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CASTAS OU CEPAS DE UVA TINTA 1. AGIORGITIKO – ST GEORG A uva Agiorgitiko é a segunda mais plantada na Grécia e pertence às mais antigas do mundo. Essa uva compõe a maioria dos vinhos tintos da região de Nemea e é, por isso denominada Mavro Nemea. O nome Agiorgitiko vem da cidade Agios Georgis. Essa uva também é conhecida como St. Georg. A Aorgitiko amadurece tarde, tem cor intensiva, é aromática e comparada com a Merlot. O vinho tinto produzido é encorpado, com aroma de frutas, escuro e pouco ácido. Um pouco condimentada e com uma percepção de cereja. 2. AGLIANICO Na época romana, a região sul da Itália, que hoje compreende as províncias da Campânia, Basilicata e Puglia, era a responsável por fornecer os vinhos de maior qualidade do Império. Mas a história da vinicultura da região começa um pouco antes. Remonta ao período em que a região era colônia grega. Esse domínio influenciou de forma decisiva a forma de produzir vinhos na região. As castas mais cultivadas até hoje são provenientes da Grécia. A casta Aglianico, originária da Grécia, é considerada a melhor uva tinta do sul da Itália. Seus melhores vinhos podem rivalizar com os Brunellos, Barolos e Amarones. Essa casta se adaptou muito bem ao clima e solo da Campânia e Basilicata. Seu ciclo vegetativo é muito longo, amadurecendo tardiamente. Esse detalhe inviabiliza seu cultivo em regiões menos quentes e úmidas. Apresenta grande concentração de taninos e acidez, própria para envelhecimento. Encontrada no Sul da Itália, principalmente em rótulos de Campânia e Basilicata. País: Itália. 3. AGRONÔMICA Uvas clonadas geneticamente da Itália Muscat, sem sementes, que tem por objetivo ser uma alternativa de cultivar de uvas de mesa para o Submédio do Vale do São Francisco, Bahia, Brasil. Foram avaliadas durante dois ciclos, no ano de 2004, as características agronômicas nos dois clones, tais como, fenologia, brotação (%), fertilidade de gemas (%), produção (kg), massa de cachos (g), comprimento e largura de cachos (cm), massa de bagas (g), comprimento e diâmetro de bagas (mm), SST (Brix), ATT (% ácido tartárico) e relação SST/ATT. 4. ÁGUA SANTA Casta de uva tinta usada na região demarcada do Dão, situada no centro norte de Portugal. 5. ALEATICO Uva tinta Italiana também conhecida como Agliano ou Leatico.

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CASTAS OU CEPAS DE UVA TINTA

1. AGIORGITIKO – ST GEORG

A uva Agiorgitiko é a segunda mais plantada na Grécia e pertence às mais antigas do mundo. Essa uva compõe a maioria dos vinhos tintos da região de Nemea e é, por isso denominada Mavro Nemea. O nome Agiorgitiko vem da cidade Agios Georgis. Essa uva também é conhecida como St. Georg. A Aorgitiko amadurece tarde, tem cor intensiva, é aromática e comparada com a Merlot. O vinho tinto produzido é encorpado, com aroma de frutas, escuro e pouco ácido. Um pouco condimentada e com uma percepção de cereja.

2. AGLIANICO

Na época romana, a região sul da Itália, que hoje compreende as províncias da Campânia, Basilicata e Puglia, era a responsável por fornecer os vinhos de maior qualidade do Império. Mas a história da vinicultura da região começa um pouco antes. Remonta ao período em que a região era colônia grega.

Esse domínio influenciou de forma decisiva a forma de produzir vinhos na região. As castas mais cultivadas até hoje são provenientes da Grécia.

A casta Aglianico, originária da Grécia, é considerada a melhor uva tinta do sul da Itália. Seus melhores vinhos podem rivalizar com os Brunellos, Barolos e Amarones. Essa casta se adaptou muito bem ao clima e solo da Campânia e Basilicata. Seu ciclo vegetativo é muito longo, amadurecendo tardiamente. Esse detalhe inviabiliza seu cultivo em regiões menos quentes e úmidas.

Apresenta grande concentração de taninos e acidez, própria para envelhecimento. Encontrada no Sul da Itália, principalmente em rótulos de Campânia e Basilicata.

País: Itália.

3. AGRONÔMICA

Uvas clonadas geneticamente da Itália Muscat, sem sementes, que tem por objetivo ser uma alternativa de cultivar de uvas de mesa para o Submédio do Vale do São Francisco, Bahia, Brasil.

Foram avaliadas durante dois ciclos, no ano de 2004, as características agronômicas nos dois clones, tais como, fenologia, brotação (%), fertilidade de gemas (%), produção (kg), massa de cachos (g), comprimento e largura de cachos (cm), massa de bagas (g), comprimento e diâmetro de bagas (mm), SST (Brix), ATT (% ácido tartárico) e relação SST/ATT.

4. ÁGUA SANTA

Casta de uva tinta usada na região demarcada do Dão, situada no centro norte de Portugal.

5. ALEATICO

Uva tinta Italiana também conhecida como Agliano ou Leatico.

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6. ALFROCHEIRO

Uva tinta Portuguesa encontrada em Dão, Alentejo, Ribatejo e Bairrada.

7. ALICANTE BOUSCHET - GARNACHA TINTORERA

Fruto do cruzamento da grenache com petit verdot realizado pelo francês Luis Bouschet de Bernard e seu filho Henri em 1866. Esta variedade é mais indicada quando misturada a outras uvas. Em Portugal, na região do Alentejo, é uma importante uva na composição de certos vinhos, onde dá aromas de menta e eucalipto. Confere longevidade e cor ao vinho.

Países: França, Portugal (Alentejo) e Espanha.

8. ANCELLOTTA

Uva tinta Italiana de cor bem intensa geralmente usada em pequenas quantidades na produção do vinho Lambrusco.

9. ASPIRAN

Uva tinta de casca bem escura cultivada em Languedoc, na França.

10. AUBUN

Aubun é uma espécie de uva vermelha que existe, primeiramente, no sul da França. Sua popularidade vem crescendo a cada ano. Essa uva também é conhecida como Carignan de Bedouin, Carignan de Gigondas, Counoise, Gueyne, Moustardier, Moutardier e Quenoise. No passado, a Aubun era freqüentemente misturada à Counoise no plantio, confundindo-se a essa. É uma uva resistente, mas não ideal para vinhedos de qualidade.

11. BABEASCA NEAGRA

Uva tinta da Romênia. Segunda mais plantada no país depois da uva Merlot.

12. BACO NOIR

A espécie de uva vermelha Baco Noir foi criada em 1902 através da mistura entre as espécies Folle Blanche e Vitis riparia. O nome foi inspirado em seu criador François Baco. No seu auge, o Baco Noir ocupava uma área de 110 Km2, quase toda em Burgund. Após a proibição da utilização de híbridos advinda dos Estados Unidos, o Baco Noir quase desapareceu da Europa, mas ainda pode ser encontrada nos EUA e Canadá. Há pouco, vem sendo utilizada pelos produtores de vinho orgânico, na Suíça e Alemanha, que preferem espécies de uva mais resistentes aos fungos. O vinho tinto produzido à base de Baco Noir é muito rico e interessante.

13. BAGA

É a principal uva da região portuguesa da Bairrada e produz vinhos bastante adstringentes. Mas bons produtores, como Luis Pato, vinificam exemplares refinados e ricos de aroma e sabor.

País: Portugal (Bairrada).

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14. BARBERA

A mais popular das uvas do Piemonte, norte da Itália é ao lado da sangiovese a variedade mais cultivada do país. Dá tantos vinhos leves do dia-a-dia como exemplares escuros e frutados, com alta acidez e concentração e boa capacidade de envelhecimento.

Barbera, divide com a Nebbiolo o protagonismo de vinhedos na região do Piemonte. Existe ainda uma versão branca, conhecida por Barbera Bianca. Não devemos confundir a uva Barbera com o vinho Barbaresco que é elaborado na região do mesmo nome, também no Piemonte, porém com a uva Nebbiolo.

Sua origem mais freqüentemente citada é a cidade de Casale Monferrato, no Piemonte. Na Catedral da cidade existem documentos que indicam o plantio de videiras de Barbera já no século XIII. É uma variedade que amadurece relativamente tarde, quase duas semanas após a variedade mais tardia do Piemonte, a Dolcetto. Sua principal característica é o alto nível de acidez natural, ainda que muito madura. Essa característica a torna uma ótima opção para regiões de clima quente desde que sua produtividade seja controlada.

No Piemonte é amplamente utilizada, gerando vinhos desde os mais baratos e produzidos em longa escala, até vinhos encorpados, com muito boa estrutura e bastante longevidade. Algumas características são comuns aos vinhos de Barbera, coloração ruby intenso e profundo, bom corpo ainda que com moderada presença de taninos, pronunciada acidez e teor alcoólico relativamente baixo, podendo variar de acordo com as regiões onde é cultivada.

As principais denominações de origem do Piemonte onde a Barbera é considerada a principal variedade são; Alba, Asti e Monferrato, esta última menos conhecida por aqui. Na região de Barbera d’Asti DOC existe uma sub-zona chamada Nizza, reconhecida como a melhor região para o desenvolvimento da variedade, por ser a parte mais quente de Asti, onde a uva atinge seu melhor ponto de maturação.

Os Barbera d’Alba tendem a ser mais complexos, de maior estrutura e de cor mais escura, enquanto os Barbera d’Asti tendem a serem mais frutados, claros e brilhantes (lembrando os vinhos Beaujolais), muito elegantes e finos. Em 2008, Monferrato virou DOCG e seus Barbera de Monferrato Superiore são vinhos a serem garimpados assim como os produzidos na sub-região de Langhe também no Piemonte.

Nos anos 80 e 90, em paralelo ao surgimento dos Supertoscanos, o uso de barricas em Barberas passou a ser considerado e utilizado de fato, agregando complexidade aos vinhos, especialmente em relação à maciez dos taninos, controle da elevada acidez e riqueza aromática tornando-os, também, mais longevos.

Além do Piemonte, a Barbera é também cultivada na Lombardia, na região de Oltrepò Pavese, na Emilia Romagna, em Colli Piacentini, em Bologna e Parma. Na maioria do país a variedade é utilizada em cortes com outras uvas. Na Sardegna existe ainda a Barbera Sarda. E, alguns defendem que, a Perricone ou Pignatello, autóctones sicilianas, são variações da Barbera.

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Fora da Itália, a variedade é cultivada em países como Eslovênia e EUA, na região da Califórnia assim como Grécia, Austrália, Israel e Romênia. Desenvolveu-se muito bem na América do sul, especialmente na Argentina, nas regiões de Mendoza e San Juan, porém não são muitos os vinhos de qualidade disponíveis no mercado.

