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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS Prof. Edgar Abreu Transcrição | Aula 01 CEF

CEF - s3.amazonaws.com · de 2h e 30 min serão transformadas em uma revisão de 30 minutos a 1 h, mais ou menos. Depois, vocês terão 25 questões de concursos anteriores (a preferência

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOSProf. Edgar Abreu

Transcrição | Aula 01

C E F

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Conhecimentos Bancários

AULA 1

Boa noite, para o pessoal do ao vivo!

Para o pessoal do EAD: boa tarde, bom dia!

Salve, salve! Bem vindos a nossa primeira aula ao curso Superação CEF. Nós vamos dividir essa aula em quatro partes: na parte 1, falarei sobre a minha disciplina, conhecimentos bancários, na CESPE; na parte 2, darei dicas de como estudar conhecimentos bancários; na parte 3 vou dar o conteúdo, onde entrarão as matérias da aula; na parte 4 falarei algo específico para o presencial. Com o pessoal do online eu vou interagindo ao longo da aula.

(...)

Eu vou falar algumas coisas do concurso do Banrisul. Eu recebi uns sete ou oito feedbacks assim: “ai, professor, eu me ralei na prova por culpa tua! Você disse que eu tinha que fazer a prova de matemática por último e eu deixei...”. O problema é que quando eu falei que tinha que deixar por último, eu não desenhei. E têm pessoas que se tu não desenha, ela não entende. Então, eu vou ter que desenhar. E é uma dica bacana que serve para qualquer concurso.

Vamos supor que você tenha uma prova de apenas duas disciplinas: conhecimentos bancários e matemática. Cinco questões de cada. Você demora 2 minutos para resolver as questões de conhecimentos bancários e 10 minutos para cada uma de matemática. Ou seja, se você for fazer toda a prova, vai demorar 10 minutos para as questões de conhecimentos bancários e 50 minutos para as de matemática. Em uma hora você resolve toda a prova. Porém, se a prova tem duração de 30 minutos. Opção 1: você fazer o que é acha que é certo. Se você acha que deve fazer matemática primeiro, vai entregar a prova com 3 questões feitas e 7 chutadas. Se você escutou o que eu disse, vai fazer as 5 questões de conhecimentos bancários em 10 minutos, sobrando 20 minutos para fazer duas de matemática, o que lhe dá um total de 7 questões, tendo que chutar 3 questões.

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Aí o cara fala: “ai, faltou tempo!”. Claro que faltou, mas se você tivesse feito ao contrário, teria rodado já.

As questões mais demoradas, não importa o concurso, ficam para o final. É uma questão de lógica, porque ela vai te comer mais tempo.

A primeira regra que eu quero trazer para vocês, que eu acho importante para todos os concursos, é administrar o tempo. Isso é essencial em todos os concursos, mas em uns, mais. No Banrisul, por exemplo, era essencial, pois tinha textos e muitas questões. Eu não vou mexer muito nessa dor, porque eu não preciso perguntar como vocês foram no Banrisul, pois eu já tenho a resposta: vocês foram muito bem! Claro que foram, porque vocês estão aqui. Todos aqueles que tropeçaram no Banrisul e estão aqui é porque levantaram. Os que não foram bem são aqueles que fizeram a prova, tropeçaram e ali ficaram. (...) Concurso é uma série de evolução, a gente sabia disso. A quantidade de alunos que nós tínhamos para a quantidade de vagas, nós sabíamos que muitos iam chorar. Se nós tivéssemos aprovado todas as vagas, mais de 75% dos nossos alunos, ainda assim, iriam chorar. Mas, como eu disse, a evolução é você estar aqui e aí (ead). O principal dessa evolução está no seguinte: estar estudando com tempo. Estamos em março, esperando a prova para novembro/dezembro (expectativa). Estude com muita antecedência. É impossível você se preparar para esse concurso em cima da hora. Esse foi o segundo concurso mais concorrido do Brasil, só perdeu para o INSS. As pessoas acham que a dificuldade é a CESPE, e não é. Não se preocupem com banca. Quem tem que se preocupar com banca é o professor para direcionar a aula. Vocês vão ver que a aula vai ser bem diferente do Banrisul, embora seja o mesmo conteúdo. A diferença está na relação de um candidato para o outro, quem estudar mais vai acertar mais.

(...)

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Quando fomos falar para o concurso da caixa, tínhamos a necessidade de atualizar o curso que estava em andamento, porque nós queremos aprovar os alunos. Quando vendemos um curso online, prometemos atualizar quando sai o edital. Essa é a regra. Mas, se eu for esperar sair o edital, lá pelo final do ano, o aluno terá um mês praticamente para estudar o edital.

Isso porque a Casa e vocês têm os mesmos interesses: aprovar. A concorrência nem fala em CEF ainda. (...)

Só gravar um curso de novo também não fazia sentido para nós. Nós queríamos fazer algo diferente.

Nós fizemos várias experiências dentro da casa. Dentro do período de edital, nós dávamos para o aluno: curso de revisão, curso de simulado com questões inéditas, curso de resoluções de questões de concursos anteriores para conhecimento da banca, etc. Fizemos tudo isso separado, nunca fizemos um curso com todas essas opções. Aí, nós chegamos a um dilema que é o seguinte: não gostamos dessa coisa de o cara comprar um curso e depois ter que comprar outro. Dá uma ideia que parece que queremos ganhar dinheiro em cima do cara. Aí, ele está lá na véspera da prova e se depara com um curso novo, de simulados, por exemplo. Ele se desespera, pensa que se não tiver esse curso, não vai passar. Às vezes o cara não tem dinheiro para comprar o curso e chega à prova pensando que vai rodar. Essa sensação era ruim. Então o que nós pensamos? Temos que dar um curso para a galera que chegue à época do edital e não tenha mais o que ser oferecido por nós, porque ele já teve tudo. Nisso nasceu a ideia de SUPERAÇÃO. É um trocadilho de SUPER AÇÃO. Nesse super curso vai ser necessária muita ação de todos nós. Por quê? Porque ele só é possível porque temos um tempo muito grande até a data da prova para poder estudar.

Como vai funcionar esse curso?

A aula 1 é a única que não vai ter de 2h e 30 min a 3 horas. Porque eu estou apresentando e quero fazer o planejamento de estudos. Quero criar a regra, para estudarmos desde o início e chegarmos prontos na hora na prova. Mas, em geral, todas as demais aulas têm de 2h e 30 min a 3 h.

Hoje vamos falar de políticas econômicas...

Normalmente, nos outros cursos, iríamos para a aula dois (na qual falaremos sobre Conselho Monetário Nacional, Banco Central, CVM e CRSFN).

Nesse curso nós demos uma recheada. O curso online vai receber, além da aula gravada, um PDF com tudo o que foi falado na aula.

Tem um lado ruim: o pessoal do presencial não vai ter o material do PDF da aula. Porque essa aula que estou dando agora, será transcrita, tudo estará escrito no PDF.

Tudo que eu estou falando vai estar transcrito no PDF. Tanto que, vamos supor que você esteja lendo a apostila em PDF, que tenha 30 páginas, durante o caminho de ônibus. Vamos supor que você tenha lido 8 páginas. É possível, quando chegar a casa, ligar o vídeo da aula e assistir de onde você parou de ler, pois tudo o que está no vídeo, está na apostila. Inclusive, você pode fazer o download da aula e assistir até offline, em qualquer lugar. Então, literalmente, você terá uma aula em PDF.

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Além disso, teremos uma aula de revisão. Isso foi o que tivemos no curso do Banrisul. As aulas de 2h e 30 min serão transformadas em uma revisão de 30 minutos a 1 h, mais ou menos.

Depois, vocês terão 25 questões de concursos anteriores (a preferência é da banca que esperamos). Quando tem banca definida, trabalhamos com ela. Como ainda não temos, vamos trabalhar com a que fez o último concurso, CESPE. Se não for CESPE, quando todo mundo souber, lá na frente, vamos trocar a banca.

