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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GO Ano 2 - nº 7 junho/julho-2015 Entrevista | Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia Celebrando a solidariedade No Dia Internacional do Cooperativismo, iniciativas voluntárias de cooperativas mostram como ajudar o próximo Wesley Cruz

Celebrando a solidariedade - SESCOOP-GO · a solidariedade No Dia Internacional ... Redação e edição: Carla de Oliveira (JP 10.76 G0) ... diferenças e sobre as ações da Igreja

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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GOAno 2 - nº 7 junho/julho-2015

Entrevista | Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia

Celebrando a solidariedade

No Dia Internacional do Cooperativismo,iniciativas voluntárias de cooperativas

mostram como ajudar o próximo

Wesley Cruz

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Boletim Goiás Cooperativo

O Boletim On-line do SistemaOCB/SESCOOP-GO mudou para melhor!

Agora ele se chama Boletim Goiás Cooperativo e passa a circular com um resumo semanal das novidades do cooperativismo.Com um visual moderno e atraente, o informativo digital traz também novas colunas e links para as redessociais e o portal da Casa do Cooperativismo em Goiás.

Se você ainda não recebe oinformativo do Sistema

OCB/SESCOOP-GO, cadastre-se nosite e fique por dentro do que

acontece no cooperativismo emGoiás e no Brasil.

O programa de rádio Voz Cooperativa a um clique

Opção deler a notícia na íntegra no Portal do Sistema

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| 3GOIÁS COOPERATIVO

SINDICATO E ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DE GOIÁS

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO NO ESTADO DE GOIÁS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem) // Vice-Presidente : Luís AlbertoPereira (Sicoob Engecred-GO) // Secretário: Dourivan Cruvinel de Souza (Comigo) // Membros

Efetivos: Astrogildo Gonçalves Peixoto (Coapil) // Vanderval José Ribeiro (Sicoob do Vale) // JocimarFachini (Coperpamplona) // Clidenor Gomes Filho (Sicoob Unicentro Brasileira) // Zeir Ascari (Sicredi

Sudoeste GO) // João Batista Pereira Machado (Uniodonto Sul Goiano)CONSELHO FISCAL

Efetivos: Peron Antônio Barbosa (Cooperjov) // Emival Vicente Santana (Coomap) // Carlos HenriqueArruda Duarte (Coacal) // Suplentes: Rubens Dias dos Santos (Coopmego) // Nanci Terezinha

Alfonso Cavalcante (Cohacasb-GO) // Marco Antônio Oliveira Campos (Comiva) //Superintendente: Valéria Mendes da Silva

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem)Membros efetivos: Antonio Chavaglia (Comigo) // João Damasceno Porto (UnimedGoiânia) // Haroldo Max de Sousa (Coapro) // Itamar Fernandes de Melo (Complem) //João Gonçalves Vilela (Cagel) // José Lourenço de Castro Filho (Coapil) // RenatoNobile (SESCOOP Nacional) // Antonio Moraes Resende (Centroleite)CONSELHO FISCALEfetivos: Lister Borges Cruvinel (Sicoob Centro-Sul) // José Rodrigues Peixoto (Sicoob Credi-SGPA // Walter Cherubin Bueno (Unimed Cerrado) // Suplentes: João Batista da PaixãoJunior (Cooperbelgo) // Antonio Carlos Borges (Agrovale) // Nilton Carlos da Silva (Coopersil)/Superintendente: Valéria Mendes da Silva

Av. H com Rua 14 nº 550 - Jardim Goiás

Goiânia/GO - CEP 74.810-070 Fone: (62) 3240-2600

Fax: (62) 3240-2602 -CNPJ:01.269.612/0001-47

www.goiascooperativo.coop.br

e-mail: [email protected]

e-mail: [email protected]

Redação e edição: Carla de Oliveira (JP 10.76 G0) e Luisa Dias (GO n. 01181 JP) // Colaboração: Eliane Almeida Dias // Design gráfico: Fábio Salazar (Mtb 722/GO) // Fotografias: Arquivo Sistema OCB/SESCOOP-GO e divulgação.Impressão: Gráfica Aliança - Tiragem: 3 mil exemplares // Distribuição: Publicação dirigida às cooperativas e entidades ligadas direta ou indiretamente ao cooperativismo no Estado de Goiás. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e nãocorrespondem, necessariamente, à opinião do Sistema OCB/SESCOOP-GO. Permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que citada a fonte. Esta revista está disponível em versão eletrônica, no site do Sistema OCB/SESCOOP-GO: www.goiascooperativo.coop.br.

A cada dia, vemos o cooperativismo crescer e se fortalecer. Em Goiás, o Sistema OCB/SESCOOP-GOdeu início a uma nova etapa, marcada pela mudança da gestão, mas, principalmente, por um momentohistórico vivenciado em todo o País, com o reconhecimento de sua importância para a economia e para aconstrução de uma sociedade mais justa.

Especificamente em Goiás, colhemos, em três grandes momentos, o fruto de um trabalho bem feito, dadedicação e da luta de todos os cooperativistas. Em maio, o cooperativismo goiano foi homenageado, naminha figura e de meu antecessor, Haroldo Max de Sousa, com a comenda da Ordem do MéritoAnhanguera, a maior honraria concedida pelo governo estadual. Essa homenagem é um reconhecimentoao setor cooperativista goiano, à sua importância para a economia do Estado e ao seu desenvolvimento.Esse gesto do governador Marconi Perillo nos atribui a responsabilidade de assumir, de fato, o espaço que édevido ao cooperativismo, e de mostrarmos o que é e o que faz esse movimento.

Outro gesto do governo de Goiás reforça nossa importância e amplia nosso compromisso com o Estado eseu desenvolvimento. Um pleito antigo, de destinar à OCB-GO um assento permanente na Junta Comercialdo Estado de Goiás (Juceg), está a caminho de se concretizar, com o efetivo compromisso, firmadopessoalmente pelo excelentíssimo governador. Ao patrocinar este assento junto ao Fórum Empresarial, elesinaliza que precisamos assumir, de vez, nossa participação na construção de Goiás, tendo reforçado estapostura durante a inauguração do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), para aqual fomos convidados e tivemos nossa presença agradecida com deferência, ocasião em que também noscolocou como integrantes do Fórum Empresarial.

Por último, devemos registrar e comemorar a grande mobilização das cooperativas goianas no Dia deCooperar - Dia C, ocasião em que coroamos a ação solidária e o trabalho voluntário desenvolvido porcooperativistas, colaboradores e familiares em prol da comunidade, sobretudo de uma parcela mais carente.No Dia Internacional do Cooperativismo, que neste ano foi na data de 4 de julho, realizamos uma grande festano Parque Mutirama, em Goiânia, quando mostramos à sociedade a força e a união do cooperativismo emnosso Estado.

Mensagem do Conselho de Administração

‘‘Reconhecimento gera responsabilidade

Essa homenagem é um reconhecimento ao setor cooperativista goiano, à sua importância para a economia do Estado e ao seu desenvolvimento. Esse gesto do governador Marconi Perillo nos atribui a responsabilidade de assumir, de fato, o espaço que é devido ao cooperativismo e de mostrarmos o que é e o que faz.”

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Em todo o País, cooperativismose uniu para agenda solidária e

de auxílio a comunidadescarentes. Só em Goiás, 58

cooperativas participaram doDia C 2015. Ação no Parque

Mutirama, em Goiânia,celebrou iniciativas

desenvolvidas ao longo do ano

Aprenda a fazer um delicioso fondue de carne

Receita

|30

|18

Giro CooperAtivistA CooperAtivA eM foCo |10 |12

Fotos: Fábio Salazar

Voluntariado reforça ações

cooperativistas

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R E L I G I O S I DAD E

REVISTA GOIÁS COOPERATIVOEdição nº 7 - junho / julho / 2015

Romaria de Trindade

Sumário

A festa da féDevotos do Divino Pai Eterno confirmam cidade goiana como

principal destino religioso no coração do Brasil.

EntrevistaDom Washington Cruz

Arcebispo de Goiânia defende o cooperativismo como eixo de esperança

|6

|32

por dentro do sisteMA |16BoAs prÁtiCAs|14

Wes

ley

Cru

z

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6 |GOIÁS

COOPERATIVO

“A solidariedade DOM WASHINGTON CRUZ | Arcebispo de Goiânia

não pode se tornar mero discurso”

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| 7GOIÁS COOPERATIVO

A solidariedade deve representar ação e

prática diária na vida das pessoas. A

afirmação é do arcebispo de Goiânia, dom

Washington Cruz, que defende que esta

face humana pode e deve ser exercida como

ajuda mútua e em pequenos gestos. O

religioso, líder da Igreja Católica em

Goiânia desde 2002, afirma que a prática

indiscriminada do amor é a primeira

consequência positiva do exercício

solidário, que “expande o homem

interiormente e o faz distender em direção

ao seu próximo”.

