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Obra CDU em Vilar de Mouros Porque o povo tem memória 1989 - 2009 1 OBRA CDU EM VILAR DE MOUROS Porque o povo tem memória 1989 2009 BREVE RETROSPETIVA Durante muitas décadas os elementos que compunham as juntas de Freguesia não eram eleitos mas sim nomeados pelo poder central, através do Presidente da Câmara Municipal. Assim aconteceu efetivamente até à Revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que passaram a realizar-se eleições democráticas para eleger os autarcas, garantindo-se desta forma um Poder Local livre, isento e democrático. O último Presidente de Junta de Vilar de Mouros nomeado foi o Sr. Abílio Mourão que cedeu o lugar ao Sr. Domingos Penedo, cidadão nomeado Presidente da Comissão Administrativa que geriu a Freguesia no espaço de tempo que mediou entre a Revolução e as primeiras eleições livres realizadas no ano de 1976, que viriam a dar a vitória a uma lista afeta ao PSD liderada pelo Sr. Manuel Renda, com maioria relativa. Em 1979 o PSD voltava a ganhar, mas desta vez com Armando Ranhada, que voltaria a vencer as eleições em 1982, deixando, dessa feita, o Sr. Joaquim Santos à frente da Junta, assumindo

CDU Vilar de Mouros, 1989-2009

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Obra CDU em Vilar de Mouros Porque o povo tem memória 1989 - 2009

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OBRA CDU EM VILAR DE MOUROS

Porque o povo tem memória 1989 — 2009

BREVE RETROSPETIVA Durante muitas décadas os elementos que compunham as juntas de Freguesia não eram

eleitos mas sim nomeados pelo poder central, através do Presidente da Câmara Municipal.

Assim aconteceu efetivamente até à Revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que

passaram a realizar-se eleições democráticas para eleger os autarcas, garantindo-se desta

forma um Poder Local livre, isento e democrático.

O último Presidente de Junta de Vilar de Mouros nomeado foi o Sr. Abílio Mourão que cedeu o

lugar ao Sr. Domingos Penedo, cidadão nomeado Presidente da Comissão Administrativa que

geriu a Freguesia no espaço de tempo que mediou entre a Revolução e as primeiras eleições

livres realizadas no ano de 1976, que viriam a dar a vitória a uma lista afeta ao PSD liderada

pelo Sr. Manuel Renda, com maioria relativa.

Em 1979 o PSD voltava a ganhar, mas desta vez com Armando Ranhada, que voltaria a vencer

as eleições em 1982, deixando, dessa feita, o Sr. Joaquim Santos à frente da Junta, assumindo

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então o cargo de vereador na Câmara de Caminha para o qual também tinha concorrido. O

mesmo Armando Ranhado volta a candidatar-se em 1985, desta vez para um mandato de

quatro anos, exercendo-o até ao fim.

Armando Ranhada voltaria ainda a ser candidato pelo PSD em 1989, mas perderia para a CDU

por uma margem significativa de votos. Nesse ano a CDU obteve 197 votos contra 155 do PSD

e 151 do PS, tendo portanto a CDU cometido a proeza de afastar o PSD da Junta de Freguesia

onde sempre foi maioritária, iniciando-se assim um novo ciclo que se prolongaria por uns

longos vinte anos, o mais longo de qualquer força política nesta Freguesia, tendo também os

autarcas Carlos Alves e Basílio Barrocas, nos cargos de Presidente e Secretário,

respetivamente. O mais longo período de tempo ao serviço da Freguesia (mantiveram-se até

2009, altura em que não se recandidataram para os cargos que exerciam), quer em períodos

de nomeações, quer em períodos de eleições.

A CDU viria portanto a vencer cinco eleições consecutivas, sendo a primeira com maioria

relativa e as restantes com maioria absoluta, tendo mesmo, em duas delas, obtido o total de

seis eleitos em sete possíveis, o que atesta bem da popularidade que o seu trabalho obteve

junto da população, não havendo dúvida que esta sempre esteve de acordo com a dimensão

da sua obra que aqui se vai atestar, servindo esta explanação para inscrição na história da

nossa terra, garantindo o conhecimento às gerações vindouras, que, com toda a certeza, irão

adorar conhecer.

ACESSIBILIDADES DA FREGUESIA Foi inigualável a obra que nesta matéria foi realizada pela CDU na condução dos trabalhos da

Junta de Freguesia de Vilar de Mouros. Respondendo às necessidades antigas e atuais, com

previsão futura e garantia de supressão das necessidades presentes, a Junta de Freguesia

liderada pela CDU revelou um empenho ímpar na sua ação. Do conjunto de obras realizadas

ficarão para registo uma lista imensa, conferindo à freguesia uma maior dotação na

capacidade de mobilidade interna e de ligação às freguesias vizinhas. A lista abaixo expressa

bem a dimensão do trabalho da CDU em Vilar de Mouros:

Construção do Caminho da Chousa na margem arborizada do Rio Coura, entre a Ponte

Gótica e as Azenhas;

Aterro e alargamento do Caminho do Loureiro em Marinhas (agrícola);

Aterro e alargamento do Caminho da Lameira;

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Colaboração ativa na construção do Caminho que tem início na Estrada de Marinhas

(Coura de Seixas) e termina junto ao Rio Coura, em Fruíde;

Construção do Caminho da Cachadinha até à última casa da Aveleira;

Construção e pavimentação do caminho do Pinheiro Manso no Funchal;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho do soldado Mário Rocha, tornando-

-o transitável da Casa do João Freitas para cima;

Alargamento e pavimentação de troço do caminho da Aveleira;

Construção do caminho da Almoínha desde a Igreja até á Portela;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho de Vale d’Ovelhas ligando-o à

Estrada da Cavada;

Construção do Caminho da Fonte da Aveleira;

Construção do Caminho do alto da Ranha;

Pavimentação do Caminho da Fonte do Castanho;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho do Corredor das Eiras [A junta teve

de enfrentar na época (Março de 1994) um processo litigioso interposto por uma

proprietário que queria impedir o alargamento porque alegava que essa obra lhe traria

muito desassossego devido a um hipotético aumento de tráfego.];

Pavimentação do beco da Batalha;

Pavimentação do Caminho do Casal (junto à propriedade do Sr. Manuel Torres)

Pavimentação do Caminho da Buraca.

Construção de Caminho que deu continuação e saída ao Caminho da Cachadinha e

pavimentação em Betão;

Construção da Estrada dos Barros Negros, com alargamentos, construção de muros e

pavimentação;

Alargamento de pequeno troço junto à entrada da casa do Sr. Joaquim Santos, em

Marinhas;

Pavimentação do Caminho da Coverna;

Alargamento e pavimentação da estrada da Igreja em frente ao Cemitério;

Alargamento, e pavimentação de troço da Estrada dos Barros Negros, desde a

confluência com estrada do Funchal até S. Braz, com demolição de arrecadação e

construção de nova pertencente à Sra. Laura Alpoim, construção de muros novos e

tanque de água na quinta da Silvosa, tudo resultado dos aterros e alargamentos

efetuados;

Alargamento da 1ª fase do Caminho da Sra. da Lapa;

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Alargamento de curvas no sítio do Cuco na Estrada de Marinhas. (no decorrer do ano

de 1989 um autocarro da empresa Courense com bastantes crianças de Vilar de

Mouros despistou-se, virou de lado e ficou suspenso por uma vinha que ali existia,

tendo felizmente resultado apenas danos materiais);

