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Cartilha Suas 2

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ExpedienteSistema Único de Assistência Social – SUAS

PublicaçãoFederação Catarinense de Municípios – FECAMAssociações de Municípios de Santa Catarina

ElaboraçãoJaqueline Teixeira – Estagiária de Serviço Social da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISULJanice Merigo – Assistente Social da FECAM

ColaboraçãoAna Paula Medeiros, Regina Panceri e Vânia Fátima Guareski Souto

ContribuiçãoColegiados Regionais de Assistência Social de Santa Catarina

Projeto Gráfico e DiagramaçãoTamiris Espíndola

Revisão de PortuguêsAna Kelly Borba da Silva Brustolin

Revisão GeralJosé Crus – Coordenador Geral da Gestão do Trabalho do SUAS – MDS

Tiragem2.000

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APRESENTAÇÃO A Constituição Federal de 1988 trouxe avanços significativos para a proteção social no nosso país. O divisor de águas foi conferir status de política e pública, no chamado tripé da Seguridade Social, à Assistência Social junto à política de Saúde e da Previdência Social.

A política de Assistência Social é resultado da trajetória desenhada com a participação de muitos sujeitos, que há muitos anos se colocaram como visionários e iniciaram um processo sério de pautar para o Estado e para a sociedade um velho, e ao mesmo tempo, novo direito: o da superação da miséria no qual a Assistência Social tem sua especificidade e contribuição no Sistema Protetivo Brasileiro.

A partir de 2004, a Política Pública de Assistência Social inaugura um novo paradigma com o advento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), inscrito na Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004). O SUAS é caracterizado como sistema descentralizado e participativo e, organizado em níveis de proteção Social: Básica e Especial de Média e Alta Complexidade.

Com a implementação do SUAS, o princípio da universalização do acesso aos direitos sociais e a diretriz da primazia da responsabilidade do Estadona condução da política em cada esfera do governo, estabelecidos pela LOAS, ganharam maior efetividade.

O SUAS propiciou que a política de assistência social ganhasse visibilidade e reconhecimento como política pública. O fato de o SUAS chegar em 100% dos municípios brasileiros, permitindo que famílias e indivíduos tenham como referência unidades públicas estatais, é importante destacar.

Ainda, possibilitou o aumento do alcance da Seguridade Social não contributiva a partir da concretização de serviços e benefícios socioassistenciais, presentes em todo o território nacional, assegurando direitos e oportunidades que reduzam riscos, danos e vulnerabilidades sociais e pessoais, relacionadas ao ciclo de vida, à dignidade humana, à convivência familiar e ao reconhecimento de direitos de cidadania a todos.

Esta cartilha objetiva trazer para os gestores, trabalhadores, conselheiros e usuários conteúdos atualizados sobre o SUAS em consonâncias às suas normativas atuais.

Desejo que esta versão facilite a compreensão sobre o conteúdo específico do SUAS e fortaleça espaços coletivos de construção do SUAS no estado de Santa Catarina.

José CrusCoordenador Geral da Gestão do Trabalho do SUAS

Ministério de Desenvolvimento Social – MDS

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1 – Assistência Social ............................................................................................................062 – Conselho, Plano e Fundo de Assistência Social ................................................................08 2.1 – Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS ...............................................08 2.2 – Plano de Assistência Social – PAS ........................................................................09 2.3 – Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS......................................................113 – Sistema Único de Assistência Social - SUAS.....................................................................124 – Estrutura da Assistência Social nos Municípios..................................................................13 4.1 – Fluxograma Geral da Estrutura da Política de Assistência Social .............................13 4.2 – Proteção Social Básica ...........................................................................................14 4.3 – Proteção Social Especial – Média e Alta Complexidade .........................................155 – Benefícios.........................................................................................................................18 5.1 – Benefícios Eventuais ..............................................................................................18 5.2 – Benefícios de Prestação Continuada – BPC.............................................................18 5.3 – Transferência de Renda .........................................................................................196 – Cadastro Único..................................................................................................................19 7 – Conferências Municipais de Assistência Social.................................................................208 – Entidades e/ou Organizações de Assistência Social .........................................................21 8.1 – Caracterização das Entidades .................................................................................23 8.2 – Atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS........................249 – Principais Siglas da Assistência Social .............................................................................25

SUMÁRIO

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Sistema Único de Assistência Social - SUAS Sistema Único de Assistência Social - SUAS

1 – Concepção de Assistência Social

A Lei Orgânica de Assistência Social, atualizada pela lei 12.435 (LOAS), concretizou as diretrizes da Constituição Federal e reorganizou a Política de Assistência Social brasileira, assegurando a primazia da atuação do Estado na provisão de serviços e benefícios socioassistenciais.

