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“Tensão é a diferença de um ponto de potencial
mais elevado para o menos elevado”
1 NOÇÕES DE ELÉTRICA
1.1 Grandezas Elétricas
Grandeza é tudo aquilo que envolve medidas. Medir significa
comparar quantitativamente uma grandeza física com
uma unidade através de uma escala pré-definida. Nas medições,
as grandezas sempre devem vir acompanhadas de unidades.
Tabela de Referência de Grandezas Elétricas
1.2 Diferença de potencial
Por meados de 1800 o físico italiano Alessandro Volta,
anuncia sua invenção da bateria elétrica, onde sua definição é a
diferença de potencial de dois pontos é medida pelo trabalho
necessário a transferência de carga unitária de um ponto para o
outro. Em sua homenagem esta medida é o volt, símbolo (v) ou
(e).
Definição
Um fenômeno semelhante é a corrente no funcionamento de
uma bomba hidráulica cuja compressão indica até que altura a
água pode ser elevada. A bomba cria, no fundo a diferença de
nível igual aquela que faz com que a água desça, isto é em
sentido contrário à da bomba. Daí a diferença de potencial.
1.3 Corrente
Quando aplicamos uma diferença de potencial em um
material condutor, este transferirá por meio dos elétrons livres
a diferença do ponto de maior potencial para o de menor
potencial, em homenagem ao físico francês que formulou leis de
eletromagnetismo André Marie Ámpere, a unidade básica da
corrente é o ampére(A), símbolo (i).
GRANDEZA MEDIDA EM
LETRA REPRESENTAÇÃO
TensãoCorrente
Volt ( V )Ampères
( A )
V ou EI
ResistênciaPotência
Ohm ( )Watt ( W )
RP
CapacitânciaIndutância
Farad ( F )Henry ( H )
CL
Condutância ou Isolação
mho ( 1/ ) G
Definição
Tomamos do fenômeno análogo que ocorre em hidráulica co
a movimentação de água num tubo que liga dois recipientes
dispostos em níveis diferentes, onde a corrente é medida pela
relação da quantidade de fluído que atravessa uma seção do
tubo dividido pelo tempo empregado na travessia. Tem-se,
portanto:
i = corrente elétrica
Q = carga elétrica ou quantidade de fluído i = Q/T
T = tempo
1.4 Natureza da Corrente e Tensão
1.4.1 Tensão e Corrente DC
Também conhecida como CC DC – Corrente direta ou
contínua, ou seja, a d.d.p. entre os pólos (bornes) do gerador,
mantém-se constante. E o fluxo da corrente se dá apenas em
um sentido no condutor.
Exemplo de Fontes: Pilhas, Baterias, Alternadores, Dínamos
etc...
Onde usamos, linha telefônica, rádio de carro, lanternas, etc...
1.4.2 Tensão AC
AC – Corrente Alternada, ou seja, a d.d.p. entre os pólos
(bornes) do gerador, se alterna segundo uma freqüência
fundamental. E o fluxo da corrente alterna o sentido seguindo a
mesma freqüência fundamental.
Exemplo de fontes: Geradores de energia etc...
Onde usamos, energia comercial em residências, comércios e
indústrias, etc..
“A corrente elétrica é constituída por elétrons em
movimento de um átomo para um outro vizinho.”
“Resistência elétrica é como sendo a capacidade de obstrução a
passagem da corrente elétrica exercida pelos materiais.”
