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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL 2016 AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA

Cartilha da Contribuição Sindical 2016

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Page 1: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

CONTRIBUIÇÃOSINDICAL RURAL 2016

AÇÕES E CONQUISTAS DA AGROPECUÁRIA

BRASILEIRA

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CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA

TRIÊNIO 2014-2017

PresidenteJoão Martins da Silva Junior

Vice-Presidente ExecutivoRoberto Simões (MG)

Vice-Presidente de FinançasEduardo Corrêa Riedel (MS)

Vice-Presidente de SecretariaJosé Zeferino Pedrozo (SC)

Vice-Presidente DiretorJosé Mário Schreiner (GO)

Vice-Presidente DiretorJúlio da Silva Rocha Júnior (ES)

Vice-Presidente DiretorCarlos Rivaci Sperotto (RS)

Vice-Presidente DiretorAssuero Doca Veronez (AC)

Vice-Presidente DiretorMário Antônio Pereira Borba (PB)

CONSELHO FISCAL

TitularesÁlvaro Arthur Lopes de AlmeidaRenato Simplício LopesRaimundo Coelho de Souza 

SuplentesJosé Álvares VieiraLuiz Iraçú Guimarães ColaresEduardo Silveira Sobral (In memoriam)

EXPEDIENTEEliane Vilela Brosowski

Departamento de Arrecadação e Cadastro – CNARosanne Curi Zarattini

Departamento de Administração e Finanças – SENAR

FOTOSBanco de Imagens CNA

PROJETO GRÁFICO

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S U M Á R I O

1. ASSUNTOS ECONÔMICOS 4

2. RELAÇÕES INTERNACIONAIS 8

3. CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSAS 13

4. CAFÉ 17

5. CANA-DE-AÇÚCAR 20

6. FRUTICULTURA 23

7. SILVICULTURA 26

8. BOVINOCULTURA DE CORTE 29

9. BOVINOCULTURA DE LEITE 32

10. AVES E SUÍNOS 35

11. PESCA 39

12. AQUICULTURA 42

13. OVINOS E CAPRINOS 45

14. MEIO AMBIENTE 48

15. EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAIS 52

16. ASSUNTOS DO NORDESTE 55

17. ASSUNTOS FUNDIÁRIOS 58

18. INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA 61

19. TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 65

20. SENAR EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA 68

21. INSTITUTO CNA 76

22. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNA 2016 87

23. CONTRIBUIÇÃO SENAR 2016 108

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Page 5: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

Caro produtor rural,

Chegamos ao final de mais um ano de muito trabalho e nós, do Sistema CNA/SENAR, queremos compartilhar com você algumas conquistas de 2015.

A primeira foi a consolidação da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Nosso modelo, que alia adequação tecno-

lógica e consultoria gerencial das propriedades rurais, ganhou a adesão de um número maior de Estados e atraiu importantes parcerias para o SENAR.

Atualmente, a Assistência Técnica e Gerencial atende 32.605 propriedades rurais, com transferência de tecnologia e implantação de ferramentas de gestão, de forma efetiva e constante, para impulsionar a produtividade e a renda.

Com a finalidade de auxiliar os produtores na obtenção de crédito rural, o SENAR firmou um protocolo de intenções nacional com a Caixa Econômica Federal (CEF) e está pre-parado para elaborar e implementar projetos de crédito por meio da Assistência Téc-nica e Gerencial.

Também é motivo de comemoração para o Sistema CNA/SENAR o avanço do curso Técnico em Agronegócio, que já está com a segunda turma em andamento e 42 polos de apoio presencial, em 18 Estados.

Nós, produtores rurais, temos consciência do valor da água. Por isso, o Sistema CNA/SENAR lançou, no Dia Mundial da Água, o programa Nacional de Proteção de Nascen-tes, que incentiva os brasileiros a proteger para garantir água de qualidade e suficiente para atender às necessidades do campo, da cidade e da nossa rica biodiversidade.

Por fim, gostaríamos de parabenizar você, agricultor, pecuarista, que contribuiu, mais uma vez, com competência e inovação, para manter farta a mesa dos brasileiros.

Desejamos um 2016 de ótimas colheitas, muita paz e saúde para todos.

Forte abraço,

João Martins da Silva JuniorPresidente da CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR

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1. ASSUNTOS ECONÔMICOS

AÇÕES E CONQUISTAS 2015

NÚCLEO ECONÔMICO

1. Projeto Campo Futuro

O Projeto Campo Futuro é realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com instituições de pesquisa e alia a capacitação do produtor rural à geração de informação para administração de riscos e de custos na propriedade rural. Com o intuito de gerar informações que servem de subsídios para a elaboração de políticas públicas e setoriais, foram realizados 127 painéis para levantamento de dados técnico-econômicos em 2015, sendo 10 de aquicultura, 4 de aves, 12 de café, 15 de cana-de-açúcar, 9 de fruticultura, 29 de grãos, 3 de ovinos, 19 de pecuária de corte, 17 de pecuária de leite, 4 de silvicultura e 5 de suínos.

Além dos painéis de levantamento de dados, são feitas atualizações mensais dos coefi-cientes técnicos e econômicos das culturas citadas, sempre com o objetivo de avaliar o

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1 . A s s u n t o s E c o n ô m i c o s

comportamento dos preços dos insumos e dos produtos comercializados. Essas análi-ses geram publicações – Ativos do Campo – que auxiliam os produtores na gestão da atividade rural; ao longo de 2015, 41 boletins foram publicados.

Em 2015, foram realizados quatro seminários regionais, denominados Dias de Mercado. O seminário de pecuária de corte foi realizado em Rio Branco/AC, de grãos, em Luís Eduardo Magalhães/BA, de aquicultura, em Toledo/PR, e de café, em Lavras/MG. Os eventos contaram com análises técnicas e econômicas das culturas nessas regiões, buscando sanar algumas dificuldades enfrentadas pelos produtores. Com a realização dos Dias de Mercado, o projeto fecha o círculo de geração de informação, levantamento das necessidades técnicas e econômicas e capacitação dos produtores.

O projeto contou ainda com um Seminário Nacional, realizado em Brasília, com a pre-sença das instituições técnicas parceiras do projeto, em que foram discutidos os custos levantados em todo o país, de todas as culturas. Para finalizar, o projeto contou ainda com a publicação de um livro, intitulado Projeto Campo Futuro 2015 – Levantamento dos custos de produção, publicação encaminhada aos produtores que participaram do projeto em 2015 e aos presentes no Seminário Nacional do projeto.

2. Publicação do PIB do agronegócio e do VBP da agropecuária

O Núcleo Econômico divulga, mensalmente, as publicações valor bruto da produção (VBP) agropecuária e produto interno bruto (PIB) do agronegócio, que mostram a ren-tabilidade do setor e a geração de renda proporcionada pelas atividades ligadas ao agronegócio. Dessa forma, as publicações permitem que os produtores acompanhem o desenvolvimento das culturas ao longo do ano, assim como antevejam as possíveis adversidades conjunturais e econômicas.

3. Seguro Rural

a. Junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi aborda-do o novo modelo de Seguro Rural, implementado neste ano como projeto-piloto, para negociação coletiva (carteira de produtores) com as seguradoras. Também foram demandadas ações que coíbam as instituições financeiras de efetuarem “venda casada” no ato da contratação do financiamento. Essas ações oferecem ao produtor rural maior previsibilidade quanto à condução de sua atividade, sem comprometer recursos com ações que não são o objetivo do produtor.

b. Ainda no âmbito do Seguro Rural, o Congresso Nacional aprovou lei que obriga as instituições financeiras operadoras do crédito rural que exigirem a contrata-ção de apólice de seguro como garantia da operação a oferecer ao financiado a escolha entre, no mínimo, duas apólices de seguradoras diferentes, e essas insti-tuições financeiras ficam obrigadas a aceitar como garantia da operação apólice já contratada pelo mutuário com qualquer seguradora habilitada a operar seguro

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rural. Além disso, a resolução nº 43, de 30 da novembro de 2015 do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural (CGSR), criou a Comissão Consultiva de Agentes do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), reivindicação do setor produtivo agropecuário para colaborar com o aperfeiçoamento do PSR e ampliação da utilização do seguro rural no país.

4. Desoneração tributária

A CNA apresentou à Receita Federal do Brasil (RFB) e ao Congresso Nacional os pleitos de desoneração do Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patri-mônio do Servidor Público (PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) incidentes sobre produtos agropecuários. Pleiteou-se:

• isenção das contribuições incidentes sobre rações pecuárias;• isenção das contribuições incidentes na cadeia do adoçante natural Estévia (Stevia

rebaudiana bertoni);• isenção das contribuições incidentes sobre os sucos de frutas naturais, sem adição

de açúcar;• isenção do AFRMM incidente sobre a cabotagem do arroz; e• isenção do AFRMM incidente sobre adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas.

Foi apresentado aos órgãos um estudo elaborado pela CNA, mensurando o impacto da adoção de tal medida nas contas públicas com a possível desoneração, por meio da renúncia fiscal.

O estudo mostrou que a adoção das medidas surtirá efeito benéfico para a sociedade, pois oferecerá à população produtos com mais saudabilidade e menor custo, além de melhorar a rentabilidade dos produtores rurais.

5. Desburocratização

A CNA acredita que, entre as principais diretrizes e ações que norteiam o desenvolvi-mento econômico, a desburocratização é fundamental ao fortalecimento da economia e ao aumento da competitividade. Diante desse desafio, a Coordenação do Núcleo Econômico participou de um grupo de trabalho (GT) no Congresso Nacional, no qual juristas e parlamentares apresentaram propostas para facilitar as relações entre os pro-dutores rurais e o serviço público brasileiro. Entre os temas levados ao GT, é importante destacar:

• facilidade no acesso a licenças ambientais;• maior celeridade para obtenção de registros de defensivos e medicamentos ve-

terinários;

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1 . A s s u n t o s E c o n ô m i c o s

• outorga para uso de água;• revisão e adequação do setor à legislação trabalhista;• ampliação do alcance do crédito rural;• revisão da legislação tributária incidente sobre os produtos agropecuários; e• aumento na eficiência dos processos de regularização fundiária.

O GT tem como finalidade apresentar ao presidente do Senado, até o final de dezem-bro, anteprojetos de lei, destinados a desburocratizar a Administração Pública brasilei-ra, a melhorar a relação com as empresas, o trato com os cidadãos e promover a revisão do processo administrativo e judicial de execução fiscal.

6. Estudos realizados

a. Estudo do impacto do aumento das taxas de juros na composição dos custos das principais culturas (soja, milho, cana e café). O estudo teve por objetivo debater junto ao Mapa os efeitos do aumento das taxas de juros previstos no Plano Agrí-cola e Pecuário de 2015/2016 na rentabilidade dos produtores rurais. O estudo mostrou que, em média, o aumento das taxas de juros refletiram em aumento de 10% no custo operacional dos produtores rurais.

b. Estudo sobre a incidência de PIS/Pasep e Cofins nas importações de fertilizantes. Foi realizada uma análise da legislação que regula a incidência de PIS/Pasep e Cofins nas importações de fertilizantes, especificando o benefício tributário con-cedido, em casos específicos, a pessoas jurídicas. O estudo tinha como objetivo com-preender e informar porque pessoas físicas não recebem a isenção na importação de fertilizantes. A conclusão da análise demonstra que, enquanto a pessoa jurídi-ca importadora de adubos e fertilizantes continua a receber isenção tributária, a pessoa física que exerce a mesma atividade passou a pagar, em julho de 2015, a alíquota de 2,1% para o PIS/Pasep e de 9,65% para a Cofins, devido a alteração da Lei nº 13.137/2015. As novas alíquotas contribuíram para elevar ainda mais o custo de produção para o produtor rural pessoa física.

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2. RELAÇÕES INTERNACIONAIS

AÇÕES E CONQUISTAS 2015

ESTUDOS E INFORMATIVOS

1. A Superintendência de Relações Internacionais (SRI) publica mensalmente três bole-tins informativos: Agronegócio Internacional, com informações sobre comércio inter-nacional; União Europeia, com informações sobre o mercado europeu; e China, com informações sobre o mercado chinês. Foram publicados, em 2015, 36 boletins informa-tivos que dão instrução ao produtor rural e a outros atores do setor agropecuário sobre temas relacionados ao mercado internacional, que afetam diretamente sua atividade. A SRI também lançou o Agro Brazil, informativo trimestral, em língua inglesa, criado com o objetivo de informar e fortalecer a imagem do setor agropecuário brasileiro no exterior.

2. Além disso, foram publicados cinco Informativos Especiais, que trouxeram as análises detalhadas sobre picos e escaladas tarifárias da União Europeia (UE) e da China, a parti-cipação da CNA na Expo Milão, uma análise inicial sobre o impacto para o agronegócio brasileiro da Parceria Transpacífico (TPP) e uma análise do estudo da Organização para

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2 . R E l A ç õ E s i n t E R n A c i o n A i s

a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre as políticas agrícolas dos principais países produtores.

EVENTOS E MISSÕES

3. Com o objetivo de promover o debate sobre temas de interesse da agropecuária bra-sileira, a SRI promoveu quatro grandes eventos nacionais e internacionais. O seminário O papel da biotecnologia nas cadeias agroalimentares – segurança alimentar, pre-servação ambiental e ganhos nutricionais foi promovido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) por ocasião da Expo Milão, em Milão, na Itália. O evento discutiu os benefícios da biotecnologia para produtores e consumidores no Brasil e no mundo, na tentativa de desmistificar falsas concepções acerca do tema na Europa. O evento teve ampla repercussão na mídia bra-sileira e local em um momento que a União Europeia debate sobre o uso, a importação e o consumo de organismos geneticamente modificados no bloco.

4. O Diálogo Agrícola Brasil-Estados Unidos tratou da experiência americana sobre política e seguro agrícola. O evento reuniu cerca de 250 pessoas, entre representantes do agronegócio e do governo. Aproveitando o intenso momento de discussão sobre um novo modelo de política e seguro agrícola no Brasil, o evento trouxe especialistas americanos para fomentar o debate e dividir experiências de sucesso nos EUA.

5. A SRI promoveu um café da manhã com os novos adidos agrícolas brasileiros nomeados para atuar em sete dos principais mercados para o Brasil. Na ocasião, foi entregue o documento “Contribuições da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil para a agenda dos Adidos Agrícolas” com as principais demandas dos setores exportadores que enfrentam dificuldades nos mercados de atuação dos adidos.

6. Além do trabalho com os adidos agrícolas brasileiros no exterior, a SRI promoveu um café da manhã com o grupo de Diplomatas da Agricultura do Brasil (DAB), grupo composto por 41 embaixadas e pela Representação da União Europeia. Durante o encon-tro, foi apresentada a estrutura institucional da CNA e os seus principais pilares de atua-ção, assim como oportunidades de trabalho conjunto com as representações no Brasil.

7. A SRI representou os interesses da agropecuária brasileira em duas missões internacionais. Por ocasião da missão do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), em Washin-gton, nos Estados Unidos, a CNA advogou pela efetiva abertura do mercado para carne bovina in natura e frutas e defendeu a retirada do Brasil de países afetados por medidas antidumping contra papel e aço, dois produtos diretamente ligados à silvicultura brasileira.

8. Em missão a Genebra, a SRI apresentou o posicionamento do setor agropecuário brasileiro em relação às negociações multilaterais da Rodada Doha de Desenvolvimen-to no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em Bruxelas, sede da União

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Europeia, a SRI discutiu temas de interesse do setor, como a nova proposta legislativa europeia sobre a importação de produtos transgênicos, o acordo bilateral sanitário e fitossanitário, e negociações do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia.

REPRESENTAÇÃO E DEFESA DE INTERESSE

9. Em 2015, a CNA passou a integrar o Conselho Deliberativo da Apex-Brasil e o Conselho Consultivo do Setor Privado da Camex (Conex). Os conselhos são os prin-cipais fóruns de influência para definição de política pública e promoção comercial do Brasil, respectivamente. A CNA participou ativamente do desenvolvimento do Plano Nacional de Exportações (PNE) com vista a promover maior dinamismo e resultados efetivos às exportações agropecuárias brasileiras.

10. A SRI elaborou uma série de documentos de posição do setor agropecuário onde foi calculado o potencial de comércio de produtos agropecuários brasileiros com paí-ses estratégicos, como México, Cuba, Índia e países-membros da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). As análises foram enviadas aos Ministérios das Relações Ex-teriores e de Agricultura, assim como à Secretaria de Comércio Exterior, para subsidiar as negociações bilaterais entre esses países e o Brasil.

11. A SRI facilitou a conclusão de projetos de cooperação com o Reino Unido. A CNA receberá recursos do Fundo Estratégico de Prosperidade da Embaixada Britânica no valor de £60.000 para a execução do projeto sobre “Pegada Hídrica da Cadeia da Pe-cuária de Leite e Corte”.

12. A SRI promoveu o monitoramento permanente dos entraves a produtos brasileiros nos principais mercados de destino das exportações brasileiras, em parceria com as associações setoriais e oficiais de governo brasileiro e estrangeiros. O resultado foi a mobilização, com agilidade e eficácia, de grupos de interesse do setor agropecuário e incentivo à maior efetividade no trabalho desenvolvido pelo governo brasileiro na remoção das barreiras ao comércio dos produtos do setor.

13. Ao longo do ano, a CNA recebeu representantes de 15 delegações estrangeiras em visita ao Brasil, entre elas, a da Alemanha, a da Arábia Saudita, a da Austrália, a da Bélgica, a da Bolívia, a de Cuba, a dos Estados Unidos, a da França, a de Myanmar, a da Nova Zelândia, a dos Países Baixos e a de Taiwan.

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2 . R E l A ç õ E s i n t E R n A c i o n A i s

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Elaboração de 37 boletins informativos e cinco estudos publicados como informativos especiais

Os Boletins do Agronegócio Internacional − China e União Europeia − têm por objetivo divulgar informações sobre o comércio exterior da agropecuária, assim como temas específicos ao mercado chinês e europeu. O Boletim Agro Brazil visa promover no exterior informações sobre a agropecuária brasileira, com foco em temas como sustentabilidade, qualidade, produtividade e novos métodos de produção. Os informativos são enviados para mais de 1.600 correios eletrônicos, de produtores, representantes do setor privado e do terceiro setor. Os estudos são publicados em Boletins Especiais da SRI e visam divulgar a análise de temas mais complexos de interesse do setor agropecuário.

Realização de seminário O Papel da Biotecnologia nas Cadeias Agroalimentares – Segurança Alimentar, Preservação Ambiental e Ganhos Nutricionais

Ampliação do debate sobre os benefícios da biotecnologia para produtores e consumidores, no Brasil e no mundo, na tentativa de desmistificar falsas concepções acerca do tema na Europa. O evento teve ampla repercussão na mídia brasileira e local em um momento no qual a União Europeia debate sobre uso, importação e consumo de organismos geneticamente modificados (OGMs) no bloco.

Realização de seminário Diálogo Agrícola Brasil-Estados Unidos

O evento reuniu cerca de 250 pessoas, entre representantes do agronegócio e do governo, que acompanharam os debates sobre política e seguro agropecuário. O evento teve como objetivo subsidiar o governo com informações que possam ajudar na formulação de uma política agropecuária mais robusta.

Realização de café da manhã com adidos agrícolas do Brasil

Aproximação com os agentes públicos baseados em nossos mercados de interesse e encaminhamento das principais demandas dos setores exportadores que enfrentam dificuldades nos mercados de atuação dos adidos.

Realização de café da manhã com Grupo de Diplomatas Agrícolas do Brasil (DAB)

Aproximação com 41 representantes de governos estrangeiros para promover a agropecuária brasileira, buscar ações de parceria e facilitar solução de controvérsias entre os países representados no DAB e o Brasil.

Participação em missão do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu)

Fortalecimento da presença e defesa de interesse do setor agropecuário brasileiro junto ao governo americano.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Organização e participação de missão a Genebra e Bruxelas

Defesa do posicionamento do setor nas negociações da Rodada Doha e acompanhamento do desenvolvimento de temas de interesse do setor junto ao governo europeu.

Participação no Conselho Consultivo do Setor Privado da Camex (Conex)

Apresentação dos interesses do setor agropecuário para ações dentro da política de comércio exterior do Brasil e do Plano Nacional de Exportações para trazer maior dinamismo e resultados efetivos às exportações agropecuárias brasileiras.

Participação no Conselho Deliberativo da Apex-Brasil

Representação dos interesses do setor junto à Apex-Brasil, buscando aumentar a participação do setor com ações beneficiárias da agência.

Elaboração de documento de posição do setor agropecuário para negociações comerciais com México, Cuba, Índia e países-membro da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)

Conquista de mais mercados externos para os produtos agropecuários brasileiros, minimizando, ao mesmo tempo, o impacto desses acordos em setores sensíveis ao mercado internacional.

Facilitação de projeto de cooperação com o Reino Unido

Aprovação de recursos do Fundo Estratégico de Prosperidade da Embaixada Britânica no valor de £60.000 para projeto sobre Pegada Hídrica da Cadeia da Pecuária de Leite e Corte.

Monitoramento permanente dos entraves a produtos brasileiros nos principais mercados de destino das exportações brasileiras

Identificação rápida de barreiras não tarifárias aos produtos do setor, proporcionando maior agilidade na solução de entraves.

Recepção de 15 delegações oficiais estrangeiras

Aproximação e alinhamento de interesses com oficiais estrangeiros. Facilitação de resolução de pendências, assim como promoção de projetos de cooperação.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSAS

1. Lei de Proteção dos Cultivares

O setor de sementes e mudas no Brasil tem passado por um rearranjo, em que têm sido apresentados diversos projetos de lei propondo modificações na Lei de Proteção de Cul-tivares. Diante da grande discussão sobre o assunto, a CNA realiza constantes reuniões com toda a classe produtora e com os representantes das empresas produtoras de se-mente com objetivo de harmonizar as ideias, buscado a melhor solução para todos.

Diante disso, foi identificada a necessidade da mudança da Lei de Proteção de Culti-vares, desde que o produtor tenha direito de salvar 100% da semente que utilizará na próxima safra e por quantas safras desejar.

3. CEREAIS, FIBRAS E OLEAGINOSAS

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Em contra partida não houve consenso com relação ao produtor pagar royalties pelo germoplasma da semente salva. O pagamento dos royalties é uma reivindicação de alguns agentes do setor e tem como objetivo fomentar a pesquisa em busca de culti-vares mais adaptáveis às necessidades de cada região produtora.

2. Manejo integrado de pragas e áreas de refúgio

A necessidade de adoção da prática de refúgio está sendo amplamente debatida devi-do ao problema de perda de eficiência das cultivares transgênicas resistentes a insetos. Identificou-se que um dos principais fatores que tem levado a essa situação é a falta de um programa de manejo integrado de pragas e a adoção de áreas de refúgio nos cultivos transgênicos de soja, milho e algodão. O refúgio não é amplamente adotado pelos produtores devido à falta de sementes com potencial produtivo semelhante às variedades transgênicas oferecidas pelas empresas e à falta de esclarecimento sobre a necessidade de adoção dessa prática. Um grande pleito do setor produtivo, que ainda segue em discussão, refere-se à importância de as empresas vendedoras de sementes disponibilizem variedades convencionais com o mesmo potencial produtivo das varie-dades transgênicas, evitando, assim, perdas aos produtores que adotam o refúgio.