Alargamento de curva na estrada de Marinhas junto ao minimercado da Névea;

Abertura e construção de Estrada de ligação entre a Estrada do Funchal e a de

Marinhas (junto ao CIRV), com a compra de terreno para o efeito;

Alargamento de várias curvas e troço na Estrada do Funchal, desde o sítio do Encontro

até ao Restaurante Encontro, com construção de muros novos, passeio, valetas,

repavimentação de todo o troço e beneficiação da restante Estrada a jusante em

termos de lombas, valetas e aquedutos;

Beneficiação do Caminho das Teixeiras em Marinhas;

Pavimentação de troço do Caminho da Cachiça em Marinhas;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho da Morada em Marinhas;

Pavimentação do Caminho das Azenhas;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho do Fundão em Marinhas;

Restauro do Carreiro do Campo da Fonte;

Beneficiação do Caminho dos Vaus e prolongamento de pavimento;

Construção da Estrada dos Barros Negros de S. Braz até às Escolas, com negociação de

terrenos para o efeito e construção de Valetas;

Pavimentação do Caminho do Alcouce em Marinhas, com construção de muros;

Alargamento e pavimentação em betuminoso, com construção de muros e do troço

entre a Capela de S. Braz e a antiga oficina de Mármores;

Pavimentação do Caminho do Carvalhinho em Marinhas;

Construção e pavimentação do Caminho de ligação da Ranha à Igreja Nova por Chães;

Alargamento e pavimentação do Caminho de Barreiros que confronta com a

propriedade dos Srs. Ramalhosa e Aurélio, no Funchal;

Aquisição de vários sinais de trânsito e de obras;

Construção de muro de suporte em betão num troço do Caminho da Calçada;

Recomposição de pavimento de troço do Caminho do Cruzeiro em Marinhas;

Constante pressão da Junta com vista à correção do traçado e repavimentação da

Estrada de Marinhas, tendo o projeto ficado pronto no G.A.T., em Valença, no

mandato de 1994/1997;

Alargamento e pavimentação do Caminho do Pêlo em Marinhas;

Pavimentação de troço do Caminho da Portelinha em Marinhas;

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Pavimentação de troço do Caminho dos Vimes na Aveleira;

Pavimentação em betão do Caminho da Aldeia em Marinhas;

Pavimentação da travessa da Levada;

Pavimentação da Travessa de Val d’ Ovelhas;

Pavimentação do Caminho do Moinho no Crasto;

Alargamento do caminho da Chousa, com construção de muros em pedra e construção

de prolongamento até ao caminho das Azenhas, junto à margem arborizada do Rio

Coura;

Alargamento e pavimentação de troço do Caminho do Agrêlo;

Pavimentação do caminho do Fiel no Funchal;

Alargamento e repavimentação do Caminho do Costado, desde a Estrada Municipal

até ao Largo das Jacas;

Pavimentação da travessa do Encontro;

Alargamento e pavimentação com construção de muros do Caminho das Barrocas;

Alargamento e pavimentação de troço no Caminho de Chelo, com construção de muro

de suporte;

Alargamento e pavimentação em betuminoso da estrada da Igreja entre a quinta da

Várzea e a antiga oficina de mármores, com construção de Valetas;

Insistentes diligências junto das entidades competentes para o alteamento conseguido

do pavimento da Estrada Nacional 301 ao km 5;

Pavimentação em Betão de troço dos Caminhos da Rochinha/Pereira com alteamento,

para contrariar a dificuldade de circulação com enchentes;

Construção e pavimentação do Caminho da Sra. do Crasto;

Construção do Caminho do Bairro da Aveleira. (pelo interior do bairro);

Repavimentação de troço do Caminho da Aveleira junto à casa do Casimiro Baptista;

Repavimentação, em betão, de troço do Caminho Soldado Mário Rocha;

Repavimentação de troço da estrada da Ponte entre o Largo do Casal e a estrada

Nacional 301, com construção de valetas;

Alargamento e pavimentação em Betão da travessa da Farruca em Marinhas;

Alargamento e pavimentação do Caminho da Pereira;

Pavimentação da Viela de Barreiros;

Construção de Caminho alternativo ao Caminho das Azenhas no Largo Dr. António

Barge;

Pavimentação da Quelha do Gordo na Cavada;

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Beneficiação de troço do Caminho da Almoínha que serve de acesso à nova ampliação

do Cemitério;

Construção de troço do Caminho da Devesa de Baixo em Marinhas que permitiu

estabelecer ligação com o existente;

Alargamento e beneficiação da confluência da estrada da Igreja com a Estrada de

Marinhas (Várzea);

Alargamento de troço do Caminho de Campos;

Construção de muros de suporte em Betão no Caminho da calçada;

Recomposição de pavimento de troço do Caminho do Cruzeiro em Marinhas;

Repavimentação, em betão, de troço do Caminho da Ranha;

Alargamento e pavimentação do Caminho da Veiga de Felgueiras;

Pavimentação de troço do Caminho da Levada;

Alargamento e pavimentação do Caminho da Gávea;

Alargamento de troço de Caminho agrícola da veiga de Marinhas;

Pavimentação de troço do Caminho da Portela;

Diligências e tentativa de sensibilização relativas à necessidade de construção de uma

nova ponte sobre o Rio Coura, alternativa à Ponte Gótica;

Elaboração com a participação dos membros da Assembleia de Freguesia e auscultação

de inúmeras pessoas idosas dos lugares, da Toponímia da Freguesia, dotando a

Freguesia de um instrumento de grande importância e alcance para a população,

tendo sobressaído e vingado a ideia de manter usos e costumes das aldeias em que os

arruamentos sempre se chamaram de caminhos, estradas, etc., e não de ruas

avenidas, etc., ao contrário do que aconteceu em muitas freguesias rurais onde

algumas juntas preferiram alterar as designações. Este trabalho foi ainda

complementado com outro não menos importante que foi a atribuição de números de

polícia a todos os arruamentos urbanos.

IC1/A 28

Em 2002 iniciava-se o processo para construção do prolongamento do traçado do IC1/A28 de

Viana do Castelo até Caminha com a abertura do procedimento de consulta pública do estudo

de impacte ambiental.

Quis o destino que aos eleitos da CDU na Junta de Freguesia, gerissem este processo que tão

delicado e complicado se viria a revelar, mas que nos orgulhamos de, em conjunto com a

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Comissão de Moradores e da população em geral, termos realizado um trabalho brilhante, que

não tendo resultado numa vitória completa permitiu no entanto que tivessem sido afastadas

propostas muito graves e que mesmo a solução adotada (que não era da nossa preferência)

tivesse sido minimizada em termos do seu impacte inicial.

Não é nossa pretensão transcrever aqui toda a história deste processo na medida em que

correríamos sério risco de não sermos totalmente exatos, dada a complexidade e a dimensão

que o mesmo encerrou, para além de que se tornaria extremamente fastidioso e portanto

deixaremos isso para quem de direito e naturalmente com outras aptidões, que se poderão

sempre socorrer dos volumosos dossiês que se organizaram e ficaram devidamente arquivados

na sede da junta de Freguesia, para que as gerações vindouras possam conhecer o que na

época foi realizado, com grande sentido de responsabilidade e grande apego às causas

públicas na defesa dos interesses e anseios da população e da nossa terra, nomeadamente a

defesa intransigente da sua paisagem e ambiente, bem como ficarem a conhecer o que de

mais negativo nos poderia ter acontecido se não se tivesse travado a luta que se travou.