Além disso, o aluno terá 25 questões inéditas, simulado.

Ou seja, as 25 questões anteriores são passadas. E as outras serão novas. Nenhuma questão em concurso pode ser igual a outra que já foi feita.

As questões passadas servem para ter uma Ideia do perfil da banca, para saber a lógica por trás das questões. É como eu disse, o professor vai se preocupar com isso para passar a matéria para vocês. As questões inéditas têm a ver com o futuro, ou seja, o que eu acho que vai cair e qual a maneira que eu acho que ela vai cair.

Depois de tudo isso, passaremos para a aula 2. Ou seja, esse processo se repetirá em todas as aulas.

Ou seja, em conhecimentos bancários, por exemplo, teremos 8 aulas. Deixei uma 9ª aula reservada, porque pode ser que precise ou não.

Supondo que tenha 8 aulas de uma matéria: cada aula terá 50 questões, ou seja, teremos 400 questões resolvidas apenas de uma matéria. Isso não ocorrerá apenas na minha disciplina, e sim em todas.

Claro que a minha matéria é muito mais que especial.

“Ah, professor! Você fala isso em todas as suas aulas.”

Sim, eu falo. Mas na Caixa eu tenho uma paixão maior. Não para trabalhar na Caixa, mas sim na prova dela. Financeiramente, a Caixa é muito melhor para trabalhar. Porém, a minha matéria é muito melhor no concurso da Caixa. No concurso anterior da CESPE, a prova teve 120 questões. Dessas 120, 50 são de conhecimentos básicos (português, matemática financeira, ética, etc.) e 70 são de conhecimentos bancários. Não é a toa que na Caixa nós aprovamos o primeiro colocado em todos os Estados no outro concurso.

Dessas 70 questões, umas duas ou três são da matéria da Tati, e o resto é tudo da minha matéria. Isso é com base no passado e nós vamos trabalhar com esse foco.

Dentro de conhecimentos bancários, eu fiz a divisão e planejamento da aula.

Primeira parte: conteúdos.

Eu coloquei, aproximadamente, 9 aulas. Os assuntos que vamos trabalhar não são nessa ordem. Essa é a ordem do edital.

Item I – abertura e movimentação de contas. Quais são os documentos para abrir e fechar contas e tal.

Item II é o que eu tirei porque é o da Tati. Domicílio, e outras coisas que eu não entendo nada de Código Civil;

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III – Cheques – como funciona e tal;

IV – SPB – Sistema de Pagamento Brasileiro;

V – todo Sistema Financeiro Nacional;

VI – Noções de políticas econômicas – política monetária (que é a aula de hoje);

VII – Mercado financeiro, mercado monetário, mercado de crédito, mercado de câmbio, etc.

Aí, eu vou dividir a matéria com o Sirlo (que foi quem dividiu comigo no concurso do Banrisul). E esse concurso é bem especial dividir com ele, pois ele é funcionário da CEF.

Eu passei para ele, no Banrisul, basicamente, mercado de capitais, que não caiu nenhuma ques-tão. O cara que fez a prova foi imbecil, porque ele pegou apenas um item. Se tu vai numerando esses itens, teoricamente, eles são tão importantes um quanto o outro... E ele foi lá e escolheu um dos itens e colocou, praticamente, todas as questões num só. Não faz sentido! Câmbio não caiu, mercado de ações não caiu, derivativos também não...

Dessa vez eu passei mercado de ações pro Sirlo, de novo, mas dessa vez vai cair, na CESPE sem-pre cai.

Vantagem: não tem derivativos! Uhu! Cadê a comemoração? Nem sabem o que é?! Não quei-ram saber!

Eu passei para ele também os produtos da Caixa, porque ele tá lá dentro e ele vive mais isso. Até porque esses temas têm muitas atualizações, e como ele está lá, ele pode dar uma visão prática melhor do que eu. São: minha casa, minha vida, microcrédito, penhor, etc.

E correspondentes bancários, basicamente, as lotéricas.

Essa é a parte do Sirlo. Vai estar na primeira apostila, da aula 1. Vocês vão ter uma apostila de cada aula. Por falar em apostila de cada aula, aqui está o planejamento das aulas: (imagem do quadro)

Hoje eu vou entrar na aula 2, mas vou terminar o conteúdo da aula 2 na próxima aula.

A data da aula (do quadro) é a data presencial. No dia 22 temos aula, dia 23 também. “Ai, pro-fessor! Duas aulas dia 23, no sábado!!”. E daí? Vocês vão fazer o que no sábado? Passear com a família? Não tem família! Concurseiro é tudo fudid...

Vantagem: vocês não terão muitas aulas nos finais de semana! Terão mais comigo, porque eu trabalho em SP e muito mais em gestão do que em sala de aula. E também com alguns profes-sores que vêm de fora, como, por exemplo, o Sirlo, que vocês terão aula em sábados e domin-gos, porque ele vem de fora.

Essa é a data da aula (14), até o dia 19, vou entregar o resumo, as 25 questões anteriores e as 25 inéditas. E assim vai.

Primeira coisa que temos de diferença no nosso planejamento de estudos:

Essa aula de hoje é curta, ela é muito mais um coaching e planejamento de como estudar... É como a analogia da corrida de Kart. Antes de você entrar na pista, você vai para uma sala de aula e tem uma aula sobre a teoria, antes da prática.

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É isso, nós precisamos ver a teoria de como estudar. Não adianta começar a estudar feito um louco, porque não é assim. Então nós estamos nessa parte teórica.

Então, o que eu bolei?! Cara, de aula, aula mesmo, de conteúdo de prova, vai dar uma hora. E como eu vou fazer o cara fazer 25 questões com uma hora de aula?! Então eu tive a ideia que é a seguinte: vocês vão ter as 25 questões anteriores e as 25 inéditas. Mas essas questões não se-rão somente da aula que vou dar hoje, e sim sobre todos os assuntos. Tudo! Um mini simulado. Qual o objetivo desse simulado? Um só: baixar a cabeça e fazer com um cronômetro. Tem que marcar certo, errado ou deixar em branco.

“Mas professor, eu vi um vídeo que ensina a chutar na CESPE.”

É tudo balela. Temos que confiar nas estatísticas. Vamos supor que a prova tenha 10 questões. Qual o máximo que você pode tirar nessa prova? 10. Qual é o mínimo que você pode tirar? -10, porque você pode errar todas. Se você errar todas, cada errada é -1 ponto.

Há 20 anos eu fiz o vestibular da CESP – UnB (Universidade de Brasília). Naquela época, o ves-tibular era de certo e errado, não havia Enem. Só que havia uma coisa muito mais além que o certo e o errado. A prova era tão fod* que ela misturava as disciplinas. Tu estava lendo uma questão de português e tinha que saber matemática para resolvê-la. É a tal da interdisciplinari-dade, que é muito fod*. Fiz a prova e saí devendo pontos, porque minha nota final era negativa.

Imaginem que você resolveu 6 questões dessa prova de 10. Sobraram 4. Você está em dúvida nelas. Vamos supor que seja matemática, aí você nem estará em dúvida, porque ou tu sabe ou não sabe. Supondo que você não saiba essas 4, o que você faz? Chuta ou deixa em branco? Qual a probabilidade de acertar cada uma dessas questões? 50%. Se você fizer as 4, estatisti-camente, chutar todas elas certo, ou errado, ou certo em umas e errado em outras, estatisti-camente, acertará duas e errará duas. Essa é a estatística. Se você acertar duas e errar duas, quantos pontos terá? Zero. Qual a diferença de deixar em branco ou chutar? Não faz diferença! Fará diferença, se você tiver sorte de chutar e acertar três e errar apenas uma, o que lhe con-tabilizaria mais dois pontos. Mas isso é sorte. Assim como você pode ter sorte, pode ter azar. O azar seria você acertar uma e errar 3, que lhe daria -2 pontos. Se você quer transformar o seu concurso em uma loteria, chuta! Tipo, o que é isso? Ah, cara, essas 6 questões não vão resolver a minha vida. Todo mundo acertou essas 6... Preciso de uma ajuda divina. Vamos chutar! Pois só o chute vai te levar pra frente. Porém, se você fez uma boa prova, se tem consciência de que detonou essas 6 questões, você vai chutar pra que? Para arriscar e correr o risco de perder o lugar que você alcançou?