3. Construção de Plano Agrícola para o Trigo

Ao visar a manutenção e a ampliação da produção de trigo no Brasil, foi desenvolvido um documento pleiteando Políticas para a Triticultura Nacional. Participaram da elabo-ração do plano a CNA, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Sindicato Rural e a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a Federação das Coope-rativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande (Fecoagro), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), entre outras.

A proposta é de um plano bianual para os cereais de inverno, com políticas para preços mínimos, seguro rural e crédito para custeio, investimento e comercialização. Busca-se, também, rever a metodologia do cálculo dos preços mínimos e manter a tarifa externa comum (TEC) do trigo em pelo menos 10%, independentemente das condições de merca-do. Atualizar o zoneamento agrícola para o trigo de acordo com os avanços tecnológicos e incentivar o transporte por cabotagem na costa brasileira são pontos que complementam a proposta. O documento foi encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (MAPA), com a finalidade de solucionar os problemas da cadeia tritícola.

4. Implementação do vazio sanitário para o feijão

Foi publicada a Instrução Normativa nº 15/2015 do MAPA, que estabelece o vazio sani-tário de 30 dias para a cultura do feijoeiro comum, nos estados de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal. O vazio sanitário é o período de ausência total de plantas vivas da

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3 . c E R E A i s , F i B R A s E o l E A G i n o s A s

cultura do feijoeiro comum e plantas invasoras na área de plantio. Durante a vigência do vazio sanitário, todas as plantas de feijoeiro comum, cultivadas ou voluntárias, deverão ser eliminadas por meio de controle químico ou mecânico. O vazio sanitário objetiva diminuir a ocorrência da praga mosca branca (Bemisia tabaci), transmissora do vírus do mosaico dourado da cultura do feijão, que, se não for controlada, pode causar grandes perdas de produção devido à falta de defensivo agrícola eficiente para o controle.

5. Ampliação do vazio sanitário para a soja

O plantio de soja foi limitado até o dia 31 de dezembro nos estados de Goiás e Mato Grosso, com o objetivo de reduzir a exposição de plantas vivas ao fungo da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizie). Busca-se, com isso, reduzir o cultivo de soja safrinha, reduzindo assim a pressão de seleção dos fungos.

6. Prorrogação do estado de emergência da lagarta helicoverpa

Com a chegada do mês de novembro, vai se esgotando o prazo de vigência do estado de emergência fitossanitária nas regiões onde há incidência da lagarta Helicoverpa armigera, responsável por prejuízos milionários aos agricultores em anos recentes. Com maior incidência nos estados do Maranhão, da Bahia, do Piauí, de Tocantins, do Mato Grosso e de Goiás, a praga causa danos principalmente às lavouras de soja, milho, algodão e tomate. O combate é feito com a aplicação de produtos à base de benzoato − agroquímico que precisa de autorização especial para ser importado. No Maranhão, o pedido de pror-rogação do estado de emergência da lagarta helicoverpa foi prorrogado. Nos demais estados, a prorrogação deve ocorrer em breve.

7. Priorização dos processos de registro de produtos fitossanitários

A sanidade vegetal depende de um conjunto de práticas destinadas a prevenir, controlar ou erradicar pragas e doenças capazes de provocar danos econômicos às lavouras, destacando-se o uso de produtos fitossanitários. Contudo a falta do regis-tro de moléculas, advinda da morosidade do processo de registro, tem ampliado os prejuízos do produtor rural e afetado a economia das regiões produtoras. Diante disso, a CNA trabalhou intensamente em pleitos relacionados à facilitação e à agi-lidade dos processos de registro, principalmente para as pragas que apresentam maior risco à produção brasileira. Em 24 de agosto de 2015, foi publicada a Portaria nº 5 do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/MAPA), definindo as pragas de maior risco fitossanitário nas principais culturas agrícolas para priorização dos pro-cessos de registro de produtos e tecnologias de controle, sendo elas: a ferrugem da soja e o mofo branco, que atacam soja, feijão e algodão; Helicoverpa armigera; mosca branca, que ataca feijão, tomate, melão e soja; nematoides que atacam soja; broca-do-café; ervas daninhas resistentes que afetam soja, algodão e feijão; e bicudo do algodoeiro.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Lei de Proteção de Cultivares

Definição de posição do setor produtivo, contemplando todos os setores, visando à modificação da Lei de Proteção dos Cultivares.

Implementação do Refúgio

Alinhamento entre privados quanto à necessidade de se definir obrigações para as partes envolvidas, a serem inseridas em contrato de compra e venda, com objetivo de dar viabilidade à adoção da prática de refúgio.

Política para cadeia tritícola

Definição e proposição de políticas específicas para cadeia produtiva tritícola no âmbito do Mapa, para atender às peculiaridades da cultura e promover o desenvolvimento da cadeia.

Vazio sanitário para cultura do feijão

Estabelecimento do vazio sanitário, de 30 dias, para cultura do feijoeiro comum nos estados de Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, buscando o controle da mosca branca.

Ampliação do vazio sanitário para soja

Limitação do plantio da soja até o dia 31 de dezembro nos estados de Minas Gerais e Goiás, com objetivo de reduzir a exposição de plantas ao fungo da ferrugem asiática.

Emergência fitossanitária para lagarta helicoverpa

Prorrogação do prazo de vigência do estado de emergência fitossanitária da lagarta helicoverpa no estado do Maranhão. Para os demais estados (BA, MA, PI, TO, MT e GO), aguarda-se ainda a prorrogação.

Priorização dos processos de registro de produtos fitossanitários

Publicação da Portaria nº 5, de 21 de agosto de 2015, do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/Mapa), definindo as pragas de maior risco fitossanitário nas principais culturas agrícolas para priorização dos processos de registro de produtos e tecnologias de controle.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DO CAFÉ

1. Declaração de Estado de Emergência Fitossanitária para praga broca-do-café nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo

Publicação da Portaria nº 11 e 12, de 23 de janeiro de 2015, que declarou estado de emergência fitossanitária para São Paulo e Espírito Santo relativo ao risco iminente de surto da broca-do-café, praga que atinge a lavoura cafeeira, além de prorrogar o esta-do de emergência para Minas Gerais. Esses três estados representam cerca de 88% do total de café produzido pelo Brasil. Após a CNA articular com federações de agricultura e pecuária estaduais e secretarias de agricultura dos respectivos estados, a publicação da portaria foi uma vitória para o setor, visto o impacto negativo da praga na produtivi-dade das lavouras e na qualidade dos grãos. Após o endosulfan, principal ingrediente ativo eficiente no controle da praga, ser banido do mercado em 2013, nenhum produto com o mesmo nível de controle havia sido registrado.

4. CAFÉ

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2. Garantia da disponibilidade de crédito de Custeio e Recuperação de Cafezais Danificados, referentes ao Funcafé

Na reunião que definia a quantidade de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) disponibilizado para 2015, havia o risco de as linhas de crédito de Custeio e Recuperação de Cafezais Danificados serem penalizadas em relação às demais. A CNA articulou para que a linha de Custeio obtivesse aumento de 12% em relação a 2014, alcan-çando valor recorde de R$ 950 milhões. Com relação à Recuperação de Cafezais Danificados, o montante de 20 milhões de reais foi mantido, considerando a importância do recurso para os produtores que tiveram suas lavouras afetadas por adversidades climáticas.

3. Suspensão temporária da aprovação de requisitos fitossanitários para importação de grãos de café verde produzidos no Peru

A Instrução Normativa (IN) nº 6, de 29 de abril de 2015, aprovou a importação de café verde proveniente do Peru. Essa abertura do mercado nacional seria altamente negativa ao setor produtivo, especialmente pelo aspecto fitossanitário. A monilia do cacaueiro e as novas raças de fungos provenientes do território peruano são as principais ameaças fitos-sanitárias para plantações de café e cacau no Brasil. Após a elaboração de embasamento técnico com os principais impactos da abertura do mercado brasileiro ao café peruano e a articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi publi-cada a Resolução nº 3, de 20 de maio de 2015, pelo Departamento de Sanidade Vegetal, suspendendo temporariamente a importação de grãos verdes provenientes do Peru.

4. Programa de Garantia de Renda

Devido a pouca utilização de ferramentas de gestão de risco de preço por parte dos produtores rurais brasileiros, a CNA elaborou, em parceria com a Bolsa de Valores, Mer-cadorias e Futuros (BM&FBovespa), o Programa de Garantia de Renda, cujo objetivo é viabilizar contratos de Opção de Venda por meio de uma subvenção governamental ao Prêmio das Opções. O programa foi apresentado e discutido no MAPA e no Ministério da Fazenda (MF), visando atender à necessidade do produtor e, também, ser alternativa viável para o governo federal. A proposta ainda está em processo de análise pelo MAPA.

5. Registro de produtos fitossanitários para controle da broca-do-café

Pela falta de produtos eficientes no controle da broca-do-café, após o endosulfan ser banido do mercado em 2013, a CNA interviu solicitando celeridade no processo de registro definitivo dos produtos que combatem a praga. Como resultado, o inseticida Voliam Targo, eficaz no controle da praga broca-do-café, obteve registro definitivo pelo MAPA no dia 15 de dezembro de 2015. A outra conquista, a partir da mesma ação da Comissão Nacional do Café da CNA, foi a divulgação pelo MAPA da prioridade no re-gistro do metaflumizone − também eficiente no controle da praga.

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4 . c A F é

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Declaração de estado de emergência fitossanitária para a praga broca-do-café nos estados de São Paulo e Espírito Santo e prorrogação do estado de emergência para Minas Gerais

Publicação da Portaria nº 11 e 12, de 23 de janeiro de 2015, que declarou estado de emergência fitossanitária relativo ao risco iminente de surto da broca-do-café, praga que atinge a lavoura cafeeira, para São Paulo e Espírito Santo, além de prorrogar o estado de emergência para Minas Gerais. Esses três estados, em conjunto, representam cerca de 88% do total de café produzido pelo Brasil.

Registro de produtos fitossanitários para controle da broca-do-café

O inseticida Voliam Targo, eficaz no controle da praga broca-do-café, obteve registro definitivo pelo Mapa em 15 de dezembro de 2015. O metaflumizone, também eficiente no controle da praga, foi divulgado pelo Mapa como prioridade no processo de registro.

Suspensão da IN nº 6, de 29 de abril de 2015, do Mapa

A IN nº 6, de 29 de abril de 2015, aprovava a entrada de café-verde proveniente do Peru. Após elaboração e envio de uma nota técnica com os principais impactos da abertura do mercado brasileiro ao café peruano, destinada ao MAPA, foi publicada a Resolução nº 3, de 20 de maio de 2015, pelo Departamento de Sanidade Vegetal, suspendendo a importação de grãos verdes provenientes do Peru.

Programa de Garantia de Renda

O Programa de Garantia de Renda foi apresentado e discutido no Mapa e no Ministério da Fazenda (MF), visando a assegurar uma parte da renda do produtor e, também, ser alternativa viável ao governo federal. A proposta ainda está em processo de análise pelo Mapa.

Recursos do Funcafé disponíveis ao cafeicultor

A linha de Custeio, a principal fonte de crédito para a classe produtiva, obteve aumento de 12% em relação a 2014, alcançando valor recorde de R$ 950 milhões. Com relação à de Recuperação de Cafezais Danificados, o montante de 20 milhões de reais foi mantido, o que foi uma vitória ao setor.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE CANA-DE-AÇÚCAR

1. Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016

A cultura da cana-de-açúcar é semiperene e tem a necessidade de renovar parte das suas áreas para manter a produtividade em níveis compatíveis com os altos custos de produção e com um retorno econômico adequado. Além disso, o aumento do consu-mo de etanol e os efeitos da queda da produção na entressafra tornam a estocagem do biocombustível estratégica ao equilíbrio do mercado. Para solucionar essas questões, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016 e teve acatado os seguintes pleitos: Manutenção do Programa de Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) e Manuten-ção do Programa de Estocagem de Etanol (PASS).

5. CANA-DE-AÇÚCAR

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5 . c A n A - d E - A ç ú c A R

2. Remuneração dos produtores/fornecedores de cana-de-açúcar

Diante da importância das informações sobre moagem de cana-de-açúcar, industriali-zação e comercialização de açúcar e álcool para o setor sucroenergético, foi encaminhado ao MAPA solicitação para disponibilizar novo relatório do Sistema de Acompanhamen-to da Produção Canavieira (SAPCana), que deve conter informações atualizadas, quin-zenalmente, de produção das usinas por unidades da Federação e por produtos gera-dos. Dessa forma, os fornecedores poderão acompanhar o mix de produção da safra e confrontá-lo com as informações repassadas pela indústria. O pleito foi atendido pelo MAPA e os usuários terão acesso ao relatório, a partir do dia 15 de novembro de 2015.

3. Desenvolvimento do setor sucroenergético

Para mitigar a crise enfrentada pelo setor e viabilizar seu desenvolvimento com a per-manência dos fornecedores na atividade canavieira, foram encaminhadas e negociadas propostas com o governo federal, com destaque para o acréscimo da mistura de eta-nol anidro na gasolina e para o retorno da cobrança, na gasolina, da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide). No âmbito dos governos estaduais, concretizaram-se as medidas de redução das alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS) do etanol e/ou o aumento das alíquotas de ICMS para a gasolina. A resposta à adoção dessas propostas foi o aumento da compe-titividade/consumo do etanol, melhorando paulatinamente sua margem de comerciali-zação. Indiretamente, o mercado de açúcar será favorecido, pela redução da sua oferta em detrimento do etanol, refletindo no aumento do preço do açúcar.

4. Inadimplência das indústrias com os fornecedores de cana-de-açúcar

O aumento dos casos de inadimplência das indústrias com os fornecedores indepen-dentes de cana-de-açúcar causa prejuízos aos produtores, impedindo que cumpram suas obrigações e colocando em risco seu patrimônio, além de causar um desequilí-brio econômico-financeiro entre os integrantes da cadeia produtiva sucroenergética. Ao objetivar conter essa tendência, a CNA solicitou ao MAPA apoio para criação de um documento que comprove o pagamento pelas indústrias dos seus fornecedores de cana, vinculando isso ao acesso às linhas de crédito governamentais. A CNA, por sua idoneidade e representatividade, será responsável pela emissão do documento. Assim, será assegurado o direito do produtor de ser remunerado por seu trabalho, promoven-do o desenvolvimento das comunidades onde é gerada a renda. O tema está sendo discutido no MAPA e espera-se, em breve, um posicionamento.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Desenvolvimento do setor sucroenergético

Retorno parcial da cobrança da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Cofins na gasolina. Valor de R$ 0,22/l.

Desenvolvimento do setor sucroenergético

Implantação do aumento de 25% para 27% do teto da mistura de etanol anidro na gasolina – Lei nº 13.033/2014.

Desenvolvimento do setor sucroenergético

Diminuição das alíquotas de ICMS do etanol e/ou aumento das alíquotas de gasolina em alguns estados da Federação. Por exemplo: Minas Gerais reduziu a alíquota de ICMS do etanol hidratado de 19% para 14% e aumentou a alíquota de ICMS da gasolina de 27% para 29%, resultando em um crescimento de 130% do consumo de etanol, de janeiro a agosto de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

Remuneração dos produtores/fornecedores de cana-de-açúcar

Disponibilização, pelo Mapa, de um novo relatório do Sistema de Acompanhamento da Produção Canavieira (SAPCana), contendo informações atualizadas, quinzenalmente, de produção das usinas por unidades da Federação e por produtos gerados. Assim, os fornecedores poderão acompanhar o mix de produção da safra e confrontar com as informações repassadas pela indústria.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE FRUTICULTURA

1. Projeto de promoção a exportações de frutas

A Comissão Nacional de Fruticultura da CNA teve participação ativa no processo de criação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). Entre as ações prioritárias está a promoção às exportações brasileiras de frutas. Ao visar a obter recursos necessários às ações de promoção, foi firmado com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) um projeto no valor de R$ 5,2 milhões para utilização no período de dois anos. As ações de promoção e de abertura de mercados que constam no projeto foram iniciadas em 2015 e defi-nidas conjuntamente pelos associados da Abrafrutas e pelos membros da Comissão Nacional de Fruticultura, tendo a participação direta dos escritórios de representação da CNA no exterior.

6. FRUTICULTURA

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2. Programa Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas

Atendendo a demanda do setor, a CNA teve participação direta na proposição do Progra-ma Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas e na construção do projeto que balizará as ações do programa. Lançado em 2015, o programa visa ao monitoramento, ao controle e à erradicação das principais espécies de mosca-das-frutas que vem causando grandes prejuízos à fruticultura brasileira. Para isso, pretende-se investir R$ 128 milhões até 2018 em ações que garantam a segurança fitossanitária das frutas brasileiras, o aumento da qualidade e, consequentemente, o aumento do consumo de frutas nos mercados interno e externo.

3. Proposta de criação de um Centro de Controle Biológico de Anastrepha farteculus (Moscasul)

A CNA, juntamente com a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, atuou direta-mente na liberação de recursos para viabilização da Moscasul. Os recursos foram libe-rados pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do MAPA e tiveram como objetivo a finalização da parte de construção civil e a compra de equi-pamentos para o centro. A previsão é de que o Moscasul inicie suas atividades em 2016 sob a coordenação da unidade executora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa) − Embrapa Uva e Vinho.

4. Crise hídrica no Vale do São Francisco

A CNA participou ativamente das discussões a respeito da situação vivida pelos fruti-cultores do Vale do São Francisco e propôs ao Ministério da Integração Nacional (MI) que adquirisse bombas flutuantes para bombear água do meio do reservatório até as estações de bombeamento dos perímetros. O pleito foi acatado pelo MI e está em fase de licitação das empresas para fornecimento do material.

5. Criação da marca Frutas do Brasil – Gifted by the Sun

Em parceria com a Abrafrutas, a CNA participou diretamente da criação da marca seto-rial da fruticultura brasileira para o mercado externo. A marca Frutas do Brasil – Gifted By the Sun será utilizada na promoção das frutas brasileiras no mercado externo.

6. Redução tarifária para exportação de frutas

Após a renovação do Sistema Geral de Preferência (SGP) dos Estados Unidos da América (EUA), a CNA, juntamente com a Abrafrutas, peticionou junto ao USDA1 a manutenção

1 Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (DAEU), em inglês United States Department of Agri-culture (USDA).

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6 . F R u t i c u l t u R A

das frutas frescas entre os produtos beneficiados. O pedido foi acatado pelo USDA e a redução tarifária para melão, papaia, manga, citrus e limão produzidos no Brasil será mantida. O SGP favorece a competitividade das furtas brasileiras no mercado americano.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Promoção a exportações de frutas

Convênio com a Apex no valor de valor de R$ 5,2 milhões para ações de promoção comercial das frutas brasileiras.

Combate à mosca – das-frutas

Lançamento do Programa Nacional de Combate à mosca-das-frutas com investimento de R$ 128 milhões até 2018 em ações que garantam a segurança fitossanitária das frutas brasileiras, o aumento da qualidade e, consequentemente, o aumento do consumo de frutas nos mercados interno e externo.

Centro de Controle Biológico da mosca Anastrepha farteculus

Criação do Centro de Controle Biológico de Anastrepha farteculus (Moscasul), com liberação de recursos pela SDC/Mapa para construção e aquisição de equipamentos para o centro que funcionará em Caxias do Sul/RS.

Crise hídrica no Vale do São Francisco

Aprovação pelo MI da aquisição de bombas flutuantes para minimizar os impactos da crise hídrica no Vale do São Francisco.

Promoção das frutas brasileiras

Criação da marca Frutas do Brasil – Gifted By the Sun para promoção das frutas brasileira no mercado externo.

Redução tarifária para exportação de frutas

Renovação do SGP dos EUA e manutenção da redução tarifária para melão, papaia, manga, citrus e limão produzidos no Brasil.

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AÇÕES E CONQUISTAS DE 2015

COMISSÃO NACIONAL DE SILVICULTURA E AGROSSILVICULTURA

1. Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016

Atendimento pelo MAPA ao pleito feito pela CNA para adequação do Programa ABC Florestas, referente ao limite de crédito por beneficiário de R$ 3 milhões para R$ 5 mi-lhões, para custeio e investimento para plantio de florestas comerciais, para produtores acima de 15 módulos fiscais. Adequação do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) referente ao limite de crédito de custeio para R$ 710 mil, juros de 7,75% ao ano e prazo máximo de dois anos. Por mais que o limite de crédito para investimento tenha permanecido em R$ 385 mil, com juros de 7,5% ao ano e carência de dois anos, o prazo máximo para pagamento foi ampliado para até 12 anos. Ao con-siderar o ciclo de médio e longo prazo da atividade florestal, foi aprovado também o financiamento do custeio para manejo e condução de florestas comerciais (tratos cultu-rais, desbastes e condução).

7. SILVICULTURA

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27

7. s i lv i c u l t u R A

2. Defesa Fitossanitária – registro de Fosfina

Publicado no Diário Oficial da União (DOU), de 9 outubro de 2015, a autorização de uso de produto à base de fosfina (Gastoxin B57) para madeira e seus subprodutos, por meio do Ato nº 61 da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins, item 08. A CNA vinha acom-panhando e reforçando esse pleito desde 2013 quando, na época, foi aprovado o registro emergencial do produto por dois anos. A aprovação da autorização definitiva para uso da fosfina para madeira e seus subprodutos − que já é regulamentado e amplamente utilizado pelos principais fornecedores de madeiras mundiais e concorrentes brasileiros − irá pos-sibilitar novos mercados internacionais ao exportador de madeira brasileiro.

3. Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas

Participação no grupo de trabalho da Câmara Setorial de Florestas Plantadas para elabora-ção do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas. Entre as priorizações da CNA está a aprovação da Cédula de Crédito Florestal (CCF), cujo objetivo é estabelecer um instrumento de crédito específico que viabilize a mobilização de recursos ao setor de florestas plantadas, no prazo exigido pela atividade, com segurança de reembolso do capital investido. Além da CCF, prioriza-se o plano para fomento da utilização da matéria-prima florestal para fins energéticos, de forma sustentável, tanto para atender às demandas crescentes do mercado interno quanto para aumentar a nossa participação no comércio internacional desses produtos.

4. Programa Mais Árvores

Coordenados pela CNA, foram realizados quatro dias de campo do Programa Mais Árvores nas regiões de atuação do programa no estado da Bahia: Alagoinhas (Litoral Norte), Barreiras (Oeste), Eunápolis (Sul) e Vitória da Conquista (Sudoeste), com objetivo de informar e orientar pequenos produtores sobre solos florestais e gestão da propriedade rural para produção de madeira para uso múltiplo, para serrarias e movelarias regionais − cerca de 500 produtores participaram dos eventos.

