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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO SECRETÁRIA ADJUNTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DIRETOR DE GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA DO ESTADO COORDENADORIA DA FROTA DE VEÍCULOS DO ESTADO CARTILHA DE GESTÃO DA FROTA DE VEÍCULOS OFICIAIS DO ESTADO Belém Pará 2015

Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Page 1: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

SECRETÁRIA ADJUNTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DIRETOR DE GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA DO ESTADO COORDENADORIA DA FROTA DE VEÍCULOS DO ESTADO

CARTILHA DE GESTÃO DA FROTA DE VEÍCULOS OFICIAIS DO ESTADO

Belém – Pará

2015

Page 2: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ

Simão Jatene

SECRETÁRIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

Alice Viana Soares Monteiro

SECRETÁRIA ADJUNTA DE GESTÃO DE PESSOAS

Ruth de Fátima Ambrósio Pina

SECRETÁRIA ADJUNTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA

Maria Edilena de Souza Rocha

DIRETOR DE GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA DO ESTADO

Thiago Freitas Matos

Elaboração

Tiago Corrêa Carneiro Coordenador da Frota de Veículos do Estado

Equipe Técnica

Arnoud Roger Monteiro Araújo

Gerente do Sistema de Frota de Veículos Oficiais

Emílio Carlos Alexandro Vasconcelos de Mendonça Técnico em Gestão Pública

Giselle Alves Guerra

Assistente Administrativo

Revisão Salomão dos Santos Melo Técnico em Gestão Pública

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO Fone: (091) 3194-1073/1017 Travessa do Chaco, 2350 – Marco CEP 66-093-542 – Belém – Pará

Pará. Secretaria de Estado de Administração. Diretoria de Gestão da Cadeia Logística do

Estado. 34 p.

1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PARÁ. 2. CARTILHA DE GESTÃO DA FROTA DE

VEÍCULOS OFICIAIS DO ESTADO.

Page 3: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 2 AS VANTAGENS DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO ........................... 3 3 REQUISITO PARA O CADASTRO ................................................................... 4 3.1 CADASTRO DA UNIDADE CONSUMIDORA ................................................. 4 3.2 ANÁLISE DE DADOS CADASTRAIS.............................................................. 5 3.3 ANÁLISE DOCUMENTAL ............................................................................... 5 3.4 ANÁLISE DO OBJETO E VIGÊNCIA CONTRATUAL ..................................... 6 4 CONTRATO DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS ..................................................... 8 4.1 O FISCAL DE CONTRATO ............................................................................. 9 4.2 ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE CONTRATO ................................................. 10 4.3 GUIA PRÁTICO PARA ACOMPANHAMENTO DE CONTRATOS DE

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS ............................................................................. 11 5 TRAVAS DE SEGURANÇA .............................................................................. 17 6 CADASTRO DE UNIDADES ............................................................................. 19 6.1 CADASTROS DE MOTOS E VEÍCULOS EM GERAL .................................... 20 6.1.1 Informações Gerais .................................................................................... 20 6.1.1.1 Informações Técnicas ............................................................................... 20 6.1.1.2 Dados Gerais ............................................................................................ 23 6.1.1.3 Dados do Cartão ....................................................................................... 24 6.1.1.4 Validação de veículos ............................................................................... 25 6.1.1.5 Bloqueio do Cartão.................................................................................... 26 6.1.2 Regras de Abastecimento ......................................................................... 27 6.1.2.1 Combustível .............................................................................................. 27 6.1.2.2 Regras Adicionadas .................................................................................. 28 6.1.2.3 Restrições ................................................................................................. 28 6.1.2.4 Dia com validação de horário .................................................................... 29 6.1.2.5 Ocorrências ............................................................................................... 30 7 PADRONIZAÇÃO .............................................................................................. 30 8 CONCLUSÃO .................................................................................................... 33 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 34

Page 4: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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1 INTRODUÇÃO

Esta cartilha tem como objetivo auxiliar os gestores de frota dos órgãos e

entidades da Administração Pública Estadual na gestão da sua frota de veículos.

Iremos detalhar os procedimentos e requisitos à realização de um cadastro no

Sistema de Gerenciamento de Abastecimentos da Frota de Veículos Oficiais do

Estado, bem como disponibilizar informações e conceitos gerais acerca da

fiscalização dos contratos de locação de veículos. Finalmente, iremos detalhar em

um passo a passo todas as etapas necessárias ao cadastro de uma unidade

consumidora no Sistema Petrocard.

A alta rotatividade dos gestores que atuam no setor de transportes/frota do

seu órgão, bem como as frequentes dúvidas que naturalmente surgem dos novos

gestores no que concerne as suas rotinas e de como proceder em cada tipo de

situação é o que nos motivou a elaborar este documento. Esperamos que seja útil.

2 AS VANTAGENS DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO

Ao utilizar um sistema de gerenciamento para a frota de veículos oficiais do

Estado, a Administração Pública obtém uma série de vantagens, tanto de cunho

econômico quanto gerencial. Com todas as suas unidades consumidoras

(automóveis, motos, geradores, embarcações, etc) cadastradas em um sistema, de

imediato a Administração obtém a informação do perfil da sua frota, o que lhe

possibilita o mapeamento mais preciso das unidades que compõem a frota de cada

um dos órgãos e entidades estaduais, de forma acentuadamente mais rápida do que

solicitar via ofício essas informações.

Além disso, com a adoção de um sistema de abastecimento as informações

referentes aos abastecimentos individuais de cada unidade, bem como dos gastos

gerais de cada órgão, ficam registradas e disponíveis para download ou consulta,

tanto pelo órgão que realizou os abastecimentos quanto pelos órgãos gestores e/ou

fiscalizadores. A transparência da informação de como são realizados os gastos com

combustível atende aos princípios da administração pública da eficiência e da

publicidade.

