. Açores
Escola Enfermagem
Total
2011/2012 2142 1042 236 116 352 1100
2012/2013 1944 1024 225 50 275 920
2013/2014 1985 1027 220 28 248 958
Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. Inclui alunos inscritos no Campus de Angra do Heroísmo
Quadro 65 ‐ Alunos inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com
residência permanente no concelho de Angra do Heroísmo* Concelho de Angra do Heroísmo
Total Alunos
Alunos Inscritos
Campus de Angra do Heroísmo
Outros Estabelecimentos Ensino
Universidade Açores
Escola Enfermagem Total Universidade Açores (a)
Outros
2011/2012 432 143 36 179 106 147
2012/2013 391 131 23 154 81 156
2013/2014 419 123 16 139 60 220
Fonte: DGEES‐MEC. * Inclui CET’s. a) Inclui alunos inscritos no Campus de Ponta Delgada
Gráfico 102 ‐ Evolução de inscritos no 1º ano pela 1ª vez em estabelecimentos de ensino superior com
residência permanente Angra do Heroísmo (%)
Fonte: DGEES‐MEC
2011/2012 2012/2013 2013/2014
Campus Ponta Delgada 25 21 14
Campus Angra do Heroísmo 41 39 33
Outros Estabelecimentos Ensino 34 40 53
0
10
20
30
40
50
60
%
148
Quadro 66 ‐ População Escolar do Polo de Angra do Heroísmo (2014‐2015)
Fonte: Universidade dos Açores
Cursos 1º Ano 2º Ano 3ºAno 4ºAno
CET
Agropecuária 24
Total 24
Licenciaturas
Ciências Agrárias 29 22 18
Ciências da Nutrição (Preparatórios) 3 9
Ciências Farmacêuticas (Preparatórios) 9 7
Energias Renováveis 20 23 25
Enfermagem 41 28 29 52
Engenharia e Gestão do Ambiente 5 7
Guias da Natureza 21 15 13
Medicina Veterinária (Preparatórios) 15 14
Total 138 123 92 52
Mestrados
Engenharia Agronómica 6 1
Engenharia e Gestão de Sistemas de Água 3 10
Engenharia Zootécnica 6 6
Gestão e Conservação da Natureza 23 6
Tecnonologia e Segurança Alimentar 6 8
Total 44 31
Doutoramentos
Gestão Interdisciplinar da Paisagem 7
Total 7
TOTAL 162 123 99 52
149
7 ‐ Infraestruturas escolares públicas
7.1 ‐ Caraterização dos Estabelecimentos de Ensino
Ao longo dos últimos anos o parque escolar do concelho tem sido objeto de intervenções de manutenção e
requalificação relativamente profundas, numa perspetiva de criar condições para a prática de um ensino
moderno, adaptado aos conteúdos programáticos, às didáticas e às novas tecnologias de informação e
comunicação. Da análise da informação concedida pelas unidades orgânicas (Quadros 67 a 71) constata‐se
que embora exista uma diferenciação positiva relativamente aos estabelecimentos de ensino construídos
recentemente, os demais apresentam uma eficácia física e funcional adequada.
Relativamente aos estabelecimentos de ensino, sejam da responsabilidade do Governo Regional dos Açores
ou sejam de responsabilidade municipal, importa ter presente que a modernização do parque escolar não
passa apenas pela construção de novos edifícios escolares, sendo necessário manter um modelo de
requalificação constante e consistente, ao nível da conservação e manutenção dos edifícios existentes e na
sua constante adaptação funcional em função das alterações entretanto ocorridas em termos dos curricula
e das práticas educativas e formativas. A reutilização das infraestruturas e dos equipamentos escolares
existentes, em detrimento de novas construções, permite melhorar a resposta da rede pública de forma
eficaz e equitativa.
Quadro 67 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drummond Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Serviço Almoço (b)
Estado Conservação Geral (a)
Nº de Salas (c)
Segurança (a) Educação Pré‐Escolar
1º Ciclo
EB1/2/3/JI de S. Sebastião B 4 5 B S
EB1/JI de Porto Judeu B 2 7 B S
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Refeitório Sala
PolivalenteCR /
Biblioteca Ginásio
Campo Jogos
Balneários Recreio
EB1/2/3/JI de S. Sebastião S S S S S S S
EB1/JI de Porto Judeu S N S S S N S
Estabelecimento de Ensino
Prolongamento Horário (b)
ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar
1º Ciclo Educação Física
Inglês Expressões Outra(s)
EB1/2/3/JI de S. Sebastião N N N N N N N
EB1/JI de Porto Judeu N N N N N N N
150
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1/2/3/JI de S. Sebastião S S S ‐ S
EB1/JI de Porto Judeu S S S ‐ S
Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c) Número total de salas
2º/3º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de InformáticaNA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ AT/AT1/Oficinas Outros
EB1/2/3/JI de S. Sebastião 24 2 3 ‐ 1
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Sala Convívio Sala Polivalente CR/Biblioteca Refeitório Recreio
EB1/2/3/JI de S. Sebastião S S S S S
Estabelecimento de Ensino
Instalações Gimnodesportivas (b)
Sala Desporto Pavilhão Campo Jogos Outros Balneários
EB1/2/3/JI de S. Sebastião S S S ‐ S
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Segurança Estado Conservação Geral (c)
EB1/2/3/JI de S. Sebastião B B
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1/2/3/JI de S. Sebastião S S S ‐ S
Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I ‐ Inexistente
151
Quadro 68 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada de Angra do Heroísmo
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Serviço Almoço (b)
Estado Conservação Geral (a)
Nº de Salas (c) Segurança
(a) Educação Pré‐Escolar
1º Ciclo
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha B 3 10 B S
EB1/JI S. João de Deus R 2 6 B S
EB1/JI da Ribeirinha B 3 5 B S
EB1/JI Infante D. Henrique D 2 18 R S
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Refeitório Sala
PolivalenteCR /
Biblioteca Ginásio
Campo Jogos
Balneários Recreio
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha
S S S S S S S
EB1/JI S. João de Deus S S S S S S S
EB1/JI da Ribeirinha S S S S S S S
EB1/JI Infante D. Henrique S S S S S S S
Estabelecimento de Ensino
Prolongamento Horário (b)
ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar
1º Ciclo Educação Física
Inglês Expressões Outra(s)
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha
‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
EB1/JI S. João de Deus ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
EB1/JI da Ribeirinha ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
EB1/JI Infante D. Henrique S S ‐ ‐ S S S
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1,2,3/JI de Angra do Heroísmo ‐ Carreirinha
S S S S
EB1/JI S. João de Deus S S S S
EB1/JI da Ribeirinha S S S S
EB1/JI Infante D. Henrique S S S S
Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c) Número total de salas
2º/3º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ AT/AT1/Oficinas Outros
EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo 59 2 6 4
152
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Sala Convívio Sala Polivalente CR/Biblioteca Refeitório Recreio
EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo S S S S S
Estabelecimento de Ensino
Instalações Gimnodesportivas (b)
Sala Desporto Pavilhão Campo Jogos Outros Balneários
EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo S S S S
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Segurança Estado Conservação Geral (c)
EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo S B
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1/2/3/JI de Angra do Heroísmo S S S S
Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente
Quadro 69 ‐ Infraestruturas da Escola Básica e Secundária Tomás de Borba
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Serviço Almoço (b) Estado Conservação Geral (a)
Nº de Salas (c) Segurança
(a) Educação Pré‐Escolar
1º Ciclo
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba B 2 7 B S
EB1/JI do Pico da Urze R 1 3 B S
EB1/JI das Cinco Ribeiras D 1 2 R S
EB1/JI das Doze Ribeiras R 1 2 R S
EB1/JI do Posto Santo R 1 2 R S
EB1/JI de Santa Bárbara D 1 2 R S
EB1/JI de S. Bartolomeu R 2 3 R S
EB1/JI de S. Mateus da Calheta B 2 6 B S
EB1/JI do Cantinho R 1 2 R S
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha D 2 5 R S
153
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Refeitório Sala
PolivalenteCR /
Biblioteca Ginásio
Campo Jogos
Balneários Recreio
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba S S S S S S S
EB1/JI do Pico da Urze S S N S S N S
EB1/JI das Cinco Ribeiras N S N N S N S
EB1/JI das Doze Ribeiras N S N S S N S
EB1/JI do Posto Santo S S N S S N S
EB1/JI de Santa Bárbara N S N N S N S
EB1/JI de S. Bartolomeu N S N N S N S
EB1/JI de S. Mateus da Calheta S S S S S N S
EB1/JI do Cantinho N S N N S N S
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha S S S S S N S
Estabelecimento de Ensino
Prolongamento Horário (b)
ATL ( b) Educação Pré‐ Escolar
1º Ciclo Educação Física
Inglês Expressões Outra(s)
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba N N N N N N N
EB1/JI do Pico da Urze N N N N N N N
EB1/JI das Cinco Ribeiras N N N N N N N
EB1/JI das Doze Ribeiras N N N N N N N
EB1/JI do Posto Santo N N N N N N N
EB1/JI de Santa Bárbara N N N N N N N
EB1/JI de S. Bartolomeu N N N N N N N
EB1/JI de S. Mateus da Calheta N N N N N N N
EB1/JI do Cantinho N N N N N N N
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha N N N N N N N
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba S S S N S
EB1/JI do Pico da Urze S S S N S
EB1/JI das Cinco Ribeiras S S S N S
EB1/JI das Doze Ribeiras S S S N S
EB1/JI do Posto Santo S S S N S
EB1/JI de Santa Bárbara S S S N S
EB1/JI de S. Bartolomeu S S S N S
EB1/JI de S. Mateus da Calheta S S S N S
EB1/JI do Cantinho S S S N S
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha S S S N S
Nota: (a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c ) Número total de salas
154
2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário
Estabelecimento de Ensino
Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ AT/AT1/Oficinas Outros
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 40 / 33 / 0 / 0 / 3 2 / 2 0 / 0 / 2 0 3
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Sala Convívio Sala Polivalente CR/Biblioteca Refeitório Recreio
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba S S S S S
Estabelecimento de Ensino
Instalações Gimnodesportivas (b)
Sala Desporto Pavilhão Campo Jogos Outros Balneários
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba S S S S S
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Segurança Estado Conservação Geral (c)
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba B B
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba S S S N S
Nota: (a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente
Quadro 70 ‐ Infraestruturas da Escola Básica Integrada dos Biscoitos – EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho
Educação Pré‐Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Serviço Almoço (b) Estado Conservação Geral (a)
Nº de Salas (c) Segurança
(a) Educação Pré‐Escolar
1º Ciclo
EB1/JI dos Altares B 1 3 R S
EB1/JI do Raminho B 1 2 R S
155
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Refeitório Sala
PolivalenteCR /
Biblioteca Ginásio
Campo Jogos
Balneários Recreio
EB1/JI dos Altares S S S S S S S
EB1/JI do Raminho S S S S S N S
Estabelecimento de Ensino
Prolongamento Horário (b)
ATL ( b)Educação Pré‐ Escolar
1º Ciclo Educação Física
Inglês Expressões Outra(s)
EB1/JI dos Altares S S Ver observação*
EB1/JI do Raminho N N N N N N N
*A EB1/JI dos Altares, para além da carga letiva de oferta obrigatória (que inclui Educação Física, Inglês, Expressões, EMR...), oferece atividades de enriquecimento curricular até às 16h50, com diversas temáticas, para alunos da Educação Pré‐Escolar e do 1º Ciclo. Esta oferta foi cancelada na EB1/JI do Raminho dado o diminuto número de interessados e mantém‐se na EB1/JI dos Altares com Clube de Artes Plásticas, Desporto, Futsal, Jogos Ambientais, Kickboxing, Línguas Estrangeiras, Música e Teatro, Oficina de Jogos, Oficina de Leitura e Tecnologias de Informação e Comunicação.
