23
Governo do Estado de Minas Gerais Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão Auditoria-Geral do Estado Manual do Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar com a Administração Pública Estadual CAFIMP

cartilha_cafimp_0.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: cartilha_cafimp_0.pdf

Governo do Estado de Minas GeraisSecretaria de Estado de Planejamento e GestãoAuditoria-Geral do Estado

Manual do Cadastrode Fornecedores

Impedidos de Licitare Contratar com a

AdministraçãoPública Estadual

CAFIMP

capa_cafimp_final - 291007.qxp 5/11/2007 17:51 Page 1

Page 2: cartilha_cafimp_0.pdf

Governo do Estado de Minas Gerais

Manual do Cadastro de FornecedoresImpedidos de Licitar e Contratar com a

Administração Pública Estadual

Secretaria de Estado de Planejamento e GestãoAuditoria-Geral do Estado

1

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 1

Page 3: cartilha_cafimp_0.pdf

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Aécio Neves da CunhaGovernador do Estado de Minas Gerais

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO EGESTÃO

Renata Maria Paes de VilhenaSecretária de Estado

AUDITORIA-GERAL DO ESTADO

Maria Celeste Morais GuimarãesAuditora-Geral

ElaboraçãoLauanda Ricaldoni Lima Nunes Avelar

Luciana Palmeira BragaMaria José de Almeida Clementino

Revisão e AtualizaçãoJoão Paulo Chaves Moscardini

Assessor-Jurídico

Projeto GráficoWalkiria Guimarães

Mônica Maria Melillo Lima

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 2

Page 4: cartilha_cafimp_0.pdf

APRESENTAÇÃO

A Lei nº. 13.994, de 18 de setembro de 2001, instituiu oCadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar coma Administração Pública Estadual - CAFIMP, constituindo-se emum mecanismo extremamente relevante para possibilitar o cont-role eficaz daqueles fornecedores, pessoas físicas ou jurídicas, quenão atenderem adequadamente às necessidades da AdministraçãoPública Estadual, criando-se os instrumentos legais para impedi-losde comparecer às licitações e às contratações com essa mesmaAdministração.

Portanto, o presente trabalho tem por finalidade estabele-cer as rotinas e procedimentos a serem adotados pelosAdministradores Públicos nas hipóteses de aplicação das penali-dades estabelecidas nos artigos 87, da Lei Federal nº. 8.666, de 21de junho de 1993, e 7º, da Lei Federal nº. 10.520, de 10 de janeirode 2002, suplementadas, no plano da competência normativaEstadual, pelo Decreto nº. 44.431, de 29 de dezembro de 2006,mediante a correta instrução do processo administrativo punitivo.

33

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 3

Page 5: cartilha_cafimp_0.pdf

SUMÁRIO

1. DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES ........................................... 71.1. Das espécies de sanção ............................................................ 7

1.1.1 Da advertência .....................................................................81.1.2 Da multa................................................................................ 81.1.3 Da suspensão temporária do direito de participar de

licitação e de contratar com a Administração Pública Estadual...................................................................................9

1.1.4 Da declaração de inidoneidade para licitar ou contratarcom a Administração Pública Estadual.....................................10

2. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PUNITIVO...................... 112.1. Do recebimento do objeto .................................................... 112.2. Da instauração do processo administrativo punitivo ........132.3. Da aplicação da penalidade ..................................................... 17

3. DA INCLUSÃO DO FORNECEDOR NO CAFIMP.................. 183.1. Das situações passíveis de inscrição no CAFIMP............... 183.2. Da inscrição no CAFIMP ........................................................ 193.3. Da consulta .............................................................................. 203.4. Da exclusão ............................................................................... 21

5

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 5

Page 6: cartilha_cafimp_0.pdf

1. DA APLICAÇÃO DE PENALIDADES

1.1. Das espécies de sanção

A Lei nº. 8.666, de 21 de junho de 1993, estabelece, em seuartigo 87, as seguintes espécies de sanções administrativas a seremaplicadas aos fornecedores que não cumprirem, parcial ou total-mente, as obrigações contratadas:

a) advertência;b) multa;c) suspensão temporária de participação em licitação e

impedimento de contratar com a Administração;d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com

a Administração Pública.

