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Universidade de Brasília Literatura Brasileira – Romantismo Professora: Rita de Cassi Aluno: Ronaldo Ferreira Sales Matrícula: 05/38639 RESENHA DO TEXTO: CAVALGADA AMBÍGUA SANTOS, Rita.C. Atualizações 1. Brasília: Thesaurus, 1998. O verdadeiro significado das palavras está no mais íntimo recôndito de cada um. A língua é um organismo em constante “evolução”, não se mantém estática. A todo momento, grupos inventam códigos que podem ou não se tornar de “domínio público”, isso gera a linguagem oculta, gerando uma série de hipótese sobre o real significado de algo. A poesia, a partir de um olhar ingênuo, esconde códigos que só serão revelados através de uma análise profunda e comparativa, buscando toda a intertextualidade dentro do poema. A autora do texto faz uma análise do poema Meu sonho de Álvares de Azevedo contido na terceira parte da Lira dos vinte anos quando busca todos os elementos necessários para a compreensão profunda do texto, revela símbolos arbitrários mostrados através de uma interpretação de texto baseada em estruturas de nível superficial que leva a uma análise de

CAVALGADA AMBIGUA

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Page 1: CAVALGADA AMBIGUA

Universidade de Brasília

Literatura Brasileira – Romantismo

Professora: Rita de Cassi

Aluno: Ronaldo Ferreira Sales

Matrícula: 05/38639

RESENHA DO TEXTO: CAVALGADA AMBÍGUA

SANTOS, Rita.C. Atualizações 1. Brasília: Thesaurus, 1998.

O verdadeiro significado das palavras está no mais íntimo recôndito de cada um.

A língua é um organismo em constante “evolução”, não se mantém estática. A todo

momento, grupos inventam códigos que podem ou não se tornar de “domínio público”,

isso gera a linguagem oculta, gerando uma série de hipótese sobre o real significado de

algo. A poesia, a partir de um olhar ingênuo, esconde códigos que só serão revelados

através de uma análise profunda e comparativa, buscando toda a intertextualidade dentro do

poema.

A autora do texto faz uma análise do poema Meu sonho de Álvares de Azevedo

contido na terceira parte da Lira dos vinte anos quando busca todos os elementos

necessários para a compreensão profunda do texto, revela símbolos arbitrários mostrados

através de uma interpretação de texto baseada em estruturas de nível superficial que leva a

uma análise de nível profundo do texto, onde se encontra a real inspiração do autor não

revelável por algum motivo condenável pela sociedade a qual pertence.

A primeira parte trata da posição dos sujeitos enunciados e da hipótese sugerida de

um “Fantasma” que tenta se libertar de um remorso que é apresentado num sonho, mas

deixa incógnito o real sentido desse sonho.

A segunda parte entra num paradoxo do “sonho” que parece um pesadelo, pois

sugere uma tonalidade obscura, noturna, opressiva e convulsa. A análise de pontos opostos

revela a idéia sugerida pela autora, também através das figuras de linguagem reforçam a

colocação. A métrica serve para uma análise da dinâmica do texto dando “vida literária” ao

poema.

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A terceira parte mostra que o ritmo produz a força que traduz o poema, traduzindo

os sentidos conotativos e denotativos. Informa que a biografia do autor não revela o

verdadeiro significado do poema, pois entra em contraposição com a personalidade

literária.

A quarta parte mostra o conhecimento da obra do poema pela autora desse texto,

pois é traçada uma linha sobre a forma de composição e as peculiaridades de Álvares de

Azevedo poeta romântico, tais como a poesia noturna, do sonho e do sonho.

A quinta parte refere-se a uma análise de que o poema apresenta uma familiaridade

com a balada, poema narrativo de origem popular que se assemelha com o “romance” da

Península Ibérica, modelo esse que conta fatos de aventuras de guerra, caça, amor e morte,

através do elemento estrutural ritmo, dando aspecto popular pela facilidade de cadência.

A sexta parte revela alguns símbolos que a tonalidade oculta do texto,

exemplificando o “Fantasma” com uma alegoria de uma esperança frustada. Os símbolos

com conotação erótica é uma hipótese proposta pela autora, revelando um desejo não

“esclarecido” senão por aqueles que conhecem tais códigos, exemplificando a espada com

símbolo de virilidade e expressões que levam a um olhar profundo do real significado.

A sétima parte é uma orientação para uma leitura mais analítica que revela, ainda

que bem oculta, através do ritmo e das camadas mais fundas a verdadeira “face” e

pensamentos do autor.