Limitar-nos-emos pois a resumir alguns aspetos que consideramos mais marcantes para a

discussão do assunto bem como o seu desfecho final.

Logo que os primeiros documentos sobre as várias propostas chegaram à Junta de Freguesia

imediatamente ficou muito claro que algo de muito grave tinha sido cozinhado para ferir

gravemente a paisagem e o ambiente desta linda terra de Vilar de Mouros, e logo tivemos

consciência clara de que iria ser necessário mobilizar todas as nossas forças, mormente a

população vilarmourense, para tentar impedir várias soluções intoleráveis e criminosas que

estavam em cima da mesa, e no mínimo afastar as mais gravosas. Impunha-se pois, antes de

mais, esclarecer e mobilizar os vilarmourenses para e sobre a situação, o que viemos a fazer,

tendo numa das primeiras reuniões sido criada uma Comissão de Moradores da População que

se viria a revelar de uma importância transcendente a ombrear com a Junta de Freguesia a

defesa intransigente do nosso valiosíssimo património paisagístico e ambiental (propósito que

sempre presidiu ao espírito inabalável de toda a equipa da Junta), aos quais se vieram a

juntar muitos cidadãos, proprietários de nascentes de águas e moradias, que se previa

poderem ser gravemente afetadas no caso de algumas soluções avançarem.

Da mesma forma não se poderá falar da equipa camarária, presidida pela Sra. Dra. Júlia Paula,

que desde logo deu a entender publicamente que a importância do traçado estava acima de

todo e qualquer interesse paisagístico e ambiental na Freguesia e até do concelho, chegando

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ao desplante de escolher para Vilar de Mouros a pior solução de todas, que para além de

prever atravessar uma zona com várias proteções ecológicas atravessaria e dividiria em duas a

Freguesia com um viaduto de cerca de 18 m de altura por cerca de 1800 m de comprimento.

Felizmente a primeira solução que viria a ser afastada, sobretudo pela ação de denúncia e

rejeição conjunta da Junta e Comissão de Moradores, tendo logo aí sido obtida a primeira

grande vitória para a nossa terra.

A solução 1 era de facto a menos penalizadora para Vilar de Mouros e foi por uma parte dela

(a que passava por detrás do monte da gávea) e restante da solução 2 que lutámos até ao fim.

Mas os responsáveis (Euroscut e Governo), só porque seria eventualmente um pouco mais

onerosa, sempre a rejeitaram, com o argumento falso de que era tecnicamente inviável, e nem

mesmo quando a junta apresentou um estudo fundamentado levado a cabo por técnicos

credenciados, que garantia a sua viabilidade, eles aceitaram ponderar porque a questão era na

realidade puramente financeira, e acabaram por optar contra a nossa vontade pela totalidade

da solução 2, pela frente da Gávea, que se veio a revelar, tal como já havíamos afirmado, uma

solução desastrosa para a Freguesia, apesar de se ter conseguido que o projeto inicial fosse

chumbado e minimizado, ficando, em troço significativo, as duas faixas duplas desniveladas, o

que minimizou muito o impacto paisagístico a nível dos taludes existentes.

Entretanto a ligação à Nacional 13, inicialmente prevista para passar entre a Igreja Nova e o

monte do Crasto, também abortava, para nossa grande satisfação e alívio, porque esse traçado

seria muitíssimo negativo e grave porque além de atentar a paisagem e o ambiente previa a

demolição de algumas casas e chocava também com o património histórico-religioso edificado,

concretamente a Igreja Nova e a Capela da Sra. do Crasto, além de ferir de morte o próprio

monte do Crasto onde existe arqueologia de importância transcendente. Cabe aqui referir que

a nossa proposta para esta ligação sempre recaiu a nascente do monte de Goios.

À medida que todo o processo de análise ia fazendo o seu caminho, mais claro se tornava a

sua complexidade e gravidade, inclusive para as Freguesias vizinhas de Argela e Lanhelas, pelo

que se vieram a realizar contactos e várias reuniões conjuntas que resultaram na decisão de

unir esforços por uma luta comum contra os malefícios que nos queriam impor. Daí resultaram

várias posições comuns e entre elas a realização de uma ação cívica convocada pelas três

Freguesias, pela Comissão de Moradores e pela COREMA, no dia 30 de Agosto de 2003, dia em

que o então Primeiro Ministro, Durão Barroso, visitava Caminha, que teve como grande

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objetivo a chamada de atenção ao Governo e à comunicação social da gravidade daquilo que

nos queriam submeter.

Depois de pressões inaceitáveis para que não se levasse a cabo o referido protesto por parte

da Presidente da Câmara, argumentando irregularidades na comunicação do mesmo, e até da

própria GNR, que através do Cabo Barros Coelho (à altura comandante do posto de Caminha)

se deslocou à junta de Freguesia para nos comunicar que se mantivéssemos os nossos intentos

de levar o protesto por diante incorreríamos em crime de desobediência. Fizemos então uma

reunião de emergência e apoiando-nos no princípio democrático de livre reunião e

manifestação que a Constituição de Abril consagra, foi decidido manter a convocatória e a

ação cívica realizou-se no dia e hora marcada com um cordão humano silencioso na Marginal

de Caminha.

Acontece porém que a Sra. Presidente da Câmara não se ficaria por aí e ordenou à GNR que

fizesse a identificação dos responsáveis principais pela convocatória da ação cívica, e assim os

Presidentes de Junta de Vilar de Mouros, Argela e Lanhelas, bem como o presidente da

Comissão de Moradores de Vilar de Mouros e o Presidente da Assembleia Geral da COREMA

viriam a ser constituídos arguidos e mais tarde julgados.

Em 27 de Setembro de 2003 o Ministério Público decidiu sancionar todos os arguidos com

multa de seis escudos por setenta e cinco dias de que resolvemos recorrer, resultando daí o

julgamento que se viria a realizar em 20 de Setembro de 2006 e que determinaria a absolvição

de todos com uma sentença que recriminaria claramente o comportamento da Sra. Presidenta

da Câmara em todo o processo.

Afastada que já tinha sido a ligação à Nacional 13 pela Igreja Nova, surgiu a proposta de

ligação entre Goios pequeno e Góis grande, que sendo bastante melhor para Vilar de Mouros

continuava mesmo assim a ser penalizadora pelo facto de manter o formato de traçado a

abraçar a Freguesia em ferradura com todos os inconvenientes de impactos previsíveis.

Novamente fomos à luta, desta feita em conjunto com Lanhelas para quem esta proposta

também era má; mas o melhor que neste caso se conseguiu (e graças à mudança de governo

que entretanto se tinha registado) foi a passagem de quatro para duas faixas, condição que

apesar de tudo nos foi relativamente simpática porque nos deu a garantia de que pelo menos

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o perfil de autoestrada seguiria no futuro por outro traçado para Valença e não o teríamos de

suportar eternamente no alongamento da tal ferradura.

Era nesta ligação que inicialmente estava previsto o nó de ligação a Vilar de Mouros, ideia que

não defendemos por nos parecer que a Estrada da Cavada e o Centro da Freguesia deveriam

ser poupados a esse fluxo de trânsito (que ao longo do tempo se prevê naturalmente que

venha a ter aumentos muito grandes), e nisso tivemos a concordância da Câmara de Caminha

que também se mostrava interessada em que o nó fosse a Sul de Vilar de Mouros por causa de

uma projetada zona Industrial para essa área da Freguesia, não tendo sido por isso difícil a sua

mudança de posição.