Segundo a NOB/2012, em seu artigo 1°:“a política de assistência social, que tem por funções a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos, organiza-se sob a forma de sistema público não-contibutivo, descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social – SUAS.

A mesma normativa, em seu art. 8°, reafirma que “o SUAS se fundamenta na cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e estabelece as respectivas competências e responsabilidades comuns e específicas.

A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: de acolhida; de renda; convívio ou vivência familiar, comunitária e social; desenvolvimento de autonomia; apoio e auxílio.

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Ainda, em seu art. 9° “ a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, conforme suas competências, previstas na Constituição Federal e na LOAS, assumem responsabilidades na gestão do sistema e na garantia de sua organização, qualidade e resultados na prestação dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais que serão ofertados pela rede socioassistencial.

Considera-se rede socioassistencial o conjunto integrado da oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social mediante articulação entre todas as unidades de provisão do SUAS.

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2 – Conselho, Plano e Fundo de Assistência Social

O CPF da Assistência Social (Conselho, Plano e Fundo) é uma exigência estabelecida pela LOAS em seu art. 30. Sendo essencial para a organização da Política Pública de Assistência Social nos entes federativos.

2.1 - Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS

Os Conselhos Municipais de Assistência Social – CMAS estão previstos e são definidos como instâncias deliberativas do sistema descentralizado e participativo de assistência social, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil (art. 16).

Os Conselhos Municipais são instituídos pelo município mediante lei específica que estabelece a sua composição, o conjunto de atribuições e a forma pela qual suas competências serão exercidas e como prevê a NOB/SUAS 2012 deve-se assegurar e garantir a escolha democrática da representação da sociedade civil permitindo uma única recondução por igual período. São vinculados à estrutura do órgão da administração pública responsável pela coordenação da política de assistência social (Secretaria Municipal de Assistência Social) que lhes dá apoio administrativo, assegurando dotação orçamentária para seu funcionamento.

Devem ter composição paritária, com 50% de representantes governamentais e 50% de representantes da sociedade civil, eleitos entre representantes dos usuários ou de organização de usuários, de entidades e/ou organizações de assistência social, e de representantes dos trabalhadores do setor.

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2.3 - Plano de Assistência Social – PAS

A exigência de Planos decorreu da necessidade de incorporação, pela assistência social, de práticas planejadas baseadas em diagnósticos e estudos de realidade e desenvolvidas com monitoramento e avaliação sistemáticos e contínuos.

O Plano de Assistência Social é de responsabilidade do órgão gestor da política que o submete à apreciação e deliberação do conselho de assistência social.

Os PAS constituem instrumento de gestão estratégico para a descentralização democrática da assistência social se garantirem de modo sistemático, o envolvimento das entidades e organizações da sociedade civil, privilegiando a participação da rede socioassistencial, trabalhadores do SUAS e usuários.

Como principais atribuições dos CMAS estão: exercer a orientação e o controle do Fundo Municipal; acompanhar e controlar a execução da política municipal de assistência social e zelar pela implementação e pela efetivação do SUAS no município, buscando suas especificidades no âmbito das três esferas de governo e efetiva participação dos segmentos de representação dos Conselhos.

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Componentes básicos para a elaboração dos Planos Municipais de Assistência Social, segundo a NOB/SUAS 2012:

I – diagnóstico socioterritorial; II – objetivos gerais e específicos; III – diretrizes e prioridades deliberadas; IV – ações e estratégias correspondentes para sua implementação; V – metas estabelecidas; VI – resultados e impactos esperados; VII – recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários; VIII – mecanismos e fontes de financiamento; IX – cobertura da rede prestadora de serviços; X – indicadores de monitoramento e avaliação; XI – espaço temporal de execução;

Os municípios deverão elaborar os respectivos Planos de Assistência Social a cada 4 (quatro) anos, de acordo com os períodos de elaboração do Plano Plurianual – PPA, devendo ser anualmente revisado e submetido à apreciação dos CMAS.

