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(45) 3097-4512 Pronto Atendimento 24h Cascavel, 25 de setembro de 2020 Ano XXIV - Nº 2.266 - R$ 3,00 [email protected] Cinturão do ouro 45 99921-0456 45 3333-9999 www.hyundaivetor.com.br Áreas rurais no entorno de Cascavel angem o maior valor histórico; preço do alqueire pode chegar a R$ 1 milhão com soja nas alturas e perspecva urbana Não é o lobo que define o valor da terra. A nota de R$ 200 não vai mudar isso. Tam- bém não é o dólar, embora tenha influência. A moeda que vale nas transações rurais e põe preço na terra é a saca da soja. Não se fala em matilhas de lobos em um alqueire. Fala-se em determinado número de sacas de soja para cada 24,3 mil metros quadrados de terras mecanizadas, prontas para o cultivo. É com essa moeda que vamos trabalhar. O entorno de Cascavel abriga al- gumas das terras mais caras do planeta. Para melhor entendimento, vale dividir a imensa zona rural do município em regiões, ou me- dalhas, todas elas muito valiosas. Bronze - Aqui tem boi na linha. São áreas “dobradas”, de pasto, localizadas prin- n Na foto de Nery Cardoso, o “Cinturão do Ouro” com soja no primeiro plano, e ao fundo o destino de grande parte destas riquezas: o espigão da poderosa Cascavel cipalmente ao Sul do município, em Jangada Taborda, Rio do Salto e franjas de Juvinópolis. Abrigam parte da bacia leiteira do município e pecuária. Valem de mil a 1,5 mil sacas de soja, algo como R$130 a R$ 200 mil o alqueire. Prata - A vasta planície rural que vem no sentido anti-horário da região da Ferroeste em direção a BR 369, in- cluindo o Reassentamento São Francis- co, na divisa com Corbélia até Espigão Azul, Sede Alvorada, fundos da FAG e Univel, chegando a Santa Tereza e ro- dovia 163 em direção a Lindoeste, são ofertadas por algo entre 4 e 5 mil sa- cas o alqueire. Significa dizer que cada porção de 24 mil metros ali vale mais de meio milhão de reais. Medalha de ouro l Em alguns quinhões da área prateada, é pos- sível encontrar a medalha dourada, o filé do boi. São situações excepcionais. Áreas agricultáveis dentro do perímetro urbano, como do Jobão de Paula às margens da 369, a fazenda dos Gurgacz, dos Albiero e dos Rebelatto na porção Oeste, dos Scanagatta e Barzotto aos fundos da Uni- vel, e dos Dalloglio, Cunha e Muffato nas divi- sas com Santa Tereza, alcançam outro padrão de preço. Algo estratosférico: 7,5 mil a 10 mil sacas, algo como R$ 1 milhão o alqueire. Duvida? Tente comprar por menos. l Aqui, além da planície fértil, elevados índices de produtividade, soja nas alturas, há o mercado imobiliário. São áreas transmutadas para urbanas ou em vias de. São terrenos para elegantes con- domínios horizontais. l A propósito, os Gurgacz retomaram a im- plantação do sofisticado Alphaville ao lado do resi- dencial Treviso, no epicentro do Cinturão de Ouro.

Cascavel, 25 de setembro de 2020 ... · (45) 3097-4512 24h Pronto Atendimento Cascavel, 25 de setembro de 2020 Ano XXIV - Nº 2.266 - R$ 3,00 [email protected] Cinturão do ouro

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Pronto Atendimento24h

Cascavel, 25 de setembro de 2020 Ano XXIV - Nº 2.266 - R$ 3,00

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Cinturão do ouro

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www.hyundaivetor.com.br

Áreas rurais no entorno de Cascavel atingem o maior valor histórico; preço do alqueire pode chegar a R$ 1 milhão com soja nas alturas e perspectiva urbana

Não é o lobo que define o valor da terra. A nota de R$ 200 não vai mudar isso. Tam-bém não é o dólar, embora tenha influência. A moeda que vale nas transações rurais e põe preço na terra é a saca da soja.

