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    Port al ASSEAVA : WWW.asseava.c om

    E-m ai l ASSEAV: asseava @ass eava.c om .br

    FORTALEA A ASSEAVA PREENCHENDO OCAMPO 34 DE SUA A RT COM O CDIGO 039 6

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    Com o lanamento da Cartilha ASSEAVA Projetandoe Construindo, estamos realizando mais uma atividade as-sociativa buscando, como sempre, valorizar e defender osinteresses dos profissionais da classe da engenharia, arqui-tetura e profisses afins, sediados no Vale do Ao.

    Tradicionalmente, quando discutimos a valorizao

    profissional, questes comuns vm pauta: uma concernen-te aos ganhos profissionais, e outra, referente reserva demercado, quando tendemos a exigir de nossas instituiesuma atuao mais severa e punitiva contra o exerccio ilegaldas profisses, incluindo-se a questo das atribuies pro-fissionais.

    Hoje, havemos de introduzir novos conceitos para pau-tar qualquer discusso, requerendo de cada um de ns ci-dados uma participao mais efetiva, solidria, criativa econstrutiva, que busque favorecer a integrao das pessoas

    com as instituies, voltada para a promoo do bem co-mum da coletividade.Assim, quando pensarmos em valorizao profissional,

    a questo de ganhos e competncias no deve ser esque-cida, embora haja outras to importantes como a capacida-de de resposta individual, coletiva e representativa frenteao acelerado processo de transformao dos padres, es-pecialmente ao resgate do reconhecimento da comunidadepara a importncia do profissional, distinguindo-o como em-preendedor do processo de desenvolvimento.

    Se assim considerarmos, verificaremos que se trata deuma tomada de conscincia desse profissional de que, se asinstituies oferecem respostas muito lentas no tempo e queprecisam de uma reviso em seus fundamentos, prticas ealcances, temos que nos tornar mais participativos, introdu-zindo pontos de vista profissionais.

    Edi tor ia l

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    Portanto, mais que uma questo de juzo de valor, exis-te uma questo tica: como se posiciona o profissional pe-rante a sociedade que serve e qual a transferncia mtuaque existe?

    A interao necessria. Percebe-se que o indivduoquer, cada vez mais, participar e conhecer os aspectos equestes que dizem respeito a suas vidas e, como cidadode bem, a contribuir com suas idias.

    Com essa filosofia de trabalho, nossa associao vempermanentemente lutando pela insero dos profissionais nadifcil tarefa de refletir e tentar influenciar as organizaes,buscando contribuir com a Sociedade.

    No conjunto desses ideais, a Cartilha ASSEAVA - Pro-jetando e Construindo pretende enfatizar a importncia daEntidade de Classe na valorizao dos profissionais da en-genharia, arquitetura e reas afins e, ainda, de cumprir suaresponsabilidade de informar o seu papel na sociedade.

    Assim, ao cumprimentarmos nossos colegas engenhei-

    ros, que nos ajudam na conduo de nossas atividades, osconclamamos, mais uma vez, para uma participao maisefetiva buscando fundamentar os pontos exatos que devemsofrer a ao de nossa associao e de todo o sistema paraque alcancemos o xito de nosso empreendimento.

    Agradecendo, desejamos sucesso a todos profissio-nais da classe!

    DIRETORIA ASSEAVA

    Procure um Arquiteto para fazer seu Projeto.Os projetos complementares tais como calculo

    estrutural, eltrico, hidrulico e outros seroelaborados por outros profissionais.

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    Dois amigos, Marcos e Jair, adquiriram um terreno parainiciar a construo de suas casas. Marcos procura os profis-sionais da engenharia para ajud-lo a realizar seu sonho e oJair, tentando economizar, resolve fazer por conta prpria.

    Contribuio do Ncleo de Projetos ARQUITETURA. DECORAO.

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    Contribuio do Ncleo de Projetos ARQUITETURA. DECORAO.

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    Contribuio do Ncleo de Projetos ARQUITETURA. DECORAO.

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    INTRODUO

    A construo de uma edificao aborda atividades dasatribuies dos profissionais da engenharia de diversas mo-dalidades como os civis, arquitetos, urbanistas, eletricistas,ambientalistas, mecnicos e tantas outras, conforme o graude complexidade de cada uma.

    Embora o tema seja aparentemente do domnio popu-

    lar, se prope nesta publicao, divulgar as etapas mais im-portantes para a construo de uma edificao, sem desejarensinar as diversificadas tcnicas construtivas.

    Trata-se apenas de um sinal de alerta quanto aos pro-cedimentos bsicos a serem observados para a construode uma edificao, transmitindo conhecimentos prticos numesforo de facilitar o empenho de cada cidado que tenta re-alizar seu sonho.

    Assim, para se executar uma edificao, ser exigidodo profissional da engenharia o conhecimento das particula-

    ridades dos materiais e a melhor maneira de utilizao delesnas edificaes, os mtodos construtivos e o conhecimentodesse ofcio para que a construo possa ser realizada deacordo com as normas do bom gosto, de segurana, estti-ca, conforto e estabilidade.

    De outra parte, o proprietrio e/ou o empreendedor, ci-dado comum, ser exigido uma tomada de conscincia deque Projetando e Construindo com a assessoria de profis-sionais da engenharia, obter um produto final de qualidade,menos oneroso.

    TEMPO DE DECOMPOSIO DEMATERIAIS JOGADOS NA NATUREZA

    Papel ........................................................................... de 3 a 6 mesesFiltro de Cigarro ........................................................................ 5 anosMadeira pintada ....................................................................... 13 anosPlstico ................................................................................. 100 anosPano .................................................................... de 6 meses a 1 anoNylon ..........................................................................mais de 30 anosVidro ..........................................................................1 milho de anosMetal .........................................................................mais de 100 anos

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    figura 01 (fonte: internet)

    REQUISITOS

    Desde os primrdios de sua existncia vem o homemaperfeioando o seu abrigo. Ainda incivilizado demonstrasua necessidade de proteger-se da chuva, do frio, do calor ede tantas outras adversidades, instalando-se em cavernas.

    Com a evoluo da civilizao passou a contar com

    outros recursos, adquirindo novas ferramentas que propicia-vam o melhor aproveitamento das fontes naturais e, em con-seqncia, tornando-se mais exigente.

    Um simples abri-go j no serve mais.Interessa-se agora,alm da segurana,pelo conforto, pelaaparncia e pela in-tegrao com o meio,tornando as suas resi-

    dncias mais requinta-das.

    LOCAL IZ AO DO LOTE

    A localizao do lote tem influncia capital no seu custofinal de uma edificao.

    Assim, se recomenda que na aquisio de um lote deterreno se busque um loteamento aprovado pela prefeitu-ra ou um bairro j consolidado, ou seja, que possua todaa infra-estrutura necessria como as redes de distribuiode gua potvel, redes coletoras de esgoto, energia eltrica,telefonia, ruas delimitadas por meios-fios e pavimentadas, e,complementarmente, que o loteamento seja atendido pelosistema municipal de transporte.

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    No compre um lote de olhos fechados. importantetomar algumas precaues, verificando:

    1. Se o terreno tem documento2. Se o loteamento est de

    acordo com as normas da prefei-tura local;

    3. Se as medidas do terrenoesto de acordo com o documen-

    to; 4. Se permitido construirno lote aquilo que voc deseja.