1.5 Resistência
A tensão sobre um resistor é diretamente proporcional a
corrente que o atravessa, palavras de Georg Simon Ohm, físico
alemão, a quem é creditada a formulação tensão- corrente para um
resistor. Em sua homenagem esta medida é o Ohm (Ω)
Definição
Corrente (A)
Corrente (A)
Corrente (A)
Corrente (A)
Te
m po
Te
m po
Te
m po
Te
m po
0 0
0 0
Alt
ern
ad
a
Alt
ern
ad
a
Co n
tín
ua
Co n
tín
ua
EX
EM
PL
O D
E
FO
RM
AS
DE
C
OR
RE
NT
E
A lei de Ohm é assim representada:
V = tensão
R = resistência V = RxI
I = corrente
1.5.1 Resistividade
O melhor condutor elétrico conhecido (a temperatura
ambiente) é a prata, este metal, no entanto, é excessivamente caro
para o uso em larga escala. O cobre vem em segundo lugar na lista
dos melhores condutores, é amplamente usado na confeção de fios
e cabos condutores. Logo após o cobre, encontramos o ouro que,
embora não seja tão bom condutor como os anteriores, devido à sua
alta estabilidade química (metal nobre) praticamente não oxida e
não sofre ataque diversos agentes químico, sendo assim empregado
para banhar contatos elétricos. O alumínio, em quarto lugar, é três
vezes mais leve que o cobre, característica vantajosa para a
instalação de cabos em linhas de longa distância. Abaixo
apresentam-se alguns materiais e respectivas resistividades em Ωm :
Material Resistividade (Ω-m) a 20 °C Coeficiente*
Prata 1.59×10−8 .0038
Cobre 1.72×10−8 .0039
Ouro 2.44×10−8 .0034
Alumínio 2.82×10−8 .0039
1.5.2 Associação de Resistências em Paralelo
Observando o exemplo anterior, notamos que se
adicionarmos mais um cano ( com as mesmas características ) ao
sistema físico, teremos o dobro do fluxo de água (corrente elétrica)
a esta associação damos o nome de paralelo.
1.5.3 Associação de Resistências em Série
Do mesmo modo se emendarmos o cano, somando o
comprimento L (resistência), diminuímos o fluxo de água
(corrente elétrica). A esta associação damos o nome de
associação em série.
V + - I(total)
R
R
I
I
1.6 Capacitância
Em homenagem a Michael Faraday, pelas suas descobertas a
unidade de capacitância farad, símbolo (F).
Para cabos telefônicos CTP-APL, CTS-APL, CTS-APL-G temos
uma capacitância de 50nF por Km, com variação de 2 nF para
mais ou para menos.
Definição
1.7 Indutância
Em homenagem a mais um físico Joseph Henry, a unidade de
indutância leva seu nome henry, símbolo (H).
Definição
V +
- I(total)
R RI
Alt u
ra / T
e nsão
(V)
Flu
xo d
e águ
a / C
o rrent
e E
lé trica (I)
Ca n
o D
’ água /
Re sistên
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Qu
anto
ma ior f or
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a ior a res istên
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R =
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I = V R
L S
Qu
anto
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Qu
anto
me n
or R,
ma ior a
cor rent e (I)
Mo d
elo prático p
ara e nten
dim
ent o d
e Resistên
cia, T
ensão e C
orre nte.
“ A diferença de potencial entre as placas é proporcional à carga
transferida”.
“A diferença de potencial é igual à taxa de variação
no tempo do fluxo magnético total.”
“A resistência de
enlace é a soma das
resistências elétricas
dos dois condutores
que constituem o
tronco ou linha de
assinante, excluindo
Ou seja, a constante de proporcionalidade é chamada auto-
indutância do circuito.
1.8 Impedância
Somente definimos impedância como sendo o circuito
elétrico formado por indutores e capacitores.
2. TESTES ELÉTRICOS
2.1 Condições gerais para realização dos testes
elétricos
Em redes flexíveis os cabos alimentadores e
distribuidores deverão ser testados separadamente;
para a realização dos testes não deverão estar
conectados equipamentos de comutação, de assinante e
outros dispositivos eletrônicos de tratamento de linha,
tais como: repetidores, extensores de enlace,
amplificadores, etc.;
deverão ser retirados, nas duas extremidades, os
dispositivos de proteção, tais como: centelhadores,
bobinas térmicas, fusíveis, etc;
2.2 Resistência de Enlace e Desequilíbrio Resistivo
A obtencão da resistência de Enlace e do desequilibrio resistivo
é utilizada para detectar resistências introdutivas nos
condutores de cabos multipares, devido a emendas mal
relizadas e até defeitos de fabricação.