5. Regulamentação da Parceria Agrícola na Heveicultura

Coordenação do grupo de trabalho (GT) para elaboração de proposta de decreto para nor-matização da parceria agrícola na heveicultura, buscando, assim, maior segurança jurídica nos contratos de parceira rural. O grupo é formado pela Comissão Nacional de Silvicultura a Agros-silvicultura (CNA), pelos membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural (MAPA) e pela Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social (CNA).

6. Frente Parlamentar da Silvicultura

A Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura passou a integrar a Frente Parlamentar da Silvicultura (FPS) e a auxiliar no levantamento técnico de informações estratégicas ao

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setor florestal. A FPS é formada por 240 deputados signatários e possui como presidente o deputado federal Newton Cardoso Junior (MG) e como vice-presidente o deputado federal Irajá Abreu (TO).

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Defesa Fitossanitária − registro de Fosfina

Publicada no DOU, de 9 de outubro de 2015, a autorização de uso de produto à base de fosfina (Gastoxin B57) para a madeira e seus subprodutos.

Programa ABC Florestas

Programa ABC Florestas:• aumento do limite de crédito para produtores acima

de 15 módulos fiscais para R$ 5 milhões, para custeio e investimento para plantio de florestas comerciais; e

• aprovação para financiamento do custeio para mane-jo e condução de florestas comerciais (tratos culturais, desbastes e condução).

Melhorias no Pronamp

Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp):

• ampliação do prazo de pagamento para investimento em florestas comerciais para até 12 anos; e

• aumento do limite de crédito para R$ 710 mil para custeio.

Programa Mais Árvores

Realização de dias de campo em quatro regiões da Bahia para orientação de pequenos produtores sobre solos florestais e gestão da propriedade rural para produção de madeira para uso múltiplo.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE BOVINOCULTURA DE CORTE

1. Liberação do uso das avermectinas de longa ação

Após a proibição do uso das avermectinas de longa ação, pela Instrução Normativa (IN) nº 13/2014 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) trabalhou para que a norma fosse revogada, por entender que as normas existentes asseguram a inocuidade da carne brasileira. Em março deste ano, o MAPA publicou a IN nº 06/2015, liberando o uso das avermectinas de longa ação em todo o território nacional. Essa ação contribuiu para facilitar o manejo sanitário do rebanho, em especial para o controle de endo e ectopa-rasitas, além de proporcionar redução nos gastos com medicamentos.

8. BOVINOCULTURA DE CORTE

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2. Protocolo de Adesão Voluntária à União Europeia

A proposta de um novo protocolo para exportações de carne bovina para União Europeia avançou em 2015 e de forma consensual foi encaminhada ao MAPA tendo por proponentes a CNA, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e Associa-ção Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Enquanto a análise do memorial descritivo pelo MAPA é aguardada, o setor produtivo já prepara a implantação de pilotos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás para concluir o manual de procedimentos.

3. Tarifas de importação do fosfato bicálcio continuam zeradas

Com a participação da CNA, no Conselho Consultivo do Setor Privado da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), foi enviado um documento apontando possíveis oportuni-dades para o setor de carne bovina, envolvendo questões de importação e exportação, em especial a importação de fosfato bicálcio, produto muito utilizado na formulação dos suplementos minerais para bovinos. O trabalho reforçou a manutenção desse insumo na Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum (LETEC), assegurando assim taxas zeradas de importação, uma vez que as reservas nacionais são insuficientes para atender à demanda. Com essa ação, minimiza-se o impacto no aumento dos preços desse insumo, uma vez que ficou mais caro em 2015, devido a alta do dólar.

4. Regulamento do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT)

A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, juntamente com o Grupo Técnico de Sanidade, respondeu à Consulta Pública da Portaria SDA/MAPA nº 73, de 2 de setem-bro de 2015, que revisa o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. As considerações da CNA, em resu-mo, reforçaram a necessidade de separação dos programas, bem como a indenização do produtor rural na ocasião que os animais diagnosticados positivos são abatidos ou sacrificados.

5. Proposta de ampliação das exportações de material genético e bovinos vivos para reprodução

De forma conjunta, a Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte e a Associação Bra-sileira de Criadores de Zebu (ABCZ) encaminharam ao MAPA proposta de ampliação das exportações de material genético e bovinos vivos para reprodução. O objetivo do trabalho é rever Certificados Zoossanitários Internacionais já estabelecidos para expor-tação desses produtos a diversos países, bem como solicitar participação do setor pri-vado na elaboração de novos certificados, visando o estímulo de produção nacional e o atendimento da procura externa pela genética bovina brasileira em sêmen, embriões, touros e matrizes melhoradores.

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8 . B o v i n o c u l t u R A d E c o R t E

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Liberação do uso das avermectinas de longa ação

Diante dos esforços da CNA, a revogação da IN nº 13/2014 possibilitou o retorno de uso das avermectinas de longa ação, proporcionando facilidade no manejo sanitário do rebanho e menor gasto com medicamentos.

Proposta de Protocolo de Adesão Voluntária à União Europeia

Avanços no andamento da proposta elaborada pelo setor privado e público de um novo protocolo para exportações de carne bovina para a União Europeia.

Manutenção do fosfato bicálcio na lista de exceção à TEC

Manutenção do fosfato bicálcio na lista de exceção à TEC com tarifa zero para importação, o que proporcionou minimizar os aumentos nos preços dos suplementos minerais em função da alta do dólar.

Proposta de ampliação das exportações de material genético e bovinos vivos para reprodução

Encaminhamento de proposta, servindo de instrumento de revisão dos Certificados Zoosanitários Internacionais já estabelecidos na exportação de sêmen, embrião e bovinos vivos, assim como no estabelecimento de novos mercados.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE BOVINOCULTURA DE LEITE

1. Programa Leite Saudável

A CNA participou da construção do Programa Leite Saudável do MAPA que, além de prever a assistência técnica a 80 mil produtores dos estados de Minas Gerais Goiás, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, terá atuação a nível nacional, visando a diminuir os gargalos da atividade leiteira nas seguintes frentes: melhoramento genético, política agrí-cola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.

2. Acordo de importação de leite em pó importado da Argentina

Foi renovado por mais um ano o acordo de cotas sobre a importação de leite em pó oriundo da Argentina. A cota foi mantida em 3.600 toneladas/mês, com preços não inferiores ao mínimo cotado pela Oceania, garantido, com isso, a previsibilidade do

9. BOVINOCULTURA DE LEITE

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9 . B o v i n o c u l t u R A d E l E i t E

volume de leite argentino que entra no país, sem surtos de importação que deprimem os preços pagos aos produtores.

3. Manutenção dos 11 produtos lácteos na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec)

Foi prorrogada para 31 de dezembro de 2023 a manutenção dos 11 produtos lácteos na Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (LETEC), com alíquota de 28%. Com isso, o setor lácteo brasileiro mitigará possíveis práticas desleais de comércio.

4. Créditos presumidos dos tributos PIS/Pasep e Cofins

O Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, que regulamenta a Lei nº 13.137/2015 e institui o Programa Mais Leite Saudável, possibilita as empresas e as cooperativas de laticínios habilitadas pelo MAPA a recuperarem até 50% dos créditos presumidos dos tributos PIS/Pasep (1,65%) e Cofins (7,60%) acumulados desde 2010 na aquisição de leite in natura como insumo para produção de lácteos. As empresas devem destinar, pelo menos, 5% do recurso recuperado em projetos de melhoria de competitividade, melhoramento genético ou educação sanitária. Caso as empresas ou as cooperativas optem por não se habilitar junto ao MAPA, elas poderão recuperar um percentual menor de créditos presumidos, de até 20%. Dessa forma, espera-se que realmente haja inves-timentos em capacitação e assistência técnica por parte do setor industrial.

5. Desburocratização do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro)

A CNA encaminhou ao MAPA proposta de desvinculação da liberação do crédito do Inovagro de programas do MAPA. A linha de crédito deve incentivar a utilização de tecnologias no processo produtivo, independentemente de estar vinculada a algum programa ministerial. A proposta foi acatada pela ministra, o que acarretará em uma maior celeridade para aquisição do crédito e redução na burocracia que travava essa linha de financiamento para os produtores de leite.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Programa Leite Saudável

Lançamento do programa com objetivo de atuar nas seguintes frentes da atividade leiteira: assistência técnica melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Renovação do acordo de cotas e preços sobre o leite em pó importado da Argentina

Manutenção da cota de 3.600 toneladas/mês, com preços não inferiores ao mínimo cotado pela Oceania.

Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec)

Prorrogação da TEC dos 11 produtos lácteos em 28% por mais oito anos.

Publicação do Decreto nº 8.533 − PIS/Cofins

As empresas de laticínios, quando habilitadas pelo Mapa, destinam 5% dos 50% dos créditos presumidos em projetos de melhoria da competitividade do produtor rural, genética e educação sanitária.

Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro)

Melhoria no acesso ao crédito e desburocratização da linha de financiamento para os produtores de leite.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE AVES E SUÍNOS

1. Projeto de Lei da Integração Agroindustrial (PL nº 6.459/13)

Com a retomada das negociações dos pontos divergentes do projeto de lei (PL) no pri-meiro semestre do ano, as entidades representativas, capitaneadas pela CNA, voltaram a realinhar proposta única a ser defendida no plenário da Câmara dos Deputados acer-ca do conteúdo que o PL deveria apresentar. Chegou-se ao acordo do texto em reunião na CNA que também envolveu a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Associação Brasi-leira dos Criadores de Suínos (ABCS) e Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco). O consenso foi apresentado em um evento promovido pela CNA de café da manhã com os parlamentares envolvidos no setor. Com a posição final unificada das entidades representativas, os parlamentares pleitearam para que o PL entrasse em re-gime de urgência para votação em plenário.

10. AVES E SUÍNOS

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2. Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC)

Após submetidos, no ano passado e retrasado, os três estados da Região Sul ao reco-nhecimento internacional de zona livre de PSC, os estados restantes que já possuíam o reconhecimento nacional também se submeteram à aprovação da Organização Mun-dial de Saúde Animal (OIE) para obtenção do reconhecimento internacional. Este foi o resultado de um trabalho entre os serviços de defesa estaduais e a iniciativa privada para responder rapidamente à nova demanda internacional.

3. Reunião Setorial com a ministra da Agricultura

O setor produtivo apresentou suas demandas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em reunião com a ministra e os seus secretários para formação de uma agenda de trabalho a ser seguida pelo MAPA em sua gestão, em consonância com o setor privado. Entre as principais demandas do setor produtivo, destacam-se: a estruturação da defesa sanitária, com maior investimento nos estados; apoio à regulamenta-ção específica dos contratos de integração; a formação de novos mecanismos para re-gularização do mercado de milho em épocas de desabastecimentos; e aumento do mon-tante e maior acessibilidade a linhas de crédito do Inovagro e Programa ABC ao setor.

4. Rodadas de Debate com Produtores Integrados para Discutir Relação Contratual

A Comissão Nacional reuniu-se com avicultores e suinocultores do Paraná, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul para discutir estratégias de negociação contratual e base metodológica para levantamento dos custos de produção e formação da remu-neração nos sistemas de integração. O resultado das reuniões foi a elaboração de uma proposta de projeto para fortalecimento do produtor integrado, com formação de um curso de negociação contratual a ser apresentado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

5. Medidas de prevenção e monitoramento à entrada de influenza aviária (IA) no Brasil

A CNA apresentou à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural (CAPADR), da Câmara dos Deputados, a importância da parceria público--privado para adoção de medidas de biosseguridade na avicultura brasileira, evitando, assim, um possível surto de doenças, tais como a influenza aviária (IA) e Newcastle. Posteriormente, o assunto foi destaque em reunião do Grupo Técnico de Sanidade da CNA, com o propósito de elaborar um plano de ações da iniciativa privada sobre a implantação das medidas de prevenção, bem como o fortalecimento do serviço de vigilância nos estados.

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1 0 . Av E s E s u í n o s

6. Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

A CNA acompanhou o projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, realizado pelo MAPA, com o objetivo de realizar o levantamento no Brasil e no exterior de mode-los de tratamento de dejetos, seguidos de avaliação econômica de cada um deles. O objetivo foi levantar as alternativas para o tratamento de dejetos na suinocultura, bem como aumentar a adesão dos suinocultores ao Programa ABC e gerar maior facilidade no acesso ao crédito através da capacitação dos agentes financeiros e projetistas. Já o papel da CNA neste contexto é avaliar a viabilidade econômica das alternativas e disseminá-las aos produtores após a conclusão do projeto.

7. Situação da ractopamina no Brasil

Após sondagem do MAPA para saber o posicionamento de cada elo da cadeia pro-dutiva da carne suína em relação à proibição da substância ractopamina, a CNA levou o assunto à Câmara Setorial, onde se propôs discussão técnica ampla com todos os envolvidos no setor, para prevenir uma ação prematura que poderia acarretar em altos prejuízos econômicos ao setor.

8. Discussões de Bem-Estar Animal (BEA)

Maior participação da CNA nas discussões do Congresso Nacional e do governo federal acerca da normatização do BEA no Brasil. A CNA apresentou-se ao MAPA e aos parla-mentares – em especial os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos maus-tratos animais – como entidade principal do setor produtivo disposta a discutir mutuamente as propostas de BEA a serem legisladas pelos órgãos. Essa aproximação institucional favorecerá o setor produtivo, visto que, algumas vezes, a ciência é deixada de lado.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Projeto de Lei da Integração (PL nº 6.459/2013)

Elaboração de emendas de consenso acerca da remuneração do integrado e composição das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec) dentro da cada unidade de integração. Formação de consenso entre os grupos de interesse e apreciação dos parlamentares envolvidos para dar celeridade ao processo de votação da matéria legislativa.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC)

Após uma série de encontros entre as entidades representativas dos produtores e os serviços de defesa estaduais, que contou com as contribuições e entendimentos da CNA acerca do assunto, houve a inclusão de outros estados (SP, MG, RJ, ES, GO, DF, MT, MS, TO, BA, SE, RO e AC) que possuíam o reconhecimento nacional no pleito para obtenção do reconhecimento internacional a ser avaliado pela OIE. Vale salientar que os três estados da Região Sul já passaram pelo processo.

Discussões sobre Bem-Estar Animal

Abertura institucional com o Congresso Nacional e órgãos legisladores do governo federal para participação nas discussões de normatização do bem-estar em animais de produção.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE PESCA

1. Formação e capacitação do pescador profissional

Foi instituído no âmbito do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape) um Grupo Técnico para discussão de assuntos correlatos com a formação e a capacita-ção do pescador profissional. A Comissão Nacional da Pesca solicitou participação e tornou-se integrante efetivo no Grupo Técnico. Para 2016, o intuito é englobar o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) como parceiro da qualificação do pescador em temas específicos.

2. Suspensão da Portaria MMA nº 445/2014

Em 2014, foi publicada a Portaria nº 445, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 17 de dezembro, que proíbe a captura de determinadas espécies de peixes constantes

11. PESCA

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na lista das espécies ameaçadas de extinção relacionadas na referida portaria. Devido ao impacto dessa regulamentação ao setor pesqueiro, a CNA participou de Audiência Pública na Câmara dos Deputados para solicitar a suspensão da portaria. Tal audiência culminou com a elaboração e a apresentação de projetos de lei na Câmara e no Senado Federal, visando a sustar os efeitos da portaria. A CNA, ainda, forneceu subsídios por meio de parecer técnico, e a Portaria MMA nº 445/2014 foi objeto de análise judicial por meio do Agravo de Instrumento interposto pelo Conape, pela Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil (FAEP-BR) e pela Confederação Nacional dos Pes-cadores e Aquicultores (CNPA). Como resultado, o desembargador deferiu o pleito e suspendeu liminarmente os efeitos da portaria.

3. Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário das Embarcações Pesqueiras e Infraestruturas de Desembarque de Pescado – Embarque Nessa

Durante reunião entre a Comissão Nacional da Pesca, os representantes do setor e os do extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), foi definido que serão realizadas alterações nas sanções previstas na instrução normativa que instituiu o programa. Para acompanhar a implantação assistida das diretrizes da normativa, foi criado Grupo Técnico de Trabalho no qual foi acordado que será realizado um estudo de impacto regulatório da normativa do extinto MPA e priorizadas as frotas que realizam algum tipo de processamento a bordo e as que visam à exportação de seus produtos para os estudos de implantação do programa.

4. Cessão de uso dos terminais pesqueiros públicos

A Comissão Nacional da Pesca encaminhou ao extinto MPA proposta sobre a cessão de uso dos terminais pesqueiros públicos (TPPs). Existem hoje 20 TPPs em execução, em obras ou sendo construídos, no entanto apenas oito estão aptos ao funcionamento. A cessão de uso será um ganho para o setor, pois, com o envolvimento da iniciativa pri-vada na administração dos terminais, a tendência é a regularização e o início das ativi-dades dos 12 TPPs inoperantes, o que facilitará o desembarque do pescado ao final do cruzeiro de pesca. A proposta da CNA foi debatida em Audiência Pública e será anali-sada por uma comissão própria, visando à regulamentação da concessão dos terminais.

5. Comitês Permanentes de Gestão

Em 2015, o extinto MPA criou os Comitês Permanentes de Gestão (CPGs) com intuito de possibilitar um ambiente de discussão entre o setor pesqueiro, os especialistas e os pes-quisadores para aprimorar os instrumentos de controle, monitoramento e fiscalização da pesca. Foram estipulados seis CPGs marinhos: camarão Nordeste, demersais e pelágicos Norte/Nordeste, atuns e afins, lagosta, pequenos pelágicos Sudeste/Sul e demersais (cama-rões e peixes) Sudeste/Sul e quatro CPGs continentais: Bacia Amazônica, bacia Norte e Centro Oeste, bacia Nordeste e bacia Sudeste/Sul. A CNA tornou-se integrante efetiva dos CPGs de pequenos pelágicos Sudeste/Sul e demersais (camarões e peixes) Sudeste/Sul.

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1 1 . P E s c A

6. Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel

Em 2015, foi realizada Consulta Pública sobre o Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel. A Comissão Nacional da Pesca apresentou alterações propostas pelo setor e as defendeu em Audiência Pública realizada pelo extinto MPA. A proposta encaminhada englobava a necessidade de revisão dos dias de operação das embarca-ções e, ainda, contemplava a necessidade de consideração do consumo para embarca-ções que são equipadas com motor diesel auxiliar, principalmente para embarcações que têm congelamento a bordo, onde praticamente o motor auxiliar permanece funcio-nado 24 horas por dia para manter a temperatura da frigorífica. Como resultado, será publicada nova instrução normativa com as alterações acatadas.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Formação e capacitação do pescador profissional

Participação efetiva no grupo técnico para discussão de assuntos correlatos com a formação e a capacitação do pescador profissional.

Portaria MMA nº 445/2014

Suspensão por liminar dos efeitos da portaria.

Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário das Embarcações Pesqueiras e Infraestruturas de Desembarque de Pescado

Alteração das sanções previstas no programa e participação efetiva da Comissão no Grupo Técnico de Trabalho para acompanhar a implantação assistida das diretrizes da instrução normativa.

Cessão de uso dos terminais pesqueiros públicos

Regulamentação da cessão de uso dos terminais pesqueiros públicos por meio de nova normativa a ser publicada.

Comitês permanentes de gestão

Participação efetiva nos Grupos Permanentes de Gestão de Pequenos Pelágicos SE/S e Demersais (camarões e peixes) SE/S.

Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel

Adequação, em nova normativa a ser publicada, dos dias de operação da embarcação e inclusão do consumo dos motores auxiliares para cálculo da cota de óleo diesel.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE AQUICULTURA

1. Rastreabilidade dos recursos pesqueiros

A Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) é a ferramenta que reúne informações sobre a cadeia produtiva na Base de Dados Única (BDU), garantindo, com isso, maior controle e transparência dos sistemas agropecuários. Ao visar ao controle do trânsito de animais aquáticos, em 2015, a CNA, em parceria com o extinto Ministério da Pes-ca e Aquicultura (MPA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), finalizou o desenvolvimento de software com o intuito de viabilizar a rastreabilidade de recursos pesqueiros provenientes da aquicultura por meio da emissão de Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA).

12. AQUICULTURA

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1 2 . A q u i c u l t u R A

2. Estudo de prevalência da salmonella em peixes de cultivo destinados ao Serviço de Inspeção Federal (SIF)

Desde 2014, a Comissão Nacional de Aquicultura vem trabalhando, juntamente com o MAPA e o extinto MPA, no diagnóstico da situação brasileira quanto à presença da salmonella em peixes de cultivo processados em indústrias sob Serviço de Inspeção Federal (SIF). Em 2015, foi elaborada proposta de Termo de Cooperação Técnica, com vigência inicial de cinco anos, para desenvolvimento de procedimentos e processos relacionados ao monitoramento e ao controle de micro-organismos patogênicos, resí-duos e contaminantes e outros parâmetros de identidade e qualidade para matéria-pri-ma proveniente de pescado e seus produtos na indústria. A previsão é que, no início de 2016, o Termo de Cooperação seja assinado e iniciado o estudo.

3. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa)

O Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riis-poa), instituído pelo Decreto nº 30.691/1952, dispõe sobre normas de inspeção indus-trial e sanitária que devem ser seguidas pelos órgãos oficiais de inspeção e diretrizes para fiscalização na produção animal. O decreto está instituído há 63 anos e, desde 2007, encontra-se em fase de atualização e reestruturação. Em 2015, após contribui-ções do Poder Executivo, a Comissão Nacional de Aquicultura teve acesso à proposta do novo regulamento. No novo Riispoa, houve maior regulamentação para produtos oriundos da pesca e aquicultura no capítulo de inspeção industrial e sanitária de carnes e derivados. Com isso, a Comissão Nacional da Aquicultura enviou contribuições ao MAPA com alterações demandadas pelo setor.

4. Isonomia tributária para insumos

Uma das demandas apontadas como prioritárias pelo setor aquícola é a falta de isono-mia na tributação entre as cadeias produtivas de proteínas animais. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa a conceder os mesmos benefícios fiscais à ração do setor pesqueiro aos já outorgados aos bovinocultores e avicultores. Ao visar dar celeridade e contribuir com esse assunto, a Comissão Nacional de Aquicultura en-caminhou parecer técnico ao relator e, como consequência, a Comissão de Agricultura, Pecuária, e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que seguiu para as demais Comissões da Câmara para aprovação da referida lei.

5. Plano Safra da Pesca e Aquicultura

A Comissão Nacional da Aquicultura apresentou demandas do setor e as defendeu nas reuniões como o extinto MPA que culminaram com a publicação do Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016. O plano trouxe como alterações a disponibilização de

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linhas de crédito específicas e acessíveis pelo aquicultor, a disponibilização de serviços de assistência técnica e extensão aquícola para atendimento aos aquicultores, o apoio ao processo de comercialização da cadeia produtiva do setor, promovendo o acesso à infraestrutura logística básica necessária ao processo de produção, desembarque, armazenagem e comercialização do pescado produzido, a promoção da comercialização e do consumo do pescado brasileiro nos mercados nacional, institucional e externo e a promoção do aumento da produção aquícola para assegurar o abastecimento do mercado interno e externo.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Rastreabilidade dos recursos pesqueiros

Desenvolvimento de plataforma on-line para viabilizar a rastreabilidade de recursos pesqueiros provenientes da aquicultura por meio da emissão de e-GTA.

