Secretaria de Estado da Defesa Social

CARTILHA DE

ORIENTAÇÃO DO MILITAR

Esta cartilha foi elaborada para orientar você, po-

licial militar que atuará nas Eleições Gerais de 2010,

quanto aos procedimentos que garantirão a ordem pú-

blica e a conduta policial adequada durante o registro

de ocorrências no dia do pleito. Para evitar equívocos

e eventuais abusos durante abordagens, o documen-

to foi elaborado com base no Código Eleitoral, para es-

clarecer que qualquer crime diretamente relacionado

às eleições deverá ser encaminhado à delegacia local

para o devido registro da ocorrência policial.

O principal objetivo deste documento é orientá-lo

para a prevenção de atos ilícitos. Dessa forma, o poli-

cial militar de Alagoas dará sua contribuição, em par-

ceria com os demais integrantes de órgãos policiais e

judiciais, à garantia da segurança pública e institucio-

nal e da ordem jurídica necessárias à consolidação

da democracia.

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RESOLUÇÃO N.º 23.222/TSE, DE 04.03.2010(...) Art. 6º Quando tiver conhecimento da prática da infra-

ção penal eleitoral, a autoridade policial deverá informar imediatamente ao Juiz Eleitoral competente.

Art. 7º As autoridades policiais e seus agentes deve-

rão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito pela prática de infração eleitoral, comunicando o fato ao juiz eleitoral competente em até 24 horas.

Parágrafo único. Quando a infração for de menor po-

tencial ofensivo, deverá o Policial elaborar Termo Circuns-tanciado de Ocorrência e providenciará o encaminhamento ao Juiz Eleitoral competente.

DISPOSIÇÕES GERAIS Serão eleitos no pleito eleitoral de 2010 os titulares

dos seguintes cargos públicos:

• Presidente da República (mandato 04 anos); • Senador (mandato 08 anos);• Deputado Federal (mandato 04 anos);• Governador (mandato 04 anos) e• Deputado Estadual (mandato 04 anos). • O eleitorado de Alagoas escolherá 01 Presidente da República, 01 Governador, 02 Senadores, 09 Deputados Federais e27 Deputados Estaduais.

Datas das eleições:

• 1º turno – dia 03/10/2010, das 08:00 às 17:00 h;• 2º turno – dia 31/10/2010, das 08:00 às 17:00 h;

Documentos obrigatórios para votar:

•Título de eleitor, juntamente com um documento oficial que contenha foto (não será aceito carteira de estudante);•Autoridades e agentes policiais não podem ser nomeados presidentes e mesários eleitorais.

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• Para garantir a segurança à realização do evento (trá-fego ou outros serviços afetados), a autoridade policial to-mará as medidas necessárias (art. 39 da Lei n.º 9504/97 e art. 9º, § 1º da Resolução/TSE n.º 23.191/10);

• A autoridade policial deverá adotar as medidas para ordenar o trânsito no local do evento e observar também a funcionalidade dos serviços públicos, ou seja, para não atrapalhar o acesso a esses locais. (art. 9º, § 2º da Resolu-ção/TSE n.º 23.191/10.

VEDAÇÕES: Lei 9.504/97 – Art. 39, § 3º, I a III: Uso de alto-falantes ou amplificadores de som em dis-

tância inferior a 200 (duzentos) metros dos seguintes lo- cais:

a) das sedes dos Poderes Legislativo e Executivo da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, dos quartéis e outros es-tabelecimentos militares;

b) dos hospitais e casas de saúde;c) das escolas, bibliotecas públicas, igrejas, teatros,

quando em funcionamento.

É PERMITIDA EXCEPCIONALMENTE A REALIZAÇÃO DE COMÍCIOS COM USO DE APARELHOS SONOROS NO HORÁRIO COMPREENDIDO ENTRE 08h00 e 24h00 (LEI 9.504/97, art. 39, § 4º, RES. N.º 23.191/10, art. 10, II).