Uma das características dos vinhos de Barbera é sua capacidade gastronômica em função de seu corpo médio e boa acidez que chama comida. Quando falamos em harmonização, recorrer à regionalidade é sempre uma boa escolha e, neste caso, não poderia ser diferente. Em geral os vinhos de Barbera são ótimos parceiros para antepastos e embutidos italianos. Massas com molhos mais estruturados, com um belo ragù alla bolognese, prosciutto di Parma, ou ainda pratos com funghi secchi e salmão defumado.

Países: Itália (Piemonte), Estados Unidos (Califórnia) e Argentina.

15. BARBOSSA

A uva vermelha Barbarossa é plantada especialmente na Emilia-Romagna, Itália. Também é conhecida como Barbarossa di Piemonte, Greca Rossa, Barbarossa di Bertinoro e Rousselet. A antiga espécie francesa Barbaroux é idêntica à Barbarossa. A denominação Barbarossa Precoce é, no entanto, sinônimo da Chasselas Rosé. Os vinhos são aromáticos e possuem alto potencial de envelhecimento. Esta espécie não mais possui grande significado.

16. BASTARDO – ENXOVAL DE NOIVA NOIR - TRESSOT

É uma variedade velha do vinho vermelho uva. É crescido em quantidades pequenas em muitas partes de Europa ocidental; é usado de forma mais famosa dentro dos vinhos Portugueses portuário. A cor a cereja profunda com álcool elevado e sabores de frutas de baga vermelhas.

País: Portugal (Bairrada e Dão).

17. BLAUBURGUNDER

Blauburgunder é como se chama a Pinot Noir na Suíça e na Áustria. A Blauburgunder existe desde o século XIV, quando veio da Côte d'Or para Burgund na Alemanha.

Na sua terra, em Burgund, até o século XIX, o Blauburgunder não foi muito apreciada. Ela era mais utilizada para a produção de rosé. No Loire e na Elsácia, a Blauburgunder é chamada Oeil de perdrix.

18. BLAUFRANKISCH

A uva vermelha Blaufränkisch origina vinhos fortes, vermelho rubi até escuro beirando o violeta. Seu buquê é aromático, especialmente em frutas vermelhas e cerejas. Com o caráter forte, o Blaufränkisch combina com carnes de caça.

A capacidade de armazenagem é excelente. A maior produtora de Blaufränkisch é a Áustria, onde o plantio tem lugar desde o século X e hoje ocupa 5% da área total dos vinhedos. Ao lado do Zweigelt, o Blaufränkisch está entre os mais interessantes e melhores vinhos tintos. Também está presente nos Estados Unidos, no entanto, essa uva é lá denominada Lemberger.

Um dos primeiros apreciadores do Blaufränkisch foi Karl o Grande, já no século VIII. A uva Gamay, da região do Beaujolais, parece ser da mesma família do Blaufränkisch,

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pois ambos advém provavelmente de uma mesma casta. Na Bulgária, é conhecido por Gamé.

19. BOBAL – PEQUENA – REQUENI - PROVECHÓN

Bobal é uma variedade de uva tinta. É uma cepa austera, resistente a intempéries e pragas, e muito produtiva. O grão é redondo, médio e suculento. Também conhecida como Requena, Requeni, Provechón. Dá excelentes grãos na área de Requena, tornando-se melhores vinhos com vermelhos envelhecidos. Esta variedade é nativa da Manchuela e região de Requena-Utiel, principalmente quando cultivada. O nome parece derivar da Bobal Boval Latina, referindo-se a forma que lembra a cabeça de um touro.

O vinho é uma cereja cor profunda, de baixo teor alcoólico (cerca de 11%), frutado e acidez elevada.Também é cultivado em Cuenca (depressão/concavidade/planície).

De acordo com o Despacho 1819/2007 de 13 de Junho é recomendado variedade, como uvas para vinho na Comunidade Valenciana, sendo autorizado em Aragão, Castela-La Mancha, Extremadura e Navarra.

20. BONARDA

Outra variedade típica do Piemonte, na Itália. Seu nome completo é Bonarda Piemontese. Produz vinhos leves, frutados, melhor quando bebidos jovens. Também foi muito utilizada na Argentina para produção de vinhos do dia-a-dia para consumo interno.

Países: Itália e Argentina.

21. BONDOLA

Uva tinta encontrada na Suíça.

22. BORDÔ

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É cultivada nos Estados Unidos, por Henry Ives, a partir de sementeira estabelecida em 1840. Tem importância comercial só no Brasil, onde foi introduzida em 1904, procedente de Portugal.

Foi inicialmente difundida no Rio Grande do Sul, depois em Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. É de cultivo muito rústico e resistente a doenças fúngicas. A uva apresenta alta concentração de matéria corante, motivo principal de sua significativa difusão. Origina vinho e suco intensamente coloridos que, em cortes, servem para a melhoria da cor dos produtos à base de “Isabel” e de “Concord”. Participa, embora em pequena escala, do mercado de uvas in natura, sendo utilizada como uva de mesa e também para a elaboração de suco de uva caseiro.

23. BORRAÇAL

Uva tinta usada na produção de Vinho Verde e tinto em Portugal.

24. BOUCHALÈS

Uva tinta plantada na região de Bordeaux na França.

25. BOVALE

A uva vermelha Bovale cresce especialmente na Sardenha, podendo existir em duas variantes: a Bovale Grande (certificado de origem do Del Molise Tintilia, DOC). O Mandrolisai (DOC) e o Campidano di Terralba (DOC) são produzidos a partir da variante Bovale Sardo. O Bovale pode ser da mesma família do espanhol Bobal, mas não há provas suficientes.

26. BRACHETTO

Brachetto é uma espécie de uva vermelha, da qual são produzidos vinhos de caráter, levemente perolados e ricos em álcool. Tanto a cor quanto o aroma lembram o morango. É utilizada para a produção de espumante, como o Brachetto d'Acqui DOCG ou para a produção de Grappa.

27. BRAMATERRA

Uma variante da uva Nebbiolo em Piemonte.

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28. BRUNELLO

Brunello é uma espécie selecionada da uva italiana Sangiovese. A seleção dessa uva foi iniciada por Clemente Santi no ano de 1870, na vinícola Il Greppo na região de Montepulciano na Toscana. Ele concentrou a seleção em vinhas com uvas mais compactas. 1888 foi produzido o primeiro Brunello, um nome que já era utilizado para uma outra uva no século XIV. O Brunello permaneceu quase um século sob o domínio de uma mesma família: a Biondi. Hoje há cerca de 100 produtores de Brunello. No entanto, o vinho Brunello di Montalcino (DOCG) continua a ser um dos melhores e mais caros da Itália.

A uva Brunello é amarronzada, pequena e de casca grossa. O vinho originado dessa uva é mais espesso e forte do que o Sangiovese.

29. CABERNET FRANC

A "prima" da Cabernet Sauvignon. A Cabernet Franc é cultivada em Bordeaux para a produção de vinhos tintos, mas é ali quase sempre minoritária nos cortes com as cepas Cabernet Sauvignon e Merlot, exceto no premier grand cru de Saint-Émillion, Château Cheval Blanc (60%).

Essa cepa predomina em certas regiões do Loire. Ao contrário da Cabernet Sauvignon, quase não foi exportada, e sua reputação se deve à sua participação no clássico corte bordalês.

A Cabernet Franc não tem os taninos nem a acidez e a estrutura da Cabernet Sauvignon, mas oferece aromas frescos e frutados e um gosto característico de fruta madura. Tem maior produtividade que a Cabernet Sauvignon, porém é mais suscetível a doenças. No geral, apresenta toques mais herbáceos em seus vinhos, menor extrato (menos corpo), menos taninos, menor acidez, portanto fácil de beber principalmente quando jovem.

É bastante plantada no norte e nordeste da Itália, nas regiões do Triuli e Alto Adige, produzindo belos vinhos. É pouco plantada na Espanha e Portugal, e já foi bastante plantada no Brasil, mas hoje não é uma cepa importante do Novo Mundo, tem mais o estilo europeu.

Terceira uva tinta mais importante de Bordeaux (Pommerol e Saint Emilion), é mais leve e com menos taninos que a cabernet sauvignon e amadurece mais cedo. É muito usada no corte com outras uvas. Na região do Loire dá vinhos mais herbáceos, onde é conhecida como Breton. É a uva principal do insensato e caro Château Cheval Blanc.

Países: França (Bordeuax, Loire), Argentina, Austrália, Estados Unidos (Califórnia) e Nova Zelândia.

30. CABERNET SAUVIGNON

A Cabernet Sauvignon e a Cabernet Franc, sua prima são duas variedades de base do vinho tinto de Bordeaux. A Cabernet Sauvignon é a cepa de maior prestígio no mundo

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inteiro: foi plantada em todo lugar onde se produz vinho. Essa cepa desenvolveu-se em Bordeaux e seu nome começou a ser conhecido por volta do final do século XVIII e início do XIX. Bordeaux Médoc especificamente devem sua fama e prestígio. Também foi capaz de se aclimatar a áreas tão diversas como a planície de Bekaa no Líbano, o frio Ilha Sul da Nova Zelândia ou em solos secos em Alicante, na Espanha, mas está em Médoc e Califórnia, os dois extremos climáticos, onde Cabernet atinge o seu máximo desenvolvimento. Há mais de um século, o Chile tem vinhedos de Cabernet Sauvignon nos quais são obtidos excelentes resultados.

Fala-se de Bordeaux originado pelo Vidure antiga olhar (vinha de disco rígido), atribuído a Jean-Baptiste de Secondat, do século XVIII francês agrônomo e filho de Montesquieu, e Sauvignonne Vidure, ambos identificados com a cepa Biturica citados tanto por Plínio e pela Cadiz Colmuela para se referir, como o botânico Pierre Gallet, os vinhos que eles produziram os antigos habitantes do Médoc, o vibisci Bituriges. Mas no final do século, quando o barão Joseph-Hector de Braune a reconstruiu a partir de numerosos vinhedos de Bordeaux, as cepas tintas e brancas e agrupadas. Dá vinhos de cor concentrada, intensa, com uma avenida de ligação de aroma particular, definida e viva, e facilmente identificáveis. Recorda groselha e trufa somente quando cultivadas no Medoc, e notas de pimenta verde e cedro, quando cultivada em áreas quentes. O sabor é muito afiado e focado, com um toque ácido tânico e peculiar. Expressa todas as suas qualidades com um rendimento inferior a 50 hl / ha.

Com baixo rendimento, a Cabernet Sauvignon só é cultivada onde se deseja obter um vinho de qualidade. Seus bagos são muito escuros, pequenos e com uma casca espessa: pouca polpa e muita casca. Ela produz um vinho austero, tânico e muito colorido, que portanto é mesclado freqüentemente com o de outras variedades, como a Cabernet Franc e a Merlot.

Na França apesar do tempo chuvoso, os solos aluviais de incrível fuga pode reter o calor do cascalho e favorecer as cepas, enquanto a ação de um sol moderado completa o desenvolvimento das uvas.