O Nó Sul de ligação a Vilar de Mouros (neste caso à Nacional 301) também suscitou muita

contestação da nossa parte e sobretudo por parte dos proprietários de nascentes de água

existentes, precisamente no local onde projetaram o referido nó.

Em boa hora se fez essa contestação que inclusive recolheu o reconhecimento das razões por

nós invocadas por parte do Ministério do Ambiente e fez com que essa parte da obra tivesse

ficado parada para que todos os problemas relacionados com as nascente fossem resolvidos e

os direitos dos proprietários garantidos.

Em suma, todo o processo em que a Junta de Freguesia se envolveu ao longo do tratamento

desta questão, quer pelo imperativo das suas funções, quer pela identidade com Vilar de

Mouros, quer ainda na defesa das freguesias e concelho de Caminha, são prova viva e

determinante da entrega abnegada merecedora da confiança das populações. É hoje, com

sentido de responsabilidade, indiferente ao desgaste pessoal causado pela luta que nos

envolveu, que sentimos orgulhosamente que cumprimos com primazia o nosso dever face aos

desafios, mesmo que não tenhamos vencido plenamente. A história fará da nossa entrega a

vitória de Vilar de Mouros.

SANEAMENTO E SALUBRIDADE PÚBLICA

Não existe maior expressão do desenvolvimento social e humano, no que respeita à gestão

das necessidades afetas à capacidade de organização habitacional das populações, que a

saúde pública. A disponibilidade de água e consequente tratamento de efluentes, ou

encaminhamento dos mesmos para tratamento posterior, é uma obrigação social de fundo

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que deve merecer de qualquer autarca uma dedicação extrema e laborioso trabalho. As

dificuldades a este nível foram sempre enormes, quer pela complexidade técnica, quer pelas

razões de ordem de decisão, quer ainda pela resposta às necessidades mais imediatas e

aproveitamento de oportunidades temporais. No entanto a CDU ao serviço de Vilar de

Mouros contou com obra feita que importa recordar:

Foi criado um sistema de esgotos no Lugar da Ranha que passou a servir quase todas

as casas desse lugar, nomeadamente de casas sociais de famílias fortemente

carenciadas, em zona onde o solo é de características rochosas, sem qualquer

possibilidade de funcionamento de fossas sépticas, tendo-se resolvido um problema

de saúde pública que ainda nos dias de hoje continua a funcionar por inexistência de

outra solução mais abrangente;

Outra obra exatamente com as mesmas características foi executada no Lugar da

Aveleira, encontrando-se o sistema também a resolver o problema daqueles

habitantes;

A Junta foi ainda ativa na resolução de vários problemas de fossas sépticas de

habitantes na Freguesia, colaborando na execução de valas sumidouros em caminhos

públicos como forma de evitar escorrimentos a céu aberto muito nefastos para a

saúde pública;

Lutámos incansavelmente durante vinte anos para que o saneamento na Freguesia

fosse uma realidade, solicitando à Câmara Municipal para que se viesse a executar

essa obra de transcendente importância;

Construímos sanitários públicos para serviço dos utilizadores da Igreja Paroquial e

Cemitério, com fossa séptica;

Foi construída uma fossa séptica no Largo da sede da Junta de Freguesia para servir o

Edifício do então jardim infantil;

Igualmente construímos uma fossa séptica para serviço da sede da Junta;

Foram construídas duas fossas sépticas para serviço das três casas sociais;

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Foi garantida pela Junta, durante vários anos, a limpeza do lixo nos Lugares da Aveleira

e Ranha;

A Junta assumiu ainda, durante todos os Verões, a recolha do lixo nos Largos Dr.

António Barge e no Largo do Casal;

Ao longo dos anos foram conseguidos reforços significativos de contentores por toda a

Freguesia.

AMBIENTE/TURISMO/PATRIMÓNIO HISTÓRICO

A riqueza ambiental, aliada ao património histórico, é uma mais-valia na oferta turística mas

também é expressão da cultura de um povo. As raízes populares assentam nessa

disponibilidade natural e o património histórico não é mais que a confirmação da beleza dos

locais, garantindo a preferência do ser humana por estas paragens. A CDU na condução dos

desígnios da freguesia sempre revelou uma sensibilidade especial por esta matéria. A forma de

estar e agir da Junta foi sempre concordante com a valorização patrimonial e ambiental, sendo

reflexo dessa condição não só a manutenção e preservação como também o crescimento

nesta matéria.

Ambiente Por toda a Freguesia foi realizada uma obra gigantesca de plantação de muitas centenas de

árvores, destacando-se as plantadas em todos os largos, que além de darem um valioso

contributo ambiental sem paralelo, vêm transformando em termos paisagísticos muito

positivamente a nossa terra, tratando-se ainda de uma iniciativa que todos continuaremos a

ver crescer e a embelezar, beneficiando a qualidade de vida não só das gerações atuais mas

também de muitas das gerações vindouras, além de atrair cada vez mais pessoas na vertente

turística que se deixam seduzir pelas belas paisagens ambientais desta terra que a gestão CDU

tornou mais bonita.

Disponível para fruição estão hoje muitos locais beneficiados e embelezados que importa

lembrar:

Largo do Casal;

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Largo Dr. António Barge;

Adro da Capela de Santo Amaro;

Largo das Alminhas da Ponte;

Largo do Campo da Fonte;

Largo da Junta;

Largo da Igreja/S. Braz;

Largo da Casa mortuária;

Largo do Encontro;

Largo da Cavada;

Largo da Capela de S. Sebastião;

Curva do Cuco na Estrada de Marinhas;

Largo da Entulheira em Chães;

Largo do Bairro da Aveleira.

Rio Coura Durante a gestão CDU na Freguesia sempre tivemos como grande preocupação a poluição e a

limpeza deste importante curso de água, tendo por variadas vezes intervindo junto das

entidades competentes sobre os quais recaem as

maiores responsabilidades relativamente aos mais

diversos problemas que se iam verificando. Além

disso levámos a cabo diversas ações de limpeza do

seu leito entre as quais algumas em que participaram

dezenas de jovens e elementos do GEPPAV, entre

outros voluntários, e que para além de um excelente

trabalho realizado, sobretudo entre a ponte e as Azenhas, resultou também numa campanha

de sensibilização de defesa e preservação do Rio Coura que, pela sua importância, deveria ter

continuidade.

Turismo Todo um conjunto de ações que visaram essencialmente a melhoria da qualidade de vida da

população em termos de embelezamento na nossa terra teve naturalmente repercussão e

efeitos muito positivos na sua promoção turística, porque naturalmente a Freguesia se tornou

mais aprazível e apetecível para permanecer e visitar. Assim sendo não restam dúvidas que

praticamente todos os melhoramentos realizados contribuíram e continuarão a contribuir para

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Obra CDU em Vilar de Mouros Porque o povo tem memória 1989 - 2009

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o incremento do Turismo, optando-se pois por deixar aqui nesta rubrica esse registo. Mas

outras ações mais diretamente ligadas à temática do turismo, foram levadas a cabo a saber:

Elaboração de um roteiro Turístico;

Execução de uma coleção de postais da Freguesia;

Execução de distintivos, guiões e galhardetes com o brasão da Freguesia.

Ponte Gótica Ao longo de vinte anos de gestão autárquica sempre elegemos o património histórico como

grande preocupação e em especial a Ponte Gótica (aliás com a sempre prestimosa e ativa

colaboração do GEPPAV) onde a própria junta chegou a realizar algumas intervenções pontuais

de maior urgência, tais como limpezas diversas, substituição de pedras partidas no pavimento

e no teto dos aquedutos.