Definição
“A resistência de
enlace é a soma das
resistências elétricas
dos dois condutores
que constituem o
tronco ou linha de
assinante, excluindo
Figura 10 – esquemático do teste de resistência de enlace
2.2.1 Desequilibrio resistivo
Definição
“Desde que os condutores de um par tenham o mesmo
comprimento, é natural que cada fio seja igual. No entanto,
existem emendas em sua extensão que, se mal realizadas, vão
provocar desigualdade das resistências e consequentemente
desbalanceamento resistivo do par. A esse desbalanceamento
resistivo damos o nome de Desequilíbrio Resistivo.”
Equipamento de teste : multímetro ou multiteste
fórmulas : resistência de enlace → Re = R1 x L1
resistência paralela → Re = R1 x L1 + R2 x L2
desequilíbrio resistivo → Dr = 2%Re
onde: Re → resistência de enlace
Dr → desequilibrio resistivo
L1 → distância do condutor
R1 → resistência do condutor
R2 e L2 → parâmetros do cabo paralelo
TABELA – RESISTÊNCIA DE ENLACE
CONDUTOR
DIÂMETRO
COBRE ALUMÍNIO
0,40 300 -
0,50 192 316
0,65 114 184
0,80 - 122
0,90 60 -
2.3 Perda de Inserção
Finalidades do teste de perda de Inserção
A obtenção da perda de inserção tem como finalidade detectar
irregularidades provenientes da fabricação e instalação de cabos
telefônicos não pupinizados.
Figura 11 – esquemático perda de inserção
Definição
“É a atenuação que um sinal elétrico irá sofrer, a uma
determinada frequência, ao percorrer um par telefônico desde
um gerador até um medidor de nível.”
“Atenuação é a perda que um sinal elétrico irá sofrer, ao
percorrer uma certa distância em um cabo telefônico, devido a
efeitos resistivos, capacitivos e indutivos existentes no mesmo.”
Equipamento de teste: gerador e medidor de nível
fórmula: Pimax ≤ 1,1 x α x L
Pimax ≤ 1,1 ( α1 x L1 + α2 x L2) → para cabos de bitolas
diferentes
Pimax ≤ 1,1 x α (L x 0,8Lp) → para cabos em paralelo
Pimax ≤ 1,1 ( α1 x L1 + α2 x L2) + 0,8 (α1 x Lp1 + α2 x Lp2) →
para cabos de bitolas diferentes e em paralelo
onde: L, L1, L2 = distância total do cabo
Lp, Lp1, Lp2 = distância do cabo paralelo
α = constante, ver tabela em anexo
0,8 = constante
2.4 Ruído e Balanceamento
Finalidades do teste de Ruído e Balanceamento
A finalidade de se obter os ruídos metálicos e ruídos para terra é
verificar se estão abaixo dos valores máximos admissíveis e
balanceados.
Definição
“Denomina-se ruído qualquer interferência produzida na faixa
de frequência em utilização.”
Figura 12 – esquemático ruído e balanceamento
“Quando temos ruídos naturais, sob a forma de sinais espúrios
aleatórios, cujo espectro é uniformemente espalha pela faixa do
sistema e com amplitute média constante, denominamos ruído
uniformemente distribuído ou Ruído Branco e semelhante ou
Ruído Término.”
“Quando temos ruídos sob forma de pico de tempos em tempos
isolados e de grande amplitude denominamos Ruídos
Impulsivos.”
O ruído metálico corresponde à potência psofométrica medida
sobre 600Ώ, com a outra extremidade igualmente terminada
em 600Ώ(300Ώ + 300Ώ) ligada à terra.
O ruído para terra corresponde à potência ou tensão
psofométrica medida, em aberto, numa extremidade da linha
telefônica, entre o condutor e o terra, sobre 600Ώ, com a outra
extremidade igualmente terminada em 600Ώ(300Ώ + 300Ώ)
ligada à terra.