Page 5: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Outro fator a se destacar é a possibilidade de emissão de relatórios

financeiros que auxiliam a Administração Pública na tomada de decisões gerenciais.

Com o perfil da frota traçado e os relatórios gerenciais demonstrando o padrão de

consumo e de gastos mensais do Estado, a Administração Pública possui as

condições de elaborar políticas públicas visando a racionalização dos gastos com

combustível do Estado, bem como políticas públicas relacionadas à área. A

transparência das informações também auxilia os gestores a detectar possíveis

desvios ou uso indevido de recursos públicos com combustível, além de criar

mecanismos que possibilitem diminuir desperdícios.

3 REQUISITOS PARA O CADASTRO

Todo cadastro de uma unidade consumidora deve ser realizado pelo gestor

de frota de cada órgão. Vários aspectos devem ser considerados no ato do cadastro

e é importante conhecê-los de forma a antecipar a documentação necessária, bem

como evitar as causas mais comuns que ocasionam o cancelamento ou a não

autorização de um cadastro. O fluxograma abaixo vai facilitar a compreensão dos

requisitos para autorização de um cadastro realizado no Sistema de Gestão de

Abastecimento da Frota de Veículos Oficiais do Estado:

3.1 CADASTRO DA UNIDADE CONSUMIDORA

O passo a passo para cadastro de uma unidade consumidora será detalhado

mais adiante. No entanto, o gestor deve atentar para preencher todos os dados

corretamente, principalmente os dados da placa, chassi e código Renavam. Na

dúvida, é aconselhável entrar em contato com a SEAD. A empresa detentora do

Sistema de Gestão também oferece um treinamento básico do sistema. É

recomendado que todo novo gestor de frota, ao assumir suas funções, agende um

Page 6: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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treinamento com a empresa prestadora do serviço para que aprenda a manusear

corretamente o sistema.

3.2. ANÁLISE DOS DADOS CADASTRAIS

Todo cadastro realizado pelo gestor de frota ficará pendente de uma análise

da SEAD no Sistema de Gestão de Abastecimento da Frota de Veículos Oficiais do

Estado. O primeiro passo da análise da SEAD será justamente a verificação dos

dados cadastrais. Cadastros com placa ou código Renavam incorretos (ou em casos

de inexistência desses dados) serão negados.

Todo cadastro passa por uma verificação no site do Detran-PA. Uma

consulta detalhada é realizada para cruzamento de informações entre o banco de

dados do Detran-PA e os dados cadastrais no sistema. Caso haja alguma

inconsistência, a SEAD poderá providenciar a correção da informação diretamente

no sistema ou solicitar informações adicionais ao gestor de frota do órgão.

Caso o veículo esteja licenciado em outro Estado, é obrigatório o envio

de uma cópia do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo),

para análise. A cópia pode ser física (uma xerox) ou em formato digital, via e-mail.

Além das já citadas placa, código Renavam e chassi, são analisados também

o proprietário da unidade, a categoria da unidade (caminhonete, automóvel,

motocicleta, etc) e o tipo de frota (própria, locada, cedida, etc), além do tipo de

combustível autorizado e o cadastro de uma forma geral.

3.3. ANÁLISE DOCUMENTAL

A análise documental é a parte formal do processo e está correlacionada aos

princípios da legalidade e da publicidade. Caso o veículo cadastrado seja de

propriedade do órgão, ou seja, um veículo oficial próprio, e esteja com seus dados

corretos, será liberado imediatamente.

Caso a unidade cadastrada pertença a uma pessoa física, o cadastro será

negado, sem exceções.

Page 7: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Porém, caso o veículo pertença a uma pessoa jurídica, será exigida uma

cópia do contrato de locação com a empresa proprietária do veículo (físico ou

digital).

Em caso de cessões, empréstimos, doações, convênios, entre outras formas

de usufruto do bem, o órgão que cadastrou a unidade necessita comprovar a posse

(por mais que seja temporária) do mesmo, seja através de um Termo de

Cooperação, Convênio, Termo de Cessão, Termo de Doação, ofício, Nota Fiscal ou

qualquer outro documento válido.

3.4. ANÁLISE DO OBJETO E VIGÊNCIA CONTRATUAL

Uma parte significativa da frota do Estado atualmente é locada e, para

viabilizar o abastecimento dessas unidades, o gestor de frota deve cadastrá-las no

Sistema de Gestão de Abastecimento da Frota de Veículos Oficiais do Estado.

Nesses casos, por se tratar de um bem que não pertence ao Estado, mas que irá

utilizar recursos públicos (recursos financeiros utilizados no seu abastecimento), faz-

se necessário comprovar o vínculo entre a pessoa jurídica ao qual pertence a

unidade consumidora e a Administração Pública. Esse vínculo é comprovado através

da cópia do contrato de locação com a empresa proprietária do veículo.

Vários aspectos do contrato de locação são analisados quando da aprovação

de um cadastro pendente no sistema. De forma resumida, apresentamos no

fluxograma na folha posterior os principais itens que são analisados em cada

contrato de locação antes de aprovar/negar um cadastro individual que esteja

pendente:

Page 8: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Se os dados do cadastro do veículo estiverem corretos e o mesmo for próprio, o

cadastro será autorizado de imediato.

Se o veículo pertencer a uma pessoa jurídica (locadora), o primeiro ponto a ser

analisado é a existência de um contrato de locação válido com prazo de vigência

em vigor. O contrato deve, portanto, estar assinado e ter sido publicado no Diário

Oficial do Estado, bem como não ter excedido o prazo final da sua vigência. Caso o

prazo de vigência tenha findado, será solicitada a apresentação de um Termo

Aditivo ao contrato, cujo objeto verse especificamente sobre a renovação do prazo.