Estivemos sempre atentos às maiores fragilidades da Ponte e sempre fomos reivindicando a

solução dos problemas mais prementes junto das entidades competentes e até mesmo junto

da comunicação social, do que resultaram duas intervenções, das quais a última mais profunda

em 2008 que envolveu a repavimentação total. Deixou no entanto por resolver um problema

que sempre consideramos muito sério que se trata da corrosão através de salitre em estado

adiantado das pedras das abóbadas dos arcos, que se vai estendendo e que, mais tarde ou

mais cedo, dará problemas de sustentação dos mesmos, do pavimento e da própria Ponte

como é evidente.

EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Quando a CDU assumiu responsabilidades na Junta de Freguesia a situação nesta área social

era (como aliás muitas outras) confrangedora, como se pode verificar pela enumeração que

aqui se faz dos equipamentos que entretanto foram construídos e que pura e simplesmente

não existiam, ou os que já existiam estavam em muito más condições.

O Cemitério da Freguesia encontrava-se extremamente degradado e a sua capacidade

esgotada, tendo sido remodelado com o intuito de se disponibilizarem mais sepulturas, sendo

ainda beneficiado com a construção de muretes e passeios (que se encontravam em terra

batida) e a consequente retirada de sebes de bucho que promoviam a conspurcação e

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abrigavam bicharada de toda a espécie. De referir que para estas intervenções a Junta não

dispunha de meios suficientes nem conseguiu junto da Câmara Municipal quaisquer apoios.

Assim sendo decidiu-se chamar a população residente e emigrantes no estrangeiro para

apoiarem a Junta, sentindo-se de imediato a primeira grande manifestação de carinho e apoio

à nossa gestão.

Não obstante esta rápida intervenção, a Junta

não perdeu tempo a encetar contactos com

proprietários de terrenos confinantes (que a

seu tempo foi adquirindo) a poente, visando a

construção de uma ampliação do cemitério,

empreendimento de elevada importância que

se concretizou, ficando a Freguesia dotada,

pela mão de eleitos da CDU, de um Cemitério

com muita dignidade e lotação muito difícil de se esgotar nas próximas décadas.

Foi construída uma Casa Mortuária dotada de mobiliário tendo sido, para o efeito, construído

um edifício em terreno cedido pela Igreja com belíssimas condições para cumprir a função

para a qual se destinava, criando-se condições para que as famílias vilarmourenses pudessem

velar os seus mortos com toda a dignidade. De realçar ainda a qualidade arquitetónica e de

enquadramento paisagístico que foi encontrada, reveladora da grande sensibilidade que

tivemos relativamente à paisagem e ambiente, sobretudo tendo em conta a existência de

valioso património histórico religioso no local.

De realçar que este edifício foi construído com o perpianho aproveitado da demolição do

antigo edifício dos Correios e a pavimentação com cubo aproveitado da Estrada do Funchal, na

confluência com Estrada dos Barros Negros.

A primeira sede de Junta condigna (e única até á data) foi construída pelos eleitos da CDU,

aproveitando um edifício antigo que já pertencia à Freguesia e que se encontrava em ruínas,

apesar de numa determinada época, antes do 25 de Abril, um executivo lhe ter acrescentado

um andar em tijolo. O edifício ficou dotado de instalações para a Junta e Assembleia de

Freguesia e outras instalações sociais no 1º andar, que durante um certo tempo serviu de

cantina e prolongamento de horário para crianças da escola, e mais tarde para centro de

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convívio para idosos, dispondo ainda de condições para outras valências, mas que hoje serve

uma entidade privada por decisão da junta PSD que sucedeu à CDU.

O edifício foi reabilitado para se adaptar às suas novas funções (outrora tinha sido habitação e

estábulos de gado) com uma elevada preocupação arquitetónica, sobretudo no seu exterior,

podendo hoje apreciar-se o estilo que se manteve de janelas e portas que outrora fizeram

parte dessa casa, bem como outros pormenores que foram cuidados e preservados, tal como o

Alpendre original que tem uma coluna de granito que, embora partida, foi aproveitada.

Mais tarde foi também concebido e executado um arranjo exterior de rara beleza e qualidade,

após demolição prévia de um antigo edifício dos Correios existente no local (edifício sem

qualquer interesse arquitetónico, mas que mesmo assim tinha defensores que com o tempo

acabaram por perceber que não fazia sentido defender a sua manutenção), e que veio não só

completar uma obra de grande importância e significado para a Freguesia e seus órgãos

autárquicos, como veio emprestar uma valorização adicional ao já muito nobre centro da

Freguesia de que todos muito nos orgulhamos.

LARGOS DA FREGUESIA CRIADOS OU INTERVENCIONADOS

Largo Dr. António Barge/Parque de Merendas Um largo de enormes dimensões e importância para a Freguesia, devido à sua localização

privilegiada, foi adquirido graças aos protocolos de realização dos festivais e nele foram

operadas grandes benfeitorias, das quais se destacam:

Corte de eucaliptos, mimosa e grande parte

das acácias como política de eliminação de

arvoredo infestante e sua substituição por

árvores autóctones e de sombra;

Plantação de várias centenas de árvores, entre

elas carvalhos, castanheiros, pseudo plátanos,

acer negungo, choupos, nogueiras e oliveiras;

Colocação de catorze mesas, e respetivos bancos, em pedra;

Instalação de vários grelhadores espalhados pelo parque de merendas;

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Construção de caminho pedonal desde a ponte gótica até as Azenhas, junto da

margem do Rio Coura.(hoje abandonado);

Sinalização toponímica rústica extensiva também

ao Largo do Casal;

Construção de urinóis para homens;

Execução de sistema de esgotos para servir os

sanitários e todo o sistema de alimentação nos

Festivais, com fossa de grandes dimensões.

Pavimentação de espaço entre os urinóis e Capela em tout-venant destinado a zona de

alimentação em período de festivais e parque de pesados fora dos mesmos.

Largo do Casal

Executada uma barreira, em mecos de tubos aproveitados da demolição de

abastecimento de água (por falta de meios para adquirir outro tipo de material

naquela época), à volta do campo de jogos para evitar os abusos que eram praticados

por diversas viaturas;

Eliminados dezenas de eucaliptos e plantadas dezenas de outras árvores de sombra a

exemplo do Largo atrás descrito;

Colocação de duas mesas com bancos de pedra;

Instalação de uma churrasqueira em pedra.

Largo das Alminhas da Ponte

Executada uma remodelação total, com ampliação do espaço e do banco de pedra

corrido, mudança das Alminhas e construção de muro;

Plantação de árvores;

Criação da zona de lazer inferior com plantação de árvores e colocação de uma mesa e

bancos em pedra.

Adro da Capela de Sto. Amaro

Colaboração na pavimentação do adro com doação do cubo e lajeado de granito para

passeio central;

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Alargamento do adro do lado Norte para os terrenos entretanto adquiridos na Chousa;

Construção de muro do lado Norte com capeado de granito;

Execução de espaço anterior ao Adro com escada em granito, muros e pavimentação.

Largo da Torre

Ajardinamento novo do Largo com manutenção permanente;

Pavimentação do espaço central em cubinho pequeno de granito;

Colocação de bancos de madeira cumprindo um pormenor do projeto do Arquiteto

Porto (com mais de 50 anos, apenas satisfeito pela Junta da CDU, e que hoje se

encontra em muito mau estado de conservação);

Colocação de memorial alusivo ao Arquiteto Porto aquando da sua Homenagem

promovida pelo historiador Paulo Bento, à qual a junta se associou, bem como o CIRV.