Na Califórnia, pelo contrário, fica maduro com sol forte, sem nevoeiro, temperaturas elevadas e irrigação abundante. O resultado são vinhos de alta qualidade (13% Alc.vol.), Mas com bastante acidez e uma nota distinta balsâmico, um toque de álcool e da queima do acento maturação rápida. O Bordeaux é mais elegante, complexo e rico em nuances pela lenta maturação, embora a intensidade aromática é menor.

A Cabernet Sauvignon tem uma maturação tardia que limita seu uso nas zonas de cultura temperadas com outonos amenos, ao contrário da Cabernet Franc, que amadurece mais cedo. Em um clima demasiado quente e num solo muito fértil, o vinho pode se "açucarar" e carecer de acidez; em um clima demasiado fresco, pode apresentar aromas herbáceos.

Os degustadores a identificam por sua cor: vermelho-escuro com uma nota violácea em sua primeira juventude, que se torna vermelho-tijolo com o tempo. Seus aromas lembram o cassis nos vinhos jovens e a madeira de cedro nos vinhos mais evoluídos. O

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gosto do vinho jovem da Cabernet Sauvignon é com freqüência áspero em razão de seus taninos.

O envelhecimento em barril de carvalho dá bons resultados. Os degustadores buscam as notas amadeiradas e apreciam a harmonia existente entre os aromas frutados da cepa, a concentração de seus taninos e a contribuição da madeira, quando o vinho foi envelhecido em barril de carvalho novo. Um vinho de Cabernet Sauvignon que não ficou em contato com a madeira será menos agradável. Essa cepa confere uma estrutura aos vinhos de guarda: um grande Bordeaux tinto de um bom ano continuará a melhorar durante décadas.

A cepa foi bem aceita no solo australiano, em Coonawarra (no sul), no Hunter Valley, na Nova Gales do Sul, e em alguns vinhedos isolados de clima fresco. Na Nova Zelândia, os primeiros vinhos de Cabernet Sauvignon são decepcionantes, mas a vinha é ainda jovem, e é preciso esperar mais de dez anos para que essa variedade exprima seu potencial de qualidade. A Cabernet Sauvignon é cultivada na África do Sul com algum êxito, embora produza melhores resultados mesclada com a Merlot e a Cabernet Franc.

A mais clássica e conhecida das variedades de vitis vinífera, base do corte usado nos grandes vinhos de Bordeaux (Latour, Mouton-Rothshild, Lafite, Margoux etc). É uva mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Tem amadurecimento tardio e produz tintos secos de semi-incorpados a incorpados, tânico quando jovem, garante um melhor envelhecimento da bebida na garrafa e a passagem pelo barril de carvalho pode aparar suas arestas. Tem um amplo espectro de aromas: frutas vermelhas, café, chocolate geléia e tabaco, azeitona, passas, pimenta, chocolate, rapé, cedro e hortelã, quando envelhecidos. No Chile tem uma característica mais mentolada. Enriquece quando misturada à merlot, cabernet franc, shiraz, petit verdot ou malbec. Na Austrália geralmente é mesclado ao shiraz.

Países: França (Bordeaux), Estados Unidos (Califórnia), Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, Itália e Brasil.

31. CABERNET SEVERNY

Uva tinta cultivada na Rússia.

32. CALADOC

Caladoc é uma uva vermelha resultante da mistura entre a Grenache e a Malbec. O objetivo do INRA (instituto francês de pesquisa do vinho), era produzir uma espécie que fosse semelhante ao Grenache, mas mais resistente, evitando a queda das flores da videira. O vinho Caladoc é aromático e rico em tanino, lembrando mais o Grenache do que o Malbec. É produzido em pequena quantidade, especialmente na região da Provence, França.

33. CALLET

Uva tinta usada para produção de vinho rose na região de Maiorca, na Espanha.

34. CAMARATE

Uva tinta Portuguesa também conhecida como Mortágua e Castelão Nacional.

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35. CANAIOLO – CANAIOLO NERO

A uva vermelha Canaiolo ou Canaiolo Nero pode ser encontrada na região central da Itália e na Sardenha. Importante uva para mistura na Toscana e na parte central da Itália. Faz parte do conteúdo do Chianti. É o que torna a maciez uva na composição do Chianti, no século XVIII era ainda mais popular que a Sangiovese. Hoje ele é usado principalmente nas regiões centrais da Itália, também na montagem, salvo alguns casos esporádicos.

A uva Canaiolo é muito resistente. O aroma forte e a cor escura são suas características próprias, sendo misturada a outras espécies, como o Sangiovese. Geralmente não é utilizada sozinha para a produção de vinho por ressaltar o gosto amargo. O Canaiolo Nero está presente em 15 vinhos certificados (DOC).

Região: Itália (Toscana).

36. CANNONAU

A uva vermelha Cannonau é idêntica à Grenache Noir francesa e à Garnacha francesa. Em Sardenha, há 100 Km2 de vinhedos, onde essa uva bem se adaptou. Origina o Cannonau di Sardegna (DOC), que utiliza exclusivamente essa uva.

37. CARDINAL

Uva tinta criada na Califórnia pelo cruzamento da uva Flame Tokay e Ribier muito usada na produção de vinho de mesa.

38. CARAGNAN

Uva tinta também conhecida como Carignane nos Estados Unidos, Carignano na Itália e Cariñena na Espanha.

39. CARIGNAN

Das variedades mais cultivadas na Espanha, também cresceu na Califórnia, Argentina, Chile, México, África do Sul, China. Muitas vezes ocorrem no solo de ardósia como o Priorado, os vinhos são geralmente aromas leves, predominantemente violeta floral, e com muita cor e abundância de taninos.

Originária do norte da Espanha é das espécies mais cultivadas na França, particularmente na região de Languedoc-Roussillon. Normalmente é misturada com a grenache e a cinsault, e resulta em vinhos mais comuns, de mesa, de cor escura e forte teor de álcool.

Países: França (Languedoc-Roussillon), Espanha, Estados Unidos (Califórnia).

40. CARIÑENA

Cariñena é o sinônimo em espanhol da uva Carignan. Ela dá origem a um vinho certificado advindo do norte da Espanha. Aliás, o nome Carignan vem da cidade de Cariñena, onde esta espécie surgiu há cerca de 800 anos.

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41. CARMENÈRE

Originária de Bordeaux, hoje é uma uva praticamente só cultivada no Chile, onde se adaptou melhor do que na França. Até a década de 90 era confundida com a merlot - um exame de DNA esclareceu a confusão. É usada tanto para vinhos de corte como em varietais chilenos. É mais escura que a merlot e de taninos macios.

País: Chile.

42. CARMINE

Uva tinta criada na Califórnia pelo cruzamento de Carignan e Cabernet Sauvignon.

43. CARNELIAN

Uva tinta criada na Califórnia pelo cruzamento de Carignan, Cabernet Sauvignon e Grenache, encontrada especificamente na região de San Joaquin Valley.

44. CASTELÃO

Uva tinta mais plantada em Portugal.

45. CELIEGIOLO

A uva vermelha Ciliegiolo é conhecida em função de seu aroma e cor de cereja. Há mais de 10 vinhos certificados, originados dessa uva, freqüentemente misturada à Sangiovese.

Ciliegiolo pode ser encontrado em toda a Itália central. Em parte, também é utilizada como uva de mesa.

46. CHIVENNASCA

Sinônimo da uva Nebbiolo na região de Valtelina, Itália.

47. CIENNA

Uva tinta criada na Austrália a partir do cruzamento de Cabernet Sauvignon e Sumoll.

48. CINSAULT - ESPAGNE, HERMITAGE, MALAGA

Cepa encontrada principalmente na região de Languedoc-Roussilon, na França. Ali é associada à grenache e à carignan, e produz bebidas leves e pouco aromáticas. Na região do Rhone, a mesma uva com melhores cuidados produz vinhos mais concentrados e aromáticos. No Líbano, é responsável pelo emblemático Château Musar.

Países: França, Espanha, África do Sul e Líbano.

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49. CLEVNER

Uva tinta da família Pinot. Em Alsace Clevner ou Klevner é o sinônimo de Pinot Blanc.

50. COLORINO

A uva vermelha Colorino é utilizada, como o próprio nome sugere, como uva colorante. Dela é produzido vinho escuro e rico em tanino. Se misturada, mesmo em pequenas proporções, essa uva dá cor escura ao vinho. A quantidade de vinhedos é restrita, mas muitos vinhos lucram dessa uva na Toscana: do Chianti até o Vino Nobile di Montepulciano.

51. COMPLEXA

Uva tinta Portuguesa.

52. CONCORD

Uva tinta Vitis Labrusca mais plantada no lado leste dos Estados Unidos, principalmente no estado de Nova York, onde foi a uva mais popular no final do século XIX, sendo utilizada para consumo in natura e para a elaboração de vinho e de suco. Foi trazida para o Rio Grande do Sul (Brasil) na segunda metade do século XIX, ganhando ampla difusão nas várias regiões do Estado e sendo, em seguida, levada para Santa Catarina e para o Paraná. Com o início da produção de suco de uva concentrado, em meados da década de 1970, houve aumento da demanda desta uva e conseqüente crescimento da área plantada na Serra Gaúcha. É de cultivo de alta rusticidade, normalmente cultivada de pé-franco e, muitas vezes, dispensando tratamentos com fungicidas. Para a obtenção de boas produções comerciais, entretanto, normalmente são feitas algumas pulverizações.

Concord é relativamente precoce, medianamente vigorosa e bastante produtiva quando bem cultivada. O teor de açúcar é baixo, entre 13º Brix e 16º Brix. Entretanto, pelas suas características de aroma e sabor, ainda é a cultivar preferida para a elaboração de suco.

53. CORDISCO

Nome ocasionalmente usado para uva italiana Montepulciano.

54. CORVINA

A parte principal dos vinhos tintos de origem Valpolicella e Bardolino é a uva vermelha Corvina, espécie de uva vermelha que quase somente é cultivada na região do Vêneto. Muitas das características do Amarone e do Recioto devem-se à Corvina. Se produzida sozinha, a Corvina traz ao vinho tinto uma leveza, com um leve buquê de amêndoa,

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mas se servir como única espécie para a produção do vinho, este não atinge a harmonia. Por essa razão, é adicionada a outras espécies.

Traz sabores concentrados e aromas de cereja ao tintos de Valpolicella, com destaque para os Amarone e Recioto.

País: Itália.

55. CORVINONE

Uva tinta Italiana encontrada na região de Veneto, muito usada na produção de Amarone e Recioto.

56. CROATINA

Uva tinta Italiana encontrada nas regiões de Piemonte e Lombardia.

57. DOLCETTO

Uva italiana que apesar do nome não é doce. Vinificadas resultam em rótulos suaves do Piemonte, próprio para o dia-a-dia, com alta acidez e que devem ser bebidos ainda jovens. Na região do Piemonte, melhor tratada, a uva é envelhecida em barris de carvalho e resulta em líquidos mais ricos e complexos.