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
EB1/JI dos Altares S S S S
EB1/JI do Raminho S S S S
Nota:
(a)Estado de Conservação: B – Bom / R – Razoável / D – Deficiente / I – Inexistente (b) Existência: S – Sim / N – Não / SI – Sem Informação (c ) Número total de salas
Quadro 71 – Infraestruturas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade
2º/3º Ciclo do Ensino Básico / Secundário
Estabelecimento de Ensino
Nº Total de Salas de Aula (a) Nº Sala de Informática NA/NM/SCN/SFQ/EV LabCN / LabFQ AT/AT1/Oficinas Outros
ES Jerónimo Emiliano de Andrade 49 4 2
Estabelecimento de Ensino
Espaços de Apoio (b)
Sala Convívio Sala Polivalente CR/Biblioteca Refeitório Recreio
ES Jerónimo Emiliano de Andrade S N S S S
Estabelecimento de Ensino
Instalações Gimnodesportivas (b)
Sala Desporto Pavilhão Campo Jogos Outros Balneários
ES Jerónimo Emiliano de Andrade S S S S
156
Estabelecimento de Ensino
Edifício(s)
Segurança Estado Conservação Geral (c)
ES Jerónimo Emiliano de Andrade S B
Estabelecimento de Ensino
Informática (b) Quadros Interativos nas salas (b)
Rede Informática
PC(s) nas salas
Existência < 50% ≥ 50%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade S S S S
Nota:
(a) AN ‐ Sala de Aula Normal; ANM ‐ Sala de Música; SCN ‐ sala de Ciências/Biologia; SFQ ‐ sala de FQ; EV ‐ sala de Educação Visual; LabCN ‐ Laboratório Ciências da Natureza/Biologia; Laboratório FQ ‐ Sala de Físico‐Química; AT ‐ Sala de Trabalhos Manuais; AT1 ‐ Sala de Trabalhos Oficinais (b): S ‐ Sim / N ‐ Não / SI ‐ Sem Informação (c): B ‐ Bom / R ‐ Razoável / D ‐ Deficiente / I – Inexistente
7.2 ‐ Capacidade Instalada dos Estabelecimentos de Ensino
Tanto a taxa de ocupação como o número de salas de aula, esta última diretamente relacionada com a
capacidade instalada, são fatores determinantes, a par da população em idade escolar e das infraestruturas
e espaços de apoio, para o reordenamento e definição de um parque escolar que se pretende bem equipado
e de qualidade.
De acordo com a informação disponibilizada (Quadros 72 e 73) verifica‐se que a capacidade instalada (oferta)
na rede pública, ao nível concelhio, dos diferentes níveis e modalidades de ensino é significativamente
superior à procura.
A construção, a ampliação e a requalificação de infraestruturas escolares no concelho, associada à diminuição
da taxa de natalidade, desencadeou um processo de sublotação em estabelecimentos de educação e ensino
que urge resolver. Tendo por base esta situação é imprescindível proceder à reorganização da rede escolar
existente. A carta escolar da Região Autónoma dos Açores em vigor data de 2006 (Resolução do Conselho do
Governo n.º 70/2006, de 29 de junho).
Relativamente ao ano letivo de 2014/2015 (Quadros 74 e 75) assinala‐se que o número de alunos por
docente varia de 9,4 na Educação Pré‐Escolar e 12,9 alunos no 1.º Ciclo de Ensino Básico, sendo de 9,1 alunos
por docente, se considerar todos os níveis e modalidades de ensino.
Por outro lado, o número médio de alunos por turma é 16,5 na Educação Pré‐Escolar e 16,9 alunos no 1.º
Ciclo de Ensino Básico. Por outro lado, o maior número de turmas verifica‐se no 1º CEB (28,8% do número
total), sendo 40,4% referente ao 1º e 2º ciclos do Ensino Básico (Quadro 76). De salientar a percentagem
significativa de turmas de percursos formativos não regulares.
157
Quadro 72 ‐ Taxa de ocupação ‐ Educação Pré‐Escolar no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Fonte: DRE. * Só foram considerados os estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo
Quadro 73 ‐ Taxa de Ocupação ‐ 1º Ciclo no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo
461 28 32 640 72%
114 6 10 200 57%
44 2 3 60 73%
18 1 2 40 45%
35 2 3 60 58%
17 1 2 40 43%
111 6 6 120 93%
71 4 4 80 89%
40 2 2 40 100%
208 14 14 280 74%
27 2 2 40 68%
10 1 1 20 50%
16 1 1 20 80%
15 1 1 20 75%
14 1 1 20 70%
19 1 1 20 95%
29 2 2 40 73%
37 2 2 40 93%
16 1 1 20 80%
25 2 2 40 63%
28 2 2 40 70%
17 1 1 20 85%
11 1 1 20 55%
EPE
EBI de Angra do Heroísmo
Nº AlunosTaxa de
Ocupação
Nª
Salas
Capacidade
Máxima Nº Turmas
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo
EB1/JI do Raminho
EB1/JI dos Altares
EB1/JI das Doze Ribeiras
EB1/JI do Posto Santo
EB1/JI de Santa Bárbara
EB1/JI de S.Bartolomeu
EB1/JI do Cantinho
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos*
EB1/JI de S. João de Deus
EB1/JI de S. Mateus da Calheta
EB1/JI Infante D.Henrique
EBI Francisco Ferreira Drummond
EB1,2,3/JI de São Sebastião
EB1/JI de Porto Judeu
EBS Tomás de Borba
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba
EB1/JI do Pico da Urze
EB1/JI das Cinco Ribeiras
EB1/JI da Ribeirinha
Concelho de Angra do Heroísmo
Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 91 2093 68%
EBI de Angra do Heroísmo 630 34 39 897 70%
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10 10 230 80%
EB1/JI de S. João de Deus 69 4 6 138 50%
EB1/JI da Ribeirinha 84 5 5 115 73%
EB1/JI Infante D.Henrique 294 15 18 414 71%
EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 12 276 73%
EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5 5 115 82%
EB1/JI de Porto Judeu 107 6 7 161 66%
EBS Tomás de Borba 538 34 35 805 67%
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7 7 161 78%
EB1/JI do Pico da Urze 51 3 3 69 74%
EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2 2 46 50%
EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2 2 46 41%
EB1/JI do Posto Santo 36 2 2 46 78%
EB1/JI de Santa Bárbara 35 2 3 69 51%
EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3 3 69 61%
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6 6 138 75%
EB1/JI do Cantinho 29 2 2 46 63%
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5 5 115 63%
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 54 5 5 115 47%
EB1/JI dos Altares 39 3 3 69 57%
EB1/JI do Raminho 15 2 2 46 33%
1ª Cico do Ensino Básico
Nº Alunos Nº Turmas Taxa de
Ocupação
Nª
Salas
Capacidade
Máxima
158
Quadro 74 ‐ Alunos por turma e educador no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo
Quadro 75 ‐ Alunos por turma e professor no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Fonte: DRE. * Estabelecimentos de edução e ensino da rede pública concelho de Angra do Heroísmo
461 28 49 16,5 9,4
114 6 17 19,0 6,7
44 2
18 1
35 2
17 1
111 6 9 18,5 12,3
71 4
40 2
208 14 21 9,9 9,9
27 2
10 1
16 1
15 1
14 1
19 1
29 2
37 2
16 1
25 2
28 2 2 14,0 14,0
17 1
11 1
Rácio
Alunos/Educador
EPE
EBI de Angra do Heroísmo
Nº AlunosMédia
Alunos/Turma Nº Turmas
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo
EB1/JI do Raminho
EB1/JI dos Altares
EB1/JI das Doze Ribeiras
EB1/JI do Posto Santo
EB1/JI de Santa Bárbara
EB1/JI de S.Bartolomeu
EB1/JI do Cantinho
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos*
EB1/JI de S. João de Deus
EB1/JI de S. Mateus da Calheta
EB1/JI Infante D.Henrique
EBI Francisco Ferreira Drummond
EB1,2,3/JI de São Sebastião
EB1/JI de Porto Judeu
EBS Tomás de Borba
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba
EB1/JI do Pico da Urze
EB1/JI das Cinco Ribeiras
NºEducadores
EB1/JI da Ribeirinha
Concelho de Angra do Heroísmo
Concelho de Angra do Heroísmo 1423 84 110 16,9 12,9
EBI de Angra do Heroísmo 630 34 44 18,5 14,3
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo 183 10
EB1/JI de S. João de Deus 69 4
EB1/JI da Ribeirinha 84 5
EB1/JI Infante D.Henrique 294 15
EBI Francisco Ferreira Drummond 201 11 17 18,3 11,8
EB1,2,3/JI de São Sebastião 94 5
EB1/JI de Porto Judeu 107 6
EBS Tomás de Borba 538 34 44 15,8 12,2
EB1,2,3/JI/S/EA Tomás de Borba 126 7
EB1/JI do Pico da Urze 51 3
EB1/JI das Cinco Ribeiras 23 2
EB1/JI das Doze Ribeiras 19 2
EB1/JI do Posto Santo 36 2
EB1/JI de Santa Bárbara 35 2
EB1/JI de S.Bartolomeu 42 3
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 104 6
EB1/JI do Cantinho 29 2
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 73 5
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
EBI dos Biscoitos* 54 5 5 10,8 10,8
EB1/JI dos Altares 39 3 3
EB1/JI do Raminho 15 2 2
Rácio Alunos/Professor
1ª Cico do Ensino Básico
Nº Alunos Nº Turmas Média
Alunos/Turma
Nº
Professores
159
Quadro 76 ‐ Turmas por unidade orgânica no concelho de Angra do Heroísmo (2014/2015)
Fonte: DRE. Nota: *Não inclui o Ensino Recorrente e o Programa Reativar. **EB1/JI dos Altares e EB1/JI do Raminho
7.3 ‐ Intervenção na Educação Pré‐Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito das suas competências, tem vindo a desenvolver ações
de modernização, requalificação e melhoramento das condições do parque escolar do concelho. Para além
das obras já realizadas e das que estão a decorrer, de carácter mais estrutural, há que realçar o esforço
despendido com a manutenção de todo o parque escolar, procurando, em conjunto com as juntas de
freguesia, dar uma resposta rápida e eficiente às pequenas obras que diariamente são solicitadas e que se
revelam de extrema importância para a estabilidade das atividades letivas, bem como para o conforto e bem‐
estar da comunidade educativa. Neste âmbito verifica‐se que a Câmara Municipal prevê despender € 389
400 no período de 2015 a 2017 (Quadro 77) em obras de requalificação e manutenção.