Largo do Cruzeiro

Pavimentação e beneficiação.

Largo da Cavada (sítio da Rocha)

Pavimentação

Largo da Cavada

Pavimentação, plantação de oito árvores, colocação de quatro bancos e construção de

um abrigo de passageiros.

Largo de S. Braz

Mudança da Capela com a anuência da entidade religiosa;

Pavimentação à volta, incluindo o espaço superior da Casa Mortuária;

Criação de espaço ajardinado com a manutenção das oliveiras que existiam no local.

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Largo da Igreja/S. Braz

Pavimentação das duas zonas das entradas da Igreja em cubos.

Largo da confluência da estrada da Igreja/Estrada de Marinhas

Alargamento e pavimentação;

Arranjo da base do Cruzeiro.

Largo do Encontro

Enchimento, com terra, da antiga pedreira

existente na zona de cima, transformando-a num

espaço verde;

Plantação de carvalhos do norte, em cima, e acer

negungos, em baixo;

Alargamento e pavimentação da zona do Púlpito;

Alargamento, pavimentação e construção de

muro na zona de cima, que muito beneficiou a circulação automóvel, particularmente

perigosa, até então, na curva da Capela da Sra. do Encontro;

Colocação de dois bancos em granito na zona de baixo;

Colocação de gradeamento em madeira em cima do muro, dando a todo o conjunto

uma elevada dignidade, mais até por aí se realizarem as procissões do Sr. dos Passos,

que a exemplo de outros locais sociais e de culto se encontravam completamente

abandonados e sem dignidade para os atos em causa, até à chegada de eleitos da CDU

à Junta de Freguesia.

Largo da igreja Nova

Pequeno arranjo com construção de muro nas traseiras da Capela.

Largo da Morada

Aquisição do terreno a dois proprietários;

Construção de aqueduto de dimensões significativas para passagem de águas bravas;

Aterro para a cota da Estrada, já que a cota antiga se encontrava muito abaixo;

Construção, colocação e ligação à rede pública de fontenário em granito;

Pavimentação de todo o espaço com estacionamento automóvel;

Colocação de três bancos em granito;

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Plantação de várias árvores;

Largo da confluência do Caminho do Ranhada com a estrada de

Marinhas

Alargamento, pavimentação e plantação de uma árvore;

Largo da confluência do caminho da Sra. da Lapa/Estrada de

Marinhas

Alargamento, pavimentação e construção de abrigo de passageiros.

Largo das jacas

Alargamento e pavimentação em betuminoso.

Largo da Boavista/Funchal

Aterro de cerca de 1,5 m, elevando a cota ora existente de forma significativa;

Grande alargamento negociando terrenos particulares adjacentes;

Pavimentação em betuminoso.

Largo da confluência Estrada do Gorito/Estrada do Funchal

Desaterro e limpeza.

Largo no Funchal

Aquisição de terreno com vista a criação de espaço de lazer na curva da Maria da loja;

Elaboração de projeto para o Largo.

Largo do Ranhada (Quinta do Matias) Reconstrução e ligação à rede pública do fontenário aí existente (tinha sido roubado

em 1988);

Plantação de carvalhos e preservação de uma oliveira existente.

ABRIGOS DE PASSAGEIROS

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Construção de quatro abrigos de passageiros e colocação de bancos em todos os que

já existiam.

ELECTRIFICAÇÃO DA FREGUESIA

Reforçados em muitas dezenas os pontos de luz existentes na Freguesia;

Prolongamento de rede elétrica por parte da EDP, por solicitação da Junta, em vários

ramais na Freguesia;

Iluminação da Ponte Gótica;

Vários postos de transformação colocados pela EDP na Freguesia no âmbito de

pedidos apresentados pela junta.

SINALIZAÇÃO TOPONÍMICA

Colocação de sinalização toponímica em toda a Freguesia.

CAIXA MULTIBANCO

Foi conseguido que um equipamento de Multibanco fosse instalado na sede da junta,

no âmbito da realização dos Festivais, através da Caixa Agrícola, com a intervenção

empenhada, além da Junta, da organização do Festival e do cidadão Sr. Mário Ranhada

que na altura detinha um cargo na referida entidade bancária.

FESTIVAL DE VILAR DE MOUROS

Com rigor absoluto torna-se muito difícil saber qual terá sido o momento exato e principal em

que terá nascido a ideia da criação dos Festivais de Vilar de Mouros.

Sabemos contudo que na sua base esteve um grande homem a quem a Junta CDU

homenageou condignamente, sobretudo na forma como se empenhou na revitalização e

continuidade dos mesmos a partir de 1996 e também adquirindo (e atribuindo-se lhe o seu

nome um pouco mais tarde) os terrenos da Chousa. Esse grande homem chama-se ANTÓNIO

BARGE que infelizmente já não está entre nós.

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E foi no princípio do ano de 1996 que a junta da CDU foi confrontada e desafiada

completamente sozinha (a câmara da altura alheou-se da responsabilidade da realização) para

a tarefa gigantesca de fazer renascer os Festivais de Vilar de Mouros, desde 1982 adormecidos.

Foi na altura uma decisão muito difícil e arrojada, na medida em que todos os anteriores

Festivais 1968, 1971 e 1982, apesar de terem sido um êxito muito assinalável em termos de

impacto musical, foram no entanto verdadeiros fracassos no âmbito financeiro, e sobretudo o

que até então tinha sido o último, em 1982, e que tinha deixado muitas marcas de desagrado

no seio da população local devido a alguns excessos registados, relacionados com consumo de

drogas, roubos de géneros de proprietários agrícolas e até algum nudismo praticado nas

margens do Rio Coura, que chocou alguns populares.

Não obstante as dificuldades descritas e porque estávamos convictos da grande importância

de eventos como o Festival de Vilar de Mouros teriam para a Freguesia, Concelho e até Região

Alto Minhota, aceitámos o desafio e assim arriscámos avançando para o evento em 1996 como

forma de relançar o FESTIVAL DE VILAR DE MOUROS e projetá-lo no mundo da música e dos

espetáculos, colocando-o no lugar a que realmente tinha direito.

Assim renasceu o Festival em Agosto de 1996, ainda realizado apenas no Largo do Casal. Foi na

verdade um êxito retumbante em todos os aspetos, tendo decorrido de forma tão organizada

e isenta de incidentes que não só conquistou a simpatia da população como mostrou que

tínhamos razão na aposta que fizemos. No entanto para organizações futuras impusemos uma

alteração de fundo no dizia respeito ao espaço, já que o Largo do Casal se revelou

perfeitamente exíguo e foi portanto necessário equacionar a compra dos terrenos da Chousa.

E mais uma vez teve a junta de Freguesia CDU de ombrear sozinha esta gigantesca tarefa

porque a Câmara de Caminha mais uma vez se divorciou completamente desse

empreendimento.

Desta forma a Junta teve de encontrar sozinha uma saída para a situação e a solução possível

foi a de contratualizar um pacote de festivais com uma empresa de espetáculos interessada

que viesse a garantir um adiantamento de verbas suficiente para a respetiva aquisição dos

terrenos que vieram a custar cerca de 40 mil contos. A compra de cerca de cinquenta parcelas

com a área aproximada de cinquenta mil metros para o património privado da Freguesia foi

concretizado num tempo recorde, e apesar de imensas dificuldades que tivemos de

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ultrapassar, todos os proprietários que estavam em condições de legalmente poderem vender

o fizeram, não tendo havido um sequer que tenha criado obstáculos. Três anos depois, em

1999, estávamos a realizar um novo Festival, já nos novos terrenos da Freguesia.