O balanceamento de um par telefônico é considerado perfeito
se os seus condutores forem eletricamente simétricos em
relação ao terra..
equipamento de teste: medidor de nível
fórmulas:
Rm >= -70 dbm Rt = >= -10 dbm B = Rt – Rm
onde: Rm = ruído metálico
Rt = ruído para terra
B = balanceamento
2.5 Diafonia
Definição
“Denomina-se Diafonia a fuga de corrente útil de conservação
de um circuito para outro.”
Figura 13 – esquemático do teste de Diafonia
2.6 Teste de Identificação e Continuidade
Finalidades
Determinar a integridade dos cabos telefônicos ponta a aponta.
Os teste devem ser realizados entre:
distribuidores gerais,
armários de distribuição,
caixas de distribuição de edifícios,
caixas terminais de cabos,
nos pontos de transição entre redes novas e existentes
e emendas ou pontas onde forem deixados pares de reserva
para utilização futura.
Para se fazer o teste de continuidade são utilizados 2
dispositivos: um emissor e um receptor de sinal.
Nos casos em que o receptor não conseguir receber o sinal
está havendo interrupção em algum ponto do circuito. Dependendo
da situação o par em teste deverá ser descartado ou recuperado.
Causas prováveis:
1. par aberto total;
2. par aberto parcialmente;
3. curto-circuito entre os condutores do par;
4. curto-circuito para terra, total ou parcial.
A existência de perna pulada não será detectada por este
teste se o número de trocas ocorridas entre os mesmos condutores
for par. Por exemplo:
“Se as linhas dos pares são pulados em uma determinada
emenda e despulados em outra, o número de trocas será igual a 2.
Entretanto este defeito poderá ocasionar diafonia entre os pares em
questão e, somente poderá ser detectada ao se realizar o teste de
diafonia, perda ou retorno com circuito aberto, resposta em
frequência ou impedância de entrada de cabo.”
2.7 Resistência de Isolamento
Finalidade dos testes de Resistência de isolamento
O teste de resistência de isolamento tem por finalidade verificar se o
par está bem isolado eletricamente dos condutores e da blindagem.
Definição
“ A Resistência de Isolamento é definida como o valor da resistência
elétrica, em condições verificadas, entre dois condutores ou entre
um deles e outro ponto qualquer, por exemplo, a blindagem do
cabo.”
No caso de cabos telefônicos multipares a isolação está relacionada
com o meio que separa os condutores (papel, plástico e ar) e a
corrente de fuga que pode passar entre estes. O equipamento
utilizado para este teste é o Megômetro.
Os condutores deverão ser mantidos isolados entre si na
extremidade do cabo oposta àquela em que as medidas serão
realizadas.
Ao se efetuar este teste já com o cabo ligado ao distribuidor geral ou
à caixa terminal, o que se mede, na realidade, é o valor da
resistência equivalente à associação em paralelo da resistência de
isolamento do cabo e da resistência de isolamento obtida nesta
medição.
Eventualmente o valor medido poderá ser inferior ao valor mínimo
admissível, levando-se à rejeição de um cabo que talvez não esteja
defeituoso. Neste caso, quando aplicável, recomenda-se
desconectar dos blocos terminais os pares considerados defeituosos,
e repetir a medida.
Caso sejam confirmados os valores de resistência de isolamento
anteriores obtidos, os pares seguramente estão defeituosos.
Entretanto, caso os valores de resistência obtidos sejam superiores
ao valor mínimo admissível, consideram-se apenas os novos valores
e continua-se a medida nos demais pares do cabo.
Fórmulas: Ri min = R/L
Ri min = _ R1 x R2 _ para cabos com diâmetros deferentes
R1xL2 + R2xL1
onde = R1 e R2 → resistência em ohms
L1 e L2 → comprimento dos trechos em Km
Tabela - RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
GRUPO TIPODE CABO RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO (MΏKm)
1
CTP-APLCTP-APL-SCTA-APLCCE-APLCCECCE-APL-GCTPA-APL-G
15.000
CTP-APL-G
2 CTS-APL-GCTP-FS
10.000
3 CTCT-APL
5.000
4CTP-PBCCICI
600
2.8 Aterramento em rede Telefônica
Procedimento de medição
Com a maior dimensão do aterramento e a partir do centro elétrico
do aterramento, medir uma distância de “C” de acordo com os
valores mínimos constantes na tabela abaixo e cravar a haste auxiliar
de corrente. Caso as dimensões do sistema de aterramento não
sejam conhecidas,mas, se o sentido de construção for conhecido, a
disposição da haste de corrente ve ser feita no sentido oposto do
aterramento.
