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bruno-landim
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Caso 1 – Tema: Aplicabilidades das normas constitucionais
Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor pleiteava uma
indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), o advogado da
empresa demandada, com amparo no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a
extinção do processo sem apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de
que o advogado é essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não tendo
formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 lhe garantia a
possibilidade de postular em juízo sem assistência de defensor técnico. Diante de tal
hipótese, considerando a aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto afirmar que a
Lei n.º 9.099/95 padece de vício de inconstitucionalidade?
O art. 133 da CRFB diz que: O advogado é indispensável à administração da justiça..., a
Lei n.º 9.099/95 no seu art. 9 Nas causas de valor ate vinte salários mínimos, as partes
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogados; nas de valor
superior, a assistência é obrigatória. Por meio dessas afirmações, consta-se que a Lei
n.º 9.099/95 torna-se inconstitucional, pois está ferindo aquilo que esta escrita na
Constituição sendo ela a lei maior de um ordenamento. Caso 2 – Tema: Recepção
A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei infraconstitucional,
de monopólios estatais. Com o advento da Constituição da República de 1988, a
possibilidade de criação de monopólios por lei não foi mais contemplada.
À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de monopólios estatais
criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não reproduzidos pela
Constituição de 1988?
Sim, a norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento
constitucional anterior que é interpretada como compatível com a nova constituição,
Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas que também é de economia
legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das normas em perfeita
congruência com o ordenamento constitucional vigente.