Não se fala em matilhas de lobos em um alqueire. Fala-se em determinado número de sacas de soja para cada 24,3 mil metros quadrados de terras mecanizadas, prontas para o cultivo. É com essa moeda que vamos trabalhar. O entorno de Cascavel abriga al-gumas das terras mais caras do planeta. Para melhor entendimento, vale dividir a imensa zona rural do município em regiões, ou me-dalhas, todas elas muito valiosas.

Bronze - Aqui tem boi na linha. São áreas “dobradas”, de pasto, localizadas prin-

n Na foto de Nery Cardoso, o “Cinturão do Ouro” com soja no primeiro plano, e ao fundo o destino de grande parte destas riquezas: o espigão da poderosa Cascavel

cipalmente ao Sul do município, em Jangada Taborda, Rio do Salto e franjas de Juvinópolis. Abrigam parte da bacia leiteira do município e pecuária. Valem de mil a 1,5 mil sacas de soja, algo como R$130 a R$ 200 mil o alqueire.

Prata - A vasta planície rural que vem no sentido anti-horário da região da Ferroeste em direção a BR 369, in-cluindo o Reassentamento São Francis-co, na divisa com Corbélia até Espigão Azul, Sede Alvorada, fundos da FAG e Univel, chegando a Santa Tereza e ro-dovia 163 em direção a Lindoeste, são ofertadas por algo entre 4 e 5 mil sa-cas o alqueire. Significa dizer que cada porção de 24 mil metros ali vale mais de meio milhão de reais.

Medalha de ourol Em alguns quinhões da área prateada, é pos-

sível encontrar a medalha dourada, o filé do boi. São situações excepcionais. Áreas agricultáveis dentro do perímetro urbano, como do Jobão de Paula às margens da 369, a fazenda dos Gurgacz, dos Albiero e dos Rebelatto na porção Oeste, dos Scanagatta e Barzotto aos fundos da Uni-vel, e dos Dalloglio, Cunha e Muffato nas divi-sas com Santa Tereza, alcançam outro padrão de preço. Algo estratosférico: 7,5 mil a 10 mil sacas, algo como R$ 1 milhão o alqueire. Duvida? Tente comprar por menos.l Aqui, além da planície fértil, elevados índices

de produtividade, soja nas alturas, há o mercado imobiliário. São áreas transmutadas para urbanas ou em vias de. São terrenos para elegantes con-domínios horizontais.l A propósito, os Gurgacz retomaram a im-

plantação do sofisticado Alphaville ao lado do resi-dencial Treviso, no epicentro do Cinturão de Ouro.

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Para os assinantes Valdenir Gonçalves, Marcelo

Maschio Beux, Leonardo Zen, João Vanderley de Biasio, Marcelo

Reinhart, Diego de Almeida, Christian Anhaia e Victor Hugo

Bertolucci.

Aquele abraço

ENSAIO

25 de setembro de 2020

Banânia é uma re-publiqueta bananeira, como o próprio nome sugere. Ali surgiu um esperto, um malandro da política. Controver-so, valentão, opiniões duras e firmes, ele repete sem-pre que pode: “Bandido bom é bandido morto”.

Nosso perso-nagem é pai de cinco filhos com três mu-lheres, embo-ra ganhe votos se apresentan-do como “con-servador nos costumes”. A

filharada é nominada por letri-nhas: A, B, C, D, E.

Claramente limitado intelec-tualmente, com graves evidên-

cias de déficit cognitivo, ele é intuitivamente sedutor, mestre em falar o que as pessoas que-rem ouvir.

Elegeu-se vereador em Banâ-nia. E logo descobriu o milagre da multiplicação das bananas. Era fácil: havia muitos assesso-res disponíveis, uma penca. A sociedade, embora empobrecida, não se importava com o “trem da alegria” no Legislativo.

Então nosso vereador perce-

beu o óbvio: havia muita gente ganhando sem trabalhar. Nada mais justo que devolvessem uma parte do salário para o chefe.

E assim nosso líder começou a progredir economicamente, já que em sua carreira anterior ha-via fracassado exatamente pela escassez cognitiva e indisposição para o trabalho.