Quando as dimensões de aterramento não forem conhecidas, a
distância de cravação da haste auxiliar deverá ser arbitrada a 40
mts. Na eventualidade do sistema de aterramento, em questão, tiver
dimensões maiores que as usuais, o que será identificado durante a
medição, a distância da haste auxiliar de corrente deverá ser
aumentada.
Posicionar o medidor próximo ao sistema de aterramento, curto-
circuitar os terminais P1 e C1 ( em medidores de 3 terminais P1 e C1
já estão curto-circuitados internamente) e conectá-los através de um
fio curto ( máximo de 10mts ) ao sistema de aterramento.
Conectar os terminais C2 e P2 às hastes auxiliares de corrente
potencial. Realizar a leitura da resistência de aterramento para essa
configuração e anotar o valor na planilha de medição.
Caso a leitura não apresente boa sensibilidade ( por exemplo: caso
um pequeno deslocamento no valor lido não seja acusado pelo
medidor), é recomendado que as hastes auxiliares sejam molhadas
de maneira a melhorar o seu contato com o solo.
Em seguida mover a haste de potencial a uma distância de “C”/20
(5% de “C”) em direção ao aterramento e realizar nova medição,
anotando o valor obtido. Caso a leitura adicional não varie mais que
5% da primeira leitura, essa pode ser considerada como a resistência
do sistema de aterramento.
Figura 14 – esquema de medição de aterramentos
Caso a segunda leitura varie mais que 5% da primeira leitura, existe
a possibilidade do solo em questão apresentar irregularidade nas
imediações do local de medição, tais como presença de condutores
enterrados, ou proximidade com outros aterramentos ou mesmo,
variação brusca da resistividade do solo. Nesse caso, livre de
irregularidades ou aumentar a distância das hastes de corrente e
potencial.
2.8.1 Aterramento de mensageiro (cordoalha)
É necessário utilizar um dos aterramentos para o mensageiro que
deverá ser projetado de forma a se obter uma resistência
equivalente para terra igual ou inferior 13ohms em qualquer ponto
da rede.
Resistência equivalente é a
resistência apresentada por um dado
ponto do mensageiro em relação à
terra, sendo a resultante da
contribuição de todos os aterramentos conectados a uma rede de
mensageiros.
2.8.2 Aterramento de blindagem
Os aterramentos de blindagem do cabo deverão ter valores de
resistência igual ou inferior a 30 ohms e deverão ser projetados
segundo os critérios a seguir:
no início do trecho do cabo telefônico de rede aérea (subida
lateral), no mesmo ponto que se projetar o armário no caso
de rede flexível ou na primeira emenda aérea, no caso de
rede rígida;
não é necessário projetar aterramentos em subidas de lateral
a menos de 100mts de armários aterrados;
nas pontas dos cabos aéreos, quando os mesmo tiverem
mais de 500mts de comprimento e nas pontas de derivações
dos cabos aéreos, quando as mesmas tiverem mais de 500
mts de comprimento;
não é necessário projetar aterramento de armários a menos
de 100 mts de estações telefônicas;
nos locais onde forem projetados protetores na rede (caixa
terminal com blocos protegidos, terminal de pronto acesso
com blocos protegidos, protetor individual, etc). Neste local a
blindagem do cabo deve ser conectada a esse aterramento
junto com o terminal de terra dos protetores;
para áreas mais expostas às descargas atmosféricas (por
exemplo, áreas rurais), além dos aterramentos de blindagem
determinados anteriormente, deverão ser projetados
aterramentos adicionais para as blindagens a cada 2000
metros.