Baiano de Itabuna, dom Washington Cruz

chegou a Goiás em 1987, quando foi

nomeado bispo para a Diocese de São Luís

dos Montes Belos. Aos 69 anos, 13 deles na

condução da Igreja na capital de Goiás, ele

fala à REVISTA GOIÁS COOPERATIVO

sobre solidariedade, a importância do

cooperativismo para a construção de uma

sociedade mais igualitária e com respeito às

diferenças e sobre as ações da Igreja no

Brasil, a partir da Campanha da

Fraternidade que, este ano, tem como tema

Igreja e Sociedade e como lema “Eu vim para

servir”. Confira.

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8 |GOIÁS

COOPERATIVO

Quais são as principais ações da Campanha daFraternidade hoje, em Goiás?

A cada ano a Campanha da Fraternidade, promovida pelaConferência Nacional dos Bispos do Brasil, traz umatemática toda especial e focada em questões emergentese graves que estão presentes na vida eclesial e social.Neste ano de 2015, trouxe a questão do Serviço, comodimensão que perpassa toda a dinâmica interna da vidaeclesial, mas também como grande sinalizador para umprofético modo de se viver de modo mais justo e solidário,válido para todas as pessoas de boa vontade. A dignidadeda pessoa humana, o bem comum e a justiça social sãocritérios a partir dos quais a Igreja discerne o modo comoestabelece um diálogo com a grande sociedade. Com estescritérios do diálogo, a Igreja quer ajudar a sociedade narealização dos projetos que visem ampliar o acesso epermanência aos direitos sociais, sobretudo entre os maispobres. As ações estão sendo realizadas dentro das maisdiferentes comunidades que compõem nossa Arquidiocesede Goiânia. Muitos católicos têm despertado para anecessidade de ter uma presença mais consequente emmeio à sociedade. Isso é muito bom. As chamadas PastoraisSociais também cresceram muito no campo da promoçãohumana e social, ajudando, segundo os critérios e segundoa visão da Igreja, na própria realização das políticaspúblicas que, de fato vem, ao encontro da necessidade dopovo, sobretudo dos mais pobres.

‘‘ Não se podeapenas permanecer

passivo, na espera da

solidariedade dos outros. É preciso também dar

passos rumo ao que aspessoas ao nosso redor

necessitam.”

Como a temática da solidariedade pode sefazer presente no dia a dia das pessoas?

De fato a solidariedade não pode se tornar merodiscurso. É preciso tornar-se ação, compromissode cada pessoa. E a solidariedade se pratica navida diária, nos pequenos gestos. Os pais podemser solidários com os filhos e vice-versa, cada qualprocurando ajudar um ao outro no que puder,segundo a gratuidade e não de acordo com aretribuição. As relações de vizinhança tambémpodem ser relações de solidariedade, na medidaem que uns e outros se ajudem, estejam atentosàs dificuldades recíprocas. Muitos dramaspoderiam ser evitados se os vizinhos exercitassemmais a solidariedade e o mútuo cuidado, namedida do que for possível. Um coração aberto,generoso, amoroso pratica a solidariedade. Mas,também as pessoas poderão ser tocadas pelasolidariedade na medida em que colocam emprática essa atitude para com os outros. Não sepode apenas permanecer passivo, na espera dasolidariedade dos outros. É preciso também darpassos rumo ao que as pessoas ao nosso redornecessitam. Desde os primeiros cristãos, essaprática é quase um mandamento: “sede solícitosem conservar a unidade do espírito no vínculo dapaz” (Ef 4,3).

Qual a importância da prática solidária parao crescimento espiritual dos cidadãos?

A prática solidária faz com que as pessoasrealmente se edifiquem espiritualmente. Asolidariedade dota cada pessoa de uma grandezatoda especial. Os evangelhos contêm muitaslições a este respeito, e cada uma ecoa de modoextremamente atual para os dias de hoje. Aprimeira consequência positiva da solidariedadeestá na prática indiscriminada do amor, que fazcom que todos se tornem zelosos uns para comos outros, independentemente de qualqueracepção. A solidariedade expande o homeminteriormente e o faz distender em direção ao seupróximo. Isso o torna muito mais eprofundamente humano. Na Criação Deusperguntou a Caim “Onde está o teu irmão?”Quem pratica a solidariedade tem a chance de daruma resposta concreta sobre estas indagaçõesprofundas também para os dias de hoje.

DOM WASHINGTON CRUZ | Arcebispo de Goiânia

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‘‘ A união de esforços ajuda

todos a realizarem um bem social de inequívoca

grandeza.”

Além da questão religiosa, a Igreja incentivaações comunitárias e solidárias. Como osenhor vê as organizações, como aOrganização das Cooperativas do Brasil(OCB), no contexto da cidade e do estado, nabusca pela construção de um mundo melhor?

De fato as organizações sociais que lidam com oterceiro setor da economia possuem uma importânciaimensa. Primeiramente colaboram com o desenho deuma nova economia, com o traçado de uma novapostura nas relações de troca e de consumo. Criam maishorizontalidade na política de acesso aos bens deconsumo necessários à vida digna. Organizações dasociedade civil que ajudam outros a colocarem emprática estes princípios, tal como a OCB, têm um papelimenso no contexto histórico-social, na medida em queune esforços, reúne pessoas ao redor do mesmoobjetivo, criam relações que ajudam à reciprocidade eque extrapolam toda lógica do lucro a qualquer custo.Sem dúvida, tudo isso colabora para que a cidade, oestado e o país experimentem um jeito de colocar emprática os princípios mais fundamentais de umaautêntica e nova economia.

A OCB realizou, no dia 4 de julho, o Dia deCooperar. É uma ação nacional com várias

atividades e serviços voltados à população,prioritariamente a carente. Acredita que,desta forma, fraternidade e cooperaçãopodem se unir?

Com certeza. Todos os cooperados precisam sempreparticipar da vida da cooperativa ativamente. Estaunião de esforços ajuda todos a realizarem um bemsocial de inequívoca grandeza. Assim, cada qual comsua parcela de colaboração, a partir de suas diversascooperativas, podem ajudar a sociedade de um modomais amplo a chegar à necessária estabilidade.

O cooperativismo nasceu, mundialmente, devárias ações capitaneadas por religiosos, comoo padre espanhol Dom José MaríaArizmendiarrieta. Em Goiás, estamostrabalhando para reforçar a prática. Como osenhor vê o cooperativismo?

Como bispo e como cristão, evidentemente, vejo ocooperativismo sob a ótica da fé cristã. Temos umconjunto grande de ensinamentos doutrinários quemuito ajudam aos católicos e aos homens de boavontade a orientarem suas ações segundo os critériosnormativos da fé. Estas orientações estão consolidadasnum documento intitulado “Doutrina Social da Igreja”.É um documento muito útil como orientação para quemtrabalha com a economia, com os negócios e não querse perder no caminho. O papa Francisco chegou certa veza ensinar que a Doutrina Social, quando é vivida, geraesperança. E a questão das organizações cooperativassitua-se nesse eixo da esperança. As cooperativasexercitam uma economia da solidariedade. É o caminhopara a igualdade, não para a homogeneidade. Igualdadenas diferenças. Por isso vejo com grande esperança estaprática cooperativa, pois ela se alinha aos mais profundosvalores que a vida cristã ensina.

| 9GOIÁS COOPERATIVO

‘‘ E a questão das organizações

cooperativassitua-se nesse

eixo da esperança. As cooperativas exercitam

uma economia dasolidariedade. É o caminho

para a igualdade, não para a homogeneidade.

Igualdade nas diferenças.”

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10 |GOIÁS

COOPERATIVO

Giro CooperAtivistA||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

Governador homenageia atual e ex-presidente da OCB/SESCOOP-GO

O presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO, JoaquimGuilherme Barbosa de Souza, e o ex-presidente do Sistema, HaroldoMax de Sousa, receberam do governador Marconi Perillo a comendada Ordem do Mérito Anhanguera, a mais alta honraria concedidapelo governo do Estado de Goiás. A homenagem foi no dia 19 dejunho, em almoço no Palácio das Esmeraldas, e teve a presença dopresidente do Sistema OCB nacional, Márcio Lopes de Freitas. Ogovernador afirmou em seu discurso que não há crescimento semcooperativismo. “Vocês são fundamentais no processo dedesenvolvimento de Goiás e do Brasil”, frisou. Na ocasião, foilançada a décima edição do Censo do Cooperativismo 2015.