Se você está na corrida e está em primeiro lugar, pra que acelerar ao máximo e correr o risco de estourar um pneu?!

Voltando: qual o objetivo dessas questões? Resolvê-las com o cronômetro ligado.

Você vai pegar as 25 questões anteriores, ligar o cronômetro, resolvê-las e anotar quantas fez certas, quantas erradas, quantas em branco e qual foi a nota. Pega essa nota e guarda. Nós teremos aulas, simulados, questões, sempre. O que vai acontecer no final? Um simulado com toda a matéria, após vocês vencerem todos os conteúdos. O objetivo desse simulado final é detonar. O objetivo desse simulado de hoje é mostrar a evolução, mostrar o quando você evo-luiu.

Supondo que o aluno A tenha tirado 10 e o aluno B tenha tirado 15. Quem foi melhor? Para mim, como professor, não me interessa quanto ele tirou agora. Estou, literalmente, pouco me

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lixando para a nota do cara. O que me interessa é lá no final. Se o aluno A foi de 10 para 20 e o B de 15 para 16, o fod* para mim é o aluno A. Na verdade ele pode ir até para 14 ou 15, pode até fazer menos que o B, mas será o fod* porque ele evoluiu mais.

É para isso que serve esse simulado. Para ver a diferença em relação ao que vamos chegar de-pois.

Vocês irão receber esse simulado (material no slide)

Primeiro, as 25 questões CESPE, com todos os assuntos do nosso curso.

No outro arquivo temos as questões novas. É o que eu chamo de simulado, questões do pai Ed. Banca CESPED. Então, são 25 questões novas, criadas por mim, com o gabarito no final para você poder corrigir.

Isso é o que você vai levar de tema. Você vai anotar quantas acertou e o tempo que demorou para fazer. Porque eu quero ver essa evolução do tempo também!

Para fechar essa parte, eu tenho mais uma coisa bacana para mostrar para vocês. Eu como ma-temático gosto de trabalhar e transformar tudo em números.

Eu já vi várias coisas... Sistemas de estudos, ciclos, cronogramas, etc. Para mim, como nós não temos prazo de edital, eu não tenho preocupação se você vai estudar todos os dias... Isso não é preocupação, pois não estamos com o prazo apertado.

Eu criei uma planilha, vou disponibilizar para vocês, que eu acho que vai ajudar vocês no estudo.

Isso é para as minhas aulas. Se for mais de 8 aulas, depois eu acrescento e mando para vocês atualizada com a quantidade certa de aulas.

Então, vocês terão a aula, o PDF da aula, um material de resumo, terão 25 questões de concurso anterior e 25 questões inéditas.

O que você vai ter que fazer? Vai ter que anotar aqui (na planilha). Preste atenção no que você terá que anotar: na aula, você vai anotar quantas vezes você assistiu à aula; quantas vezes você leu o PDF; quantas vezes você viu a aula de resumo; qual a nota das questões anteriores e qual a nota do simulado. Vai aparecer qual o resultado do teu aproveitamento. Você vai fazer isso em todas as aulas. Tô há um tempão trabalhando nisso, tem uma lógica por trás. O negócio

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é o seguinte: se eu ler mais vezes o PDF ou assistir mais aulas de resumos, o resultado de aproveitamento vai aumentar. (...)

A nossa meta é transformar o aproveitamento em mais de 70%.(...)

Fechamos então essa primeira parte de como estudar e como monitorar os nossos estudos.

Agora vamos começar com a parte boa. Vamos começar a estudar.

(Pergunta inaudível)

Para todas as questões que forem disponibilizadas, terá um vídeo explicando-as. Todas as questões são resolvidas e comentadas em vídeo. Só que isso não será gravado no presencial, e sim em estúdio, por questão de logística. Muitos professores estão fazendo nas suas casas.

(Pergunta inaudível)

A maioria das provas da CESPE são de certo ou errado. A maioria, vamos lá... uns 70%, 80% das provas são de certo ou errado. Grandes concursos são assim, a não ser que a banca não queira. INSS foi assim, BNB foi assim... (...)

Pergunta: tem redação?

É difícil, mas pode ser que tenha. É difícil porque é concurso grande, aí são muitas redações para corrigir e gera muito custo. Eu acredito que não tenha por questões financeiras mesmo.

(Pergunta inaudível)

Não, porque aquela apostila é incompleta. A apostila que eu faço é incompleta, ela não tem tudo que eu falo. Então, quando a gente pegar tudo que eu falo e colocar na apostila, aí teremos ela completa.

O presencial tem esse detalhe. Sabe qual é o problema? O presencial vai ter que ver mais de uma vez a aula. “Agora vou ver a aula com o material”. É outra pegada.

(...)

Primeiro ponto: não precisa ter base. Tudo a gente vai partir do zero. Eu sei que tem gente aqui que já está em um nível acima e sei que tem gente que está começando agora. O que eu faço com os conteúdos? Eu faço como se estivessem todos começando agora! Vai ter um momento que todos terão, praticamente, o mesmo conhecimento.

(...)

Relaxa com o passado e começa agora!

Para o pessoal que já tinha o curso anterior da CEF: todas essas aulas vão para o curso novo. O que não terá é o plus (PDF, revisão, e as 50 questões). (...)

(...)

Nós vamos ver muito mais coisas que os nossos concorrentes. Nós estamos na frente deles, é o que importa.

Depois tem a atualização com o edital no online. Mas tudo depende do edital. Porque aí nós podemos ver o tamanho da mudança e do tempo que teremos. Mudança muito grande com

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tempo muito pequeno, não tem como ter turma presencial. Então, tudo depende do que vai acontecer. Mas, lembrando: a mudança vai ser ruim para nós, mas também para todos os outros.

A planilha, depois que eu terminar, vou liberar para todo mundo. Até porque ela nem faz sentido para quem não é aluno.

(...)

Agora temos 180 pessoas online no EAD. Quando eu fizer a primeira aula ao vivo pós edital, vai ter mais de mil pessoas. A chance desses 180 passarem é muito grande. O que depende para esses 180 serem aprovados é apenas uma coisa: não desistir. Desistir é o mais fácil, porque nós somos imediatistas, queremos estudar agora e ir amanhã sacar o salário. Mas não! Esse projeto que estamos fazendo é para 2020. Prova no final do ano e convocações em 2020. Esse é o nosso projeto. Não adianta achar que vai ser antes. O que pode acontecer é sair o edital do BRB, que tem muita matéria em comum com a nossa. Quando sair o edital do BRB eu posso falar e fazer uma analogia do que cai e o que não cai. A, vai lá, passa e trabalha no BRB antes. Isso pode acontecer, mas não é o nosso foco. Muitos conteúdos do BRB vão ser os mesmos e eu vou aproveitar as aulas, pois a banca é a mesma. O que me dá foco não é o órgão e sim a banca. Inclusive, as aulas de matemática financeira daqui, serão as mesmas de matemática financeira do BRB, é 100% aproveitável. Por que a matéria de conhecimentos bancários não é 100% aproveitável? Por que eu não pego o curso da caixa e jogo lá?! Porque os editais são diferentes. Têm conteúdos de conhecimentos bancários que são cobrados na Caixa, por exemplo: minha casa minha vida, que não caem no BRB. E vice-versa.

Fechamos então. Vamos começar a estudar! (...)

Aluno: estão comemorando que não tem informática.

Não teve no último. Quer dizer que não vai ter no próximo? Provavelmente. A gente trabalha assim, mas pode voltar.