País: Itália, Argentina e Austrália.

58. DOMINA

Uva tinta Alemã, resultada do cruzamento de Spätburgunder e Portugieser.

59. DORNFELDER

Uva tinta Alemã.

60. DUNKELFELDER

Uva tinta Alemã, criada a partir do cruzamento de Portugieser e Färbertraube.

61. DURIF – PETIT SYRAH

Durif é uma variedade de vinho tinto de uvas cultivadas principalmente na Califórnia, Austrália, França e Israel .Desde o final do século 20, as vinícolas localizadas em Washington, Yakima, River Valley, Maryland, Arizona, México (Baja Península) e Ontário. Na península Niágara também produzem vinhos de uvas Durif. É a principal uva conhecida em Israel e os EUA, como Petit Sirah, com mais de 90% das plantações da Califórnia. Sendo as uvas Durif, o Bureau dos EUA de álcool, tabaco, armas de fogo e explosivos. Produz taninos com sabor picante e ameixa.

62. EROlDEGO

Encontrada na região setentrional italiana, resulta em tintos com bastante estrutura e sabor de groselha preta. No Brasil são encontradas algumas experiências interessantes com esta uva.

País: Itália (Trentino Alto Adige), Brasil.

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63. ESPADEIRO

Uva tinta Portuguesa cultivada na região de Galícia.

64. FORTANA

Uva tinta encontrada na região de Emilia Romagna, Itália.

65. FRAPPATO

Uva tinta encontrada na Sicilia, Itália.

66. FREISA

Uva tinta da região de Piemonte, Itália.

67. FUMIN

Uva tinta usada no Vale d’Aosta para misturar com outras uvas na produção de vinho tinto tornando-os um pouco mais macios.

68. GAGLIOPPO

Uva tinta Italiana encontrada predominantemente na Calábria porém também cultivada na Úmbria, Le Marche e Abruzzo.

69. GAMARET

Uva tinta Suíça criada pelo cruzamento das uvas Gamay e Reichenstreiner.

70. GARANOIR

Uva tinta encontrada na França, Alemanha e na Suíça, criada a partir do cruzamento das uvas Gamay e Reichenstreiner.

71. GAMAY

Esta é a única cepa do Beaujolais, um dos vinhos tintos leves mais célebres do mundo.

A Gamay produz um estilo de vinho amplamente imitado, ainda que raramente oriundo da mesma cepa.

É rica em aromas primários e em sabores de frutas maduras. Nos vinhos produzidos com a Gamay, o caráter da cepa predomina.

A cepa Gamay não produz vinho de guarda, exceto nos crus do Beaujolais e unicamente nas melhores safras.

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É a uva usada na produção do Beaujolais, um vinho mais leve, produzido nesta região da Borgonha, para ser bebido bem jovem. Os rótulos mais conhecidos são de Beaujolais Noveau, que são lançados todo mês novembro. Mas há rótulos de maior qualidade, com capacidade de envelhecimento, os chamados Cru Beaujolais. Os aromas de morango, cereja e banana são característicos do vinho produzido com a uva gamay. País: França (Borgonha)

72. GARNACHA (VERMELHO), ALICANTE, GARNACHA, CANNONAU

É a segunda estirpe mais cultivada na Espanha, com quase 14% da área cultivada, você consegue um bom vinho com teor de álcool, cor vermelho-ouro atraente e acidez moderada

Apesar de ser uma uva muito cultivada no mundo é pouco vista em rótulos de garrafas pois é usualmente misturada. É presença fundamental do renomado Châteauneuf-du-Pape e na maioria dos vinhos do Rhône.

Países: França (Rhône), Espanha, Austrália, Itália e Estados Unidos.

73. GARNACHA TINTORERA

Sinônimo da uva tinta Alicante.

74. GIRO

Uva tinta encontrada na região de Sardenha e utilizada na produção de vinhos fortificados.

75. GRAN NERO

Uva tinta Espanhola.

76. GRACIANO

Uva tinta Espanhola também encontrada em Portugal com o nome de Tinta Miúda.

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77. GRENACHE (França) GRANACCIA (Itália)

Uva tinta Francesa bem conhecida pelos vinhos produzidos na região do Vale do Rhône.

78. GRIGNOLINO

Grignolino é um vinho vermelho. Sua casta é comumente cultivada na região de Piemonte. Faz vinhos rosés frutados, com muito aroma, forte acidez e taninos. O nome deriva do Grignolino Grignole, que significa “muitos pips” (dialeto Asti da região). A abundância de sementes, contribuem para o forte taninos amargo associado ao vinho. Enólogos modernos tentam evitar o excesso de taninos suaves e lentos. Grignolino tem dois Denominazione di Origine Controllata (DOC), que produz vinho a partir dele - Asti e Monferrato Casale.

Região: Itália (Piemonte)

79. GROLLEAU (GROSLOT)

Uva tinta cultivada na região de Touraine, Vale do Loire, França.

80. GROPPELLO GENTILE

Uva tinta cultivada na região da Lombardia, Itália.

81. GUARNACCIA

Nome dado a uva tinta Grenache na ilha de Ischia, Itália.

82. GUTTURNIO

Uva tinta da região de Emilia Romagna, Itália.

83. HARRIAGUE

Nome dado a uva Tannat no Uruguai.

84. HEROLDREBE

Cruzamento Alemão das uvas tintas Portugieser e Lemberger.

85. HUMAGNE ROUGE

Uva tinta cultivada na Suíça.

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86. ISABEL

A Isabel é tida como um híbrido natural de Vitis Labrusca x Vitis vinifera. Segundo registros, originou-se de semente na Carolina do Sul, Estados Unidos, antes de 1800. Daí foi levada para o norte por Isabella Gibbs, expandindo-se rapidamente na costa leste do país. Entre 1820 e 1830 foi levada para a Europa onde alcançou grande difusão. Foi introduzida em São Paulo (Brasil) entre1830 e 1840, chegando ao Rio Grande do Sul pela Ilha dos Marinheiros entre 1839 e 1842. Teve rápida expansão em todos os estados vitícolas do Brasil, constituindo-se na base do desenvolvimento da vitivinicultura brasileira.

Isabel é de alta fertilidade e rusticidade, proporcionado colheitas abundantes com poucas intervenções de manejo. Tem o sabor característico das labruscas, adaptando-se a todos os usos: é consumida como uva de mesa; usada para a elaboração de vinhos branco, rosado e tinto, os quais, muitas vezes, são utilizados para a destilação ou para a elaboração de vinagre; origina suco de boa qualidade; pode ser matéria prima para o fabrico de doces e geléias. É a cultivar mais plantada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Também vem apresentando boa performance no Triângulo Mineiro e no Mato Grosso, onde poderá ser uma boa opção para a elaboração de suco.

87. JAEN

Uva tinta Portuguesa da região do Dão.

88. JUAN GARCÍA

Uva tinta Espanhola cultivada na região de Fermoselle Arribes.

89. JUAN IBÁÑEZ

Uva tinta Espanhola cultivada em Calatayud.

90. KADARKA

Uva tinta da Hungria.

91. KÉKFRANCOS

Uva tinta cultivada na Hungria e conhecida como Blaufränkisch na Áustria.

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92. KÉKMEDOC

Uva tinta da Hungria que produz vinhos leves e aromáticos para consumo imediato.

93. KOTSIFALI

Uva tinta Grega cultivada na ilha de Creta.

94. KÖVÉRSZOLO

Uva tinta da Hungria cultivada na região de Tokaj.

95. LACRIMA NERA

Sinônimo da uva tinta Italiana Gaglioppo.

96. LAMBRUSCO

Uva tinta cultivada em toda a Itália, em especial na região da Emilia-Romana. Há mais de sessenta subvariedades conhecidas. Apesar de também produzir bons vinhos de denominação de origem, é mais conhecida no Brasil pelos vinhos frisantes, semi-doces e baixo teor alcoólico e que devem ser bebidos jovens.

País: Itália

97. LEMBERGER

Uva tinta Alemã também encontrada na Áustria com o nome de Blaufränkisch e na Hungria com o nome de Kékfrankos.

98. LIMMIO

Uva tinta Grega da região de Lemmons.

99. MAGLIOCCO CANINO

Uva tinta Italiana cultivada na Calábria.

100. MALBEC – CÔT - AUXERROIS

Originária de Bordeaux, onde é muito tânica, e usada somente misturada a outras cepas, esta uva se tornou emblemática na Argentina, onde é responsável pelos melhores vinhos tintos produzidos no país, de cor escura, denso e aromas florais. Começa a render alguns rótulos no Chile também.

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Países: França, Argentina e Chile.

101. COT

Como é conhecida a Malbec em Bordeaux, em Cahors, onde também recebe o nome de AUXERROIS.

102. MAMMOLO

Uva tinta cultivada na região central da Itália.

103. MANTO NEGRO

Uva Tinta encontrada na região da Maiorca, Espanha.

104. MARZEMINO

Uva tinta Italiana.

105. MAVRODAPHNE

Uva tinta Grega usada na produção de vinhos de sobremesa e vinhos fortificados.

106. MAZUELO

Nome usado na região da Rioja para uva tinta Carignan.

107. MELON DE BOURGOGNE

Uva branca cultivada na região de Muscadet, no Vale do Loire, França.

108. MENCÍA

Uva tinta Espanhola.

109. MERLOT

Associada sempre às regiões bordalesas de Saint Emilion e Pomerol, onde dá origem ao Pétrus, o maior ícone desta cepa. É a mais cultivada em Bordeaux, com quase o dobro

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de hectares que a Cabernet Sauvignon. Usada em cortes ou varietais de grande sucesso, sua popularidade é crescente, por ser menos tânica, com a acidez ligeiramente menor e de textura mais aveludada do que a Cabernet Sauvignon. Amadurece de uma a duas semanas antes dela e se adapta bem a regiões mais frias ou úmidas, como norte da Itália, sul do Brasil ou Nova Zelândia. É muito difundida em todo o mundo e tem presença importante no cone sul, notadamente no Chile. Seus aromas típicos são ameixa, cereja preta, chocolate e ervas.

Similar à cabernet sauvignon, entretanto mais suave, tem sabor mais macio, menos tanino e aromas mais frutados. Tem uma maturação mais fácil e rápida que sua parceira cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta. Base de grandes vinhos do Pomerol, como o famoso Château Petrus. Na Califórnia, nos Estados Unidos, também rendeu grandes exemplares. Também muito usado no Novo Mundo e plantada em várias partes do planeta onde se faz vinho.

No dialeto Bordéus, Merlot significa "noir petit oiseau (Blackbird), e Merlot é as primeiras uvas da época coincide com o momento em que estas aves comem os seus frutos. Seguindo a pista para a sua etimologia, Petit Lafitte, em seu livro "O Vigne de Bordeaux" (1868), procurou a origem do termo na semelhança entre a plumagem melro negro com frutos azuis da videira.

