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Cartilha de sementes

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O projeto No Clima da Caatinga tem ‪patrocínio Petrobras‬ por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

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O consumo humano desordenado tem gerado impactos negativos aos recursos naturais. Um deles que podemos citar é a descaracter-ização dos ecossistemas causada pela incapacidade do ser humano utilizar esses recursos de forma sustentável, o que compromete a existência desses bens naturais para as gerações futuras.

Uma das formas de barrar a degradação desses ecossistemas é usar os recursos de forma consciente e promover ações de reposição florestal para que possamos garantir a retomada do equilíbrio natural desses ambientes.

Com o objetivo de estimular essa prática e fazer com que as comuni-dades do entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra das Almas - RNSA obtenha uma renda extra para complementar seu orçamento financeiro, essa cartilha reúne as informações necessári-as para atividade de coleta de sementes, bem como os aspectos legais para a comercialização das mesmas.

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O consumo humano desordenado tem gerado impactos negativos aos recursos naturais. Um deles que podemos citar é a descaracter-ização dos ecossistemas causada pela incapacidade do ser humano utilizar esses recursos de forma sustentável, o que compromete a existência desses bens naturais para as gerações futuras.

Uma das formas de barrar a degradação desses ecossistemas é usar os recursos de forma consciente e promover ações de reposição florestal para que possamos garantir a retomada do equilíbrio natural desses ambientes.

Com o objetivo de estimular essa prática e fazer com que as comuni-dades do entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra das Almas - RNSA obtenha uma renda extra para complementar seu orçamento financeiro, essa cartilha reúne as informações necessári-as para atividade de coleta de sementes, bem como os aspectos legais para a comercialização das mesmas.

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As sementes devem ser colhidas das melhores árvores da floresta, ou seja, apresentando uma copa e um tronco vigoroso, sem pragas e doenças. De preferência, aconselha-se que as sementes sejam retiradas de várias plantas da mesma espécie, dessa forma, as mudas apresentarão diferentes variações de resistência quanto ao ataque de pragas e doenças.

As plantas matrizes (plantas escolhida para a coleta das sementes) devem ser identificadas e mapeadas com uma ficha de campo, pois isso facilita a identificação da espécie caso haja necessidade de realizar nova coleta.

Figura 1 – A: árvore de aroeira; B: árvore de tamboril

Figura 2 – A: sementes de Mulungude aroeira; B: sementes de Tamboril

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O melhor momento para colher as sementes é quando os frutos começam a se abrir ou mudam a coloração da casca. No caso de sementes aladas, como as de Aroeira, Ipês, Imburana de cheiro, entre outras, essas devem ser colhidas antes da abertura dos frutos.

5Composteira localizada na RNSA. Fonte: Acervo Associação Caatinga

Figura 3 – Fruto de Mulungu

Figura 4 – Coleta de sementes Figura 5 – Ficha de Identificação e Coleta de Plantas

Figura 5 - Ficha de Identificação e Coleta de Plantas

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Horta localizada na comunidade de Tapuio-CE. Fonte: Acervo Associação Caatinga

Frutos Carnosos

Em caso de frutos carnosos, como o Facheiro e o Mandaracu, onde a polpa está colada à semente, deve ser realizado o processo de lavagem das sementes sob água corrente em uma peneira. Neste processo, esfrega-se as sementes até a retirada total da polpa. Este processo é importante para que não ocorra prejuízo causado por ataque de fungos, inviabilizando o armazenamento das sementes.

Outro método indicado é colocar as sementes sob uma camada de areia por um período de 10 dias para que os microorganismos retirem a parte carnosa do fruto. Após este período, as sementes devem ser lavadas, secadas e armazenadas.

Figura 6 - Esquema de tratamento de sementes através de lavagem em fruto carnoso. A– fruto do facheiro, B - lavagem sob água corrente, C - lavagem sobágua corrente. D- extração da polpa. E-sementes sem polpa.