Agora estão falando que vai ter redação? São especulações. O Zambeli falou? Mas o que ele faz? Ele é presidente da Caixa? (...) Não faz sentido. Não tem comissão formada de concurso. Se tivesse, poderíamos falar que um cara de lá vazou tal informação para alguém e aí chegou em algum professor... Até poderia ter veracidade. Mas se não existe a comissão instalada não tem uma decisão se quer sobre o concurso. Qualquer especulação é burrice! O Banco, daqui alguns meses, lá pelo meio do ano, vai falar que vão fazer um concurso. Aí vão montar a comissão, juntando meia dúzia de funcionários de áreas diferentes que começam a se reunir pensando na programação, desde como vai ser o edital, a prova, a banca, o número de vagas... Tudo isso é planejado dentro do banco. Cara!! Se essas pessoas ainda nem foram escolhidas e essa comissão ainda não foi formada, qualquer informação é mentira! Dizer que vai ter ou dizer que não vai ter, não funciona. A pessoa dizer que acha, tudo bem. Mas esse “acha” não tem nenhum embasamento teórico. Por isso a gente trabalha sempre com base no último concurso.

(...)

Última coisa: metodologia de como serão as nossas aulas.

A CESPE tem um padrão de cobrar que funciona assim: em geral, são assertivas. A múltipla escolha é exceção.

Então, ela trabalha com a lógica que é assim:

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Blá blá blá blá blá blá , (vírgula) blá blá blá blá blá . (ponto)

Esse primeiro blá blá bá, antes da vírgula, tá certo. Mas o segundo, está errado. Esse errado torna toda a assertiva errada.

É algo do tipo assim... Vou dar exemplo para traduzir para vocês:

“O BACEN é supervisor do Sistema Financeiro Nacional, formado por 9 diretores... . Entre as suas funções está a de coordenar a política monetária.”

É um monte de coisa em uma questão só. Ele começa dizendo que o BACEN é supervisor... Certo. Formado por 9 diretores... certo. O que ele está fazendo? Condicionando o teu cérebro a pensar que a questão está certa. E aí na segunda parte gera dúvida, mas como o início está todo certo, a tendência de o cara enfiar um certo em tudo é muito grande. Mas o fato de o BACEN não ser o coordenador da política monetária tá errado e isso torna a assertiva toda errada. Eu não posso afirmar que tudo isso é verdade.

Por que eles fazem muito isso? Porque o cérebro dá esse nó. Isso em uma primeira questão, tudo bem. Você vai lá e vê que tá errado por culpa disso. Mas são 120 questões. Isso, na questão 78, que o teu cérebro já está cansado e tu já começa a fazer leitura dinâmica, fazendo atalhos mentais no teu cérebro tu começa a fazer: “Ah! Tá certo, certo, certo, tô em dúvida... CERTO”. Vocês estão entendendo isso? Então, por isso nós vamos fazer uma maneira diferente de estudar. Por que eu vou inovar? Por dois motivos: cada vez mais muitas bancas estão pegando coisas de legislação, felizmente, e, infelizmente, muitas vezes elas pegam coisas de sites, que às vezes parece que está correto e muitas vezes, na verdade, está errado. No Banrisul tivemos a banca FCC, que é uma das maiores bancas do Brasil, que pegou questões de sites erradas. Na CESPE é mais difícil de acontecer essas coisas.

Eu vou dar para vocês a aula como eu sempre dei. Só que em um segundo momentos, vamos entrar em sites e ver legislação. Para ver se alguma coisa eu esqueci de falar e a gente já lembra, para explicar alguma outra coisa, para complementar, mostrar algumas coisas que estão erradas em sites oficiais, provando e mostrando pra vocês em legislação, para que a gente tenha bem claro o que é verdade e o que não é.

Então vamos começar fazendo um trabalho que é um pós conteúdo. A explicação do conteúdo segue a mesma lógica, com base nisso de que a CESPE troca uma palavra, às vezes, e torna toda a assertiva errada.

Então, vamos embora! Agora sim!

Vamos dar uma introdução em relação a políticas econômicas.

Não se preocupem em copiar, tirem foto do quadro e só foquem em prestar atenção.

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POLÍTICAS ECONÔMICAS

Nós temos uma coisa no Brasil chamado PIB. Alguém já viu falar no PIB? Produto Interno Bruto.

O que mede o PIB? Pra que serve o PIB?

Existem duas maneiras de calcular o PIB para saber qual o seu tamanho.

Uma é um pouco mais fácil de entender, que é o que a gente chama de valor agregado. É quan-do a gente calcula o PIB somando todos os bens e serviços finais. (Isso nem precisa copiar por-que não é matéria da prova). O que é isso? Eu vou ver tudo o que foi produzido no país no ano.

Então, vou olhar aqui: 2019... Transformo toda a produção em dinheiro e somo. Exemplo: quan-tas canetas a gente produziu? Mil. Quanto custa a caneta? R$ 1,00. Então, essa caneta acres-centou R$ 1000,00 no PIB. Quantas TVs a gente produziu? E assim vai...

Como o governo sabe isso? Tem imposto, então, pelos impostos eu sei. Pelo que ele me reco-lheu de imposto, eu sei o quanto ele vendeu. Tá claro isso?

Então eu tenho uma ideia de tudo que é produzido.

“Ah, professor, e a informalidade?” A informalidade, é como se fala, informal. Então não entra nessa conta. Beleza!

Quando eu falo em bens e serviços finais, esse final é só para evitar uma redundância no cálcu-lo, calcular uma mesma coisa duas vezes. Como assim professor? Exemplo simples e clássico: eu vou a uma loja de pneus e pergunto quantos pneus foram produzidos. Aí ele diz que 100 pneus. Quanto custa cada pneu? R$ 200,00 cada. Esse cara agregou 20mil no meu PIB. Aí eu vou lá numa loja de carros e vejo quantos carros foram produzidos. Foram produzidos 10 carros e vendi por R$ 20000,00 cada carro. Então, agrega 200000. Teoricamente, o PIB, se fosse só essas duas coisas, seria R$220000. Mas qual o problema que pode estar acontecendo aqui? Contar duas vezes.

Então quando eu falo bens e serviços finais, eu chego no cara e falo: Meu, quantos pneus você produziu? 100. Tá, mas eu quero saber só final, não os que vão para a indústria de transforma-ção, que vá virar outra coisa. O que vai lá para a prateleira para o cara comprar. O cara furou o pneu e vai lá comprar. Esse que eu quero. Ahhh tá. Teve 40 que foram vendidos para loja de carros. Então sobraram quantos? 60. Então, 60 x 200, acrescenta 12mil no PIB e não 20mil. Quando eu contar o carro, que é produto final, eu já estou contando os pneus dele. Aí eu só conto uma vez o pneu. Vocês entenderam isso?

Essa é uma das maneiras de calcular o PIB. Tudo o que é produzido. Produção. Foi produzido esse ano? Então entra no PIB desse ano!

O foco não é divulgar o PIB em tamanho (trilhão). O que se olha no PIB? Qual é a nossa referên-cia? O crescimento. Tudo o que o mercado quer saber é o quanto cresceu. O crescimento do PIB de 2018 em relação ao de 2017 foi de aproximadamente 1%. Ou seja, o país cresceu 1%. É muito pouco! A média mundial vai dar mais de 2%. Mas tudo bem... A gente voltou a crescer. O que é a recessão? A economia vinha caindo, PIB negativo. O PIB me mostra tudo. Se eu estou produzindo mais, eu preciso de mais gente. Sim ou não?! Qual é a relação do PIB com empre-gabilidade? Se o PIB está crescendo, está tendo, teoricamente, mais emprego, está gerando emprego, o país está crescendo, as pessoas estão ganhando mais. Só se produz mais se está

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vendendo mais. Porque se tu não está vendendo mais não tem porque produzir mais... Fecha a fábrica, demite! Se contrata, PIB alto. Então, o PIB é o cara da nossa economia, é o reflexo do que está acontecendo no país.

Se a gente for pegar histórico de PIB no Brasil, olha o que vocês vão ver...