    E para eliminar as incerte-zas, contrate um profissional daengenharia para uma consultoriasobre o tipo da edificao a serconstruda.

    No jogue terra e/ou entulho em qualquer lugar,

    pois poder se tornar em umtranstorno para a coletividade.

    PLANEJAMENTO INICIAL

    Para iniciar uma construo de acordo com a legisla-o brasileira h que se providenciar documentos e licenasperante aos rgos pblicos, que defendem os interessesda coletividade, como a Prefeitura, as concessionrias de

    servios de luz eltrica, telefonia, gua e esgotos, ao CREA,entre outros.O profissional, quando contratado para elaborao de

    um projeto arquitetnico, deve orientar o seu cliente sobretodos os trmites legais a serem seguidos, eliminando-sequaisquer contrariedades futuras.

    A Escritura Pblica do Terreno, devidamente registradaem Cartrio de Registro Geral de Imvel o nico documen-

    figura 02 (fonte: internet)

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    to que comprova que um cidado legalmente o proprietrio.E com ele que se inicia o processo Projetar e Construir.

    Se esse documento no existir o engenheiro contrata-do deve solicitar a providncia dele. Se estiver irregular, suaregularizao fundamental antes de qualquer outra inicia-tiva.

    Outros documentos apenas podem dar segurana par-cial de proprietrio ao cidado, mas no so aceitos oficial-

    mente.O passo seguinte diz respeito ao planejamento daconstruo.

    Sonhar uma das melhores coisas da vida, maspara transform-lo em realidade h que se planejar

    o caminho a ser seguido. Ento, jamais inicie aconstruo de sua casa sem um bom planejamento.

    E para tal, o proprietrio deve contratar os servios de

    um profissional da engenharia para organizar tecnicamenteum plano de ao - Projeto - que atende simultaneamente ssuas necessidades assim como as exigncias legislativas,como o Plano Diretor, a Lei de Uso e Ocupao de Solo, e oCdigo de Obras.

    Respeitando a legislao, o arquiteto dever criar umProjeto que consiste num conjunto de desenhos, especifica-es e descries do que se deseja construir.

    Recomenda-se, antes de iniciar o Projeto, uma visitaao lote para conhe-c-lo melhor, verifi-cando sua situao,dimenses, inclina-o, orientao solar,entre outros elemen-tos.

    figura 03 - Orientao

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    PROJETOS

    Para projetar uma edificao tal como pretende, o cida-do dever informar ao Arquiteto suas pretenses, para queesse profissional possa entender a edificao e projet-la.

    Assim, o profissional contratado poder organizar umarepresentao grfica do Projeto, que mostrar no s osambientes, suas dimenses, mas tambm as peas a serem

    instaladas e os fluxos dos usurios, alm da ventilao eiluminao.

    Junte-se a essa parte grfica, a parte escrita, onde se-ro apresentadas as especificaes e prescries dos mate-riais a serem empregados e os modos construtivos.

    Em contrapartida, o profissional contratado deverorientar o seu cliente sobre os projetos complementares aserem executados e as especialidades profissionais que de-vem ser procurados para execut-los.

    Portanto, o Arquiteto em suas atribuies profissionais,

    cumprir as seguintes etapas bsicas, apresentando: Um Estudo Preliminar para aprovao pelo contratante;

    Um Projeto Bsico, para ser aprovado pela prefeitura; Um Projeto Executivo, onde so detalhados os ele-

    mentos constitutivos; Uma especificao dos materiais e mtodos constru-

    tivos - etapa descritiva;

    Ao apreciar o estudo preliminar, pea orientaesque possam ser esclarecedoras, eliminando-se todas as

    possveis dvidas

    E, por fim, far um estudo de verificao (confernciados projetos) entre o Arquitetnico e os projetos complemen-tares tais como o estrutural, o de instalao eltrica, antenae telefonia, o de instalao de gua potvel, de esgoto sani-trio, o de coleta e direcionamento das guas pluviais, o deabastecimento de gs, entre outros.

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    Normalmente, essa conferncia realizada pelo res-ponsvel do Projeto Arquitetnico. Entretanto, poder sercontratado outro profissional para exercer essa etapa deconferncias que, mediante ocorrncias, dever relatar osfatos entre os envolvidos para solucion-las.

    importante citar para o proprietrio que todos os pro-jetos so completados por memorial descritivo que contem-plam as especificaes de materiais, indicaes dos mto-

    dos construtivos, as premissas de clculo, devendo conterassinatura do profissional responsvel tcnico pelo respec-tivo projeto.

    Tambm interessante conferir as especificaes dosmateriais e os processos construtivos recomendados. Porvezes, tanto um como o outro no so encontrados ou pra-ticados na regiode execuo daobra, requerendoprovidncias es-

    peciais do cons-trutor que podemonerar o servioalm da previsooramentria ini-cial.

    Aps a confe-rncia de todos osprojetos, elabo-rado o oramentobsico e apresen-tado um cronogra-ma para execuoda obra.

    Antes de se iniciar uma construo, tenhaem mos um cronograma de desembolso

    correlacionado s etapas construtivas.

    figura 04 (Fonte: internet)

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    Aps essa etapa, poder considerar o Projeto conclu-do e pronto para ser executado.

    FISCALIZAO

    A quem cabe fiscalizar as construes? Quem podedar a licena para que as obras sejam executadas? Quaisso os tipos de obras que necessitam de licena?

    A fiscalizao da qualidade das obras realizada pelaprefeitura, pois ela tem o poder de regular o controle e usodo solo urbano, para o bem da coletividade. De acordo coma Constituio Federal de 1988 est sob a competncia daprefeitura o policiamento administrativo para regulamentar,controlar e fiscalizar todos os tipos de edificaes.

    O Brasil se caracteriza por ter uma legislao muitocomplexa na rea trabalhista. Alm de artigos na Cons-tituio Federal, h tambm a CLT, alm de uma legis-

    lao complementar, trabalhista, previdenciria e fiscal.- Fonte PINIweb

    O Plano Diretor permite s prefeituras aplicar sanespelo descumprimento da legislao de controle do uso eocupao do solo e das normas e padres ambientais.

    Permite, tambm, tomar iniciativas para eliminar os ris-cos e ameaas integridade fsica de pessoas ou bens.

    Alm disso, a prefeitura pode assumir e executar obras,retomar posse, demolir ou tomar qualquer providncia para

    preservar a segurana e garantir o patrimnio pblico, em si-tuaes de emergncias, sem prejuzo da posterior respon-sabilizao civil dos causadores de danos a terceiros.

    O controle das obras pela prefeitura se faz atravs deum licenciamento, que o processo pelo qual a Prefeiturareconhece o direito do proprietrio edificar em seu terreno.A licena materializada no Alvar de Obras ou de Constru-o.

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    A licena para cons-truo ser concedida,desde que o projeto dearquitetura respeite a le-gislao e seja elaboradopor profissional da en-genharia, registrado noCREA e inscrito na prefei-

    tura. Alm disso, o pro-prietrio deve apresentara documentao compro-vando a propriedade do terreno, a no existncia de dbitocom a prefeitura relativa ao terreno (IPTU) e pagar as taxasreferentes ao licenciamento.

