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ANO XXXVII Fundado em 9.12.1979 15 Julho 2016 Edição n.º 594 Jornal da região de Viana do Castelo VIANA DO CASTELO Avençado Mensal Preço: 0,80€ (inclui 30 Julho 2016) 36 ANO O cartaz da Romaria da Agonia passa este ano as fronteiras de Portugal para contar pela primeira vez com inspiração interna- cional e um sotaque do Brasil, com a vitória no concurso de con- ceção de uma designer de moda do Rio de Janeiro e de ascendência portu- guesa. Também a mordoma do cartaz, escolhido através de um concurso em que se apresentaram 28 candidaturas, é natural daquela cidade brasileira, com família no Alto Minho. Anna Galvão, a autora do cartaz vencedor, e Bárbara Temporão, a mordoma que o ilustra,pertencem ao Rancho Fol- clórico José Ferreira Vaz na cidade de Niterói. Em comum, para além da amizade, têm a paixão pelas tradições do Alto Minho e a admiração pela rainha das romarias de Portugal. A surpresa da edição de 2016 conta-se rapidamente e começou com a mãe da Anna Galvão, que, sabendo da sua paixão pelo design e pelo folclore, lhe lançou desafio, depois de ter tido co- nhecimento da abertura do concurso. Quanto ao cartaz, que todos os anos corre mundo apresentando a maior romaria portuguesa aos quatro cantos, é uma ilustração da imagem de Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores, inspirada num ex -voto de 1777 exposto no consistório do San- tuário. “Ressaltei principalmente a questão artesanal da cultura e tradições portuguesas: o bordado de Viana, no título, no trabalho de confecionar um cesto a ilustração feita à mão, as flores, remetendo a relação da lavradeira com a natureza. Também lembro as ‘Brumas da memória’ do hino nacional português, e a questão dos pescadores terem a Senhora da Agonia como sua Padroeira”, explicou Anna Galvão, de 22 anos. Ansiosa por ver de perto “o esplendor da Romaria da Agonia”, Anna Galvão conta que o contacto com o folclore mudou a sua vida e despertou o interesse pela região do Alto Minho e sobretudo pela festa minhota. Ainda surpreendida por ter venci- Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016 com sotaque de Brasil do o concurso, já está a preparar a viagem a Viana do Castelo, em Agosto: ”Fiquei bastante surpresa, pois não imaginava! Sem palavras, e ao mesmo tempo um sentimento caloroso de orgulho e emoção. Ainda estou vivendo em estado de pura felicidade”, confessa a designer, filha de madeirenses. Para Bárbara Temporão, de 19 anos e estudante de Direito, as festas já não são novidade, mas ser a cara do cartaz da romaria é a realização de um sonho. Os pais são portugueses e a família materna natural de Monção, também no Alto Minho.“Tenho verdadeiro amor pelas tradições portuguesas e a Roma- ria da Senhora da Agonia é a sua real personificação, pois enaltece a cultura que tanto me orgulho. Sinto-me muito radiante e feliz por terem-me dado o grande privilégio de ser a Mordoma” da maior romaria de Portugal. Também, por isso, admite um “orgulho imenso”, que confessa guardar para o resto da vida. A Mordoma ilustrada no cartaz apresenta um Traje de Domingar, na cor azul, que foi adquirido em Viana do Castelo numa das suas férias em Portugal. O ouro que enverga na imagem do cartaz é de valor sentimental, por ser emprestado por familiares e amigos. Nos critérios de avaliação, o júri, composto por sete elementos de entidades de Viana do Cas- telo, premiou a “adequação e eficácia da mensagem ao tema do concurso, a originalidade e criatividade”, bem como “a qualidade técnica e estética”. A Romaria d’ Agonia, organizado pela VIANAFESTAS, decorre entre 19 e 21 de agosto, sexta a domingo. Nela se salientam números como Cortejo Histórico e Etnográfico (na tarde de domingo), desfile de mordomia (manhã do dia 19), Procissão Solene (tarde do dia 19), Noite dos tapetes na Ribeira (de 19 para 20), Procissão ao Mar (tarde do dia 20), Festa do Traje (pelas 22h do dia 20), fogo de artifício (todas as noites, com destaque para a Sere- nata, no último dia) e revistas de gigantones e cabeçudos (todos os dias, ao meio-dia). Portugal sagrou-se Campeão Europeu de Futebol 2016

Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016 com sotaque

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Page 1: Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016 com sotaque

ANO XXXVII Fundado em 9.12.1979

15 Julho 2016Edição n.º 594

Jornal da região de Viana do CasteloVIANA DO CASTELO

Avençado MensalPreço: 0,80€

(inclui 30 Julho 2016)

36ANO

O cartaz da Romaria da Agonia passa este ano as fronteiras de Portugal para contar pela primeira vez com inspiração interna-cional e um sotaque do Brasil, com a vitória no concurso de con-

ceção de uma designer de moda do Rio de Janeiro e de ascendência portu-guesa. Também a mordoma do cartaz, escolhido através de um concurso em que se apresentaram 28 candidaturas, é natural daquela cidade brasileira, com família no Alto Minho. Anna Galvão, a autora do cartaz vencedor, e Bárbara Temporão, a mordoma que o ilustra,pertencem ao Rancho Fol-clórico José Ferreira Vaz na cidade de Niterói. Em comum, para além da amizade, têm a paixão pelas tradições do Alto Minho e a admiração pela rainha das romarias de Portugal. A surpresa da edição de 2016 conta-se rapidamente e começou com a mãe da Anna Galvão, que, sabendo da sua paixão pelo design e pelo folclore, lhe lançou desafi o, depois de ter tido co-nhecimento da abertura do concurso. Quanto ao cartaz, que todos os anos corre mundo apresentando a maior romaria portuguesa aos quatro cantos, é uma ilustração da imagem de Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores, inspirada num ex -voto de 1777 exposto no consistório do San-tuário. “Ressaltei principalmente a questão artesanal da cultura e tradições portuguesas: o bordado de Viana, no título, no trabalho de confecionar um cesto a ilustração feita à mão, as fl ores, remetendo a relação da lavradeira com a natureza. Também lembro as ‘Brumas da memória’ do hino nacional português, e a questão dos pescadores terem a Senhora da Agonia como sua Padroeira”, explicou Anna Galvão, de 22 anos. Ansiosa por ver de perto “o esplendor da Romaria da Agonia”, Anna Galvão conta que o contacto com o folclore mudou a sua vida e despertou o interesse pela região do Alto Minho e sobretudo pela festa minhota. Ainda surpreendida por ter venci-

Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016

com sotaque de Brasil

do o concurso, já está a preparar a viagem a Viana do Castelo, em Agosto: ”Fiquei bastante surpresa, pois não imaginava! Sem palavras, e ao mesmo tempo um sentimento caloroso de orgulho e emoção. Ainda estou vivendo em estado de pura felicidade”, confessa a designer, fi lha de madeirenses. Para Bárbara Temporão, de 19 anos e estudante de Direito, as festas já não são novidade, mas ser a cara do cartaz da romaria é a realização de um sonho. Os pais são portugueses e a família materna natural de Monção, também no Alto Minho.“Tenho verdadeiro amor pelas tradições portuguesas e a Roma-ria da Senhora da Agonia é a sua real personifi cação, pois enaltece a cultura que tanto me orgulho. Sinto-me muito radiante e feliz por terem-me dado o grande privilégio de ser a Mordoma” da maior romaria de Portugal.

Também, por isso, admite um “orgulho imenso”, que confessa guardar para o resto da vida. A Mordoma ilustrada no cartaz apresenta um Traje de Domingar, na cor azul, que foi adquirido em Viana do Castelo numa das suas férias em Portugal. O ouro que enverga na imagem do cartaz é de valor sentimental, por ser emprestado por familiares e amigos. Nos critérios de avaliação, o júri, composto por sete elementos de entidades de Viana do Cas-telo, premiou a “adequação e efi cácia da mensagem ao tema do concurso, a originalidade e criatividade”, bem como “a qualidade técnica e estética”.