Quadro 77 ‐ Obras de requalificação e manutenção no concelho de Angra do Heroísmo (2012 a 2017) 2012 2013 2014 2015 2016 2017
EBI de Angra do Heroísmo 90739,66 94828,43 67758,97 48300,00 51200,00 58700,00
EB 1,2,3/JI de Angra do Heroísmo (Carreirinha) 29000,89 34092,10 29080,66 5000,00 8600,00 8600,00
EB1/JI de S. João de Deus 14445,38 15786,32 15671,01 5000,00 5900,00 13400,00
EB1/JI da Ribeirinha 7852,83 6055,89 0,00 18500,00 18700,00 18700,00
EB1/JI Santo Amaro 6410,89 6863,49 0,00 0,00 0,00 0,00
EB1/JI Beato João Baptista Machado 6934,87 6277,74 0,00 0,00 0,00 0,00
EB1/JI Infante D.Henrique 26094,80 25752,89 23007,30 19800,00 18000,00 18000,00
EBI Francisco Ferreira Drummond 21156,73 21135,70 19751,64 3800,00 6200,00 13700,00
EB1/JI de Porto Judeu 21156,73 21135,70 19751,64 3800,00 6200,00 13700,00
EBS Tomás de Borba 146537,70 118635,67 111064,05 46300,00 73300,00 63400,00
EB1/JI do Pico da Urze 23533,30 23278,18 23957,27 4900,00 14100,00 6600,00
EB1/JI das Cinco Ribeiras 21119,46 2771,90 3623,30 1600,00 900,00 0,00
EB1/JI das Doze Ribeiras 6496,84 7351,00 7366,19 5500,00 1500,00 0,00
EB1/JI do Posto Santo 20341,98 23607,03 21031,55 9700,00 5500,00 5500,00
EB1/JI de Santa Bárbara 6148,71 6896,11 5131,22 3000,00 16200,00 16200,00
EB1/JI de S.Bartolomeu 8432,97 9223,61 8670,02 10100,00 12500,00 5000,00
EB1/JI de S. Mateus da Calheta 24176,33 24258,15 24048,39 5000,00 9600,00 12100,00
EB1/JI do Cantinho 18400,12 4209,32 4617,13 2000,00 4100,00 4100,00
EB1/JI Prof. Maximino F. Rocha 17887,99 17040,37 12618,98 4500,00 8900,00 13900,00
EBI dos Biscoitos* 15163,73 13133,27 24474,59 5500,00 9500,00 9500,00
EB1/JI dos Altares 10742,36 7873,67 7314,69 3000,00 5100,00 5100,00
EB1/JI do Raminho 4421,37 5259,60 17159,90 2500,00 4400,00 4400,00
TOTAL 273597,82 247733,07 223049,25 103900,00 140200,00 145300,00
Fonte: CMAH
EPE 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Profij Oportunidade PEREET. Proj. Curr.
AdaptadoProfissional TOTAL
EBI de Angra do Heroísmo 6 34 17 8 2 3 6 2 78
EBI Francisco Ferreira Drummond 6 11 5 8 2 3 2 37
EBS Tomás de Borba 14 34 12 15 16 5 9 3 108
ES Jerónimo Emiliano de Andrade* 22 18 15 5 1 1 62
EBI Biscoitos** 2 5 7
Total 28 84 34 53 34 19 13 18 5 4 292
160
Para além do exposto há que considerar o investimento efetuado na construção de novas infraestruturas
escolares nas freguesias da Ribeirinha (EB1/JI da Ribeirinha) e de Santa Bárbara (EB1/JI de Santa Bárbara),
cujo modelo concetual assenta na articulação dos vários setores funcionais, na garantia de condições para o
seu funcionamento integrado e na possibilidade de abertura de alguns setores à utilização pela comunidade
exterior em períodos pós‐letivos.
Os vários setores funcionais dos estabelecimentos de educação e ensino estão articulados através de um
percurso tridimensional que constitui uma sucessão de espaços interiores e exteriores de valência
diversificada, relacionados com diferentes situações de aprendizagem formal e informal.
Com a entrada em funcionamento da EB1/JI de Santa Bárbara proceder‐se‐á ao encerramento da EB1/JI das
Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras, para além da transferência para o novo edifício da EB1/JI de
Santa Bárbara, libertando o edifício escolar situado Às Oito.
161
8 ‐ Infraestruturas desportivas
As infraestruturas desportivas são um fator decisivo para a concretização de qualquer política desportiva,
que deverá ser fundamentada no conceito social e cultural de serviço público, com o objetivo de procurar
assegurar o acesso progressivo da população a uma prática desportiva adequada às capacidades e
preferências de cada um. Salienta‐se que as autarquias desempenham um papel importante na dinamização
e investimento no desenvolvimento desportivo local. A diversidade de equipamentos destinados à prática
desportiva apresenta diversas possibilidades para que os munícipes possam praticar desporto e manter um
estilo de vida ativo.
Apesar do número, tipo, distribuição espacial e qualidade das infraestruturas desportivas do concelho de
Angra do Heroísmo (Quadro 78) ser satisfatório, é necessário continuar a proceder a reajustamentos de
equipamentos e materiais desportivos em algumas das freguesias do concelho. Nesse sentido refira‐se a
construção de mais duas infraestruturas desportivas, uma da responsabilidade da autarquia na freguesia do
Posto Santo e a outra do Governo Regional na freguesia de Santa Bárbara.
Quadro 78 ‐ Infraestruturas desportivas por freguesia e por equipamento
Freguesia
TIPO DE INSTALAÇÕES
TOTALPequenos Campos
Grandes Campos
Piscina Descoberta
Piscina Coberta
Pavilhão Desportivo
Pista de Atletismo
Salas de Desporto
Outras Instalações
Altares 1 1
Angra (Conceição) 7 2 2 7 1 19
Angra (Santa Luzia) 4 1 5
Angra (São Pedro) 10 1 4 5 4 1 11 4 40
Angra (Sé) 4 2 2 8
Cinco Ribeiras 1 1
Doze Ribeiras 1 1
Feteira 1 1 2
Porto Judeu 2 1 2 5
Posto Santo 1 3 4
Raminho 1 1
Ribeirinha 1 1 1 3
Santa Bárbara 1 1
São Bartolomeu de Regatos
1 1 2
São Bento 8 2 2 2 5 8 27
S. Mateus da Calheta
10 1 1 2 2 16
Serreta 1 1
Terra Chã 2 1 1 1 1 1 7
Vila de São Sebastião
1 1 1 1 4
TOTAL 51 12 5 8 14 4 29 25 148
Fonte: Direção Regional do Desporto. Nota: Pequenos Campos (Campo de Futebol/Voleibol/Basquetebol/ Ténis/Polidesportivo, etc.);
Grandes Campos (Campo de Futebol); Salas de Desporto (Ginásio, Sala de Musculação/Squash/Judo/Cardio/Ténis de Mesa, etc.); Outras Instalações (Carreira de Tiro, Pista de Salto/Patinagem/Lançamento de Peso e Dardo, Corta Mato, Aeromodelismo, Picadeiro, Minigolfe, Circuito de Manutenção, Bowling, etc.)
162
9 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens
Em tempo de profundas transformações sociais onde, apesar das grandes evoluções tecnológicas e do
crescimento económico alcançado, as exclusões teimam em emergir e persistir, importa uma intervenção
social cada vez mais integrada – do ponto de vista dos atores e das dimensões abrangidas, bem como das
estratégias para fazer face à multidimensionalidade dos fenómenos.
Embora de uma maneira geral a rede de serviços e equipamentos sociais (RSES) se destine a apoiar as
necessidades sociais da população em geral, existem contudo serviços e equipamentos específicos dirigidos
a grupos alvo como as crianças e os jovens, os idosos, a população com deficiências ou incapacidade, bem
como as pessoas afetadas por outras problemáticas, contribuindo muitas destas valências, direta ou
indiretamente, para a mitigação da pobreza ou da exclusão social.
As respostas sociais destinadas à infância e juventude podem subdividir‐se em três grandes grupos: (1) as
dirigidas às crianças e jovens em geral; (2) às crianças com deficiências ou incapacidade; e (3) as destinadas
às crianças e jovens em perigo.
Qualquer intervenção deve ser sustentada por um conhecimento sempre atualizado e rigoroso da realidade.
Só conhecendo melhor se poderá intervir melhor, no sentido de uma maior eficácia e eficiência da ação: “um
bom diagnóstico é garante da adequabilidade das respostas às necessidades locais e é fundamental para
garantir a eficácia de qualquer projeto de intervenção” (Guerra, 2000). Neste contexto, a generalidade das
respostas sociais da rede de serviços e equipamentos sociais dirigidas à infância e juventude tendem a
contribuir para a atenuação das situações de exclusão social e pobreza infantil, procurando mitigar possíveis
carências em algumas áreas de bem‐estar da criança. A titulo de exemplo, as creches, por serem inclusivas,
os centros de atividades de tempos livres, por constituírem um apoio à escolaridade e ao sucesso escolar, a
intervenção precoce, por promover ações de natureza preventiva e habilitativa nos domínios da saúde e da
ação social, os centros de apoio familiar e aconselhamento parental e equipa de rua para crianças e jovens,
por combaterem diretamente a exclusão através da prevenção do risco social e apoio a crianças e jovens em
perigo – sendo os centro de acolhimento temporário para acolhimento urgente e temporário e o lar de
infância e juventude para acolhimento por um período mais longo.
Ainda no âmbito do apoio, a rede de serviços e equipamentos sociais engloba um conjunto vasto de respostas
sociais dirigidas à população com deficiência. Neste âmbito, e principalmente no que diz respeito às pessoas
com níveis de incapacidade severa, tem vindo a promover a autonomia, a participação e a inclusão social,
através, por exemplo, do desenvolvimento e disseminação territorial de respostas sociais como os centros
de atividades ocupacionais, que visa capacitar, incluir e tornar socialmente úteis pessoas com incapacidades
graves, que não se enquadrem no mercado normal de trabalho, nem mesmo em regime de emprego
protegido.