    Dependem de licena da prefeitura as seguintesobras:

    Demolio; Execuo de obra de construo; Reconstruo total ou parcial, modificao, acrs-

    cimo, reforma e conserto de edificaes em geral, mar-quises e muros, conteno do solo e drenagem;

    Movimentao de terra; Uso e modificao de uso das edificaes; Pintura e os pequenos consertos em prdios tom-

    bados ou situados em reas de conservao ambiental; Obras de engenharia em geral.

    Alm da prefeitura, tambm podem ocorrer fiscaliza-es de outras instituies como o CREAMG, o Corpo deBombeiros de Minas Gerais, o INSS, entre outras instituiesdo Poder Pblico, cada qual verificando atividades inerentes sua rea de atuao.

    Assim, por exemplo, o Conselho Regional de Engenha-ria, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais - CREAMG,

    figura 05 (Fonte: internet)

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    busca a fiscalizao do exerccio legal e tico das profissesa ele afetos, garantindo sociedade que os empreendimen-tos de engenharia sejam executados por profissionais diplo-mados e registrados no Conselho, de acordo com suas qua-lificaes e especialidades.

    Desta forma, uma obra que no possua as anotaesde responsabilidades tcnicas por seus profissionais con-siderada irregular e sujeita a sanes - proibio legal, sob

    ameaa de penalidade.Entretanto, no de responsabilidade do CREA deter-minar os respectivos direitos, caso haja falta de cumprimentode uma obrigao das partes envolvidas. Nesse caso, essasquestes sero discutidas no poder judicirio. A esse seroencaminhados os documentos comprobatrios de contra-to para as devidas anlises. E um desses documentos aART.

    ART NO CREA

    As atribuies profissionais, dentro do ramo da cons-truo de edificaes, esto reservadas aos arquitetos, en-genheiros e os tcnicos em edificao, que podem se res-ponsabilizar pelos projetos, pela execuo das obras e pelosservios complementares.

    Como contrapartida ao direito de exercerem com ex-clusividade suas profisses, os profissionais registrados noCREA so tambm os nicos responsveis pelas conseq-ncias cveis de suas atividades.

    Qualquer profissional diplomado e registradono CREA tem competncia para atuao,

    segundo suas atribuies.

    Os profissionais contratados para elaborar os projetosde uma edificao devem fazer a Anotao de Responsabili-dade Tcnica junto ao CREA e apresent-las ao proprietrio.

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    A ART um registro criado por lei profissional, desti-nado a anotar qualquer contrato escrito ou verbal para exe-cuo, por profissional e/ou empresa, de qualquer obra ouservio tcnico de arquitetura, engenharia, agronomia e dasprofisses afins.

    A ART o principal instrumento para fiscalizar as ati-vidades de cada profissional da engenharia, registrado noCREA, caracterizando sua responsabilidade por qualquer

    servio prestado.

    figura 06 (Fonte: CREAMG)

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    Portanto, a ART significa um compromisso do profissio-nal com a qualidade e a segurana de um produto ou servi-o, perante o contratante.

    Como caractersticas da ART, podemos citar:1 - vale como contrato entre as partes;2 - presta-se defesa dos direitos autorais;3 - compe o acervo tcnico do profissional;

    4 - instrumento bsico da fiscalizao;5 - vlida como garantia de servios prestados.

    Dessa forma, para incio da elaborao dos projetos deuma edificao bem como para a sua construo, cada pro-fissional dever firmar um Contrato de Prestao de Servioscom o proprietrio, onde ficam estabelecidas as responsabi-lidades das partes para execuo dos trabalhos, tais comoobjetivo, se por empreitada ou por administrao, etapas,prazo, valor, forma de pagamento, etc. e a apresentao da

    respectiva ART no CREA.

    ALVAR DE OBRA

    O projeto arquitetnico ser apresentado na Prefeiturado municpio onde ser construda a edificao para apro-vao e liberao do Alvar de Obra, documento pblico deautorizao para execuo da construo.

    Esse documento estabelece os prazos de incio e con-cluso da obra, devendo ser renovado caso no cumprido

    quaisquer dos prazos mencionados.A solicitao de aprovao do projeto arquitetnico norgo pblico poder ser providenciada pelo proprietrio oupelo responsvel tcnico.

    Todavia o acompanhamento do desenvolvimento doProcesso Administrativo de aprovao do Projeto at a suaaprovao, dever ser pelo seu responsvel tcnico, compe-

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    tindo ao proprietrio pagaremolumentos e fornecer osdocumentos necessriospara formulao e anlisedo Processo Administrativo(cpia da sua Identidade,do Registro em Cartriodo Imvel correspondente,

    etc.).Somente aps a con-cesso do alvar de obra,a construo poder seriniciada.

    MATRCULA NO INSS

    Mesmo com o alvar de construo em mos, antes dese iniciar a construo, o proprietrio ou seu representantelegal (podendo ser o profissional contratado para execuoda obra) dever procurar a Agncia mais prxima do Institu-to Nacional de Previdncia Social - INSS para matricular aobra, objetivando obter, ao trmino da construo, um com-provante desse rgo de que as contribuies sociais foramtotalmente cumpridas.

    Esse documento ir permitir a averbao (registro) da

    rea construda na escritura pblica do terreno correspon-dente.

    O INSS fiscaliza as obras buscandoverificar se os operrios esto recebendo

    os cuidados recomendados pela Consolidaodas Leis de Trabalho

    figura 07 - Modelo de Alva-r de obras (Fonte: PMI)

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    Assim, uma matrcula no INSS de uma determinadaconstruo, refere-se criao de um registro onde seroarquivadas todas as contribuies sociais / previdenciriasdos trabalhadores que iro executar a obra.

    As contribuies sociais e previdencirias so dimen-sionadas pelo INSS em funo da rea e do acabamento daedificao, corrigidas ao longo do tempo segundo a legisla-o vigente.

    Recomenda-se apresentar mensalmente todos os do-cumentos referentes aos pagamentos efetivados, sejam di-retos e/ou indiretos (contrataes por empreitadas).

    EXECUO DA CONSTRUO

    Ao se iniciar uma construo, diversos caminhos seropercorridos, mas certamente o principal ser o desembolsopara aquisio dos materiais e pagamento da mo de obra.Recomenda-se ao proprietrio ter em mos um cronograma

    de desembolso, para que possa preparar-se para a constru-o.

    O Responsvel Tcnico contratado para execuo daobra dever solicitar ao proprietrio a apresentao do proje-to, do Alvar de Obra e da Matrcula do INSS para iniciar osservios de construo da edificao.

    A primeira providncia do contratado refere-se loca-o da obra, ou seja, marcar no terreno a posio da edifi-cao como foi projetada. Para tanto, o terreno dever estarlimpo e desimpedido, sem vegetao e entulhos. Caso seja

    necessria a supresso de rvores, deve-se buscar autori-zao da Prefeitura.Nessa locao, verificam-se as dimenses do terreno,

    confirmando suas medidas conforme escritura. Se no es-tiverem corretas, deve-se levantar o problema e resolv-loantes de iniciar a obra, comunicando-se ao proprietrio e aoautor do Projeto Arquitetnico.