A Romaria d’ Agonia, organizado pela VIANAFESTAS, decorre entre 19 e 21 de agosto, sexta a domingo. Nela se salientam números como Cortejo Histórico e Etnográfi co (na tarde de domingo), desfi le de mordomia (manhã do dia 19), Procissão Solene (tarde do dia 19), Noite dos tapetes na Ribeira (de 19 para 20), Procissão ao Mar (tarde do dia 20), Festa do Traje (pelas 22h do dia 20), fogo de artifício (todas as noites, com destaque para a Sere-nata, no último dia) e revistas de gigantones e cabeçudos (todos os dias, ao meio-dia).

Portugal sagrou-se Campeão Europeu de Futebol 2016

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2 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

PROPRIEDADE E EDI«ÃO

JORNAL "O VIANENSE"

Matias Rolo Ferreira e Barros Contribuinte: 161256880Registo n.º 218459 da Secretaria Geral do Ministério da JustiçaTítulo inscrito na DGCS em 09.12.1979sob o n.º 107052

PERIODICIDADE MENSALSAI NO DIA 30 DE CADA MÊS.

Assinatura anual: 30,00 Euros (c/IVA)Países estrangeiros: 60,00 Euros (c/IVA)(Pagamento adiantado)

TIRAGEM MÍNIMA MENSAL: 500 EXS.

Data de saída do 1º. número:

O primeiro jornal publicado em “offset” no distrito de Viana do Castelo.

FUNDADOR, EDITOR E DIRETOR

Matias de BarrosCarteira de Jornalista nº. 5376

DIRETOR ADJUNTODr. Francisco Sérgio de Barros e BarrosCarteira de Jornalista nº. TE117

SUBDIRETORDr. Rogério de Barros e Barros

PAGINADORA DE IMPRENSAFátima Rosa Rodrigues

COLABORA«ÃO ARTÍSTICAElder de Carvalho

SERVI«OS ADMINISTRATIVOSIlídia Barros

Antero SampaioAntónio de CarvalhoDr. António Pimenta de CastroAntónio Sérgio Araújo e BarrosAdelaide GraçaEng.ª Catarina Malheiro ReymãoCristina Branco Dr.ª Frederica Claro de ArmadaDrª. Rosane Igreja (Rio de Janeiro)Dr. Francisco J. Carneiro FernandesDr. J. Barroso da FonteEngº. José Luís CristinoJoão Paulo Matos Joaquim CorreiaLinda CoelhoDr.ª Maria Conceição CamposNatércia BarrosOdette Branco Depósito Legal: 291281/09

Jornal da região de Viana do CasteloCaminha - José Maria Gavinho PintoVila Nova Cerveira - Gaspar Lopes VianaDarque - Joaquim CorreiaChafé - José RegoParis - Lurdes LoureiroParis - Altina Ribeiro

COLABORADORES CORRESPONDENTES SEDE

Avenida Humberto Delgado, 31 4900-317 Viana do CasteloTel. 258828650 | Fax 258828685E-mail: [email protected] [email protected]ção on-line: http://jornalovianense.pt

IMPRESSÃOPUBLICACIONES TAMEIGA, S.L.Av. Aeroporto 8336416 - MOS

D i p l o m a d e L o u v o r e M é r i t o J o r n a l í s t i c oe Empresarial do Instituto da Comunicação Social

Sócio da Associação Portuguesa de Genealogia

Aqui, Viana...

15 de Janeiro de 1980

Estatuto Editorial: disponível no jornal online: http://jornalovianense.pt

Importa referir que estes acordos tinham sido suspensos unilateral-mente pelo anterior governo que, numa atitude de falta de considera-ção pela instituição que, ao longo de quarenta anos prestou relevantes serviços à comunidade vianense e ao Alto Minho na defi ciência men-tal, os revogou.

De lembrar que só depois de diver-sas iniciativas do autarca de Viana do Castelo junto do atual Ministro e da Secretária de Estado da Inclusão foi possível a revogação das ante-riores decisões e o restabelecimen-to da cooperação entre a Segurança

APPACDM assinou acordos de colaboração para dois CAO’s e

um lar residencial

A APPACDM de Viana do Castelo acaba de assinar com o Centro Distrital de Viana do Castelo do Instituto da Segurança Social os acordos de colaboração para o funcionamento dos Centros de

Atividades Ocupacionais (CAO) e lar residencial do Cabedelo, repondo assim a normalidade nestas valências de uma das maiores instituições da região. Os acordos foram assinados entre o Diretor Distrital da Segurança Social e o Presidente da Direção da APPACDM de Viana do Castelo, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa.

Social e a APPACDM de Viana do Castelo. “É pois um dia importante para o concelho de Viana do Castelo que, desta forma, vê uma resposta social de qualidade a ser novamente contratualizada com o Estado”, refe-riu o autarca de Viana do Castelo.

A APPACDM tem, neste momen-to, 12 Centros de Atividades Ocupa-cionais, sendo que nove são lares, três centros de formação profi ssional e um centro educacional que empre-gam 320 trabalhadores e dão apoio a cerca de 750 utentes.

Eta iniciativa é, também, uma forma de reforçar e consolidar a relação com as suas gentes, a paisagem, a natureza e a cultura da vinha e do vinho, isto no ponto de vista da melhoria da qualidade de vida e de um desenvolvimento sustentável, e também no fortalecimento da ligação das zonas rurais com as zonas mais urbanas. O repto foi lançado a todas as Juntas de freguesia do concelho, e este ano apresentaram-se a concurso as freguesias de: Alvarães, Areosa, Chafé, Darque, União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro e União

4ª. edição da gala de eleição da rainha das Vindimas

de Viana do Castelo

O Teatro Municipal de Sá de Miranda acolheu, no dia 23 de Julho, a 4ª. edição da Gala de Eleição da Rainha das Vindimas de Viana do Castelo, evento que pretende realçar o vinho, enquanto valor de

desenvolvimento económico e de preservação da tradição e da cultura. das Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela. A Rainha das Vindimas de Viana do Castelo foi Ana Rita Mourão (freguesia da Areosa), tendo sido eleitas como 1ª Dama de Honor: Inês Costa Diegues (UF. Barroselas e Carvoeiro) e 2ª Dama de Honor: Ariana Soto Maior (Alvarães).

O Prémio Fotogenia e Prémio Simpatia foi atribuído a Liliana Pereira do Vale (UF de Viana do Castelo: Santa Maria Maior e Monserrate e Meadela).

Gabinete de Imprensa Gabinete de Imprensa

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315 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Por: António Pimenta de Castro

ADRIANO VASCO RODRIGUES – UMA REFERÊNCIA

Digo pessoalmente, porque alguns dos seus trabalhos já os conhecia e muito me falava dele o meu querido amigo e colega na Escola de Moncorvo, o saudoso Sr. Padre Rebelo. Aquando da homenagem feita ao Dr. Casimiro Henriques de Moraes Machado, escreveu o Sr. Padre Joaquim Manuel Rebelo:”(…) Creio que foi em 1960 que encontrei, novamente, o Dr. Casimiro no Vale da Vilariça, num acampamento de alunos de um liceu do Porto, dirigido pelos meus ilustrados amigos, Padre Dr. Domingos de Pinho Brandão e Dr. Adriano Vasco Rodrigues (…). Estes estudantes estavam a realizar escavações arqueológicas, superiormente orientados pelos referidos professores. O Dr. Adriano escreve primorosamente na língua de Camões e sobre incontáveis temas, salientando eu os regionais. De facto as raízes são fundamentais para a identidade de um povo e de um país. Para mim é, também por isto, uma verdadeira referência.

O Dr. Adriano Vasco Rodrigues, embora nascido na Guarda, é um verdadeiro transmontano, também pelo coração. O Dr. Adriano é uma das minhas maiores referências transmontanas, juntamente com o Abade de Baçal, o Dr. Casimiro Machado, o Abade Tavares (de Carviçais), o Sr. Padre Rebelo e o próprio Dr. Armando Pimentel. O Dr. Adriano Vasco Rodrigues, grande amigo do Dr. Armando Pimentel, tem feito ultimamente vários apelos para que a maior biblioteca particular de Trás-os-Montes, e não só…(que é a do Dr. Armando), seja preservada, tendo-me “incumbido” de falar deste problema ao seu amigo Dr. António Guilherme de Moraes Machado, Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, para levar a bom termo esta justa aspiração.