Estudo de prevalência da salmonella em peixes de cultivo destinados ao Serviço de Inspeção Federal.

Termo de Cooperação Técnica para desenvolvimento de procedimentos e processos relacionados ao monitoramento e controle de micro-organismos patogênicos, resíduos e contaminantes e outros parâmetros de identidade e qualidade para matéria-prima proveniente de pescado e seus produtos na indústria.

Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa)

Encaminhamento ao Mapa de contribuições do setor sobre o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.

Isonomia tributária para insumos

Aprovação do Projeto na CAPADR da Câmara dos Deputados.

Plano Safra da Pesca e Aquicultura 2015/2016

Aprovação das seguintes propostas apresentadas pela CNA: desburocratização do acesso ao crédito pelo aquicultor e melhoria e intensificação do serviço de assistência técnica e extensão aquícola para atendimento aos aquicultores.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE OVINOS E CAPRINOS

1. Programa Nacional de Desenvolvimento da Ovino e Caprinocultura (Pronadoc)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acompanha a evolução do Pronadoc na Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (MAPA), contribuindo para sua implementação. O programa será complementado diante dos resultados do Projeto Rota do Cordeiro do Ministério da Integração Nacional (MI) que atuará em 12 arranjos produtivos locais a priori no semiá-rido e no Sul do país.

2. Apoio ao Projeto Rota do Cordeiro

A CNA participa da estruturação do Projeto Rota do Cordeiro coordenado pelo MI. Inicial-mente será feito o levantamento das dificuldades da cadeia, bem como será elaborada

13. OVINOS E CAPRINOS

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uma carteira de projetos específicos para cada um dos 12 polos que serão trabalhados. O objetivo do projeto é atuar nos setores de insumos, produção, processamento e comercialização para fortalecimento dessas atividades em regiões desfavorecidas, vi-sando ao incremento financeiro nas comunidades de baixa renda por meio da ovino e caprinocultura.

3. Frente Parlamentar de Ovinocaprinocultura

A Comissão Nacional de Ovinos e Caprinos da CNA participa do grupo técnico da Frente Parlamentar da Ovinocaprinocultura. O objetivo do grupo é subsidiar os par-lamentares na criação de políticas nacionais de incentivo para a cadeia, estimulando a pesquisa, a capacitação, a criação e o abate de ovinos e caprinos. Outros objetivos são reduzir a carga tributária ao longo da cadeia; harmonizar as distorções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) entre os estados e integrar as iniciativas e as atividades do governo e das entidades da sociedade civil.

4. Assistência Técnica e Gerencial do SENAR

A Comissão Nacional de Ovinos e Caprinos tem levado ao conhecimento das entida-des atuantes nessa cadeia a Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), específica para ovino e caprinocultura. A iniciativa des-pertou interesse e foi levada para a Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do MAPA. Na ocasião, indústrias interessadas buscaram o SENAR para implantação de projetos--piloto de integração da produção e industrialização da carne ovina em alguns estados.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Atuação no Programa Nacional de Desenvolvimento da Ovino e Caprinocultura (Pronadoc)

Interação do Pronadoc junto ao projeto Rota do Cordeiro na Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Mapa para implantação de política pública nacional que fortaleça a produção de ovinos e caprinos, bem como o consumo dos respectivos produtos.

Apoio ao Projeto Rota do Cordeiro do Ministério da Integração

Compartilhar as ações da CNA e do SENAR junto ao Projeto Rota do Cordeiro, a fim de otimizar trabalhos, recursos e tempo, proporcionando maior sinergia nos projetos da cadeia.

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1 3 . o v i n o s E c A P R i n o s

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Atuação no grupo técnico da Frente Parlamentar de Ovinocaprinocultura

Atuação junto aos parlamentares em defesa dos produtores desde a criação de políticas nacionais de incentivo para cadeia, reduções tributárias e integração de iniciativas públicas e privadas para o setor da ovinocaprinocultura.

Assistência Técnica e Gerencial para os Ovinocaprinocultores

Difusão da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR voltada especificamente aos produtores de ovinos e caprinos, tendo por objetivo melhorar a produtividade e a rentabilidade da atividade.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

1. Código Florestal

A prorrogação do prazo para declaração junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) para 5 de maio de 2016, conforme previsto na Lei nº 12.651, de 2012, contou com a ação direta da CNA junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). O CAR é condição obri-gatória para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). A ampliação do prazo propicia maior alcance das medidas de consolidação e efetividade das eventuais recuperações/compensações ambientais. Ao se encerrar este prazo para declaração, o cadastramento não se encerra. No entanto as flexibilizações garantidas em lei ex-piram. Com pouco mais de 63% dos cadastros realizados e apenas três estados com seus PRAs prontos, as regulamentações dos código foram importantes para garantir os avanços previstos na lei.

14. MEIO AMBIENTE

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1 4 . m E i o A m B i E n t E

2. Conservação da Biodiversidade

O plano estratégico para Conservação da Biodiversidade, baseado nas metas globais de biodiversidade (conhecidas como Metas de Aichi), pautou-se nas discussões da Co-missão Nacional de Biodiversidade (Conabio) e refletiu-se nas políticas públicas nos âmbitos federal e estadual. Metas com alto impacto potencial na atividade agropecuá-rio, como expansão das unidades de conservação (UCs) e subsídios perversos foram discutidos e conceituados de forma a dirimir seus impactos. Foram discutidas as estra-tégias e as ações da restauração florestal, com o objetivo de estabelecer políticas que incentivem e viabilizem a resolução dos passivos ambientais. A lei que disciplina o uso do bioma Cerrado foi acompanhada e adequada para apresentar um texto equilibrado entre produção e preservação.

3. Acesso aos recursos genéticos

Foi aprovada a Lei nº 13.123, em 20 de maio de 2015, que dispõe sobre o acesso ao pa-trimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiver-sidade. O desafio é produzir uma regulamentação, clara e objetiva, e a implementa-ção do novo marco legal, garantindo não apenas a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento científico e tecnológico, como também repartindo os benefícios da sua exploração econômica. A CNA está em tratativas com a Casa Civil para ajudar na elaboração do decreto que irá regulamentar a lei.

4. Mudanças climáticas

O setor agropecuário nacional tem participado ativamente nas consultas e nas discus-sões das questões relacionadas às mudanças climáticas. Por ser a atividade da produção de alimentos afetada diretamente pelas questões climáticas, o setor agropecuário deve levar ao governo brasileiro as aspirações dos produtores rurais, diante da negociação que se aproxima. Orientada pelo setor produtivo, a proposta brasileira apresentada na Conferência das Partes Seção Clima contou com as diretrizes apresentadas pela CNA.

5. Uso da água na agropecuária

O primeiro seminário internacional da CNA sobre a gestão da água com foco na agricultura mostrou a importância do setor no sistema de governança da água no Brasil. Alçando a CNA como ponto focal das discussões sobre as políticas de ge-renciamento de água e segurança hídrica voltadas a agricultura. O seminário contou com mais de 300 participantes presenciais e mais de 1.000 acessos pela transmissão na internet. O evento teve grande repercussão na mídia especializada e também na mídia geral.

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6. Pegada Hídrica

Iniciou-se, em parceria com a Embaixada Britânica e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o cálculo da pegada hídrica da produção de carne e leite bo-vino. Os dados gerados serão os primeiros realizados com a devida profundidade no Brasil e produzirão números reais da pegada hídrica da carne e do leite. Esses números permitirão avaliar o real uso da água pela atividade de pecuária, evitando a deprecia-ção do produto brasileiro, barreiras não tarifárias e garantindo o diferencial competitivo da pecuária brasileira na utilização da água.

7. Energia elétrica

Em articulação com o Congresso Nacional, conseguiu-se a inclusão da emenda à Medida Provisória nº 688/2015, que trata da repactuação do risco hidrológico de geração de energia elétrica. A emenda apresentada e aprovada determina a incidência dos des-contos da tarifa horossazonal, que os irrigantes e aquicultores têm direito nas bandeiras tarifarias de energia elétrica.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Código Florestal

Portaria nº 100, de maio de 2015, que ampliou o prazo para adesão ao processo declaratório de diagnóstico da situação da propriedade rural quanto às suas obrigações previstas na legislação ambiental, por meio do CAR para maio de 2016.

Biodiversidade

Definição de conceitos e de indicadores para aplicação do Plano Estratégico de Conservação da Biodiversidade, baseados no acordo internacional conhecido como Metas de Aichi.Adequação da Lei do Desenvolvimento Sustentável do bioma Cerrado para evitar a inviabilização do seu uso.

Acesso aos recursos genéticos e conhecimento tradicional associado

Adequação da lei para minimizar os impactos aos produtores rurais. Exclusão das culturas comerciais cultivadas, relacionadas à alimentação e à agricultura, do escopo da lei.

Mudanças climáticas

Acompanhamento da confecção da proposta brasileira das Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDCs) a ser apresentada na COP 21, adequando-as a uma proposta que permita o crescimento da atividade.

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1 4 . m E i o A m B i E n t E

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Uso da água na agropecuária

A CNA capitaneou as discussões sobre as políticas e uso dos recursos hídricos para agropecuária e irrigação.

Pegada HídricaRealização de estudos científicos para avaliação dos usos de água na agropecuária. Nacionalização dos números da Pegada Hídrica da Pecuária.

Energia elétrica Inclusão do desconto horossazonal para bandeiras tarifárias em medida provisória.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

1. Fórum do Pronaf

A CNA participou do fórum do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultu-ra Familiar (Pronaf), evento coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o objetivo de debater as propostas para o Plano Safra da Agricultura Fami-liar 2015/2016. Nas reuniões, foram discutidas políticas públicas de crédito para a Agri-cultura Familiar (AF) e temas de interesse dos empreendedores familiares rurais. A CNA fez contribuições ao plano e apresentou aos agentes financeiros, às entidades públicas e aos demais participantes os pleitos dos produtores e dos empreendedores familiares rurais, associados aos sindicatos patronais. Além disso, a CNA consolidou, em docu-mento único, as contribuições das Federações de Agricultura, somando 16 propostas.

15. EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAIS

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1 5 . E m P R E E n d E d o R E s F A m i l i A R E s R u R A i s

Entre as que foram incluídas no plano, destacam-se a permanência das linhas de crédi-to específicas para aquisição de veículos novos e inclusão de financiamentos de equipa-mentos de ordenha mecânica para a pecuária leiteira (Pronaf Mais Alimentos).

Projeto Lei (PL) nº 7.948/2014 (exercício profissional de apicultor e meliponicultor) – mobilização contrária dos representantes do setor produtivo e dos membros da Câmara Setorial da Mel e Produtos de Abelha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento (MAPA) quanto à aprovação do Projeto de Lei 7.948/2014. O PL, entre outras propostas, prevê a obrigatoriedade de cursos técnicos específicos para produtores de mel e produtos da abelha, bem como seu cadastro no Conselho Federal de Biologia (CFBio). Em parecer, a CNA posicionou-se divergente às propostas do PL, identificando os possíveis impactos ao setor produtivo. Lembrou que a apicultura e meliponicultura são atividades rurais milenares e artesanais, e que a aprovação do texto do PL resultaria em elevados custos de produção. Os membros da Câmara e outros representantes da cadeia produtiva concordaram com posicionamentos da CNA e iniciaram ações políti-cas para que o PL não seja aprovado.

2. Treinamentos de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)

A Comissão realizou, nos estados de SC, BA, MT, MG e RS, sete treinamentos para for-mação de agentes emissores de DAP. Foram capacitados mais de 230 colaboradores de sindicatos do Sistema CNA para operar com a DAP. Nesses sindicatos, o agricultor familiar e o empreendedor familiar rural, por meio de ato declaratório, poderão solicitar sua DAP e acessar as linhas de créditos exclusivas do Pronaf.

3. Sistema Operacional de Credenciamento de Entidades e Agentes Emissores de DAP

Atendendo às reivindicações dos sindicatos e das Federações da Agricultura, a CNA encaminhou ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) um dossiê com os pro-blemas apresentados pelo programa CEDWeb do MDA. Esse sistema é utilizado para credenciar os sindicatos e os agentes emissores de DAP. Após o encaminhamento do dossiê, foram promovidas melhorias no sistema operacional.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Participação no Fórum do Pronaf para discutir o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016

Permanência de linhas de créditos específicas (veículos novos e equipamentos) na proposta do Plano Safra de Agricultura Familiar 2015/2016, bem como aumento do volume de recursos ofertados para agricultores e empreendedores familiares, que permitirão a adesão de mais produtores no Pronaf.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Rejeição do PL nº 7.948/2014

A CNA mobilizou representantes do setor (apicultura e meliponicultura) e membros da Câmara Setorial do Mapa para, em conjunto, promoverem ações contra o PL nº 7.948/2014.

Capacitações e treinamentos de DAP

As capacitações dos agentes emissores de DAP foram realizadas em seis estados, somando mais de 230 colaboradores de sindicatos do Sistema CNA aptos para emissão. As capacitações permitem o acesso do empreendedor familiar rural às linhas de créditos exclusivas e às taxas de juros do Pronaf.

Sugestões ao Sistema Operacional de Credenciamento de Entidades e Agentes Emissores de DAP

Melhorias no sistema operacional, reduzindo os transtornos aos usuários e permitindo ampliar as emissões de DAP aos empreendedores familiares rurais.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL

1. Renegociação de dívidas

A CNA realizou gestões junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (MAPA), ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Ministério da Fazenda (MF) e Ministério da Integração (MI) buscando medidas que permitisse a renegociação ou a liquidação de dívidas dos produtores rurais da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Embora as propostas solicitadas ainda não tenham sido atendidas, as reuniões e os estudos apresentados estão servindo de base para a construção de novas soluções. A bancada do Nordeste no Congresso também foi mobilizada, assim como o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e outros agentes financeiros.

16. ASSUNTOS DO NORDESTE

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2. Ações conjuntas da CNA – Banco do Nordeste

A CNA e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), dando continuidade no acordo de coo-peração destinado à promoção e ao desenvolvimento rural, estão promovendo a capa-citação dos produtores rurais para mudança de comportamento produtivo e gerencial e em absorção de soluções tecnológicas. As ações ocorrem simultaneamente com a participação de representantes do BNB durante as capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

3. Ações emergenciais

Em visita ao Ministério da Integração, foram apresentadas informações das condições das barragens e dos açudes do Nordeste. Como função secundária, essas estruturas abastecem com água as regiões rurais produtoras do Semiárido. Os índices meteoroló-gicos, a quantidade de municípios em situação de emergência e a paisagem nordestina demonstram os impactos negativos que as consecutivas secas provocaram no meio rural. A CNA solicitou ampliação das ações executadas pelo Ministério da Integração e maior agilidade para que o governo federal, por meio de ações emergenciais, consiga evitar ainda mais a redução dos rebanhos e as perdas na agricultura.

4. Agenda estratégica para a região Nordeste

A CNA promoveu estudo que identificou os principais entraves no desenvolvimento da produção rural no Nordeste, a comissão compartilhou com as Federações de Agricul-tura um documento e propôs dar início às ações conjuntas para melhorar e ampliar as atividades relacionadas às atividades rurais. Ao longo deste ano, foram empenhadas ações em relação ao crédito rural, ao seguro agrícola, aos estoques públicos e às capa-citações de colaboradores de sindicatos.

5. Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste

A CNA contribuiu para a construção do Plano de Desenvolvimento da Região Nordeste do MAPA. Como principais diretrizes, o plano apresenta seis linhas de atuações: Assis-tência Técnica e Capacitação; Cooperativismo e Associativismo; Agregação de Valor ao Produto; Crédito Rural; Programas de Venda em Balcão; e Aperfeiçoamento Tecnológico. Antecedendo o lançamento do plano, a CNA já havia assistido o MAPA por meio do documento intitulado Contribuição do Sistema CNA/SENAR para Reinserção Produtiva e Econômica dos Estabelecimentos Rurais no Semiárido do NE.

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57

1 6 . A s s u n t o s d o n o R d E s t E

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Crédito Rural

A CNA apresentou dados do setor produtivo, em audiências públicas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que comprovam a ineficiência das políticas de crédito para o Nordeste. Com o consentimento de parlamentares e o apoio de agentes financeiros, estão em elaboração novas propostas para o refinanciamento das dívidas rurais. Espera-se criar novas possibilidades de desenvolvimento no meio rural, por meio do acesso ao crédito rural, até mesmo daqueles que hoje se encontram inadimplentes.

Agenda Estratégica da Região Nordeste

Após o encaminhamento do documento às Federações de Agricultura e Pecuária, a CNA deu início a atividades recomendadas pelo estudo:Envolvimento do Sistema CNA com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – realização de curso de capacitação na Federação da Agricultura da Bahia. A Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão está atualizando o credenciamento dos Agentes Emissores de DAP dos Sindicatos Rurais, visando a capacitar os colaboradores para ampliar a emissão aos produtores.Necessidade de expansão das ações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o abastecimento do Nordeste – a CNA pleiteou concessão de subvenção econômica à Conab, uma vez que o milho é um importante alimento, com alto valor energético para os animais. Embora a subvenção não tenha sido acatada, a Conab intensificou a transferência do cereal para a região.

Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste

A CNA contribuiu com propostas que serviram para nortear o Plano de Desenvolvimento Regional do Nordeste do Mapa.O documento entregue pela CNA, assim como as contribuições da Embrapa, teve como objetivo criar melhores condições para os produtores rurais dessa região. Espera-se que as ações específicas para a região do Semiárido possam trazer, por meio de sua execução, melhores resultados para a agropecuária do Nordeste.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO NACIONAL DE ASSUNTOS FUNDIÁRIOS

1. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)

A Comissão Nacional de Assunto Fundiários realizou diligências na Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com o objetivo de debater a questão do chamado processo de muni-cipalização do ITR, especialmente sobre a prestação de informações do valor da terra nua (VTN) pelas prefeituras à RFB. Em muitas situações, os valores informados pelos municípios apresentam-se como exorbitantes, sem a devida justificação técnica, ou seja, sem parâme-tros mínimos de consistência, o que tem gerado intimações aos contribuintes por divergên-cias do VTN. Para resolver o problema, a CNA encaminhou nota técnica relatando o proble-ma e solicitou participação no Comitê Gestor do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (CGITR). Como resposta, a RFB publicou a Instrução Normativa (IN) nº 1.562/2015, que dispõe sobre a prestação de informações sobre VTN pelos municípios e pelo Distrito Fe-deral à RFB. A edição da instrução é um avanço, pois deverá minimizar ou coibir o repasse

17. ASSUNTOS FUNDIÁRIOS

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1 7. A s s u n t o s F u n d i á R i o s

de informações pelas prefeituras de VTN arbitrários, destituídos de qualquer fundamen-tação técnica ou científica. Posteriormente, a comissão reforçou o pedido de participação no CGITR e participou de duas audiências na RFB. Na segunda audiência, o secretário da RFB comentou que a participação da CNA poderia ocorrer independentemente de convite formal, quando da ocorrência das reuniões do CGITR. A participação formal, todavia, estava em análise interna na RFB. A comissão participou, ainda, do Fórum de Alinhamento sobre as Questões do ITR realizado em Barreira (BA), que debateu principalmente: a atribuição do VTN; a IN RFB nº 1.562/2015; e as fases e a dinâmica do processo administrativo tributário.

2. Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR)

A CNA, em conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), a Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) e a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), promoveu e participou de reunião com a Coordenação de Cadastro Rural do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para debater a nova plataforma do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). A CNA defendeu a desburocratização da emissão dos Certificados de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR). Como desdobramento dessa reunião, o INCRA realizou, nos dias 18 e 19 de junho, curso sobre o novo SNCR no estado do Mato Grosso, em atendimento à demanda da Famato, para mais de 50 gerentes sindicais, dirigentes e profissionais indicados pelos sindicatos rurais (MT); e o coordenador-feral de Cadastro Rural do Incra realizou palestra para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa) no encontro de sindicatos rurais em Belém, no dia 11 de junho. Para otimizar a emissão dos CCIRs e cooperar com o SNCR, a CNA encaminhou ofício ao presidente do Incra, que pleiteia o credenciamento dos sindicatos rurais como Unidades Municipais de Cadastro (UMC).

3. Regularização Fundiária na Amazônia Legal

Além de atuar nos Encontros do Grupo Executivo Intergovernamental de Regularização Fundiária Na Amazônia Legal (GEI), em que se reivindica celeridade na titulação indi-vidual das ocupações rurais, a CNA participou da Audiência Pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Fundiários e Agricultura Familiar da CAPADR, que discutiu a regularização fundiária na Amazônia Legal e o programa terra legal. Na ocasião, a comissão propôs que: a) o programa Terra Legal deve priorizar a titulação individual rural até 15 módulos fiscais; b) a necessidade de alterações na Lei nº 11.952/2009 para que a regula-rização fundiária tenha celeridade; e c) deve-se ter ajustes nas normas infralegais.

4. Demarcação de terras indígenas

A comissão realizou alerta à Presidência da CNA sobre as ações de Suspensão de Limi-nares, entre elas a Suspensão Liminar (SL) nº 758 e nº 767, que suspenderam, por meio de decisões monocráticas, reintegrações de posse em áreas invadidas por índios.

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A potencialidade de riscos e prejuízos ao direito de propriedade é alta, trata-se de ameaça direta ao instituto de reintegração de posse. Diante da situação, a comissão participou da elaboração de Memorial ao Agravo Regimental interposto nas SLs nº 758 e nº 767, com o posicionamento da Confederação sobre a matéria, que foi utilizado em audiência com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar reverter a de-cisão monocrática, bem como o seu caráter.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

1A publicação da IN RFB nº 1.562, de 29 de abril de 2015, que dispõe sobre a prestação de informações sobre VTN pelos municípios e pelo Distrito Federal à RFB.

2

A edição da Lei nº 13.178, de 22 de outubro de 2015, que dispõe sobre a ratificação dos registros imobiliários decorrentes de alienações e concessões de terras públicas situadas nas faixas de fronteira. Pela lei: a) estão ratificados todos os registros imobiliários referentes a imóveis rurais de até 15 (quinze) módulos fiscais; b) serão ratificados os registros de imóveis com área superior a 15 módulos fiscais, desde que os interessados obtenham no Incra a certificação do georreferenciamento do imóvel e a atualização da inscrição do imóvel no SNCR; e c) a ratificação dos registros de imóveis com área superior a 2.500 hectares fica condicionada à aprovação do Congresso Nacional.

3A aprovação do substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 215/2000, em 27 de outubro de 2015, pela Comissão Especial da Demarcação de Terras Indígenas da Câmara dos Deputados.