Seguiram-se então um conjunto de eventos que foram os mais numerosos e mais regulares de

toda a história do Festival e só foi interrompido a partir de 2006 devido a um claro boicote

logístico. Ao invés de um envolvimento ativo pelo qual tinha obrigação de optar, a Presidente

da Câmara de Caminha, Dra. Júlia Paula, tudo fez para prejudicar e liquidar o Festival no

sentido de esvaziar a Junta de meios, sobretudo financeiros, para criar dificuldades acrescidas

à CDU, conduzindo ao seu isolamento e afastamento da autarquia, o que mais tarde acabou

por acontecer de facto.

No entanto ficou para a história da Freguesia que pela mão de homens e mulheres ligados à

CDU, um património físico e cultural, que jamais alguém apagará, irá perdurar pela vida fora. A

CDU homenageou e fez renascer o mítico Festival de Vilar de Mouros. Organizou e criou

condições para perpetuar este evento. Projetou o Festival e colocou Vilar de Mouros no topo

das referências musicais, não só nacionais mas também internacionais, respeitando e

enquadrando os valores locais com o espaço cultural de identidade que este festival encerra.

Nos eventos realizados, todos com assinalável êxito em termos de participação, passaram

também por Vilar de Mouros nomes importantes da música do mundo inteiro e ficaram

benefícios importantes que extravasaram muito a importância da aquisição dos terrenos da

Chousa (que só por si já justificaria todo o esforço e empenho colocado). Muitas obras

realizadas por toda a Freguesia, de que muito os vilarmourenses vieram a beneficiar, bem

como mais-valias para comerciantes e populares que se envolveram nos eventos de diversas

formas, resultaram do Festival. Ficou também a satisfação musical para muitos milhares de

aficionados, incluindo também a nossa população que sempre teve acesso livre aos concertos

e que passaram a sentir o Festival como seu e que alguém acabou por lho roubar! E para que

fique bem claro, afirmamos aqui solenemente para a história que nunca seriam os eleitos da

CDU a fazê-lo (como a Presidente da Câmara Dra. Júlia Paula chegou a insinuar) já que foi com

tanto esforço, sacrifício e entusiasmo que se empenharam a levantá-lo e com muito êxito, em

1996.

Em 2003 Fernando Zamith jornalista de profissão descendente de família Vilarmourense, um

grande aficionado desta terra e dos Festivais de Vilar de Mouros, decidiu levar a cabo um

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empreendimento de grande importância histórica que foi o de

estudar e escrever sobre o Festival, publicando assim um livro que

transmite com um assinalável rigor e relevo a história dos Festivais até

àquele momento. O livro intitula-se 35 ANOS DE FESTIVAIS e

orgulhamo-nos muito de ter prestado toda a colaboração, quer na

recolha de dados, quer na sua divulgação e venda.

HABITAÇÃO NA FREGUESIA

Desde há tempos imemoriais que existe na Freguesia uma prática de ajuda às famílias

carenciadas com cedências de terrenos por parte de várias juntas de Freguesia, mesmo

daquelas do tempo da ditadura salazarista que eram nomeadas, e esta prática teve

continuação com todas as Juntas que foram eleitas após o 25 de Abril.

As famílias muito carenciadas que precisavam de um teto só tinham mesmo uma solução que

era a de recorrer à autarquia para que lhe fosse cedido um terreno, ainda que depois também

tivessem de esmolar apoios em materiais e mão-de-obra de vizinhos, familiares e amigos,

nomeadamente junto dos lavradores que possuíam madeiras.

A Junta da CDU jamais poderia protagonizar a inversão desta prática e uma das suas bandeiras

foi justamente esse apoio às famílias carenciadas, tendo sido uma das suas primeiras ações

realizar um levantamento das necessidades e avançar para a execução de um loteamento

simples mas devidamente organizado no lugar da Aveleira e que foi dotado com todas as

infraestruturas básicas mais importantes, tais como saneamento, abastecimento de água,

energia elétrica (tendo conseguido uma linha própria de média tensão que foi também

reforçar a energia existente, que na zona era muito fraca) e acessos devidamente

pavimentados.

Tudo isso foi plenamente garantido pela Junta CDU numa ação inédita na Freguesia já que as

juntas anteriores apenas se limitavam a ceder terrenos de tamanho muito limitado, em locais

sem condições, extremamente rochosos e inclinados (como é o caso da Ranha) e sem

nenhuma infraestrutura, tendo também sido esta Junta que dotou esse Bairro com

saneamento, parte de eletrificação, construção e pavimentação de acessos.

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Mas a obra da Junta nesta área não se ficou por aqui e inclusive teve também a coragem,

determinação e capacidade para erguer sem quaisquer ajudas externas três pequenas

habitações sociais para serem utilizadas por famílias de reconhecida necessidade,

empreendimento que demonstra claramente a rara sensibilidade dos eleitos da CDU e os

destaca de eleitos de outras forças partidárias, como aliás se pode comprovar pela inexistência

da mesma política habitacional quer por parte de outras Juntas de Freguesia, quer mesmo por

parte do próprio Município de Caminha, que nada fez nesta vertente social no Concelho nas

últimas décadas.

A Junta colaborou ainda de forma muito ativa na construção da habitação social da Sra. Lurdes

Lima em Marinhas, apoiando todo o processo burocrático de licenciamento e a própria

construção, para a qual ofereceu alguns materiais.

Lutou também afincadamente, e de várias formas, junto da Câmara de Caminha para que esta

interviesse na miserável situação de degradação do Bairro da Ranha, e nem a existência de um

plano de pormenor no PDM para o local, aprovado por volta do ano de 1993 foi suficiente para

que tivesse acontecido essa intervenção, apesar de sucessivas promessas eleitorais em

campanha eleitoral.

A Junta deu ainda um apoio muito significativo nas burocracias de processos de construção de

todas as famílias carenciadas que o solicitaram.

EQUIPAMENTOS DE APOIO À ATIVIDADE DA AUTARQUIA

Quando em 1989 assumimos a gestão da Freguesia não existia uma única peça de ferramenta

(como uma simples pá, enxada ou carrinho de mão), como também não existia nem nunca

tinha existido com carácter permanente no quadro da autarquia qualquer funcionário.

Essa situação não só foi alterada radicalmente com a admissão quase imediata do primeiro

trabalhador, como se consolidou a prática de empregabilidade de pessoas ao serviço da

autarquia, tendo-se adquirido o equipamento necessário a uma atividade adequada à resposta

aos problemas da Freguesia e da população que ao longo dos anos foram surgindo.

A Junta teve uma prática muito proveitosa, resolvendo através de administração direta muitas

pequenas e médias obras e melhoramentos, resultando sempre numa franca economia de

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meios, daí que foi possível fazer mais com menos dinheiro, tendo sido política da Junta nesta

área dotar a Freguesia com equipamentos necessários.

Além dos equipamentos adquiridos para apoiar obras e melhoramentos foram também

adquiridos muitos outros destinados a equipar a sede de Junta, Centro de Convívio de Idosos e

Casa mortuária.

Equipamentos Imóveis

Foram inicialmente construídos um armazém e mais tarde um segundo no sítio da Várzea

(resultado de uma compra de um terreno com um silo incorporado) para armazenagem de

todo o equipamento e ferramentas diversas de apoio a todo o trabalho.