Outro ponto de fundamental importância é o objeto contratado: as características

gerais (ou o modelo específico, se for o caso) do veículo cadastrado necessitam,

obrigatoriamente, coincidir (ou serem superiores) com a descrição do objeto

contratado constante no contrato de locação. A título de exemplo: se o órgão

contratou um veículo de passeio cujo motor seja de 1400 cilindradas, ou seja, um

motor 1.4 e cadastrou no sistema um veículo com motor 1.0, tal cadastro seria

negado por inexecução do objeto contratado.

Finalmente, destacamos que o veículo cadastrado deve estar licenciado no nome

empresarial ou fantasia da empresa com a qual o órgão firmou o contrato de

locação. Caso conste uma empresa terceira, tal configura-se como uma

subcontratação. A subcontratação, ou sublocação, é permitida, desde que

expressamente autorizada em cláusula contratual específica ou, alternativamente, se

constar no edital da licitação ao qual o contrato está vinculado.

Page 9: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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4 CONTRATOS DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS1

Todo contrato de locação é um contrato administrativo, assim definido: são

os ajustes celebrados entre a Administração Pública e o particular, regidos

predominantemente pelo direito público, para execução de atividades de interesse

público. Os contratos administrativos possuem algumas características específicas,

abaixo resumidas:

a) Formalismo moderado: A atuação administrativa, ao contrário da atuação privada,

exige o cumprimento de algumas formalidades para celebração de contratos

administrativos, tais como: licitação prévia; forma escrita do contrato, sendo vedados

os contratos verbais; prazo determinado; entre outros.

b) Bilateralidade: A formalização de todo e qualquer contrato (público ou privado)

depende da manifestação de vontade das partes contratantes. Ambas as partes

possuem direitos e obrigações.

c) Comutatividade: A e quação financeira inicial do contrato, estabelecida a partir

da proposta vencedora na licitação, deve ser preservada durante toda a vigência do

contrato (equilíbrio econômico-financeiro). Por este motivo, a legislação contempla

alguns instrumentos para efetivação desse princípio, com destaque para o reajuste e

a revisão do contrato.

d) Personalíssimo (intuitu personae): O contrato é celebrado com o licitante que

apresentou a melhor proposta. A escolha impessoal do contratado faz com que o

contrato tenha que ser por ele executado, sob pena de burla aos princípios da

impessoalidade e da moralidade.

e) Desequilíbrio: Ao contrário do que ocorre nos contratos administrativos, as partes

contratantes nos contratos administrativos estão em posição de desigualdade, tendo

em vista a presença de cláusulas exorbitantes que consagram prerrogativas à

1 O conteúdo teórico deste tema foi baseado no livro “Licitações e Contratos

Administrativos – Teoria e Prática”, de Rafael Carvalho Rezende Oliveira. São Paulo:

Editora Método, 2012.

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Administração Pública e sujeições ao contratado, tais como: alteração unilateral,

rescisão unilateral, fiscalização, etc.

f) Instabilidade: Configura-se através da prerrogativa que a Administração Pública

possui de alterar unilateralmente as cláusulas regulamentares ou, até mesmo,

rescindir os contratos administrativos, tendo em vista a necessidade de atender o

interesse público.

4.1 O FISCAL DO CONTRATO2

Todo contrato de locação terá, obrigatoriamente, um fiscal designado (via

portaria no Diário Oficial do Estado) pelo gestor do contrato para acompanhar e

fiscalizar a execução contratual do mesmo. As funções exercidas pelo Fiscal do

Contrato e pelo Gestor do Contrato possuem certas semelhanças, o que pode

ocasionar algumas dúvidas.

A fiscalização é a garantia da qualidade da execução. Significa verificar in

loco a correta execução do objeto do contrato conforme as especificações, normas e

procedimentos predeterminadas no contrato e/ou no edital que o rege. Por outras

palavras, é a atividade de controle e inspeção sistemática do objeto contratado (seja

ele a aquisição de bens, prestação de serviços ou execução de obras) pela

Administração, com a finalidade de examinar se a sua execução está obedecendo

às especificações previstas no Contrato.

O gerenciamento, por outro lado, é uma questão um pouco mais

macroeconômica, em que o gestor irá avaliar os prazos de execução, de entrega do

2 O conteúdo teórico deste tema foi baseado em: “A responsabilidade dos Fiscais dos

Contratos Administrativos: conflitos da relação entre o procedimento ideal de fiscalização

e a ação eficiente de fiscalizar” de Simone Justo Hahn; e do “Guia útil para Gestores e

Fiscais de Contratos Administrativos” da UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho”, 2011.

Page 11: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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objeto, as tecnologias e equipamentos empregados, a produtividade e a avaliação

do impacto no custo orçado.

Como podemos observar, trata-se uma função de grande relevância e

responsabilidade que requer do servidor público conhecimento técnico específico

acerca da execução contratual. Esse ponto é de fundamental importância, pois não

é incomum os órgãos e entidades estaduais não estarem estruturados para a gestão

e fiscalização dos seus contratos administrativos.

A falta de recursos humanos, tanto em quantidade quanto em capacitação,

bem como a sobrecarga de funções acumuladas pelo servidor nomeado fiscal de

contrato são fatores críticos que tornam a execução dos contratos um dos pontos

mais vulneráveis às possíveis irregularidades no âmbito do serviço público. Sem

uma fiscalização adequada, a Administração fica sujeita à fraudes e/ou prejuízos,

através do recebimento de bens e serviços inferiores ao contratado, distorcendo a

finalidade de uma licitação. Por isso, a escolha do fiscal é de vital importância e

conhecer suas atribuições é fundamental para o melhor desempenho de suas

funções.