O artigo 7º da Lei nº. 10.520, de 17 de julho de 2002, adi-ciona outras hipóteses que ensejam o impedimento de licitar,mesma penalidade prevista no artigo 87, inciso III da Lei nº.8.666/93; no entanto, o dispositivo da chamada Lei do Pregãoestende o seu prazo em até 05 (cinco) anos, como se constataliteralmente:

"Art. 7º - Quem, convocado dentro do prazo de validade dasua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apre-sentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retar-damento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, fal-har ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modoinidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e con-tratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, serádescredenciado no SICAF, ou nos sistemas de cadastramento defornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º desta Lei, pelo

7

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 7

Page 7: cartilha_cafimp_0.pdf

prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas emedital e no contrato e das demais cominações legais."

Tais penalidades, contudo, somente poderão ser aplicadasapós a realização de uma série de atos por parte da Administração,que compõem o denominado Processo Administrativo Punitivo,previsto na Lei Federal n°. 8.666/93 e nas Leis Estaduais n°.13.994/01 e 14.184/02, regulamentadas pelo Decreto nº. 44.431,de 29 de dezembro de 2006, devendo o mesmo ser informadopelos princípios do devido processo legal, da bilateralidade, docontraditório e da ampla defesa, garantidos constitucionalmenteno artigo 5º, incisos LIV e LV.

1.1.1 Da advertência

A advertência consiste numa sanção de menor gravidade, aser utilizada como uma comunicação formal da AdministraçãoPública ao fornecedor sobre as inexecuções observadas nocumprimento do contrato, contendo também a determinação dasmedidas corretivas a serem adotadas.

1.1.2 Da multa

A demora injustificada na execução da prestação contratualacarreta, como sanção primeira, a incidência de multa, que poderáser aplicada cumulativamente com as demais espécies san-cionatórias.

O inciso II do artigo 18 do Decreto nº. 44.431, de 29 dedezembro de 2006, estabelece os limites máximos para aplicaçãoda multa, quais sejam:

8

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 8

Page 8: cartilha_cafimp_0.pdf

0,3% (três décimos por cento) por dia, até o trigésimodia de atraso, sobre o valor do fornecimento ou serviço não real-izado, ou sobre a etapa do cronograma físico de obras não cumprida;

10% (dez por cento) sobre o valor da nota de empen-ho ou do contrato, em caso de recusa do adjudicatário em efetu-ar o reforço de garantia;

20% (vinte por cento) sobre o valor do fornecimento,serviço ou obra não realizada, no caso de atraso superior a 30(trinta) dias, ou entrega de objeto com vícios ou defeitos ocultosque o tornem impróprio ao uso a que é destinado, ou diminuam-lhe o valor ou, ainda, fora das especificações contratadas.

Portanto, deverá o instrumento convocatório especificar ascondições de aplicação da multa, bem como o seu instrumentocontratual estabelecer um prazo de tolerância, que uma vez esgo-tado ensejará a cobrança da mesma.

1.1.3 Da suspensão temporária de participação em licitação eimpedimento de contratar com a Administração Pública Estadual

A suspensão temporária de participação impedirá o fornece-dor de licitar e contratar com a Administração Pública Estadual.

O Decreto nº. 44.431, de 29 de dezembro de 2006, em seuartigo 24, regulamenta as hipóteses de incidência ensejadoras daaplicação desta sanção e também estabelece, de forma nãoperemptória, no artigo 26, § 1º, os prazos de sua duração, por tipode infração.