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    A melhor diligncia para buscar uma soluo umaconciliao entre as partes. Se no for possvel, sugere-seenvolver a prefeitura como mediador da questo.

    Da mesma forma, h de se verificar se existem cons-trues vizinhas e elaborar um relatrio escrito e fotografadosobre a situao de cada uma, naquele momento, informan-do-se aos vizinhos sobre a realizao da nova edificao,garantindo-lhes reparao de danos, caso ocorram durante

    a execuo da obra.Essa atividade busca garantir ao proprietrio uma pro-teo contra reclamaes da vizinhana quanto s influn-cias negativas derivadas da construo da obra, derivadasdas atividades construtivas da nova edificao, que podemcolocar em risco as construes existentes, abalando-as oumesmo importunando sua beleza esttica.

    Esse tipo de reclamao pode ocasionar a paralisaoda obra pela prefeitura e/ou por outros rgos governamen-tais.

    CANTEIRO DE OBRA

    Antes de iniciar a obra propriamente dita, o profissio-nal da construo civil far um adequado planejamento parapreparar o canteiro de obras: um local de trabalho onde oexerccio das diversas atividades que constituem as etapasda construo dever ser realizado sem atrapalhar o objetoprincipal: a edificao.

    O canteiro de obras deve ser bem organizado para fa-

    cilitar o trabalho dos operrios e permitir melhor controle dosservios. H de se prever os pontos de ligao provisria degua, de esgotos e de energia eltrica que estaro dispon-veis para a obra.

    Um canteiro de obras dever ter construes provis-rias, planejado com ambientes destinados a salas de admi-nistrao da obra, fermentaria, depsito e guarda dos mate-riais, carpintaria, ferrajaria, vestirio, sanitrios e refeitrio,

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    entre outros. Tambm de-vero ser previstas algu-mas reas de estocagemde materiais que podemficar a cu aberto, comoareia, brita e tijolos, ou-tras para entulhos e ma-teriais descartveis, alm

    de local adequado paralimpeza das ferramentas.

    Outro componente importante inerente ao preparo docanteiro de obras refere-se ao tapume - anteparo, geralmen-te de madeira compensada, com que se vedam todos os pos-sveis acessos construo salvo a portaria, evitando-seque transeuntes circulem naquele local de trabalho sem osdevidos cuidados, orientaes e precaues, especialmente

    de segurana.A instalao de um canteiro de obras deve ser

    bem estudado, simples, funcional e que noseja oneroso frente ao empreendimento.

    Recomenda-se que fiquem disponveis no escritrio to-dos os documentos inerentes obra, tais como os projetos,as ARTs, livro de registro dos trabalhadores e a respectivamatrcula no INSS, livro para registro das ocorrncias diriasda obra, entre outro, disponveis ao encarregado da obra,engenheiro contratado e s fiscalizaes.

    Faz parte da etapa a instalao, sobre o tapume como logradouro, da Placa de Obra, exigida pelo CREA, visvele indicativa da destinao da obra contendo os nomes dosresponsveis tcnicos dos projetos e de execuo da edifica-o, conforme as disposies da Legislao do CONFEA.

    figura 08 - barraco de obra(Fonte: Internet)

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    PREPARO DO TERRENO

    Quase no existem terrenos totalmente planos. Des-ta forma necessrio que seja feito, no local da obra, umnivelamento, destinados aos assentamentos dos elementosconstituintes da edificao, ligeiramente inclinada para favo-recer o escoamento das guas pluviais, evitando-se, tantoquanto possvel, o surgimento de reas de alagamentos e

    conseqente formao de barro.Este nivelamento pode exigir cortes, aterros ou ambos

    combinados, realizados manual ou mecanicamente, depen-dendo do volume de terra a ser movimentado. Para propor-es elevadas, sugere-se a utilizao de equipamentos me-cnicos de terraplenagem.

    A terra removida que no for aproveitada para possveisaterros, dever ser descartada, transportando-a para locaisapropriados, normalmente cedidos pelas prefeituras.

    Dependendo das caractersticas do solo e do rele-vo, o gasto com terraplanagem e infra-estrutura (murosde arrimo e fundaes) pode ser maior do que o valor daprpria obra.

    No caso de aterro, ele deve ser feito com terra limpasobre superfcies igual-mente limpas. Cuidadosespeciais devem ser to-mados nessa operao,

    especialmente quanto compactao, para evi-tar futuros recalques pre-

    judiciais s construes provocam trincas e ra-chaduras das estruturasda edificao, podendocom isso, colocar em ris- figura 09 (Fonte: Internet)

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    co sua solidez, segurana e aparncia.Normalmente, esse contratempo s aparece depois de

    toda a construo j executada, podendo ocorrer aps ocu-pao pelos usurios.

    Recomenda-se que o aterro seja iniciado de baixo paracima, em camadas que possam ser socadas manual (comsoquetes) ou mecanicamente, com equipamentos apropria-dos e/ou pelos veculos que transportam a terra.

    Deve-se buscar a conservao da saia do aterro emseu estado natural, ou seja, a inclinao na qual o solo man-tm, por si s, um equilbrio estvel.

    LOCAO DA OBRA

    Locar uma edificao significa fixar sua posio no ter-reno onde ser erguida, conforme orientao do Projeto.

    Essa demarcao da edificao normalmente exe-cutada por cerca de nvel, uma referncia para locao das

    etapas da construo, tais como os eixos das alvenarias,lanamento de pontos de referncia de nveis e locao daestrutura.

    A forma mais prtica de executar a cerca de nvel construir um gabarito de madeira, em todo o permetro daedificao, a 80 cm de altura acima do nvel do piso trreo

    Esse gabarito consiste na cravao de pontaletes, dis-tanciados 1,50 m entre si e afastados de 1,00 m das futurasparedes externas ou salincias.

    Nos pontaletes, sero pregados sarrafos de madeira,

    de 10 a 15 cm de largura, nivelados, formado uma cinta emvolta da rea a ser construda.Esses sarrafos de madeira podem ser pregados sobre

    os pontaletes, formando uma espcie de peitoral, ou ser afi-xados verticalmente, nivelados no topo dos pontaletes.

    O importante que eles estejam devidamente firmespara suportar as exigncias a que sero submetidos durantetoda a execuo da obra.

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    FUNDAO

    Aps a locao da obra ser iniciada a construo daestrutura (fundao, baldrames, pilares, vigas), junto com astubulaes hidrulicas, eltricas, telefonia e outras.

    As fundaes de uma obra servem para transmitir edistribuir as cargas da construo sobre o terreno, buscan-do-se eliminar os problemas de recalque.

    Ao engenheiro calculista cabe a responsabilidadede determinar as adversidades do solo e especificar a

    melhor soluo para cada edificao. Ao engenheirocontrarado para executar a obra, cabe a responsabilida-de de conferir essa especificao.

    Existem diversos tipos de fundao, projetadas deacordo com a capacidade suporte do solo. Sero conside-radas diretas quando assentadas a uma profundidade infe-rior largura da edificao. Ao contrrio, sero consideradas

    figura 10 - Locao da obra por cerca de nvel(Fonte: Internet)

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    profundas.Entre as mais usadas para construes de pequeno

    porte relacionam-se a laje radier, a sapata corrida ou con-tnua (perimetral), e as sapatas armadas, isoladas ou asso-ciadas.

    figura 11 - Estruturas de concreto (Fonte: Internet)

    Recomenda-se que as fundaes rasas tenham reasde contato com o solo, mais alargadas do que sua altura (es-pessura) embora a rea lateral tambm adicione resistncia,solidez e segurana a esse elemento suporte.