RECONHECIMENTO

Comigocomemora 40 anos

A CooperativaAgroindustrial dosProdutores Rurais doSudoeste Goiano(Comigo) completou 40anos no dia 6 de julho,com café da manhãcomemorativo em suas 13 unidades. Cooperados e colaboradoresparticiparam do ato, que faz parte da programação de aniversário.No dia 25 de julho, foi realizado o 3º Passeio, composto deciclismo, caminhada e corrida, em algumas cidades.

ANIVERSÁRIO

Evento reúne líderes do cooperativismo

O presidente do SistemaOCB/SESCOOP-GO, Joaquim Guilherme,participou da terceira edição do FórumRegional de Presidentes,Superintendentes e Dirigentes doSistema OCB, no dia 11 de junho, em SãoPaulo. O evento contemplou todos osEstados das regiões Centro-Oeste, Sul eSudeste, com os respectivos presidentes esuperintendentes das organizaçõesestaduais, além de conselheiros fiscais ede administração das unidades. Na pautado fórum, foi discutido um alinhamentoestratégico com o grupo e a definição dasprioridades baseadas no PlanoEstratégico 2015-2020, que visa àsuperação dos desafios docooperativismo. (Fonte: Brasil Cooperativo)

PLANO ESTRATÉGICO

OCB Nacional faz 45 anos de representação do cooperativismo

A Organização das CooperativasBrasileiras (OCB) completou 45 anos deregistro no dia 8 de junho. A data marcouas quatro décadas dedicadas aodesenvolvimento dos cooperativistasbrasileiros, por meio da articulação e dacontribuição em diversas frentes. Para opresidente do Sistema OCB, MárcioLopes de Freitas, o cooperativismobrasileiro vive, em 2015, um importantemomento para a sua representaçãopolítica: o início de uma nova legislaturae a renovação do quadro governamentalque, juntos, abrem inúmerasoportunidades para que o setor possaaprimorar sua interlocução com o poderpúblico e fortalecer, ainda mais, o seupapel na agenda de desenvolvimentoeconômico e social do País. (Fonte: BrasilCooperativo)

CONQUISTAS

Joaquim Guilherme, Marconi Perillo e Haroldo Max, na entrega da comenda

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| 11GOIÁS COOPERATIVO

Sicredi inaugura nova unidadeO Sicredi inaugurou nova unidade, no Jardim América, no dia 3 de julho, e

anunciou a livre admissão em Goiânia, autorizada pelo Banco Central, a partir domês de agosto. Antes, a cooperativa só admitia no quadro de cooperados, contadorese contabilistas. O Sicredi é um sistema de cooperativas de crédito com mais de 3 milhões de associados e 1.356 pontos de atendimento em 11 Estados brasileiros.Da inauguração, participaram o presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO,Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, o presidente da Central Sicredi Brasil Central,Celso Fiqueira, o presidente do Sicredi Contábil GO, José Antônio Schimit, e o vice-presidente da região Centro-Oeste da Fenacon, Francisco Cláudio Martins.

EXPANSÃO

Sicoob Engecred-GO e Sebrae-GO reforçam possibilidade de trabalho

Reunidos em um mesmo evento, Sicoob Engecred-GO e Sebrae Goiásdiscutiram possibilidades de novas parcerias, com o objetivo de assessoriapara gestão financeira, de micro e pequenos empresários, além do acesso aocrédito. O encontro, realizado no dia 29 de maio, foi encerrado com agenda detrabalho acordada entre os executivos das instituições, o superintendente doSebrae Goiás, Igor Montenegro, e o diretor-geral do Sicoob Engecred-GO,Fabrício Modesto Cesar. O evento também foi prestigiado pelo presidente doConselho Deliberativo do Sebrae Goiás e presidente da Fieg, Pedro Alves deOliveira. Na ocasião, ele reiterou o apoio ao cooperativismo, ressaltando aimportância dessa cultura para desenvolvimento do País. (Fonte: Ascom SicoobEngecred-GO)

PARCERIA

Complem comemora resultados em Goiatuba

Criada com o objetivo deatender ao produtor ruraldo município e demaisregiões próximas, aComplem de Goiatuba jáestá há mais de 60 dias emfuncionamento e superou asmetas previstas paranovembro deste ano. A novafilial de loja agropecuária daCooperativa Mista dosProdutores de Leite deMorrinhos, aberta no dia 27de abril, oferece grandevariedade e qualidade deprodutos, com preçoscompetitivos, e ganhouaceitação dos clientes daregião. A filial funciona desegunda a sexta-feira, das7h às 18 horas, e aossábados, das 7h às 13 horas.Telefone: (64) 3495-5258.(Fonte: Ascom Complem)

AMPLIAÇÃO

Presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO discursa durante inauguração

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12 |GOIÁS

COOPERATIVO

CooperAtivA eM foCo|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||| |||||||||||||||

Coopanest-GOTradição médica no cooperativismo

Com 41 anos

de atuação, que serão

celebrados neste ano,

a Cooperativa

dos Médicos

Anestesiologistas de

Goiás (Coopanest-GO)

é uma das mais antigas

e tradicionais na

atuação cooperativista

no Estado

Nova sede é marco no crescimento e consolidação da cooperativa

A história que começou com 38anestesiologistas, em 1974, foi de superaçãoe conquistas para a especialidade médica epara o cooperativismo.

Hoje a entidade tem 430 cooperados,quase o total de anestesiologistas em atuaçãoem Goiás, e oferece serviços para diversosconvênios e também para o serviço público.A Coopanest-GO tem reconhecimentoregional e nacional como cooperativa detrabalho na área médica especializada.

Segundo o presidente da cooperativa,Wagner Ricardo de Sá, que assumiu aliderança da cooperativa em abril deste ano,quase a totalidade dos profissionais deanesteseologia em Goiás trabalha com acooperativa. “Queremos sempre fortalecer aprofissão e o cooperativismo. Nós nãoqueremos só crescer, mas também que ocooperativismo se desenvolva”, explica ele.

Em todo o Brasil, a categoria trabalha deforma cooperada, com oferta do serviço paraas estruturas de saúde. “Há uma tradição dosanestesiologistas sempre trabalharem em

grupo e o melhor movimento para trabalharem grupo é o cooperativismo. Temos estamentalidade”, conta o presidente que émédico cooperado desde 1999.

Nova sedeO crescimento da Coopanest-GO

começa nova etapa em julho, quando acooperativa inaugura sede nova. “Otamanho operacional ficou maior do que anossa estrutura”, afirma Wagner. A sedeatual, no Jardim Goiás, será desativada e aempresa passará a funcionar no ParqueAmazonas, também com prédio próprio.

A nova infraestrutura, projetada em2011, receberá os 50 funcionários e terá 2mil metros quadrados em um terreno demais de 6 mil metros quadrados. No local,funcionará toda a parte operacional dacooperativa, como faturamento eatendimentos a cooperados. Além disso,também funcionará a sede da Sociedade deAnestesia de Goiás, parceira e braço científicoda Coopanest-GO.

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| 13GOIÁS COOPERATIVO

CUrsos e eventos|||||||||||||||||||||||| |||| |||||||||||||||||||||||||||

Contabilidadeespecializada

Conselheiros Fiscais

Fórum de Contadores para Sociedades Cooperativistas, realizadopelo Sistema OCB/SESCOOP-GO, nos dias 18 e 19 de junho,ministrado pelo professor Evarley dos Santos Pereira.

Curso de Formação deConselheiros Fiscais nos dias 29 e30 de junho e 1º de julho, na sededo Sistema OCB/SESCOOP-GO,com a participação de 30conselheiros.

Conselho deAdministração

Curso de Formação deConselheiros deAdministração da OCB-GO foi realizado no dia24 de junho, na Casa doCooperativismo Goiano.

| 13GOIÁS COOPERATIVO

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14 |GOIÁS

COOPERATIVO

O Sistema OCB/SESCOOP-GO acaba de conquistar o certificadoISO 9001:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade). Em outraspalavras, significa que a Casa conseguiu atingir um padrãointernacional de eficiência e qualidade no fornecimento dos serviçospara o seu principal público, que são as cooperativas. A certificaçãotem validade de três anos e foi concedida pelo Comitê Técnico doRINA Brasil, sociedade italiana de certificação e classificação dentre asmais antigas do mundo. A instituição realizou, em maio, umaauditoria na sede da OCB/SESCOOP-GO.

Na ocasião, a Casa do Cooperativismo Goiano recebeu aauditora-líder do RINA Brasil, Lucilei Borret, que fez uma amplaverificação nos processos de trabalho e gestão do Sistema, antesde recomendar a entidade para a qualificação. Segundo ela, acertificação na ISO 9001 acarreta vantagens internas e externaspara quem a conquista. Internamente, diz, o trabalho se tornamais estruturado e organizado. Ela acrescenta que, ao atender osrequisitos de gestão da qualidade do negócio, a entidade vaifomentar a melhoria contínua de cada processo e maximizar osseus resultados.

