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Tema: Leishmaniose Visceral

Caso Clínico de Leishmaniose

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Page 1: Caso Clínico de Leishmaniose

Tema: Leishmaniose Visceral

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Faculdade de Enfermagem Nossa

Senhora das Graças

Trabalho de Conclusão do III Módulo

Equipe: Carla Lira CavalcantiHubenício Barbosa CarvalhoJéssica Barros dos PassosJorgelito Chaves MonteiroKarina Pereira de Sá e SilvaKherolley Romana Ramos da Silva

PROFESSORA ORIENTADORA: Silvana Ferreira

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Objetivos

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Caso Clínico

O paciente P.F.F.A. 35 anos, sexo masculino, solteiro,aposentado, natural do município de goiana - PE, atualmentemora em Maranguape. Deu entrada no DIP no dia 09 de dezembro de

2010 apresentando como queixa principal mal estar, febre, abdome aumentado

e astenia. Relatou que mora no campo e nos arredores da sua residência

existem muitos cachorros. Refere também ser portador de HIV desde 2006. O

paciente confirmou que na sua família dois sobrinhos tiveram leishmaniose

visceral.

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∞ Antecedentes Pessoais

Na sua infância relata que teve caxumba, sarampo e paralisia infantil. Como consequência da

paralisia amputou o membro inferior esquerdo aos 8 anos. Relatou ter sido de drogas ilícitas por 17 anos.

∞ Antecedentes Familiares

∞ Perguntar a carla

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Leishmaniose Visceral

A leishmaniose é uma doença parasitária. estão divididas em dois

grupos: Leishmaniose Tegumentar ou cutânea e a Leishmaniose Visceral ou

Calazar.

A leishmaniose tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões na pele seus

agentes etiológicos são: Leishmania braziliensis, Leishmania amazonenses e

Leishmania guyanensis.

A visceral é caracterizada por atingir os órgãos do sistema fagocítico mononuclear

principalmente as vísceras. No Brasil a forma visceral predominante é causada pelo

agente etiológico Leishmania chagasi

Definição

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Leishmaniose Visceral

Forma flagelada ou

promastigota

Forma aflagelada ou

amastigota

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Vetor

Leishmaniose Visceral

Fêmea de Flebotomíneo

No Brasil os vetores da Leishmânia são os insetos flebotomíneos do

gênero Lutzomia longipalpis também conhecido como mosquito palha, birigui e

tatuira.

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Reservatórios

Leishmaniose Visceral

Raposa: reservatório

silvestre da Leishmania chagasi

Cão: reservatório domiciliar

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Ciclo da Leishmania

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∞Sintomas gerais A LV clássica se caracteriza por febre

intermitente, perda de peso, diarreia, tosse seca e dor abdominal. Na fase

aguda doença há esplenomegalia (aumento do baço), sendo observadas

também por vezes hepatomegalia (aumento do fígado), esses sintomas

são muito fáceis de confundir principalmente com os da Malária.

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Fisiopatogenia e Imunidade

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Retomada do Caso

∞ Exames Solicitados:

- Mieolograma

- Eletrocardiograma (ECG)

- Bioquímico

- Hemograma

- Coagulograma

- Raio X do tórax

- Cultura para ponta de Cateter

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Resultado dos exames

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A infecção causada pela L chagasi tende a causar manifestações clínicas de 3

formas distintas:

1- Forma assintomática (somente infecção) os indivíduos encontram–se aparentemente

saudáveis

2- Oligossintomática (subclínica) não há evidência de manifestações clínicas

3- Clássica : (aguda )apresenta manifestações bastantes exacerbadas

Patologia

Page 16: Caso Clínico de Leishmaniose

As principais patologias encontradas no paciente P.F.F.A foram :

Hepatomegalia : ocorre devido à hiperplasia e hipertrofia das células de kupfler. A

hiperplasia acontece pelo aumento da quantidade das formas amastigotas de leishmânia

dentro dos hepatócitos levando-os a um grau de tumefação, acontecendo uma moderada

expansão dos espaços-porta por infiltrados de linfócitos, plasmócitos e macrófagos ;

Esplenomegalia: é definida pelo aumento de volume localizado e palpável do baço, esse

aumento se da como consequência da proliferação de células normais e por conta da grande

infiltração de macrófagos parasitados com formas amastigotas da leishmânia;

.

Patologia

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Anemia: é decorrente do bloqueio da produção de hemácias na medula

óssea e a sua destruição periférica pela ação dos anticorpos;

Pancitopenia: consiste na diminuição de todos os elementos figurados do

sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) ela é

consequência do hiperesplenismo, não se sabe ao certo que mecanismos

estão relacionados a processo.

Patologia

Page 18: Caso Clínico de Leishmaniose

MOLECULAR é o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) que é a detecção da

presença do DNA do parasito em amostras biológicas.

IMUNOLÓGICOS é realizado a partir de testes sorológicos, esse método tem como

base a detecção dos anticorpos circulantes que surgem durante a doença entre eles

estão o teste imunoenzimático-elisa, reação de imunofluorescência-rifi.

PARASITOLÓGICOS é o diagnóstico de certeza feito pelo encontro de formas

amastigotas do parasito, em material biológico que é empregado para confecção do

esfregaço ou impressão em lâminas e o isolamento do parasito em meios de cultura ou

inoculação em animais de laboratório.