    PAREDES

    O levantamento das paredes poder ser executado pa-ralelamente estrutura ou no, servindo como elementosdivisores de vedao dos cmodos internos e do ambienteexterno, podendo, ainda, servir como elemento estrutural.

    As paredes podem ser construdas com diversos mate-riais, especialmente incrementadas pelas novas tecnologiasconstrutivas. Assim, citam-se os tijolos de vidro, os tijolos

    Baldrame

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    leves, os blocos de concreto e os tijolos estruturais, entreoutros. Todos permitem a constituio de uma parede firme,resistente, contando cada um, ainda, com algumas proprie-dades especiais.

    No prepare argamassa e concretosnas ruas e caladas!

    Assim, os de vidro permitem a passagem de luz e po-dem conduzir a uma beleza esttica. Os leves diminuem ospesos das paredes e, por conseqncia, as dimenses dasestruturas de suporte, alm de serem isolantes trmicos eacsticos. A regularidade das faces dos tijolos leves pode eli-minar a execuo de rebocos com argamassas de cimento,recebendo diretamente a pintura. Os tijolos estruturais mini-mizam a utilizao de determinados elementos estruturais,como pilares e vigas.

    Enfim, as modernizaes das tcnicas construtivas no

    devem ser postas de lado, especialmente quando o produtooferecido, alm de manter a segurana e estabilidade, incre-menta outras propriedades vantajosas, como a facilidade deexecuo, tornando-a mais rpida e econmica.

    figura 12 - Equivalncia trmica (Fonte: Internet)

    Mas, as paredes mais difundidas nos dias de hoje soaquelas construdas com tijolos de barro ou cermicos, lami-nados e furados.

    PAREDE SICAL PAREDE EM BLOCOS CERMICOS VAZADOS

    PAREDE EM BLOCOSDE CONCRETO VAZADOS

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    Os tijolos cermicos furados ganharam preferncia so-bre outros produtos graas ao seu pequeno peso e por suaspequenas dimenses, que facilitam seu manuseio e trans-porte.

    Tambm se somam a essas, a facilidade ao corte e atima aderncia que oferecem s argamassas de assenta-mento e de acabamento, por suas faces speras e de seupoder absorvente, alm da regularidade e uniformidade de

    suas dimenses que permitem e facilitam as amarraes en-tre eles.

    Tipo Modo de assentamento Qdade

    Tijolos Macios de 5x10x20 cm 5x20 cm - espessura de 10 cm 100

    Tijolos furados 10x20x20 cm 20x20 cm - espessura de 10 cm 25

    Tijolos furados 10x20x20 cm 10x20 cm - espessura de 20 cm 50

    Tijolos furados 15x20x30 cm 20x30 cm - espessura de 15 cm 17

    Tijolos furados 15x20x30 cm 15x30 cm - espessura de 20 cm 23

    CONSUMO DE TIJOLOS CERMICOS POR M2

    O processo de construo de uma parede requer autilizao de uma massa destinada fixao entre os seuselementos. Essa massa, preparada com cimento, areia e caldenomina-se argamassa.

    Uma boa argamassa de assentamento de tijolos cer-micos constituda por duas misturas consecutivas, ambasna proporo de 1:3. A primeira mistura se faz com cal hi-dratada e areia, devendo ser saturada em gua e curtidaminimamente por 03 dias.

    De posse dessa mistura curtida, constitui-se a segundamistura com cimento: 01 saco de cimento para 09 latas da1 mistura.

    Tabela 01

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    DEMAIS ETAPAS CONSTRUTI VAS

    Resumidamente, as etapas subseqentes numa cons-truo referem-se ao assentamento das esquadrias (marcosde porta, janelas e basculantes), dos materiais de acaba-mentos (revestimentos de pisos, paredes e tetos), instalaodas redes hidrulicas, instalao das redes eltricas, telefo-nia, e outras, ressaltando que todas as redes devem ser tes-

    tadas, especialmente antes dos acabamentos finais seremexecutados.

    Finalmente efetua a pintura das alvenarias e tetos,instalam-se as louas e metais, os acabamentos eltricos(interruptores, tomadas, etc.), as folhas de portas, janelas ebasculantes e as respectivas ferragens (fechaduras).

    FINALI ZAN DO A CONSTRUO

    Ao final de cada obra, o proprietrio solicita o reconhe-

    cimento por parte da prefeitura de que a obra est concludae suas instalaes j vistoriadas pelas concessionrias deenergia eltrica, gua, gs, telefone, alm do Corpo de Bom-beiros.

    A prefeitura promove uma vistoria para verificar se aconstruo respeitou o projeto aprovado e, em caso negati-vo, apresenta um relatrio de exigncias para ser cumpridoem prazo certo.

    A obra encerra-se com a demolio das instalaesdo canteiro de obras, retirada dos materiais e equipamentos

    utilizados para a execuo da construo, teste das instala-es de hidrulica e eltrica e limpeza da obra e a entregada edificao ao proprietrio pelo responsvel tcnico, o en-genheiro contratado.

    Use gua com responsabilidade!

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    HABITE-SE

    Como ltima etapa, aps a construo e entrega daobra, trata-se da legalizao da edificao. O proprietriodever procurar a Prefeitura para solicitar o Habite-se daedificao.

    Para tal dever protocolar o pedido no Setor compe-tente, pagar as taxas para formulao do Processo Adminis-

    trativo para liberao do documento. A Prefeitura, aps vis-toria na edificao e comprovao da obedincia ao projetoaprovado pela construo liberar o documento solicitado,denominado Habite-se.

    Caso conste alterao na obra em relao ao projetoarquitetnico aprovado pela prefeitura, tais como mudanade tamanho de esquadrias, locao de alvenarias, entre ou-tros, o proprietrio dever providenciar um desenho da edifi-cao como foi construda e regulariz-la, encaminhando-o Prefeitura para solicitar a liberao do Habite-se.

    Nesse caso, o Poder Pblico depois de realizada a de-vida anlise do novo Projeto, fornecer o Habite-se.

    CND INSS

    Com o Habite-se em mos, o proprietrio ou o enge-nheiro contratado para execuo dos servios da edificaodever retornar ao Instituto Nacional de Segurana Social- INSS, para encerrar a matrcula e solicitar a Certido Ne-gativa de Dbitos - CND daquela edificao.

    A partir dessa solicitao, o INSS verificar se, naquelamatrcula, ainda h dbito ou se as contribuies sociais/pre-videncirias efetuadas durante a construo cobriram o valorda estipulado pelo Instituto para edificar o prdio.

    A CND somente ser emitida se no houver dbitos.Do contrrio, o INSS apresentar guia para pagamento dedbito das contribuies sociais complementares e, somenteaps sua quitao, emitir a CND solicitada.

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    AVERBAO EM CARTRIO

    De posse do Habite-se e da CND do INSS, o proprie-trio dever ir ao Cartrio de Registro de Imveis da suaRegio para formalizar pedido de averbao da edificaono terreno.