Além disso, trata-se de um diferencial no mercado. “Umaempresa que passa por uma auditoria de certificação acaba sendo

mais referenciada no mercado em relação ao perfil, àresponsabilidade”, frisa. A auditora alerta ainda que receber acertificação é tão importante quanto a manutenção deste título. Eisso só será possível se a instituição continuar atendendo aosrequisitos durante o seu funcionamento e buscar uma melhoriacontínua.

Sergio Chanes de Oliveira, consultor da Stance Gestão eTreinamento, empresa de consultoria e treinamento em Sistemas deGestão contratada para orientar a implantação da ISO na Casa doCooperativismo Goiano, destacou o envolvimento da equipe daOCB/SESCOOP-GO durante o processo de certificação. “Foi umaparticipação muito proativa de todos os colaboradores nodesenvolvimento e na construção dos instrumentos e processos emacordo com a norma”, destacou.

O que é a ISO 9001?A sigla ISO significa International Organization for

Standardization, ou seja, Organização Internacional dePadronização, em Português. É uma norma que visa estabelecercritérios para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) dasorganizações para um gerenciamento adequado de negócio. Servepara melhorar a eficiência de todos os processos que impactam nasatisfação do cliente.

A Norma ISO 9001 tem caráter voluntário, ou seja, não éobrigatório. A certificação não é concedida pela ISO, que é umaentidade normalizadora internacional. Na verdade, é emitida poruma terceira entidade certificadora, devidamente credenciada.

OCB/SESCOOP-GO recebe certificados de gestão da qualidade

ISO 9001

Acreditação tem validade de três anos e atestaa conquista de um padrão de excelência nosserviços prestados pelo Sistema

||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||

BoAs prÁtiCAs

14 |GOIÁS

COOPERATIVO

A certificação temvalidade de três anos e

foi concedida peloComitê Técnico do RINA

Brasil, sociedadeitaliana de certificação eclassificação dentre as

mais antigas do mundo.

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PASSO A PASSO

etapa

Implantação da Norma ABNT NBR ISO 9001:2008pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO

1ª etapa2ª

etapa3ªetapa4ª

etapa5ª etapa6ª

etapa7ª

É a fase em que se decide pela implantação,quando se inicia o trabalho interno deorganização e verificação dos requisitos previstos na norma ISO 9001, para incorporação às rotinas de atividades da empresa ou instituição.

Elaboração do cronograma de implantaçãoda norma, com envolvimento doscolaboradores, para que todos tenhamconhecimento das etapas a serempercorridas, bem como seus prazos.

Cumprimento das etapasplanejadas, que podemincluir eventos detreinamentos, realizaçãode atividades paraatender os requisitos,como criação deprocedimentos einstruções de trabalho.

Verificação por meio deauditorias internas, quepermitem validar ocumprimento dos requisitosda norma. Direciona otrabalho para os pontos que ainda necessitam de ajustes.

Caso todos os requisitos tenham sidoatendidos, a empresa ou entidaderecebe a certificação da ISO 9001, comvalidade de três anos, podendo serrenovado após este período.

Manutenção e validação dos sistemasde gestão implantados, através deauditorias externas que podem terperiodicidade semestral ou anual.

Contratação de entidadecertificadora para auditarempresa/organização e validar otrabalho de implantação. Nestaetapa, é realizada a auditoria deFase 1, pelo órgão certificador,que verifica a adequação para orecebimento da auditoria maior.Em um segundo momento, ocorrea auditoria propriamente dita, emque o órgão certificador avaliatodo o sistema de gestãoimplantado.

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por dentro do sisteMA|||||||||||| ||||||||||||||||||||||||| ||||||| |||||||||||||||||||||||||||

O Censo do Cooperativismo Goiano reúne informações de 203 cooperativas,distribuídas em 75 municípios, visitadas entre os meses de fevereiro e abril. Aomapear e oferecer um verdadeiro raio-x do setor em Goiás, o documento auxiliacooperativas, entidades representativas, instituições e governos na tomada dedecisões e elaboração de políticas públicas voltadas para o cooperativismo.

Em Goiás, um terço (82) dos seus 246 municípios possui pelo menos umacooperativa e a presença deste tipo de organização tem contribuído para melhorar osíndices econômicos locais. Exemplo disso é o fato de que, nas cidades onde existemcooperativas, a renda per capita por habitante é, em média, 28% maior do quenaquelas que não possuem cooperativas.

O Censo do Cooperativismo Goiano é encaminhado para todas cooperativas,entidades parceiras do Sistema S, Prefeitura de Goiânia e Governo de Goiás. Otrabalho pioneiro desenvolvido em Goiás também tem inspirado a realização delevantamentos similares em outros Estados. A iniciativa tem ainda oreconhecimento do Sistema OCB Nacional.

Dez anos de informaçãosobre cooperativismo

Censo

O Sistema

OCB/SESCOOP-GO

lançou, em junho,

a décima edição

do Censo do

Cooperativismo

Goiano. A publicação

reúne informações

cadastrais, financeiras,

contábeis e sociais

das cooperativas

registradas do Estado,

coletadas durante

visitas feitas por

técnicos do Sistema,

dentro do Programa

de Visitas, executado

pelo Departamento de

Cooperativismo. O

lançamento foi

realizado durante

homenagem ao

cooperativismo

goiano, prestada pelo

governo estadual.

Visitas realizadas

203 cooperativas

75municípios, em todas as regiões do Estado

12 mil quilômetros percorridos para realização das visitas

Mapa do cooperativismo goiano

239 cooperativas registradas em Goiás

150 mil cooperados10 mil empregados

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COOPERATIVO

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Evento realizado nodia 4 de julho, noParque Mutirama,celebrou açõesdesenvolvidas pelascooperativas aolongo do ano

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COOPERATIVO

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Dia de CooperarO incrível mundo da solidariedade

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COOPERATIVO

Cooperativas seunem no Dia

Internacional doCooperativismo

para realizarevento voltado à

comunidade epara celebrar as

ações devoluntariado

desenvolvidas aolongo do ano

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Quando pessoas se juntam imbuídas do sentimento solidário algo fantástico podeacontecer. No dia 4 de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, 224 voluntáriosparticiparam do Dia C - Dia de Cooperar, no Parque Mutirama, transformando o local em umverdadeiro reino encantado pela solidariedade. Eles formam apenas uma pequena parte dascentenas de pessoas – entre cooperativistas, colaboradores e familiares – que ao longo do anodestinam parte do seu tempo para auxiliar o próximo, em um verdadeiro exercício devoluntariado.

A ação do Dia C, coroou o trabalho realizado pelas cooperativas do Estado em um dia decomemoração, arrecadou 3,15 toneladas de alimentos, que serão doadas para entidadesfilantrópicas. Durante todo o dia, 3,7 mil pessoas visitaram o Parque Mutirama e aproveitaramos serviços oferecidos por 13 cooperativas. O evento contou com a presença do prefeito deGoiânia, Paulo Garcia, e de lideranças do setor cooperativista.

O Dia de Cooperar em Goiás teve a participação de 58 cooperativas, número 41% superiorao da edição de 2014, com avanço significativo nointerior de Goiás. O Dia C é uma iniciativa doSistema OCB/SESCOOP nacional e de suas unidadesestaduais. Este ano, mais de 1,2 mil cooperativas detodos os Estados e do Distrito Federal participaramda mobilização.

Presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO,Joaquim Guilherme Barbosa de Souza destacou aatuação das cooperativas, que realizam trabalhosvoluntários e desenvolvem ações solidárias contínuasnas comunidades em que estão inseridas. “Na medidaem que a OCB nacional encampou esta ideia, o que elaestá querendo dizer, não só para cooperados, não sópara nossos dirigentes, mas para a sociedade, é quenós queremos colocar nossas organizações àdisposição da comunidade, dando oportunidade àspessoas de doarem, de colaborarem, de servirem”, diz.

“As pessoas estão mais maduras ao realizar asatividades. Nós tivemos mais ações que tiveramcontinuidade e não restringiram a um momento.Não desmerecendo as doações, mas um trabalhomais de responsabilidade com o trabalho voluntário.Eu acho que isso é importante, reforma de hospitais,reconstrução de casas de idosos, ações sociaismesmo, de estar na casa de pessoas que precisam,fazendo um trabalho semanal, permanente e ter umcompromisso maior. Aos poucos vamos colocando asituação de voluntariado, não apenas da doação financeira, mas de doação humana, de se doarpara essa atividade”, destaca a superintendente da OCB-GO, Valéria Mendes da Silva. Para oprefeito de Goiânia, Paulo Garcia, um evento como o Dia C é de grande importância e “uma dasformas de parceria que o poder público pode ter com a iniciativa privada, porque ascooperativas, apesar de terem um regime próprio, são entidades de direito privado, em queassociados podem promover a qualidade de vida dos munícipes das nossas cidades, dos nossosespaços urbanos”.