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2.2 - Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS

O Fundo Municipal de Assistência Social é constituído por um conjunto de recursos vinculados ou alocados à Assistência Social para cumprimento de objetivos específicos. É de natureza orçamentária e contábil, criado por lei (esta fundamentada na lei dos fundos especiais: Lei nº 4.320, de 1964).

O gestor da Política de Assistência Social é responsável pela criação e administração do fundo na sua esfera de governo. Cabe ao conselho a orientação do uso dos recursos, o controle e a fiscalização do fundo.

Devem ser inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, na condição de Matriz, na forma das Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil em vigor, com o intuito de assegurar maior transparência na identificação e no controle das contas a eles vinculadas, se, com isso, caracterizar autonomia administrativa e de gestão.

O conselho, o Plano e o Fundo Municipal e alocação de recursos próprios constituem requisitos mínimos para que os Municípios recebam os recursos referentes ao cofinanciamento federal, de acordo com o art. 30 da LOAS.

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3 – Sistema Único de Assistência Social – SUAS

O SUAS é um sistema de proteção social público não contributivo, tendo sua gestão descentralizada e participativa. Regula e organiza, no território nacional, os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, e tem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios como corresponsáveis por sua gestão, provisão e cofinanciamento.

O SUAS define e organiza os elementos essenciais e imprescindíveis à execução da política de assistência social possibilitando a normatização dos padrões nos serviços, qualidade e no atendimento, indicadores de avaliação e resultado, nomenclatura dos serviços e da rede socioassistencial.

Eixos estruturantes do SUAS, conforme o artigo 5° da NOB/SUAS 2012:

I – primazia de responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social; II – descentralização político-administrativa e comando único das ações em cada esfera de governo; III – financiamento partilhado entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV – matricialidade sociofamiliar; V – territorialização; VI – fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil;

VII – controle social e participação popular.

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4 – Estrutura da Assistência Social nos Municípios

4.1 - Fluxograma Geral da Estrutura da Política de Assistência Social

5 – Benefícios

POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS E A TIPIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA CRAS

Planejamento, monitoramento e avaliação do SUAS

Acompanhamento de Convênios da Rede Socioassistencial

Assessoria aos Conselhos

Acompanhamento dos Fundos Municipais

Organização de Conferências, Seminários e Capacitações

Gestão dos Benefícios Eventuais

Elaboração do Plano de Assistência Social - PAS

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família –

PAIF

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo

Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para pessoas com

deficiência e idoso

MÉDIA COMPLEXIDADE CREAS

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos-PAEFI

Serviço Especializado de Abordagem Social

Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socioeducativas de

LA e PSC

Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência , Idosos e suas

famílias.

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

ALTA COMPLEXIDADE Órgão Gestor

Serviço de Acolhimento Institucional:

*Abrigo institucional *Casa Lar

*Casa de Passagem *Residência Inclusiva

Serviço de Acolhimento em República

Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora

Serviço de Proteção em Situação de Calamidades

Públicas e de Emergências

Gestão do CADÚNICO

Setor de Benefícios Eventuais

Gestão do Trabalho

Setor de Benefícios Eventuais

Vigilância Social

Setor de Benefícios Eventuais

Fonte: Janice Merigo, Assistente Social da FECAM, 2010. Atualizado em 2013.

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4.2 - Proteção Social Básica

Conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

Os serviços desta proteção são executados nos Centro de Referência de Assistência Social – CRAS

CRAS em Santa Catarina

95%

5% CRAS

Municípios com CRAS

Municípios sem CRAS

Informações retiradas do site HTTP://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/Rlv3/geral/index.php em janeiro de 2013.

Equipe de Referência de Nível Superior- Assistente Social

- Psicólogo- Coordenador

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4.3 - Proteção Social Especial - Média e Alta

Conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos.

Os serviços desta proteção são executados nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social – CREAS, ou por equipes de referência (assistentes sociais, psicólogos e advogados) vinculadas ao órgão gestor, naqueles municípios em que não se encontra um espaço físico do CREAS.