4.2 ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE CONTRATO

Listamos abaixo algumas das principais atribuições de um Fiscal de Contrato:

Tão logo seja nomeado, buscar conhecimento prévio de sua competência e atuação

(Lei 8.666/93).

Possuir cópias e ler atentamente toda a documentação vinculada ao contrato

ao qual foi designado como fiscal, tais como: edital da licitação e seus anexos,

termo de referência, ata de registro de preço, proposta vencedora da licitação,

projeto básico e, evidentemente, o próprio Contrato em si.

Ter pleno conhecimento dos termos contratuais que irá fiscalizar, principalmente de

suas cláusulas, assim como das condições constantes do edital e seus anexos, com

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vistas a identificar as obrigações tanto da Administração contratante quanto da

empresa contratada.

Possuir autonomia para realizar a fiscalização com independência.

Conhecer e reunir-se com o preposto/representante da Contratada, para esclarecer

dúvidas que estiverem sob a sua alçada, encaminhando às áreas competentes os

problemas que surgirem quando lhe faltar competência. Ao conhecer o preposto da

empresa prestadora do serviço, é possível também estabelecer as estratégias da

execução do objeto, bem como traçar metas de controle, fiscalização e

acompanhamento do contrato.

Exigir da Contratada o fiel cumprimento de todas as condições contratuais

assumidas, constantes das cláusulas e demais condições do Edital da Licitação e

seus anexos, planilhas, cronogramas etc.; bem como verificar as suas condições de

habilitação e qualificação, com a solicitação dos documentos necessários à

avaliação.

Antecipar-se a solucionar problemas que afetem a relação contratual (greve, chuvas,

fim de prazo, entre outros).

Verificar a execução do objeto contratual, proceder à sua medição (quando for o

caso) e notificar a Contratada em qualquer ocorrência desconforme com as

cláusulas contratuais, sempre por escrito, com prova de recebimento da Notificação.

Receber e proceder à atestação da Fatura/Nota Fiscal (em caso de dúvida, buscar

obrigatoriamente auxílio para que efetue corretamente a atestação/medição) e

encaminhá-la imediatamente ao setor responsável pela liquidação e pagamento das

mesmas.

Rejeitar bens e serviços que estejam em desacordo com as especificações do

objeto contratado.

4.3. GUIA PRÁTICO PARA ACOMPANHAMENTO DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO

DE VEÍCULOS

Findado o embasamento teórico básico sobre os contratos administrativos e a

importância e atribuições do fiscal do contrato, vamos analisar agora, de forma mais

Page 13: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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prática e direta, alguns detalhes e cláusulas relevantes relacionados à fiscalização e

acompanhamento de um contrato de locação de veículos.

A) Preliminarmente, leia atentamente o Termo de Contrato, o Edital e seus anexos, a

Ata de Registro de Preços/Informação de Dispensa e/ou de inexigibilidade.

B) A definição do objeto e seus elementos característicos é um dos pontos de

fundamental importância a ser analisado. A locadora de veículos é obrigada a

fornecer o veículo exatamente nas condições especificadas na Ata de Registro de

Preços e/ou no Contrato.

Caso o contrato seja vinculado a um Edital ou a uma Ata de Registro de Preços,

essa informação terá que obrigatoriamente constar em cláusula contratual, conforme

os exemplos abaixo:

Nos casos em que o Contrato e a Ata especificam a marca, o modelo e as

características gerais do veículo, a locadora terá que, obrigatoriamente, entregar

aquele exato veículo, de marca e modelo específico. O fiscal do contrato não deve

aceitar a entrega, por parte da Contratada, de objeto divergente do constante no

Contrato/Ata de Registro de Preços (ARP).

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A título de exemplo, temos o exemplo abaixo, em que a locadora terá que,

obrigatoriamente, entregar para o órgão Contratante, um veículo de marca

Volkswagen, modelo JETTA e cujas especificações contemplem que seja “Highline

2.0 TSI DSG”, sendo vedada a entrega de qualquer outro veículo divergente:

Alternativamente, é possível que o Contrato não especifique nenhuma

marca/modelo do veículo objeto da locação e apenas cite as características gerais.

Nesses casos, é facultado à locadora entregar qualquer veículo que atenda todas as

especificações listadas. No exemplo abaixo, não foi especificado a marca/modelo do

veículo. No entanto, foram discriminados todos os itens que o veículo deve

obrigatoriamente possuir: motor no mínimo 1.0, potência de motor mínima de 65

cavalos, vidro e trava elétrica, etc.

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C) Outra questão que cria muitos imbróglios ao gestor e onde sempre existe muitas

dúvidas é a da subcontratação (ou sublocação) do objeto licitado. Conforme

explicado anteriormente, a lei permite a subcontratação parcial do objeto licitado,

desde que essa possibilidade esteja prevista no Edital ou no contrato. Por esse

motivo é que é fundamental conhecer e ler integralmente todos os documentos

integrantes do processo. Sem a leitura do processo, o fiscal não tomará

conhecimento dos deveres e obrigações das partes.

O Edital/Contrato especificará se pode ou não haver subcontratação e, em caso

positivo, pode ainda especificar um percentual máximo. Caso não especifique

nenhum percentual, subentende-se que a empresa locadora pode sublocar quantos

veículos quiser, desde que não atinja a integralidade do objeto contratado.

A dúvida mais comum do fiscal do contrato nestes casos é: “Como saber se o objeto

está sendo subcontratado?”.