Nós vamos ver muito isso, tá?! Eu vou contextualizar muitas coisas para ficar mais fácil de entender. (...)

Basicamente era assim: a gente vinha com PIB de 2, 3%. Aí teve um p*** PIB de uns 7%, lá na época da Dilma. Depois do fim da Dilma foi o fim da economia, o que a derrubou... A economia começa a ir mal e ninguém fica feliz, as pessoas começam a perder dinheiro e aí começa a ter PIB negativo, queda do país... -2%, -3%... E agora que voltou a crescer de novo. Depois nós va-mos ver direitinho essa parte.

Outra maneira, que é a que me interessa, que eu posso calcular o quanto o país cresceu...

Por que é importante crescer?

Nós temos o Brasil que cresceu 1%. Aí nós temos o Chile, que cresceu 3%. E você é uma multinacional dos EUA, que quer fazer investimento. Onde você vai colocar o seu dinheiro? Onde tem mais chance de vender. Então, se está produzindo mais, é porque está vendendo mais. Sim ou não? A probabilidade de ir para o Chile é muito maior do que ir para o Brasil. E querendo ou não, dinheiro de fora me interessa muito. Não existe isso de economia fechada... O mundo é globalizado. A Coréia do Norte lá funciona se colocar cerca em tudo quanto é lugar e as pessoas não puderem fugir, porque se elas puderem fugir, elas vão! Não existe economia fechada mais. O mundo é globalizado, essa é a regra. A exceção é ser fechado. E eu quero captar o dinheiro de fora, eu quero aprender com os caras de fora.

Quem escutou hoje... É do sul, mas serve para todo o Brasil... Quem escutou hoje a Gaúcha (rádio), entrevistaram a CEO da Fraport, uma alemã, um dos maiores gestores de Aeroportos do mundo... Ganhou a licitação do aeroporto de Porto Alegre. Essa CEO está há um ano no Brasil e já dá para entender o português dela. O cara perguntou do cronograma. Bom, está previsto para outubro, mas pelo andar da obra nós vamos conseguir entregar em maio. Como assim? Hahaha. Se está prometendo para outubro não pode entregar em maio, eu não estou preparado para isso. Cara, é outro mundo, outra realidade! É um dinheiro de fora, de investimentos, que nós não temos capacidade de colocar daqui de dentro. E por que vem? Porque o cara faz uma conta simples: quanto está crescendo o país... Inclusive o cara fez uma pergunta assim: tem chance de POA ter v0o de novo para a Europa, EUA... E ela: nós vamos ampliar a pista e vamos estar preparados para isso, mas depende de a economia crescer. Se a economia cresce, as pessoas voltarão a ter condições de viajar. Não adianta... Quem é que vai querer colocar um vôo daqui para ter 10 pessoas? Agora, se tiver uma demanda de 200 pessoas todos os dias, vai ter voo todos os dias. E o que é a economia crescer? PIB. É isso que o gringo olha. É isso que você olha... Quando você coloca seu dinheiro no banco, na poupança, você olha quanto rende a poupança. Quando um cara coloca dinheiro num país, ele olha o PIB. Tá claro isso? Claro que a gente não olha só retorno. Todo o investimento temos que olhar riscos e retorno. Se a Venezuela estivesse crescendo 100% de PIB, que não é o caso, mesmo assim muita gente não colocaria dinheiro lá porque tem muito risco. Vocês estão entendendo isso? Então tu olha o risco e o retorno.

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Voltando... A outra maneira de calcular o PIB é através da soma CONSUMO + GASTOS DO GOVERNO + INVESTIMENTOS + (EXPORTAÇÃO – IMPORTAÇÃO)

CONSUMO... Todo mundo sabe o que é consumo. Vou somar tudo o que nós consumimos o ano inteiro, o que todo mundo consumiu (só o que é legalizado). Tudo o que você comprou, pagou imposto, eu somei. Se foi consumido, foi produzido. Mas tudo o que foi produzido foi consumido? Não, tem mais coisas, tem estoques... esse estoque pode ser Gastos do governo. Os gastos do governo não necessariamente são consumidos. O governo pegou uma grana e injetou na economia para duplicar uma BR. Esse dinheiro vai parar no teu bolso, vai gerar uma economia. Porque se ele estava no cofre do governo, ele não contava no consumo da população. Então, o que o governo gasta, adiciona no PIB, o país cresce.

Lembra que na época do governo Lula tinha o PAC, programa de aceleração do crescimento, que era injeção de dinheiro do governo para duplicar avenidas, investir em portos, copa do mundo, etc. Esse dinheiro que vai, teoricamente, aumenta o PIB, ajuda a crescer. Tá claro isso? Então essa é uma outra variável que vou somar.

Investimentos... aqui tem uma confusão! Quando eu falo em investimentos, as pessoas acham que é o ato de poupar. O cara que não tem um conhecimento mais técnico acha que o investimento é o dinheiro que tá aplicado no banco. Não! Investimento é o contrário. É quando você tira o dinheiro que está parado no banco e investe. Investir é: vou duplicar esse aeroporto. Isso que a Fraport está fazendo é um investimento, pois pegou um dinheiro de algum lugar e tá enfiando para investir. Lembrem quando falam nos bancos em investimentos a médio e longo prazo... É desses investimentos que estamos falando, eles contam no PIB. Não é um consumo, mas conta. Então, tudo o que está sendo gasto para duplicar o aeroporto aqui de POA e todos os aeroportos do Brasil, porque eram estatais e agora estão sendo...

Inclusive, gosto de deixar isso bem claro... Quem estava no pré-prova do Banrisul... Eu falei: “Ah, vai privatizar o Banrisul, vai tomar no c*”. Eu falei isso e viralizou essa porr* toda aí... Escutei um monte de coisa. Tem gente metendo o pau... Lá dentro do Banrisul foi uma loucura, porque tem gente dos dois lados, assim como em todo lugar. Tem gente que acha que tem que privatizar, tem gente que acha que não tem que privatizar. O problema é que vira uma guerra porque cada um tem seus interesses. Aí os caras falam que eu tenho interesse porque sou dono de curso para concurso... Primeiro que eu nem sou mais dono, já vendi essa porr* há muito tempo. Isso aqui é do UolEdTech, uma das maiores empresas de educação e eu trabalho aqui. “Ah mas ele trabalha com curso para concurso”. Bacana, legal! Eu trabalho também com cursos para concursos. Mas não é por isso que eu não quero que privatizem, é pela minha teoria de economia. A minha teoria de economia é que... Meu... Se você tem uma crise na tua casa... Porque o governo do Estado está em uma crise, ele não consegue pagar os salários, falta dinheiro. Se você gasta mais do que recebe, tem um déficit. A solução é pegar dinheiro com o governo federal, que fala que empresta mas tem algumas condições e uma delas é vender algumas coisas. beleza! Se você tem crise na sua casa, você vai ter que se desfazer de coisas que te dão prejuízo. Na sua casa você tem receitas e despesas. Só que o Banrisul é receita e não despesa como a FDRH, por exemplo. Quando falaram em privatizar a FDRH... Vende essa porr*!!! Dá prejuízo para o Estado? Tem que privatizar. Agora, privatizar a CEF, Banrisul, BB, é burrice. Porque seria vender algo que te trás dinheiro. Uma empresa que deu um bilhão de lucro ano passado. Então, meu! Isso não é a minha dor. Agora, por que está no pacote do governo federal pedindo para vender? Obvio que o que dá dinheiro é vender o que dá receita e não o que dá despesa. Se ele colocar pra vender a FDRH, quem quer comprar uma empresa que dá prejuízo? O cara tem que pensar se faz sentido, se consegue transformar.. Ninguém

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quer comprar ou vai pagar muito barato. Agora, quem quer comprar o que dá receita? Só que a pergunta que eu faço é: de onde o Estado vai levantar dinheiro... É vendendo as coisas caras. Mas será que esse é só o interesse? Não sei. Vale lembrar que o presidente do BACEN, que saiu agora há pouco, é ex diretor do Itaú... E os caras têm interesses. Vocês acham que os grandes bancos não têm interesse na venda do Banrisul? Claro que têm! Financeiramente é um put* negócio comprar um ativo que está crescendo. Então você não sabe até que ponto é interesse ou não. A minha visão é que tem que privatizar órgãos do governo, pois tem uns que dão prejuízo. Agora, o que nunca vai se privatizar são concursos para área fiscal, policial, etc.