MÉDIA COMPLEXIDADE

Equipe de Referência de Nível Superior- Assistente Social

- Psicólogo- Advogado

- Coordenador

CREAS

É destinada às famílias e aos indivíduos em situação de risco pessoal ou social que tiveram seus direitos violados ou ameaçados, por meio de violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual, abandono ou rompimento, fragilização de vínculos ou pelo afastamento da convivência familiar devido à aplicação de medida, dentre outras situações.

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CREAS em Santa Catarina

28%

72%

CREAS

Municípios com CREAS

Municípios sem CREAS

Informações retiradas do site http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php em janeiro de 2013.

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Os serviços desta proteção são executados em diversos equipamentos: casa-lar, abrigo institucional, família acolhedora, república, residência inclusiva, entre outros.

Todos os serviços tipificados possuem equipes de referência para realização das atividades, as composições estão previstas na NOB-RH/SUAS de 2009. As categorias profissionais de nível superior estabelecidas nesta normativa foram ratificadas pela Resolução do CNAS 17/2011.

ALTA COMPLEXIDADE

Equipe de Referência de Nível Superior- Assistente Social

- Psicólogo- Coordenador

Atendimento às famílias e aos indivíduos em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos, necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo familiar de origem. Visa à proteção integral às famílias e indivíduos que estão em situação de risco pessoal ou social, com os vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados.

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4.3 - Benefícios Eventuais

São provisões suplementares e provisórias, prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Os benefícios eventuais integram organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social.

O Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS é quem regulamenta os benefícios eventuais, definindo critérios e formas de concessão, por meio de Resolução do CMAS ou Lei Municipal, conforme o DECRETO Nº 6.307, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007, que dispõe sobre os benefícios eventuais de que trata o art. 22 da Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993.

5.2 Benefícios de Prestação Continuada – BPC

Previsto na LOAS e no Estatuto do Idoso, é provido pelo Governo Federal, consistindo no repasse de 1 (um) salário mínimo mensal ao idoso (com 65 anos ou mais) e à pessoa com deficiência que comprovem não ter meios para suprir sua subsistência ou de tê-la suprida por sua família. Esse benefício compõe o nível de proteção social básica, sendo seu repasse efetuado diretamente ao beneficiário.

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5.3 Transferência de Renda

Programas que visam o repasse direto de recursos dos fundos de Assistência Social aos beneficiários, como forma de acesso à renda, visando o combate à fome, à pobreza e outras formas de privação de direitos, que levem à situação de vulnerabilidade social, criando possibilidades para a emancipação, o exercício da autonomia das famílias e indivíduos atendidos e o desenvolvimento local.

6 – Cadastro Único

O Cadastro Único para Programas Sociais – CADÚNICO é o instrumento de identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras com até meio salário mínimo. É obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais dos entes federativos. Com esta ferramenta os municípios possuem informações necessárias das famílias em situação de vulnerabilidade e risco social e pessoal, possibilitando a identificação das demandas, necessidades e subsidiando a formulação e implantação de Políticas Públicas e sociais.

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7 – Conferências Municipais de Assistência Social

As Conferências de Assistência Social, são instâncias que têm por atribuições a avaliação da política de assistência social e a definição de diretrizes para o aprimoramento do SUAS. São de fundamental importância para o exercício do controle social da política de assistência social, por sua magnitude – como campo de direitos não contributivos e universalizadores da proteção social – e por trazer oportunidade efetiva de superação da participação popular e o controle social representativo formal.

A convocação das conferências de assistência social pelos conselhos de assistência social se dará ordinariamente a cada 4 (quatro) anos. Poderão ser convocadas extraordinariamente a cada 2 (dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros dos respectivos conselhos.

Para a realização das conferências, os órgãos gestores de assistência social dos Municípios deverão prever dotação orçamentária e realizar a execução financeira, garantindo os recursos e a infraestrutura necessários.

É fundamental encaminhar convite às entidades e organizações de assistência social que atuam no município, aos usuários e suas respectivas organizações, aos trabalhadores da área e suas entidades de classe, aos órgãos gestores das demais políticas públicas (Previdência Social, Saúde, Educação, Habitação, Segurança

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Alimentar e Nutricional, dentre outras), bem como aos representantes da Câmara de Vereadores, do Ministério Público, do Poder Judiciário, Conselho Tutelar, dentre outras autoridades locais.