3. DEFEITOS EM CABOS MULTIPARES
3.1 DEFEITOS RESISTIVOS
3.1.1 TERRA
Um defeito entre “A” e “Terra”, “B” e “Terra” ou ambos os
condutores e “Terra”
figura 15 – Terra
3.1.2 CURTO
Um defeito entre os condutores “A” e “B”
figura 16 – Curto
3.1.3 ATRAVESSADO
Um defeito entre o par desligado (par sob teste) e um outro par
desligado
Figura 17 - atravessado
Nota: Para localizar um “atravessado”, os pares envolvidos devem
ser identificados inicialmente.
3.1.4 ATRAVESSADO DE BATERIA
Um defeito entre um par funcionando e outro desligado.
Nota:
Para localizar um atravessado de bateria, não existe a necessidade
de identificar o par que está funcionando. O procedimento de
localização do defeito é o mesmo que localizar um “terra”, devido à
resistência interna da bateria ao “terra”.
Em um defeito de atravessado sólido, a leitura de voltagem no par
sob teste é bastante alta (a mesma ou muito próxima à voltagem da
bateria da CT), enquanto em um defeito de atravessado não-sólido a
leitura da voltagem é muito menor.
Figura 18 – atravessado de bateria
3.2 DEFEITOS CAPACITIVOS
3.2.1 ABERTO COMPLETO
Um defeito onde um condutor é cortado completamente
figura 19 – aberto completo
3.2.2 ABERTO PARCIAL
Um defeito onde um caminho de resistência alta se desenvolveu em
um condutor.( Ex.: emenda corroída ).
figura 20 – aberto parcial
3.2.3 ABERTO SUJO
Qualquer combinação de defeito “ CAPACITIVO “ e um “ RESISTIVO “.
3.2.4 TROCADO
Um erro na emenda onde um condutor de um par (normalmente a
linha “A” por causa da mesma cor) é emendado uma linha “A” de um
outro par. Figura 22 - trocado
4 Instrumentos de Testes
4.1 Megômetro (Megger)
O megôhmetro é um instrumento de medidas elétricas destinado à
medição da resistência de isolamento dos dispositivos ou
equipamentos elétricos (motores, transformadores, redes
deeletrodutos metálicos, cabos, etc...). Essa resistência de
isolamento é normalmente de valores elevados, na ordem de
megohms (M). O valor de 1 M= 1 000 000 .
Basicamente, os megôhmetros são constituídos pelos seguintes
componentes:
A - Galvanômetro com bobinas cruzadas (A);
B - Bobinas móveis cruzadas (B e B1);
C - Gerador de CC manual de 500 ou 1000 V (C);
D - Regulador de tensão;
E - Ponteiro;
F - Escala graduada;
G - Bornes para conexões externas (L e T);
H- Resistores de amortecimento (R e R1).
O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio
eletrodinâmico com bobinas cruzadas, tendo como pólo fixo, um imã
permanente e como pólos móveis as bobinas B e B1.
Quando a manivela do gerador de CC é girada obtêm-se uma tensão
de valor variável, de acordo com a velocidade que esteja sendo
imprimida à manivela. Essa tensão é enviada ao regulador de tensão
que a estabiliza em 500 ou 1000 V, sendo enviada aos bornes L e T.
Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente
somente pela bobina B, que recebe tensão através do resistor de
amortecimento R. O campo magnético criado por essa bobina B um
deslocamento do conjunto de bobinas móveis, levando o ponteiro
para o ponto infinito da escala graduada.
Se os bornes L e T estiverem fechados em curto circuito haverá
circulação de corrente também pela bobina B1, que receberá tensão
através do resistor de amortecimento R1.
O campo magnético criado pela bobina B1 será forte e oposto ao
criado pela bobina, o que fará com que o conjunto de bobinas
móveis se desloque para outro lado, levando o ponteiro para o
ponto zero da escala graduada.
Se os bornes L e T forem fechados através de um resistor Rx de valor
elevado, a corrente que fluirá pela bobina B1 terá uma intensidade
menor, ocasionada pela queda de tensão no resistor Rx.