163
De acordo com a informação disponível (Quadros 79 a 85) observa‐se que no ano letivo de 2014/2015 a
capacidade instalada (oferta) foi superior à procura em todas as respostas sociais a crianças e jovens do
concelho de Angra do Heroísmo.
9.1 ‐ Creches
A creche é uma resposta social vocacionada para o apoio à criança e à família, desenvolvida em equipamento
de natureza socioeducativa, para acolher crianças até aos três anos de idade, durante o período diário
correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto.
Neste contexto, as creches assumem um papel determinante para a efetiva conciliação entre a vida familiar
e profissional das famílias, proporcionando à criança um espaço de socialização e de desenvolvimento
integral, com base num projeto pedagógico adequado à sua idade e potenciador do seu desenvolvimento,
no respeito pela sua singularidade.
Quadro 79 ‐ Creches no concelho de Angra do Heroísmo
Freguesia Instituição Particular Nº de Creches
Capacidade Instalada
Frequência
Nossa Senhora da Conceição
Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira
1 52 51
Nossa Senhora da Conceição
Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 1 36 36
Santa Luzia Cáritas da Ilha Terceira 1 42 29
Sé Confederação Operária Terceirense 1 35 28
Sé Centro Infantil de Angra do Heroísmo 1 65 57
São Pedro Obra Maria Madre Maria Clara 1 42 41
São Pedro Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo 1 26 26
São Pedro Irmandade Nossa Senhora do Livramento 1 56 39
Porto Judeu Casa do Povo do Porto Judeu 1 47 44
São Mateus da Calheta Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta 1 55 29
Terra Chã Casa do Povo da Terra ‐ Chã 1 50 31
Total 11 506 411
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
164
A concentração quase total destes equipamentos na sede do concelho deixa sem resposta a grande maioria
das freguesias rurais do concelho. Este facto tem implicações para as famílias em que ambos os pais
trabalham, levando a que muitos deles tenham que recorrer a amas (muitas delas também sem formação e
sem condições adequadas para desenvolver este trabalho) ou a familiares, especialmente os avós. No
entanto, este último recurso também é por vezes dificultado pelo facto de muitos avós ainda estarem a
trabalhar.
9.2 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL)
Com a evolução da sociedade e com as mudanças surgidas na estrutura familiar, os pais são obrigados a
procurar estes espaços de tempos livres institucionalizados, para que os seus filhos se mantenham ocupados
durante o tempo extraescolar.
A rápida evolução das estruturas familiares, com a entrada massiva das mulheres no mundo do trabalho,
com os próprios avós, muitas vezes também ainda a trabalhar, este tipo de estruturas de apoio tornou‐se de
facto um imperativo, pois os pais têm muita dificuldade em acompanhar os filhos logo após o termo do
horário escolar. Para além disso, este tipo de estruturas tem ajudado também a ultrapassar o frequente
desajustamento entre os horários escolares e as necessidades das famílias.
Os centros de atividades de tempos livres constituem uma resposta social desenvolvida em equipamento ou
serviço, que proporciona atividades de lazer a crianças e jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis
das responsabilidades escolares e de trabalho, desenvolvendo‐se através de diferentes modelos de
intervenção, nomeadamente acompanhamento ou inserção social, prática de atividades específicas e
multiactividades.
Quadro 80 ‐ Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL)
Freguesia Instituição Particular Nº de CATL
Capacidade Instalada
Frequência
Nossa Senhora da Conceição
Associação dos Funcionários da Administração Regional da Ilha Terceira
1 60 56
Sé Confederação Operária Terceirense 1 66 48
Sé Jardim Infantil de São Gonçalo 1 81 71
Sé Centro Infantil de Angra do Heroísmo 1 70 64
São Pedro Centro Cultural, Social e Recreativo de Nossa Senhora
da Piedade 1 20 20
São Bento Centro Social de São Bento 1 30 22
Posto Santo Centro Comunitário do Posto Santo 1 27 7
Ribeirinha Centro Social e Paroquial da Ribeirinha 1 40 11
Porto Judeu Casa do Povo do Porto Judeu 1 50 45
Terra ‐ Chã Centro Comunitário da Terra ‐ Chã 1 100 49
Santa Bárbara Casa do Povo de Santa Bárbara 1 28 28
Vila de São Sebastião Centro Comunitário de São Sebastião 1 40 20
São Mateus da Calheta Centro Social e Paroquial de São Mateus da Calheta 1 50 20
Total 13 662 461
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
165
9.3 ‐ Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens A Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens constitui uma resposta social desenvolvida através de um
serviço, destinada ao apoio a crianças e jovens em situação de perigo, desinseridas a nível sócio‐familiar e
que subsistem pela via de comportamentos desviantes.
Quadro 81 ‐ Equipa de rua de apoio a crianças e jovens
Freguesia Instituição Particular Nº de Equipas de Rua de Apoio a Crianças e
Jovens
Capacidade Instalada
Frequência
Santa Luzia Cáritas da Ilha Terceira 1 80 80
Terra ‐ Chã Centro Comunitário da Terra
‐ Chã 1 100 87
Total 2 180 167
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
9.4 ‐ Centro de Acolhimento Temporário
Os centros de acolhimento temporário correspondem a uma resposta social desenvolvida em equipamento,
destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças e jovens em perigo, de duração inferior a seis
meses, com base na aplicação de medida de promoção e proteção.
O acolhimento institucional de crianças e jovens em perigo visa afastá‐las do perigo em que se encontram,
colocando‐as ao cuidado de uma entidade que disponha de instalações e de equipa técnica adequadas à
satisfação das necessidades das crianças e jovens em acolhimento, proporcionando‐lhes condições que
permitam a sua educação, bem‐estar e desenvolvimento integral.
A dinâmica de funcionamento deste tipo de resposta deve contar com a intervenção de equipas
multidisciplinares bem preparadas e quantitativamente suficientes, bem como com a participação efetiva
das crianças e suas famílias em todo o processo.
Quadro 82 ‐ Centro de Acolhimento Temporário
Freguesia Instituição Particular Nº de Centro de Acolhimento Temporário
Capacidade Instalada
Frequência
São Bento Irmandade de Nossa Senhora
do Livramento 1 20 12
Total 1 20 12
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
9.5 ‐ Lar de Infância e Juventude
Os lares de infância e juventude são uma resposta social de acolhimento, desenvolvida em equipamento
específico, para crianças e jovens em perigo dos 0 aos 18 anos, de ambos os sexos, de duração superior a 6
166
meses. Os objetivos desta resposta social são assegurar alojamento, satisfazer as necessidades básicas,
fornecendo condições aproximadas, o quanto possível, a uma estrutura familiar, mas também fornecer meios
que contribuam para o seu desenvolvimento e valorização pessoal, profissional e social em cooperação com
a comunidade, escola e família.
Os lares de infância e juventude, em articulação com as entidades competentes no âmbito da infância e
juventude e CPCJ, deverão ter como finalidades a reintegração da criança ou do jovem na sua família ou na
comunidade de origem, no mais breve curto prazo de tempo, ou quando isto não for possível incrementar o
acolhimento familiar ou a gradual autonomização do jovem. Desta forma, para evitar a rutura com os laços
familiares e a comunidade de origem, as crianças e os jovens deverão ser acolhidos em lares que se localizem
próximo do seu local de residência: a admissão neste tipo de resposta deve ser objeto de cuidadosa
ponderação, procurando‐se sempre que o encaminhamento seja o mais consentâneo com a origem, natureza
e aspirações da criança.
Quadro 83 ‐ Lares de infância e juventude
Freguesia Instituição Particular Nº de Lares de Infância e Juventude
Capacidade Instalada
Frequência
Nossa Senhora da Conceição Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 12 3
Santa Luzia Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 10 6
São Pedro Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 20 2
São Pedro Centro Social e Paroquial de
São Pedro 1 12 8
São Bento Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 50 23
São Bento Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 10 6
Terra ‐ Chã Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 12 2
Terra ‐ Chã Irmandade Nossa Senhora do
Livramento 1 11 8
Terra ‐ Chã Santa Casa da Misericórdia da
Praia da Vitória 1 6 5
Terra ‐ Chã Santa Casa da Misericórdia da
Praia da Vitória 1 11 7
Total 10 154 70
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
167
9.6 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais ‐ CAO
Para as pessoas com deficiências e incapacidades com significativas limitações da atividade e restrições na
participação, decorrentes de alterações nas estruturas e funções (pessoas com incapacidades graves), cuja
integração socioprofissional no mercado regular de emprego ou em centro de emprego protegido se
encontra condicionada, mas que evidenciam potencial para uma integração social ativa, está prevista uma
resposta social adequada à diversidade e especificidade das suas necessidades e do seu desenvolvimento –
o programa de atividades ocupacionais.
Os centros de atividades ocupacionais (CAO) para pessoas com incapacidades constituem‐se como uma
resposta social tendo como principal objetivo promover e disponibilizar condições que contribuam para uma
vida com qualidade através do desempenho de atividades socialmente úteis, sempre que possível na
comunidade, com vista ao desenvolvimento das suas capacidades, como seres ativos, criativos e criadores.
Estas atividades não implicam uma vinculação às exigências de rendimento profissional ou de
enquadramento normativo de natureza jurídico‐laboral.
Quadro 84 ‐ Centro de Atividades Ocupacionais
Freguesia Instituição Particular Nº de Centro de
Atividades Ocupacionais
Capacidade Instalada
Frequência
Terra ‐ Chã Associação Cristã da Mocidade ‐ ACM
1 50 47
Total 1 50 47
Fonte: Direção Regional da Solidariedade Social (dezembro 2014)
Quadro 85 ‐ Equipamentos sociais de apoio a crianças e jovens ‐ capacidade instalada e oferta disponível
Nº de Instituições
Capacidade Instalada
Frequência Oferta
Disponível (%)
Creches 11 506 411 18,8%
Centro de Atividades de Tempos Livres 13 662 461 30,4%
Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens 2 180 167 7,2%
Lares de Infância e Juventude 10 154 70 54,5%
Centro de Acolhimento Temporário 1 20 12 40,0%
Centro de Atividades Ocupacionais 1 50 47 6,0%
168
10 ‐ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Angra do Heroísmo
A intervenção tutelar de promoção e proteção, expressa na Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
(LPCJP), desenvolve‐se relativamente a casos em que se verifique a ameaça dos direitos essenciais (cívicos,
sociais, económicos e culturais) da criança ou jovem até aos 18 anos de idade que, por tal, se vê em situação
de perigo para a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento, requerendo‐se, deste
modo, a atuação do Estado.
O sistema social e o sistema judiciário desencadeiam ações que visam proporcionar as condições adequadas
à promoção dos direitos e proteção das vítimas, de qualquer forma de exploração ou abuso, abandono ou
tratamento negligente, ou quando se vejam privados de um ambiente familiar que garanta o seu bem‐estar
e desenvolvimento integral.