A suspensão temporária impedirá o fornecedor de licitar e contratarcom a Administração Pública Estadual pelos seguintes prazos:

9

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 9

Page 9: cartilha_cafimp_0.pdf

06 (seis) meses, nos casos de:alteração de substância, qualidade ou quantidade da mer

cadoria fornecida;prestação de serviço de baixa qualidade; 12 (doze) meses, no caso de descumprimento de especificação técnica relativa a bem, serviço ou obra prevista emcontrato; 24 (vinte e quatro) meses, nos casos de:

retardamento imotivado da execução de obra, de serviço, ou de suas parcelas, ou de fornecimento de bens;

paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento do bem, sem justa causa e prévia comunicação à Administração Pública Estadual;

entrega de mercadoria falsificada, furtada, deteriorada, danificada ou inadequada para o uso, como se verdadeiraou perfeita fosse;

praticar ato ilícito visando frustrar os objetivos de lici-tação no âmbito da Administração Pública Estadual; ou

sofrer condenação definitiva por praticar, por meiodoloso, fraude fiscal no recolhimento de qualquer tributo.

Em se tratando de licitação na modalidade Pregão, seráobservado o prazo definido no artigo 12 da Lei Estadual nº. 14.167,de 10 de janeiro de 2002, que será de até 5 (cinco) anos.

1.1.4 Da declaração de inidoneidade para licitar ou contratarcom a Administração Pública

Será declarado inidôneo, ficando impedido de licitar e con-tratar com Administração Pública Estadual, por tempo indetermi-nado, o fornecedor que demonstrar não possuir idoneidade paratanto, em virtude de ato ilícito praticado, conforme dispõe o artigo26, § 2º., do Decreto nº. 44.431, de 29 de dezembro de 2006.

10

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 10

Page 10: cartilha_cafimp_0.pdf

2. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PUNITIVO

Conforme dispõe o artigo 67 da Lei nº. 8.666/93, a execuçãodo contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um repre-sentante da Administração especialmente designado, permitida acontratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de infor-mações pertinentes a essa atribuição.

Nesse sentido, a unidade contratante interessada indicaráobrigatoriamente um representante para exercer a função deGestor do Contrato ou uma Comissão de Recebimento, esta últi-ma nos termos do artigo 15, § 8° da Lei nº. 8.666/93, que seráresponsável por acompanhar e fiscalizar sua execução, proceden-do ao registro das ocorrências e adotando as providênciasnecessárias ao seu correto cumprimento, conforme critérios dequalidade, rendimento, economicidade e eficiência, entre outrosprevistos no instrumento convocatório ou no contrato.

2.1. Do recebimento do objeto

O responsável pelo recebimento, quando observar irregu-laridades na entrega do objeto contratado ou na execução doserviço, que apontem a possibilidade de aplicação das sançõesdescritas no item 1, deverá registrar as ocorrências, por meio delaudo de inspeção, relatório de acompanhamento ou de recebi-mento, ou parecer técnico fundamentado.

Compete ao Gestor do Contrato ou à Comissão deRecebimento solicitar ao contratado e a seus prepostos, ou obterda Administração, tempestivamente, todas as informações, docu-mentos ou providências necessárias à boa execução do contrato,e ainda:

11

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 11

Page 11: cartilha_cafimp_0.pdf

Conferir se o material entregue atende integralmente à especificação do edital, inclusive em relação às unidades e àsquantidades que foram entregues;

Assegurar-se de que o número de empregados alocadosao serviço pela contratada é suficiente e adequado ao bomdesempenho dos serviços;

Documentar as ocorrências havidas e a freqüência dosempregados em registro próprio, firmado juntamente como preposto do contratado;

Fiscalizar o cumprimento das obrigações e encargos soci-ais e trabalhistas pelo contratado, compatível com o objetodo contrato e os registros previstos na alínea anterior, noque se refere ao pessoal e à execução do contrato;

Determinar providências ao contratado para correção deeventuais falhas ou defeitos observados, devendo, quandofor o caso, encaminhar toda documentação ao ordenadorde despesas para que este possa notificá-lo sobre possívelaplicação de sanção administrativa, para fins de defesaprévia;

Emitir laudos de inspeção, relatórios de acompanhamen-to ou de recebimento, pareceres técnicos fundamentadosinformando as ocorrências observadas na entrega do mate-rial ou na execução do serviço, quando for verificada algu-ma deficiência, ou, caso contrário, atestando a regularidadedo objeto entregue àquele requerido no contrato.