De entre os equipamentos e ferramentas diversas adquiridas e que hoje são pertença da Junta

de Freguesia destacamos:

Duas motos agrícolas;

Duas motoserras;

Três máquinas de cortar vegetação;

Um kit de primeira intervenção de combate a incêndios;

Uma rebarbadora;

Uma motobomba oferecida pela família Barge;

Três computadores;

Balcão frigorífico;

Máquina de café;

Arca frigorífica;

Cadeiras e mesas para o Centro de Convívio de Idosos;

Três secretárias para atendimento ao público;

Cadeiras para a sede de junta;

Estantes;

Um televisor;

Um projetor de vídeo;

Uma salamandra de aquecimento;

Uma carrinha de marca Mercedes de nove lugares para serviço da autarquia;

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Três camas articuladas e duas cadeiras de rodas para serem usadas por pessoas com

situação muito debilitada em termos de saúde.

PATRIMÓNIO IMOBILIZADO

Durante vinte anos a Junta apenas alienou algumas parcelas pontuais com muito pouca

relevância ou importância no património existente, tendo em contrapartida adquirido uma

imensidão de imobilizado de uma proporção e dimensão histórica jamais conseguida nesta

terra (aliás nem memoria há de alguma junta alguma vez ter adquirido fosse o que fosse), e

muito provavelmente será impossível algum executivo alguma vez igualar, ou sequer

aproximar-se, de tão grande enriquecimento de património.

Dirão alguns que só terá sido possível graças à realização de festivais, e nós dizemos SIM, mas

foi necessário não só ter a coragem e determinação de revitalizar os mesmos, como também

de gerir bem as negociações dos protocolos e aplicar exemplarmente os meios nos

investimentos de que resultaram uma valorização importantíssima no património da nossa

Terra.

Temos imensas razões para nos orgulharmos na gestão que fizemos em todas as áreas de

intervenção mas nesta em partícula, porque deixamos o património da Freguesia valorizado

em muitos milhares de euros, e por muito que alguns tentem desvalorizar ou apagar, eles

estão à vista de todos e muitos dos investimentos feitos não só se apresentam com inegável

valor financeiro como tem um valor estratégico inestimável de importância ambiental, de lazer

e até de orgulho Vilarmourense, como são os casos da Casa do Barrocas e muito em especial

de todo o Parque Dr. António Barge com os seus cinquenta mil metros quadrados e com uma

margem do Rio Coura arborizada com cerca de seiscentos metros de comprimento, que hoje, a

par do já existente Largo do Casal, se tornou num espaço público de grande importância e

orgulho de todos e onde, hoje, tanto se poderão continuar a fazer os festivais, como poderão

ser adaptados para múltiplas atividades de interesse público. Assim as entidades competentes

saibam aproveitar todas as suas potencialidades.

Aquisições de Património Para registo ficam aqui elencadas algumas das aquisições patrimoniais feitas pela Junta CDU:

Casa do Barrocas;

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Terrenos da chousa com cerca de cinquenta mil

metros quadrados;

Terrenos para ampliação do Cemitério;

Terreno para construção do Largo da Morada;

Terreno para construção da Travessa da Barrosa;

Dois terrenos em chães para exploração de saibro;

Um terreno para criação de espaço de lazer no Funchal;

Um pequeno terreno por doação de Maria Ângela Fontes Rocha em Guena;

Um terreno com um silo antigo na várzea onde foram construídas duas casas sociais.

GESTÃO ADMNISTRATIVA E APOIOS SOCIAIS Os eleitos da CDU sempre pautaram a sua gestão por valores de uma grande proximidade,

solidariedade e sentido de serviço público para com a população tendo tido sempre como

orientação principal ouvir as pessoas e procurar servi-las com grande elevação e respeito por

todos sem qualquer tipo de descriminação positiva ou negativa.

Nesse sentido gostaríamos de salientar duas medidas que foram tomadas logo após a

assunção de responsabilidades e que ao longo de vinte anos se tornaram muito importantes

para toda a população que recorria frequentemente aos serviços da Junta. Trata-se da

abolição de taxas administrativas e o atendimento diário ao público. (a Junta anterior cobrava

taxas e apenas fazia atendimento ao público uma vez por semana e curiosamente a nova

gestão PSD, mal tomou posse, revogou uma e outra medida).

Foi na gestão da CDU que o brasão da Freguesia foi criado. Instrumento

de representatividade e de identidade autárquica muito importante, a

Junta colocou na sua execução um grande empenho. Quisemos que o

Brasão fosse o mais representativo e expressivo possível da identidade

da Freguesia e da sua população e pensamos ter conseguido esse

importante objetivo. E vale a pena aqui citar esses pressupostos;

As rodas das azenhas simbolizam a ligação da população à lavoura, à

produção do cereal tendo o Rio como elemento fundamental na economia

vilarmourense.

A guitarra mostra a ligação profunda que a população sempre teve à

música que vem de longo tempo com grandes músicos que esta terra deu,

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uma banda de música e várias tunas e por último, naturalmente, os

Festivais de música moderna.

A Ponte Gótica, ex-líbris da Freguesia, e o Rio Coura, curso de água ao

qual esta terra está intimamente ligada pela sua importância económica e

paisagística.

O relacionamento democrático e o respeito mútuo que sempre existiu entre a Assembleia e a

Junta de Freguesia foram uma constante e um motor importante para o dinamismo de toda a

atividade de ambos os órgãos.

A Junta de Freguesia sempre se preocupou em apoiar na medida das suas possibilidades as

associações locais, comissões de festas, escolas e jardim de infância.

Apoiamos ativamente durante um período significativo de tempo uma cantina para as crianças

em idade escolar e prolongamento de horário das mesmas nas instalações da Junta de

Freguesia.

Fomos pioneiros no concelho de Caminha a criar um serviço de transportes para crianças da

escola e Jardim de Infância.

Criámos um Centro de Convívio nas instalações da Junta, um passeio mensal e viagem semanal

gratuitos para todos os idosos, todos serviços únicos no Concelho da dependência de uma

Junta de Freguesia.

Foi criado um boletim informativo no último mandato, tendo sido publicados nove exemplares

em que todos procuraram tocar os mais diversos problemas em foco na Freguesia.

DIVERSOS

É, de certo, impossível registar com rigor todo o trabalho realizado pela CDU em Vilar de

Mouros, no entanto é na memória dos vilarmourenses que nos socorremos, é neles que se

perpetuará a obra realizada. Muitas obras, atos e envolvimentos ficarão esquecidos ou serão

difíceis de enquadrar, no entanto sobra ainda espaço para encontrar na memória coletiva

muito do trabalho feito. Entre outras tantas ações destacamos:

Obras de proteção na gruta da lapa;

Page 30: CDU Vilar de Mouros, 1989-2009

Obra CDU em Vilar de Mouros Porque o povo tem memória 1989 - 2009

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Apoio às escavações no Crasto realizadas pelo arqueólogo António Baptista;

Brasão da Freguesia;

Projeto de Arquitetura para os Largos Dr. António Barge e Casal;

Projeto de Arquitetura para espaço de lazer no Funchal;

Sinalização toponímica na Freguesia;

Organização toponímica e atribuição de nomes aos arruamentos da Freguesia, bem

como colocação de placas identificativas;

Apoio às diversas as coletividades da Freguesia.

Pela memória factual que faz da história de Vilar de Mouros a

identidade dos Vilarmourenses.

CDU ao serviço das Populações