No ano de 2014, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Angra do Heroísmo (Gráfico 103)
acompanhou 399 processos e arquivou 197. Negligência, abandono, maus tratos, abusos, exposição a
modelos de conduta desviante estão presentes, a vários níveis, nas trajetórias de vida de muitas crianças e
jovens, realidade que também está presente no concelho de Angra do Heroísmo (Quadro 86). O escalão
etário 15 aos 18 anos representa 47,2% do total de crianças e jovens acompanhados pela Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo (Gráfico 103).
As CPCJ(s) devem ser agentes ativos na promoção de um modelo de governação integrada, em que cada
elemento é tão importante quanto o outro, sendo que o resultado final é a soma de todas as partes.
Gráfico 103 ‐ Evolução do volume processual global
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo
2012 2013 2014
N.º Processos acompanhados 366 419 399
N.º Processos arquivados 131 160 197
0
100
200
300
400
500
169
Quadro 86 ‐ Distribuição dos processos em função da intervenção e escalão etário
Motivos de Intervenção Escalão Etário 2012 2013 2014
Absentismo Escolar
0‐5 6 2 1
6‐10 2 3 2
11‐14 51 26 15
> 15 61 61 45
Abandono Escolar
0‐5
6‐10
11‐14 1 2
> 15 2 3 10
Exposição a modelos de comportamento desviante
0‐5 7 3 5
6‐10 7 4 4
11‐14 7 2 5
> 15 3 1 3
Maus tratos físicos
0‐5 1 2
6‐10 1 3 4
11‐14 4 1 2
> 15 3 1
Maus tratos psicológicos/abuso emocional
0‐5 2
6‐10 1 1
11‐14 2 1
> 15
Negligência
0‐5 23 22 13
6‐10 11 18 7
11‐14 7 7 2
> 15 2 3 1
Prática de facto qualificado de crime
0‐5
6‐10 1
11‐14
> 15
Uso de estupefacientes
0‐5 1
6‐10
11‐14 1
> 15 1
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo
Gráfico 104 ‐ Número de processos por escalão etário
Fonte: Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do concelho de Angra do Heroísmo
2012 2013 2014
0‐5 37 28 23
6‐10 22 28 18
11‐14 72 38 26
> 15 71 69 60
0
10
20
30
40
50
60
70
80
170
11 ‐ Diagnóstico estratégico
A análise das Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats
(Ameaças), masi conhecida por análise SWOT, criada por dois professores da Harvard Business School
(Kenneth Andrews e Roland Christensen), serve de base para delinear as estratégias a seguir, ou seja, as
grandes linhas de orientação estratégica devem ser extraídas das suas conclusões.
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual e relacionam‐se, quase sempre, com fatores
internos. As oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas com fatores externos.
Para a análise SWOT contribuem os dados quantitativos anteriormente apresentados e as aferições e
perceções manifestadas pelos diversos envolvidos.
Forças (pontos fortes)
• Corpo docente experiente, qualificado e estável;
• Qualidade das infraestruturas educativas;
• Melhoria nos níveis de ensino obrigatório;
• Rede de escolas públicas;
• Generalização da oferta da Educação Pré‐Escolar, desde os três anos de idade;
• Taxa de ocupação dos espaços escolares;
• Boa integração urbana da maioria das escolas e facilidades de acesso;
• Rentabilização das infraestruturas existentes nas freguesias;
• Oferta ao nível do ensino superior;
• Envolvimento da autarquia nas questões educativas e sociais.
Fraquezas (pontos fracos)
• Baixa escolaridade da população;
• Iliteracia e analfabetismo funcional;
• Escolarização insuficiente no ensino obrigatório;
• Insucesso escolar e abandono escolar precoce elevados;
• Inadequação dos horários de funcionamento normal das escolas com os horários de trabalho dos
pais;
171
• Insuficiências das ofertas de ocupação de tempos livres e atividades extracurriculares;
• Pouca divulgação da oferta formativa junto da população geral;
• Escolas da zona rural caracterizadas por uma frequência escolar reduzida;
• Pouco envolvimento das famílias no acompanhamento escolar dos alunos;
• Falta de apoio ao nível da orientação vocacional, escolar e profissional;
• Número de crianças com necessidades educativas especiais;
• Débil articulação do tecido económico e produtivo e a vida ativa com as escolas;
• Aumento significativo dos níveis de desemprego;
• Fracos níveis de qualificação da mão‐de‐obra;
• Escassez na criação de emprego e nas saídas profissionais;
• Baixos níveis culturais e de rendimentos das famílias;
• Pobreza elevada mesmo com políticas de apoio social;
• Pouca eficácia em certas políticas de proteção social.
Oportunidades
• Reduzida dimensão da população;
• Facilidade de acesso a fontes de informação;
• Facilidade no acesso interpessoal;
• Promoção de parcerias educativas;
• Diversificação das respostas sociais desenvolvidas pelas IPSS’s;
• Oferta da componente de apoio à família;
• Desenvolvimento de atividades extracurriculares de enriquecimento curricular;
• Promoção da inclusão social de jovens em risco através da articulação com a CPCJ;
• Inserção profissional dos jovens através de uma potencial intervenção articulada entre a Agência
para a Qualificação e Emprego e o Gabinete de Inserção Profissional (GIP);
• Possibilidade de desenvolver respostas educativas adequadas à população adulta;
• Oferta de formação para os desempregados e população em geral, no sentido da sua
requalificação e criação de competências noutras áreas;
172
• Existência de políticas sociais regionais;
• Melhoria nas políticas de proteção social aos mais desfavorecidos.
Ameaças
• Crise económica, mercado global e dependência externa;
• Reduzida dimensão geográfica e populacional;
• Envelhecimento global da população;
• Desvalorização social do papel da escola;
• Insuficiência de recursos humanos que viabilizem o acompanhamento regular dos alunos com
percursos escolares problemáticos (orientação vocacional, escolar e profissional);
• Insuficiência de respostas adequadas no âmbito da educação especial;
• Fraco prestígio social do ensino profissional;
• Desproporcionalidade entre a oferta formativa e o mercado de trabalho;
• Fraca diversificação das atividades económicas;
• Sazonalidade do mercado de trabalho;
• Lacunas na informação estatística nacional e regional;
• Tempo de disponibilização dos dados estatísticos;
• Falta de informação estatística de âmbito administrativo organizada, sistematizada e interligada.
173
12 ‐ Princípios, objetivos e ação Os sistemas educativos têm sido confrontados com alterações significativas resultantes da universalização
da escolaridade e do alargamento das missões que a sociedade atribui à escola, bem como das reivindicações
de participação e descentralização emergentes nos estados democráticos. É sobretudo na segunda metade
da década de 1980 que, nos Açores, se põe em causa a conceção de escola como estabelecimento
dependente diretamente do Estado e enclausurado sobre si mesmo, se afirma a escola como projeto
societário, mas com forte dimensão comunitária, se promove o envolvimento das famílias e de diversos
agentes educativos locais e se procura uma política educativa local.
A procura de uma política educativa, estruturada a partir do local, converge com o princípio de
descentralização administrativa presente na Constituição da República Portuguesa e o importante papel
atribuído aos Municípios no domínio da educação.
O mundo contemporâneo apresenta múltiplos e complexos desafios a nível educativo. Múltiplos porque são
diversas e multidimensionais as missões e objetivos futuros dos sistemas educativos; complexos porque a
educação, a formação e a qualificação das pessoas estão no centro das profundas alterações das economias
e sociedades emergentes, inicialmente chamadas “sociedades da informação”, e hoje cada vez mais
conhecidas como “sociedades do conhecimento e da aprendizagem”. A formação de cidadãos competentes
no rigor da aplicação prática dos conhecimentos, bem como a capacidade de perceção do mundo global que
os rodeia, sem nunca perderem de vista a dimensão local, deve ser um dos desafios que se colocam ao
sistema educativo.
A educação deve ser encarada, nas ditas “sociedades do conhecimento” simultaneamente causa e efeito do
que de mais profundo ocorre ao nível dos diferentes processos de transição em curso e na emergência de
um novo paradigma societário. Os desafios transfiguram‐se em oportunidades para a educação, assumindo‐
se as sociedades como “aprendentes” ao longo da vida, nas diferentes dimensões, lugares ou formas. A
educação deve ser vista como o sustentáculo do desenvolvimento humano, sendo simultaneamente causa e
efeito de uma sociedade do conhecimento e da aprendizagem, de acordo com uma perspetiva abrangente,
que procura valorizar as diferentes vertentes da dimensão humana a nível social, económico e cultural, rumo
a uma sociedade sustentável, evoluída e com responsabilidade.
A centralidade dos processos de educação e da aprendizagem exige estudos sobre o presente e prospetivas
sobre o futuro, onde a escola e os sistemas educativos sejam pensados mediante uma atitude que se baseie
num plano de respostas ao impacto das mutações tecnológicas, tendências demográficas ou dinâmicas de
globalização. Assumir uma atitude proactiva sobre a educação é uma necessidade, cuja construção exige
uma visão e intencionalidade na escolha entre os múltiplos cenários de futuras possibilidades antecipáveis.
174
Uma atitude de reflexão e avaliação prospetiva amplamente participada, desejavelmente estimulante no
plano intelectual e mobilizadora para a ação, deve ser uma opção incontornável. A relação entre a escola e a
comunidade envolvente, bem como a monitorização cuidadosa do processo educativo é determinante para
o desenvolvimento e melhoria do próprio sistema. As dificuldades dos sistemas educativos centralizados em
dar satisfação aos problemas surgidos na sociedade moderna conduziram ao reforço das ligações entre os
atores locais nomeadamente, escolas, Municípios e outras instituições e organizações locais. Isto tende a
reforçar as ligações locais através de parcerias, projetos conjuntos, redes de colaboração de forma a envolver
uma grande diversidade de atores e movimentos numa intervenção educativa alargada e envolvente.
Perspetivando um instrumento de gestão territorial que fornecesse as condições necessárias para responder
aos novos desafios, criou‐se a figura da «carta educativa», um documento dinâmico, fundamental para o
planeamento estratégico de cada região. A sua existência pressupõe o entendimento de que o
desenvolvimento social de uma população só é possível através da melhoria da educação, ensino, formação
e cultura.
A elaboração deste instrumento de planeamento permite à autarquia implementar uma estratégia no
sentido de orientar a gestão do sistema educativo em função do desenvolvimento socioeconómico e cultural,
tomar decisões relativas à reconversão e adaptação do parque escolar existente, restantes equipamentos de
apoio e prever a respetiva expansão ou redução, definir prioridades, otimizar recursos e evitar ruturas e
inadequações da rede educativa à dinâmica social e desenvolvimento urbanístico.
As políticas de educação e de formação de âmbito regional e municipal estão no cerne não só da criação e
da transmissão de conhecimentos, mas também do estímulo à criatividade, determinando de forma
essencial o potencial de inovação e desenvolvimento da sociedade.