Crianças exibem símbolo do Dia C

Voluntário atende visitante do parque

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COOPERATIVO

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COOPERATIVO

‘‘Nós queremoscolocar nossasorganizações à disposição dacomunidade,dandooportunidadeàs pessoas dedoarem, decolaborarem e servirem.”

Joaquim GuilhermeBarbosa de Souza,presidente do SistemaOCB/SESCOOP-GO

‘‘O Dia C éuma dasformas deparceria queo poderpúblico podeter com ainiciativaprivada.”

Paulo Garcia, prefeito de Goiânia

Ação Credisaúde: Totem X

Ação Fisioativa: massagem relaxante

Ação Uniodonto: Projeto Sorriso

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Visitantesaproveitamserviços

Para 40 crianças atendidas pelas ObrasSociais Irmão Áureo (Osceia), o 4 de julho foimuito especial. Elas participaram do Dia deCooperar, promovido pelo SistemaOCB/SESCOOP-GO, no Parque Mutirama, emGoiânia. Além de ser divertirem nos brinquedosdo parque, as crianças também se encantaramcom príncipes, princesas e super-heróis quefizeram a alegria de quem foi ao parque. Ospersonagens de histórias em quadrinhos econtos de fadas distribuíram, além de muitasimpatia, doces e pipocas, e posaram para fotos.

O grupo, formado por crianças de 6 a 14anos, participou de atividades de higiene bucaldesenvolvidas pela Uniodonto, que tambémdistribuiu kits de escovação; conheceramprojetos desenvolvidos pelas cooperativas comoa Bordana e o Instituto Engecred, braço socialdo Sicoob Engecred, que optou por distribuir eorientar sobre alimentação saudável; e sedeliciaram com pipoca, algodão doce e picolésdistribuídos gratuitamente.

Os adultos que estiveram no Mutiramatambém aproveitaram alguns cuidados básicosde saúde, como aferição de pressão arterial,feita pela Unimed Goiânia, e orientaçõesrepassadas pela Cooperativa dosFisioterapeutas do Estado de Goiás (Fisioativa),que também ofereceu sessões de massagem eoutras atividades.

Para quem queria testar as habilidadesmanuais, uma oficina de origami ministradapela Cooperativa de Trabalho de Professores(Uniensino) foi a oportunidade. Os personagensdo mundo encantado que desfilaram peloparque eram colaboradores da Cooperativa dosMédicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO), que repetiu a receita de sucesso de 2014.

‘‘As pessoasestão maismaduras aorealizar asatividades.”

Valéria Mendes da Silva, superintendente do Sistema OCB/SESCOOP-GO

Ação Uniensino: oficina de origami

Ação Unimed Goiânia: cinema ambiental com Ecomóvel

Ação Complem: distribuição gratuita de doce de leite

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BordanaComplem

Cohacasb-GOCoopanest-GO

FisioativaSicoob Credisaúde

Sicoob Engecred-GOSicoob Uni Centro Brasileira

Sicoob LojicredUniensino

Unimed GoiâniaUniodonto Goiânia

+Sistema OCB/SESCOOP-GO

Placa registra parceria

Cooperativas participantes

do Dia C no Mutirama

Na edição de 2014 do Dia C, dois pinheiros, símbolo docooperativismo, foram plantados no Parque Mutirama, marcando oinício de uma parceria pelo bem. Este ano, na segunda ediçãoconsecutiva do evento realizado no Parque, o presidente do SistemaOCB/SESCOOP-GO, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza e o prefeitode Goiânia, Paulo Garcia, entre outras lideranças do cooperativismo edo poder público municipal, inauguraram placa alusiva à ação, marcodefinitivo da parceria. A placa, instalada entre os dois pinheiros, traz oseguinte texto: “Para registrar a celebração do Dia C – Dia de Cooperar2014 no Parque Mutirama, o Sistema OCB/SESCOOP-GO plantou doispinheiros, árvore símbolo do cooperativismo, neste local. A todos osfuncionários, técnicos e diretoria, o nosso muito obrigado.”

Númerosda Ação quilos de alimentos

arrecadados3.150voluntários trabalharamdentro do Parque Mutirama224cooperativas participantesdo Dia C no Mutirama +Sistema OCB/SESCOOP-GO

12

Ação Engecred: distribuição de lanches, sucos e frutas

Sistema OCB/SESCOOP-GO ofereceu balões, algodão doce e picolés

Bordana levou professor de Badmindont paraensinar sobre o esporte

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ComivaMineiros

ComplemMorrinhos

CoaproOrizona

CPLPPiracanjuba

CoopercarneRio Verde

CoopercampiCampinorte

CooperafItapuranga

CovalVarjão

ComafapPontalina

ComigoRio Verde

Comvapi Piranhas

CoapilPiracanjuba

CentralredeGoiânia

CentroleiteGoiânia

CoacalCatalão

CoopersilSilvânia

CooperbelgoBela Vista De Goiás

CocariCristalina

CooperabsBela Vista De Goiás

CoomapPalminópolis

CoomafagoGoiatuba

BordanaGoiânia

FisioativaGoiânia

CohacasbGoiânia

UniensinoAnápolis

Sicoob Credi SGPAGoiânia

Sicoob Centro Norte GoianoAnápolis

Sicoob CoopremJataí

Sicoob SecovicredGoiânia

Sicoob Goiás CentralGoiânia

Sicoob CrixasCrixás

Sicoob Unisaúde GoiásRio Verde

Sicoob CredisaúdeGoiânia

Sicoob LojicredGoiânia

Sicoob EmprecredGoianésia

Sicoob Goiás CoapilPiracanjuba

Sicoob do ValeRubiataba

Sicoob Centro SulMorrinhos

Sicoob Credi-RuralRio Verde

Sicoob Engecred-GOGoiânia

Uniodonto Sul GoianoItumbiara

Uniodonto GoiâniaGoiânia

Uniodonto Sudoeste GoianoItumbiara

Sicredi Planalto Central GOCristalina

Central Sicredi Brasil CentralGoiânia

Sicredi Verde-GORio Verde

Sicredi ContábilGoiânia

Unimed GoiâniaGoiânia

Unimed AnápolisAnápolis

Unimed CerradoGoiânia

Unimed CatalãoCatalão

Unimed MorrinhosMorrinhos

Coopanest-GOGoiânia

CooperaltoAlto horizonte

CootrurUruaçu

Sicoob Unicentro BrasileiraGoiânia

Sicoob CoopercredGoianésia

Unimed Vale Do CorumbáIpameri

Iniciativas contadas em publicação especial

Cooperativas goianas querealizam o Dia C 2015

As iniciativas das cooperativas goianas, durante o Dia C2015, irão compor uma publicação especial produzida peloSistema OCB/SESCOOP-GO. Serão registrados a execuçãodos projetos e imagens dos trabalhos realizados por cadacooperativa durante a mobilização. O material será lançadoainda no segundo semestre deste ano.

O objetivo é registrar o balanço de cada ação edocumentar as boas histórias de solidariedade e cooperação.

No ano passado, o Sistema publicou o livro “Histórias paralembrar”, também sobre a experiência do Dia C.

Para a publicação, também serão usados os dadoscompilados pelo sistema nacional. As cooperativas devemencaminhar os relatórios de atividades via internet até 7 deagosto. O preenchimento é on-line, por meio do Sistema deInformações Gerenciais. No relatório, constarão informaçõesdetalhadas sobre os projetos locais e fotos em alta resolução.

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vitrine CooperAtivistA|||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

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COOPERATIVO

Coapil destaca liderança femininaA Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba (Coapil) realizou, nos dias 20 e 21 de junho, a 8ª edição do

Encontro de Mulheres Cooperativistas, na sede da cooperativa, com a participação de 200 cooperadas, esposas e filhasde cooperados. As participantes assistiram à pales-tra Liderança Feminina, coman-dada pelo professor João CarlosOliveira, palestrante de destaque no meio cooperativista. O pre- sidente da Coapil, José Lourenço de Castro Filho, e ovice, Astrogildo Gonçalves Peixoto, prestigiaram o evento, que teve a parceria do SESCOOP-GO.