Diagnósticos

Page 19: Caso Clínico de Leishmaniose

No caso do Sr. P.F.F.A foi realizado dia foram encontradas as formas amastigotas

do parasito no material biológico. Achados através da punção na medula óssea.

Diagnósticos

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Diagnóstico de Enfermagem

Baseado no caso clinico do paciente P.F.F.A. Que possuiLeishmaniose Visceral e ter inserido um cateter na veia jugular internadireita, comprovando os seguintes diagnósticos.

∞ Risco de infecção relacionado aos procedimentos invasivos.

∞ Integridade da pele prejudicada relacionada a procedimentosinvasivos evidenciados pela presença de acesso venoso central naveia jugular interna.

∞ Fadiga relacionada à fraqueza secundária ao metabolismo reduzido deenergia pelo fígado.

∞ Conforto alterado relacionado à presença de acesso venoso periféricona veia jugular evidenciado por relato de desconforto no local deinserção do cateter.

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Prescrições de Enfermagem:

∞ Deve-se monitorar temperatura 2/2 Horas, para verificar como o sistema imunológico estácombatendo o invasor;

∞ Aferir a P.A antes e depois da administração da Dipirona®;

∞ Orientar o paciente a não se levantar bruscamente a fim de prevenir hipotensão postural;

∞ Realizar compressas frias em regiões axilares a fim de auxiliar na regulação da temperatura corporalem caso febril;

∞ Analisar exames laboratoriais e registrar alterações;

∞ Estar atento as possíveis reações adversas causadas pelo Glucantime® e Anfotericina B;

∞ Identificar e reduzir os vários estressores ambientais proporcionando um ambiente confortável epassível de sua recuperação;

∞ Permitir ao paciente que desenvolva atividades que promovam sentimentos de conforto etranquilidade;

Cuidados de Enfermagem

Page 22: Caso Clínico de Leishmaniose

Tratamento

Sr. P.F.F.A.;

∞ Medicamentos em uso:

- Anfotericina B®

- Bactrim®

- Dipirona®

- Hidrocortisona®

- Glucantime®

Page 23: Caso Clínico de Leishmaniose

Epidemiologia

• Com base nos dados do SINAN foram registrados 16.285 casos de

Leishmaniose Visceral no Brasil, entre 2008 e 2012.

• Atualmente a distribuição geográfica da leishmaniose visceral em Pernambuco

ratifica a superação do paradigma da doença tipicamente da zona rural, sendo

encontradas também em grandes centros urbanos;

• O estado de Pernambuco contribuiu com 85, 84, 70, 76 e 11 ocorrências nesse

mesmo período respectivamente, totalizando 326 casos confirmados de LV, o

que o torna o sexto estado com maior incidência da doença no Nordeste.

• A mesorregião do Agreste é onde tem mais casos, pois a expansão geográfica

da doença está relacionada aos problemas socioambientais que propiciam

condições favoráveis à proliferação e manutenção do agente e de seus

reservatórios no ambiente

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PROFILAXIA

• É necessário o conhecimento da área em que o paciente

reside, identificando se essa é endêmica;

• se tem contato com cachorros, raposas e marsupiais ;

• correlacionando aos achados clínicos e epidemiológico para a

adequada confirmação diagnostica;

• incentivar a participação nos programas de vigilância epidemiológica

com educação da população;

• Detectar e eliminar os reservatórios infectados.

Page 25: Caso Clínico de Leishmaniose

Medidas Preventivas

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas preventivas de ambientes

individuais ou coletivos devem ser estimuladas, tais como:

∞ Uso de repelentes quando exposto a ambientes onde os vetores

habitualmente possam ser encontrados;

∞ Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite), em

áreas de ocorrência e evitar a exposição durante o dia e a noite;

∞ Uso de mosquiteiros de malha;

∞ Bem como a telagem de portas e janelas;

Page 26: Caso Clínico de Leishmaniose

Medidas Preventivas∞ Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a aproximação de

mamíferos comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de

infecção para os flebotomíneos;

∞ Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos;

∞ Manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite,

de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para este ambiente;

Controle químico

O controle químico por meio da utilização de inseticidas de ação residual é a

medida de controle vetorial recomendada no âmbito da proteção coletiva.

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Políticas PúblicasA Lei 12.604/2012. Assinada pela presidenta da República, Dilma

Roussef, a nova norma institui a Semana Nacional de Controle e Combate à

Leishmaniose. Ela será celebrada anualmente na semana que incluir o dia 10 de

agosto.A nova lei foi criada com os objetivos de:

• Estimular ações educativas e preventivas;

• Promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e

controle da leishmaniose;

• Apoiar as atividades de prevenção e combate à Leishmaniose organizada e

desenvolvidas pela sociedade civil;

• Difundir os avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao

combate à Leishmaniose.

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Considerações Finais

O prognóstico é orientado com mais segurança a partir da avaliação

do resultado do mielograma que foi observado parasito em sua forma

amastigota na medula. O paciente não obteve um bom prognóstico, pois

sempre ocorre recidiva da doença devido o mesmo ser imunodeprimido. O

paciente segue em tratamento no leito dia sem perspectiva de liberação prévia.

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Referências

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