No decurso do trabalho de preparação da Carta Educativa do Concelho de Angra do Heroísmo, constatou‐se
a existência de problemas estruturais que atingem o concelho e que constituem um considerável obstáculo
ao desenvolvimento, ao crescimento económico e à coesão social no Município, e que importa ultrapassar.
Neste contexto a Carta Educativa assume um papel preponderante, ao definir um quadro de ações cujo
intuito é o desenvolvimento sustentado dos sistemas de educação e de formação do concelho de Angra do
Heroísmo, na base de uma estreita complementaridade com os departamentos competentes em matéria de
educação e formação profissional e de empregabilidade e emprego do Governo Regional, com outros
departamentos governamentais, instituições e demais atores sociais.
Os Municípios desde há muito que foram convocados para o grande objetivo de uma educação que pudesse
garantir, a todos os cidadãos, os saberes necessários para uma participação plena na vida comum e no
desenvolvimento económico. Para além das responsabilidades já assumidas no âmbito da gestão da rede e
da afetação dos públicos escolares, materializadas nas cartas educativas, aos Municípios coloca‐se hoje a
175
missão de associar a educação e o desenvolvimento integrado em projetos articulados concretizados através
de objetivos simultaneamente realistas e desafiantes
A Carta Educativa do concelho de Angra do Heroísmo tem como missão contribuir para um concelho
educador, inovador, criativo e de excelência e visa o articular de estratégias entre todos os atores da
comunidade educativa. No que respeita às linhas orientadoras da estratégia de desenvolvimento dos
sistemas de educação, a Carta Educativa assume como referência os princípios e objetivos que se expõem e
que consubstanciam as medidas propostas:
Princípios
1. Reconhecimento de que a educação e a formação são fundamentais para o desenvolvimento da
comunidade, para o seu progresso, para a obtenção de uma melhor qualidade de vida e, como tal, o
seu desenvolvimento interessa a todos os cidadãos;
2. Reconhecimento de que as comunidades têm o direito de ter facilitado o acesso à educação e à
formação e de que estas devem permitir responder às suas necessidades;
3. Reconhecimento de que só é possível desenvolver com eficácia o processo educativo e formativo se
existirem condições físicas de qualidade que permitam a criação de um ambiente seguro e agradável
de aprendizagem e socialização;
4. Reconhecimento de que só com o empenhamento e a qualidade de atuação de todos os
intervenientes no ato educativo é possível conseguir bons resultados e tirar o máximo proveito dos
meios disponíveis;
5. Reconhecimento de que a aposta na qualidade dos processos é fundamental para conseguir
melhores desempenhos educacionais;
6. Reconhecimento da necessidade fundamental de estabelecer pontes entre todos os interessados nos
atos educativos, de modo a construir redes que potenciem as capacidades de atuação de todos os
intervenientes no ato educativo e formativo.
Objetivos
1. Criar uma oferta de Educação Pré‐Escolar que contribua para efetivar a sua universalização e que
responda às necessidades de todas as famílias;
2. Concentrar, sempre que possível e desejável, as escolas de 1º Ciclo do Ensino Básico, aumentando
desta forma as condições de qualidade do parque escolar, de modo a que o processo educativo se
possa desenvolver de forma harmoniosa;
176
3. Contribuir para a diminuição do insucesso escolar criando as condições necessárias ao
estabelecimento de redes de cooperação entre diferentes entidades que sobre ele possam atuar;
4. Contribuir para a melhoria do desempenho do sistema educativo e colaborar na formação, em
diferentes níveis, dos seus “atores”;
5. Incentivar um melhor desempenho das diferentes unidades educativas e colaborar para a visibilidade
da ação educativa das escolas junto da comunidade;
6. Apoiar o desenvolvimento de ações que contribuam para uma elevação do nível educacional da
comunidade e dos seus membros;
7. Contribuir para melhorar a oferta educativa e formativa disponível no concelho de modo a que ela
possa dar resposta às necessidades da comunidade.
Estes princípios e objetivos convergem naquilo que a sociedade espera de um sistema de educação e
formação: (1) o desenvolvimento integral do indivíduo, para que possa realizar as suas potencialidades; o
desenvolvimento da sociedade, fomentando a democracia; (2) a redução das disparidades e das injustiças; e
(3) o desenvolvimento sustentado da economia, garantindo‐se que as competências dos recursos humanos
acompanham a evolução económica e tecnológica.
Em conformidade com este conjunto de convicções, apresentam‐se as medidas de atuação que se enunciam.
Optou‐se, por não detalhar de imediato todas as linhas de atuação, optando‐se por apresentar um rumo
consensual para a política concelhia no campo da educação. Em cada momento, e em função das opções
políticas e gestionárias dos autarcas, as medidas devem ser desenvolvidas e adequadas, ganhando assim a
Carta Escolar a flexibilidade e a estabilidade que um documento orientador desta natureza deve merecer.
Medidas
A – Medidas de carácter geral
1. Promover a defesa do sistema educativo público, universal e de qualidade, em colaboração com a
comunidade educativa, agindo por forma a assegurar a frequência e o sucesso escolar;
2. Dinamizar a participação da comunidade educativa na vida local através do apoio a projetos e ações
das escolas, unidades orgânicas ou outras instituições;
3. Assegurar uma taxa de pré‐escolarização de 100%, ao nível concelhio e a criação de condições que
garantam a universalidade do acesso às componentes de desenvolvimento educativo e social e à
componente de apoio social;
4. Apoiar projetos sócio‐educativos alicerçados nos valores da solidariedade, sustentabilidade e
ecoeficiência, que valorizem as boas práticas dinamizadas pelos estabelecimentos de ensino do
177
concelho e que potenciem uma melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos em prol da
promoção do sucesso educativo;
5. Apoiar projetos direcionados para a promoção da inclusão e transição para a vida ativa,
proporcionando aos jovens com necessidades educativas especiais o desempenho de uma profissão
que lhes garanta uma maior qualidade de vida;
6. Promover a adesão do Município de Angra do Heroísmo à Rede de Cidades Educadoras, cujos
princípios orientadores assentam numa política de educação para a cidadania, na qual a cidade
assume, "para além das suas funções tradicionais (económica, social, política e de prestação de
serviços), uma função educadora, caracterizada por uma intencionalidade e uma responsabilidade,
cujo objetivo é a formação, promoção e desenvolvimento de todos os seus cidadãos, a começar pelas
crianças e jovens";
7. Promover a adesão do Município de Angra do Heroísmo aos Compromissos de Aalborg (Agenda 21
Local) e fazer do concelho um exemplo a nível ambiental, social e económico, construindo um
Município mais justo, com uma melhor qualidade de vida para todos e que assume as suas
responsabilidades pelo ambiente global;
8. Dar continuidade à representação do Município nas Assembleias das unidades orgânicas conforme a
legislação em vigor e dinamizar o funcionamento do Conselho Local de Educação de Angra do
Heroísmo;
9. Instalar sistemas de informáticos que promovam a modernização, agilizando os procedimentos de
gestão das escolas e dos respetivos serviços municipais, através da criação e disponibilização de uma
base de dados;
10. Assegurar a monitorização e avaliação permanente da Carta Educativa.
B. Organização da rede escolar
1. Redefinir as áreas de influência das unidades orgânicas, visando a compatibilização da capacidade
dos equipamentos com a(s) realidade(s) da distribuição demográfica no concelho;
2. Acompanhar e propor a implementação das ofertas formativas em função das novas necessidades
de desenvolvimento local em articulação com as instituições de ensino e as estruturas de concertação
de âmbito concelhio;
3. Em coordenação com o departamento competente do Governo Regional colaborar na redefinição da
oferta formativa numa perspetiva de racionalização e aproveitamento dos recursos, tendo em conta
178
o exposto no presente documento, as especificidades das unidades e modalidades de ensino, assim
como, os princípios que as consubstanciam.
4. Proceder ao encerramento da EB1/JI das Doze Ribeiras e da EB1/JI das Cinco Ribeiras com a entrada
em funcionamento da nova infraestrutura escolar na freguesia de Santa Bárbara;
5. Colaborar com o Governo Regional na racionalização da oferta do 3º Ciclo Ensino Básico aceitando
que ela seja restrita a estabelecimentos de ensino que ministram o ensino secundário;
6. Pugnar para que os cursos do Programa Formativo de Inserção de Jovens e outros programas
profissionalizantes similares sejam progressivamente circunscritos às Escolas Profissionais,
propondo‐se que, para evitar constrangimentos e ruturas no sistema de ensino, numa primeira fase
se estabeleçam protocolos entre as unidades orgânicas e as escolas profissionais por forma a
rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica e técnica;
7. Pugnar para que os cursos do Programa Reativar e similares sejam lecionados apenas nas Escolas
Profissionais ou em instituições formativas extra‐escolares certificadas para o efeito, propondo‐se
que, para evitar constrangimentos ou ruturas no sistema de ensino, numa primeira fase se
estabeleçam protocolos entre as unidades orgânicas e as escolas profissionais por forma a
rentabilizar recursos nomeadamente nas componentes de formação tecnológica.
C. – Manutenção das infraestruturas escolares municipais
1. Estabelecer e executar um plano de conservação e manutenção do parque escolar do Município,
prosseguindo a recuperação, beneficiação e modernização gradual dos edifícios escolares do 1º Ciclo
do Ensino Básico e da Educação Pré‐Escolar, com vista à elevação da qualidade do ambiente
educativo;
2. Estabelecer acordos de cooperação com as unidades orgânicas visando para transferir para os
respetivos fundos escolares as verbas necessárias à manutenção dos edifícios escolares da Educação
Pré‐Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico.
D. – Ação social escolar
1. Incrementar um Programa Municipal de Ação Social Escolar, dirigido a crianças e famílias
carenciadas, da Educação Pré‐Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico, acompanhando e apoiando
medidas que minimizem o impacto da perda das condições socioeconómicas das famílias;
2. Apoiar, em regime de complementaridade, as famílias e os alunos carenciados no transporte escolar,
material escolar e das refeições, garantindo de que nenhuma criança ou jovem potencialmente mais
fragilizado do ponto de vista económico fique fora do sistema escolar ou impedido de prosseguir
estudos;
179
3. Em colaboração com o Governo Regional e as instituições da freguesias abrangidas, visar o transporte e
refeição escolar gratuita para as crianças e alunos deslocados e a deslocar das freguesias, cujos
estabelecimentos de ensino foram ou sejam encerrados;
4. Promover o alargamento das redes de transporte escolar por forma a fornecer transporte escolar gratuito
para as crianças da Educação Pré‐Escolar e para os alunos sujeitos a escolaridade obrigatória que residam a
mais de 1 km do estabelecimento de ensino que frequentam;
5. Fornecimento de refeição gratuita às crianças e alunos a quem for atribuído o Escalão I (um) de rendimento
da ação social escolar (alunos institucionalizados, alunos beneficiários do rendimento social de inserção e
alunos cujos membros do agregado familiar se encontrem em situação de desemprego);
6. Em articulação com o Governo Regional dos Açores, apoiar a instituição de programas de apoio à
família e de oferta atividades de enriquecimento curricular pós‐letivo;
7. Reforçar o desenvolvimento de programas municipais de apoio nos períodos de interrupção letiva;
8. Apoiar projetos promotores de comportamentos e hábitos alimentares saudáveis.
E. – Oferta educativa para adultos
1. Apoiar projetos desenvolvidos no quadro de um processo de Educação ao Longo da Vida – cursos de
educação e formação, educação de adultos, outros programas de formação de 2ª oportunidade, e
outros, orientados para as necessidades comunitárias, trabalhando em parceria com instituições
públicas, associativas e privadas;
2. Apoiar a criação de uma Universidade Sénior/Academia nos domínios logísticos e a nível de parcerias
no sentido de possibilitar a manutenção e aprofundamento das ofertas para a população sénior.