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Frutos Secos

Para os frutos secos, como Amburana de Cheiro, Mulungu e Ipê roxo, é necessário o devido cuidado quanto à coleta das sementes, pois alguns frutos podem abrir e por consequência, as sementes serem levadas pelo vento. Neste caso, os frutos devem ser colhidos antes da sua abertura natural e colocados em local sem a ocorrência de vento para que sequem e ocorra a abertura, podendo então as sementes serem recolhidas.

No caso de frutos que não abrem para liberação da semente, estes podem ser colhidos quando maduros e abertos com o auxílio de uma faca, martelo ou tesoura, retirando as sementes cuidadosamente para não machucá-las.

7Composteira localizada na RNSA. Fonte: Acervo Associação Caatinga

Figura 7 - Etapas de separação do fruto. A-Frutos recém coletado com impurezas. B- retirada de galhos,impurezas e frutos atacados. C-sementes retiradas

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Horta localizada na comunidade de Tapuio-CE. Fonte: Acervo Associação Caatinga

Após a colheita e o beneficiamento, as sementes apresentam uma quantidade elevada de água no seu interior, o que facilita o ataque de fungos. Para evitar isso, as sementes devem ser submetidas a um processo de secagem, sendo mais econômica a secagem natural através da ação do sol e do vento.

Para tanto, as sementes deverão ser espalhadas em um terreiro ou alpendre coberto, ventilado e preferencialmente na sombra. Elas devem ser expostas durante o dia e recolhidas no período da noite. Este processo deve durar aproximadamente três dias.

As sementes de algumas espécies tais como Ingazeira, Oiti, Oiticica, entre outras, perdem a utilidade se forem secadas e armazenadas, portanto, precisam ser plantadas logo após a colheita.

Figura 8 – Secagem de sementes

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79Composteira localizada na RNSA. Fonte: Acervo Associação Caatinga

O armazenamento consiste em proporcionar às sementes, condições adequadas de temperatura e umidade, preservando a qualidade e aumentando o seu tempo de vida útil.

As sementes devem ser armazenadas em recipientes que diminuam ou bloqueiam a troca de água com o ambiente e guardadas em local sombreado e ventilado. Podem ser utilizados sacos, latas, vasilhas plásticas (garrafa pet) vidro e papel impermeável.

Figura 9 - Formas de armazenamento das sementes

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo Neto, J. C.; Aguiar, I. B.; Tratamentos pré-germinativos para superar a dormência de sementes de Guazuma umifolia Lam. Scientia forestalis. n 58, p 15-24. dez 2000.Braga, R. Plantas do Nordeste especialmente do Ceará, Imprensa Oficial, 3a edição, Fortaleza. 1976.Davide, A. C., Silva, E. A. A.(orgs) Produção de sementes e mudas de espécies florestais. Lavras: Ed.UFLA, 2008. 175 p.Gomes, J. M.; Paiva, H. N.; Viveiros florestais: [propagação sexuada]. 3.ed.- Viçosa: UFV, 2004. 116p.Leite, F. R. B.; Soares, A. M. L.; Martins, M. L. R.; Áreas degradadas susceptíveis aos processos de desertificação no estado do Ceará – 2ª Aproximação. Anais do VII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, p 156 – 161. 1993.Lorenzi, H a. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol 1. 4ª ed. Nova Odessa, SP : Instituto Plantarum, 2002. 384p.Lorenzi, H b. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Harri Lorenzi (Ed.). Editora Plantarum, Nova Odessa, SP. 1992. p. 50, ILMaia, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades; 1ª ed. São Paulo: D&Z Computação Gráfica e Editora, 2004. 413p.

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ELABORAÇÃO

Magnum de Sousa PereiraFuad Pereira Nogueira FilhoLiana Mara Mendes de Sena

REVISÃO

Daniele Ronqui

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Patrocínio

Projeto Realização

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