Não vou falar aqui do seu brilhante curriculum quer como intelectual, investigador, escritor, etnógrafo, arqueólogo, deputado, pedagogo, fundador e director de revistas (Altitude, Lucerna, OR e Ensino de Angola). Publicou: “mais de cem livros e separatas que revelam as importantes incursões nos mais variados campos da História da Arte, a par dos trabalhos de vanguarda da Pré-História Peninsular e da Pré-História em Angola” . E não vou falar desta vasta actividade, por várias razões: porque existem várias e extensas referências a este assunto, desde Enciclopédias, ao “Dicionário dos Mais Ilustres Transmontanos

Conheci pessoalmente o Senhor Professor Adriano Vasco da Fonseca Rodrigues, já há alguns anos, vão quase para trinta, quando me encontrava a fazer uma visita habitual ao meu saudoso amigo, Dr. Armando Pimentel, na sua casa situada nos Estevais de Mogadouro. Sempre que me era possível, quando terminava

as aulas na Escola Secundária de Torre de Moncorvo, a caminho do meu domicílio, Mogadouro, fazia um pequeno desvio e parava sempre na casa do Dr. Armando Pimentel, aristocrata no sangue e fi dalgo de fi no trato, para uma amena cavaqueira, direi mesmo, uma pequena tertúlia, com este grande intelectual transmontano e, por vezes, com ilustres intelectuais, que o visitavam, ou mesmo gente do povo, que ele tanto estimava.

e Alto Durienses” (volume I, Guimarães -1998, páginas 530, 531 e 532 e a Dr.ª Maria da Assunção Carqueja Rodrigues na página 542); porque nesta homenagem, por certo alguns colaboradores a irão referir e, fi nalmente, porque quero dar o meu testemunho pessoal, quero falar de actividades em que estive envolvido pessoalmente com o Dr. Adriano Vasco Rodrigues. Resta acrescentar que, para além das actividades supra mencionadas, há um tema comum que o Dr. Adriano Vasco Rodrigues e eu temos em grande estima: o interesse pela História dos Judeus em Portugal. Na realidade para além de livros e outros estudos que o Dr. Adriano Vasco Rodrigues publicou sobre os judeus em Portugal (nomeadamente na revista Altitude) ele foi fundador (sócio nº1) da Associação de Amizade e Relações Culturais Portugal-Israel (1979), de que foi Presidente da Direcção, e, agora Presidente Honorário da Associação de Amizade Portugal-Israel de que eu também sou sócio (caso curioso e altamente honroso para mim é que o meu cartão de sócio da referida Associação de Amizade Portugal-Israel, tem a assinatura (carimbo), como Presidente da Direcção, do Dr. Adriano Vasco da Fonseca Rodrigues e está datado de 1988, que eu guardo religiosamente no meu arquivo pessoal). Para coroar o mérito da sua carreira, o Dr. Adriano Vasco Rodrigues é Director Jubilado da Schola Europaea, foi agraciado com vários louvores e condecorações, nomeadamente com a Comenda da Ordem do Infante D: Henrique.

Das actividades em que eu participei, ou assisti cronologicamente, foram as seguintes: Em 1988 estive, em Mogadouro, com o Dr. Adriano Vasco Rodrigues na Comemoração do Centenário do nascimento do Casimiro Henriques de Moraes Machado, promovida pela Câmara Municipal de Mogadouro. Desta Homenagem foi publicado um opúsculo com as palestras efectuadas pelo Dr. Adriano Vasco Rodrigues, Dr. Armando Calejo Pires e eu próprio; no mesmo ano de 1988, prefaciou e apresentou o livro do seu grande amigo Dr. Casimiro Henriques de Moraes Machado “Mogadouro – um olhar sobre o passado”; no ano de 2001, elaborou um trabalho intitulado “O Pelourinho de Mogadouro”, na Revista Nº 2, de Dezembro, do “Fórum Terras de Mogadouro”, páginas 9 a 11, sendo directores desta revista: António Moraes Machado,

António Pimenta de Castro e Maria da Natividade Ferreira; em 2004, escreveu o livro “Provérbios de Origem Sfardita no interior da Beira e em Trás-os-Montes”, editado pela Câmara Municipal de Mogadouro, em que tive o prazer de assistir ao seu lançamento; em 2006, em co-autoria com Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, o excelente livro “Felgar- História, Indústrias Artesanais, Património”; em 2008 (Novembro) colaborou na Revista “Campos Monteiro” nº 3, em Novembro, com o artigo “Torre de Moncorvo e o alvorecer do Japão no Ocidente” , onde eu colaborei com o artigo “Guerra Junqueiro – Epicurista” e onde tive o privilégio de participar no seu lançamento, fi nalmente em Janeiro de 2011, foi apresentada na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado, de Torre de Moncorvo, a Revista Nº 1, do “Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica e Social (CEPIHS), onde Dr.ª Maria da Assunção Carqueja Rodrigues e o Dr. Adriano Vasco Rodrigues apresentaram um texto intitulado “Dissertação a propósito da Implantação da República em Torre de Moncorvo”. Eu participei nessa revista com um artigo sobre “O Projecto de Guerra Junqueiro para a bandeira da República”. Esta revista também foi apresentada na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado em Moncorvo e foi feita uma homenagem a estes dois investigadores.

Foi, para mim uma honra poder falar do Dr. Adriano Vasco Rodrigues e assim prestar-lhe a minha sincera homenagem, bem como à Dr.ª Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, símbolos das altas virtudes destas gentes tão honradas. Estes investigadores honram Trás-os-Montes e o nosso país. Bem hajam!

- Docente de História no Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, investiga-dor, escritor, membro da Academia de Letras de Trás-os-Montes e colaborador da revista EPICUR. - Revista do Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica e Social (CEPIHS), nº1, págima248, Palimage, Coimbra, 2011.

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515 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

PRÍNCIPE PERFEITO

Natércia Barros Escritora

Antero Sampaio *

O PATRIOTEIRO

Por isso, a partir de 12 de Junho, fui um dos milhões de patrioteiros que torceram para que Portugal fosse Campeão da Europa de Futebol. Vou deixar de me preocupar com a crise, com o custo de vida, se vão ou não aumentar os impostos, se o desemprego aumenta ou diminui, se há greve ou não nos transportes, se vou esperar muito tempo para ser atendido no hospital, se o ministro A ou B fala verdade ou não, se me reduziram a pensão, se tenho muito ou pouco para comer, se tenho dinheiro para ir ao médico, etc. etc. Deixei de ver as noticias na televisão, de ver os desastres, os acidentes, as tempestades e os furacões, para me concentrar apenas nas noticias da nossa seleção, dos nossos heróis que, como os navegadores de quinhentos, vão voltar a dar “novos mundos ao mundo”, isto é, vão ser os melhores do Mundo, tenho a certeza. O que vai acontecer neste País, não me interessa. Se o governo governa bem ou mal, não me tira o sono. Se o Povo passa fome, para mim isso é secundário,

Patrioteiro é aquele que alardeia Patriotismo, que está sempre a inculcar-se de Patriota.

De 12 de Junho até 10 de Julho de 2016, teve lugar em França o Campeonato da Europa de Futebol, que, para muitos catedráticos da bola, Portugal é um candidato muito sério à vitória fi nal. E porquê?. Porque na nossa selecção está o melhor jogador do mundo, que recebeu há tempos outra Bola de

Ouro, das mãos do seu “amigo” Sr. Blatter e que foi agraciado pelo Sr. Presidente da República, com a Ordem do Infante D. Henrique; porque estão jogadores que militam nos melhores clubes europeus e porque se conseguirem atingir os quartos de fi nal e meia-fi nal, terão caminho aberto para a fi nal e aqui, chegados, ser Campeões da Europa.

desde que eu tenha alguma coisa para comer. Se o desemprego aumenta, é coisa que não me preocupa, se o governo só diz meias-verdades, é-me indiferente. A partir daquela data, coloco Bandeiras Nacionais nas janelas da minha casa, no meu carro, como fi zemos em 2004. Vou comer em pratos e dormir em lençóis, decorados com a Bandeira Nacional. Antes de me deitar e quando me levantar, vou cantar o Hino Nacional. E quando for passear, hei-de levar sempre uma Bandeira Nacional e uma camisa da nossa seleção. Vou ser, como atrás mencionei, um patrioteiro.

Força Portugal. Como dizia um grande estadista português, do século passado, que governou Portugal durante quarenta anos: “ Portugal, pode ser, se nós quisermos, uma grande e próspera Nação”. Os nossos governantes hoje dizem o mesmo. Só se for no futebol. No resto, na minha opinião, continuamos de tanga.Cada vez os jovens licenciados têm maior difi culdade em arranjar emprego ou se o arranjam, recebem uma ninharia que nem sequer dá para comer.