F. – Ensino superior
1. Reforçar a relação com a Universidade dos Açores, através de convénio adequado e do
desenvolvimento de projetos de parceria e de cooperação;
2. Alargar e reforçar o programa de bolsas de estudo e de empréstimos a estudantes com dificuldades
económicas residentes no concelho, visando garantir que nenhum jovem potencialmente mais
fragilizado do ponto de vista económico fique fora do sistema escolar ou impedido de prosseguir
estudos.
G. – Formação profissional e fomento da empregabilidade
1. Criar um Gabinete de Inserção Profissional (GIP) em parceria com o Governo Regional e as
instituições representativas dos empregadores locais e dos trabalhadores, com o objetivo de
proporcionar aos jovens e adultos desempregados do concelho, um apoio na definição ou
desenvolvimento do seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho;
180
2. Promover e apoiar a realização de iniciativas de fomento ao emprego jovem, qualificado e com
direitos, privilegiando as parcerias com as instituições de ensino locais, a Câmara de Comércio e a
articulação com a Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional;
3. Contribuir para a formação profissional dos jovens, em particular de estudantes e residentes no
concelho de Angra do Heroísmo, através do acolhimento de estágios em diferentes serviços da
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo;
4. Incentivar e apoiar a criação, o desenvolvimento e o crescimento sustentado de novas empresas,
através da promoção de ações de capacitação, da disponibilização de espaços, equipamentos,
serviços e de uma rede de parceiros orientados para a criação de valor, em parceria com o Governo
Regional dos Açores, a Universidade dos Açores e a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo.
H. – Outras medidas de política educativa
1. Promover a atribuição prémios escolares, destinados a enaltecer o mérito, a excelência, a dedicação,
o esforço no trabalho e desempenho proporcionando, também, o reconhecimento público dos
alunos;
2. Assinalar datas e efemérides através da dinamização de projetos junto da comunidade educativa;
3. Fomentar a divulgação do concelho e das práticas educativas mais relevantes em programas,
projetos e redes nacionais e internacionais;
4. Promover um Programa de Ocupação de Jovens para apoiar os estudantes do ensino secundário que,
pretendendo ingressar no ensino superior, não o tenham conseguido;
5. Promover e apoiar projetos e ações de estímulo à participação ativa dos jovens na sociedade,
incentivando o papel mobilizador do movimento associativo local e a iniciativa social, impulsionando
atividades juvenis de natureza comunitária, o trabalho cívico e a participação dos jovens na vida local;
6. Desenvolver programas e iniciativas municipais que estimulem nos jovens diferentes expressões
artísticas e culturais, no sentido do reforço e valorização da criatividade juvenil;
7. Desenvolver e apoiar as iniciativas artísticas e manifestações de arte urbana protagonizadas por
jovens, em prol da valorização e qualificação do espaço público;
8. Dinamizar e promover a rede de equipamentos municipais para a juventude como espaços de
formação, de convívio e de recursos para a criação, produção e desenvolvimento de projetos,
privilegiando as ações concebidas por e para jovens;
9. Avaliar as condições para a criação de locais de estudo disponíveis em horário alargado em
equipamentos municipais destinados aos jovens;
181
10. Desenvolver os programas com vista à construção de novos equipamentos desportivos municipais
destinados à prática de modalidades com adesão juvenil;
11. Desenvolver linhas de apoio, técnico e financeiro, dirigidas ao movimento associativo juvenil, através
de isenções de taxas, da cedência de espaços e meios disponíveis, para o desenvolvimento das suas
atividades regulares e pontuais relevantes;
12. Apoiar o desenvolvimento de projetos/ações de ocupação dos tempos livres dos jovens, em parceria
com a comunidade juvenil e o movimento associativo juvenil.
182
13 ‐ Monitorização
Entendendo‐se a Carta Educativa como um documento aberto que se encontra em permanente atualização,
o Município deve proceder anualmente a uma atualização do grau de execução das políticas associadas a
este documento, bem como, a um acompanhamento, avaliação e ponderação das medidas propostas no
mesmo. A monitorização deve visar atualizar a informação e a análise contida na Carta Educativa de modo a
que esta reflita a atualidade da realidade educativa e formativa do concelho, podendo, se necessário, serem
introduzidas as alterações que o ajustem à realidade.
Outro dos objetivos da monitorização é averiguar se as medidas propostas neste documento estão a ser
cumpridas, se a sua implementação está a ser desenvolvida como o previsto e se os resultados da
concretização dessas medidas estão a ser os esperados, de modo a (re)ajustarem‐se diretrizes ou, se
necessário, definirem‐se novas trajetórias. Deste modo, a monitorização e avaliação é estruturada segundo
três eixos de ação: (1) recolha de Informação; (2) tratamento de dados; e (3) avaliação dos resultados obtidos.
A recolha de informação será realizada periodicamente, de preferência no final de cada ano letivo, através
de um inquérito por questionário, que se enviará às escolas e às instituições de formação.
A informação que se pretende recolher incidirá sobre o número de alunos que frequentaram as instituições
(educativas e formativas) por ano, ciclo e estabelecimentos de ensino; taxa de abandono escolar e de
sucesso/insucesso; recursos físicos e humanos; taxa de ocupação dos estabelecimentos de ensino, bem como
sobre os serviços fornecidos por cada estabelecimento de ensino e formação.
No levantamento procurar‐se‐á ainda, recolher informação relativa às modificações ocorridas no sistema
educativo do concelho, relacionadas com a intervenção em estruturas e equipamentos, de modo a avaliar os
resultados e as ações previstos.
O tratamento da informação recolhida de modo a permitir a atualização da informação contida na Carta
Educativa, permitindo a observação da evolução dos indicadores educacionais: (1) população em idade
escolar (por ano, ciclo e estabelecimento de ensino); (2) taxa de escolarização e de pré‐escolarização; (3) taxa
de sucesso/insucesso escolar; (4) taxa de abandono escolar; (5) estado de ocupação e conservação dos
estabelecimentos de ensino.
A análise e tratamento da informação recolhida será utilizada para elaborar um relatório que apontará as
modificações e os (re)ajustamentos a integrar na Carta Educativa. Este relatório será entregue no mês de
Dezembro de cada ano civil e estará sujeito a parecer do Conselho Local de Educação, assim como a
apreciação dos competentes órgãos autárquicos. O relatório deve dar conta da atualização dos dados
referentes ao ano letivo anterior, apresentar as ações concretizadas, assim como custos reais e previstos.
183
A monitorização e avaliação da Carta Educativa ficará a cargo dos serviços da Câmara Municipal, cabendo
àquele órgão proceder à devida reflexão e avaliação do processo de implementação da Carta Educativa,
tendo em última análise, como objetivo a qualidade e a adequação da intervenção da mesma às
necessidades do sistema educativo e formativo do concelho. A monitorização procurará envolver todos os
atores educativos da comunidade no sentido de acompanhar a execução do projeto com rigor e
transparência.
Para a reavaliação, monitorização e revisões da Carta Educativa é necessário criar uma base de dados que
permita uma constante atualização dos dados educativos estatísticos, que funcionará como instrumento de
constante manutenção e atualização. A constituição da base de dados deve ter como suporte a informação
constante da Carta Educativa, sendo a sua disponibilização uma ação a desenvolver no futuro próximo. A
elaboração desta base tem como finalidade não só a monitorização e revisão da Carta Educativa, mas
também permitir à autarquia gerir melhor os recursos disponíveis, bem como obter uma melhor e mais
equitativa distribuição dos mesmos pelos estabelecimentos de ensino da sua responsabilidade. Outra das
suas funções é complementar e promover uma interação entre todos os estabelecimentos de ensino, fazendo
com que todos os intervenientes se sintam parte integrante no processo educativo.
A circulação de informação descentralizada e articulada entre os diversos participantes permite dar a
conhecer a parte e o todo, proporcionando que cada escola se sinta como fazendo parte desse todo e assim
mais motivada a colaborar com as restantes estruturas envolventes.
Face à necessidade de permanente monitorização e atualização, a Carta Educativa deve ser encarada pelo
Município como um projeto inacabado, que apresenta um conjunto de propostas que deve ser
permanentemente reavaliado e atualizado.
184
Glossário
• Densidade Populacional ‐ intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número de
habitantes de uma área territorial determinada e a superfície desse território (habitualmente
expressa em número de habitantes por quilómetro quadrado).
• Família Clássica ‐ conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de
parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento.
Considera‐se também como família clássica qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou
a totalidade de uma unidade de alojamento.
• Grupo Etário ‐ intervalo de idade, em anos, no qual o indivíduo se enquadra, de acordo com o
momento de referência.
• Índice de Dependência de idosos ‐ relação entre a população idosa e a população em idade ativa,
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o
número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente
por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do
que pessoas em idade ativa.
• Índice de Dependência de Jovens ‐ relação entre a população jovem e a população em idade ativa,
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas
entre os 0 e os 14 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos
(expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 15‐64 anos. Um valor inferior a 100 significa
que há menos jovens do que pessoas em idade ativa.
• Índice de Dependência Total ‐ relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa,
definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas
entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas
com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas
com 15‐64 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos jovens e idosos do que pessoas em
idade ativa.
• Índice de Envelhecimento ‐ relação entre a população idosa e a população jovem, definida
habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de
pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2)
pessoas dos 0 aos 14 anos). Um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que jovens.
• Índice Sintético de Fecundidade ‐ número médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade
fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), admitindo que as mulheres estariam submetidas às taxas de
185
fecundidade observadas no momento. Valor resultante da soma das taxas de fecundidade por idades,
ano a ano ou grupos quinquenais, entre os 15 e os 49 anos, observadas num determinado período
(habitualmente um ano civil). O número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo de
substituição de gerações nos países mais desenvolvidos.