O gestor municipal e o CMAS devem estabelecer estratégias para ampliar a participação social neste processo de conferências, visando reafirmar o princípio da democracia participativa, seja no âmbito dos serviços, do conselho, pré-conferências regionais ou até mesmo pré-conferências locais.

Para organizar uma Conferência em âmbito municipal é necessário constituir uma Comissão Organizadora, que deverá ser paritária, ou seja, com representantes do governo e da sociedade civil conforme já mencionado nesta cartilha. Ressalta-se a importância da designação de equipe técnica pelo órgão gestor, visando à operacionalização da Conferência, juntamente com a Secretaria Executiva do Conselho.

8 – Entidades e/ou Organizações de Assistência Social

Considerando as mudanças significativas na Política de Assistência Social, a Resolução CNAS nº 16, de 5 de maio de 2010, definiu os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais nos Conselhos de Assistência Social dos Municípios.

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O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso. Ou seja, trata-se da condição primeira para o funcionamento da entidade e/ou organização de assistência social.

A inscrição das entidades de assistência social ou dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais nos conselhos de assistência social é o reconhecimento público da atuação dessas entidades no âmbito do SUAS. As entidades/organizações inscritas são reconhecidas com “vínculo SUAS”.

Critérios a serem considerados para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais:

I. executar ações de caráter continuado, permanente e planejado; II. assegurar que os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais sejam ofertados na perspectiva da autonomia e garantia de direitos dos usuários; III. garantir a gratuidade em todos os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; IV. garantir a existência de processos participativos dos usuários na busca do cumprimento da missão da entidade ou organização, bem como da efetividade na execução dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

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8.1 Caracterização das Entidades

As entidades e organizações de assistência social podem ser isolada ou cumulativamente:

I - De atendimento: aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de proteção social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidades ou risco social e pessoal, nos termos da Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, e Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009.

II - De assessoramento: aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos da Lei nº 8.742, de 1993, e a Resolução CNAS nº 27, de 19 de setembro de 2011.

III - De defesa e garantia de direitos: aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos da Lei nº 8.742, de 1993, e a Resolução CNAS nº 27, de 19 de setembro de 2011.

Cabe a Secretaria Municipal de Assistência Social a inclusão das entidades e/ou organizações de Assistência Social no Cadastro Nacional

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8.2 Atribuições do Conselho Municipal de Assistência Social

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9 - Principais Siglas da Assistência Social

MDS – Ministério do Desenvolvimento SocialSNAS – Secretaria Nacional de Assistência SocialSST – Secretaria Estadual de Assistência Social, Trabalho e HabitaçãoLOAS – Lei Orgânica de Assistência Social PNAS – Política Nacional de Assistência SocialSUAS – Sistema Único de Assistência SocialDRPS – Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS CIT – Comissão Intergestores TripartiteCIB – Comissão Intergestores Bipartite CONGEMAS – Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social COEGEMAS – Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social FNAS – Fundo Nacional de Assistência SocialFEAS – Fundo Estadual de Assistência Social CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social CEAS – Conselho Estadual de Assistência Social CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social CRAS – Centro de Referência de Assistência SocialCREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social

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O Programa de Excelência na Gestão da Assistência Social – PEGASO é um sistema on-line que integra os diversos Equipamentos da Assistência Social Municipal no controle dos atendimentos às famílias. Além de gerenciar os atendimentos nos diversos serviços, o PEGASO também permite o controle da concessão de benefícios eventuais.

Diferenciais do Programa:

• organização dos serviços, fluxos e protocolos de atendimento dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS e dos demais serviços, conforme a Política Nacional de Assistência Social e o Sistema Único de Assistência Social – SUAS;

• emissão de relatórios e otimização dos recursos recebidos pelo município;

• monitoramento e avaliação dos resultados obtidos na execução dos serviços, programas, projetos e benefícios dos municípios;

• avaliação qualitativa e quantitativa dos serviços prestados.

Informações: www.ciga.sc.gov.br [email protected] (48) 3221 8800

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Anotações

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