Ai se no futebol estivesse a resolução dos nossos problemas! Ai se o futebol diminuísse o desemprego que, continua a aumentar, embora o Governo diga que não! Basta ver o número de jovens, licenciados , que abandonam o País, rumo a outras paragens, à procura de emprego! Ai se o futebol fosse fonte de riqueza para todos e não para alguns, que ganham ordenados milionários! Ai se o futebol acabasse com a fome de muitos portugueses! No entanto,neste mês e em Julho, vamos todos gritar por Portugal.

Vamos dizer ao Mundo que embora com muitas difi culdades, embora com um defi cit muito elevado do PIB, embora com um desemprego jovem muito alto, em Junho, dizia eu, vamos mostrar a toda a gente, aquela garra, aquela coragem, aquela determinação, aquela vontade de vencer e ganhar, “limpinho”, o Campeonato da Europa de Futebol.

Força Portugal. Vamos a eles! . …!*Jornalista

(A Prosa)

Não raras as vezes que caminhei dispersa, enquanto chovia torrencialmente, de olhos postos no céu, acalentando inusitada aparição. Em todos esses momentos o vento acariciou-me o rosto, devolvendo--me a tua presença. Tantas vezes adormeci ao som das líricas palavras de António Sérgio, bendita “Hora do Lobo”. Outros tempos. Tantas vezes… Procurei-te nos locais mais inusitados. Acredito que já nos tenhamos cruzado alhures, afi nal, sempre caminhámos lado a lado. Eu Sou. Aquela por quem tu chamas. Eu Sou. A resposta às tuas preces. Eu Sou. Aquela cuja existência duvidaste.

Eu Sou. Todos os teus sonhos tornados realidade. Eu Sou. Voz que te anima na mais melancólica solidão. Eu Sou. As asas que tu procuras por entre a multidão. O

sonho que te tira o chão, onde dias e noites decorrem sob o estertor de vã inquisição. Todas as buscas cessam ao saber-te presente, de mão dada a um passado que se torna ausente. O passado adivinha-se distante. Merecido descanso. Fazes com que os dias decorram mais leves, leves como as asas de Wim Mertens. Oh! Amada chuva. Adoro quando chove, por muitos constrangimentos que a chuva possa trazer. Amada chuva. Sábia. Mágica. Benevolente. Lavas-me a alma. Os meus melhores pensamentos adensam-se na revolta do tempo, onde gotículas desvairadas fi ntam--se umas às outras. Sempre que a chuva e o vento entrelaçam os braços (corpo e voz), trocam-se confi dências que nos prendem a ida juventude. E a nostalgia desfere nova chicotada. Uma após outra, até a chuva

cessar. No refúgio do lar, deitada na cama, só tu ocupas o meu pensamento. Indago se a tua infância terá sido diferente da minha. Nunca acreditei em casualidades. A chuva parou. Apenas respingos mais rebeldes incorporam constante ricochete. Toc. Toc. Toc. A chuva recomeçou. Continuo sem sono, na ânsia de nova alvorada. Dissolvo--me em aparente vaga de psicografi a. Gostava que desabafasses tudo o que te vai na alma. Sem mais demora. Peço-te que o faças. Penso. Em vidas ocultadas do mundo. Mundo que extrapola lânguidos olhares. Gostava de ser menos complexa. Gostava que ao meu toque todas as bolas de cristal funcionassem. Fico-me pelas cartas. Vinte e duas e mais algumas. Preferia ler uma carta tua, onde expressasses abertamente semelhantes inquietações. «Nothing compares to you».

O príncipe perfeito não tem medo da chuva, a mais bela bênção. O príncipe perfeito tem consciência da sua imperfeição, daí estar mais perto da perfeição que tantos almejam. O príncipe perfeito também chora. Mas príncipes e princesas somente se cruzam em sonhos. E quando acordam do sonho, persiste

o pesadelo. Terrível inquietação. Inquietação pautada por incessante procura. Oh! Doce memória. Ainda questionas a minha existência? Eu jamais deixarei de questionar a tua, embora há muito me tenha rendido às circunstâncias da vida. Maior crime por mim cometido. Fi-lo para não ensandecer. Mil perdões. Não sei por onde começar, tão-pouco sei se o quero fazer. Durante muito tempo foste única preocupação, preocupação que nunca me foi benéfi ca. Ao idolatrar a tua existência, deixei de vivenciar a minha. Mas o egoísmo nunca fará parte de uma essência que apenas tu e eu detemos. Será que nos separámos num belo dia de inverno? A chuva deixa-me nostálgica.

Page 6: Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016 com sotaque

6 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo deu as boas vindas aos participantes do “Road Show Portugal Global” da AICEP no Centro de Mar. O encontro agendado

juntou empresas e empresários para promover a cooperação transfronteiriça, com foco na euro-região Norte de Portugal Galiza, uma área de intensa cooperação entre empresas e instituições portuguesas e espanholas.

Na receção no Centro de Mar, José Maria Costa deu as boas vindas aos responsáveis da AICEP e empresários e lembrou a política municipal com vista à atratividade económica, assim como as grandes oportunidades da região de fronteira, a mais dinâmica de toda a Europa.

O Roadshow Portugal Global da AICEP vai ao encontro das empresas em Viana do Castelo para promover a Cooperação Transfronteiriça. Maria Geraldes e Xosé Lago são os oradores convidados da sessão na qualidade de membros da direção do Agrupamento Europeu de Cooperação Regional Galiza/Norte de Portugal, que vêm falar Cooperação Transfronteiriça como via para uma internacionalização de sucesso. Jorge Cebreiros, do CECOTRAN – Centro de Cooperação, Desenvolvimento e Serviços Empresariais Transfronteiriços, desloca-se a Portugal para esclarecer o Papel das Organizações Empresariais na Cooperação Transfronteiriça, apresentando às empresas oportunidades e setores de colaboração empresarial.

Um painel de debate, constituído por empresas portuguesas e espanholas e projetos de colaboração luso-espanhóis, partilha as suas experiências de internacionalização através da cooperação transfronteiriça e casos de sucesso no mercado espanhol e a presença do Diretor do Centro de Negócios da AICEP em Madrid, Eduardo Henriques, para apresentar o mercado espanhol e modos de aproveitar a cooperação transfronteiriça, destacando setores de oportunidade, projetos em curso e iniciativas futuras são outras das atividades no auditório da ESTG.

Nesta sessão as empresas têm ainda a oportunidade de conhecer programas de apoio à cooperação transfronteiriça e realizar reuniões bilaterais com o Diretor do Centro de Negócios da AICEP em Madrid.

Centro de Mar acolheu abertura do Roadshow

Portugal Global

Gabinete de Imprensa

No fi nal do mês passado, a viatu-ra do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, que fazia o serviço domiciliário dos técnicos de Rendimento Social de Inserção, foi vandalizada e incendiada, fi can-do destruída. Havendo necessidade

Câmara Municipal vai apoiar aquisição de carrinha para o Centro Social e Paroquial

de Nossa Senhora de Fátima

A Câmara Municipal de Viana do Castelo vai submeter à uma proposta para apoiar a aquisição de uma viatura para o Centro Social e Paro-quial de Nossa Senhora de Fátima. A decisão surge depois da carri-

nha utilizada pelos voluntários ter sido vandalizada e incendiada em Junho, fi cando totalmente destruída.

urgente de a substituir para dar con-tinuidade ao serviço social prestado, a autarquia propõe a atribuição de um apoio fi nanceiro de 11.200 eu-ros para a aquisição de uma viatura usada para que dar continuidade ao serviço.

No artigo assinado pelo jornalis-ta Kevin Gould, estão os 22 hotéis e guest houses selecionados, sendo que a Casa Mello Alvim é descrita como uma mansão histórica numa cidade antiga cheia de charme, en-

Imprensa inglesa destaca duas unidades hoteleiras de Viana

do Castelo como os “melhores hotéis” de Portugal

O jornal britânico “The Guardian” selecionou os melhores hotéis e guesthouses na cidade, campo e praia em Portugal, de onde des-tacou duas unidades de Viana do Castelo: a Casa Mello Alvim e a

Quinta Bouça d’Arques.

quanto a Quinta Bouça d’Arques, em Vila de Punhe, é aclamada como uma casa de brasão com trezentos anos rodeada por vinhas e situada a poucos quilómetros das praias.