Em síntese, o recebimento do objeto contratual deveráobservar as normas da Lei nº. 8.666/93 e as demais condições fix-adas no instrumento convocatório e/ou contrato, bem como as daLei Estadual nº. 13.994/01. Desta forma, deve o Gestor doContrato ou a Comissão de Recebimento proceder à verificaçãode todas as condições estabelecidas e, em caso de fornecimentoem desacordo com as condições pré-estabelecidas, encaminhar

12

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 12

Page 12: cartilha_cafimp_0.pdf

notificações ou solicitações, por meio de ofício ou qualquer outraforma escrita - e-mail, fax, telegrama, carta com aviso de recebi-mento, etc., fixando prazo para que o fornecedor promova areparação, correção, substituição ou a entrega imediata do objetocontratado, na tentativa de se evitar o processo administrativopunitivo.

Ressalte-se que o Gestor do Contrato ou a Comissão deRecebimento deverá guardar cópia de todas as notificações ousolicitações encaminhadas aos fornecedores, já que, caso sejainstaurado o processo administrativo punitivo, tais documentosdeverão ser anexados a este, conforme o disposto na alínea "b",do inciso IV, do art. 22, do Decreto Estadual nº. 44.431/06.

Caso o fornecedor, dentro do prazo que lhe for dado, nadafizer, deverá o Gestor do Contrato ou a Comissão deRecebimento comunicar ao Ordenador de Despesas, através deum parecer técnico fundamentado, o fato ocorrido, discorrendosobre todos os fatos, as tentativas realizadas no sentido de solu-cionar o problema, que restaram frustradas, bem como a recomen-dação da instauração do competente processo administrativo.

2.2. Da instauração do processo administrativo punitivo

Ao Ordenador de Despesas, após o conhecimento do pare-cer técnico fundamentado, caberá a instauração do processoadministrativo punitivo, nos termos do § 1º do artigo 19 doDecreto nº. 44.431/06, separado do processo licitatório, autuadoe numerado, instruindo-o com os seguintes documentos:

a. parecer técnico fundamentado, emitido pelo servidor públi-co responsável, acerca do fato ocorrido, nos termos doartigo 19 do Decreto nº. 44.431/06;

b. notificação da ocorrência encaminhada ao fornecedor, pelaautoridade competente, com a exposição dos motivos que

13

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 13

Page 13: cartilha_cafimp_0.pdf

a ensejaram, bem como dos prazos para defesa e a indicaçãodas sanções cabíveis, nos termos dos artigos 19 e 20 doDecreto nº. 44.431/06;

c. cópia do contrato ou instrumento equivalente;

d. documentos que comprovem o descumprimento da obri-gação assumida, tais como:

- cópia da nota fiscal, contendo atestado de recebimento;- as notificações ou solicitações não atendidas; ou- laudo de inspeção, relatório de acompanhamento ou de rece-

bimento e parecer técnico emitidos pelos responsáveis pelorecebimento ou fiscalização do contrato;

e. defesa apresentada pelo fornecedor contra a notificação, sehouver;

f. decisão do Ordenador de Despesas quanto às razões apre-sentadas pelo fornecedor e a aplicação da sanção ou decisãodo Secretário de Estado ou, nos termos de lei, de autori-dade a ele equivalente, nos casos em que a sanção for a dedeclaração de inidoneidade;

g. cópia da notificação encaminhada ao fornecedor sobre aaplicação da penalidade, nos termos do artigo 20, § 1º, doDecreto nº. 44.431/06;

h. recurso ou pedido de reconsideração interposto pelofornecedor, se houver;

i. parecer técnico-jurídico sobre o eventual recurso ou pedidode reconsideração;

j. decisão sobre o recurso ou pedido de reconsideração inter-posto, se houver; e

k. extratos das publicações no órgão oficial dos Poderes doEstado.