Então, a minha visão é essa: se traz dinheiro, não vende!

Beleza, voltando...

O que mais vai aumentar esse PIB? Exportação – Importação. Porque a exportação traz dinheiro. Quando eu vendo algo para o gringo, ele me paga e o meu país fica mais rico. Tá claro? Se eu vendi para brasileiro, ele consumiu, entra em consumo. Se eu vendi para gringo, entra em exportação. Mas tudo que eu compro do gringo, vai meu dinheiro para fora, eu fico mais pobre. Então, a importação conta negativamente.

Prestem atenção: vocês acham que a inflação impacta no PIB? Sim. Onde ela impacta diretamente? No consumo. O que a inflação é? As coisas ficarem mais caras. Se você tem um salário de R$ 3mil por mês e tem uma série de despesas, entre elas o supermercado. Quando as coisas do supermercado ficam mais caras, e o seu salário permanece o mesmo, você começa a reduzir as compras. Isso impacta o consumo, logo o crescimento do país. Então, a inflação impacta diretamente o consumo e outros indiretamente.

Gastos do governo depende do que? Do que depende no que o governo vai gastar? No que arrecada. Então, o que você gasta depende do que entra. O que determina o que o governo ganha? Os impostos. A arrecadação do governo é os impostos. Então, os impostos influenciam nos gastos do governo. Se você tem impostos elevados, teoricamente o governo arrecada mais. Já existiram casos de o governo reduzir a alíquota do ICMS e arrecadarem mais.. Pode acontecer.

Inclusive quando eu falo em ICMS, tem uma guerra fiscal. Muitas vezes uma empresa escolhe que vai se instalar em determinado Estado porque vai ter mais incentivo fiscal. O RS viveu a briga da FORD com a BA. O que o cara pede? Eu quero pagar o mínimo possível de imposto. O que ele vai dar em troca? PIB. Contrata pessoas, gera emprego e produz para o seu Estado. É uma troca: o governo ganha em uma ponta, mas perde em outra. É preciso fazer a conta para ver se faz sentido ou não.

Têm versões que dizem que muito da culpa do acidente que teve da TAM em Congonhas, é porque ele estava muito cheio de combustível, porque a prática comercial da TAM era encher os tanques cada vez que vinha a POA, pois a alíquota de combustível era bem menor do que em outros aeroportos. Isso é guerra de ICMS, olhem que loucura isso! Então, o imposto impacta diretamente os gastos do governo.

Quando eu falo em investimento... Você é uma empresa e está com o dinheiro aqui no banco e está na dúvida: será que eu deixo essa gana no banco rendendo juros ou faço um investimento? Qual é o principal fator que a empresa olha para tomar essa decisão, se ele investe mais no negócio dela ou se não investe? Se o dinheiro está aplicado, está rendendo um juro. Decidir fazer um novo investimento é abrir mão do investimento que você tá. Por exemplo: se eu estou

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com um dinheiro aplicado no banco que está me rendendo 8% ao ano e eu tenho um projeto de expansão da minha empresa que vai me gerar 7%. Faz sentido? Não. Então, o que impacta a minha decisão de investir ou não, um dos principais fatores é a taxa de juros do país. Ou seja, o quanto o país está pagando de juros. Isso é extremamente importante para a decisão de investir ou não investir. Se as taxas estão elevadas, se o banco começa a pagar muito, o que as pessoas fazem? Guardam o dinheiro no banco e não investem. Se as taxas estão baixas, banco pagando muito pouco, eu prefiro montar minha casinha de cachorro quente, fazer um investimento, montar o meu negócio porque não tá me dando dinheiro no banco. Tá claro isso, sim ou não?!

E qual é o fator que impacta na exportação e na importação? Câmbio, cotação do dólar e das outras moedas estrangeiras. A taxa de câmbio influencia o PIB. Pensa comigo: o que é bom em cada um desses caras para aumentar o PIB?

Pra consumir mais, tem que ter mais inflação ou menos inflação? Menos. Então, a inflação tem que cair para aumentar o consumo.

Para o governo aumentar os gastos? Ele tem que arrecadar mais. Para arrecadar mais, de maneira geral, tem que aumentar os impostos. (De novo: não é sempre, já aconteceu de diminuir o imposto e arrecadar mais. Mas essa é a forma mais simples de arrecadar mais). Inclusive, a lei da responsabilidade fiscal impede o governo de retirar qualquer imposto sem ter uma contrapartida. As pessoas não têm noção disso, mas faz total sentido. Se o governo arrecada menos do que gasta, tem um déficit. Aí, no último ano do governo, ele quer ser reeleito e corta impostos. A gasolina, por exemplo, mais de 50% é imposto. Se o cara diz que vai reduzir os impostos da gasolina, isso não influencia só para quem tem carro. Ela vai reduzir pra quem tem carro, pra quem anda de ônibus, vai reduzir o preço do avião, é um efeito cascata. É uma put* medida, eu voto em um governo desse! Mas eu não posso deixar o governo tomar uma medida dessa, porque ele vai fud** o meu país. Isso porque se a arrecadação cai, o déficit aumenta. Por isso veio a lei da responsabilidade fiscal. Você não pode ser um irresponsável. Você só pode tomar essa medida se achar outro lugar para cobrar um imposto que vai ter essa diferença e vai compensar financeiramente. Beleza! Eu posso zerar o imposto da gasolina? Sim. Notícia boa: não vai ter mais imposto na gasolina. Bad news: voltou a CPMF. É preciso provar, por A+B, que a perda com essa redução do imposto da gasolina e o ganho da nova tarifa do CPMF que voltou... Esse novinhos aqui nem sabem o que é CPMF, mas tudo bem... CPMF era um imposto de movimentação bancária. Se entrava um dinheiro na tua conta, a entrada tu não pagava, mas pagava a saída.

Meu! Nenhum governo pode reduzir imposto sem ter contrapartida. Essa é a maneira de garantir que vai entrar um governo e sair outro e não teremos essas atitudes irresponsáveis. É sensacional ter essa lei de responsabilidade fiscal. Eu como gringo vou para um país assim, pois eu sei que o cara não vai ferrar as contas dele. Inclusive, o motivo que alega o impeachment da Dilma é pedalada fiscal, que é não cumprir a lei de responsabilidade fiscal. Claro que o que derrubou ela não foi a responsabilidade fiscal e sim motivos políticos. Pois o impeachment é político, pois para ele acontecer é preciso perder as votações nas casas. Então é uma perda política.

Se eu quero que as empresas invistam mais, o que eu tenho que fazer? A taxa de juros tem que ser menor.

E para a soma exportação – importação ser boa... essa soma recebe um nome: balança comercial. Para essa soma ser equilibrada, tem que exportar mais que importar. E a taxa de câmbio tem que ser alta ou baixa? O que tem que aumentar: a entrada ou a saída de dinheiro?

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A entrada. Como que entra mais? O dólar ficando mais caro. Então, quando a taxa de câmbio sobe, isso ajuda nas balanças. Se eu vendi 100 dólares na exportação e na importação perdi 40 dólares, fico com um saldo positivo de 60 dólares na balança comercial. Mas o PIB eu não somo em dólar, e sim em real. Se a cotação do real é 3 por 1, vai ser 3x60 = 180 reais, se a cotação for 4 reais para um dólar, tenho 60x4 = 240. Entenderam isso? Então, quanto mais alto for o dólar, mais ele estará influenciando no PIB.

“Ah, professor, então é fácil!” Não! Não é fácil... Parece, mas é uma zorra. Isso não funciona.