O campo magnético criado pela bobina B1 terá uma intensidade
menor, porém ainda em oposição ao campo criado pela bobina B.
Nessa situação o conjunto móvel se deslocará levando o ponteiro
para um ponto intermediário da escala graduada. Esse ponto
intermediário é o valor da resistência ôhmica do resistor Rx.
A escala do megôhmetro é graduada em megohms e a sua
graduação não é homogênea.
A leitura da escala graduada do megômetro é direta, ou seja, basta
localizar a posição do ponteiro sobre a escala graduada e fazer a
leitura.]
- O ponteiro está localizado sobre o número 20. Portanto, Ri = 20
M.
- O ponteiro está localizado sobre o número 1,4. Portanto, Ri = 1,4
M.
4.2 MULTÍMETRO
4.2.1 OBJETIVOS
1- Aprender a utilizar o multímetro
2- Fazer algumas medições com o multímetro.
4.2.2 INTRODUÇÃO
O multímetro (figura 1) é um dispositivo eletrônico
normalmente utilizado para medir tensão elétrica, corrente elétrica
e resistência. Para isto, o multímetro conta com três modos de
operação que basicamente o transforma em três aparelhos de
medida:
Voltímetro
Amperímetro e
Ohmímetro
Figura 1- Ilustração de um multímetro.
No modo “voltímetro”, o multímetro pode ser utilizado para
medir tensões alternadas (AC) ou contínuas (DC).
No modo “amperímetro”, o multímetro pode ser utilizado
para medir correntes alternadas ou contínuas.
No modo “ohmímetro”, o multímetro pode ser utilizado para
medir resistência ôhmica.
Adicionalmente, alguns multímetros podem oferecer a
possibilidade de outras medições, tais como: freqüência e
capacitância.
4.2.3 ASPECTOS TEÓRICOS
Para efetuar medições de tensão, corrente e resistência
ôhmica o multímetro analógico se vale de um mesmo dispositivo
elétrico-mecânico: o galvanômetro. O galvanômetro é um
dispositivo composto por uma bobina, um imã permanente,
ponteiro e uma mola (fig 2).
Figura 2. Ilustração de um galvanômetro.
Quando uma corrente flui na bobina, o imã exerce um torque
(na bobina) que é proporcional à corrente, levando-a girar. A
deflexão apresentada na escala é proporcional à corrente na bobina.
Um voltímetro consiste de um galvanômetro com uma alta
resistência em série (figura 3a). Para medir a queda de tensão
através de um resistor, o voltímetro é colocado em paralelo com o
resistor (figura 3b).
Figura 3. Ilustração da montagem de um voltímetro.
Em “a”, Rs representa uma alta resistência em série. Rg representa a
resistência intrínseca do galvanômetro.
À direita em “a”, temos o símbolo esquemático do
voltímetro. Em “b” ilustra-se como se conecta o voltímetro para
medir a queda no resistor R (pontos “a” e “b” do circuito).
O amperímetro consiste de um galvanômetro com uma
pequena resistência em paralelo (figura 4a). Para medir a corrente
no resistor R, o amperímetro é colocado em série com o resistor
(figura 4b)
Figura 4. Ilustração da montagem de um amperímetro.
Rp representa uma pequena resistência em paralelo com o
galvanômetro. Em “b” ilustra-se como se conecta o amperímetro
para medir a corrente que passa através do resistor R.
O ohmímetro consiste de uma bateria em série com o
galvanômetro e um resistor de valor conhecido (figura 5). Quando
há um curto circuito (resistência zero) entre pontos “a” e “b”, o
galvanômetro indica deflexão de fundo de escala (deflexão máxima).
Para valores de resistência diferente de zero, a deflexão é
proporcional à resistência.
Figura 5. Ilustração de um Ohmímetro.
Vale a pena mencionar que há também os multímetros
digitais. Este tipo de multímetro normalmente se vale de um
dispositivo eletrônico bastante versátil: o amplificador operacional.
Dada a complexidade de funcionamento deste dispositivo, não
iremos nos aprofundar no funcionamento do multímetro digital.