Embora pareça ser da mesma família de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot, balisca aliada aos romanos, não se refere ao século XVIII nas vinhas de Pomerol e Saint-Emilion, e sua presença não indica no Médoc do século XIX. A partir do final deste século, também as datas da sua incorporação no cantão suíço de Tessin, a língua italiana, e estende-se posteriormente por todo o norte da Itália.

Hoje ela é cultivada em 14 regiões vinícolas do país, especialmente na área de Veneza, onde não há sequer um "Rota da Merlot." Ele é usado para vinhos jovens, bastante fraco e, com exceções, de qualidade média.As primeiras vinhas de Merlot foram introduzidas por um personagem chamado Eloy Lecanda, que no final do século XIX, misturá-los para a vinificação, entre aqueles que sublinham a grande Vega Sicilia.

O Merlot sempre viveu à sombra da famosa Cabernet Sauvignon, a uva considerados complementares para misturar com isso e, em menor medida Cabernet Franc. Apenas atingiu proporções notáveis na Saint-Emilion e Pomerol, especialmente em Bordeaux. Hoje, no entanto, é comum encontrar uma única variedade de uva, a maioria jovens, que se beneficiam de sua fragrância grande.

É o aroma do vinho de cassis, compotas de frutos vermelhos e violeta. A pele da baga é mais fino do que o Cabernet Sauvignon, a brotação e amadurece mais cedo do que isso, não tanta intensidade e taninos, e sua cor é menos profundo e concentrado, mas, em contrapartida, é rica em fruta e açúcar. Também atinge o seu pico mais cedo do que o Cabernet Sauvignon.

Em cupaje de Pomerol, representando até 85% e, no caso de Chateau Petrus de até 95%, incluindo idade da vinha e da qualidade de um pesado de argila do solo estratos de metais ferrosos. Em Saint-Emilion cerca de 60% do cupaje, embora estas

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proporções estão a diminuir, uma vez que vai para áreas mais quentes, algo como Graves (cerca de 40%) e Médoc (entre 20 e 30%) .

Uma vantagem dessa variedade está a ser aclimatado muito bem a solos diferentes (aceita melhor do que o Cabernet Sauvignon, solos de argila úmida) e diferentes micro climas. Também é valorizada pelo seu rendimento, que a levou a ser o sexto no ranking, por extensão, de todas as cepas cultivadas em França. Na Europa de Leste, a Eslovênia é o país que é cultivada, a Hungria produz vinhos doces com boa acidez e nariz muito frutado, e também é encontrado na Romênia e na Bulgária.

A variedade de sabores que podem ser encontrados em vinhos feitos com base nessa tensão são: rosas, bolo de frutas, especiarias, menta, chocolate, cassis e ameixa.

Países: França (Bordeaux), Norte da Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil.

110. MOLINARA

Uva tinta Italiana cultivada na região de Veneto, usada na produção de Valpolicella.

111. MONASTRELL

Nome espanhol dado para uva tinta conhecida na França como Mourvèdre.

112. MONICA

Uva tinta da região de Sardenha, Itália.

113. MONTEPULCIANO

Variedade cultivada por toda Itália, com maior destaque na região central. Produz vinhos mais rústicos e é muito usada junto à sangiovese. Não deve ser confundida com a cidade da região da Toscana de mesmo nome, que produz o famoso Vino Nobile di Montepulciano, que aliás é feito a partir da uva sangiovese.

País: Itália

114. MONTÙ (MONTUNI)

Uva tinta Italiana encontrada na região de Emilia, Itália.

115. MORELLONE

Nome as vezes usado na Itália para uva tinta Montepulciano.

116. MORETO

Uva tinta Portuguesa cultivada na região de Alentejo.

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117. MORILLON

Nome usado no norte da França para uva tinta Pinot Noir.

118. MORISTEL

Uva tinta cultivada no norte da Espanha.

119. MOURISCO TINTO

Uva tinta Portuguesa as vezes usada na produção de vinho do Porto.

120. MOURVÈDRE - MONASTRELL – MATARO

Uva típica do Sul da França, mas também muito cultivada na Espanha. É um pouco tânica e tem um toque animal. Geralmente é misturada a outras uvas, como Syrah, grenache e cinsault. Ajuda a dar cor e estrutura ao vinho. Bastante utilizada na Provence, na França, e na Rioja e Penedès, na Espanha.

Países: França, Espanha e Austrália

121. MUSKOTÁLY

Nome usado na Hungria para Muscat.

122. NEBBIOLO

A grande uva do norte da Itália, de colheita mais tardia, colhida em fins de outubro, quando a névoa - nebbia, em italiano - toma conta da paisagem, justificando seu nome. Com ela se faz o Barbaresco e o Barolo - "o vinho dos reis e o rei dos vinhos", segundo Voltaire. Dá origem a líquidos tânicos, alcoólicos, de boa acidez e longevos, mas nem sempre com muita cor. É pouco cultivada fora dessa região por ser muito sensível às variações de solo e clima. Por esse motivo, pode ser comparada com a Pinot Noir, embora tenha perfil aromático diferente. Costumo descrever a Nebbiolo como "a Pinot Noir com uma névoa tânica", que com a idade se dissipa e descortina a elegância de grandes vinhos. Quando jovens, seus vinhos podem ter florais como violeta e rosas. Com a idade desenvolvem couro e especiarias.

Nebbia em italiano significa névoa, uma característica do clima da região onde esta variedade é cultivada, nos montes de Alba e Monforte. Resulta no nome da uva que produz os melhores e mais valorizados tintos italianos: Barolo e o Barbaresco. São bebidas intensas, frutadas, bastante tânicas, de aromas complexos (florais, frutas, trufas e até piche!) e com alta acidez, o que torna obrigatório o envelhecimento em barris de carvalho para aparar as arestas. Melhora com os anos e acompanhado de um prato de comida mais forte.

País: Itália

123. NEGOSKA

Uva tinta Grega usada em pequenas quantidades, geralmente misturada com a uva Xinomavro para produção de vinhos mais leves.

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124. NEGRA DE MADRID

Sinônimo usado para uva tinta Grenache em Madrid.

125. NÉGRETTE

Uva tinta cultivada no sul da França.

126. NEGROAMARO

Uva tinta cultivada no Sul da Itália.

127. NERELLO

128. Uva tinta Italiana cultivada na Sicilia.

129. NERO D'AVOLA

A grande uva tinta da Sicília, maior ilha do Mediterrâneo e segunda maior região produtora de vinhos da Itália, depois do Veneto. Geneticamente esta uva se assemelha a Syrah. No clima quente e solo vulcânico da ilha proporciona vinhos fortes e encorpados, os mais comuns são rústicos e pesadões, os melhores são longevos e mais equilibrados, atingindo a excelência.

Cepa típica da região de Sícilia, no Sul da Itália. Produz vinhos de qualidade, escuros, densos e com potencial de envelhecimento.

Originária da Sicília, esta variedade tinta tem aparecido com maior freqüência em vinhos varietais no mercado mundial. Até pouco tempo atrás, era usada basicamente em assemblages com o intuito de aportar cor e corpo. É a uva tinta mais tradicional e importante da região, também conhecida como Calabrese, é responsável por alguns dos melhores tintos da Sicília, além de participar do corte do tradicional vinho Marsala. Sua origem nos remete a centenas de anos atrás, na cidade Avola, ao sul da ilha, na parte meridional da província de Siracusa, onde a uva parece ter sido descoberta por produtores locais. Hoje é cultivada por toda a ilha, mas com maior destaque na região sul, graças a seu clima e solo, ideais para o desenvolvimento da Nero D’Alvola.

É muito comparada à uva Syrah, seja em suas características físicas como organolépticas e preferência por regiões geográficas mais quentes e ensolaradas. Quando vinificada sozinha, produz vinhos com grande intensidade de cor, potencial de envelhecimento, especialmente quando passa por barricas de carvalho, boa estrutura, taninos robustos porém macios, mostrando comumente notas de ameixa e chocolate.

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A Sicilia foi durante muito tempo um exportador de vinhos a granel, inclusive para outras regiões da Itália, tendo priorizado por demasiado tempo, quantidade sobre qualidade. Somente de uns tempos para cá é que houve uma reformulação e inversão de prioridades, podendo hoje contar com um número considerável de bons vinhos possibilitando escolher vinhos mais ou menos robustos, mais amistosos, de maior guarda ou para serem tomados jovens. Abaixo seguem algumas indicações de vinhos que acho serem uma boa porta de entrada para os sabores desta uva devendo-se tomar cuidado com o nível de teor alcoólico dos rótulos advindos desta região já que o excessivo calor pode gerar níveis bastante altos. Os rótulos não são muitos, mas são de vinhos provados e aprovados, com preço final consumidor aproximado e todos de um estilo de bom corpo e volume de boca, porém mais elegantes, equilibrados e saborosos sem perder a tipicidade e sabores únicos desta cepa. Gosto de bons vinho e ponto, porém estas uvas autóctones geram vinhos por demais interessantes e diferenciados que fazem meu dia! Espero que façam o seu também.

País: Itália.

130. NEYRER

Uva tinta rara ainda cultivada na região de Piemonte, Itália.

131. NIEDDERA

Uva tinta Italiana cultivada em Sardenha.

132. NINCUSA

Uva tinta cultivada na Croácia.

133. NOBLE JOUÉ

Sinônimo usado na região de Touraine, no Vale do Loire para uva Pinot Noir.

134. NORTON

Única uva tinta Americana (Vitis Labrusca) que produz vinhos nobres nos Estados Unidos.

135. OTTAVIANELLO

Nome dado a uva Francesa Cinsaut na região da Puglia, Itália.

136. PAMID

Uva tinta da Bulgária.

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137. PARRALETA

Uva tinta Espanhola cultivada na região de Somontano.

138. PASCALE DI CAGLIARI

Uva tinta Italiana cultivada na região de Sardenha.

139. PERIQUITA - CASTELÃO PORTUGUÊS, CASTELÃO FRANCÊS

Plantada no sul de Portugal, dá vinhos de boa estrutura, que envelhecem bem, e é também a marca do popular tinto lusitano mais exportado para o Brasil.

País: Portugal.

140. PERRICONE

Uva tinta Italiana cultivada na Sicilia.

141. PETIT ROUGE

Uva tinta da região do Valle d’Aosta, Itália.

142. PETITE SIRAH

Uva tinta relacionada com a uva Syrah, muito cultivada na Norte America, conhecida pela sua alta quantidade de tanino.

143. PETIT VERDOT

Variedade típica da região de Bordeaux, na França. Dá sabor, cor e taninos ao corte bordalês.

País: França (Bordeaux)

144. PICPOUL

Variedade de uva branca e tinta cultivada na região de Languedoc, França.

145. PIEDIROSO

Uva tinta Italiana cultivada na região de Campânia.