Olhem só o exemplo: o dólar fica alto. Tô feliz porque meu país está crescendo... Bacana! Mas se o dólar tá alto, ele é insumo, custo, para um monte de coisa, pois muitas coisas que consumimos vêm de fora. Tudo que vocês têm aí é produzido na China, porque ela tem 1/3 da população mundial. O custo de produção lá é menor, mas é de fora. E aí meu amigo, se o dólar sobe, teu produto também sobe. E não é só o celular, é um monte de coisa. Então, você resolve de um lado (balança comercial), mas afeta de outro, porque fica mais caro de consumir. Sim ou não? E aumenta a inflação.

Uma coisa puxa a outra. Nós vamos ver que para ter a inflação baixa, é preciso aumentar a taxa de juros. Mas olhem que loucura: para o PIB crescer, preciso ter inflação e taxa de juros baixos. Então, essa coisa não existe, elas não combinam. Porque com a taxa de juros baixa, o que você faz? Deixa ou tira o dinheiro do banco? Tira e começa a gastar. E se você começa a gastar as coisas ficam mais caras. Então, a economia é essa loucura... Você faz uma coisa que ganha aqui e perde ali e assim vai.

E como que o governo controla essas variáveis?

Para fazer o PIB crescer ele precisa executar as suas políticas econômicas.

Política são todas as ações feitas para um determinado objetivo. Política econômica é tudo o que o governo faz em função da economia. Política eleitoral é tudo que o cara faz pensando em se eleger.

Para isso o governo tem que controlar o consumo, a inflação.

O que vai fazer o cara consumir mais ou menos? Se ele tem ou não dinheiro na mão. Então estamos falando aqui de política monetária. O que afeta o consumo são, basicamente, duas políticas: política de crédito e política monetária.

A política monetária é tudo o que o governo faz para ver o preço da moeda, para controle de inflação. Se eu falo de inflação, estou falando de política monetária.

Política de crédito é tudo o que o governo faz para dar mais crédito às pessoas. Exemplo: governo lança minha casa, minha vida com taxa mais baixa, é uma política de crédito. Crédito rural com taxa mais baixa também é política de crédito. Obviamente, se as pessoas têm mais crédito, vai impactar no consumo.

Como que o governo controla os gastos? Depende do que ele arrecada. E essa arrecadação está ligada à política fiscal. Estou falando de impostos, fiscalizar as pessoas. Como eu governo te fiscalizo? Pela declaração do imposto de renda. Por isso que a gente fala que esses concursos de auditor da receita, analista tributário, etc, da área fiscal, chamamos de carreira fiscal, porque você vai trabalhar nos órgãos do governo que trabalham com essa fiscalização.

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Quando eu falo de investimento, estou falando de taxa de juros. E o que determina a taxa de juros é também a política monetária e a política de crédito. Política monetária é que a taxa de juros mais baixa, o cara vai investir mais; com a taxa de juros mais alta, vai investir menos. A política de crédito é: às vezes a empresa não quer investir, a taxa de juros está alta, deixa o dinheiro no banco, mas o BNDS libera uma linha de crédito para empresa com uma taxa baixa que atrai. Só que alinha de crédito do BNDS é uma política de crédito. Tá claro isso ou não? Então a empresa decide investir mesmo com a taxa de juros alta. Porque a taxa que está é alta é pro dinheiro dela. Esse dinheiro do governo, tenho uma taxa mais baixa. Então, ela vai lá, executa uma política de crédito, pega dinheiro emprestado com o BNDS e faz. O que não deveria acontecer, isso é a maior cagada da economia brasileira. O Brasil é um dos poucos lugares do mundo que isso acontece. Em qualquer lugar o dinheiro é pela lei da procura e da oferta. O que faz você ter uma taxa de juros alta é o seu risco para o mercado financeiro. Se você vai lá no banco, ganha mil reais e tem R$ 300,00 consignado que debita todos os meses no teu contracheque... Te sobra R$ 700,00 e você está no SPC e no Serasa, existe uma chance de pegar crédito no banco. Se você ganha R$ 1000,00 e não tem dividia, sobrando os mesmos mil reais, não está no SPC e no Serasa, existe outra chance de você conseguir dinheiro no banco. Mas uma coisa é certa: se esse cara (último) conseguir, vai pagar uma taxa de juros de 2% ao mês, e o outro (primeiro) vai pagar 5% ao mês. Tá claro isso? Isso é lei da procura e oferto. Isso é risco e retorno. O governo cobra taxa de juros maiores onde há risco maior. A taxa de juros está de acordo com o seu risco.

Só que se eu tenho um governo que diz: eu te empresto o dinheiro e a taxa (TLP) é de 6% ao ano e é igual para todo mundo, estou fazendo uma coisa que chama distorção de mercado. Porque um cara que é certinho, paga 6% e o que não é também paga os mesmos 6%. Tá errado! O certo seria vender para o cara certo por 4% ao ano e para o errado a 8% ao ano. É assim que funciona a economia. Aí o governo faz essas coisas erradas, política de crédito. Um dos poucos lugares do mundo que tem isso, porque é distorção. Não importa se o banco é público ou privado, em ambos, o errado vai pagar mais que o certo, sendo pessoa física ou jurídica. É assim que funciona. Tá claro isso? Faz sentido isso pra vocês? É como o seguro. Faz sentido uma seguradora cobrar o mesmo preço de um guri de 20 e poucos anos de um senhor de 70 anos de um seguro de vida? O plano de saúde cobra o mesmo preço? É risco e retorno. O banco não é diferente de qualquer outro tipo de negócio. Risco e retorno. Não é assistencialismo.

“Ah, mas não é lindo o mundo social?”. É lindo, quando você está do outro lado. Eu queria muito chegar na idade de 80 anos, fazer um plano de saúde e seguro de vida e pagar a mesma coisa que eu pagava com 20 anos. Mas se eu fosse uma seguradora, eu jamais queria cobrar de um cara de 80 anos a mesma coisa de um cara de 20. Porque eu sei que o mais velho tá com um pé na cova, já está fazendo hora extra na Terra. E o de 20 está longe de morrer, então eu vou cobrar mais desse cara de 80 que vai me dar mais custo com hospital, pois a estatística é essa. Então, o assistencialismo e socialismo é lindo, quando se está no lado que te favorece. Quando se está do outro lado, de quem tem que pagar a conta, você não vai querer.

Então, o mercado vive com o risco e retorno, essa é a normalidade. Inclusive, agora, graças a Deus, isso vai mudar! Porque o governo mudou a TJLP. É que antes ela era uma taxa definida pelo governo, ou seja, ele ferra o mercado. Mas agora, ano que vem, provavelmente, ela vai estar acompanhando a taxa de mercado. Então, se a taxa do banco cresce, a TLP também cresce, vão estar bem próximos. Então não vai ter muita distorção, porque vai estar alinhada à taxa de mercado, que é a taxa selic.

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Para fechar, o que determina o preço do câmbio? São as ações do governo para controlar o preço do câmbio. Nós chamamos de política cambial. Tudo que o governo faz para controlar o preço do dólar. Basicamente é a lei da procura e oferta. Ou seja, se algo fica caro, é porque tem pouco; se algo fica barato, é porque tem muito. Então, quando quer subir o preço, tira o excesso; quando quer baixar o preço, joga dólar no mercado. Tira e coloca dólar no mercado, essa é a execução da política cambial e é assim que ele mexe no preço de câmbio.

Então, fechando aqui.

O que nós temos? Temos que as políticas econômicas vão interferir na economia, o quanto o país cresce. Essas políticas são de crédito, monetária, fiscal e cambial. Essas são as políticas que nos interessam.

Para o nosso edital precisamos ter noções de políticas econômicas. A política monetária nós vamos detonar, porque a prova pede, e faz todo o sentido para nós. E vocês vão entender o porquê que essa política faz todo o sentido para nós do banco, depois do intervalo.

(...)

Vou dar só uma introdução, informações importantes e vamos expandir a política monetária.

(...)