Consoante o artigo 62, § 2º, da Lei nº. 8.666/93, não se tratan-do de concorrência, tomada de preços, dispensa ou inexigibilidade, o

14

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 14

Page 14: cartilha_cafimp_0.pdf

termo de contrato poderá ser substituído pela nota de empenhode despesa, autorização de compra ou ordem de execução deserviço.

Cabe ressaltar que, nos casos em que o objeto do contratoseja tecnicamente complexo, não tendo o Gestor do Contrato oua Comissão de Recebimento conhecimento suficiente para analisá-lo, deverá o recebimento do objeto ser por ele efetuado somenteapós emissão de parecer técnico, a ser elaborado por servidoresdo órgão contratante, qualificados e capacitados para tanto.

Entende-se que caso o órgão não apresente corpo técnicoespecializado para tal avaliação, esta poderá ser solicitada a outroórgão da Administração Pública ou empresa do setor privado, quedetenha as condições técnicas necessárias.

Conforme disposto no artigo 19, § 1º, do Decreto nº.44.431/06, após a instauração do processo, o Ordenador deDespesas deverá notificar, por escrito, o fornecedor sobre osmotivos ensejadores da sanção, a espécie a ser aplicada e o prazode 05 (cinco) dias úteis para oferecimento da defesa prévia.

Consoante o artigo 19, § 2º., do Decreto nº. 44.431/06, anotificação será enviada, com aviso de recebimento, para oendereço eletrônico dos representantes credenciados, ou dofornecedor cadastrado; ou pelo correio, com aviso de recebimen-to; ou entregue ao fornecedor mediante recibo; ou, na suaimpossibilidade, será publicada no Órgão Oficial dos Poderes doEstado quando começará a contar o prazo de 5 (cinco) dias úteispara apresentação de defesa prévia, e deverá conter:

a. a identificação da pessoa física ou jurídica, sendo que paraesta última deverá indicar também o nome do responsávellegal;

b. a sua finalidade;c. a data, a hora e o local para manifestação do intimado;d. indicação da necessidade de o intimado atender à notificação

pessoalmente ou a possibilidade de se fazer representar;

15

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 15

Page 15: cartilha_cafimp_0.pdf

e. informação sobre a continuidade do processo, independen-temente da manifestação do intimado;

f. a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.g. indicação da sanção a ser aplicada e sua gradação, nos ter-

mos da Lei nº. 8.666/93, da Lei nº. 10.520/02 ou da Leiestadual nº. 13.994/01.

Na impossibilidade de se notificar o fornecedor pessoal-mente, o extrato da notificação deverá ser publicado no DiárioOficial, quando começará a contar o prazo para apresentação dadefesa prévia.

É importante ressaltar que, apesar da discricionariedade doOrdenador de Despesas na escolha da sanção, esta deverá se pau-tar pelos Princípios da Proporcionalidade e Razoabilidade, ou seja,a gradação da sanção a ser aplicada deve manter correspondênciacom o nível de gravidade da conduta praticada.

A defesa prévia deverá ser endereçada ao Ordenador deDespesas, devendo este analisar sua procedência ou não. Casohaja necessidade de se comprovar as alegações feitas pelo notifica-do, a referida autoridade administrativa poderá determinar algu-mas diligências a fim de certificar a sua decisão.

Se o Ordenador de Despesas aceitar a justificativa dofornecedor e este reparar seu erro e restituir a Administraçãopelos prejuízos causados, deverá o processo administrativo puniti-vo ser arquivado.

Entretanto, se o fornecedor não apresentar defesa prévia,ou se o Ordenador de Despesas não acolher as razões contidas nadefesa apresentada, este deverá expressar sua decisão por escrito,contendo a exposição resumida dos fatos alegados pelo fornece-dor, a análise da argumentação da defesa considerada por eleimprocedente, e os dispositivos legais basilares de sua decisão.