DA PROPAGANDA ELEITORAL

ART. 9º A REALIZAÇÃO DE QUALQUER ATO DE PROPAGANDA PARTIDÁRIA OU ELEITORAL, EM RECINTO ABERTO OU FECHADO, NÃO DEPENDE DE LICENÇA DA POLÍCIA (LEI n.º 9.504/97 e RESOLUÇÃO TSE 23.191/09)

O Código Eleitoral estabelece:

Art. 243. Não será tolerada propaganda:[...]

VI – que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;

VII – por meio de impressos ou objetos que pessoas inexperientes ou rústicas possam confundir com moeda.

• A realização de qualquer ato de propaganda partidá-ria ou eleitoral em recinto aberto ou fechado independe de licença da polícia (art. 39 da Lei n.º 9504/97 e art. 9º da Resolução/TSE n.º 3.191/10

• Deverá o partido político, candidato ou coligação in-formar à Autoridade Policial, no prazo de 24 horas, a fim de garantir prioridade na realização do evento, contra quem usar o local no mesmo dia e horário. (art. 39, § 1º da Lei n.º 9504/97, e art. 10, § 1º da Resolução/TSE n.º 23.191/10)

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• Resolução/TSE n.º 23.191/10); Art. 10, § 6º - “Até às 22 horas do dia que antecede a elei-ção, serão permitidos distribuição de material gráfico, ca-minhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candida-tos (Lei no 9.504/97, art. 39, § 9o).”

• São tipificadas como crimes as seguintes condutas:

CÓDIGO ELEITORAL:

• “Art. 302 – Promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto, a concentração de eleitores sob qualquer forma, inclusive o fornecimento gratuito de alimento e transporte coletivo”.

LEI Nº 6.091/74 – DO TRANSPORTE DE ELEITORES:

• A legislação eleitoral proíbe terminantemente o transporte privado de eleitores,no dia das eleições.

• Também é proibido no dia da votação: • distribuição de qualquer tipo de propaganda como

volante ou santinhos;• conversa com eleitores para aliciá-los;•alto-falantes e amplificadores de som;•circulação de veículos de campanha dos candida-

tos, salvo se retirados todos os adesivos de propaganda que fazem alusão ao candidato;

É vedada a veiculação de propaganda eleitoral em táxi, ônibus e em veículo operador de transporte alternativo, bem como em veículo particular que esteja prestando ser-viço a órgão público. (Resolução/TSE/MS n.º 429, de 28.06.10 - art. 16).

DIA DA ELEIÇÃO:

• O permitido é votar.• Nada mais ou quase nada!• As manifestações individuais de eleitores (usar cami-

seta com estampas eleitorais) são permitidas, mas não pode haver aglomeração de várias pes-soas uniformizadas.

NORMAS SOBRE PROPAGANDA ELEITORAL: PROIBIÇÕES :

• Lei 4.737/65 (Código Eleitoral), propaganda no dia da eleição:

“É vedada, desde quarenta e oito horas antes e até vinte e quatro horas depois da eleição, qualquer propaganda polí-tica mediante radiodifusão, televisão, comícios ou reu-niões públicas”. (§ único do art. 240)

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• reuniões;• concentrações;• distribuição de comida e bebidas (inclusive água mi-

neral em garrafas)• oferecimento de transporte;• funcionamento de postos ou de entrega e material

de propaganda;• fora das condições legais estipuladas, sendo essa

conduta tipificada como crime eleitoral. • No dia das eleições, a atividade de transporte de

eleitores somente pode ser realizada por veículos a servi-ço da Justiça Eleitoral, por coletivos de linhas regulares e não fretados, por veículos de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio direito de voto e dos membros de sua família e ainda por veículos de aluguel, mas sem fi-nalidade eleitoral.

• Art. 5º - Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte de eleitores, desde o dia anterior até o posterior da eleição, salvo:

I. A serviço da Justiça Eleitoral;II. Coletivos de linhas regulares e não fretados;III. De uso individual do proprietário, para exercício

do próprio voto e dos membros de sua família; IV. O serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veícu-los de aluguel não atingidos pele requisição de que trata o art.2º.