No caso específico de contratos de locação de veículos, deve-se analisar o

Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), ou seja, o

documento do veículo, conforme exemplo ilustrativo abaixo:

O CRLV é de fundamental importância, pois além de ser um documento obrigatório,

irá fornecer todos os dados necessários ao cadastro do veículo no Sistema de

Gestão, bem como informar o proprietário do veículo. Caso o CNPJ

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e o nome da empresa proprietária do veículo não coincidam com o registrado

no Contrato de Locação, tal configura-se como subcontratação do objeto e,

conforme explicado, só poderá ser realizado se previamente autorizado no Contrato

e/ou no Edital da licitação. Destacamos abaixo alguns exemplos comuns de

cláusulas contratuais que versam sobre a subcontratação:

No exemplo acima, não existe possibilidade de subcontratação. Todos os veículos

entregues devem obrigatoriamente ser de propriedade da empresa Contratada.

No exemplo acima a subcontratação é permitida, porém limita o percentual em 30%

do valor global do contrato. Caso não especificasse o percentual, seria admitida a

subcontratação em qualquer quantidade, desde que não atingisse a integralidade do

contrato, ou seja, desde que não fosse atingido 100% da quantidade contratada.

D) Um ponto de merecido destaque é a questão da vigência do contrato. Qualquer

contrato administrativo só possui validade legal e produz efeitos após a sua

assinatura e publicação do seu extrato no Diário Oficial do Estado. Normalmente os

contratos de locação possuem validade de 12 (doze) meses. O fiscal do contrato

deve ficar atento à data final de vigência do contrato para: antecipar, se for o caso, o

processo de renovação do contrato (aditivo de prazo); evitar o

bloqueio/cancelamento do cadastro dos veículos no Sistema de Gestão de

Abastecimento da Frota de Veículos Oficiais do Estado; e realizar a devolução dos

veículos à locadora após o término do contrato (caso o mesmo não seja prorrogado).

O contrato pode determinar que o prazo de vigência comece a vigorar a contar da

data da assinatura do mesmo, conforme exemplo abaixo:

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Alternativamente, pode citar especificamente a data de início e término:

E) Finalmente, destacamos algumas cláusulas contratuais obrigatórias que devem

constar em todos os contratos administrativos:

A definição do objeto e seus elementos característicos;

O preço, as condições de pagamento, os critérios, data-base, e periodicidade do

reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do

adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;

O crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional

programática e da categoria econômica;

Os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores

das multas;

Os casos de rescisão;

A vinculação ao edital de licitação ou ao termo que formalizou a dispensa ou a

inexigibilidade, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

A obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em

compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de

habilitação e qualificação exigidas na licitação;

A legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos.

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5 TRAVAS DE SEGURANÇA

Atualmente existem três travas de segurança ativas e em vigor para todas as

unidades consumidoras cadastradas no Sistema de Gestão de Abastecimento de

Veículos Oficiais do Estado. Trata-se de ferramentas de controle, criadas pela

Administração Pública Estadual, com o intuito de aumentar a eficiência e a

racionalização dos gastos públicos com combustível, além de proporcionar uma

maior segurança do sistema.

A primeira e principal trava é a de um limite diário por cada unidade

consumidora cadastrada:

Ao realizar o cadastro de uma unidade consumidora no Sistema de Gestão, o

gestor de frota terá que especificar (demonstrado mais adiante) a categoria a que

pertence a unidade. Na maior parte dos casos, os cadastros serão de “automóveis”

ou “motocicletas”. Porém, é comum também o cadastro de “lanchas”,

“caminhonetes”, “motores”, “geradores”, entre outros. Cada unidade cadastrada terá

um limite diário, em reais, específico para aquela categoria. Automóveis, por

exemplo, possuem um limite diário máximo de R$ 300,00. Já as motocicletas podem

abastecer até R$ 50,00 diariamente.

As travas foram parametrizadas, levando em consideração a capacidade

média de tanque de cada tipo de unidade, bem como o histórico de gastos de cada

tipo de unidade. A relação completa dos valores está listada na folha seguinte:

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A segunda trava de segurança é um limitador da quantidade de

abastecimentos diários permitidos:

Cada cartão magnético, vinculado ao cadastro autorizado de uma unidade

consumidora, somente poderá ser utilizado três vezes por dia. O sistema não irá

autorizar a quarta tentativa de uso do mesmo cartão para abastecimento. A terceira

e última trava é o de tempo de inatividade:

Se o cartão definitivo, vinculado ao cadastro de uma unidade consumidora

cadastrada e autorizada no sistema, permanecer 60 (sessenta) dias sem registrar

nenhum abastecimento, o mesmo será automaticamente bloqueado no sistema.

Enquanto permanecer bloqueado, o gestor poderá ainda realizar o seu desbloqueio

e utilizar o cartão. Porém, caso sejam atingidos 90 (noventa) dias sem nenhuma

movimentação, o cartão definitivo será então cancelado de forma definitiva e

automática pelo sistema.

Page 20: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Esta trava de inatividade possui duas finalidades. A primeira é evitar que

veículos que não estejam efetivamente em uso pelo órgão possuam um cartão ativo

que possa ser abastecido indevidamente. Se o órgão não realizou nenhum

abastecimento em noventa dias, subentende-se que o veículo não está mais em

uso efetivo, seja por que está em manutenção, devolvido à locadora, cedido, doado,

leiloado, etc. O segundo motivo tem um viés gerencial. Ao cancelar automaticamente

os cadastros inativos, a Administração Pública mantém apenas os veículos

efetivamente em uso ativos, o que lhe permite obter dados precisos sobre o real

tamanho da frota do Estado, própria e locada. O mapeamento detalhado da frota de

cada um dos órgãos e entidades estaduais possibilita a criação de políticas públicas

mais eficientes.

Destacamos que as três travas de segurança acima citadas atuam de forma

concomitante, ou seja, são travas distintas, mas que atuam de forma conjunta.