16

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 16

Page 16: cartilha_cafimp_0.pdf

2.3. Da aplicação da penalidade

Após aplicar a penalidade cabível ao fornecedor, oOrdenador de Despesas deverá publicar o extrato de sua decisãono Diário Oficial do Estado.

O fornecedor será informado por ofício, acompanhado decópia da decisão, ou por carta com aviso de recebimento, tendo oprazo de 05 (cinco) dias úteis para interpor recurso.

Quando se tratar de declaração de inidoneidade, nos ter-mos do inciso III, do artigo 109, da Lei nº. 8.666/93, o processoinstruído deverá ser remetido ao Secretário de Estado, ou aautoridade a ele equivalente, para que este aplique esta penalidade,podendo o fornecedor, neste caso, oferecer pedido de reconsid-eração dentro do prazo de 10 (dez) dias úteis, a ser decidido, tam-bém, pela referida autoridade.

A decisão do recurso caberá à autoridade imediatamentesuperior ao Ordenador de Despesas e será exarada após emissãode parecer da Assessoria Jurídica sobre a questão.

Já o pedido de reconsideração será decidido pelo próprioSecretário de Estado ou autoridade equivalente, também apósanálise e emissão de parecer da Assessoria Jurídica.

Os extratos das decisões administrativas deverão ser publi-cados no Diário Oficial.

O processo administrativo se encerra após a publicação dadecisão final, cabendo recurso da mesma somente ao PoderJudiciário.

17

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 17

Page 17: cartilha_cafimp_0.pdf

3. DA INCLUSÃO DO FORNECEDOR NO CAFIMP

3.1. Das situações passíveis de inscrição no CAFIMP

O fornecedor será inscrito no CAFIMP, por determinaçãoda Auditoria-Geral do Estado, nas seguintes situações:

a. descumprir ou cumprir parcialmente obrigação decorrentede contrato firmado com a Administração Pública Estadual;

b. tenha praticado ato ilícito visando frustrar os objetivos delicitação no âmbito da Administração Pública Estadual;

c. tenha sofrido condenação definitiva por praticar, por meiodoloso, fraude fiscal no recolhimento de qualquer tributo;

d. demonstrar não possuir idoneidade para contratar com aAdministração Pública em virtude de ato ilícito praticado;

e. estar cumprindo penalidade prevista nos incisos III ou IV doartigo 87 da Lei Federal nº. 8.666, de 21 de junho de 1993,na data de vigência do Decreto Estadual nº. 44.431/06.

Consoante o artigo 25 do Decreto n°. 44.431/06, são con-sideradas situações caracterizadoras de descumprimento total ouparcial de obrigações contratuais os seguintes casos:

a. não atendimento às especificações técnicas relativas a bens,serviços ou obra prevista em contrato ou instrumentoequivalente;

b. retardamento imotivado de fornecimento de bens, da exe-cução de obra, de serviço, ou de suas parcelas;

c. paralisação de obra, de serviço ou de fornecimento de bens,sem justa causa e prévia comunicação à Administração

18

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 18

Page 18: cartilha_cafimp_0.pdf

Pública Estadual;d. entrega de mercadoria falsificada, furtada, deteriorada, danificada ou

inadequada para o uso, como se verdadeira ou perfeitafosse;

e. alteração de substância, qualidade ou quantidade da mer-cadoria fornecida;

f. prestação de serviço de baixa qualidade;g. não assinatura de contrato decorrente de Ata de Registro

de Preços nos prazos estabelecidos em edital, frustrando ouretardando o fornecimento.

3.2. Da inscrição no CAFIMP

O Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar eContratar com a Administração Pública Estadual - CAFIMP éúnico, na forma do artigo 1º da Lei Estadual nº. 13.994, de 18 desetembro de 2001, e será gerido pela Auditoria-Geral do Estado,ficando os fornecedores nele inscritos impedidos de licitar e con-tratar com os órgãos e entidades da Administração PúblicaEstadual.