Hospital terá atendimento de baixae média complexidade e cirurgias

Unimed Rio Verdeinaugura hospital próprio

A Unimed Rio Verde inaugurou, no dia 26 de junho, um hospital da cooperativana cidade, para o realizar o atendimento dos beneficiários do plano de saúde ecomplementar as demandas da rede credenciada na região. A nova unidade temmais de 6.500 metros quadrados e é voltada para atendimen-tos de baixa e médiacomplexidade e cirurgias. Com 41 leitos, a expectativa é que sejam realizadas 350cirurgias por mês. Segundo o presidente da Unimed Rio Verde, o médico MartúlioNunes Gomes, a unidade hospitalar foi construída com recursos próprios efinanciamento privado, terá ainda, em uma segunda fase, instalações de CDI e UTI.O hospital funcionará após a finalização da etapa de treinamento, simulações eadequações, em um prazo máximo de 60 dias.

OCB/SESCOOP-GO organiza 1º Coocenso

O Sistema OCB/SESCOOP-GO quer ouvir ascooperativas goianas sobre o Programa de Visitas, queé realizado há dez anos pela Casa, para o mapeamentode dados do cooperativismo em Goiás. Para isso,realizará, no próximo dia 10 de agosto, das 8 às 12horas, o 1º Coocenso - Reunião de Avaliação doPrograma de Visitas e Censo do CooperativismoGoiano. No evento, serão apresentados aos dirigentescooperativistas o conceito, a forma de execução e osresultados obtidos no programa no Censo. Ascooperativas que participaram das dez edições doCenso do Cooperativismo Goiano serão certificadas.O 1º Coocenso será na Casa do CooperativismoGoiano (Av. H c/ Rua 14, 550, Jd. Goiás, Goiânia).

2º Coomunica é realizado paracomunicadores cooperativistas

Responsáveis pela comunicação das cooperativas de Goiásestão convidados a participar do 2º Coomunica - Encontro deJornalistas e Comunicadores de Cooperativas do Estado de Goiás.O evento será realizado gratuitamente pela OCB/SESCOOP-GO,no dia 10 de agosto, das 8 às 17 horas, na Casa do CooperativismoGoiano (Av. H c/ Rua 14, 550, Jd. Goiás, Goiânia). A palestraprincipal tem como tema Estratégias de Marketing Digital e MídiasSociais para Negócios, ministrada pelo jornalista e social mídiaFernando Leroy, um dos maiores especialistas e consultores detreinamentos em comunicação digital do País. A programaçãotambém apresentará as Diretrizes de Comunicação Cooperativista,desenvolvidas pelo Sistema OCB Nacional, e o Programa deComunicação da OCB/SESCOOP-GO. Inscrições pelo sitewww.goiascooperativo.coop.br.

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Osman Wagner (esquerda), ex-secretário executivo do Conselho Estadual de Cooperativismo, Rafael Lousa, presidente da Juceg e Joaquim Guilherme, presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO

OCB-GO terá assento na JucegCompromisso foi firmado pelo governador Marconi Perillo

A OCB-GO terá um assento na Junta Comercialdo Estado de Goiás (Juceg). O compromisso foifirmado pelo governador Marconi Perillo, no dia 19de maio, durante almoço realizado no Palácio dasEsmeraldas, quando dirigentes do cooperativismogoiano foram homenageados com a comenda Ordemdo Mérito Anhanguera. A participação na Juceg é umpleito antigo da OCB-GO, que deverá serconcretizado ainda em 2015.

“É um pleito que já tem aprovação no âmbitointerno da OCB-GO e que o governador secomprometeu a adotar as ações práticas e legais paraque essa demanda se concretize”, assinala opresidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO, JoaquimGuilherme Barbosa de Souza. Segundo ele, o objetivodo Sistema é somar ao trabalho da Juceg, no sentidode ter um representante que possa auxiliar aautarquia na avaliação do registro das cooperativas,para saber se de fato é uma cooperativa ou umaempresa mercantil.

O presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GOdestaca que, em um momento em que se discute aterceirização, não se deseja que as cooperativas sejamutilizadas como simples instrumentos para facilitaras questões de legislação. “Queremos que ascooperativas, de fato, exerçam o cooperativismo,exerçam a filosofia cooperativista, que sejam

sociedade de pessoas, não de capital, e isso étotalmente diferente de uma empresa mercantil”,frisa Joaquim Guilherme.

Criada em julho de 1900, a Juceg tem comoprincipal objetivo executar e administrar os serviçosdo Registro Público de Empresas Mercantis eAtividades Afins em Goiás, além de estimular efacilitar o registro de empresas, entre outrasatribuições.

‘‘O governador secomprometeu a adotaras ações práticas e legaispara que essa demandase concretize”

Joaquim Guilherme Barbosa de Souza,presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO

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COOPERATIVO

QUestÃo de JUstiÇA||||||||||||||||||||||||||| ||||||| ||||||||||||||||||||||||||

Neste sentido é o que dispõe o art. 12, inciso V, alínea “f”, daLei nº 8.212/1991, e art. 9º, § 15, inciso IV, do Regulamento daPrevidência Social (aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999).

Por sua vez, o art. 195 da Constituição Federal dispõe que aSeguridade Social será financiada por toda a sociedade, de formadireta e indireta, sendo uma das fontes de custeio ascontribuições sociais aquela devida pelo trabalhador e demaissegurados da previdência social (inciso II), a ser definida pelalegislação ordinária (§6º).

A Lei 8.212/1991 estabelece em seu art. 21 a alíquota dacontribuição devida pelos segurados contribuinte individual efacultativo, que, via de regra, será de 20% (vinte por cento),incidente sobre o respectivo salário de contribuição.

O salário de contribuição a que se refere o art. 21 da Lei nº8.212/1991, sobre o qual incidirá a alíquota da contribuição docontribuinte individual, está previsto no art. 28, inciso III, damesma legislação, sendo definido como “a remuneração auferidaem uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade porconta própria, durante o mês, observado o limite máximo a quese refere o § 5º”.

O limite máximo do salário de contribuição a que serefere o §5, art. 28, da Lei nº 8.212/1991, é de R$ 4.663,75(quatro mil seiscentos e sessenta e três reais e setenta e cincocentavos), conforme estabelecido pela Portaria InterministerialMPS/MF nº 13, de 09 de janeiro de 2015 (DOU 12/01/2015).Por sua vez, o limite mínimo do salário de contribuiçãocorresponde ao piso salarial da categoria ou, inexistindo, o saláriomínimo (§3º, art. 28, da Lei nº 82.12/1991), que atualmente estáestabelecido em R$ 788 (setecentos e oitenta e oito reais),conforme fixado pelo Decreto nº 8.381, de 30 de dezembro de2014.

Deste modo, a contribuição social devida pelos cooperadosque prestam serviços por intermédio de cooperativas será, via de

Contribuição previdenciáriados cooperados de cooperativas de trabalho

De acordo com a legislação previdenciária,

o cooperado que presta serviço a terceiros

por intermédio de cooperativa de trabalho

será classificado como contribuinte

individual, para fins de enquadramento

como segurados obrigatórios da

Previdência Social.

ALVIDO BECKER | Assessor Jurídico da OCB-GO

regra, de 20% (vinte por cento), incidente sobre o salário decontribuição, atéo limite máximo de contribuição, que pelatabela vigente corresponde a R$ 932,75 (novecentos etrinta e dois reais e setenta e cinco centavos).

Restou estabelecido nos §§4º e 5º, art. 30, da Lei nº8.212/1991, a possibilidade de dedução, na contribuição mensaldo segurado, de 45% (quarenta e cinco por cento) dacontribuição efetivamente recolhida ou declarada pela empresatomadora de serviços de cooperativa de trabalho, limitada a 9%(nove por cento) do valor do salário de contribuição (atualmenteo limite máximo do salário de contribuição é de R$ 4.663,75).

A contribuição devida pela empresa tomadora de serviço decooperativa refere-se àquela disposta no inciso IV, art. 22, da Leinº 8.212/1991, correspondente a 15% (quinze por cento) dovalor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

Portanto, apenas quando houver o efetivo recolhimento dacontribuição social de 15% (quinze por cento), devida pelaempresa tomadora de serviços de cooperativas, é que ocooperado, contribuinte individual, poderá se beneficiar dadedução nos §§ 4º e 5º, art. 30, da Lei nº 8.212/1991, que tem oseu limite máximo estabelecido em 9% (nove por cento),correspondendo ao valor máximo de contribuição com asdeduções no valor de R$ 513,01 (quinhentos e treze reais eum centavo).

No entanto, a referida contribuição previdenciária devidapelos tomadores de serviços de cooperativas, que justificava adedução da contribuição previdenciária devida pelo contribuinteindividual quando do seu efetivo recolhimento ou declaração, foiobjeto de julgamento pelo STF no RE 595838, com aconsequente declaração de inconstitucionalidade do inciso IV doart. 22, da Lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº9.876/99.

A decisão foi proferida em sede de controle difuso, tal comoocorre no julgamento de recurso extraordinário, em regra, opera-se efeitos inter partes (apenas entre as partes do processo), salvoa possibilidade de conversão do entendimento em SúmulaVinculante, em que a decisão vincula a atuação dos tribunais eautoridades administrativas em situações similares.