Portanto, recapitulando, o gestor pode usar cada cartão magnético individual no

máximo três vezes ao dia, sendo que o valor total abastecido não pode exceder o

limite estabelecido para aquela categoria. Caso permaneça sessenta dias sem

abastecer o cartão será bloqueado. Ao atingir noventa dias o cartão será

automaticamente cancelado.

Finalmente, salientamos que as três travas citadas são as obrigatórias que

vigoram para todos os órgãos da Administração Pública Estadual Executiva.

Existem, no entanto, diversas travas de segurança de cunho opcional que cabe ao

gestor de frota de cada órgão, individualmente, optar pela sua utilização ou não, de

acordo com a realidade das suas rotinas e operações.

6. CADASTRO DE UNIDADES

Para viabilizar o abastecimento dos diversos tipos de unidades que utilizam

combustível no seu órgão, o gestor deve cadastrá-

las previamente no Sistema de Gestão dos

Abastecimentos da Frota de Veículos Oficiais que,

atualmente, é o Sistema Petrocard.

Page 21: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

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Não apenas automóveis e motos podem ser cadastrados, como também

embarcações, motores e geradores. Nesta cartilha iremos demonstrar os requisitos e

os procedimentos para o cadastro e abastecimento de cada uma dessas unidades.

Independente do tipo de unidade, para cadastrá-la é preciso acessar o Sistema

Petrocard e selecionar a opção “Cadastro > Veículo”.

6.1. CADASTRO DE MOTOS E VEÍCULOS EM GERAL

O processo de cadastro é divido em duas etapas:

Informações Gerais

Regras de Abastecimento

6.1.1 Informações gerais

E que se subdivide em diversas partes. A primeira é a de Informações Técnicas:

6.1.1.1 Informações Técnicas

Neste primeiro módulo vamos identificar a unidade. Itens como placa, código

Renavam, cor e ano de fabricação do veículo são obrigatórios e devem ser

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preenchidos integralmente, de acordo com os dados constantes no documento do

veículo. Cadastros de veículos sem Renavam serão negados.

O Chassi é opcional, porém é sugerido que seja preenchido, pois caso haja algum

erro no preenchimento dos dados da placa ou do código Renavam, com o chassi é

possível recuperar as informações corretas pelo site do Detran e evitar que o

cadastro seja negado.

Para selecionar o Modelo do Veículo, siga os passos abaixo:

1º Passo: Clique no ícone: “Filtrar”:

2º Passo: Na próxima tela, no campo “Descrição” digite o modelo do veículo e clique

em “Pesquisar”. Depois, basta selecionar da lista o modelo específico desejado (ou o

que mais se assemelha) e clique ícone adicionar. No exemplo abaixo, depois de

pesquisar por “Palio”, foi selecionado o modelo PALIO 1.0.

Observação: caso o modelo desejado não conste na lista e deseje adicioná-lo, entre

em contato com a empresa Equador Petróleo para que o mesmo seja inserido no

sistema.

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Os próximos campos são de fundamental importância: “Tipo de Veículo” e “Tipo de

Frota”.

O Tipo de Frota tem como objetivo

classificar o proprietário da unidade. As

opções disponíveis são: Própria, Locada,

Cedida ou Convênio. Este campo é

obrigatório para a autorização do cadastro do veículo.

Já o Tipo de Veículo visa classificar a unidade de acordo com a categoria em que

ela se insere. Esse campo também é obrigatório e é importantíssimo, pois será ele

que irá determinar o limite diário (em reais) a que a unidade tem direito de abastecer.

A questão dos limites diários será abordada mais à frente.

Existem diversas categorias

e o gestor deve atentar em

qual ela está inserida e

preenchê-la corretamente.

Dados incorretos serão

corrigidos ou podem

acarretar o cancelamento

do cadastro. Em caso de

dúvida, entre em contato

com a SEAD. As opções disponíveis são: Automóvel, motocicleta, micro-ônibus,

ônibus, trator, lancha, embarcação, caminhão, carreta, motor, gerador e roçadeira.

Abaixo, um exemplo ilustrativo de um cadastro de um Fiat Uno, pertencente a um

órgão estadual:

Page 24: Cartilha de Gestão da Frota de Veículos Oficiais do Estado

23

6.1.1.2 Dados Gerais:

O preenchimento deve ser realizado da seguinte forma:

O campo “Convênio” identifica o órgão e já virá preenchido automaticamente.

Sub Centro de Custo: São as subclassificações que o gestor pode criar

dentro do seu órgão. Todo órgão vem automaticamente com pelo menos um sub

centro. Porém o gestor pode criar quantos quiser como, por exemplo, “Regional

Santarém”, “Diretoria de Administração e Finanças”, “15 Batalhão”, etc. O propósito

é de organizar sua frota de acordo com o que for mais conveniente, como a estrutura

interna do órgão ou o seu organograma. Depois de criado, basta selecionar onde ele

deseja inserir esse cadastro.

Frota: Este campo refere-se ao conjunto de travas de segurança que podem

ser criadas e customizadas para a sua frota. O gestor pode, por exemplo, criar um

conjunto de regras para os seus veículos leves, outro mais restrito para as suas

motos, outro para as embarcações, e assim por diante. Para cada conjunto de

regras customizado (valor máximo diário permitido por abastecimento, horário de

abastecimento, tipo de combustível, limite mensal, etc.) ele deve criar um nome para

identificá-lo. No exemplo acima, foi criado um conjunto de travas denominado

“Locada”.

Observação: As travas individuais sempre se sobrepõem às da “Frota” selecionada.

Portanto, se a regra da “Frota” estabelece, por exemplo, um limite mensal para os

veículos de R$ 500,00, mas no cadastro individual do veículo o gestor preenche o

campo do limite mensal com o valor de R$ 800,00, irá prevalecer este último.