O objetivo do protocolo é apoiar a autarquia, enquanto elemento da Proteção Civil, na vigilância da Ser-ra de Santa Luzia, como ação de pre-venção contra incêndios e concomi-tantemente na defesa da fl oresta e na manutenção das condições de vida das populações locais, sendo que os elementos do Exército vão patrulhar aquela área a partir de hoje de forma a diminuir a probabilidade de incên-dio e ainda na defesa da fl oresta e manutenção das condições de vida

Militares voltam a vigiar Serra de Santa Luzia durante período

crítico de incêndios

Os militares da Escola Prática de Serviços da Póvoa de Varzim vão voltar a vigiar a serra de Santa Luzia durante o período crítico de incêndios a partir de hoje e até 30 de Setembro. Esta vigilância

resulta de um protocolo entre a Câmara Municipal e o Exército e visa “a defesa da fl oresta e, consequentemente, na manutenção das condições de vida das populações locais”.

das populações locais. Os militares vão realizar operações de vigilân-cia mantendo permanentemente in-formadas as entidades responsáveis (CODIS, Bombeiros Municipais de Viana do Castelo) e comunicando, de imediato, qualquer ocorrência digna de registo.

Esta vigilância pretende ser pre-ventiva de incêndios nos quase trinta quilómetros quadrados de extensão da Serra de Santa Luzia.

G.I.

G.I.

G.I.

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715 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Tripulada por dois velejadores (timoneiro e tripulante), a embarca-ção Vaurien foi criada pelo Arqui-teto Naval Jean-Jacques Herbulot em 1951. Têm o comprimento de 4,08 m. Largura de 1,47 m. Peso 73 Kg. Têm uma superfície vélica: Vela grande 5,6 m2, Estai 2,5 m2 e a Spinnaker 8,1 m2. Viana do Castelo, que se assume cada vez mais como uma Cidade Náutica do Atlântico, tem vindo a apostar na difusão e o desenvolvimento dos desportos náu-ticos, designadamente na Vela. Com

Campeonato do Mundo de Vaurien

Viana do Castelo acolhe, entre 23 e 30 de julho, o Campeonato do Mundo de Vaurien. Este grande evento desportivo é organizado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pelo Clube de Vela

de Viana do Castelo e é apoiada pelo Programa Norte 2020. Conta com a participação de 174 velejadores de 10 países, dos quais 162 europeus, 2 africanos e 10 latino-americanos.

estes de eventos, Viana do Castelo procura também assegurar o seu de-senvolvimento sustentável, uma vez que a organização destes eventos traz potenciais benefícios económi-cos, sociais e ambientais.

Estes eventos vêm igualmente de encontro à matriz traçada pelo Plano Estratégico para Viana do Castelo, onde se incluiu o projecto “Náutica nas escolas”, este ano com a partici-pação de 80 turmas, correspondendo a 1800 alunos dos segundos e tercei-ros ciclos do Ensino Básico.

Assim, vão ser recebidos diver-sos atletas, designadamente Vânia Franco no Bilhar, Vânia Neves na Natação, a dupla Luís Cavalheiro e Sérgio Cadilha na Vela adaptada e Sérgio Maciel na Canoagem.

Vânia Franco, bilharista do Fute-bol Clube do Porto e vencedora de vários títulos; Vânia Neves a treinar no Clube Fluvial Portuense que aca-ba de assegurar uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro;

homenagem a campeões de Viana do Castelo

O executivo municipal vai homenagear vários atletas de Viana do Castelo que, nos últimos tempos, se destacaram em diversas mo-dalidades. Esta é a forma encontrada para reconhecer o mérito e

o esforço destes atletas e é já uma prática na Câmara Municipal, que tem recebido várias delegações de atletas vianenses que se destacam nas suas modalidades.

a dupla Luís Cavalheiro e Sérgio Cadilha do Clube de Vela de Viana do Castelo e que venceu o Campe-onato Nacional de Classe Access Adaptada realizado na cidade; e Sérgio Maciel, canoísta do Darque Kayak Clube, que se sagrou cam-peão europeu júnior de maratona ao vencer a prova de C1 dos Campeo-natos da Europa, em Pontevedra, fo-ram recebidos pelo autarca de Viana do Castelo e restante executivo.

Jogos Olímpicos: Nadadora de Viana do Castelo apurada para

o Rio 2016

A nadadora vianense Vânia Neves, do Clube Fluvial Portuense, 16ª classifi cada na prova de qualifi cação de águas abertas realizada em Setúbal, assegurou uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de

Janeiro.A nadadora, de Viana do Castelo, viu a presença na competição de águas

abertas dos Jogos Olímpicos 2016 confi rmada após a direção da Federação Portuguesa de Natação receber o convite da Federação Internacional de Na-tação e aceitar o parecer positivo da direção técnica nacional.

A Federação Internacional de Natação convidou Vânia Neves depois de um tribunal neozelandês não ter dado provimento ao recurso de Charlotte Webby, 31ª classifi cada na maratona de 10 km de Setúbal e que pretendia ocupar a vaga continental (Oceânia). A federação neozelandesa exigia um lugar entre os 16 primeiros na prova realizada no Sado. Portuguesa apura-da para os Jogos do Rio de Janeiro é a quarta nadadora lusa com presença assegurada no Brasil.

A competição de águas abertas arranca no dia 15 de agosto na Praia de Copacabana.

Rádio Geice

Assim, a “Praça do Euro” tem per-mitido ver todos os jogos da compe-tição em ecrã gigante, com potente equipamento de som, com interven-ção de speaker, que animará a mul-tidão presente. Neste espaço, os via-nenses estão a viver em coletivo as emoções do Campeonato Europeu de Futebol, vibrando ainda com os

Praça do Euro reforçada com mais 340 lugares para

receber jogosA Câmara Municipal de Viana do Castelo instalou a “Praça do Euro”

no jardim da marina da cidade onde, até 10 de julho, estão a ser transmitidos em ecrã gigante todos os jogos de futebol do Campeo-

nato Europeu de Futebol 2016.

golos da nossa seleção, com o dis-paro de super-canhão de confetis e pirotecnia.

Uma vez que a adesão, sobretu-do nos jogos de Portugal, tem sido enorme, a Câmara Municipal insta-lou uma bancada com mais de 340 lugares para acomodar os adeptos.

G.I.

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8 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Vila de Punhe

Decorreu, no passado dia 16 de Julho, às 19h30, no Largo das Neves ,desta freguesia, o Jantar Solidário para angariação de fundos destinados à Instituição do Centro Social e Paroquial de Vila de Punhe (porco no espeto com arroz, batata frita, salada e caldo verde).

Mostra de Sabores e Artesanato

No âmbito do programa “Idoso+Ativo2, a Junta de Freguesia de Vila de Punhe, em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo (no Projeto «Envelhecer com Qualidade»), teve o privilégio de organizar e participar no evento de carácter lúdico-desportivo, que decorreu no passa-do dia 6 de Julho, no Polivalente da EB1 de Vila de Punhe, com participantes de várias instituições de solidariedade social do concelho.

Idoso+Ativo

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915 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

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10 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

O Jornal “O Vianense” prossegue a sua campanha de angariação de novas assinaturas, no ano em curso, remetendo a dedicadas individualidadas com residência ou atividade profi ssional na cidade de Viana do Castelo e noutras regiões do país e países estrangeiros, um exemplar deste órgão da comunicação social acompanhado de uma

carta solicitando a sua anuência para subscreverem a assinatura anual, pela quantia de trinta euros.Com grande satisfação e agradecimento da nossa parte, temos verifi cado que a solicitação que apresentamos, tendo por

base o desenvolvimento desta cidade capital de distrito, encontrou louvável recetividade. Sendo assim, reiteramos a nossa maior consideração por essa concordância e solicitamos o envio ou entrega pessoal

da quantia de 30 euros respeitante à anuidade de 2016 em curso, podendo também esse envio ser efetuado através do nosso NIB: PT50 003508520015078633078 (CGD) que muito contribuirá para a manutenção do nosso jornal e, simultaneamente, do noticiário e defesa dos legítimos anseios e vivências desta região de Viana do Castelo antiga e laboriosa, que muito tem a esperar do atual e futuro desenvolvimento pelo qual está a lutar. Desde já agradecemos.