A exemplo das famílias de agricultores do milênio passa-do, que produziam muitos filhos para ajudar na roça, o vereador percebeu que sua farta prole po-deria contribuir.

Então pôs em prática um plano familiar, homem de bem e de família que sempre foi: iria eleger-se deputado federal na Banânia, e candidatar o filho “A” para estadual e o filho “B” para vereador.

Pronto, visão empreendedora genial: havia muitos assessores

A franquia da BanâniaConheça a meteórica trajetória do empreendedor de escassos neurônios, mas politicamente malandro, que promoveu o milagre da multiplicação das bananas

Jairo Eduardo - editor do Pitoco

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Vox populi“Passarinho que voa

com morcego acorda de cabeça pra baixo.”l Adágio popular

[email protected] l 0325 de setembro de 2020

ENSAIO

no município, muitos outros no estado e tantos outros na esfera federal. E todos trariam bananas para a família.

Estava criada a franquia familiar da bananolândia: a ma-triz estava na capital da Banânia, uma uni-dade no estado, outra no município, obten-do bananas nas três esferas. Perfeito.

Tudo ia muito bem, família enriquecendo, mui-tos imóveis e outras franquias, depósitos em conta, até que um dia, acossado por investigadores, o filho “A” chegou para o líder com uma pergunta intrigante:

- Pai, quando a gente forma uma quadrilha ou bando, ban-didos somos, certo? Ainda está em vigor a lei do “bandido bom é bandido morto”?

- Filho, despreocupe-se, rou-bar bananas é um crime menor, os outros roubaram mais. Agora

temos poder e muitos eleitores da Banânia para nos defender no zap-zap. Se o preço da banana baixar muito, podemos revogar

a lei da oferta e da procura e até a lei da gra-vidade”

- Mas pa-pai...

- Deixa de ser banana, ga-roto! Ainda se-rei o presidente da Banânia!, ra-lhou nosso ído-

lo, fazendo o gesto da banana com o braço.

O silêncio se fez. E Banânia segue seu destino de republi-queta bananeira, onde pencas de eleitores “bananas” perderam o senso crítico para a idolatria e o culto à personalidade do man-drião que se beneficia do clima de “fim de feira” moral.

*Qualquer semelhança com nomes ou fatos terá sido mera coincidência.

O que él República das Ba-

nanas é um termo pejora-tivo para um país, normal-mente latino-americano, politicamente instável, submisso a um país rico e controlado por um go-vernante corrompido e opressor ou por uma junta militar.l Sua economia é de-

pendente da exportação de monoculturas, tais como bananas, café ou laranjas, ou até mesmo da extração de minerais.l O termo República

das Bananas foi criado por O. Henry, um humorista e cronista estadunidense. Originalmente, o termo referia-se a Honduras e foi apresentado no livro de contos curtos “Cabba-ges and Kings”, de 1904, ambientados na América Central.

Umas & outrasl O boom imobiliário está

atraindo profissionais de outras áreas ao negócio. Em Cascavel, o advogado Gilceo Klein, além de produtor de cervejas artesanais, é sócio de imobiliária nas vendas do Condomínio Coliseu. l O jornalista Clóvis Gre-

lak, também corretor, concilia atuação de comunicação com a coordenação de vendas do mes-mo investimento.l O condomínio de alto pa-

drão na BR 277 é executado pela empresa CBS, das famílias Sal-vatti e Barzotto, proprietários das Sementes Condor em Casca-vel e Corbélia. l Os empresários Nestor

Salvatti, Jorge Barzotto e a família Salton estão à frente do negócio.

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25 de setembro de 2020 04 l [email protected]

REFLEXÃO

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Contei meus anos e descobri que terei menos tempo pra viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primei-ras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos ten-tando destruir quem eles admi-ram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermi-náveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para adminis-

O valioso tempodos maduros

Mário de Andrade * trar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente hu-mana, muito humana: que sabe rir de seus tropeços, não se en-canta com triunfos, não se con-sidera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pes-soas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

(* Mário Raul Morais de Andrade foi um poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, ensaísta e fotógrafo brasileiro. Foi um dos pio-neiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro “Pauli-ceia Desvairada” em 1922)