• Nado‐Vivo – é a expulsão ou extração completa, relativamente ao corpo materno e
independentemente da duração da gravidez, do produto da fecundação que, após esta separação,
respire ou manifeste quaisquer outros sinais de vida, tais como pulsações do coração ou do cordão
umbilical ou contração efetiva de qualquer músculo sujeito à ação da vontade, quer o cordão
umbilical tenha sido cortado, quer não, e quer a placenta esteja ou não retida. Os nascimentos totais
incluem o total de nados‐vivos e de fetos‐mortos.
• Óbito ‐ cessação irreversível das funções do tronco cerebral.
• População Ativa ‐ conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de
referência, constituíam a mão‐de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no
circuito económico (empregados e desempregados).
• População em Risco de Pobreza ou de Exclusão Social ‐ indivíduos cujo rendimento monetário
equivalente se situa abaixo do limiar de risco de pobreza, ou que vivem em situação de privação
material severa ou em agregados familiares com intensidade laboral muito reduzida. Estes indivíduos
apenas são contados uma vez, mesmo que estejam presentes em diversos sub‐ indicadores. O limiar
de risco de pobreza corresponde a 60% da média do rendimento nacional disponível (após
transferências sociais). A privação material abrange indicadores relativos à pressão económica e a
bens duráveis. As pessoas que vivem em situação de privação material severa têm condições de vida
muito limitadas pela falta de recursos, e são sujeitos a pelo menos 4 das 9 seguintes dificuldades: i)
pagar renda de casa e serviços de utilidade pública, ii) manter a casa adequadamente aquecida, iii)
enfrentar despesas inesperadas, iv) comer carne, peixe ou um equivalente de proteína dia‐sim dia‐
não, v) gozar uma semana de férias fora de casa, vi) ter automóvel, vii) ter máquina de lavar roupa,
viii ) ter TV a cores, ou ix) ter telefone. As pessoas que vivem em agregados familiares com intensidade
laboral muito reduzida têm idades de 0‐59 anos e vivem em agregados familiares onde os adultos
(com idades entre os 18 e os 59 anos) trabalharam menos de 20% do seu potencial total de trabalho
durante o ano passado. A população em risco de pobreza ou de exclusão social inclui as pessoas cujo
rendimento não atinge o limiar de risco de pobreza, ou que enfrentam privação material severa ou
que têm intensidade laboral muito reduzida.
• População Inativa ‐ população que, independentemente da sua idade, no período de referência não
podia ser considerada economicamente ativa, isto é, não estava empregada, nem desempregada.
186
• População Residente ‐ pessoas que, independentemente de no momento de observação – zero horas
do dia de referência – estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí
habitam a maior parte do ano com a família ou detêm a totalidade ou a maior parte dos seus haveres.
• Prestações Sociais ‐ as prestações sociais são transferências para as famílias, em dinheiro ou em
espécie, destinadas a cobrir os encargos financeiros resultantes de um certo número de riscos ou
necessidades, e efetuadas através de regimes organizados de forma coletiva ou, fora desses regimes,
por unidades das administrações públicas ou instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.
Incluem os pagamentos feitos pelas administrações públicas aos produtores que beneficiem famílias
individualmente e efetuados no âmbito de riscos ou necessidades sociais. A lista de riscos ou
necessidades que podem dar lugar a prestações sociais é, por convenção, estabelecida da forma
seguinte: a) Doença; b) Invalidez, incapacidade; c) Acidente de trabalho ou doença profissional; d)
Velhice; e) Sobrevivência; f) Maternidade; g) Família; h) Promoção do emprego; i) Desemprego; j)
Habitação; k) Educação; l) Outras necessidades básicas. As prestações sociais dividem‐se em dois
tipos: (1) As transferências sociais em espécie, que incluem a produção não mercantil das
administrações públicas e ISFLSF e a produção mercantil adquirida pelas administrações públicas e
ISFLSF; (2) As prestações sociais exceto transferências sociais em espécie, que incluem as prestações
da segurança social em dinheiro, outras prestações de seguro social e as prestações de assistência
social em dinheiro. As prestações sociais incluem as pensões de velhice, de invalidez e de
sobrevivência, os apoios à doença e aos cuidados de saúde, os subsídios de desemprego e outras
transferências em dinheiro, em bens ou em serviços que apoiam as famílias e combatem a exclusão
social.
• Saldo Natural ‐ diferença entre o número de nados‐vivos e o número de óbitos num dado período de
tempo.
• Taxa Bruta de Escolarização ‐ relação percentual entre o número total de alunos matriculados num
determinado ciclo de estudos (independentemente da idade) e a população residente em idade
normal de frequência desse ciclo de estudo. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo
6‐9 anos; Ensino Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário
15‐17 anos; Ensino Superior 18‐22 anos.
• Taxa Bruta de Mortalidade ‐ número de óbitos observado durante um determinado período de
tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente
expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes).
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• Taxa Bruta de Natalidade ‐ número de nados‐vivos ocorrido durante um determinado período de
tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente
expressa em número de nados‐vivos por 1000 (10^3) habitantes).
• Taxa Bruta de Nupcialidade ‐ número de casamentos observado durante um determinado período
de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média desse período (habitualmente
expressa em número de casamentos por 1000 (10^3) habitantes).
• Taxa Bruta de Pré‐ Escolarização – relação percentual entre o número total de crianças inscritas na
Educação Pré‐Escolar (independentemente da idade), e a população residente em idade normal de
frequência desse ciclo de estudo (3‐5 anos).
• Taxa de Abandono Precoce de Educação e Formação ‐ taxa que permite definir o peso da população
residente com idade entre 18 e 24 anos, com nível de escolaridade completo até ao 3º ciclo do ensino
básico que não recebeu nenhum tipo de educação no período de referência sobre o total da
população residente do mesmo grupo etário. A taxa de abandono precoce de educação e formação
é a percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o
secundário.
• Taxa de Atividade ‐ taxa que permite definir o peso da população ativa sobre o total da população
com 15 e mais anos. A taxa de atividade representa o número de ativos por cada 100 pessoas com 15
e mais anos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para trabalhar, incluindo‐se na população ativa
os trabalhadores que estão empregados e desempregados.
• Taxa de Atraso Escolar ‐ razão entre os indivíduos que frequentam um determinado ciclo de ensino
com idade superior à idade ajustada e o total de indivíduos com idade ajustada a esse ciclo. Este
indicador não nos dá a dimensão da repetência mas apenas o número de indivíduos com, pelo menos,
um ano de atraso em relação à idade ajustada à frequência do ciclo.
• Taxa de Desemprego ‐ taxa que permite definir o peso da população desempregada sobre o total da
população ativa. A taxa de desemprego representa o número de desempregados por cada 100 ativos.
Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para trabalhar, incluindo‐se na população ativa os
trabalhadores que estão empregados e desempregados.
• Taxa de Desemprego de Longa Duração ‐ peso da população desempregada há 12 ou mais meses
sobre o total da população ativa. A taxa de desemprego de longa duração representa o número de
desempregados há mais de um ano por cada 100 ativos. Os ativos são a mão‐de‐obra disponível para
trabalhar, incluindo os trabalhadores que estão empregados e desempregados
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• Taxa de Emprego ‐ taxa que permite definir a relação entre a população empregada e a população
com 15 e mais anos de idade. A taxa de emprego representa o número de empregados por cada 100
pessoas com 15 e mais anos.
• Taxa de Fecundidade – número de nados‐vivos de mulheres de um determinado grupo de idade,
observado durante um certo período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao efetivo médio
de mulheres desse grupo de idade nesse período (habitualmente expressa em número de nados‐
vivos por 1000 (10^3) mulheres). A taxa de fecundidade é o número de nascimentos por cada 1000
mulheres em idade fértil, ou seja, entre os 15 e os 49 anos de idade. A taxa de fecundidade pode ser
calculada para diversas idades.
• Taxa de Retenção e Desistência – relação percentual entre o número de alunos que não podem
transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo.
• Taxa de Transição ‐ relação percentual entre o número de alunos que, no final de um ano letivo,
obtêm aproveitamento (podendo transitar para o ano de escolaridade seguinte) e o número de
alunos matriculados, nesse ano letivo.
• Taxa Real de Pré‐Escolarização – relação percentual entre o número de crianças inscritas na Educação
Pré‐Escolar e a população residente para cada uma das idades dos 3 aos 5 anos. Relação percentual
entre o número de crianças inscritas na Educação Pré‐Escolar, em idade normal de frequência desse
ciclo de estudo (3‐5 anos), e a população residente dos mesmos níveis etários. A relação percentual
entre população escolar (segundo o recenseamento anual de alunos matriculados) e população
residente (segundo os Censos e as estimativas intercensitárias do Instituto Nacional de Estatística),
para cada idade, não deveria ser superior a 100%. Na prática, uma vez que estamos a trabalhar com
dados provenientes de fontes diferentes (ME/GEPE e INE), o cálculo conduz‐nos, para algumas idades,
a valores superiores. Nestes casos apresentaremos o valor máximo, teoricamente admissível 100%.
• Taxa Real de Escolarização ‐ relação percentual entre o número de alunos matriculados num
determinado ciclo de estudos, em idade normal de frequência desse ciclo, e a população residente
dos mesmos níveis etários. Educação Pré‐Escolar 3‐5 anos; Ensino Básico – 1.º Ciclo 6‐9 anos; Ensino
Básico – 2.º Ciclo 10‐11 anos; Ensino Básico – 3.º Ciclo 12‐14 anos; Ensino Secundário 15‐17 anos;
Ensino Superior 18‐22 anos.
• Trabalhador por Conta de Outrem ‐ indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção
de outrem, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere
o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual
trabalha.
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• Trabalhador por Conta Própria ‐ um trabalhador por conta própria pode ser classificado como
trabalhador por conta própria como isolado ou como empregador. Indivíduo que exerce uma
atividade independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente
dependente dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos. Os
associados podem ser, ou não, membros do agregado familiar. Um trabalhador por conta própria
pode ser classificado como trabalhador por conta própria como isolado ou como empregador.
• Trabalhador por Conta Própria como Empregador‐ indivíduo que exerce uma atividade
independente, com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente dependente
dos lucros (realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, a esse título,
emprega habitualmente um ou vários trabalhadores por conta de outrem para trabalharem na sua
empresa.
• Trabalhador por Conta Própria como Isolado ‐ indivíduo que exerce uma atividade independente,
com associados ou não, obtendo uma remuneração que está diretamente dependente dos lucros
(realizados ou potenciais) provenientes de bens ou serviços produzidos e que, habitualmente não
contrata trabalhador (es) por conta de outrem para com ele trabalhar(em). Os associados podem ser
ou não membros do agregado familiar.
• Valor Acrescentado Bruto ‐ valor bruto da produção deduzido do custo das matérias‐primas e de
outros consumos no processo produtivo. Os valores são brutos quando não deduzem o consumo de
capital fixo.
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Bibliografia
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