4

A discussão da PEC nº 71/2011, aprovada pelo plenário do Senado Federal, em 8 setembro de 2015. O texto da PEC nº 71 fixou indenização para os proprietários de terras que foram demarcadas como terras indígenas a partir de 5 de outubro de 2013, desde que tenham títulos de domínio. A matéria tramitará na Câmara dos Deputados como a PEC nº 132/2015, que altera o § 6º do art. 231 da Constituição Federal e acrescenta art. 67-A ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para permitir a indenização de possuidores de títulos dominiais relativos a áreas declaradas como indígenas e homologadas a partir de 5 de outubro de 2013.

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AÇÕES E CONQUISTAS 2015

COMISSÃO DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS

1. Dispositivos de Transposição de Desníveis (Lei nº 13.081/2015)

No início do ano, foi aprovado o regulamento que torna obrigatória a construção total ou parcial de dispositivos de transposição de desníveis (eclusas) em rios navegáveis ou potencialmente navegáveis. A CNA, na Comissão Especial de Transposição Hidroviária de Níveis (Cesp) da Câmara dos Deputados, sugeriu emendas que asseguraram a ma-nutenção do princípio do uso múltiplo das águas. Isso significa que todos os usuários têm igualdade de acesso aos recursos hídricos, tanto para geração de energia elétrica quanto para abastecimento, irrigação, pesca, piscicultura e navegação. Em suma, a Lei nº 13.081/2015 determina as regras de concessão, construção e operacionalização das eclusas, atribuindo ao Ministério dos Transportes o custo de licenciamento ambiental e a responsabilidade pelas obras em águas da União.

18. INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

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2. Regulamento do Motorista Profissional (Lei nº 13.103/2015)

A CNA participou das reuniões realizadas na Casa Civil e na Comissão Especial do Motorista (Cemotor) da Câmara dos Deputados para alterar a Lei nº 12.619/2012. Marco legal na regulação da profissão do motorista, o texto normatizava a prestação do ser-viço, como o tempo de direção e/ou de descanso. As regras foram estabelecidas sem considerar as peculiaridades dos produtos agropecuários (perecibilidade) e a ausência de infraestrutura logística adequada (pontos de parada). Diversas alterações foram incorporadas ao dispositivo legal, resultando na substituição pela Lei nº 13.103/2015. As principais adaptações incluíram a fixação da margem de tolerância de sobrepeso por eixo entre 5% e 10%, conversão de multas existentes em advertência, isenção da cobrança de pedágio para eixos suspensos em caminhões vazios, jornada de trabalho de até 12 horas, fracionamento do tempo de descanso e espera, bem como ampliação e disponibilização de pontos de parada, no prazo de cinco anos.

3. Registro de Tratores e Máquinas Agrícolas (Lei nº 13.154/2015)

A CNA defendeu a dispensa do emplacamento e do licenciamento de tratores e máqui-nas agrícolas na Comissão de Agricultura e Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR). A exigência, prevista na Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 429/2012, oneraria o produtor rural com a obrigatoriedade do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e da taxa de licenciamento anual. No caso de uma colheitadeira, por exemplo, os impostos e os tributos corres-ponderiam de R$ 20 a 30 mil. Com a publicação da Lei nº 13.154/2015, o requisito para trafegar em vias públicas passou a ser o registro único, regulamentado e administrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

4. Implantação de Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias) ou Portos Secos

Com a finalidade de sugerir alterações no texto que irá regular os Clias ou Portos Secos, a CNA reuniu-se com a assessoria do relator do Projeto de Lei (PL) nº 374/2011. O debate resultou em substitutivo que trata dos procedimentos para implantação de Clias ou Portos Secos, com adesão do regime de autorização (dispensa de licitação). As alterações tam-bém visam a desburocratizar as operações nos portos marítimos, descentralizar e inte-riorizar as operações de desembaraço aduaneiro e incrementar a oferta de serviços de alfândega. O relatório será encaminhado à Comissão Especial criada, no Senado, para propor soluções que promovam o desenvolvimento social e nacional.

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1 8 . i n F R A E s t R u t u R A E l o G í s t i c A

5. Reestruturação do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC)

Para evitar a imposição de tabela de frete mínimo no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC), foram realizadas diversas reuniões com o ministro dos Transportes e o secretário de Política Nacional de Transportes. Os usuários e os representantes, inclusive a CNA, protocolaram documento com exposição de motivos contrários à tabela, bem como sugestões para promover a competitividade do TRC. Destaque para a necessidade da garantia constitucional do direito de ir e vir, para os prejuízos ocasionados ao setor agropecuário pelas paralisações (greve dos motoristas) e a ilegalidade da implantação de tabela em mercados regidos pela livre iniciativa e concorrência. Em meados de 2015, foi instalado o Fórum Permanente para Transporte Rodoviário de Cargas, com foco na melhoria da prestação do serviço. Entre os objetivos, destacam-se a avaliação da implan-tação da tabela de fretes (metodologia adequada), a criação de políticas públicas para o setor, a desoneração de combustíveis e insumos, a instalação de estrutura de apoio para os motoristas, o investimento em rodovias, a redução de roubos de cargas, a refor-mulação do modelo de concessão estadual e a renovação da frota com auxílio especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Emendas ao PL nº 5.335/2009 (Câmara dos Deputados), com o objetivo de compatibilizar os interesses do setor produtivo, navegação e energia elétrica (uso múltiplo das águas)

Publicação da Lei nº 13.081/2015, que determina a obrigatoriedade da construção total ou parcial de dispositivos de transposição de desníveis (eclusas), em rios navegáveis ou potencialmente navegáveis.

Alterações na Lei nº 12.619/2012 (Lei dos Motoristas), em consonância com as peculiaridades dos produtos agropecuários e infraestrutura logística existente

Revogada a Lei nº 12.619/2012 e substituída pela Lei nº 13.103/2015, com cláusulas como: aumento da tolerância de sobrepeso por eixo, jornada de trabalho de até 12 horas; e disponibilidade de infraestrutura de descanso e repouso.

Revogação da Resolução do Contran 429/2012, que determina a obrigatoriedade do emplacamento e do licenciamento de tratores e máquinas agrícolas

Edição da Lei nº 13.154/2015, que estabelece o registro único como requisito para que tratores e máquinas agrícolas possam circular em vias públicas.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Sugestões ao PL nº 374/2011 (Senado Federal), que trata dos requisitos para implantação de Clicas ou Portos Secos

Elaboração de substitutivo que prevê a adoção do regime de autorização (dispensa de licitação) e encaminhamento à Comissão Especial do Desenvolvimento Social (Senado Federal) para avaliação.

Encaminhamento ao MT de documento contrário à fixação de tabela de frete mínimo para o TRC, com sugestões para melhoria da prestação do serviço e sugestões para criação de grupo de trabalho para estudar o tema

Criação do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas, sob coordenação do MT (Portaria nº 101/2015), composto por representantes do governo, transportadores e usuários. Esse grupo tem como objetivo discutir medidas técnicas que resultem no aperfeiçoamento do TRC.

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19. TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

AÇÕES E CONQUISTAS 2015

O Brasil está imerso em uma grave crise política e econômica. Uma das consequências é o aumento exponencial no desemprego. O setor agropecuário, todavia, vem gerando emprego e renda, em sentido contrário ao restante do mercado de trabalho.

De janeiro a setembro de 2015, a agricultura abriu mais de cem mil novos postos de tra-balho, enquanto o país fechou mais de 657 mil (dados de janeiro-setembro) vagas de em-prego, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged1).

A modernização da relação de trabalho deu importantes passos. Como antes destacado, aprovou-se, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 4.330, de 2004, sobre terceirização. O texto encaminhado para o Senado permite a terceirização de toda a atividade empre-sarial, além de possibilitar que o empresário rural pessoa física também possa terceirizar.

1 Disponível em: <http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080814FF112E801508A28EFF03E87/consolida-do%20tabelas%20C%C3%B3pia.pdf >. Acesso em: 3 nov. 2015.

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Houve outras modificações importantes. Privilegiou-se o negociado sobre o legislado, permitindo aos atores envolvidos – trabalhadores e empregadores – escolher, em algu-mas situações, o que é melhor para seus representados. Assim, acresceu-se o artigo 325-C na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que admite a jornada extraordinária em até 4 horas para os tratoristas, mediante negociação coletiva. Também foi editada a Portaria MTE nº 945, de 2015, que possibilita a negociação entre as partes de escala de trabalho aos domingos e feriados. Ademais, o Judiciário suspendeu, no final de 2014, a divulgação da Lista Suja, que seria publicada em janeiro de 2015, até que se julgue a constitucionalidade da portaria interministerial que a criou.

O ano de 2015 não foi marcado somente por boas notícias para a agricultura nacional. A publicação da Portaria MTE nº 702, de 2015, é um exemplo. O texto só permite a hora extra em atividades insalubres, mediante autorização do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Outrossim, o MTPS pretende aplicar um aumento aviltante à contribuição sindical rural patronal. O órgão recebe 20% do valor arrecado pela con-tribuição sindical. A CNA é contrária ao aumento extorsivo. Na mesma toada, a CNA dispendeu todos os esforços para não perder sua representação sindical, logrando êxito nesse feito.

No âmbito previdenciário, o cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) foi modi-ficado. O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) harmonizou a normativa com os entendimentos da Receita Federal do Brasil (RFB) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), possibilitando que o MTPS possa efetuar o cálculo do FAP por estabelecimento. Antes, o cálculo era feito por empresa.

Progressos foram alcançados na relação de emprego e a consequência foi uma atividade forte, competitiva e provedora de empregos no setor agropecuário. Proteger o empre-gado nem sempre é trazer uma condição mais benéfica mediante aumento de custo para o empregador. O aumento da oferta de emprego nesse setor é atrativo, visto que a taxa de desemprego geral é a maior desde setembro de 20092.

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Revisão da NR31Proposta consolidada a ser apresentada para o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).

TerceirizaçãoAprovação do Projeto de Lei nº 4.330, de 2004, na Câmara dos Deputados.

2 Disponível em <http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/10/desemprego-fica-em-76-em-setembro.html>. Acesso em: 22 out. 2015.

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1 9 . t R A B A l h o E P R E v i d ê n c i A s o c i A l

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO SETOR EM 2015

Jornada extraordinária de 4 horas

A inclusão do artigo 235-C na CLT permite a jornada extraordinária de até 4 horas para motoristas profissionais.

Trabalho aos domingos e feriados

A edição da Portaria MTE nº 945 possibilita a negociação entre as partes de escala de trabalho aos domingos e feriados.

Fator Acidentário de Prevenção (FAP)

O cálculo do FAP é feito por estabelecimento e não por empresa.

Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)

Palestras nas federações sobre o assunto.

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Um novo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural está em campo. Além da formação profissional e promoção social, em 2015, o SENAR ampliou a oferta de vagas em cursos técnicos de nível e consolidou a Assistência Técnica e Gerencial. O modelo que alia ade-quação tecnológica e consultoria gerencial das propriedades rurais ganhou a adesão de um número maior de estados e atraiu importantes parcerias para o SENAR Brasil.

O SENAR oferece cursos que aperfeiçoam as habilidades de trabalhadores inseridos em mais de 300 profissões do meio rural. Tem salas de aula, sem paredes, espalhadas pelos campos de 26 estados e do Distrito Federal. Tem dois portais de educação a distância e polos de ensino presenciais. Introduz novas tecnologias, incentiva práticas de produção sustentáveis, empreendedorismo e presta assistência técnica para elevar a produtividade e a renda nas pequenas propriedades.

20. SENAR EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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2 0 . s E n A R E d u c A ç ã o E A s s i s t ê n c i A t é c n i c A

AÇÕES E CONQUISTAS EM 2015

UM MODELO INOVADOR DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Assistência Técnica e Gerencial do SENAR desenvolveu ferramentas que auxiliam agri-cultores e pecuaristas a administrarem suas propriedades como uma empresa susten-tável e lucrativa.

Para organizar os dados zootécnicos, agronômicos e financeiros, foram elaborados Cader-nos do Produtor, específicos para cada cadeia produtiva, formatados para facilitar a coleta de dados da propriedade.

O SENAR também desenvolveu um software para reunir os resultados e gerar indicado-res de eficiência técnica e econômica de cada atividade em nível nacional. O software já está disponível para cinco cadeias produtivas.

Atualmente, 19 Administrações Regionais do SENAR desenvolvem ações de Assistência Técnica em 32.605 propriedades rurais, oferecendo consultoria técnica e gerencial, de forma efetiva e constante.

Para impulsionar a concessão de crédito rural orientado aos produtores, o SENAR firmou um protocolo de intenções nacional com a Caixa Econômica Federal (CEF) e está pre-parado para elaborar e implementar projetos de crédito através da Assistência Técnica e Gerencial.

E o SENAR está pronto para atender as chamadas públicas de Assistência Técnica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, em 2016. Nas primeiras concor-rências vencidas, a Assistência Técnica e Gerencial vai atender 3.680 propriedades de bovinocultura de leite, em seis Estados.

ENSINO TÉCNICO AVANÇA

Rede e-Tec no SENAR

O curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no SENAR está com a segunda turma em andamento e presente em 18 Estados. O curso é oferecido a distância e com parte da carga horária cumprida em encontros presenciais para atividades práticas e visitas à campo, desenvolvida numa rede nacional de polos de apoio espalhados pelo País. Nove estados participaram da primeira fase, com a oferta de 1.250 vagas. Já no segundo semestre de 2015 ampliou-se a oferta para 2.240 vagas em 43 polos de apoio presencial. O curso disponibiliza aos alunos material impresso e vídeo-aulas.

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Um centro para formar Técnicos em Florestas

No início de 2015 começou a funcionar o Centro de Formação Técnica em Florestas, em Palmas, no Tocantins.

O Centro de Formação Técnica em Florestas está com duas turmas em andamento. Para atender a grande procura de jovens e adultos interessados no curso, o SENAR prevê a abertura de duas novas turmas, totalizando 50 vagas, com processo seletivo no início de 2016.

Centros voltados para a excelência na agropecuária

O SENAR firmou parcerias e um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para iniciar a implantação dos Centros de Excelência em Educação Profissional e Tecnológica, em oito estados e no Distrito Federal, voltados para a gestão e para as principais cadeias produtivas do agronegócio: cafeicultura; pal-ma de óleo; bovinocultura de leite; bovinocultura de corte; cana-de-açúcar; fruticultura; ovinocaprinocultura; florestas; grãos, fibras e oleaginosas.

Com a conclusão do projeto executivo, em 2016 começam as obras das primeiras uni-dades de ensino dos Centros de Excelência.

ENSINO SUPERIOR AMPLIADO

A Faculdade de Tecnologia CNA completou um ano de funcionamento da primeira turma de graduação em Agronegócio, está com uma segunda em andamento e com vestibular aberto até fevereiro 2016. O curso aprovado com nota máxima pelo Ministé-rio da Educação, forma tecnólogos especializados em área de gestão.

A Instituição de Ensino Superior é voltada exclusivamente para a formação de profissio-nais para o setor agropecuário e tem a chancela da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), instituições que representam e defendem os interesses dos agricultores e pecuaristas brasileiros.

Em 2015, a FATECNA iniciou dois novos cursos de pós-graduação, “Gestão de Projetos em Agronegócio” e “Gestão Empresarial em Agronegócio”, em Brasília, e inaugurou o primeiro polo de ensino no município goiano de Alexânia, na sede do Sindicato de Produtores Rurais, onde mais de 30 profissionais estão cursando a pós-graduação em Gestão Empresarial em Agronegócio.

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2 0 . s E n A R E d u c A ç ã o E A s s i s t ê n c i A t é c n i c A

MAIS PRODUTIVIDADE E RENDA COM FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Todos os anos, o SENAR Brasil amplia suas ações de promoção social, cursos de forma-ção profissional e programas especiais que preparam o produtor e o trabalhador rural para o mercado de trabalho, o empreendedorismo e a produção com sustentabilidade.

O SENAR investe na busca permanente da eficiência e da qualidade dos serviços que presta aos produtores e trabalhadores rurais. Treina periodicamente mobilizadores, ins-trutores supervisores e equipe técnica.

Dois programas importantes para os brasileiros do campo marcaram a formação pro-fissional do SENAR, em 2015: a conclusão da primeira turma do CNA Jovem e o lança-mento do programa de Proteção de Nascentes.

Proteção de nascentes para garantir água para o campo e a cidade

O SENAR, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), lançou o programa nacional de Proteção de Nascentes com o mote: Um dia você vai ter que proteger uma nascente. Faça isso em um dia!

Para mostrar que isso é possível, o SENAR formatou um curso para o portal de educa-ção a distância e produziu dois vídeos que ensinam os 5 passos básicos de proteção de uma nascente: identificar a nascente, cercar a nascente, limpar a área, controlar a erosão e replantar espécies nativas.

Produtores de todo o País foram incentivados a proteger as nascentes de suas proprie-dades e cadastrar numa página criada no site da CNA, informando a localização exata e comprovando com fotos. O SENAR também criou um concurso interno voltado para as Administrações Regionais da entidade e os sindicatos rurais.

Lideranças para o futuro

O SENAR formou em 2015 a primeira turma do CNA Jovem. Durante 5 meses, jovens, de 24 Estados, participaram do programa de formação de lideranças que tem uma me-todologia inovadora e investe no desenvolvimento pessoal e profissional.

Ao final da primeira edição, iniciada em novembro de 2014, foram conhecidos os 11 finalistas do programa, que apresentaram Planos de Ação alinhados com os principais desafios da agropecuária brasileira e com a linha de atuação do Sistema CNA/SENAR. O prêmio para os cinco jovens finalistas do CNA Jovem foi uma viagem técnica à China, onde cumpriram extensa programação.

O SENAR já prepara a próxima edição do programa, que deve acontecer no segundo semes-tre de 2016.

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Produtividade, renda e preservação no Cerrado brasileiro

O foco principal do projeto ABC CERRADO, em 2015, foi a divulgação ao produtor das ações do projeto e benefícios da implantação de tecnologias sustentáveis nas proprieda-des. Foram realizados mais de 30 seminários de sensibilização nos oito estados que vão desenvolver o projeto: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí e Tocantins.

O ABC Cerrado é uma parceria do SENAR com o Ministério da Agricultura e Embrapa, financiado pelo Banco Mundial. O SENAR é o responsável pela formação dos instru-tores, técnicos de campo, produtores rurais e pela assistência técnica nas tecnologias incentivadas pelo programa: Plantio Direto, Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), Recuperação de Pastagens e Florestas Plantadas.

No primeiro semestre de 2016, começa o treinamento dos produtores e a formação dos técnicos que vão fazer assistência técnica nas propriedades. A etapa da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR está prevista para o segundo semestre do ano que vem, com o atendimento de 1.600 produtores.

Precisão na agricultura, mais produtividade e preservação ambiental

A Agricultura de Precisão (AP) avançou em 2015 com a estratégia de capacitação que foca nas particularidades de produção de cada região do País. E o SENAR multiplicou por três o número de instrutores qualificados. Foram 108, de 12 estados, um aumento de 257% em relação à 2014, quando foram treinados 42 instrutores.

O aumento no número de instrutores se deve, também, às novas parcerias firmadas pelo SENAR com fabricantes de máquinas e equipamentos de precisão. Além da Stara, a John Deere e AGCO desenvolveram cursos com o SENAR. O grupo AGCO abriu um centro de treinamento em Campinas para qualificar os instrutores nos seus produtos e tecnologias.

As tecnologias de agricultura de precisão detectam, monitoram e orientam os produ-tores rurais na gestão da propriedade, para impulsionar a produtividade, a preservação do meio ambiente e a renda.

Pronatec no SENAR

O SENAR já capacitou mais de 100 mil brasileiros em cursos do Pronatec, desde 2012, quando assinou termo de adesão com o Ministério da Educação.

São mais de 70 cursos com um módulo de empreendedorismo que ensina a analisar, avaliar, tomar as melhores decisões, colocando a técnica e a criatividade a serviço da produtividade e da lucratividade.

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2 0 . s E n A R E d u c A ç ã o E A s s i s t ê n c i A t é c n i c A

Em 2015, o SENAR pactuou 24.730 novas vagas para cursos do Pronatec, em todo o País.

Empreender para crescer

Essa é a receita que o SENAR dissemina em seus programas de empreendedorismo e gestão para gerar renda, qualidade de vida no campo e para fortalecer a agropecuária brasileira.

Graças ao programa Com licença vou à luta cada dia mais mulheres comandam ou ajudam na administração das propriedades rurais. Em 2014, foram capacitadas quase 10 mil mulheres e 2015 deve fechar com a participação de mais de 16 mil.

O Negócio Certo Rural é outro programa do SENAR com foco na gestão. Em parceria com o Sebrae, a entidade capacita produtores e suas famílias para estimular o uso de ferramentas simples de gestão que tornem viável a pequena propriedade.

Em 2015, o SENAR atualizou o material didático do curso, introduziu novos conteúdos, capacitou mais de 300 instrutores, em todo o País, e renovou o convênio de parceria com o SEBRAE. Está pronto para atender mais 23 mil em 2016.

Empreender para um novo tempo no Semiárido

Em 2015, o Agropec Semiárido reuniu, aproximadamente, 2.500 pessoas e contou com caravanas de produtores rurais da Bahia, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e de Sergipe.

Evento que faz parte dos programas “Sertão Empreendedor: Um Novo Tempo para o Semiárido” e “Viver Bem no Semiárido” do SENAR/BA apresentou os principais e mais inovadores temas da produção agropecuária do semiárido do Nordeste, trazendo co-nhecimento e experiências nacionais e internacionais na exploração produtiva da região.

Ainda em 2015, o SENAR produziu dois novos vídeos, um institucional do programa Sertão Empreendedor e outro temático sobre barragens subterrâneas abordando as 7 etapas de construção. Para 2016, está prevista a elaboração de uma cartilha sobre barragens subterrâneas.

Qualidade dos cursos a distância garante mais um prêmio ao SENAR

Em 2015, o SENAR ampliou o número de cursos oferecidos no portal de educação a distância. Já são 37, distribuídos em 11 programas, com foco na inovação, gestão da propriedade e empregabilidade do trabalhador rural ou profissional técnico interessa-do em se atualizar. Todos os cursos são GRATUITOS e feitos inteiramente pelo compu-tador, o que facilita ao aluno escolher onde e quando estudar.

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74

O grande destaque do ano foi o curso sobre o Cadastro Ambiental Rural que, logo no lançamento, registrou um recorde de matrículas.

A qualidade dos cursos a distância, sempre atualizados e sintonizados com as exigên-cias do mercado de trabalho, garantiu ao SENAR, pelo quinto ano consecutivo, a con-quista do conceituado Prêmio e-Learning Brasil. Em 2015, o projeto premiado foi o programa de Capacitações Tecnológicas da entidade, que desde 2013, quando as matrícu-las foram abertas, já capacitou mais de 35 mil brasileiros.