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Condutor: Este campo só deve ser selecionado caso se deseje vincular

especificamente um motorista a uma determinada unidade consumidora. Em geral,

ao deixar este campo em branco estamos informando ao sistema que qualquer

motorista cadastrado no sistema está autorizado a abastecer aquela unidade

consumidora.

Cidade e UF: Estes campos são meramente informativos e identificam

respectivamente a cidade onde a unidade consumidora estará lotada e a unidade da

federação ao qual o veículo pertence. Caso o veículo seja locado e tenha sido

adquirido em outro Estado, informe o Estado de origem. Essa informação pode ser

verificada no próprio documento do veículo. Os mais comuns são: AM (Amazonas),

PR (Paraná), AP (Amapá), TO (Tocantins) e PE (Pernambuco).

Código Externo: Este campo é um código de controle interno da empresa e

deve ser mantido em branco.

6.1.1.3 Dados do Cartão:

Usuário Cartão: Este campo deve ser mantido em branco, pois qualquer

dado preenchido será impresso no cartão.

Imprimir Cartão: Refere-se à confecção do cartão definitivo da unidade

consumidora e, em geral, deve ser marcado. Em casos atípicos em que o gestor

souber de antemão que o veículo será temporário e ficará pouco tempo no órgão

(menos de 30 dias), este campo deve ser desmarcado (exemplo: cadastro de um

veículo de locação eventual ou um veículo reserva).

Tipo de Limite: A modalidade do limite é sempre do tipo “Normal”.

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Utilizar limite definido pela Frota: Caso marque esse campo, o veículo irá

automaticamente adotar os limites financeiros (o crédito mensal) previamente

definidos na “Frota” (no campo anterior) a que ele pertence, de acordo com o que foi

selecionado no campo “Dados Gerais”. Caso não marque esse campo, o gestor

deve especificar os valores.

Limite (R$): Aqui é preenchida a cota mensal em reais do veículo para o mês

corrente. Este campo é de fundamental importância, pois é ele que irá possibilitar o

abastecimento do veículo.

Limite Prox. Período (R$): Aqui é preenchida a cota desejada para o

próximo mês. Desta forma, ao iniciar o dia 1º do mês seguinte, o sistema

automaticamente reconhece a nova cota do veículo.

Observação: Caso o “Limite” e o “Limite Prox. Período” sejam preenchidos com o

mesmo valor, a cota será igual todo mês, renovando-se automaticamente no início

do mês e o gestor não precisará repetir essa operação, a não ser que queira alterar

o valor estipulado.

6 1.1.4 Validação de Veículos:

Este campo é de preenchimento opcional pelo gestor de frota. Trata-se de uma trava

de segurança importante que permite restringir a quantidade de abastecimentos

realizados pela unidade cadastrada, diariamente, semanalmente ou até mesmo

mensalmente.

É possível também limitar o valor diário (em reais) abastecido pela unidade

consumidora.

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Observação: A trava de limite estabelecida pela SEAD permite até 03 (três)

transações diárias por unidade consumidora. Caso o gestor digite um número

superior às três transações estabelecidas, prevalecerá a trava da SEAD. O mesmo

ocorre para o limite diário que não pode ser superior ao estabelecido pela SEAD

para a categoria da unidade cadastrada. Caso ultrapasse, prevalecerá o

estabelecido pela SEAD.

A título de exemplo: conforme já demonstrado, automóveis possuem um limite diário

de R$ 300,00. Caso o gestor estabeleça um valor superior para o seu veículo leve

cadastrado, prevalecerá o valor da trava.

6.1.1.5 Bloqueio de Cartão

Este campo deve ser utilizado apenas nos casos em que o gestor sabe, de antemão,

que a unidade cadastrada será utilizada por um tempo específico pelo órgão e que

será devolvida numa data específica. Nestas situações, ele possui a prerrogativa de

agendar previamente o bloqueio do cartão, de forma a não autorizar eventuais

abastecimentos após aquela data. Tais situações são aplicáveis, por exemplo, aos

cadastros de veículos de locação eventual ou veículos cedidos por prazo

determinado.

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6.1.2 Regras Abastecimento

É composta basicamente de travas opcionais de segurança.

6.1.2.1 Combustível

Neste módulo o único campo obrigatório é o de “Combustível”, que especifica qual o

tipo consumido pela unidade. No exemplo ilustrativo acima, foi informado tratar-se de

um veículo flex, que abastece etanol e gasolina.

Os demais campos são opcionais e servem para informar:

- A quilometragem inicial da unidade, no momento do cadastro;

- A capacidade de tanque da unidade, informada em litros;

- A capacidade de tanque de gás natural veicular (GNV), não aplicável ao Estado do

Pará;

- É possível ainda validar as regras de utilização de Km/L, ou seja, a regra que

estabelece a média que a unidade terá que apresentar. Nestes casos, será

necessário informar o valor máximo e mínimo de quilômetros por litro permitidos

para o veículo.

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6.1.2.2 Regras Adicionadas:

Nele, o gestor deve informar os tipos de combustíveis autorizados a serem

abastecidos pela unidade que está cadastrando, bem como as regras que ele deseja

aplicar a cada um deles. No exemplo acima, foi em um primeiro momento adicionado

o combustível “Etanol”, sem nenhum parâmetro. A falta de parâmetros apenas

autoriza o tipo de combustível, com os limites estabelecidos pelas próprias travas de

segurança do sistema.

No exemplo acima, no entanto, foi também adicionado a Gasolina Comum e, neste

caso, foi especificado que cada abastecimento individual só poderá ser de, no

mínimo, R$ 10,00 e no máximo de R$ 150,00 e que obrigatoriamente terá que existir

um intervalo de uma hora entre um abastecimento e outro.