    O Cartrio providenciar o lanamento da obra no Re-gistro do lote e emitir a

    Certido de Registro doimvel, constando a edi-ficao averbada sobreo terreno, concluindo asetapas de construo elegalizao de uma obra.

    DIREITOS DO CONSUM IDORDOS SERVI OS DE ENGENHARIA

    E ARQUITETU RAO consumidor dos servios de engenharia e arquitetura

    tem direito a: Exigir utilizao da boa tcnica dos profissionais da

    engenharia; Conhecer a idoneidade das empresas ou profissio-

    nais, certificada por rgos pblicos. Realizar contratos escritos, evitando acordos verbais; Solicitar do profissional ou da empresa, certido de

    regularidade emitida pelo CREA; Recusar modificao de projeto, das especificaes e

    dos materiais, sem acordo prvio, por escrito, com os profis-sionais autores.

    Recusar o incio de qualquer obra ou servio sem or-amento aceito previamente;

    Recusar contrato sem a Anotao de Responsabilida-de Tcnica correspondente a cada um dos servios;

    figura 13 (Fonte: Internet)

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    Exigir originais (cpia emCD) e 02 cpias de todos osprojetos aprovados pela Prefei-tura e dos projetos complemen-tares.

    Contratar um advogadode confiana para resolver pro-blemas contratuais.

    Contratar outro profissio-nal de engenharia ou arquiteturapara assessor-lo na interpreta-o dos contratos e fiscalizar aqualidade das obras ou servios.

    Procurar o CREA para verificar a conduta do profis-sional e obter informaes sobre servios profissionais deengenharia, arquitetura e agronomia ou para resolver os pro-blemas relativos ao empenho do profissional.

    REPRESENTAO GRFICAA concepo de uma obra arquitetnica normalmente

    representada por meio do desenho tcnico, com auxliode projees nos planos horizontal e vertical, obedecendo aescalas convenientes.

    Nessas projees devem figurar os aspectos mais ca-ractersticos da edificao de modo que os elementos es-senciais boa compreenso apaream claramente dispos-tos, possibilitando executar-se a construo sem embaraosou hesitaes.

    Existem trs peas diferentes que so utilizadas na re-presentao dos volumes arquitetnicos, com todas as indi-caes necessrias das disposies internas da futura edifi-cao, tendo cada uma sua denominao particular.

    So elas:a) Plantas dos pavimentos ou planta baixa, diagrama

    figura 14 (Fonte: Inter-

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    dos telhados, planta de situao e planta de locao;b) Seces ou cortes;c) Elevaes.

    PLAN TA BAIX A

    Chama-se planta dos pavimentos ou planta baixa aprojeo horizontal da seco reta passando acima do pei-toril das janelas. Essa altura assim determinada para quefiquem representados todos os vos das portas e janelas, asespessuras das paredes, a largura e posio dos vos, osaparelhos sanitrios, as canalizaes, as chamins, a esp-cie de revestimento dos pisos, as dimenses destes, entreoutros elementos.

    Na Planta Baixa todos os elementos sero cotados paraque o engenheiro responsvel da edificao possa fielmenteexecutar o projeto.

    figura 15 - Planta Baixa

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    DIAGRAMA DO TELHADO

    O diagrama dotelhado representa aprojeo horizontal dasformas dos planos in-clinados (guas), cujasinterseces so figura-

    das por meio de traoscontnuos. O sentidodas declividades des-sas guas indicadopor meio de pequenassetas.

    PLANTA DE SITUAO

    o desenho que estabelece a posio do edifcio emrelao s divisas do terreno e ao alinhamento da via, almde indicar as dimenses dos passeios e das vias pblicas.

    Nessa planta assinala-se tambm a orientao, ouseja, indica-se a direo do norte.

    figura 16 - Diagrama de Telhado

    figura 17 - Planta de Situao

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    Na planta de situao devem figurar com absoluta exati-do as distncias entre os diversos eixos, muros divisrios, ali-nhamentos e outras marcaes que possam ser relevantes.

    SECES OU CORTES

    So projees verticais do que se pretende obter, demodo a representar as partes internas importantes. Em ou-tras palavras, os cortes so obtidas por planos verticais queinterceptam as paredes, janelas e portas, com a finalidadede permitir esclarecimentos que venham facilitar a execuoda edificao.

    Ao projetar a vista do edifcio seccionado por um planovertical, obter-se- um desenho demonstrativo das diferen-tes alturas e vos de peitoris, janelas, portas, vergas, vigas,espessuras das lajes do piso, do forro, dos telhados e dacobertura. Eventualmente, no projeto arquitetnico podemser indicadas as fundaes nesses cortes. Entretanto, so

    apenas indicativas que naqueles pontos sero feitas as fun-daes conforme projeto estrutural.

    Nem sempre uma nica seco suficiente para de-monstrar todos os detalhes do interior de um edifcio. Poresse motivo um projeto apresentado tendo pelo menosdois cortes: um longitudinal e outro transversal. E quantosmais houver, melhor. O importante detalhar os elementosconstituintes da edificao com a melhor clareza possvel.

    figura 18 - Corte

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    As posies exatas desses cortes so assinaladas nasplantas por meio de retas e por letras dispostas nas respec-tivas extremidades. O lado em que as letras se encontram,ser o lado da edificao que ser detalhado. Para melhoridentificar esse lado do detalhamento, muitos autores adicio-nam setas nas extremidades das retas, antes das letras.

    Nem sempre se executa a seco em linha reta. Em al-guns casos, muda-se a direo do plano de seco, a fim de

    mostrar o maior nmero de detalhes, evitando assim novasseces.

    ELEVAES

    Chama-se elevao a projeo vertical das fachadasou faces externas do edifcio.

    Nas elevaes figuram a altura e forma dos embasa-mentos, o perfil do terreno, as alturas dos pavimentos, operfil dos telhados e a disposio e propores das aber-

    turas (portas e ja-nelas), elementosdecorativos im-portantes, corposavanados, e ou-tros consideradosimportantes paraclareza do que sepretende obter.

    DETALHES

    So desenhos de dimenses ampliadas de certos ele-mentos do edifcio, que devem ser representados com pre-ciso, pois no ficam to claramente definidos nas demaispeas do projeto.

    figura 19 - Elevao

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    FORMATO DE PAPEL

    A ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas o rgo oficial da federao que edita as regras, princ-pios, padres que regulem os procedimentos do que deveser usado numa certa linguagem.

    Assim, para a comunicao de desenhos tcnicos, aABNT adota uma formatao seqencial definindo as dimen-

    ses do papel, partindo do formato A0 (A zero) at o formatoA4.

    Cada folha de papel possui dimenso igual metadeda anterior, como segue:

    Formato ..............Largura (cm) .......................Altura (cm)

    A0 ..................................... 841 .................................1189

    A1 ..................................... 594 ...................................841

    A2 ..................................... 420 ...................................594

    A3 ..................................... 297 ...................................420A4 ..................................... 210 ...................................297

    figura 20 - Formato de Papel para Desenho Tecnico

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    MEMRIA ESCRITA

    A memria descritiva uma exposio detalhada doprojeto, das solues adotadas, apresentando-se as espe-cificaes dos materiais, os mtodos construtivos, os clcu-los e outros dados importantes construo da determinadaedificao.