Logo, em tese, a decisão proferida no RE 595838 não altera avigência do dispositivo declarado inconstitucional, servindoapenas como orientação para a atuação dos tribunais. E, para quepossam se beneficiar do entendimento proferido pelo STF, ostomadores de serviços de cooperativas de trabalho que ainda nãoingressaram com as ações judiciais para desobrigarem-se dorecolhimento precisarão promovê-la, até que a questão sejadefinitivamente julgada em sede de ações diretas deinconstitucionalidade.

Assim, considerando as situações em que o tomador deserviço de cooperativas de trabalho não comprove o efetivorecolhimento ou a declaração para constituição do créditoprevidenciário referente a contribuição prevista no inciso IV, art.22, da Lei nº 8.212/1991 (15%), seja por estar assegurado poruma decisão judicial ou por mero ato deliberativo da empresa,não poderá o cooperado que presta serviço a pessoa jurídica porintermédio de cooperativa de trabalho usufruir da dedução a quese refere os §§4º e 5º, art. 30, da Lei nº 8.212/1991.

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QUestÃo ContÁBiL||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||

Tributação em dose dupla

As cooperativas não são imunes à incidência destestributos e o PIS incide sobre atos praticados pelasmesmas, resguardadas as exceções e deduções jáprevistas pela lei. O entendimento legal é que, como oPIS incide sobre a receita, é preciso tributar todas ascooperativas, incluindo as de trabalho, pois as mesmastêm despesas e se dedicam a uma atividade econômica.

O PIS e a COFINS devem ser calculadosmediante o faturamento mensal, que corresponde àreceita bruta mensal. Neste caso, estamos falandoda totalidade das receitas recolhidas pelacooperativa, independente do tipo de atividade e daclassificação contábil.

No caso do PIS, as cooperativas vão pagar otributo de duas formas, sobre a folha de pagamentocom a aplicação de alíquota de 1% sobre a folhamensal de seus empregados. E também sobre aReceita Bruta, calculada pela alíquota de 0,65%.

A contabilidade deverá registrar, individualmentepor associado, as operações que resultarem naexclusão da base de cálculo do PIS e COFINS e assimusufruir da dedução.

No caso de importação de produtos ou serviços,também é preciso pagar os dois tributos devidos naimportação (Lei 10.865/2004).

Boa sorte com os cálculos!

Dois tributos importantes merecem a atenção das cooperativas. A Contribuição para Financiamento da SeguridadeSocial (COFINS), instituída pela Lei Complementar 70 de 1991,e o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimôniodo Servidor Público (PIS), que ainda é da década de 1970.

CooperAtivAs AniversAriAntes||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

JULHO

2/7/2008 SICREDI PLANALTO CENTRAL GO

3/7/2006 COMISAM

4/7/2011 COSERVI

5/7/2010 COOPERCARNE

6/7/1975 COMIGO

7/7/1994 UNIMED CERRADO

9/7/2009 COOPERTRAZ

10/7/1998 UNICRED SUDOESTE E SUL GOIANO

10/7/2005 COOPESM

11/7/1970 CETERMAGG

11/7/2011 COOAG

13/7/2011 COOPAVIB

17/7/2002 NIQUELCOOP

20/7/1996 COPERPAMPLONA

21/7/1968 COAPIL

25/7/2002 COOPERJOV/

25/7/2009 COOMITA

26/7/2006 COOPGOIÁS

27/7/2010 COOPERVEC

27/7/1989 SICOOB GOIÁS CENTRAL

31/7/1996 SICOOB GOIÂNIA

AGOSTO

2/8/1996 COOPERBOI

4/8/2002 COOPERMAN

4/8/2003 COOTEGO

5/8/2000 FEDERAÇÃO DAS UNIODONTOS

6/8/2011 BORDANA

7/8/1994 COACRIS

7/8/2004 SICOOB DO VALE RIO CRIXÁS

8/8/1976 CAGEL

9/8/2006 FISIOATIVA

12/8/1988 CEP

14/8/1996 SICOOB CREDISAÚDE

14/8/1995 COPSTRAN

15/8/1996 RODOTAXI

16/8/2012 SICREDI INTEGRAÇÃO

16/8/2004 COTRAC

20/8/2005 COOPERMEL

20/8/1984 SICOOB CREDI COMIGO

27/8/2000 UNICRED BRASIL CENTRAL

27/8/2001 COOTAMI

28/8/2001 COMVAPI

28/8/2009 COOMAFAB

29/8/2007 CREDCONTÁBIL

Parabéns às cooperativas goianas que celebram, nos meses de julho e agosto, seu aniversário de fundação!

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MOdO de PrePArO

Corte a carne em cubos médios, tempere com alho, sal e pimenta agosto. Esquente quantidade de óleo suficiente para encher, até umpouco acima da metade, uma panela de réchaud. No mercadoexistem várias panelas próprias para o fondue, que é uma receitatradicional suíça. Coloque a carne crua e temperada em um pratode servir. A carne será frita pelos convidados. Cada pessoa espetaum pedaço e frita-o até ponto de preferência.Também podem ser fritos, já fatiados, junto, pedaços de cebola,pimentão, cogumelos etc. A carne será servida com molhos da suapreferência. E, caso você queira variar, pode fazer o mesmo modode preparo com lombo e frango.

MOdO de PrePArO

Misture todos os ingredientesaté ficar no ponto cremoso.Sirva em temperatura natural.

reCeitA de deLíCiA|||||||||||||||||||||||||  ||||||| ||||||||||||||||||||||||

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COOPERATIVO

de CarneFondue InGredIenTeS

600 gramas de filé mignon em cubos médiosÓleo de sojaSalPimenta-do-reino branca1/2 colher (chá) de glutamato monossódico

Molho para Fondue

InGredIenTeS

200 g de cream cheese 4 colheres (sopa) de creme de leite sem soro 1 colher (sopa) de suco de limão 4 colheres (sopa) de cheiro-verde picado 2 colheres (sopa) de manjericão picado Leite, o quanto necessário Sal e pimenta branca a gosto

Tempo de preparo30 minutos

Rendimento12 porções

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LeitUrA CooperAtivistA|||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

Gestão participativa:relações de poder e dotrabalho nas organizações Autor: José Henrique de Faria.Publicação: Atlas2009. 395 p.

Dividido em 15 capítulos, olivro apresenta didaticamenteos tipos de organização e deformas de gestão, partindo daconcepção de Estado,examinando as relações detrabalho sob o capitalismo,discutindo teorias sobreparticipação na perspectiva docapital e expondo asconcepções teóricas de autoresselecionados.

Governança cooperativa: osproblemas dos direitos depropriedades difusos emcooperativas agropecuárias. Autor: Dieisson PivotoPublicação: SESCOOP/RS2015. 159 p.

Busca despertar a atenção dedirigentes, presidentes,profissionais e estudantes docooperativismo para anecessidade de direcionaresforços para estratégias degovernança cooperativa em umnovo cenário do agronegócio noséculo XXI, contribuindo para acompreensão das mudanças nocenário competitivo e dos novosdesafios. Analisando os principaisproblemas enfrentados, o livroaponta estratégias para buscar afidelização dos associados.

O cooperativismo e suarepresentação sindical Publicação: OCB/SESCOOP-GO2015. v.2. 69p.

O Sindicato e Organização dasCooperativas Brasileiras no Estadode Goiás (OCB-GO) apresenta aopúblico cooperativista, a cartilha “Ocooperativismo e sua representaçãosindical”, que aborda, em trêscapítulos, os principais aspectos doSistema Sindical, e tem por objetivoreforçar alguns conceitos, a formade organização e o corretofuncionamento da estrutura sindical.A publicação objetiva servir comosubsídios aos dirigentes dascooperativas goianas, bem comoservir de material de consulta.

Por um mundo melhor:cooperação edesenvolvimento. Autor: Nelson José Thesing.Publicação: SESCOOP/RS2015. 111 P.

O livro traz uma coletânea detextos com a pretensão dedespertar novas reflexões aoscomprometidos comempreendimentos coletivos.Apresenta a cooperação comoinstrumento de criação emanutenção das cooperativas,em um ambiente de competiçãoe de profundas mudanças nasociedade, que afetam ocidadão, o trabalho e asorganizações.

‘‘Poucas pessoas se dão ao trabalho de estudar a origemde suas próprias convicções. Gostamos de continuar acrer no que acostumamos aceitar como verdade. Por isso,a maior parte de nosso raciocínio consiste em descobrirargumentos para continuarmos a crer no que cremos.