146. PINEAU D’AUNIS

Uva tinta Francesa cultivada em Touraine no Vale do Loire.

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147. PIGNOLO

Uva tinta Italiana nativa da região de Friuli.

148. PINOTAGE

Esta casta é fruto de um cruzamento genético entre duas castas francesas, Pinot Noir a Cinsault. Criada em 1925, em Stellenbosch, na África do Sul, esta cepa tornou-se emblemática do país. Lá, ela rende desde rosados, passando por tintos leves, que lembram a parente Pinot Noir, até vinhos mais robustos, amadurecidos em carvalho. Os aromas típicos são: cassis, groselha, amora, framboesa, além de especiarias e uma nuança muito característica, normalmente descrita como aroma de acetona ou verniz. A Pinotage também é bastante cultivada no Brasil e na Nova Zelândia.

Os exemplares mais simples lembram borracha queimada e são muito rústicos.

País: África do Sul.

149. PINOT MEUNIER

Uva tinta Francesa, uma mutação da uva Pinot Noir muito usada na mistura de algumas Champagnes.

150. PINOT NOIR (Francês) - PINOT NERO (Italiano)

Uva típica da Borgonha, produz os vinhos mais admirados pelos enólogos e enófilos do mundo. Sua qualidade está ligada diretamente ao terroir onde está plantada. É uma uva de difícil de cultivar e vinificar e pode gerar tanto tintos inexpressivos como muito complexos. São vinhos de coloração clara para média com relativo baixo tanino e acidez. Os grandes pinot noirs têm aroma intenso, complexo e sensual, e evoluem muito bem na garrafa. Os exemplos mais clássicos são os renomados (e caros) vinhos de Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeat e outros tantos da Borgonha. Menos feliz em outras regiões do mundo, tem apresentado algum sucesso no Chile com preços bem mais acessíveis. A pinot noir também faz parte da receita que compõem os vinhos da Champagne.

Pinot apareceu pela primeira vez na língua escrita, em 1347, referindo-se a um conjunto compacto de abacaxi (pino em francês).

No século XV, as aldeias de Bourgogne Pinot, forneciam vinhos (incluindo o Pinot Chardonnay) para a Espanha. A sua cultura foi relegada para a Catalunha.

Por sua delicadeza e complexidade é amplamente considerado o melhor cepa tinta de vinhedos do mundo. Os melhores exemplos desta variedade podem ser encontrados ao norte da Borgonha, da Côte d Or. Seu reinado na terra de Borgonha, é comparável àquela exercida pelo Cabernet Sauvignon de Bordeaux, mas isso não é nada brevemente de "civilizado", Pinot Noir é extremamente delicada e difícil de extrair suas melhores qualidades.

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É difícil encontrar bons exemplos do seu reduto de origem, exceto, talvez, alguns vinhos do Alto Adige, Itália e Hungria Sul, mas também produzida na Alemanha, Suíça, Áustria e Europa Oriental. Necessita de frio, de modo que as experiências de vinhos varietais, na Austrália, Califórnia e África do Sul não tenham se destacado em excesso, e me parece mais promissora, porque eles são mais latitude adequada, o norte-americano de Oregon Pinot Noir, e Nova Zelândia.

A baixa produtividade é essencial para vinhos de qualidade, na Borgonha, o padrão é de cerca de 25 hl / ha. Apenas isto irá garantir que a sua pele dura mantém as características de coloração rica. Por outro lado, a variedade de clones existentes faz com que os produtores de vinho franceses escolhem freqüentemente o mais fácil de crescer e melhor desempenho. A metade norte de (Côte de Nuits) são alcoólatras mais do que os do sul (Côte de Beaune). No entanto, é quase tão difícil de descrever como cultivar a cepa de onde eles provêm. O arco é tão variada que pode ir, nos vinhos jovens, desde o delicado e o cheiro de framboesa esmagada Pinot Noir da Costa de Beaume, o cheiro de morangos sol aqueceu um Cru Côte de Nuits, ou o cheiro da tinta que pode apreciar alguns dos Chalonnais Cote mais ao sul. Na maturidade, um Borgonha bom adquirir uma complexidade admirável e aroma pode ter aromas de violetas, trufas ou até mesmo a caça.

Neste caso, a combinação do solo-clima da estirpe parece ser mais importante do que para as outras variedades. Por sua sensibilidade à Botrytis é mais adequado para os solos profundos e bem drenados, mas cresce bem em solos calcários de Champagne, que está envolvida no desenvolvimento do famoso espumante Blanc de Noirs.

A cepa poderia ter sido cultivado e pelos gauleses antes da invasão romana e pode diminuir algumas das primeiras variedades selvagens selecionadas pelo homem. Entre as descrições feitas pelos romanos, poderia corresponder à Allobroges Vitis, origem de Syrah, Petit Syrah ou Mondeuse.

A variedade de sabores que podem ser encontrados: rosas, cerejas, violetas, framboesas e morangos.

Países: França (Borgonha, Champagne), Chile, Itália, África do Sul. França (Borgonha, Champagne), Alemanha, Califórnia, Chile

151. PINOT ST GEORGE

Uva tinta cultivada na Califórnia identificada como sendo a uva Francesa Négrette.

152. PLAVINA

Uva tinta cultivada na Croácia.

153. PORTUGIESER

Uva tinta comum na Alemanha e na Áustria.

154. PROKUPAC

Uva tinta cultivada na Sérvia.

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155. RACIOANO

De sabor delicado e ligeiramente condimentado é usada cortes da Rioja.

156. RAMISCO

Uva tinta Portuguesa cultivada na região de Colares.

157. REFOSCO

Uva tinta encontrada na Itália, Croácia e Eslovênia.

158. RHODITIS

Uva tinta cultivada na Grécia.

159. RONDINELLA

Uva tinta Italiana cultivada na região de Veneto, utilizada no corte dos tintos italianos Amarone, Valpolicella e Bardolino.

160. ROSSESE

Uva tinta Italiana cultivada na região da Ligúria.

161. ROUCHET

Uva tinta Italiana.

162. RUBIN

Uva tinta cultivada na Bulgária, um cruzamento entre as uvas Nebbiolo e Syrah.

163. RUBIRED

Uva tinta cultivada na Califórnia, um cruzamento entre as uvas tintas Alicante e Tinto Cão.

164. RUFETE

Uva tinta Portuguesa.

165. SAGRANTINO

Uva tinta Italiana cultivada na Úmbria, na região de Motefalco.

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166. SALVAGNIN NOIR

Nome dado a uva Pinot Noir na região de Jura, França.

167. SANGIOVESE

A variedade mais importante da Itália, disseminada por diversas regiões de norte a sul do país. Está fortemente associada à Toscana, onde é a base de tintos tradicionais como o Chianti (no qual aparece misturada com outras variedades como a Canaiolo) e o Brunello di Montalcino, onde aparece sozinha, com o nome de Sangiovese Grosso, ou Brunello. Tem boa tanicidade e acidez. Aromas de especiarias, frutas vermelhas, como ameixa, e alcaçuz. É também a base de muitos supertoscanos como o Tignanelo, e muitas vezes aparece misturada a uvas de Bordeaux, como Cabernet Sauvignon e Merlot. Embora pouco adaptada fora da Itália, a Sangiovese é vista em alguns países, sobretudo de imigração italiana, embora raramente renda exemplares de qualidade.

Trata-se da variedade mais plantada na Itália, é a base dos grandes vinhos da Toscana - Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobilo de Montepulciano. O nome significa o sangue de Júpiter. É uma cepa de amadurecimento tardio, bem ácida, tânica e frutada.

Países: Itália (Toscana, Emilia-Romagna), Estados Unidos e Argentina.

168. SAPERAVI

Uva tinta cultivada na Geórgia.

169. SCIACARELLO

Uva tinta cultivada na ilha de Córsega, França.

170. SEIBEL

Nome de diversas uvas hibridas criadas por Albert Seibel.

171. SERVANIN

Uva tinta cultivada no Sul da região do Rhône, França.

172. SEVERNY

Uva tinta cultivada na Rússia, espécie Vitis Amurensis originária da Mongólia.

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173. SOUSÃO

Uva tinta cultivada no norte de Portugal, ela também pode ser encontrada na região da Galícia, Espanha, conhecida como Souzão ou Sousón.

174. SPÄTBURGUNDER

Sinônimo Alemão para uva tinta Pinot Noir.

175. SYRAH - SHIRAZ

Syrah é uma espécie de uva de alta qualidade, que primordialmente, é cultivada na França. De acordo com a lenda, essa uva tem origem na Pérsia ou foi trazida pelos romanos. As análises de DNA provaram, no entanto, que o Syrah é o resultado de um cruzamento natural das uvas vermelha Dureza e branca Mondeuse Blanche, ambas de origem francesa. A Syrah também é cultivada na Austrália, onde é denominada Shiraz. Foi introduzida no ano de 1830. A Syrah também pode ser encontrada na África do Sul, Califórnia, Argentina e Sicília. Essa espécie pertence, por sua qualidade, às Cépages nobles. A cor escura, a alta concentração de tanino e sabor picante fazem com que os vinhos Syrah possuam alto potencial de amadurecimento.

Uva do Rhone, na França, que resulta vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos e na boca evocam frutas vermelhas (amoras). Na Austrália, com o nome de Shiraz, dá exemplares tânicos, apimentado e de boa maturação. É responsável pelos grandes rótulos deste país.

Shiraz é a espécie de uva vermelha australiana e sul-africana correspondente à Syrah na França. Em 1833, esta espécie chegou ao novo continente através de James Busby, mas era conhecida como Scyras. Somente mais tarde passou a ser denominada Shiraz. A Shiraz e a Syrah são diferentes se cultivadas em solo europeu ou australiano e também em função do método de produção, que é mais pragmático na Austrália, desvinculando-se um pouco dos padrões rigorosos e tradicionais europeus. Isso não significa que não haja vinhos excelentes no novo mundo a partir dessa uva.

Origem

Uva tinta de superior qualidade, originalmente proveniente do Caucaso, e conhecida na antiga Pérsia, é talvez a uva vinifera mais antiga do mundo. O nome Shiraz vem da cidade de Shiraz (Iran), onde era muito cultivada na antiguidade. Trazida para o Ocidente, criou raízes "modernas" no sul da Borgonha e na Provence (França). Hoje casta principal dos Côtes-du-Rhône, do famoso Chateauneuf-du-Pape, e dos Côtes-de-Provence. Fora da França produz bons vinhos varietais, que podem chegar a ótimos; muitas vezes pecam pelo excesso de acidez e presença taninos potentes, por vezes difíceis de controlar; são freqüentemente combinadas com cabernet. Shiraz é hoje a uva nacional da Austrália.