Portanto, como podemos observar, este campo fornece ferramentas que, embora

opcionais, são de extrema valia para o gestor na medida em que lhe permitem

controlar com maior precisão o abastecimento da sua frota de veículos.

6.1.2.3 Restrições

Neste campo o gestor possui a alternativa de restringir a permissão quanto a

utilização do cartão de abastecimento por cidade e Estado. Em geral, orientamos

não alterar esta trava, deixando da mesma forma padrão, permitindo que aquela

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unidade de abastecimento possa ser abastecida em qualquer posto credenciado

pela Empresa.

6.1.2.4 Dia com validação de horário

Esta opção possui unicamente a capacidade de permitir ao gestor poder definir, a

seu critério, quais dias e horários da semana onde a unidade de abastecimento

poderá movimentar o seu cartão, bem como o valor a ser permitido para aquele dia e

horário.

No caso exemplificado, o gestor optou por permitir o abastecimento nos dias de

Segunda, quarta e sexta-feira, no horário entre 07:30 e 18h, no valor de R$ 100,00.

É necessário atentar pro fato que, por ter parametrizado nesses respectivos dias e

horários, qualquer tentativa fora dessa regra não irá ser validada.

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Essa é uma trava muito diferenciada, na qual não permite erro por parte do gestor ou

condutor no momento do abastecimento. Por conta disso, a maioria dos mesmos

costuma não utilizá-la, realizando seu próprio controle sobre o tempo e dia de

abastecimento.

6.1.2.5 Ocorrências

Nesta aba poderemos verificar o registro de todas as movimentações oriundas

daquela unidade de abastecimento que estará sendo visualizada no Sistema, tais

como dia da transação, quem realizou e um resumo do que foi feito.

7 PADRONIZAÇÃO

Para melhor identificação e visualização dos cadastros das unidades de

abastecimento, a Coordenadoria da Frota do Estado identificou como necessidade a

padronização das unidades que não possuem placa de identificação propriamente

dita, como os veículos e motocicletas que possuem registro no DETRAN.

Estamos falando das unidades que não possuem placa nem código

RENAVAM, porém também necessitam de abastecimento, tais como as

Embarcações, geradores, motores de popa, roçadeiras, motosserras etc. Por isso,

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atualmente todas as unidades ao serem cadastradas no Sistema de Abastecimento

de Combustível do Estado devem utilizar o padrão de identificação, mesmo não

possuindo registro no DETRAN.

Para isso, cada unidade deverá utilizar as seguintes inicias nas “placas” para realizar

o devido cadastro:

Embarcação/Lancha: EMB

Gerador: GER

Motosserra/Motor: MOT

Roçadeira: ROC

Trator: TRA

Abaixo segue um exemplo de um cadastro realizado de um Gerador:

Observe que foi registrado na “placa” GER0001, indicando que é um gerador e

sendo o primeiro gerador a ser cadastrado ficou determinado como “0001”. Esta

sequência numérica também deverá ser seguida para todas as demais unidades

dessa natureza.

Outro ponto a ser ressaltado é a informação a ser inserida no espaço que fora

determinado para o código Renavam. Neste campo deverá ser inserido o código RP

(Registro de Patrimônio), alimentado através do Sistema de Patrimônio do Estado

(SISPAT).

Todo bem patrimonial pertencente ao Estado deve possuir registro no SISPAT,

portanto o espaço mencionado deverá ser utilizado para o preenchimento dos

códigos RP de todas as unidades nas quais não possuem código Renavam, para

fins de autorização de abastecimento com combustível.

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Assim como já é realizado com veículos e motocicletas, o crivo nas unidades de

abastecimento dessa natureza também é feito constantemente. A Coordenadoria da

Frota do Estado, ao analisar o código RP informado e caso verificar inconsistência

nos dados junto ao SISPAT, o mesmo será negado e o órgão informado sobre a

situação.

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8 CONCLUSÃO

Esta cartilha tem como objetivo contribuir para orientação aos gestores de

frota dos órgãos e entidades da administração pública, a fim de promover melhor

aplicação de gestão na sua frota de veículos e obtenção de informações técnicas

para a manipulação do sistema de abastecimento de combustível.

De posse desta ferramenta de orientação, certamente os gestores ampliarão

seus conhecimentos sobre todo o processo de gestão de frotas e,

consequentemente, obterão melhores resultados de gestão e de economicidade,

considerando que o maior controle reduzirá os custos operacionais no que concerne

ao consumo de combustível, evoluindo com toda a logística que envolve o sistema

de gestão.

Dessa forma, consideramos de fundamental importância a habilidade do

gestor em manusear o Sistema de Gestão de Abastecimento de Veículos, pois,

assim, irá agilizar o atendimento das necessidades de cada órgão no que concerne

as questões de abastecimento, como por exemplo, nos casos de análise e

aprovação de cadastros. Isso trará maior autonomia aos gestores que estarão aptos

com sistema, reduzindo o tempo de atendimento em suas necessidades.

Finalmente, acreditamos que essas orientações resultarão no aprimoramento

da gestão, tornando-a mais eficiente, com a otimização dos procedimentos que

integram as rotinas administrativas de cada órgão em consonância com a

qualificação da gestão. Assim, desenvolvemos essa cartilha para que cada gestor, a

partir dessa ferramenta, possa agregar conhecimento através das informações

necessárias sobre gestão de frota e acompanhar todas as etapas que envolvem o

processo e suas ações.

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REFERÊNCIA

Petrocard. Sistema de Gestão de Abastecimento de Veículos. Disponível em:

<http://www.petrocardadm.com.br/site/home/>. Acesso em: 05 de fev. 2015.