Primeiramente, eu quero mostrar pra vocês o histórico do PIB, como eu tinha dito para vocês.

O que é PIB nominal e PIB real?

O nominal é o mentiroso. Mas qual é a mentira em relação ao real? A inflação. O PIB real é tirar a inflação. O que adianta o país crescer se as coisas estão mais caras? Então, se eu tiro a inflação, eu tenho o PIB real. Mas vamos ver o histórico com o PIB nominal, que é o que aparece na TV. Quando você faz um investimento, eles não contam a inflação.

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Esse PIB de 2018 é o que cresceu em relação a 2017. 2017 também crescemos 1,1%. Ali está a nossa crise. Nós tivemos um PIBão (2010).. E cara, se a gente fizer uma correlação... Colocar esse dado e no lado, em outra coluna, vagas em concursos, é muito próximo. PIB alto é mais vaga para concursos e mais vagas na iniciativa privada também, em tudo. PIB alto é empregabilidade alta, tanto na área pública quanto na privada.

Olhem ali na tabela... 3, 4%. Tu crescer isso é muito grande, porque o crescimento é sempre em relação ao ano anterior. Essa é a época que se falava que o Brasil seria uma das grandes economias do futuro. Falavam dos BRICS. Lembram!? Isso até 2008. A partir de 2012 se começa a pensar em uma recessão. Quando que a Dilma caiu? Alguém lembra? 2016. Olhem o que ela passou: entregou um PIB de 2014, 2015 e 2016. Tá aqui, quem derruba é a economia. É quem tá colocando dinheiro. É quem tá tendo prejuízo... e quando eu falo em economia não é o investidor, empresário, os caras da grana... É o geral! O cara da grana tá put* que tá perdendo dinheiro? Tá, mas ele tá demitindo. O cara que tá sendo demitido, tá put* que está perdendo o emprego, ele vai para a rua também. Aumenta o desemprego, a perda financeira. E é isso que importa para o país todo.

2015 e 2016 é o fundo do poço e em 2017 e 2018 começamos a dar uma subidinha, mas ainda é muito ruim, porque está abaixo da média mundial. Foi uma volta rápida, mas a maioria dos caras deram as voltas mais rápidas do que eu (outros países). Ou seja, quando eu vou falar em decisão de investimento, se o gringo vai colocar grana, ela vai olhar o meu PIB, mas ele vai comparar com o PIB dos outros países. E se eu estou crescendo menos do que os outros países, ele prefere colocar em outros países. Então, eu não tenho que ter um PIB alto, mas sim mais alto que os outros países.

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Não adianta: olha, tive um PIB de 3%... Bacana, mas o da China foi 9%! Vocês estão entenden-do? Parece que é muito, mas comparado com os de outros países, o cara vai para onde está rendendo um PIB maior. Essa é a questão, porque é a guerra do dinheiro.

O que eu quero falar para vocês é o seguinte: nós vamos ver muitas coisas em sites e legislação. Então, por exemplo, quando formos falar de política monetária, vou falar de algo chamado CO-POM para vocês.

Copom é o Comitê de Política Monetária. Órgão do Banco Central. São os diretores do Banco Central que determinam a taxa de juros. Eu não vou explicar o COPOM agora, vai ser na próxi-ma aula. O que eu quero explicar para vocês é como vai ser a metodologia. Nós vamos estudar o Copom e depois vamos para a internet mostrar algumas coisas sobre ele.

Vou dar um exemplo: esse Copom foi criado em 1996, mas em 99 passa a ter uma importância para a economia. Em 99 se cria um Decreto, 3088, do governo federal, que cria as metas de inflação. O BACEN que executa, através do Copom. Esse COPOM tem a própria legislação in-terna, do próprio BACEN. Essa legislação sofreu uma alteração e 2017, que é a circular 3868 de dezembro de 2017, que é o regimento interno do COPOM.

Vou colocar na internet as três coisas: BACEN, Decreto federal 3088 e a circular do BACEN 3868. Vou entrar no site do BACEN, vou falar o caminho para quem está na internet poder ir acom-panhando também: vai clicar em política monetária, dentro dela, falamos dessas metas de in-flação. Que é exatamente esse decreto 3088, que diz: estabelece a sistemática de metas para a inflação.

No art. 1º, §2º ele diz que quem fixa é o CMN.

E no art. 2º diz que quem executa essas políticas necessárias é o BACEN.

Agora quero falar o que o site diz sobre o COPOM.

“O COPOM é órgão do BACEN, formado pelo seu presidente e diretores que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia...”

Está errado! Não é a cada 45 dias. Nós vamos ver na lei que é 8 vezes ao ano.

Aí você vai lá na lei ver o que ela fala.

Art. 3º da lei fala “o COPOM reúne-se, ordinariamente, oito vezes por ano. E extraordinaria-mente, por convocação do presidente, presentes, no mínimo o presidente....”.

Oito vezes ao ano não é a cada 45 dias. Se eu pegar 8X45=360. O ano não tem 360 dias, tem mais. As reuniões do COPOM são divulgadas um ano antes até junho do ano anterior.

Então, por exemplo, nós estamos em 2019. Até julho de 2019, o BACEN vai divulgar quais são as datas das reuniões de 2020. Em geral, dá aproximado, 45 dias entre elas. Mas não são 45 dias exatos. Mas se você ler o site do Banco Central, ele fala errado. E está errado para uma prova da CESPE, porque não importa o site. É a lei que importa.

Aí continua lendo: “as reuniões normalmente ocorrem dois dias seguidos e o calendário de reuniões de um determinado ano é divulgado até junho do ano anterior”. Mais ou menos... Se você for olhar a lei... Ela fala isso, porem, diz que se admite ajustes até o último dia do ano.

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Então, ele divulga até junho, mas pode mudar até o último dia do ano. Vai depender muito do português, da interpretação de texto. E o português é fundamental na CESPE. Porque ela faz questões do tipo “liquidez” e “iliquidez”, ela faz mudanças em um prefixo da palavra para tornar a assertiva errada. É muito fod* mesmo! Então o que eu quero dizer para vocês é que nós vamos estudar com base na lei. Eu vou mostrar coisas em sites de órgãos, mas é só para mostrar que está errado.

Outro exemplo: CVM, site do governo oficial. Diz que a CVM é vinculada ao Ministério da Fazenda.

Medida provisória 870, art. 57, fala que não existe mais Ministério da Fazenda, agora transfor-maram em Ministério da Economia. Mas o site da CVM fala errado. Quem atualiza o site é o estagiário, o que nos interessa é a lei. Essa é uma MP do dia 2 de janeiro. Já se passaram mais de três meses e continua errado no site.

Por isso que essa matéria é tão difícil, porque essas leis estão espalhadas.

(...)

Se eu estou mostrando para vocês que até sites oficiais podem estar errados, imagine sites de fofocas. Então, para a prova, o que nos interessa é a lei.

Então como vai ser a metodologia? Vamos ver o conteúdo, vamos rever na lei.

De maneira geral, sempre vou lembrar de quase tudo. Por exemplo, o decreto 3688, o art. 1º o que interessa é que fala da CMN, o art. 2º fala do BACEN, o 4º vai falar... Olhem, a própria le-gislação tá errada, porque fala em Ministro do Estado da Fazenda. Está desatualizada. Deveria atualizar.

Se eu pegar a lei do plano real e pegar a composição do CMN nessa lei, vai ver que tá atualiza-da. Ela tirou o ministro de Estado da fazenda, e colocou da Economia. E como esse ministério se transformou, também mudaram nessa lei algumas outras coisas. E se entrar em outras leis, vai estar errado. Tem que saber onde está a informação correta. Mas essa preocupação é só minha, não é de vocês! Vocês terão a informação correta.

Isso é o que vai nos diferenciar. Quando chegamos na banca da CESPE, temos que ir nesse nível. Para outras bancas, não.

Então é mais ou menos por aí que a banda vai tocar nas nossas próximas aulas.

(...)

Fui! Tchau!