• Art. 10º - É vedado aos candidatos ou órgãos partidários,

• comício;• carreata;• mensagens em rádio e televisão;• debates ou pesquisas ao vivo.

Observe-se que no recinto da seção é proibido aos mesários, escrutinadores ou qualquer servidor da Justiça Eleitoral usar do vestuário ou portar objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, candidato ou coli-gação.

• Os fiscais de partido, quando tiverem exercendo a fiscalização no recinto de votação, serão identificados, tão somente, pela sigla do partido ou coligação a que sirvam.

LEI N.º 9.504/97 – DA CAPTAÇÃO DE SUFRÁGIO:

• “Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação do sufrágio, vedado por esta Lei, o can-didato doar, oferecer ou entregar ao eleitor, com o fim de ob-ter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natu-reza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição”.

As proibições para o dia da eleição atingem as seguintes atitudes:

• coação sobre eleitores;• manifestações públicas nas ruas, praças etc.;

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co) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do en-cerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença crimi-nal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda por des-respeito a salvo-conduto. § 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de par-tido, durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mes-ma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.

§ 2º Ocorrendo qualquer prisão, o preso será imediatamen-te conduzido à presença do juiz competente que, se verifi-car a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a res-ponsabilidade do coator.

O DIA DA ELEIÇÃO: A FESTA É DO ELEITOR!

• No dia da eleição há permissão para manifestações individuais e silenciosas da vontade do eleitor, através dos seguintes meios:

• Peças de vestuários, ex.: camisetas, bonés e but-tons;

• Adesivos em veículos particulares e residências;• Portar bandeira ou flâmula.

ou qualquer pessoa, fornecimento de transporte aos elei-tores da zona urbana.• Lei n.º 9.504/97 - "BOCA DE URNA": • O § 5º do art. 39 estatui que: “Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com deten-ção de seis meses a um ano, com a alternativa de presta-ção de serviços à comunidade pelo mesmo período, e mul-ta no valor de cinco a quinze mil Ufir”:

I. O uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; II. A distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros impressos, ou a prática de coa-ção ou manifestações tendentes a influir na vontade do eleitor. • Lei n.º 4.737/65 – PRISÕES: • Art. 234. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercí-cio do sufrágio. • Art.235. O juiz eleitoral ou o presidente da mesa recepta-dora pode expedir salvo-conduto com a cominação de pri-são por desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do elei-tor que sofrer violência, moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado.

Parágrafo único. A medida será válida para o período compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do pleito.

• Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cin-

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da OPM da área.

7) Os oficiais coordenadores, de posse dos relatórios, fa-rão seu próprio relatório e entregarão ao Comandante do CPI e CPC, juntamente com os relatórios recebidos.

8) Uma vez escalado o efetivo para a operação, somente o Comandante Geral e o Subcomandante Geral poderão auto-rizar dispensas, permutas etc.

9) Todos os oficiais escalados para a operação deverão an-tecipadamente manter contato com o Juiz Eleitoral de cada junta e/ou Comarca para, junto com aquela autoridade, de-finirem toda a segurança do pleito eleitoral, especialmente a segurança das urnas após a instalação nas seções elei-torais, locais de votação, transporte das urnas e apuração da eleição.

10) O policiamento deverá se manter num raio mínimo de 100 (cem) metros do local de votação, exceto quando o juiz ou presidente de mesa solicitar por escrito a presença do policiamento no local de votação. Para isso cada Coman-dante de policiamento ou grupo deverá ter consigo um for-mulário próprio, elaborado e fornecido pelos Grandes Co-mandos.