    Por melhor e mais detalhada que seja a parte grfica,

    muitos esclarecimentos ainda sero necessrios para que oconstrutor possa executar o que foi projetado, como o tipo dematerial que ser aplicado e o modo de execuo de cadaum deles. So importantes que se especifiquem as qualida-des dos materiais e os processos de construo a se empre-gar.

    uma prtica atual, por considerar comuns determina-das edificaes feitas para empreendedores que constroemem grande escala, que nos desenhos venham s especifica-es e consideraes adotadas, eliminando-se o memorial

    descritivo.

    ORAMENTO

    Chama-se o oramento a parte escrita do projeto queestabelece o custo provvel da obra. Para tal, pode-se usar ooramento simples que adota o custo total da obra tomando-se o produto da rea coberta do prdio pelo custo da unidadede superfcie de edificaes parecidas. rpido e abreviado,porm precrio.

    Logicamente que um oramento detalhado ser maisconfivel porque levaro em considerao todos os gastosprovveis, quer na aquisio e administrao dos materiais,quer no pagamento dos salrios do pessoal, assim como to-dos os impostos, taxas e leis sociais.

    E para composio dos custos de cada servio deve-seconsiderar os materiais diretos ou integrantes, os indiretosou auxiliares (pe, uma forma de madeira), a mo de obra -

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    trabalho manual do operrio na execuo de um servio esua qualificao (questo salarial), alm da insalubridade ouperigo do ambiente de trabalho.

    No bastasse isso, ainda h de se computar na compo-sio os benefcios e a bonificao da obra.

    Sob o ttulo de benefcios pode-se relacionar os des-gastes das ferramentas, o aluguel das mquinas e equipa-mentos, combustveis, fora, etc., assim como o frete e trans-

    porte de materiais, maquinas, incluindo a carga e descarga,montagem, desmontagem, operao e reparos.Ainda so classificados todos os salrios dos envolvi-

    dos como Engenheiros, Contadores, Apontadores, Escritu-rrios, Almoxarifes, Mestres de Obras e demais auxiliaresdo Escritrio, alm das despesas referentes s leis sociais,taxas e impostos.

    Uma parte desse encargo incide sobre os materiais ediz respeito: Imposto sobre Circulao de Mercadorias, Im-posto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Ser-

    vios.Outra parte incide sobre a mo de obra e so: recolhi-mento aos Institutos de Aposentadoria, Legio Brasileira deAssistncia, SENAI, Lei de Frias, Repouso Remunerado,Acidente no Trabalho, Aviso Prvio, Estabilidade, Auxlio En-fermidade, Imposto Sindical e Indstria e Profisses.

    Os coeficientes para composio dos custos sejampara os materiais como para mo de obra, so estipuladospela experincia ou por observao (feita em vrios locaise em obras diversas). Existem atualmente alguns especia-listas que se dedicam a esse trabalho e que publicam taiscomposies mdias, aceitos como base inicial, devendo serrevisto periodicamente.

    Algumas empresas adotam coeficientes prprios.

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    Bib l iogra f ia

    Tcnica da Construo - Celso Cardo - Volume 1 e 23 Edio/1976 - Editora Edies Engenharia e Arquitetura

    Manual Prtico do Construtor e Mestre-de-Obras RinoVigorelli Editora Hemus Editora Limitada

    Curso Geral de Obras da UFOP Tcnica da Construo Volume 1 2 edio

    Manual da Construo para Habitaes Populares Pro-grama de Engenharia e Arquitetura Pblica da ASSENG- Associao dos Engenheiros e Arquitetos de Uberlndia

    Cartilha para Compra e Construo de Edificaes Resi-denciais do CREA-RJ

    Cartilha Como Construir da IEATM - Instituto de Engenha-rai e Arquitetura do Tringulo Mineiro

    Cdigo de Defesa do Consumidor do CONFEA;

    Como Construir uma Casa Eng Roberto Chaves Edi-tora Edies de Ouro

    PINI web;

    Dicionrio Houaiss 3; Texto Temtico tica e Valorizao Profissional do IVCNP do Sistema CONFEA/CREAs.

    Gabriel:Blog:acusticaarquitetonica.blogspot.com

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    EXPEDIENTE

    ASSEAVA - Associao dos Engenheiros, Arquitetose Agrnomos do Vale do AoRua Uberlndia, 96 - Centro - Ipatinga/MGPortal ASSEAVA : WWW.asseava.comE-mail ASSEAV: [email protected]

    Contriburam para a elaborao dessa Cartilha, os seguintesprofissionais da classe:1 - Eng Qumica Egnalda Pereira da Silva Pimenta;2 - Arqt Urbanista Leonardo Bueno Miranda;3 - Eng Civil Luiz Henrique de Oliveira Nunes Leite;4 - Arqt Ronaldo Moreira Marques;5 - Eng Civil Vicente de Paulo Costa Val Filho; e6 - Arqt Wilton Carlos Pinto.

    Diagramao: Arte Final Copias - (31) 3823-6142Impresso: Grfica Dimenso (31) 3824-0537

    GLOSSRIO

    Alvar - documento de autoridade judiciria ou administra-tiva em favor de algum e no qual se ordenam ou se autorizamdeterminados atos.

    Associao - instituio constituda por dois ou mais pro-fissionais da mesma classe movidos por uma deliberada deter-minao, geralmente sobre uma base estatutria, com o objetivode promover a defesa dos interesses sociais e culturais daquela

    classe.Averbao - nota inserida a um documento ou registro p-

    blico para indicar qualquer alterao relativa ao documento ou re-gistro original.

    Bem Comum: o conjunto de condies concretas que per-mitem a todos os membros de uma comunidade atingir um nvelde vida altura da dignidade humana (material, intelectual, morale institucional).

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    Cartilha - livrete que contm elementos bsicos de algumacincia (no caso sobre a arte de edificar uma residncia).

    Comunidade - populao que vive num dado lugar ou re-gio, gereralmente ligada por interesses comuns.

    Coletividade - grupo extenso de indivduos que possueminteresses comuns.

    Constituio Brasileira: Lei Fundamental da Federao,na qual se acham expressas as bases de nossa estrutura, comoRegime do Governo e dos rgos Administrativos, limites de suas

    competncias, direitos e deveres fundamentais do cidado e ou-tros aspectos e determinaes relativas manuteno e defesado Estado.

    Cota medida ou valor estabelecido em clculo e usada porarquitetos e engenheiros nos Projetos de construes.

    Documento - declarao escrita que se reconhece oficial-mente como prova de um estado, condio, habilitao, fato ouacontecimento.

    Edificao - construo de uma obra, individual ou coletiva,destinada a abrigar os diversos tipos de atividades humanas; edi-ficao, casa, prdio, imvel.

    Empreendedor - aquele que tm disposio ou capacidadede idealizar, coordenar e realizar projetos, servios ou negcios.tica - conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e

    moral de uma sociedade.Lei: o conjunto de condies concretas que permitem a

    todos os membros de uma comunidade atingir um nvel de vida altura da dignidade humana (material, intelectual, moral e institu-cional).

    Licena - permisso formal que uma autoridade constitudaconcede para o exerccio de certas atividades.