Formação profissional inclusiva

Em 2014, em torno de 28 mil pessoas que participaram dos eventos do SENAR decla-raram ter algum tipo de deficiência. Com foco neste público, o Programa Apoena co-meçou o ano de 2015 com novo documento norteador que explica de forma dinâmica as especificidades de cada uma das deficiências, com o propósito de quebrar barreiras atitudinais possibilitando assim um SENAR para todos.

E para que a inclusão ocorra de forma competente, o SENAR investe na atualização de seus agentes nos conhecimentos específicos de cada deficiência. Em 2015, foram realizados 16 treinamentos nas regionais de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Amazonas, para 330 agentes do SENAR, que buscaram estimular a convivência respeitosa, ética e inclusiva das pessoas com deficiência na vida social e no âmbito da educação para o trabalho.

MAIS SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA COM PROMOÇÃO SOCIAL

Com as ações de Promoção Social que desenvolve em todo o País na área de saúde, o SENAR cria espaço para a reflexão e mudanças de atitude, necessárias para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros do campo.

Em 2014, o SENAR apoiou a campanha nacional Novembro Azul de esclarecimento sobre o câncer de próstata, desenvolvida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e Socie-dade Brasileira de Urologia (SBU).

Para promover campanhas de prevenção, diagnóstico e educação e garantir mais saúde aos homens do meio rural, em 2015, firmou nova parceria com a SBU. Com foco na prevenção, o Programa Especial Saúde do Homem possibilita o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de mortalidade por causas preveníveis nessa população, principal-mente no que se refere a Cânceres de Próstata e de Pênis.

Em 2015, aconteceram 5 eventos em Santa Catarina e Alagoas, atendendo em torno de 600 homens com exames físicos e de PSA com Médicos Urologistas.

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75

2 0 . s E n A R E d u c A ç ã o E A s s i s t ê n c i A t é c n i c A

O SENAR também tem um programa voltado para a saúde da mulher. O Útero é Vida dis-semina informações sobre prevenção e realiza exames de diagnóstico do câncer do colo do útero em comunidades carentes das áreas rurais do país. De 2009, quando foi criado, até 2014, o programa atendeu 488.770 brasileiras do campo e realizou 85.765 exames.

SINDICATO FORTE

Em 2015, o Programa Sindicato Forte focou suas ações na aplicação do Índice de Desen-volvimento Sindical, em 13 Estados. O IDS foi elaborado para aprimorar a gestão do sistema sindical rural. Trata-se de uma ferramenta útil e estratégica para o planejamento das ações e gestão das entidades que integram o setor.

O levantamento ajuda as entidades na definição de ações pontuais para impulsionar o desenvolvimento dos sindicatos e com isso melhorar a representatividade e a presta-ção de serviços aos produtores rurais.

Para 2016, está programada a implantação de um sistema na internet, onde os sindica-tos poderão registrar suas ações e controles de gestão.

O SENAR também pretende realizar Seminários de Desenvolvimento Sindical para troca de experiências entre as diretorias sindicais do país e palestras sobre temas relevantes para o setor, como liderança e gestão sindical. Tudo para melhorar o atendimento aos agricultores e pecuaristas.

MAIS INFORMAÇÃO E INTERAÇÃO COM O CAMPO

Sintonizado com o avanço das novas tecnologias, que facilitam a comunicação e apro-ximam as pessoas, o SENAR fortaleceu sua presença nas redes sociais, em 2015. A página da entidade no Facebook se destaca pelo alcance que tem entre os brasileiros. Somente de maio a novembro, quase 50 mil pessoas foram impactadas. Diariamente, são publicadas informações sobre os programas, cursos, campanhas e histórias de pes-soas que cresceram na profissão, aumentaram a produtividade, a renda e a qualidade de vida com o SENAR.

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O Instituto CNA (ICNA) é o braço do Sistema CNA responsável pela experimentação e desenvolvimento de tecnologias, pesquisas, planejamento, formulação e implantação de programas e projetos voltados ao agronegócio.

Cabe ao ICNA elaborar estudos e pesquisas sociais e do agronegócio para atender às demandas do Sistema CNA/SENAR e contribuir à formulação de propostas de políticas públicas para o setor. Desenvolve, ainda, tecnologias alternativas à produção, além de informações técnicas e científicas, com foco no meio rural brasileiro.

O ICNA também organiza, planeja, executa e acompanha processos de seleção e recruta-mento de pessoas para atuar nas diversas instituições que necessitam de profissionais espe-cializados, como as Administrações Regionais do SENAR e Federações de Agricultura.

COMPETITIVIDADE

São Paulo lidera na mais recente avaliação do ranking de competitividade dos estados, mantendo posição do primeiro monitoramento

21. INSTITUTO CNA

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2 1 . i n s t i t u t o c n A

Ranking estadual de competitividade acompanha aspectos do desempenho das atividades agropecuárias por unidades da federação

Segundo ano em que o Instituto CNA monitora a evolução da competitividade da ativi-dade agropecuária brasileira. De acordo com fatores que determinam a competitividade do setor nas 27 Unidades da Federação, o ICNA organizou na forma de ranking o desem-penho da atividade em todo o Brasil.

O estudo organizou informações de todo o país, considerando dados oficiais atuali-zados até o ano de 2012, para as 21 variáveis utilizadas no índice de competitividade estadual CNA. As 21 variáveis foram agregadas em seis grupos, chamados de índices base: infraestrutura; educação; saúde; ambiente macroeconômico; inovação; e mercado de trabalho. O índice varia de zero a um, de forma que, quanto maior for o indicador, mais competitivo será o Estado.

Os seis índices base e as 21 variáveis do índice de competitividade da agropecuária

ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DA AGROPECUÁRIA

INFRAESTRUTURA EDUCAÇÃO SAÚDE AMBIENTEMACRO INOVAÇÃO MERCADO

DE TRABALHO

Índice dequalidade de

rodovias

Taxa de analfabetismo

rural

Expectativade vida ao

nascer

Dimensão domercado

interno naagropecuária

Número de patentes

registradas no estado per capita

Disponibilidade de mão de obra

rural

MovimentaçãoPortuária por PIB

Taxa de distorção

idade-sérierural

Número de internaçõeshospitalares

Valor dasexportações naagropecuáriasobre o VBP

Investimento em bolsa de estudo

per capita

Média de anos de estudo da

PEA rural

DensidadeFerroviária

(Km/área km2)

Taxa de aprovação

rural

Taxa demortalidade

infantil

Crescimentodo VBP

agropecuário

Investimento em pesquisa

per capita

Taxa de desemprego na área rural

Taxa de abandono

rural

Produtividade da agropecuária

por pessoa ocupada

De acordo com o relatório de 2015, (baseado em informações para o ano de 2012), São Paulo foi o estado brasileiro com o maior indicador de competitividade para o desen-volvimento do Agronegócio (0,865), seguido por Rio Grande do Sul (0,661) e Paraná (0,610). Na ponta oposta, os estados com os menores índices de competitividade foram Amapá (0,221), Piauí (0,233) e Alagoas (0,240).

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78

Em 2014, no primeiro ano do estudo realizado com levantamento das informações do ano de 2011, São Paulo também foi o estado brasileiro que obteve o maior indicador de competitividade (0,752), seguido por Santa Catarina (0,611) e Distrito Federal (0,608). En-tre os menores índices estaduais de competitividade estão Alagoas (0,229), Sergipe (0,225) e Amapá (0,207).

A competitividade estadual agropecuária depende de componentes socioeconômicos que estão em constante transformação ao longo do tempo, influenciando o comporta-mento do mercado nacional, o que pode alterar o ranking de competitividade estadual de um ano para o outro. Na comparação dos índices estaduais de 2011 e 2012, São Paulo foi o estado brasileiro mais competitivo nos dois anos avaliados. Santa Catarina que ficou em 2011 no segundo lugar no ranking, em 2012 passou para a 4ª posição. O Distrito Federal passou da 3ª posição em 2011 para a 11ª em 2012.

Entre os estados com menores índices de competitividade do agronegócio, Alagoas passou da 25ª posição do ranking em 2011 para a 27ª em 2012. Sergipe passou da 26ª posição em 2011 para 23ª em 2012. Amapá ficou na 27ª posição em 2011 e em 2012.

Ranking do índice de competitividade do agronegócio – ano 2012

0,221

0,233

0,240

0,265

0,271

0,273

0,273

0,279

0,288

0,296

0,304

0,315

0,317

0,369

0,377

0,391

0,424

0,426

0,469

0,476

0,508

0,511

0,553

0,588

0,610

0,661

0,865

AP

PI

AL

MA

SE

PA

PB

AM

AC

PE

RR

RN

BA

CE

TO

RO

DF

RJ

MT

MS

ES

GO

MG

SC

PR

RS

SP

2726

2524

2322

2120

1918

1716

1514

1312

1110

98

76

54

32

1

Fonte: ICNA

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79

2 1 . i n s t i t u t o c n A

BALANÇO 2015

Brasil é um dos principais produtores mundiais de alimentos, mas ainda há desafios a serem superados

O Brasil se transformou nos últimos 25 anos em uma das maiores potências agropecuárias do mundo. Este extraordinário desenvolvimento baseou-se em elevada produtividade com preservação ambiental e uso de tecnologia moderna. A atividade tem sido exem-plo mundial de inovação. Mesmo com dificuldades pela falta de mão de obra qualificada e seu alto custo, a partir dos dados de 2012 descritos no relatório de competitividade do ano de 2015, a produtividade da agropecuária por trabalhador cresceu 240%, de 2001 a 2012, o que representa um crescimento médio anual de dois dígitos.

A produção agropecuária brasileira tem dado exemplo de competência “da porteira para dentro”. Fatores externos à produção como deficiência nas rodovias, pouca capilari-dade da malha ferroviária e grande extensão territorial não litorânea limitam o desem-penho do setor afetando, sobretudo, o escoamento da produção especialmente em direção ao mercado externo.

Também criam dificuldades para o setor a complexa e alta carga tributária, o ambiente macroeconômico de baixo crescimento, a qualidade inferior da educação e a baixa qualificação dos trabalhadores. Da mesma forma, a rigidez das leis trabalhistas e a ele-vada burocracia.

Variação do valor bruto de produção (VBP), produtividade e emprego da agrope-cuária – ano 2001 e 2012

196,5%

240,2%

-12,8%

VBP da Agropecuária Produtividade Emprego

Fonte: IBGE Cálculo e elaboração: ICNA

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80

SUSTENTABILIDADE NO CAMPO

Para aumento da renda e melhores garantias ambientais, CNA leva projetos sustentáveis ao produtor

Plataforma web vai auxiliar produtores rurais a elaborar e obter financiamento para projetos sustentáveis

A fim de orientar o produtor a desenvolver sua atividade com mais sustentabilidade e produtividade, o ICNA criou o portal Agrosustenta (www.agrosustenta.com.br), com acessos a modelos de projetos sustentáveis com indicadores econômicos e tecnológicos, além de plataforma online para a elaboração de projetos.

Visando o aumento da produção, com maior retorno financeiro, incluindo a comercia-lização de créditos de carbono e pagamentos por serviços ambientais, a plataforma Agrosustenta propõe ações objetivas ao produtor para reduzir a concentração de Ga-ses do Efeito Estufa (GEEs) na atmosfera, o que representa benefícios para o meio am-biente, com preservação dos recursos naturais, necessários também à atividade rural.

Foram desenvolvidas ações de formatação e multiplicação das técnicas agrícolas e pe-cuárias de baixa emissão de carbono. O Instituto também está promovendo a realização de pesquisas e o desenvolvimento científico e tecnológico de métodos de diminuição das emissões, reduzindo os impactos negativos de mudanças climáticas e estimulando a sustentabilidade da atividade agropecuária.

Os esforços do Sistema CNA são no sentido de ajudar o Brasil a cumprir as metas de emissões de GEE estabelecidas na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), realizada em 2009. Os esforços do setor agropecuário estão valendo a pena, sobretudo pelo fato de o país haver cum-prido 88% da meta de redução das emissões estimadas para 2020, cinco anos antes do prazo previsto.

Em 2015 as metas de redução de emissões do Brasil foram atualizadas passando a ser de 37% até 2025 e de 43% até 2030 tendo como linha de base o ano de 2005. Neste novo cenário a participação do setor agropecuário com a implementação de práticas sustentáveis, intensificação da produção e otimização do manejo da terra será ainda mais relevante.

Agrosustenta – A plataforma promove o desenvolvimento agropecuário sustentável, facilitando o acesso do produtor rural a fontes de financiamento de baixo custo direcio-nadas a projetos sustentáveis. A ferramenta estabelece um canal de comunicação entre os produtores rurais e técnicos agropecuários, disponibilizando instrumentos para a

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81

2 1 . i n s t i t u t o c n A

elaboração de projetos técnicos dentro dos padrões exigidos pelas entidades financia-doras. Além disto, a plataforma divulga informações e incentiva a adoção de tecnologias sustentáveis e boas práticas.

A nova plataforma oferece um portfólio de projetos sustentáveis, de modo que o pro-dutor tenha opções para escolher os mais apropriados para aumentar sua produção e melhorar a renda com equilíbrio entre custo e despesas. A plataforma Agrosustenta permite ainda a comparação entre modelos de projetos e orienta sobre como acessar as linhas de financiamento do programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono).

A fase piloto da plataforma teve início em setembro de 2014 e desde então vem sendo avaliada e aperfeiçoada. Em meados de 2015 foi iniciada uma ampliação do número de modelos disponíveis e a inclusão de um simulador de projetos que tornará o processo mais dinâmico e interativo.

Neste período, iniciou-se também o processo de inclusão de uma ferramenta de análise espacial a fim de gerar mapas para os projetos executivos de recuperação florestal e conservação de solo com indicação das atividades a serem implementadas e suas res-pectivas localizações e áreas. Esta melhoria vem ao encontro das demandas recentes de alguns financiadores que passaram a exigir as informações georreferenciadas das propriedades para realizar a avaliação dos projetos.

A plataforma está sendo preparada ainda para permitir o monitoramento dos resultados obtidos com os projetos elaborados. Nesta linha, foi assinado um acordo de coope-ração entre o Instituto CNA com a Coalition on Agricultural Greenhouse Gases (C-AGG), entidade norte-americana que incentiva a redução de GEEs na agropecuária. No es-copo deste acordo está a elaboração de protocolos específicos para quantificação de emissões e comercialização de créditos de carbono obtidos com projetos sustentáveis, como os modelos disponibilizados pelo Agrosustenta.

Além disto, seguindo a tendência de ampliar a abordagem dos benefícios ambientais gerados por estes projetos para além das questões exclusivas das emissões de GEEs, também serão implementadas ferramentas para o dimensionamento e monitoramento dos demais serviços ambientais gerados pela aplicação das melhores práticas como a redução da erosão, aumento da infiltração (e, consequentemente, da disponibilidade hídrica), incremento da biodiversidade, recuperação de habitats, efetividade da polini-zação, entre outros.

O ICNA negocia com o BNDES, MAPA e SENAR o apoio aos treinamentos do Capacita ABC utilizando a Plataforma Agrosustenta, o que permitirá a capacitação de analistas bancários e projetistas, facilitando a elaboração e análise de projetos técnicos agrope-cuários passíveis de apoio financeiro no âmbito do Programa ABC.

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INOVAÇÃO

BASE DE DADOS DO AGRONEGÓCIO – PERSPECTIVAS

A Base de Dados do Agronegócio – BDAGRO vai gerenciar diferentes bases de dados e disponibilizar informações técnicas, gerenciais e estratégicas interligando os dados relevantes para a Gestão do Agronegócio, permitindo a sua exploração a partir de tec-nologia adequada para esta finalidade.

O projeto prevê implementação e a disponibilização de uma ferramenta de consulta e pesquisa que permite transformar os dados em informações de alto valor de interesse ao agronegócio.

A BDAGRO vai reunir todos os dados e informações (espaciais, tabular, textos, imagens, vídeos, etc) relacionadas ao agronegócio.

A solução a ser apresentada para a criação da BDAGRO vai permitir a captura, a integração, atualização, pesquisa, consulta e análise das diferentes bases de dados existentes ou não no Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA, de forma a garantir a segurança, confiden-cialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade dos dados e informações.

O projeto está estruturado, inicialmente, em três etapas.

A primeira etapa trata da captura/migração dos dados pertencentes ao Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA hospedados externamente e internamente para o armazenamento na BDAGRO, visando:

• Segurança de Dados – confidencialidade, integridade, disponibilidade e auten-ticidade;

• Governança de Dados – Gerenciamento dedicado e adequado, estabelecimento de processo de monitoramento, aprimoramento e distribuição dos dados mediante a criação de uma estrutura para gestão deste ambiente, garantindo a aderência permanente das informações às necessidades da organização. A Governança é definida como gestão conjunta de políticas, processos, pessoas e tecnologias que visa estruturar e administrar as informações com o objetivo de suportar a tomada de decisão.

A segunda etapa vai permitir a elaboração de estudos estratégicos a partir de pesquisas e cruzamento de dados e informações na BDAGRO com o objetivo de disseminar informa-ções de gestão voltadas à Inteligência Competitiva de interesse da agropecuária.

A Etapa 3 vai ser desenvolvida pela equipe própria do Sistema CNA/SENAR/Instituto CNA e envolverá as seguintes atividades:

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2 1 . i n s t i t u t o c n A

• Organização de Processos, Sistema CNA (CNA/SENAR/ICNA) – Realiza o mapea-mento de processos com objetivo de trazer melhores resultados e controles;

• Plano Diretor da Tecnologia da Informação (PDTI) – Elabora o plano alinhado ao Planejamento estratégico das casas contendo o diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de Tecnologia da Informação com o objetivo de atender às necessidades de TI para o Sistema CNA (CNA/SENAR/ICNA);

• Seleciona e implementa solução para organização, gestão e acesso a arquivos digitais.

Durante o desenvolvimento do projeto serão realizadas as tratativas com os diferentes órgãos para formalizar o acesso aos dados e informações a serem utilizados na geração de informações de interesse do agronegócio.

INOVAÇÃO

PLATAFORMA DE GESTÃO AGROPECUÁRIA

Produtor rural tem as informações de suas atividades pecuárias consolidados em base de dados única

Ferramenta online que unifica todas as informações sobre o trânsito de animais e cadastro de propriedades rurais no país, a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), criada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tem por objetivo facilitar operações, fortalecer estratégias, garantir maior qualidade, dar credibilidade e transparência na coleta de dados sobre a movimentação dos rebanhos no país, podendo ser acessada de qualquer computador, celular ou tablet conectado à internet.

A adoção da PGA permite avanço estratégico na defesa agropecuária do Brasil, valori-zando o rebanho brasileiro e oferecendo transparência aos parceiros comerciais. A Base de Dados Única (BDU) da PGA está integrada aos cadastros do MAPA e contém dados sobre propriedades rurais e dos serviços de defesa agropecuária das 27 unidades federati-vas. Além de evitar duplicidade de informações, a PGA facilita a obtenção de informa-ções sobre pessoas físicas e jurídicas, produtores rurais, explorações pecuárias, eventos agropecuários, serviços de defesa agropecuária, laboratórios e revendas de produtos veterinários, além do trânsito de animais e calendários de vacinação.

A formação da Base de Dados Única – BDU é realizada através da transmissão em tempo real das informações dos bancos de dados dos Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (OESA) de cada unidade federativa. Com isto interligam-se os sistemas informatizados das 27 unidades da federação para maior controle sobre envio e recebi-mento de animais de um estado para outro facilitando-se, ainda, o controle sistêmico

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da quantidade de Guias de Trânsito Animal – GTA emitidas contendo a quantidade de animais transitados em determinado período e monitorando o envio de animais para abatedouros frigoríficos.

Desenvolvida pela CNA e entregue ao MAPA, conforme previsto no Termo de Coope-ração estabelecido entre as duas entidades, a PGA possui quatro módulos principais em funcionamento, sendo três deles atualmente em funcionamento: Base de Dados Única (BDU), Gestão de Trânsito Animal (GTA) e Rastreabildiade. Com a utilização des-ses módulos, o MAPA conseguirá maior controle sobre as informações sanitárias e de trânsito dos animais em consonância com as informações do OESA de cada Unidade Federativa.

Além disso, a PGA conta com ferramenta para consulta dinâmica que permite geração de relatórios em formato PDF facilitando a visualização das informações de rebanho, vacinação, transporte e abates de animais dos principais rebanhos do país.

Com a entrega da PGA, a CNA inicia a gestão dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária conforme preconiza o Art. 6 do Decreto nº 7.623/2011 de forma exclusiva.

Após realização de cursos de treinamento aos OESA para operacionalização da PGA como ferramenta de defesa agropecuária nos estados, realizou-se com o Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA ação para desenvolvimento do módulo de Animais Aquáticos.

PROTOCOLOS DE RASTREABILIDADE DE ADESÃO VOLUNTÁRIA

Produtor rural tem as informações dos mercados mais exigentes do mundo através da internet

Os protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária são regras ou requisitos exigidos por mercados consumidores específicos, nacionais e internacionais, que ao serem cum-pridos permitem pagamento diferenciado pelos animais agregando valor aos produtos gerados.

Para isto, a CNA vem desenvolvendo o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabi-lidade de Adesão Voluntária, ferramenta que proporciona controle dos processos de produção de carnes para mercados com exigências específicas como, por exemplo, União Europeia entre outros.

Além disso, o Ministério da Agricultura preconiza a rastreabilidade dos processos dos produtos cárneos que contenham menção de raça no rótulo. Em virtude desta norma, as associações de raça procuraram a CNA para viabilizar a rastreabilidade de maneira que o MAPA possa realizar auditorias, assegurando aos consumidores a garantia de que estão adquirindo produtos cárneos de determinada raça.

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2 1 . i n s t i t u t o c n A

Este sistema foi criado com o intuito de estreitar e dar transparência na relação entre produtores rurais, a CNA, os frigoríficos e os consumidores interessados em informa-ções da produção e consumo de produtos diferenciados.

Utilizando o sistema informatizado na gestão dos protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária, a CNA proporciona transparência nas garantias acordadas entre os proponentes dos protocolos e na rastreabilidade do produto desde a propriedade até a mesa do consumidor, por meio da utilização de informações da Base de Dados Única (BDU) e Módulo de Gestão de Trânsito Animal da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), para fazer o acompanhamento, verificação, validação e comprovação do cumpri-mento das regras ou requisitos estabelecidos nos protocolos.

Ao consultar os dados oficiais inseridos na PGA, é possível, por exemplo, verificar a exis-tência da propriedade e do produtor que pretende aderir a um protocolo, assim como, se este produtor possui animais e se os mesmos podem ser enviados para o abate.

Por meio da consulta de dados da PGA, os produtores que aderirem voluntariamente a um ou mais protocolos autorizam o uso dos dados de cadastro e de produção existen-tes na BDU da PGA à CNA para realização da rastreabilidade do trânsito dos animais. Desta forma, é possível controlar o ingresso, egresso, tempo de permanência de ani-mais dentro de uma propriedade, assim como envio destes ao abate.