Sendo assim, tendo em vista o disposto no artigo 7º da Leinº. 13.994/01, deverão os órgãos dos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário encaminhar à Auditoria Geral do Estado -AUGE, até o quinto dia útil de cada mês, a relação das pessoas físi-cas, bem como das pessoas jurídicas e de seus diretores, sócios-gerentes e controladores, que deverão ser incluídos no CAFIMP,bem como os respectivos processos administrativos punitivos.

O encaminhamento da relação a que se refere o parágrafoanterior será de responsabilidade da autoridade administrativa doórgão ou entidade do Poder Executivo e, nos casos de inscriçãopor solicitação dos demais Poderes, o processo será encaminhado

19

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 19

Page 19: cartilha_cafimp_0.pdf

à Auditoria-Geral do Estado pelo respectivo titular.A relação em referência deverá conter:

a. nome ou razão social do fornecedor;b. número de cadastro de pessoa física ou jurídica no

Ministério da Fazenda- CPF ou CNPJ;c. número do contrato;d. descrição da inadimplência contratual;e. sanção aplicada, com o respectivo prazo de vigência.

A contagem dos prazos de impedimento decorrentes dassanções aplicadas, na forma do § 2º, do artigo 28 do Decreto nº.44.431/06, terá início a partir da data de publicação do despachodo Auditor-Geral do Estado, no Órgão Oficial do Estado, ratifican-do a decisão administrativa e determinando a inclusão do fornece-dor ou prestador no CAFIMP.

3.3. Da consulta

A consulta ao CAFIMP poderá ser realizada por meioeletrônico, através dos sites www.compras.mg.gov.br e www.audi-toriageral.mg.gov.br, onde estarão disponíveis, dentre outras, asseguintes informações do fornecedor penalizado:

a. nome ou razão social e número de inscrição no CadastroNacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ ou no Cadastro dePessoas Físicas - CPF, do fornecedor;

b. nome e CPF de todos os sócios, no caso de pessoa jurídica;c. sanção aplicada, com os respectivos prazos de impedimento;d. eventuais penas cumulativas;e. órgão ou entidade e autoridade que aplicou a sanção;f. número do processo;g. data da publicação do despacho do Auditor-Geral do Estado.

20

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 20

Page 20: cartilha_cafimp_0.pdf

Segundo disposto no artigo 32 do Decreto nº. 44.431/06, éobrigatória a consulta prévia ao CAFIMP para:

a. realização de pagamentos;b. celebração de convênios, acordos, ajustes, contratos e

respectivos aditamentos, que envolvam desembolso, a qual-quer título, de recursos públicos;

c. habilitação em processo licitatório.

3.4. Da exclusão

O fornecedor será excluído do CAFIMP nos seguintescasos:

a. expirado o prazo da suspensão, desde que cumpridas inte-gralmente as punições impostas;

b. a pedido do fornecedor declarado inidôneo, decorrido oprazo mínimo de 02 (dois) anos, desde que reabilitado pelaAdministração Pública Estadual, na forma que dispõe o § 3ºdo artigo 87 da Lei Federal nº. 8.666/93; ou

c. por determinação judicial.

21

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 21

Page 21: cartilha_cafimp_0.pdf

Em caso de dúvidas, entre em contato conosco:

Auditoria-Geral do EstadoAssessoria JurídicaAv. Álvares Cabral, 200 - Centro30.170-000 - Belo Horizonte - Minas GeraisFone: 3235-8006 - Fax: 3235-8028Site: www.auditoriageral.mg.gov.bre-mail: [email protected]

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 23

Page 22: cartilha_cafimp_0.pdf

24

cartilha_cafimp -051107waldenia.qxp 5/11/2007 18:05 Page 24

Page 23: cartilha_cafimp_0.pdf

Governo do Estado de Minas GeraisSecretaria de Estado de Planejamento e GestãoAuditoria-Geral do Estado

Manual do Cadastrode Fornecedores

Impedidos de Licitare Contratar com a

AdministraçãoPública Estadual

CAFIMP

capa_cafimp_final - 291007.qxp 5/11/2007 17:51 Page 1