Porém, de maneira simplificada, ele se baseia principalmente
na alta resistência de entrada deste dispositivo, o qual muda seu
ganho de tensão em função da tensão, corrente ou resistência a ele
aplicados.
4.2.4 ASPECTOS PRÁTICOS
No intuito de simplificar a descrição dos aspectos práticos,
vamos assumir que iremos medir resistência, tensão e corrente em
um resistor de prova.
O multímetro possui duas pontas de prova que são utilizadas para
fazer contato elétrico e mecânico com o resistor de prova. Contudo,
para operar um multímetro temos que ter em mente o seguinte:
1) Para medir tensão e resistência, as pontas de prova devem ser
colocadas de modo que o multímetro fique em paralelo com o
resistor prova.
2) Para medir corrente as pontas de prova devem ser colocadas de
modo que o multímetro fique em série com o resistor de prova.
3) O modo de operação (tensão, corrente ou resistência) deve ser
criteriosamente escolhido no seletor do multímetro, tomando-se
o cuidado de verificar a conecção correta da ponta de prova.
4) A utilização incorreta do modo de operação do multímetro (ex:
medir tensão quando estiver no modo corrente) pode levar a
uma queima irreversível do multímetro.
4.2.5 PARTE PRÁTICA
4.2.5.1 Medições com o Multímetro
Observe atentamente o multímetro digital e o multímetro analógico
procurando identificar:
1) Botão liga/desliga
2) As entradas das pontas de prova.
3) O controles de seleção de modo (tensão, corrente, Ohms, AC/DC
etc)
4) Escalas.
4.2.5.2 Preparação para as medições.
Utilize inicialmente o multímetro digital.
Ajuste-o para medir resistência.
Utilize o código de cores abaixo para confirmar os valores das
resistências que serão medidas.
Siga as instruções abaixo passo a passo.
Ajustes iniciais:
1- Ligar o multímetro
2- Meça as resistências que estão na bancada e faça uma tabela
Valor Lido X Cores da Resistência.
3- Ajuste o multímetro para medir tensão DC (pilhas de 1,5 V),
verificando a correta conecção da ponta de prova e a escala.
4- Meça a tensão de cada pilha que esta na bancada e anote
seus valores.
5- Meça a tensão em cada uma das associações de pilhas da
figura abaixo. Anote e discuta com o professor os valores
medidos
6- Ajuste o multímetro para medir corrente DC.
7- Monte os circuitos abaixo e meça a corrente em cada um
deles.
8- Repita algumas medições de resistência utilizando o
multímetro analógico. Verifique escala, conecções da ponta
de prova etc (fale com o professor em caso de dúvida).
9- Meça a tensão de uma pilha de 1,5 V utilizando o multímetro
analógico. Cuidado com a escala.
4.3 CAPACÍMETRO
4.3.1Procedimentos de teste
Selecione a escala desejada através da chave seletora de escala.
Certifique-se que o circuito a ser testado esteja desligado e com os
capacitores descarregados. No caso de um capacitor individual
(avulso), ele também deverá estar descarregado. A linha telefônica
por si só é um capacitor.
Para descarregar um capacitor, deve-se ligar um resistor de 100 ou
Ohm entre os seus terminais, pois quando se coloca diretamente em
curto-circuito os seus terminais, poderão ocorrer danos ao dielétrico
do mesmo.
Aplique as pontas de prova ao capacitor ou insira os seus terminais
no soquete do instrumento.
Quando o capacitor a ser medido apresentar polaridade definida,
deve-se ligar o terminal positivo do capacitor na entrada positiva (+)
do instrumento e o negativo na entrada negativa (-). Isto se deve ao
fato de existir uma pequena tensão contínua nos terminais de saída
do instrumento, estando o maior potencial no positivo (+) e o menor
no negativo (-).
Pressione o botão 'TEST' para efetuar a leitura.
O valor exibido no visor, somado à unidade da escala selecionada,
corresponde diretamente ao valor da capacitância, não sendo
necessário o uso de multiplicadores ou interpolação de valores.
- Escalas do Capacímetro