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1115 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Vinte e um anos depois da instituição do Dia do Rio Vermelho, o vereador

Pedro Godinho deu entrada na Câmara Municipal de Salvador (Bahia) do Projeto de Lei N° 16/2009, para que o 5 de Outubro fosse instituído como o Dia Municipal de Caramuru. O Projeto de Lei foi protocolado na sessão do dia 16 de fevereiro de 2009, data que simbolizou o início das comemorações pelos 500 anos da chegada de Diogo Álvares Corrêa à Bahia e da descoberta do Rio Vermelho.

O palco desses dois acontecimentos simultâneos foi em 1509, na Pedra da Concha, ilhota localizada na Enseada da Mariquita, no Rio Vermelho, onde se deu, concomitantemente, em consequência do célebre tiro de espingarda, o nascimento do personagem Caramuru. O Projeto de Lei, de autoria do vereador Pedro Godinho, foi publicado no Diário Ofi cial do Legislativo, edição de 18 de fevereiro de 2009, na forma abaixo:

PROJETO DE LEI N° 16/2009 Institui o Dia de Caramuru

A CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR DECRETA:Art. 1º. - Fica instituído, em 5 de outubro, o Dia de Caramuru, nome do batismo tupi de Diogo Álvares Corrêa, Descobridor do Rio Vermelho, Cofundador da Cidade do Salvador e Patriarca da Bahia.Art. 2º. - As despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta da verba do orçamento vigente. Art. 3o. - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4o. - Revogam-se as disposições em contrário. Sala das Sessões, em 16 de fevereiro de 2009.Pedro Godinho JUSTIFICATIVA

Para ofi cializar e valorizar a importância do signifi cado histórico do dia 5 de outubro, e incluí-lo no calendário de eventos da Cidade do Salvador, como o Dia de Caramuru, solicito aos ilustres colegas Vereadores a aprovação deste Projeto de Lei. Faço a seguir uma sintética exposição de motivos para justifi car a merecida homenagem:

...Náufrago de uma embarcação que em 1509 soçobrou defronte ao Morro do Conselho, na costa do Rio Vermelho, Diogo Álvares Corrêa (tido como português, mas que alguns historiadores afi rmam que pode ter sido espanhol ou até mesmo francês) foi encontrado pelos tupinambás na Pedra da Concha, uma minúscula ilha rochosa localizada na Enseada da Mariquita, bem em frente da foz do Camorogipé, no referido Rio Vermelho.

Foi da Pedra da Concha que o jovem europeu deu um tiro de espingarda que abateu um pássaro e deixou os nativos perplexos, pois desconheciam armas de fogo. Por isso, ganhou o respeito dos indígenas e o nome de Caramuru, que na língua tupi signifi ca “homem do fogo; fi lho do trovão; dragão saindo do mar”.

Em Salvador - Bahia (Brasil)Instituída a data de 5 de Outubro

como dia de Caramuru

A Índia Paraguassú casou com o vianense Diogo Álvares Corrêa “Caramurú”

Primeiro branco a habitar o território que faz parte do município de Salvador, o Caramuru transformou-se numa das personalidades mais marcantes na historiografi a baiana e brasileira do século XVI. Além de ter sido o Descobridor do Rio Vermelho, muito contribuiu com Thomé de Souza na construção da primeira cidade portuguesa na América do Sul, razão pela qual é considerado como Cofundador de Salvador. Pioneiro na miscigenação racial, teve vários fi lhos com as índias que deram origem às primeiras famílias baianas, sendo, consequentemente, o Patriarca da Bahia.

De origem misteriosa, mas de vida rica em fatos que lhe asseguraram um lugar de destaque na história, o Caramuru morreu com a idade presumida de 67 anos, no dia 5 de outubro de 1557, em sua casa, junto da atual Igreja de Nossa Senhora da Graça, primeiro templo católico do Brasil, cuja capela primitiva foi por ele construída, em 1535, atendendo um pedido da esposa, Catharina Paraguassú.

Caramuru foi sepultado na Igreja do Mosteiro de Jesus, atual Catedral Basílica, com todas as honras da ordem dos padres jesuítas.

O reconhecimento da sua importância em nível nacional ocorreu em 1910, no Rio de Janeiro, então a capital brasileira, com a inauguração de um monumento na Praça Floriano (Cinelândia), onde o Clube Militar homenageou vultos de grande relevo na formação da nossa história. Caramuru foi um deles.

Na Bahia, o Caramurú permaneceu praticamente esquecido. Afora o bairro do Rio Vermelho - que a partir de 1988 passou a comemorar o 5 de outubro como o Dia do Rio Vermelho, em homenagem ao seu descobridor, e que em 2001 propôs a toponímia (ofi cializada em 2002) de Praça Caramuru para o terreno acrescido de marinha situado defronte à Pedra da Concha nenhuma outra homenagem signifi cativa foi tributada ao patriarca da baianidade. Agora, após os 451 anos do falecimento de Diogo Álvares Corrêa e quando se comemoram os 500 anos da sua chegada a Salvador (1509- 2009), proponho que o 5 DE OUTUBRO seja ofi cializado no calendário municipal como o DIA DE CARAMURU.

Esta é a homenagem mínima que se deve e pode prestar ao célebre personagem da história da Cidade do Salvador, que muito contribuirá para o resgate da sua memória, que passará a ser celebrada e reverenciada anualmente em nosso município.

Sala de Sessões, 16 de fevereiro de 2009. Pedro Godinho.Após longa tramitação, por diversas comissões técnicas da Casa

Legislativa, o Projeto de Lei N° 16/2009 foi aprovado pela Câmara Municipal e levado para sancionamento, como Lei Municipal, pelo prefeito João Henrique Carneiro.

De origem “tupi”, a palavra ‘Paraguassú’ ou ‘Paraguaçu’ signifi ca ‘rio grande’. Essa tradução leva a crer que a índia Paraguassú

tenha nascido em uma aldeia na região do Baixo Paraguaçu, provavel-mente situada nas imediações da Ilha dos Franceses, por onde andava o Caramuruú cumprindo o papel de intermediário no cómércio do pau- brasil. A ilha, próxima ao estuário, fi ca no portal de um trecho em que o rio é tão largo que não se enxerga a outra margem. É a Bacia do Igua-pe, verdadeiro lagamar, que na visão dos nativos se constituía numa ‘água grande (enseada)’, outro signifi cado para o nome Paraguassú. Talvez aí esteja a origem da denominação do rio e da fi lha do cacique local. Também se reveste de força a tese de que Paraguassú nasceu na Ilha de Itaparíca, cujo extremo norte fi ca próximo à foz do grande rio. Essa versão possui raiz no fato do pai da índia chamar-se Tapari-ca, donde teria derivado o nome da ilha ou vice-versa. promessa do casamento de Paraguassú com um de seus guerreiros. Essa teria sido a razão de Caramurú tê-la levado para seu povoado, junto à entrada norte da Baía de Todos-os-Santos, fugindo ao hábito de manter suas mulheres (a poligamia era admitida) nas aldeias de origem. Caramurú foi o primeiro Cristão do Brasil, onde for-mou o 1º. casal cristão ao casar-se com a índia Paraguassú. (Textos extraídos de estudos brasileiros facultados

a este jornal pela poetisa vianense Linda Coelho)

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1315 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Texto deFrancisco Sérgio

de Barros e Barros

Rogério de Barros e Barros

ESQUISSOS...

...

Apenas um pássaro mereceu a hospitalidade de quem tinha a função de o afugentar. Quem fez o espantalho

não se esqueceu de lhe colocar um coração.

Ilust

raçã

o ex

traí

da d

o “s

ite”

de P

oesia

e S

ensib

ilida

de Regresso à infância nas asas do vento. O vento que

vislumbrava da janela do meu quarto, febril, era árvore, pássaro, carro de corrida ou um berlinde em controlado movimento. Tudo o que o espírito cria, existe. De um modo singular e inigualável.

Foto de Kovács Jocó

Nas asas do vento...

O mês de Agosto já não é o que era. Deixou de haver escolha.