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Interessante assinalar que recentemente foi acertada uma longa disputa, da Syrah com Petite Sirah (Califórnia). A análise de DNA de amostras da França, da Califórnia, e da Austrália, provou serem em vários casos a mesma; mas houve vários casos onde se identificou P.Sirah com a obscura Durif. Os bons exemplares de Syrah tendem a trazer consigo uma certa dose de mineralidade, fruta intensa e uma marca muito própria de especiarias com uma certa alusão a pimenta gerando um final de boca algo picante. Os Australianos tendem a ser mais potentes e intensos, com maior presença de fruta madura e algo de chocolate enquanto os Europeus puxam para um estilo mais elegante, porém de grande estrutura, com taninos aveludados de boa textura e algo mais apreciado. Os grandes vinhos como Penfolds Grange, vinho mítico Australiano, Incógnito e Quinta do Monte D’Oiro de Portugal, Planeta Syrah da Sicília e os grandes Cote-Rôtie e Hermitages, são deliciosos, mas de alto custo.

Regiões de Produção

Na França, a syrah ocupa lugar de destaque no centro-leste e no sudeste. Já no Novo Mundo, a shiraz se destaca na África do Sul e na Austrália, sendo que o famoso Grange supera com facilidade a concorrência, mesmo dos franceses.

Características dos Vinhos

O visual de vermelho intenso e profundo, mas com brilho, denota bons taninos, sem excessos de cor; aromas de ameixa, nectarina e um leve toque de amora e cravo; no paladar sabor marcante de ameixas frescas e cerejas, com pouca acidez, e bom equilíbrio; macio, e deixando uma boa permanência de paladar, com aromas secundários agradáveis. Em resumo, uma excelente uva tinta.

Harmonização

São sempre vinhos saborosos e estruturados; acompanham bem pratos de carnes e aves, e queijos amarelos. Pode ser também uma boa opção para acompanhar fondues e soufflés. Uma outra combinação muito boa é com crêpes salgadas.

176. SZÜRKEBARÁT

Nome dado na Hungria para uva Pinot Gris.

177. TANNAT - MANDIRAN

Apesar das alegações e grande probabilidade de que a cepa tenha origem Basca, é na região francesa do Mandiran, ao pé dos Pirineus, onde ela criou raízes profundas. Diversos estudos mostram que esta cepa é campeã de polifenóis e, consequentemente, gera vinhos com mais quantidade de resvesterol e de grande “tanicidade”, tanto que o próprio nome da cepa é derivado da palavra; taninos. Retinto na cor, muita fruta negra, algo defumado, chocolate, especiarias, tradicionalmente geram vinhos de boa complexidade aromática, mostrando-se no palato muito rico, um vinho de grande estrutura e poderoso com grande capacidade de guarda. Tudo vero e uma cepa que, até pouco mais de uma década atrás possuía poucos admiradores e, mesmo na França, era considerada uma uva secundária de baixa penetração no mercado internacional se restringindo a um consumo mais regionalizado. Foi com a chegada do Uruguai ao mercado, que os vinhos desta cepa ganharam espaço e se revigoraram mundialmente.

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Os emigrantes bascos trouxeram as cepas em sua viagem para o Uruguai nos idos de 1870 onde virou um ícone da vitivinicultura local assim como a malbec o é para a Argentina. A cepa se tornou o símbolo enológico do Uruguai. Hoje, o Uruguai tem mais superfície plantada desta uva do que a própria França, representando aproximadamente um terço de seus campos de cultivo. Apesar de centenários, alguns desses vinhedos ainda produzem.

O nome Tannat vem de tanino, substância responsável pela adstringência e cor escura nos tintos. O vinho Tannat uruguaio revela estilo diverso do francês, devido a diferenças clonais e de terroir. No geral, o Tannat de nossos vizinhos é menos agressivo e mais frutado que o gaulês, mantendo as características de cor escura, com taninos marcados, teor alcoólico médio e afinidade com carvalho. No caso de exemplares mais jovens, é bem-vinda uma passagem pelo decantador antes de chegar às taças. Uma curiosidade: a Tannat é também conhecida localmente pelo nome de "Harriague", referência ao basco francês Don Pascual Harriague, que teria introduzido a cepa no país, em 1870.

Os uruguaios trabalharam muito bem esta cepa conseguindo “domá-la” e com isso gerando vinhos mais amistosos que os destacaram em nossa vinosfera. Essa “doma” feita através de micro-oxigenação durante a fermentação, e a extração dos caroços (grainhas) assim como a aplicação adequada de madeira, tende a suavizar a uva, produzindo taninos mais redondos tornando o vinho mais amistoso. A adição de merlot no corte, uma tradição uruguaia, tem o objetivo de amansar o tannat tornando-o mais palatável. No Mandiran é comum a adição de Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon com o mesmo intuito. Como a natureza é sábia, a cepa também possui uma acidez bastante acentuada que ajuda a equilibrar os fortes taninos e alimenta a longevidade dos vinhos.

Países: Uruguai e França.

178. TEMPRANILLO - TINTO FINO, CENCIBEL, TINTA RORIZ, ARAGONÊS

A mais importante uva de qualidade da Espanha, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Usualmente misturada à garnacha e mazuelo. Dá um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho que lhe confere aromas de tabaco.

Falar de Tempranillo é falar de Espanha onde as primeiras videiras foram plantadas por volta do ano 1.100 aC, na região de Cádiz (perto de Jerez de La Frontera), provavelmente pelos Fenícios. Os primeiros vinhos eram adocicados e pesados. Contudo, durante o século 8º até 15º, a Espanha esteve sob ocupação dos mouros e, para a cultura desse povo, a produção de vinhos não era prioridade. Sendo assim, o desenvolvimento vitivinícola ficou estagnado até meados do século XV. O padrão de qualidade conhecido atualmente, aparece depois da crise da phylloxera, no século 19. Hoje a Espanha se encontra entre os três maiores produtores mundiais, sendo a maioria dos seus vinhos tintos elaborados com Tempranillo, uva ícone do país, em forma varietal ou em cortes com Garnacha, Graciano e Mazuelo e uvas internacionais como Cabernet Sauvignon e Merlot em menor escala. A origem de seu nome vem

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provavelmente da palavra espanhola temprano, que significa cedo, devido á precocidade de seu ciclo vegetativo em relação às outras variedades tintas da região.

Seu cultivo predomina na região de Rioja, com cerca de 70% dos vinhedos, mas está espalhada pelo país com nomes muitas vezes diferentes como; Ull de Llebre (Catalunha); Cencibel (La Mancha); Tinto Fino (Ribera Del Duero);Tinta del Pais (Ribera del Duero onde a presença é também bastante forte) e Tinta de Toro (Toro). Possui casca espessa e escura, bago de tamanho médio, acidez não muito alta e equilibrada, normalmente não produzindo vinhos com alto teor alcoólico, variando entre 10,5 e 13 %. Em geral, os vinhos de Tempranillo são elegantes, estruturados e complexos quando passam por madeira. Seu estilo fica entre os tintos de Bourgogne e Bordeaux. Podem apresentar aromas de frutas vermelhas como morango, caramelo e especiarias, mas não é, tradicionalmente, uma uva que gera vinhos de forte presença aromática sendo mais exuberante em boca. A complexidade aromática, quando existente, vem normalmente com o corte com cepas outras que, preferencialmente, também lhe aportem maior acidez. Por suas características, é bastante resistente á oxidação o que lhe permite um maior tempo de contato com madeira, tradicionalmente carvalho americano, como nos casos dos Reservas e Gran Reservas que passam no mínimo 24 meses em barricas e uma longevidade bastante estendida.

Conforme Oz Clarke em seu livro, Grapes & Wines, a Tempranillo é uma uva que não reproduz muito o seu terroir, ao contrário da Pinot Noir, e sim suas próprias características o que faz com que seus sabores sedutores se possam sentir nos mais diversos locais onde é plantada, preferencialmente em regiões quentes. Sua complexidade vem mesmo é do estilo de vinificação a que a uva é submetida. Além da Espanha, a Tempranillo é cultivada em outros países como Portugal, nas regiões do Douro (onde é conhecida como Tinta Roriz)) e do Alentejo (com o nome de Aragonez) assim como na Argentina e Austrália onde os vinhedos desta cepa têm aumentado exponencialmente. Dizem que será a uva do futuro, especialmente no Novo Mundo, então esperemos para ver.

Jovens Tempranillos, tendem a ser de corpo leve para médio, macios e amistosos devendo assim como os pinots, serem servidos levemente refrescados, por voltas dos 15 a 16º quando melhor demonstram toda a sua sedução, alcançando a plenitude dos sentidos como bem me recordou meu amigo Juan Rodriguez, o mestre da Tempranillo no Brasil. Os vinhos de Ribera Del Duero, Toro e Douro (Roriz) tendem a ser mais encorpados com uma carga tânica maior precisando de mais tempo para se abrir e mostrar toda a sua exuberância ao palato. Definitivamente, vinhos para serem decantados.

A difícil casta dos vinhos ícones da Ibéria – Tinta Roriz, Aragonez ou Tempranillo.

A Tinta Roriz embora represente 25% da superfície vitícola portuguesa, a custo é tida como uma casta de excelência. Segundo opinião quase unânime juntos dos enólogos a trabalhar no Douro, produz muito, exige muitas intervenções em verde, a maturação processa-se irregularmente até no mesmo cacho, em suma, é uma casta difícil de trabalhar, principalmente em viticultura de montanha, onde existem muitas exposições solares e diferentes altitudes. Em Portugal é a base de suporte para um blend de vinho

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apto a envelhecer, lembro o Barca Velha 1999, com cerca de 50% de Tinta Roriz, 40% entre Touriga Nacional e Touriga Franca e 10% Tinto Cão, estagiado por 18 meses em meias-pipas novas de carvalho francês, e o Pêra-Manca 2003, 50% Aragonez e 50% Trincadeira, tradicionalmente estagiado por 18 meses em tonéis de 3.000 litros com mais de 50 anos.

Em Espanha o cenário é completamente diferente, na Rioja, considerada a sua origem, 57% das vinhas, mais de 27.500 hectares, estão ocupados com Tempranillo e nos vinhos da Ribera del Duero ela é quase sempre componente único. Da Rioja trago ao espírito o cultural e clássico Viña Tondonia Tinto Gran Reserva 1991, Tempranillo (75%), Garnacho (15%), Mazuelo e Graciano (10%), envelhecido 9 anos em barricas, com 2 trasfegas por ano, feitas à mão. Da Ribera del Duero o portentoso Pingus 2004, Tempranillo (100%) com supervisão biodinâmica e 100 pontos de Robert Parker.

Para ter elegância, acidez e fruta fresca num Tempranillo precisamos de um clima ameno. Mas para ter elevada concentração de açúcares fermentescíveis e cor intensa da sua casca espessa precisamos de calor. Na Ribera del Duero este aparente contraditório é possível devido ao clima continental e às médias altitudes de até 800 metros. Na Rioja as elevadas temperaturas e as baixas altitudes originam excesso de fruta em compota e baixo teor em ácidos, esta falta de frescor é agravada pela aparente predisposição genética da Tempranillo para absorver potássio, provocando o aumento do nível de sais de ácidos orgânicos, com a conseqüente subida do pH. Neste caso a solução passa pelo blend com uvas de maior teor em ácidos orgânicos.