    Multa - qualquer reparao imposta por ato julgado conde-

    nvel, impondo qualquer pena ou castigo.Notificao - qualquer documento que contenha aviso, in-formao e/ou advertncia.

    Obra - edifcio que est sendo construdo; aquilo que resultade um trabalho, de uma ao.

    Pontaletes: pea de madeira com dimenses de 6x6 cm,para escorar estruturas dos edifcios

    Profisso: Atividade ou ocupao (ofcio) especializada, daqual se podem tirar os meios de subsistncia.

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    Profisso regulamentada: a profisso que s pode serexercida por quem atender a certas exigncias definidas por leisespecficas. Todas as atividades profissionais que colocam em ris-co a sade, a segurana e o bem-estar de um povo so suscetveisde regulamentos para resguardar os direitos formais desse povo.Por isso, dizemos que as profisses da Engenharia, da Arquitetu-ra, da Agronomia e das profisses afins so regulamentadas.

    Projeto - descrio escrita e detalhada de um empreendi-mento (de qualquer obra, com plantas, clculos, descries, or-

    amento etc) .a ser realizado; plano geral ou desenho de trabalhopara a construo a se realizar.

    Sano - medida de coao (obrigar, forar algum a fazerou no alguma coisa) imposta por rgo ou autoridade constitu-da.

    Quando se fala de acstica urbana, demonstramos nossapreocupao com a poluio sonora. O nvel de rudo nas cida-des, nas ruas, estradas, reas industriais to alto e inevitvel,que mais parece um castigo do que um benefcio da civilizao.

    Assim, esse artigo servir apenas para tomar conscincia daexistncia do problema, mant-lo em considerao permanente e,se possvel, prioritariamente no planejamento futuro das nossascidades.

    Acstica um atributo da arquitetura e sonorizao seucomplemento... quando necessrio.

    Algumas plidas tentativas so realizadas para controlar ou

    diminuir os problemas. Em Belo Horizonte, por exemplo, foi pro-mulgada a Lei Municipal 9.341 em 2007 para controle de poluiosonora ambiental em reas urbanas e residenciais, a qual, porrazes de aplicao prtica, foi modificada pela

    Lei 9.505 de 2008, determinando os seguintes nveis de ru-do ambientais como permissveis:

    No se pode negar que esta uma atitude positiva e valen-te, mas de aplicao prtica muito discutvel. Remediar no o

    ACSTICA URBANA

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    caminho. Entretanto existe uma sada: prevenir. E esta preven-o estaria em mos de urbanistas, engenheiros civis, arquitetos

    e outros profissionais preocupados com qualidade de vida dacoletividade.

    Pode-se observar que a poluio sonora urbana tem duasorigens, tais como veculos, obras, trens, propagandas sonoriza-das, entre outros e a arquitetura urbana propriamente dita.

    O Plano Diretor da cidade ter grande influncia ao separarreas residenciais, escolares e hospitalares das reas de trfegointenso ou produtivas. O planejamento de avenidas largas, comcanteiros centrais generosamente arborizados, seria outra exce-

    lente medida.E, no menos importante, seria evitar ruas com edificaes

    altas e em ambos os lados, j que estas se transformam em umacaixa ressonante local e, no conjunto, num tnel condutor de on-das sonoras.

    O asfalto em geral, paredes de prdios lisas, de vidro e ou-tras so altamente refletoras e contribuem para a propagao deum som por muitos quarteires.

    Todas podem ser expugnadas se houver uma tomada deconscincia do problema.

    Quando projetos de engenharia consideram a poluio so-

    nora antecipadamente, ela poder ser eliminada e seu custo serconsideravelmente menor.Existem fatores naturais que modificam o nvel de poluio

    sonora urbana como a chuva, o frio, o calor e a velocidade do ven-to. Mas, estes agentes esto fora do nosso controle.

    Assim, quando aparecem desagrados sonoros, tendemos abuscar a implantao das barreiras.

    A barreira em geral tem uma eficincia boa para altas fre-qncias e fraca para baixas. Sua eficincia depende da altura e

    PERODO HORRIO VALOR MXIMODiurno de 07 s 19 horas 70 dBVespertino de 19 s 22 horas 60 dBNoturno de 22 s 24 horas 50 dBNoite de 00 s 07 horas 45 dB

    Decibel (dB) a unidade utilizada na medida da intensidade do som

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    posio com respeito fonte de som. Nem sempre uma soluo.A barreira mais recomendvel, sem lugar a dvidas, a vegetal.Entenda-se isto como arborizao e gramado.

    Trabalhos de avaliao sonora como mapeamentos e iden-tificao dos pontos marcantes de poluio nas cidades podem edevem ser conhecidos, mas as solues so extremamente dif-ceis de ser implantadas.

    No mnimo uma avaliao acstica deve considerar os se-guintes parmetros:

    Compreensibilidade ou faculdade de entender o que setrata;

    Nvel de reverberao - persistncia de um som depois deter sido extinta sua emisso por uma fonte e que ocorre comoresultado de reflexes nas paredes de um recinto total ou parcial-mente fechado;

    Ressonncia ou repercusso de sons; e Ecos naturais e provocados.

    GRC.

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    nd ice

    Editorial........................................................................................................ 3INTRODUO ............................................................................................ 9REQUISITOS ............................................................................................ 10LOCALIZAO DO LOTE........................................................................ 10PLANEJAMENTO INICIAL .........................................................................11PROJETOS ............................................................................................... 13FISCALIZAO......................................................................................... 15

    ART NO CREA .......................................................................................... 17ALVAR DE OBRA .................................................................................... 19MATRCULA NO INSS .............................................................................. 20EXECUO DA CONSTRUO .............................................................. 21CANTEIRO DE OBRA ............................................................................... 22PREPARO DO TERRENO ........................................................................ 24LOCAO DA OBRA ................................................................................ 25FUNDAO .............................................................................................. 26PAREDES .................................................................................................. 27Baldrame ................................................................................................... 27EQUIVALNCIA DE RESISTNCIA TRMICA ......................................... 28PAREDE SICAL ......................................................................................... 28PAREDE EM BLOCOS .............................................................................. 28

    CERMICOS VAZADOS ........................................................................... 28PAREDE EM BLOCOS .............................................................................. 28DE CONCRETO VAZADOS ...................................................................... 28DEMAIS ETAPAS CONSTRUTIVAS ......................................................... 30FINALIZANDO A CONSTRUO ............................................................. 30HABITE-SE ............................................................................................... 30CND INSS ................................................................................................. 31AVERBAO EM CARTRIO .................................................................. 32DIREITOS DO CONSUMIDOR ................................................................ 32DOS SERVIOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA ........................... 32REPRESENTAO GRFICA .................................................................. 33PLANTA BAIXA .......................................................................................... 34DIAGRAMA DO TELHADO ...................................................................... 35

    PLANTA DE SITUAO ............................................................................ 35SECES OU CORTES ........................................................................... 36ELEVAES ............................................................................................ 37DETALHES ................................................................................................ 37FORMATO DE PAPEL ............................................................................... 38MEMRIA ESCRITA ................................................................................. 39ORAMENTO ........................................................................................... 39Bibliografia ................................................................................................. 41GLOSSRIO ............................................................................................. 42ACSTICA URBANA ................................................................................. 44

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