É igual em toda a parte. As festas e romarias acabaram ao mesmo ritmo que as aldeias. Quem lá vivia foi para a cidade. A banda Estrelas de Alva encaixotou os instrumentos e zarpou. O bate-rista é segurança do ministério da educação, o viola-baixo é ca-nalizador na Graça e enrique-ceu, a vocalista é “barmaid” no Bliss em Vilamoura. E perdeu muita da graça que nasceu com ela. A autenticidade também ru-mou à cidade e desapareceu por entre os becos e as avenidas. O gin e as roupas da Fashion Clinic que circulam nas sunset parties

O novo mês de Agosto

ganharam a contenda. As velhas alcoviteiras e os cães não têm mais lugar nas festas de Agosto. Nem o padre que suspirava pelo amor de todos e dele próprio. O Zé-Zé estuda em que curso? Já sabe que a Mituxa vai expor em Madrid? E a cama de hotel no fi -nal da noite quando a sina da ex-clusão por partes ditar a parcei-ra. Mas tudo muito coreografado. Salva-se o perfume e a lingerie. A verdade é que já ninguém mais sabe beijar como a vocalista dos Estrelas de Alva. Que desconhe-cia quem era Neil Armstrong mas levava os passageiros à lua e às estrelas e aos cometas e devol-via-os mais ou menos vivos.

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14 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

PALAVRA DE DEUS Manuel Venade Martins (Pastor Evangélico)E-mail : [email protected] / Página na Internet: www.igrejaemanuel.org

CONCLUSÃO-FINAL (EUR)AMADOS LEITORES

INTRODUÇÃO

COMENTÁRIO (2016-07-A) TESOURO ESCONDIDO

Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo, outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas. E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto � nha, comprou-a. Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém lançam fora. (Mateus 13:44-48)

Quando João Bap� sta pregava no deserto da Judeia, aos próprios Judeus, as palavras foram diretas: Arrependei-vos dos vossos pecados, da vossa maneira de viver, para podereis entrar no Reino de Deus, que era já chegado. (Mateus 3:2)

Ninguém poderá entrar, ninguém poderá pertencer e muito menos permanecer, se não houver em cada indivíduo um verdadeiro arrependimento, e simultaneamente um ato de conversão ao Senhor Jesus Cristo e caminhar as pisadas do Evangelho do Mestre. O leitor deseja de todo o seu coração pertencer ao Reino de Deus?

O tesouro referido na parábola é, e será somente Jesus. Aquele Jesus que outrora não conhecíamos nem sabia-mos como e onde poderíamos encontrá-lo; que era; para nós, um tesouro escondido, e que um dia Ele mesmo nos achou, e é hoje o nosso maior tesouro, também muito precioso.

Ao contar a parábola, Jesus estava a dirigir-se àqueles que havia chamado, não somente para o acompanharem no Seu ministério terreno e serem por Ele enviados às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas também, e muito especialmente, para depois do Seu regresso à Glória, serem as suas testemunhas desde Jerusalém até aos confi ns da terra. (Atos, 1:8)

Ao falar daquela maneira, procurava levá-los a compreender o valor de cada alma salva de entre os pecadores que, atualmente, são as pessoas que desconhecemos, mas que nos cruzamos com elas no nosso dia-a-dia, os tesouros e as riquezas encobertas a toda a criatura que, fora das nossas

portas, aguardam que alguém que esteja na disponibilidade de pôr de lado qualquer interesse de ordem temporal, e vender tudo quanto tem, para comprar, com o valor da sua venda, o campo onde estão escondidos os tesouros Celes� ais e as riquezas encobertas, levando a preciosa semente, andando e chorando, voltando com alegria, trazendo consigo os seus molhos. (Salmo, 126: 6).

Deus teve a visão dos tesouros da Salvação, e as riquezas encobertas, quando desde os Céus o Senhor observou a terra, para ouvir o gemido dos presos pelos grilhões do pecado para soltar os sentenciados à morte (eterna), a fi m de que seja anunciado o nome do Senhor. (Salmo 102:19,21) A mesma visão recebeu Isaías, quando ouviu a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei e quem há de ir por nós. O profeta respondeu. Eis-me aqui, envia-me a mim. (Isaías, 6:8) Então Isaías saiu na força do poder de Deus a levar aos pecadores o aviso das consequências do pecado, os cas� gos que viriam, e também a oferta de perdão para quantos es� vessem prontos a abandonar os seus caminhos maus e voltarem-se para o Senhor.

Chegada fi nalmente a plenitude dos tempos, Deus enviou seu fi lho a fi m de trazer aos pecadores a mensagem de arrependimento e perdão. Agora, no mundo, Jesus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. (Filipenses, 2: 5-8)

Neste caso Jesus pregou o Evangelho, ensinou por meio da palavra do seu próprio exemplo e toda a criatura humana deve andar diante de Deus e do próximo, fazendo a sua obra. O Senhor Jesus curou os enfermos, ressuscitou os mortos, expulsou os demónios e operou muitas outras maravilhas, provando que era o Messias.

No fi nal do Seu ministério, Jesus foi morto numa cruz, onde derramou o Seu sangue precioso para salvar da condenação eterna todos quantos queiram aceitá-Lo como seu Salvador pessoal e segui-lo.

Após a ressurreição, Jesus voltou a ser visto pelos discípulos no espaço de quarenta dias, dando-lhes então as úl� mas instruções, dizendo: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for ba� zado será salvo, mas quem não crer será condenado. (Marcos 16:15-18)

Compreendemos agora que os discípulos de Jesus jamais conseguiriam cumprir esta missão por meio da sua própria capacidade ou sabedoria. Era-lhes necessário o mesmo poder com que Jesus iniciou Seu ministério. Por conseguinte, Jesus disse-lhes: Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confi ns da terra. (Atos 1:8) E eles, tendo par� do reves� dos do poder prome� do que lhes fora enviado, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confi rmando a Palavra com os sinais que se seguiram. (Mateus 16:20)

Se o amado leitor deseja melhores esclarecimentos, pode contactar comigo através de: Nosso endereço de correio eletrónico: venademar� [email protected]. Pode ainda escrever-nos para: Assembleia de Deus Emanuel - 14 Connec� cut Ave - BAY SHORE, NY 11706-3007 - U.S.A.Visite o nosso site na Internet em: www.igrejaemanuel.org

Recentemente, a autarquia entregou à APDL a ponte móvel que liga a doca de marés à doca da lota, entretanto reabilitada pelo Município num investimento de cerca de 105 mil euros - para que esta assuma todas as responsabilidades de manutenção, designadamente através de um protocolo futuro a celebrar entre a APDL e a Associação de Armadores de Pesca de Viana do Castelo.

A ponte móvel foi reabilitada pela Câmara Municipal para apoio aos pro-fi ssionais de pesca da Ribeira, sendo que a infraestrutura veio substituir a existente, datada de 1957 e inativa há 13 anos, e que estava em mas condi-ções, provocando prejuízos vários por estar em causa um elemento funda-mental de mobilidade entre o acesso à lota e à zona de aprestos de pesca.

Os trabalhos incluíram a reabilitação da estrutura metálica, a reabilitação da parte elétrica, incluindo iluminação e sistema de segurança e ainda a re-abilitação dos carris.

Investimentos de apoio aos pescadores

A Câmara Municipal de Viana do Castelo tem vindo a efetuar investimentos para apoio aos pescadores do concelho. Depois de requalifi car os ar-mazéns de aprestos, entrega agora o edifício social para apoio à comunidade piscatória - “Cantinho dos Pescadores” - à VianaPesca, sendo que já assinou com a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) o protocolo que permite a abertura da ponte móvel junto à

doca portuária. O Cantinho dos Pescadores, um equipamento social de apoio à comunidade piscatória vai agora ser colocado à disposição dos pescadores e tem como objetivos prevenir a solidão e o isolamento, promover as relações pessoais e geracionais, prestar apoio psicossocial, favorecer a permanência dos mais idosos no seu meio habitual e contribuir para a prevenção de situações de dependência, promovendo a autonomia. Ao todo, foram aqui investidos cerca de oitenta mil euros.

Estes novos investimentos, juntam-se à mais recente reabilitação dos ar-mazéns de aprestos da zona, requalifi cados no âmbito de um projeto de re-cuperação, valorização e proteção do património natural, histórico e arquite-tónico, de âmbito local. Trata-se de um investimento de 150 mil euros para qualifi car o espaço e contribuir para a competitividade dos profi ssionais de pesca. Em causa está um conjunto de edifícios divididos em três quarteirões na doca da cidade, no coração da ribeira, e que são a base de funcionamento da atividade piscatória da comunidade e que estavam degradados, prejudi-cando não apenas o bom funcionamento da atividade piscatória mas, tam-bém, a qualifi cação do próprio espaço.