11) As prisões somente serão efetuadas em caso de fla-grante delito ou por ordem judicial e, nestes casos, os pre-sos serão imediatamente apresentados ao Delegado e o

PRESCRIÇÕES DIVERSAS

1) Todos os Oficiais e Praças das OPM do CPI e Grande Ma-ceió, substituídos durante o período eleitoral, ficam orien-tados a não frequentarem o município onde estão lotados até o término das eleições, exceto em caso de residência.

2) O Policial Militar, mesmo no momento de folga, ausen-tando-se do município em que está lotado, está terminan-temente proibido de se envolver em qualquer fase do pro-cesso eleitoral, exceto no seu direito de voto.

3) O Policial Militar no comando da fração existente no mu-nicípio apresentará em forma todo o efetivo existente ao ofi-cial designado para comandar o policiamento, ficando sob suas ordens.

4)Os componentes da fração, bem como o pessoal que in-tegrar o reforço, não poderão se afastar do município para o qual foi designado enquanto durar a operação.

5) Para cada local de votação será escalado o mínimo de 04 (quatro) Policiais Militares, podendo haver flexibilidade quanto ao número de policiais em virtude do número de eleitores.

6) Ao final dos trabalhos de apuração, cada Comandante de Policiamento fará um relatório circunstanciado, entre-gando uma cópia ao coordenador e outra ao Comandante

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contato prévio, ser conduzido a Delegacia mais próxima.d) Civis:Serão encaminhados à Delegacia com circunscrição na área, mediante recibo do preso e dos materiais.

17) Nos casos de infração de trânsito, cominada com pena-lidades de remoção, apreensão, ou retenção do veículo, o mesmo será encaminhado ao Depósito do Detran ou Cire-tran, e na ausência destes, ao Posto Rodoviário Estadual, se existir nas proximidades, ou à Sede do GPM.

18) Os casos que possam trazer repercussão, comunicar imediatamente ao Coordenador de Área.

19) Para todo material, veículos ou armamentos apreendi-dos serão extraídos recibos em 03 (três) vias, sendo a 1ª via entregue ao proprietário ou portador, a 2ª via para a Uni-dade ou Subunidade Independente e a 3ª via para o Coor-denador que deverá ser anexada ao relatório.

20) O CPI e CPC distribuirão as viaturas disponíveis nas OPM subordinadas e daquelas cedidas por outros órgãos.

21) No dia de eleição, ficarão 02 (dois) policiais de plantão nos GPMs.

22) Em cada OPM, dentro de suas possibilidades, haverá um efetivo de no mínimo 10 (dez) homens de prontidão

fato comunicado à autoridade judiciária, mediante recibo.

12) O comandante do policiamento, em caso de necessida-de, poderá solicitar reforço ao Supervisor.

13) Nos crimes que deixam vestígios, o local do crime de-verá ser isolado até a chegada da autoridade policial ou pe-rito.

14) Todos os comandantes de policiamento terão consigo formulários para veículos retirados de circulação, de entre-ga de preso, relatório etc.

15) As armas apreendidas serão encaminhadas à Delega-cia para a lavratura do flagrante e o fato levado ao conheci-mento da autoridade judiciária.

16) Conduta do policiamento quando houver prisão de:a) Integrantes das Forças Armadas:Após a identificação habitual, será solicitada a presença do pessoal de serviço do quartel da força de origem do militar para as providências cabíveis.

b) Policial Militar: Identificado, será conduzido à sede da OPM mais

próxima, comunicando imediatamente ao Comandante de sua Unidade.c) Policial Civil:

Identificado, será solicitada a presença do Delegado de Plantão no município ou, mediante

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para os casos extraordinários que possam surgir.

23) Nenhum tipo de ajuda material poderá ser solicitado à prefeitura, candidatos ou pessoas e autoridades do muni-cípio. Todas as necessidades serão solicitadas à PMAL ou à autoridade judiciária eleitoral do município.

24) Os casos omissos serão resolvidos pelo comando do CPC, CPI, Subcomandante Geral e Comandante Geral.

Lembre-se:

“Somos soldados leais e a Polícia Militar é o maior patrimônio do povo alagoano.”

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