Comportamento vitícola

A Tinta Roriz é uma variedade:

- com uma fertilidade apta em cachos grandes (como na foto abaixo das vinhas na Casa dos Gomes no Dão).

- de alta produtividade (8 a 18 ton/ha), variando muito com o tipo de solo, o clima e o clone.

- alterna com os anos, ou seja, em bons anos, produz vinhos encorpados, retintos, muito aromáticos, míticos e em anos maus produz apenas vinho.

- de muito fácil condução da copada.

- bastante sensível ao Oídio (parasita que ataca superficialmente a planta) e exageradamente sensível ao Míldio (parasita que ataca profundamente a planta).

- de mediana susceptibilidade ao stress térmico e hídrico (em anos quentes e secos é necessário reduzir de modo drástico a área foliar das videiras e o número de cachos, por forma a baixar o consumo de água).

- precoce com curto ciclo de maturação.

- prefere solos profundos, bem drenados e com reduzida disponibilidade hídrica, uma vez que elevado teor de água provoca atrasos no pintor e redução da qualidade.

Como curiosidade, em 1988 e no berço riojano, fruto de uma mutação natural por fatores ambientais desconhecidos, surgiu a variedade Tempranillo Blanco numa videira de Tempranillo onde todas as varas originaram cachos de casca escura, exceto uma que produziu cachos de pequenas bagas esverdeadas. A Tempranillo Blanco viu aumentada o número de indivíduos por multiplicação vegetativa daquela única vara.

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Comportamento enológico

Quando originários de vinhas de baixo rendimento, 6 a 8 ton/ha, os vinhos de Tinta Roriz são sempre de cor vermelha intensa, nariz de ameixa e frutos silvestres, tais como, groselha, framboesa, mirtilo, amora, que se tornam mais complexos com a evolução em barrica e/ou garrafa. As principais características em boca são a textura envolvente, macia, sedosa e aveludada, apoiada em firmes taninos, e o bom equilíbrio de acidez e álcool. Quando o vinho estagia em carvalho novos aromas surgem: baunilha, coco (típicos do carvalho americano), especiarias, anis, charuto (típicos do carvalho francês).

Com rendimentos de 10 ton/ha para mais, os vinhos adquirem uma coloração menos intensa, mais aberta, o nariz simplifica, quando jovem, o vinho vive muito dos básicos e muito etéreos aromas fermentativos frutados, tornam-se menos encorpados, mais ligeiros e de estrutura média, geralmente, estes são vinhos fáceis, próprios para o consumo diário. Nestes vinhos a opção por madeira para nada mais serve do que complementar a estrutura e, por vezes, melhorar a plausível deficiência aromática.

Varietal ou blend? A decisão terá que ser tomada com base na vinha e no vinho. Para ser um varietal harmonioso e prazeroso terá de ser obtido de uva sã irrepreensivelmente madura, quer ao nível aromático, quer fenólico, e com um ótimo equilíbrio de açúcares e ácidos.

Se a Touriga Nacional é o nariz, a Tinta Roriz é a boca do vinho. A alta carga tânica influencia também a estabilidade corante do vinho, normalmente, a cor deste vinho mantém-se bem ao longo do envelhecimento. Em resumo, a Tinta Roriz é uma casta polemica, capaz de produzir vinhos bastante fracos, de cor insuficiente, taninos agressivos e sabores herbáceos, devido à sua exagerada capacidade produtiva. Mas é capaz de produzir vinhos únicos, memoráveis quando controlados todos os fatores que interferem na produção: escolha do solo, do porta-enxerto, fertilização equilibrada e adequada condução da sebe vegetativa.

Países: Argentina, Espanha (Rioja), Portugal.

179. TEROLDEGO

Uva tinta cultivada na região de Trentino no norte da Itália.

180. TERRET

Uva tinta mais antiga cultivada em Languedoc e, a uva branca Terret Gris já foi a mais plantada na região.

181. THINIATIKO

Uva tinta Grega.

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182. TINTA AMARELA

Uva tinta Portuguesa cultivada principalmente na região do Douro.

183. TINTA DA BAIRRADA

Uva tinta da região da Bairrada em Portugal.

184. TINTA BARROCA

Uva tinta Portuguesa usada na produção de vinho do porto, e em tintos do Douro. Terceira uva mais cultivada na região do Douro.

País: Portugal (Douro)

185. TINTA CAIADA

Uva tinta Portuguesa também conhecida como Tinta Lameira.

186. TINTA FRANCISCA

Uva tinta Portuguesa similar a uva Pinot Noir.

187. TINTA MIÚDA

Uva tinta Portuguesa cultivada aos redores de Lisboa.

188. TINTA NEGRA MOLE

Uva tinta cultivada na ilha da Madeira, Portugal.

189. TINTA PINHEIRA

Uva tinta Portuguesa.

190. TINTO CÃO

Uva de alta qualidade das regiões portuguesas do Dão e do Douro é reconhecido pelo seu caráter apimentado. No Douro é muito usada na composição do vinho do Porto.

País: Portugal (Douro e Dão)

191. TOURIGA FRANCESA

Mais leve que a touriga nacional, também é parte da receita do vinho do Porto. Usado ainda em tintos secos de mesa da região do Porto. País: Portugal (Douro)

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192. TOURIGA NACIONAL

Uva autócne superior, presente em vinhos portugueses; encorpado, de cor forte, sabor intenso e muito tânico é típico da região do Douro. Usada na receita do vinho do Porto, também é uma uva que produz varietais com muita tipicidade.

Em Portugal é a casta mais difundida por todo o território continental, daí o termo Nacional como complemento democrático-geográfico a esta surpreendente Touriga. Estados Unidos da América, Austrália, África do Sul, Argentina, Chile, Brasil são países que a naturalizaram porque dupla-cidadania, como um Shiraz australiano, um Malbec argentino, um Carménère chileno, um Tannat uruguaio ou o mais recente Merlot brasileiro, ainda ninguém lhe conferiu.

Com natural singeleza, elegância, potência e monstra polivalência a Touriga Nacional pode aparecer na forma de:

- vinho espumante, como por exemplo os Murganheira Blanc de Blancs Touriga Nacional e do Luis Pato na Bairrada;

- vinho tinto seco fino, aqui prefiro a delicadeza dos Tourigas do Dão em detrimento dos Tourigas do Douro porque são fruto de solos de origem granítica e sedimentar e de amenas temperaturas bem típicas de um qualquer verão beirão;

- vinho licoroso, seja qual for Vinho do Porto Vintage ou Late Bottled Vintage originário dos melhores patamares de um bardo da mais antiga Região Demarcada do Mundo.

Por característica, a Touriga Nacional é uma variedade muito fértil, isto é, todas as gemas deixadas à poda brotam e brotam também muitas feminelas que adensam a copada, embora seja pouco produtiva porque é propícia ao desavinho (acidente fisiológico em que não ocorre a transformação das flores em fruto) e à bagoinha (acidente fisiológico em que no mesmo cacho aparecem, além de bagas normais, bagas de dimensões reduzidas, bagas que não são bagas). Possui, no entanto, baixa produtividade geralmente decorrente do seu elevado vigor e do seu caráter retumbante que juntos dificultam o ótimo arejamento da flor, impedindo assim o correto desenvolvimento da fecundação, resultando menos cachos. Portanto, esta é uma casta muito exigente quanto à forma de ser conduzida.

Como virtudes ela revela:

- estar bem adaptada a uma grande diversidade de solos;

- ser satisfatoriamente rústica, suportando condições médias de stress hídrico;

- ser muito resistente às doenças e pragas habituais da vinha;

- ter uma maturação intermediária, originando cachos pequenos a médios, ligeiramente compactos, de baga pequena com película espessa e cor negro-azulada.

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Comportamento enológico

A Touriga Nacional é uma casta muito consistente em termos de qualidade dos vinhos originados ao longo dos anos. Os mostos apresentam um teor alcoólico médio a elevado e uma acidez total titulável média a elevada, ou seja, gerando equilíbrio. Os vinhos têm cor retinta intensa, com forte presença de tonalidades violáceas. O aroma é igualmente intenso desde os frutos pretos maduros (amoras, framboesas) às perfumadas flores (violetas, rosas), lembrando por vezes também algo mais silvestre, rosmaninho, alfazema, esteva, etc. Muito rico em substâncias fenólicas, na boca é volumoso, estruturado e persistente, possuindo um elevado potencial para envelhecimentos prolongados.

Portanto, vinificada em varietal, por si, sem carvalho, a tendência é gerar vinhos intensamente corados, frescos, bem equilibrados em álcool e ácidos, de taninos macios. A passagem por barrica aumenta a sua complexidade aromática e tende a melhor estruturá-los. Quando usada em cortes, porta-se como o nariz, o perfume do vinho.

Países: Portugal e Austrália

193. TREPAT

Uva tinta Espanhola.

194. TRINCADEIRA

Outra cepa original portuguesa, com toques apimentados e condimentados

País: Portugal (Alentejo)

195. TROLLINGER

Nome usado na Alemanha para uva tinta conhecida como Schiava na Itália.

196. TROUSSEAU

Uva tinta nativa da região do Jura, França.

197. UVA ABRUZZI

Nome também usado para uva tinta Italiana Montepulciano.

198. UVA DI TRÓIA

Uva tinta Italiana cultivada na região da Puglia.

199. UVA RARA

Uva tinta Italiana cultivada na Lombardia.

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200. VACCARÈSE

Uma das uvas tintas usada na produção do vinho Frances, Châteauneuf-Du-Pape.

201. VERNACCIA

Nome usado na Italia para diversas uvas, tanto uvas brancas como uvas tintas.

202. XÉRÈS

Nome em Francês para o vinho Jerez.

203. XINOMAVRO

Uva tinta Grega.

204. ZINFANDEL - PRIMITIVO

Produz tintos secos com muito colorido e frutado, com notas de pimenta e sabor que lembra groselha preta. Uva característica dos vinhos da Califórnia, apesar de ser originária do sul da Itália, onde tem o nome de primitivo.

Países: Estados Unidos (Califórnia), Itália

205. ZWEIGELT

Uva tinta Austríaca, um cruzamento entre as uvas Blaufränkisch e St. Laurent.

FONTES:

http://www.adega24.com/Interessante/Esp%C3%A9ciesdeVideira/CastasdeUvasTintasouVermelhas/tabid/377/Default.aspx

http://www.espacodovinho.com/page5/page5.html

http://www.fazerfacil.com.br/vinhos/cabernet_sauvignon.htm

http://falandodevinhos.files.wordpress.com/2010/01/touriga-nacional-3.jpg

http://www.cnpuv.embrapa.br/

http://www.scielo.br/pdf/rbf/2011nahead/aop00611.pdf