Desta forma o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária, desenvolvido pela CNA, consegue rastrear a movimentação, a vacinação e o manejo sa-nitário dos animais pertencentes aos produtores participantes, atestando as garantias requeridas pelos parceiros comerciais.

Entre os protocolos em desenvolvimento destaca-se o Protocolo União Europeia que visa retomar o volume de exportações àquele mercado que em 2008, em virtude de auditoria da comissão da União Europeia, restringiu a habilitação de propriedades brasileiras aptas à exportação a menos de 2000 propriedades atualmente. Para suplantar essa restrição, vem sendo desenvolvida metodologia com a intenção de simplificar os controles realizados, mantendo a garantia sanitária, de procedência e de inocuidade da carne bovina brasileira.

Já o Protocolo Angus, primeiro protocolo de rastreabilidade de adesão voluntária, fir-mado pela CNA com a Associação Brasileira de Angus (ABA), vem sendo desenvolvido para garantir que os animais abatidos atendam às características da raça Angus como sexo, idade e maturidade (cobertura de gordura), características que conferem maciez e qualidade superior aos produtos cárneos a serem comercializados.

Outro protocolo desenvolvido pela CNA, em conjunto com a Associação Brasileira de Hereford e Braford, operacionalizou a rastreabilidade de dois protocolos: Carne Certi-ficada Hereford, que preconiza características de padrão racial e de carcaça e Carne

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Braford Certificada, que além dos controles de características de raça e de carcaça prevê que o animal seja criado, por determinado período, exclusivamente a pasto.

Além destes, o Protocolo Nelore Natural, desenvolvido juntamente com a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), propõe a garantia de características de carcaça como sexo, idade e maturidade da carcaça, bem como a garantia de que o animal foi terminado com dieta específica sem ultrapassar parâmetros determinados pela ACNB.

Outros dois protocolos de raça que estão em fase final de desenvolvimento são o Pro-tocolo Carne Charolês Certificada em conjunto com a Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC) e o Protocolo Wagyu em conjunto com a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu (ABCBRW), que formataram o protocolo com intuito de dar garantias relacionadas às características de carcaça relacionadas a idade, sexo e cobertura de gordura além das características raciais próprias das respectivas raças.

Dessa forma, o Sistema Gestor dos Protocolos de Rastreabilidade de Adesão Voluntária permite ao produtor rural a consulta automática dos dados oficiais da PGA, além da obtenção de informações dos frigoríficos que aderiram aos protocolos e acesso aos relatórios sobre a classificação dos animais que enviou para o abate, conferindo maior controle e melhorando a gestão de sua produção. Tudo isso por meio de acesso a internet.

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22. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL CNA 2016

O QUE É A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL?

A Contribuição Sindical é devida por todos aqueles que participam de determinada categoria econômica, profissional ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da categoria ou profissão (artigos 578 a 591 da CLT). De acordo com o previsto no artigo 149 da Constituição Federal, essa contribuição tem caráter tributário, sendo, portanto, obrigatória independentemente de o contribuinte ser ou não filiado a sindicato.

SISTEMA SINDICAL RURAL

É o Sistema que defende, trabalha e fala em seu nome e de todos os produtores rurais do Brasil. Constituído de forma piramidal, tem em sua base 1.940 Sindicatos Rurais e 1.115  extensões de base, segundo dados do Departamento Sindical – DESIN em 30/11/2015.

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CNA

Federações

Sindicatos Rurais

Produtores Rurais

Geração e emissão de guias Transmissão de dados

Preenchimento e entregado DITR até 30/09

Secretariada ReceitaFederal – SRF

Esses sindicatos são representados por 27 federações estaduais, que têm na Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a sua representação máxima. Criada por meio do Decreto-Lei n.º 53.516, de 31 de janeiro de 1964, a entidade é a legítima representante do setor rural brasileiro. Essa estrutura garante a presença do Sistema CNA em qualquer ponto do País.

Assim como a CNA, as Federações atuam em seus Estados estimulando o fortalecimen-to do sindicalismo rural, enquanto os sindicatos desenvolvem ações diretas de apoio ao produtor rural, buscando soluções para os problemas locais de forma associativa. Como líder do Sistema, a CNA é reconhecida como única representante da categoria legalmente constituída. Abaixo demonstramos a quantidade de Sindicatos por Estado:

13 80

13

7

20

73

41

43

20

6222

4527

1616

1015

122384

236

183

97

137

55

47

67

8RR

AM

AC

AP

PA

RO

MT

MA

TO

PI

CE RNPBPE

ALSEBA

MGGO

DF

MSSP

ES

RJPR

SCRS

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89

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LEGITIMIDADE ATIVA

A CNA tem legitimidade ativa para a cobrança da Contribuição Sindical Rural, por força da Súmula nº 396 do Superior Tribunal de Justiça do (STJ). Devido ao convênio cele-brado entre a Receita Federal e a Confederação, a CNA passou a exercer a função de arrecadadora da Contribuição Sindical Rural.

De acordo com o artigo 589 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o montante de arrecadação deverá ser partilhado entre as diversas entidades sindicais. Assim, sin-dicatos, Federações e a Confederação têm legitimidade para a cobrança.

A Contribuição Sindical Rural é obrigatória e continua a ser exigida do contribuinte por determinação legal, em conformidade com o artigo 600 da CLT, sendo que a Secretaria da Receita Federal (SRF) não administra a referida contribuição, não tendo, consequen-temente, legitimidade para a sua cobrança.

OBJETIVOS E FUNCIONAMENTO 

O principal objetivo do sistema sindical rural é a defesa dos seus direitos, reivindicações e interesses, independentemente do tamanho da propriedade e do ramo de atividade de cada um, seja lavoura ou pecuária, extrativismo vegetal, pesca ou exploração florestal. O Sistema CNA trabalha inspirado em cinco princípios básicos:

• solidariedade social, • livre iniciativa, • direito de propriedade, • economia de mercado, e • interesses do país.

ORIGEM DOS RECURSOS

O sistema sindical rural é suprido por duas fontes de recursos que proporcionam as necessárias condições para atuar em nome dos produtores rurais, defendendo seus interesses e reivindicações. A mais expressiva delas é a Contribuição Sindical, obrigató-ria, cobrada diretamente pelo sistema por intermédio da CNA, como estabelece a CLT.

A segunda forma de contribuição são as mensalidades espontâneas dos associados aos sindicatos rurais.

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QUEM PAGA A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL?

Esta contribuição existe desde 1943 e é cobrada de todos os produtores rurais – pessoa física ou jurídica – conforme estabelece o Decreto-Lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei nº 9.701, de 18 de novembro de 1998:

Art. 5º – O art. 1º do Decreto-Lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º – Para efeito da cobrança da contribuição sindical rural prevista nos arts. 149 da Constituição Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Trabalho, considera-se:

II– empresário ou empregador rural:

a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, empreende, a qual-quer título, atividade econômica rural;

b) quem, proprietário ou não, e mesmo sem empregado, em regime de economia familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a força de tra-balho e lhe garanta a subsistência e progresso social e econômico em área superior a dois módulos rurais da respectiva região;

c) os proprietários rurais de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas seja superior a dois módulos rurais da respectiva região.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO

O cálculo da Contribuição Sindical Rural é efetuado com base nas informações pres-tadas pelo proprietário rural ao Cadastro Fiscal de Imóveis Rurais (Cafir), administrado pela Secretaria da Receita Federal.

O inciso II do artigo 17 da Lei nº 9.393/1996 autoriza a celebração de convênio entre a SRF e a CNA com o objetivo de fornecimento dos dados necessários à cobrança da Contribuição Sindical Rural.

Assim, nos termos da Instrução Normativa nº 20, de 17 de fevereiro de 1998, que disci-plina o procedimento de fornecimento de dados da SRF a órgãos e entidades que de-tenham competência para cobrar e fiscalizar impostos, taxas e contribuições instituídas pelo poder público, foi firmado o respectivo convênio entre a União – por intermédio da SRF – e a CNA, publicado no Diário Oficial da União, de 21 de maio de 1998.

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O cálculo do valor da Contribuição Sindical Rural deve observar as distinções de base de cálculo para os contribuintes pessoas físicas e jurídicas, definidas no § 1º do artigo 4º do Decreto-Lei nº 1.166/1971:

1º – PESSOA FÍSICA

A Contribuição é calculada com base no Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) da pro-priedade, constante no cadastro da Secretaria da Receita Federal, utilizado para lança-mento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

2º – PESSOA JURÍDICA

A Contribuição é calculada com base na Parcela do Capital Social (PCS), atribuída ao imóvel.

VALOR DO PAGAMENTO

Desde o exercício de 1998, está sendo lançada uma única guia por contribuinte, con-templando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal.

Para a pessoa jurídica, o valor-base para o cálculo corresponde à soma das parcelas do capital social. Para a pessoa física, o valor-base para o cálculo corresponde à soma das parcelas do VTN tributável de todos os seus imóveis rurais no país, conforme declara-ção feita pelo próprio produtor à Secretaria da Receita Federal.

Com base na tabela a seguir, é possível calcular o valor que o produtor rural irá pagar de Contribuição Sindical Rural, conforme o inciso III do artigo 580 da CLT, com redação dada pela Lei nº 7.047/1982:

Tabela para cálculo da contribuição sindical rural vigente a partir de 1º de janeiro de 2016:

LINHAClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)

Alíquota Parcela a Adicionar

1 Até 4.005,00 Contr. Mínima R$ 32,04 .....

2 de 4.005,01 a 8.010,00 0,8% ......

3 de 8.010,01 a 80.100,00 0,2% 48,06

4 de 80.100,01 a 8.010.000,00 0,1% 128,16

5 de 8.010.000,01 a 42.720.000,00 0,02% 6.536,16

6 Acima de 42.720.000,00 Contr. Máxima R$ 15.080,16 .....

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Considerando a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), no pe-ríodo de setembro/14 a agosto/15, a tabela foi corrigida em 9,47%.

VEJA ABAIXO EXEMPLOS DE CÁLCULOS:

Cálculo simplificado (utilizando a parcela adicionar)

Tomamos como exemplo o valor do capital social – PCS ou da terra nua tributável – VTNt dos imóveis declarados pelo contribuinte: R$ 100.000,00

Nesse caso, aplicando o valor na tabela, utilizaremos a quarta linha para cálculo da con-tribuição sindical rural, veja como:

Valor da CSR=Valor do capital social ou VTNt x alíquota + parcela adicional Calculando: R$ 100.000,00 x 0,1% + R$ 128,16 = R$ 228,16

Cálculo progressivo

Com a tabela progressiva, o valor da contribuição corresponde à soma da aplicação das alíquotas sobre a parcela do capital social/VTN tributável, distribuído em cada classe.

 Utilizando o exemplo anterior, a seguir aplicamos o cálculo progressivo:

LINHAClasse de Capital Social ou Valor da Terra Nua Tributável (VTNt) (em R$)

Parcela dos R$100.000,00 que se enquadra em cada faixa

Alíquota

Valor da Contribuição de cada classe(em R$)

2 até 8.010,00 R$ 8.010,00 0,8% R$ 64,08

3 de 8.010,01 a 80.100,00 R$ 72.090,00 0,2% R$ 144,18

4de 80.100,01 a 8.010.000,00

R$ 19.900,00 0,1% R$ 19,90

Valor Total do Capital ou VTNt R$ 100.000,00 - R$ 228,16

Nos cálculos exemplificados, o valor encontrado da Contribuição Sindical Rural, a ser pago pelo contribuinte, é o mesmo. Portanto, a parcela adicional constante da tabela visa apenas simplificar o cálculo da contribuição.

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QUEM COBRA?

Até o exercício de 1996, a cobrança era de competência da SRF, juntamente com a do Imposto Territorial Rural (ITR).

A partir de 1997, com a publicação da Lei nº 8.847/1994, quem faz a cobrança é a CNA, representante do Sistema Sindical Rural.

COMO E QUANDO PAGAR?

A CNA envia ao produtor rural uma guia bancária, já preenchida, com o valor da sua contribuição sindical rural de 2016. Até a data do vencimento, poderá pagá-la em qual-quer agência bancária. Depois dessa data, deverá procurar uma das agências do Banco do Brasil para fazer o pagamento da sua contribuição, no prazo máximo de até 90 dias após o vencimento, sendo o valor acrescido dos encargos legais. Para as pessoas jurí-dicas, o vencimento é 31/01/2016 e, para pessoas físicas, em 22/05/2016.

DESTINO DA ARRECADAÇÃO 

Os recursos arrecadados, retirados os custos da cobrança, são distribuídos conforme estabelece o artigo 589 da CLT, segundo a tabela a seguir:

Distribuição/entidade %

Ministério do Trabalho 20

Sindicato Rural 60

Federação de Agricultura do Estado 15

CNA 5

Total 100

Quando os recursos arrecadados se referem a imóveis localizados em municípios onde não existe sindicato rural organizado ou extensão de base, os recursos são assim distribuídos:

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Distribuição/entidade %

Ministério do Trabalho 20

Federação de Agricultura do Estado 60

CNA 20

Total 100

IMPUGNAÇÃO

Caso não haja concordância com os dados lançados na guia da Contribuição Sindical Rural, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, aos cuida-dos do Departamento de Arrecadação e Cadastro, na sede da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil – CNA (SGAN Q. 601 Bloco K Edifício Antônio Ernesto de Salvo – Brasília/DF CEP – 70.830-021), ou pelo e-mail [email protected].

Atenção! Impugnações que forem encaminhadas fora do prazo descrito acima, mesmo quando dadas como procedentes, podem ocasionar a geração de nova guia para reco-lhimento com a incidência dos encargos previstos em Lei.

PAGAMENTO PARCELADO

A contribuição sindical não pode ser parcelada por força do que dispõe o artigo 580 da CLT, que determina o recolhimento da contribuição sindical uma única vez, anualmente.

CORREÇÃO E ALTERAÇÃO DE INFORMAÇÕES DO PROPRIETÁRIO OU DO IMÓVEL

Em caso de solicitação de alteração cadastral, o proprietário rural deverá protocolar o pedido junto ao Sindicato Rural do seu município, ou à Federação da Agricultura do Estado ou na CNA, endereçando o requerimento, em qualquer das hipóteses, à CNA, juntamente com a documentação comprobatória: escritura pública de compra e venda devidamente registrada no cartório de imóveis ou cópia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

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CONTATOS NAS FEDERAÇÕES

CARTILHA CSR 2016

CONTATOS FEDERAÇÕES ATUALIZADOS

UF E-MAIL TELEFONES

AC [email protected] 68-3224-1797 68-9985-6246

AL [email protected] 82-3217-9803 82-3217-9824 82-3217-9825

AP [email protected] 96-3242-1049 96-3242-1055 96-3242-2595

AM [email protected] 92-3198-8402

BA [email protected] 71-3415-7100

CE [email protected] 85-3535-8027

DF [email protected] 61-3242-9600

ES [email protected] 27-3185-9208

GO [email protected] 62-3096-2200

MA [email protected] 98-3311-3162

MT [email protected] 65-3928-4479

MS [email protected] 67-3320-9700 67-3320-9717

MG [email protected] 31-3074-3070

PA [email protected] 91-4008-5353 91-4008-5321 91-4008-5395

PB [email protected] 83-3048-6050 83-3048-6057

[email protected]

41-2169-7911 41-2169-7944

PE [email protected] 81-3312-8500

PI [email protected] 86-3221-6666

RJ [email protected] 21-3380-9500

RN [email protected] 84-3342-0200

RS [email protected] 51-3214-4400

RO [email protected] 69-3223-2403

[email protected]

95-3623-0838 95-3623-0839 95-3224-7105

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CARTILHA CSR 2016

CONTATOS FEDERAÇÕES ATUALIZADOS

UF E-MAIL TELEFONES

SC [email protected] 48-3331-9700

SP

[email protected]@faespSENAR.com.br

11-3121-7233

SE [email protected] 79-3211-3264

TO [email protected] 63-3219-9255 63-3219-9254

NÃO RECEBIMENTO DA GUIA

O proprietário de imóvel rural que, por qualquer motivo, não receber a guia de reco-lhimento do exercício deve procurar o Sindicato Rural do Município ou a Federação da Agricultura do Estado munido da cópia do Documento de Informação e Apuração do Im-posto Territorial Rural (DIAT), a fim de que sejam adotadas as providências para emissão de nova guia, ou retirar a 2ª via pelo Canal do Produtor – www.canaldoprodutor.com.br.

SEGUNDA VIA PELA INTERNET

Desde 2010, a CNA disponibilizou pela internet no endereço eletrônico www.canaldo-produtor.com.br, no link da Contribuição Sindical, a emissão de 2ª via da guia da Con-tribuição Sindical Rural.

Essa ferramenta visa simplificar para o contribuinte a retirada da guia da CSR com segu-rança e rapidez.

A 2ª via retirada após a data do vencimento será acrescida de encargos legais.

CERTIDÃO E DECLARAÇÃO NEGATIVA DE DÉBITOS

O contribuinte tem à sua disposição, no site www.canaldoprodutor.com.br, a compro-vação das quitações da Contribuição Sindical Rural por meio da certidão ou declaração negativa de débitos.

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Detalhamento das opções:

Certidão Negativa de Débito da CSR – essa opção está disponível para aqueles pro-prietários cujas contribuições dos últimos cinco exercícios estejam quitadas.

Declaração Negativa de Débito da CSR – essa opção serve para comprovar exer-cícios pagos, mesmo que não estejam com a totalidade dos últimos cinco exercícios quitados.

Para tal, é necessário que o proprietário informe o seu CPF ou CNPJ e o número do imóvel (SRF) de sua propriedade, constante na guia de recolhimento da Contribuição Sindical Rural.

INADIMPLÊNCIA E PENALIDADES

As penalidades aplicáveis aos casos de não pagamento estão previstas na CLT, que são:

NÃO PAGAMENTO

O Sistema Sindical Rural promoverá a cobrança judicial. Sem o comprovante de paga-mento da Contribuição Sindical Rural, o produtor rural pessoa física ou jurídica:

I. I – não poderá participar de processo licitatório; II. II – não obterá registro ou licença para funcionamento ou renovação de ativida-

des para os estabelecimentos agropecuários; III. III – a não observância deste procedimento pode, inclusive, acarretar, de pleno di-

reito, a nulidade dos atos praticados, nos itens I e II, conforme artigo 608 da CLT.

PAGAMENTO COM ATRASO

Se o pagamento for feito após a data de vencimento, haverá incidência de multa de 10%, nos primeiros 30 dias, mais um adicional de 2% por mês subsequente de atraso, ju-ros de mora de 1% ao mês e atualização monetária, conforme prevê o artigo 600 da CLT. Dessa forma, a CNA não possui competência para reduzir ou retirar esses encargos, por tratar-se de tributo parafiscal, instituído pela União, necessitando de autorização legal, cabendo à Confederação somente a arrecadação do tributo.

USO DOS RECURSOS

O total arrecadado pela Contribuição Sindical Rural é aplicado na prestação de serviços aos produtores rurais em todo o país. A verdadeira representação de classe exige uma

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estrutura forte e ágil. Nesses tempos de globalização da economia, além de atuar junto às lideranças políticas locais, estaduais e nacionais, é preciso conquistar o respeito do mercado internacional. Só uma representação constituída de forma eficiente poderá concretizar as reivindicações do setor rural.

A CNA, as Federações da Agricultura dos Estados e os Sindicatos Rurais expressam e defendem as reivindicações do setor, participando de debates, comissões, acordos e convenções coletivas de trabalho, reuniões e outros foros de decisão. Além disso, o Sis-tema Sindical Rural é o canal indispensável para a transferência de informações sobre os principais assuntos do dia a dia do produtor rural, como atualização da legislação agrícola e agrária, cotações nacionais e internacionais, orientação sobre reforma agrária e desa-propriações, esclarecimentos de caráter jurídico, trabalhista, previdenciário e outros.

Por intermédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), o Sistema Sindical Rural capacita e treina o pequeno produtor e o trabalhador rural. Desde 1993, o SENAR já capacitou mais de 60 milhões de trabalhadores do campo em todo o Brasil.