As três intervenções foram alvo de candidaturas ao PROMAR e visam melhorar as condições de trabalho da comunidade piscatória vianense.

Gabinete de Imprensa

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1515 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

Fátima Rosa Rodrigues101

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ESTUDO GENEALÓGICODA CASA DE CALISTO ANTÓNIO GARCIA DE BARROS

NA ANTIGA RUA DO PINHEIRO, EM PONTE DE LIMA

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UM MUNDO MELHOR

(Repete-se a publicação do nº. 510, de 30.10.2008, para conhecimento e arquivo de novos leitores)

ALMINHAS DA LAGARTEIRA

Um mundo melhor.Queremos? Podemos ter!Se amor, muito amor.Deixarmos em nós crescer…

Neste mês de verão quente, aqui nos reencontramos para mais um passeio, desta vez pelas ruas de Vila Praia de Âncora. O nosso passeio vai levar-nos até às Alminhas da Lagarteira,

localizadas no centro da vila, embutidas num muro face à Rua 31 de Janeiro que se cruza com a Travessa 31 de Janeiro. A sua construção data no século XIX, em 1860, e em 1985 com a abertura da travessa da Rua 31 de Janeiro, foi deslocada para a actual localização.

As alminhas da Lagarteira têm um nicho e uma cruz . O nicho tem um orifício cimentado onde se encontra uma caixa de esmolas em metal. A sua estrutura é de granito e fechado com um gradeamento, onde se encontra a imagem de Nossa Senhora do Carmo, o Santo An-tónio e o Arcanjo São Gabriel, segurando a balança na mão esquerda, estando aos seus pés as Almas entre chamas. As Alminhas da Lagar-teira são um património cultural que faz parte do passado de cada um de nós.

Que pena, o nosso itinerário chegou, por hoje, ao fi m. Mas outros passeios se repetirão, neste e noutros locais. Até breve.

Um mundo melhor.Sim! Todos queremos.Com muita cor.-Será que um dia o teremos?

Um mundo melhor.Sim! Podemos ter.E a vida terá mais feliz sabor.-Basta querer.

Continua Matias de Barros

Retrospectiva dos elementos documentais publicados no jornal “O Vianense”, de 15.06.2001. Anotação extraída do Estudo Genealógico dos Parentes de Inácio da Silva Medella, existente no Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, elaborado pelo genealogista Dr. Felgueiras Gayo.

N°. 7 - Francisca Teresa, fi lha de Maria Madalena

Gomes de Medella (nº. 6 deste § 57) casou com

Manuel da Costa e Silva, Morgado de S. João (Certidão letra F, n.º 8) e teve: Gregório; Maria (vai no § 52).

Parágrafo 58º.

N°. 7 - Manuel António Ribeiro, fi lho de Maria

Madalena Gomes de Medella (nº. 6 do § 57) casou

com D. Teresa Clara Joaquina de Calheiros, de

Arcozelo, Barcelos, e teve: Maria Madalena; Isabel

Rosa Calheiros de Castro, casada com José Tiago

Garcia de Barros, também de Arcozelo (Barcelos).

Nº. 8 – D. Isabel Rosa Calheiros de Castro, casada com

o dito José Tiago de Garcia de Barros, deste parágrafo,

teve: Calisto António Garcia de Barros; João Evangelista;

Victória do Carmo; Maria Victória; Ana Joaquina.

Nota: Provada a fi liação destes e de seus avós. Documentos no maço M e no maço nº. 9 – v.º São cinco irmãos. Assinam: Gayo e Barreto.

D. Isabel Rosa Calheiros de Castro, natural da

freguesia de Arcozelo, Barcelos, e José Tiago Garcia

de Sarros, natural da vila de Barcelos, agora cidade,

onde casaram, na paróquia de Santa Maria Maior, a

17 de Março de 1808, foram pais de Calisto António

Garcia de Barros, possuidor, a partir de 1853, da Casa

do Pinheiro ou do Calisto (em evidente alusão ao seu

nome), da vila de Ponte de Lima, casado que foi com

D. Maria Pereira da Costa Sousa e Barros, fi ïha de João

Francisco Arrais e de D. Jerónima Pereira da Costa

Sousa, que também usava o nome de D. Jerónima de

Sousa Pereira, residentes em Neves - Vila de Punhe.

(Ver Livro de Registo de Casamentos, desta freguesia, ano 1848). Calisto António Garcia de

Barros e D. Maria Pereira da Costa Sousa e Barros foram

trisavôs, por linha paterna, do autor deste trabalho.

O estudo genealógico dos parentes de Inácio da

Silva Medella foi efectuado pelo ilustre linhagista

Felgueiras Gayo, Provedor da Santa Casa da

Misericórdia de Barcelos, no ano de 1795. Eis o teor da

abertura deste estudo, que se encontra no Arquivo

daquela Santa Casa, na cidade de Barcelos:

“TÍTULO GENEALÓGICO DOS PARENTES DE INÁCIO DA SILVA MEDELLA – ANO DE 1795”

Este título da família de Inácio da Silva Medella, que

morreu no Rio de Janeiro, foi extraído do Título que

foi entregue nesta Mesa pelo procurador legítimo do

dito Inácio da Silva Medella, o Dr. João Ferreira Linhares

e por ele assinado que fi ca no arquivo desta Santa

Casa, e posto na verdadeira ordem genealógica com

parágrafos separados e papel em branco de permeio

para se ir acrescentando as gerações e fazendo

menção das certidões que as comprovarem. Foram

puxadas e acrescentadas as linhas que estavam no

dito tombo pelas certidões que se acham no arquivo

da Santa Casa e Árvore da Conferência à qual o dito

Tombo e mais documentos nos reportamos. Eu,

Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, escrivão desta

Santa Casa a subscrevi e assinei e conferi com o Dr.

Luís Lopes Veloso Barreto nomeado pela mesa, para

esta Conferência que se fez em mesa, e declaramos

que consta do presente esta genealogia de 114

parágrafos, e todos vão rubricados com os nossos

apelidos: Barreto, Gayo.

E para constar fi z este termo, eu, sobredito Manuel

José da Costa Felgueiras Gayo, aos sete de Maio de

1795. Dr. Manuel José Barbosa e Faria. Conferindo

comigo, Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Luís

Lopes Veloso Barreto, José Joaquim Soares Brito

de Sá, José de Faria Barreto, João Luís Salgado, etc.

(Seguem-se outras assinaturas da dita Santa Casa).

Page 16: Cartaz da Romaria da Agonia salta fronteiras em 2016 com sotaque

16 15 Julho 2016 (Inclui 30 Julho 2016)

MIRANTEDOALTO MINHO

REGISTO QUINZENALDE FIGURAS E FACTOS

Coordenação de MATIAS DE BARROS

“O Vianense” - Nº. 59415 Julho 2016

(inclui 30 de Julho 2016)

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JOAQUIM CORREIA

Capela de São Roque - Vila de DarqueSenhor do Bonfi m - São Roque

À direita, no Rio de Janeiro-Brasil. O Comendador Adelberto Rolo Igreja, fi lho do falecido empresário da Construção Civil Aníbal Francisco Igreja. , de Alvarães, e da também falecida D.Engracia Rolo Igreja, de Vila de Punhe-tios do fundador do jornal “O Vianense”- a quem enviaram, há muitos anos, carta de chamada para com eles trabalhar e residir, até regressar a Portugal. Ladeiam-no a sua fi lha Engª. Cristina, a sua neta Drª. Rosane e a sua Esposa. Parabéns!

Portugal, Campeão da EuropaPortugueses e luso-portugueses de todo o mundo aplaudiram Portugal pela obtenção do título de Campeão da Europa de Futebol. No Brasil, a nossa familiar Rosane Igreja também assinalou essa vitória.

Faleceu Amélia Josabete de Sousa Rocha Fernandes

No dia 13 de Julho, faleceu nesta cidade D. Amélia Josabete de Sousa Rocha e Fernandes, viúva de João Barbosa

Fernandes, que em vida fundou e dirigiu o jornal “Falcão do Minho”.