COMISSÕES NACIONAIS

A CNA mantém à disposição dos produtores rurais 19 Comissões Nacionais e Gru-pos Técnicos organizados para debater propostas dos principais segmentos ligados a agropecuária brasileira. As Comissões são constituídas por líderes identificados pelos produtores que conhecem e vivenciam os desafios do setor, são elas:

• Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas• Comissão Nacional do Café• Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar• Comissão Nacional de Fruticultura• Comissão Nacional de Hortaliças e Flores• Comissão Nacional de Silvicultura• Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte• Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite• Comissão Nacional de Aves e Suínos• Comissão Nacional da Pesca• Comissão Nacional de Aquicultura• Comissão Nacional de Ovinos e Caprinos• Comissão Nacional de Política Agricola• Comissão Nacional de Meio Ambiente• Comissão Nacional de Empreendedores Familiares Rurais• Comissão da Região Nordeste do Brasil• Comissão Nacional de Assuntos Fundiários• Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura

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• Comissão Nacional de Trabalho e Previdência• Grupo Técnico Econômico• Grupo Técnico de Defesa Agropecuária

REPRESENTAÇÃO DE CLASSE

A independência entre a estrutura sindical dos produtores rurais e o governo abre um espaço propício ao diálogo na busca de respostas para os problemas do setor rural. En-tre outros organismos, públicos e privados, a cna representa a classe produtora junto ao:

CONSELHO DO MEC • Conselho Nacional de Educação

CONSELHO EMBRAPA • Conselho Assessor Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

CONSELHO FIESP • Conselho Superior de Comércio Exterior

CONSELHOS MAPA • Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC• Conselho do Agronegócio – CONSAGRO• Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA

CONSELHOS MCTI • Conselho Consultivo do Campus Tecnológico Regional para o Nordeste• Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos• Conselho Técnico Científico do Instituto Nacional do Semiárido

CONSELHO MINISTÉRIO DA FAZENDA • Conselho Diretor do Fundo de Participação do PIS/PASEP

CONSELHO MINISTÉRIO DA SAÚDE• Conselho Nacional da Saúde

CONSELHOS MMA • Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH• Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA

CONSELHOS MPS • Conselho de Recursos da Previdência Social• Conselho Nacional da Previdência Social

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CONSELHO MPA • Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca – CONAPE

CONSELHOS MTE • Conselho Curador da Fundacentro• Conselho de Relações do Trabalho• Conselho Diretor do Programa de Reforma da Educação Profissional• Conselho Nacional de Imigração

CONSELHOS PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA • Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social• Conselho de Transparência Pública e Combate À Corrupção• Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA

CONSELHOS SEBRAE • Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas

Empresas• Conselho Fiscal do Serviço Brasileiro de Apoio Às Micros e Pequenas Empresas

CONSELHO SUFRAMA • Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus

CONSELHOS SUDAM • Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia• Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste –

SUDENE

CONSELHO SUDENE • Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste –

SUDENE

CONSELHO UFRRJ • Conselho Universitário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

CÂMARAS

CÂMARAS SETORIAIS MAPA • Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Erva-Mate• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados

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101

2 2 . c o n t R i B u i ç ã o s i n d i c A l c n A 2 0 1 6

• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Palma de Óleo• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Algodão e Derivados• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Equideocultura• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Fibras Naturais• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Viticultura, Vinhos e Derivados• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Feijão• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Mel e Produtos das Abelhas• Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco

CÂMARAS TEMÁTICAS MAPA • Câmara Temática da Agricultura Orgânica• Câmara Temática da Lei Plurianual Agrícola• Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação• Câmara Temática de Crédito, Comercialização e Seguro do Agronegócio• Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio• Câmara Temática de Insumos Agropecuários• Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacional• Câmara Temática do Cooperativismo Agropecuário

CÂMARAS MMA • Câmara Técnica de Gestão Territorial, Unidades de Conservação e Demais Áreas

Protegidas • Câmara Técnica Sobre Espécies Exóticas Invasoras do CONABIO

CÂMARA MPS • Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos da Previdência Social

CÂMARA MTE • Câmara Setorial de Portuários do Fórum Nacional do Trabalho

Page 104: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

102

COMISSÕES, COMITÊS, FÓRUNS, GRUPOS DE TRABALHO E OUTROS

AGENDA NACIONAL MTE • Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude (ANTDJ)

COMISSÃO INMETRO • Comissão Técnica do Programa de Avaliação da Conformidade para Cachaça

COMISSÕES MAPA • Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão• Comissão Consultiva de Agentes do Psr – Programa de Subvenção ao Prêmio do

Seguro Rural• Comissão de Saúde Animal do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul• Comissão Especial de Recursos-Cer do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária• Comissão Nacional da Produção Integrada Agropecuária• Comissão Técnica Consultiva do Sistema Nacional de Certificação de Unidades

Armazenadoras• Comissão Técnica da Produção Integrada da Carne Bovina Agropecuária• Comissão Técnica da Produção Integrada do Café• Comissão Técnica Nacional da Cadeia Pecuária• Comissão Técnica para Estudos e Proposição de Norma Técnica Específica de

Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos e Bubalinos de Corte

COMISSÕES MMA • Comissão Brasileira para o Programa o Homem e a Biosfera • Comissão Coordenadora do Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas• Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável – CPDS• Comissão Nacional de Biodiversidade – CONABIO• Comissão Nacional de Combate a Desertificação – CNCD• Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável – CONACER

COMISSÃO MPS • Comissão Tripartite de Saúde e Segurança No Trabalho

COMISSÕES MTE • Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil – CONAETI• Comissão Permanente da Nr 32 – Segurança e Saúde Nos Serviços de Saúde• Comissão Permanente Nacional Aquaviária• Comissão Permanente Nacional Portuária• Comissão Permanente Nacional Rural• Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidade e Tratamento, de Gênero e

Raça No Trabalho

Page 105: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

103

2 2 . c o n t R i B u i ç ã o s i n d i c A l c n A 2 0 1 6

• Comissão Tripartite de Relações Internacionais• Comissão Tripartite do Programa de Alimentação do Trabalhador• Comissão Tripartite Paritária Permanente• Subcomissão de Revisão do Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Tra-

balho Infantil e Proteção do Trabalho Adolescente

COMISSÃO PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA • Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo – CONATRAE

COMISSÕES TEMÁTICAS FPA • Comissão de Defesa Sanitária• Comissão de Direito de Propriedade• Comissão de Infraestrutura e Logística – FPA• Comissão de Meio Ambiente• Comissão de Política Agrícola• Comissão Trabalhista• Frente Parlamentar da Agricultura – FPA

COMITÊS MAPA • Comitê de Marketing do Conselho Deliberativo da Política do Café• Comitê Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Café• Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Café• Comitê Diretor de Promoção e Marketing do Café• Comitê Diretor do Acordo Internacional do Café• Comitê Gestor do Programa Nacional de Fomento Às Boas Práticas Agropecuárias• Comitê Organizador da Reunião Comemorativa do Cinquentenário da Oic• Comitê Técnico Consultivo do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade de Bovinos e

Bubalinos

COMITÊ MCTI • Comitê Gestor do Fundo Setorial do Agronegócio

COMITÊS MMA • Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental• Comitê Coordenador do Projeto Fao/Mma• Comitê Gestor Central do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do

Centro-Oeste• Comitê Gestor do Programa Mais Ambiente• Comitê Nacional de Zonas Úmidas

COMITÊ MTE • Comitê Executivo da Agenda Nacional de Emprego e Trabalho Decente (ANTD)

Page 106: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

104

COMITÊS DIVERSOS • Comitê Assessor do Conselho Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia• Comitê Brasileiro de Normalização• Comitê Codex Alimentarius do Brasil• Comitê de Cumprimento do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca• Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Sudam

FÓRUNS MDIC • Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva de Couro e Calçados• Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

FÓRUM MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES • Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas

FORUNS MTE • Fórum Nacional de Aprendizagem Profissional• Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil• Fórum Nacional para Monitoramento e Resolução dos Conflitos Fundiários Rurais

e Urbanos

GRUPOS DE TRABALHO • Grupo de Trabalho Interinstitucional para Desenvolver Estudos Sobre a Cultura

da Palma de Óleo• Grupo Técnico de Trabalho do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sani-

tário de Embarcação Pesqueira e Infraestruturas de Desembarque do Pescado – Gtt – Embarque

GRUPOS DE TRABALHO ANVISA • Grupo de Trabalho de Contaminantes de Alimentos do Codex Alimentarius • Grupo de Trabalho de Higiene de Alimentos do Codex Alimentarius

GRUPOS DE TRABALHO MDIC • Grupo de Trabalho para Criação de uma Rede Nacional de Informação para as

Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais

GRUPO DE TRABALHO MPS • Grupo de Trabalho do Conselho de Recurso da Previdência Social

GRUPOS DE TRABALHO INMETRO • Grupo de Trabalho de Fiscalização e Certificação de Alimentos Importados do

Codex Alimentarius• Gt para Revisar a Estratégia Brasileira de Normalização, Regimento Interno, do

Comitê Brasileiro de Normalização (CBN)

Page 107: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

105

2 2 . c o n t R i B u i ç ã o s i n d i c A l c n A 2 0 1 6

GRUPOS DE TRABALHO MAPA • Grupo de Temático Sobre a Tributação Na Cadeia Produtiva do Biodiesel• Grupo de Trabalho Biotecnologia Na Agropecuária • Grupo de Trabalho da Agricultura• Grupo de Trabalho de Pecuária de Corte e de Pecuária de Leite• Grupo de Trabalho de Resíduos de Pesticidas do Codex Alimentarius • Grupo de Trabalho de Soja e Farelo de Soja • Grupo de Trabalho do Comitê de Alimentos Seguros• Grupo de Trabalho Instrução Normativa Mapa 32/2011• Grupo de Trabalho No Âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento do Agro-

negócio do Café• Grupo de Trabalho para Analisar o Cenário Atual de Superprodução Agrícola e

Sua Perspectivas – Mapa • Grupo de Trabalho para Elaboração da Agenda Estratégica do Agronegócio do

Café do Brasil• Grupo de Trabalho para Elaborar o Plano Nacional de Armazenagem• Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento do Escoamento da Safra

Agrícola – Mapa• Grupo de Trabalho Sobre Agricultura de Precisão• Grupo de Trabalho Sobre Ajustes em Normativos dos Títulos do Agronegócio• Grupo de Trabalho Sobre Harmonização de Custos Cartoriais• Grupo de Trabalho Temático para Tratar do Tema Fundo de Catástrofe Securitária• Grupo Técnico Científico Sobre Manejo de Resistência de Insetos-Praga a Proteí-

nas Isoladas de Bacillus Thuringiensis

GRUPO DE TRABALHO MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL • Grupo de Trabalho do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste

GRUPOS DE TRABALHO MMA • Grupo de Trabalho do Bioma Caatinga, da Secretaria de Biodiversidades e Florestas• Grupo de Trabalho em Biodiversidade• Grupo de Trabalho Interinstitucional Sobre Preservação e Restauração de Áreas

de Preservação Permanente • Grupo de Trabalho para Discussão da Proposta de Resolução Que Dispões Sobre

o Controle da Utilização de Produtos ou Processos para Recuperação de Ambien-tes Hídricos e Dá Outras Providências

• Grupo Técnico GT-05 do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Solidos

GRUPOS DE TRABALHO MTE • Anexo 03 da NR 15• Anexo 08 NR 15• Anexo I da NR-09

Page 108: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

106

• Grupo de Apoio Permanente da Comissão Tripartite do Programa de Alimenta-ção do Trabalhador

• Grupo de Trabalho da Norma Regulamentadora 11 – NR11• Grupo de Trabalho da Transição da Economia Informal para a Formalidade• Grupo de Trabalho FAT e FGTS• Grupo de Trabalho para Eliminação Nacional da Discriminação No Emprego e Na

Ocupação• Grupo de Trabalho Sobre Atualização dos Valores da Contribuição Sindical• Grupo de Trabalho Sobre o Tema da Facilitação da Transição da Economia Infor-

mal para a Formalidade• Grupo de Trabalho Tripartite da Agenda Nacional de Trabalho Decente• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 04 – NR 04• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora 24 – NR 24• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 12• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR 31• Grupo de Trabalho Tripartite da Norma Regulamentadora NR-20• Grupo de Trabalho Tripartite para Exame de Recomendação Sobre Piso de Pro-

teção Social• Grupo de Trabalho Tripartite Trabalho em Altura• Grupo Interconfederativo Empregador• Subgrupo de Assuntos Trabalhistas, Emprego e Seguridade Social do MERCOSUL

GRUPO DE TRABALHO SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES • Grupo de Trabalho Sobre Igualdade de Gênero No Mundo do Trabalho

GRUPOS TÉCNICOS MAPA • Grupo Técnico de Resíduos de Medicamentos Veterinários do Comitê do Codex

Alimentarius do Brasil• Grupo Técnico Permanente em Sanidade de Sementes

GRUPOS TÉCNICOS MPA • Grupo Técnico Capacitação e Qualificação para Aquicultura• Grupo Técnico Competitividade e Mercado• Grupo Técnico Sanidade do Conape• Grupo Permanente para Competitividade e Mercado – CONAPE

PROGRAMA EMBRAPA • Programa Nacional de Capacitação de Multiplicadores em Pesca e Aquicultura

PROGRAMA MAPA • Programas Nacionais de Manejo Integrado Lagartas e Mosca Branca

Page 109: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

107

2 2 . c o n t R i B u i ç ã o s i n d i c A l c n A 2 0 1 6

PROGRAMA MTE • Programa de Alimentação do Trabalhador

Nos estados e municípios, as Federações e os sindicatos mantêm interação correspondente.

A CNA relaciona-se, ainda, com inúmeras entidades civis e cooperativas ligadas a seg-mentos produtores, como a Federação das Associações dos Plantadores de Cana do Brasil (FEPLANA), o Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC) e a Sociedade Nacional da Agricultura (SNA). Preside o Conselho Superior de Agricultura e Pecuária do Brasil – Rural Brasil, integrado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira de Criadores (ABC), Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Brasileira de Produtores de Algo-dão (ABRAPA), Conselho Nacional do Café (CNC), União Brasileira de Avicultura (UBA) e União Democrática Ruralista (UDR). Coordena, também, o Fórum Permanente de Ne-gociações Agrícolas Internacionais, integrado pela OCB e pela Associação Brasileira de Agribusiness (Abag).

No âmbito internacional, a entidade está associada a:

• Aliança Láctea Global (ALG)• Cairns Group Farm Leaders• Confederación Interamericana De Ganaderos Y Agricultores (CIAGA)• Comissão Sulamericana para A Luta Contra A Febre Aftosa (COSALFA) – Opas/Oms• Comitê Hemisférico De Erradicação Da Febre Aftosa (COHEFA) – Opas/Oms• Comitê Veterinário Permanente Do Cone Sul (CVP) • Comissão Sulamericana para A Luta Contra A Febre Aftosa (COSALFA)• Federación De Asociaciones Rurales Del Mercosul (FARM)• Federación Panamericana De Lecheria (FEPALE)• Fórum Consultivo Econômico E Social Do Mercosul (FCES)• Fórum Mercosul Da Carne• Organização Mundial Da Saúde Animal• Oficina Permanente Internacional de la Carne (OPIC)• Seção Nacional De Coordenação dos Assuntos Relativos À Área De Livre Comér-

cio das Américas (SENALCA)

Page 110: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

Com o pagamento da contribuição SENAR 2016, o Serviço de Aprendizagem Rural (SE-NAR) obtém recursos para desenvolver ações de Formação Profissional Rural – FPR e de Promoção Social – PS, por meio de cursos, treinamentos e seminários, garantindo ao homem do campo maior qualidade de vida, integração na sociedade e pleno exercício da cidadania. Na mesma guia bancária que você recebeu para pagar a Contribuição Sindical Rural, já está incluída a Contribuição SENAR 2016.

A Contribuição SENAR 2016 incidente sobre o imóvel rural foi fixada em 21% (vinte e um por cento) do valor de referência regional para cada módulo fiscal, conforme previ-são do artigo 3º, inciso VII, da Lei nº 8.315/91, que remete ao art. 1º do Decreto-Lei nº 1.989/89, combinado com o art. 5º do Decreto-Lei nº 1.146/70:

Art. 3º. Constituem rendas do SENAR:(...)VII – contribuição prevista no art. 1º do Decreto-Lei nº 1.989, de 28 de de-zembro de 1982, combinado com o art. 5º do Decreto-Lei nº 1.146, de 31 de

23. CONTRIBUIÇÃO SENAR 2016

Page 111: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

109

2 3 . c o n t R i B u i ç ã o s E n A R 2 0 1 6

dezembro de 1970, que continuará sendo recolhida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

Não se confunde com a contribuição compulsória incidente sobre a comercialização da pro-dução rural e/ou folha de salário recolhida por produtores rurais, pessoas físicas e jurídicas.

ADMINISTRAÇÃO DO SENAR

O SENAR é vinculado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e diri-gido por um Conselho Tripartite, integrado por representantes do governo, da classe patronal rural e da classe trabalhadora. Possui uma Administração Central, em Brasília. E 27 (vinte e sete) Administrações Regionais dispostas em todos os Estados da Federa-ção e no Distrito Federal.

QUEM PAGA A CONTRIBUIÇÃO

A contribuição SENAR é devida apenas pelos produtores que exercem atividades rurais em imóvel sujeito ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). No entanto, face às isenções concedidas por lei, a contribuição somente é lançada para os proprie-tários, titulares de domínio útil ou possuidores, a qualquer título, de imóveis rurais:

Com área entre um até três módulos fiscais, que apresentem Grau de Utilização da Terra (GUT) inferior a 30%;

Com área superior a três módulos fiscais, que apresentem Grau de Utilização da Terra (GUT) inferior a 80% e Grau de Eficiência na Exploração (GEE) inferior a 100%.

Obs.: Os valores considerados de GUT e GEE são retirados da Declaração do ITR do exercício.

CÁLCULO DO PAGAMENTO

O valor da contribuição corresponde a 21% do Valor de Referência regional (VRR), cal-culado para cada módulo fiscal, referente à área aproveitável do imóvel.

A FÓRMULA DO CÁLCULO É ESTA:

Valor SENAR = Valor de Referência Regional (VRR) x 21% x Número de Módulos Fiscais.

Page 112: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

110

EXEMPLO DO CÁLCULO DO SENAR – 2016

Um imóvel no Município de Canindé/CE (localizado na 6ª Região), com área total de 270,0 hectares e área aproveitável de 180 hectares:

MODULO FISCAL DO MUNICÍPIO50,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)

NÚMERO DE MÓDULOS FISCAIS DO IMÓVEL 180 há (área aproveitável) 50 (módulo fiscal do Município) = 3,6 (módulo fiscal do imóvel)

VALOR REFERÊNCIA DO MUNICÍPIO – VRRR$ 37,66 (ver na tabela da contribuição SENAR)

VALOR DA CONTRIBUIÇÃO SENARR$ 37,66 (VRR) x 21% (Lei) x 3,6 (módulo fiscal)

TOTAL DA CONTRIBUIÇÃO SENARR$ 28,47 – Um imóvel no Município de Paranatinga/MT (localizado na 20ª Região), com área total de 9.840,5 hectares e área aproveitável de 6.883,4 hectares:

MÓDULO FISCAL DO MUNICÍPIO90,0 hectares (referente à área aproveitável do imóvel)

NÚMERO DE MÓDULOS FISCAIS DO IMÓVEL 6.883,4 ha (área aproveitável do imóvel) 90 (módulo fiscal do município) = 76,48 (módulo fiscal do imóvel)

VALOR REFERÊNCIA DO MUNICÍPIO – VRRR$ 41,77 (ver na tabela da contribuição SENAR)

VALOR DA CONTRIBUIÇÃO SENARR$ 41,77 (VRR) x 21% (Lei) x 76,48 (módulo fiscal do imóvel)

TOTAL DA CONTRIBUIÇÃO SENAR R$ 670,86

Page 113: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

111

2 3 . c o n t R i B u i ç ã o s E n A R 2 0 1 6

TABELA DE VALORES PARA CONTRIBUIÇÃO SENAR – 2016

VALORES EM REAIS (R$)

REGIÕES E SUB-REGIÕES(TAL COMO DEFINIDAS PELO DECRETO N° 75.679, DE 29 DE ABRIL DE 1975)

37,664ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª E 9ª DA SEGUNDA SUB-REGIÃO, 10ª, 11ª E 12ª DA SEGUNDA SUB-REGIÃO

41,771ª, 2ª, 3ª E 9ª DA PRIMEIRA SUB-REGIÃO, 12ª PRIMEIRA SUB-REGIÃO, 20ª E 21ª

45,4614ª E 17ª DA SEGUNDA SUB-REGIÃO, 18ª DA SEGUNDA SUB-REGIÃO

48,04 17ª DA PRIMEIRA SUB-REGIÃO, 18° DA PRIMEIRA SUB-REGIÃO E 19ª

53,41 13ª, 15ª, 16ª E 22ª

Page 114: Cartilha da Contribuição Sindical 2016

112

Guia de Recolhimento - Exercício de 2016Contribuição Sindical Rural/SENAR

Data do vencimento:

Endereço

Cidade

Nosso Número

Nome/Razão Social

(Autenticação Mecânica / RECIBO DO SACADO)

Dados dos Imóveis Rurais

CPF/CNPJ

Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT. /PCS Nº SRF UF MUNICÍPIO IMÓVEL ÁREA (ha) VTNT TRIBUT /PCS

Bairro

UFCEP

Base de Cálculo R$

FICHA DE COMPENSAÇÃO

Autenticação Mecânica

Sacado:

Sacador/Avalista Código de Baixa

Instruções

Nº da Conta/Resp.

Data do Documento

Cedente

Local de Pagamento Vencimento

Carteira

Nº do Documento

Quantidade

Espécie Doc

Valor

Data do ProcessamentoAceite

Agência/Código Cedente

Nosso Número

( - ) Valor do Documento

( - ) Desconto

( - ) Outras Deduções/Abatimento

( + ) Mora/Multa/Juros

( + ) Outros Acréscimos

( = ) Valor Cobrado

001-9

Espécie

Pagável em qualquer agência bancária até a data do vencimento

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA

Sr. Caixa: Não receber Cheque.Até 3 (três) meses após o vencimento, pagável apenas nas agências do Banco do Brasil.Após o vencimento acrescentar no primeiro mês de atraso (Mora/Multa) R$A cada mês subseqüente acrescentar (Mora/Multa) R$

Não receber valor inferior ao total lançado impresso na guia ou guias rasuradas.

TABELA PARA CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL, VIGENTE A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2016

LINHACLASSES DE CAPITAL SOCIAL OU

VALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL(EM R$)

ALÍQUOTAPARCELA

A ADICIONAR

010203040506

4.005,00

8.010,0180.100,01

8.010.000,01

4.005,01 aaaa

AtéDe

Acima de 42.720.000,00

8.010,0080.100,00

8.010.000,0042.720.000,00

--

48,06128,16

6.536,16-

MODELO

Contr. Máx. R$ 15.080,16

0,8%0,2%0,1%

0,02%

Data do Documento:

Enquadramento Sindical Dados do Contribuinte

Contr. Mín. R$ 32,04

Contribuição Sindical Contribuição SENAR (+) mora/multa (CS)(+) mora (SENAR)Valor total lançadoVALOR COBRADO

GUIA ÚNICA REFERENTE AOS IMÓVEIS RURAIS DECLARADOS À RECEITA FEDERAL, listados a seguir:ESTA GUIA NÃO QUITA DÉBITOS ANTERIORES

Nº do Documento

001-9

S e n h o r c o n t r i b u i n t e , m a n t e n h a e m d i a o r e c o l h i m e n t o d a C o n t r i b u i ç ã o S i n d i c a l R u r a l - C S R . P a r a a r e g u l a r i z a ç ã o d e e v e n t u a i s p e n d ê n c i a s o u m a i s i n f o r m a ç õ e s , e n t r e e m c o n t a t o c o m F e d e r a ç ã o d a A g r i c u l t u r a e P e c u á r i a d e s e u E s t a d o .

NOTAS:1 - Enquadramento Sindical de acordo com as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso II do art. 1º do Decreto-lei nº 1.166/71, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 9.701, de 18

novembro de 1998 . Base de cálculo fixada conforme disposto no parágrafo 1º do art. 4º, do referido Decreto-lei. Para o contribuinte Pessoa Jurídica considera-se a parcela do capital social atribuída a cada imóvel e para o contribuinte Pessoa Física o valor da terra nua tributável do imóvel, conforme declarado à Receita Federal;

2 - A tabela é progressiva (inciso III do art. 580 da CLT). O valor da contribuição sindical corresponde à soma da aplicação das alíquotas sobre a parcela de capital social, ou valor da terra nua tributável, distribuído em cada classe, observado:a) Contribuição Mínima = R$ 32,04 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for até R$ 4.005,00 (CLT art. 580 § 3º);b) Contribuição Máxima = R$ 15.080,16 quando o valor do capital social / valor da terra nua tributável total dos imóveis for superior a R$ 42.720.000,00 (CLT art. 580 § 3º);

3 - A partir do exercício de 1998, está sendo lançada uma única guia por contribuinte, contemplando todos os imóveis de sua propriedade declarados à Receita Federal. O valor base para cálculo conforme tabela corresponde, portanto, à soma das parcelas de capital social/VTN tributável de todos os seus imóveis no país.

4 - Impugnação - Caso não haja concordância com os dados dos lançamentos constantes desta guia, as impugnações deverão ser endereçadas até a data do vencimento, ao Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

5 - Cálculo da Contribuição Sindical:

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Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA

SGAN 601 – Módulo K – Ed. Antônio Ernesto de SalvoBrasília-DF. CEP: 70.830-021

Fone: +55 (61) 2109-1400 • Fax: +55 (61) 2109-1490www.canaldoprodutor.com.br