J.H Robinson - *Citação retirada do livro: “Educação cooperativista” (Ralph Panzutti (Organizador). Educação cooperativista.São Paulo: OCESP/SESCOOP-SP, 2001. 154 p. (Coleção estudo e pesquisa, 3)

Saiba mais sobre a Biblioteca do Cooperativismo (catálogo on-line) acessando www.goiascooperativo.coop.br

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Localizada na RegiãoMetropolitana deGoiânia, Trindade é omais representativomunicípio do religiosodo Centro-Oeste brasileiro. Com pouco mais de100 mil habitantes, acidade, que completa 95 anos em 2015, é o principalcentro de devoção ao Divino Pai Eterno. A história quecomeçou há 175 anos é responsável por tornar a cidadeum polo de romeiros, vindos dos mais diversos pontosdo Brasil, emvárias formas de demonstração de fé eresistência física.

Na época da Romaria do Divino Pai Eterno, dez diasentre fim do mês de junho e início de julho, Trindade rece-be cerca de 2,5 milhões de pessoas. Durante todo o ano, onúmero de visitantes chega a 4 milhões. Para chegar aoSantuário Basílica do Divino Pai Eterno, principal templocatólico da cidade, os fiéis e visitantes seguem em romariapela rodovia GO-060, conhecida como Rodovia dos

R E L I G I O S I DAD E

Coração da fé do Brasil

Romaria de Trindade

Município próximo a Goiânia éponto turístico religioso e visitadopor fiéis católicos de todo o País

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Devoção é marcada por demonstrações de fé no caminho dos romeiros

Santuários dedicados ao Divino Pai Eterno atraem fiéis de todo o País

InfraestruturaDesde 2008, Trindade possui o projeto dePlanejamento Estratégico do Turismo Religioso, quepromove ações para melhorias em hospedagem ealimentação no município. Para quem visita acidade, além de Goiânia que está a 18 quilômetrosde distância, a cidade oferece mais de 100 hotéis epousadas e cerca de 50 restaurantes.

HistóriaA devoção ao Divino Pai Eterno em Trindade, quemovimenta milhões de romeiros anualmente,começou por volta de 1840, quando um medalhãode barro, com a Imagem da Santíssima Trindadecoroando a Virgem Maria, foi encontrado naregião de Barro Preto, como era chamado ovilarejo antes de se tornar a cidade de Trindade.

Romeiros, saindo do trevo de Goiânia até a entradadeTrindade, um percurso de 18 quilômetros. Narodovia, sete estações com painéis que retratam osmomentos finais de vida de Cristo servem de ponto deoração e para apoio aos romeiros. Já na cidade, uma ViaSacra, na Avenida Constantino Xavier, no Centro deTrindade, 14 estátuas de santos católicos, em tamanhonatural que indicam o caminho até a Basílica.

O ponto alto da romaria é a chegada ao SantuárioBasílica do Divino Pai Eterno, que é possível ser vistadesde a rodovia dos romeiros. Os vitrais coloridos sedestacam com gravuras voltadas para o evangelho. Nolocal, além da chegada de romeiros e pagadores depromessa, é possível assistir missas diárias, que naépoca da festa do Divino Pai Eternos chegam a serrealizadas de hora em hora.

Outro local tradicional para quem vai conhecer acidade é a centenária Igreja Matriz de Trindade, que foio primeiro Santuário dedicado ao Divino Pai Eterno.Construída em 1912, foi restaurada recentemente e jápode receber visitantes.

Foto

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COOPERATIVO

pensAr & CooperAr||||||||||||||||||||||||| |||| ||||||||||||||||||||||||||||||||

Em seu romanceOs Predadores, o escritor angolano Artur CarlosMaurício Pestana dos Santos, que assina suas obras literárias com opseudônimo de Pepetela, apresenta uma narrativa que tem comocenário uma Angola destroçada economicamente pelos anos deguerrilha por sua libertação de Portugal e posterior campo de disputaentre a Unita e MLPA, facções guerrilheiras de direita e esquerda quedividiram o País após o fim do domínio português, ampliando,porém, o sofrimento do povo angolano em função da disputa peloque restou da nação africana. O País se viu durante muito tempovítima de predadores de sua combalida economia, tanto externosquanto internos, configurando estes últimos autênticos traidores dapátria e de seus concidadãos, num exemplo de darwinismo social eeconômico que justifica o título escolhido por Pepetela ao apresentarao leitor toda sorte de corrupção e desmandos por parte de uma eliteangolana inescrupulosa.

Em um dos tópicos de A Origem das Espécies, Charles Darwinapresenta a sua teoria da seleção das espécies através da atuação domais forte ou apto, que se sobrepõe ao mais fraco, dominando-o oualimentando-se dele, conforme antecipara Charles Spencer, numaexpressão que tornaria mais fácil ao grande público a compreensãodas ideias de Darwin. Como observa Robert Winston em InstintoHumano, a concepção de Darwin migrou para outras áreas doconhecimento através da metaforização. Transposto para o campoeconômico, o darwinismo converte os corruptos apresentados porPepetela em predadores metafóricas da carcaça econômica deAngola. Infelizmente, a realidade angolana ainda encontra fortesecos nos dias de hoje na economia mundial, de forma um tantoacentuada na política brasileira como um todo, em que políticosvenais sangram a nação brasileira a despeito de tantos e tão evidentesmalefícios que causam à população, numa lamentável demonstraçãode consciência cauterizada.

No entanto, embora a metáfora darwiniana expresse uma tristerealidade ligada a uma competição exacerbada, no campo da biologiageral há evidências e possibilidades que sugerem um caminho diversoda competição feroz. A partir da segunda metade do século passado,o biólogo chileno Humberto Maturana, que doutorou-se emHarvard, desenvolveu estudos que apontam outros caminhos para ainteração biológica entre os seres, com destaque para a constataçãode que o colaboracionismo é muito mais significativo e intenso doque a mera competitividade que se tornou senso comum na culturaocidental a partir dos escritos de Charles Darwin. O termo utilizadopor Maturana é culturalmente forte, vinculado a diversas instânciasdo saber humano. A esse colaboracionismo, o biólogo chilenodenomina de “amor biológico”, diferenciando-o, porém, de umaconcepção de fundo meramente sexista, alçando o campo biológico apatamares instigantes no campo da cultura humanista.

O colaboracionismo de grande parte das espécies biológicas, comopor exemplo a comunidade das abelhas, que em sua formatação socialserviria de exemplo à espécie humana como índice de colaboração quebeira à perfeição, deveria ser mimetizado pela espécie dominante doplaneta em suas interação, que evitaria, ou quando não, diminuiriasignificativamente o impacto do fenômeno sócio-darwinista dochamado capitalismo selvagem. Na cultura atual, embora predomine

o modelo darwinista, há exemplos de colaboracionismo que jádespontam aqui e ali no contexto da sociedade. Um modelo que temsido objeto de pesquisas acadêmicas, com diversas teses e dissertaçõesem torno do tema, além de um número significativo de livros, é ocooperativismo. Um exemplo de como anda o modelo que de certaforma reflete o pensamento de Maturana é a atuação da Organizaçãode Cooperativas do Brasil (OCB), entidade que congrega as principaiscooperativas brasileiras e que conta com representações nos Estadosbrasileiros, incluindo Goiás.

Através de regulamentação federal, o sistema de cooperativastem realizado importantes ações junto à comunidade brasileira egoiana. A representante regional (OCB-GO), através de ações como oDia C, ou Dia de Cooperar, que leva valores e serviços à comunidadeatravés das cooperativas ligadas a ela através de seu braço logístico, oServiço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP).Dentre os alicerces do cooperativismo constam princípios comoeducação, formação e informação, intercooperação, interesse pelacomunidade; valores como democracia, solidariedade, honestidade,altruísmo; e virtudes como viver melhor, poupar sem sofrimento,integrar as mulheres nas questões sociais, educar economicamente asociedade, abolir o conflito. São alicerces sobre os quais se podeedificar uma sociedade mais justa, em consonância com o amorbiológico a que se refere Humberto Maturana em seus escritos. O DiaC tem apresentado números expressivos nos últimos anos. Em 2014,participaram do projeto que contempla a sociedade um total de 1.218cooperativas, mobilizando cerca de 117,2 mil voluntários.

Conforme pode ser inferido, valores como honestidade evirtudes como solidariedade estão na base de uma sociedade maisjusta, onde medidas mais simples podem servir de plataforma paraque posteriores medidas aparentemente utópicas possam serconcretizadas, como a proposta de abolir-se o conflito. O modelocooperativista parece ser o mais indicado quando posto emconfronto com o modelo predatório implantado e implementadopela tradição capitalista do Ocidente. Se na guerra ideológica entre ocapital e o proletariado, o primeiro parece ter vencido, nada impedeque um modelo mais racional venha a sobrepor-se ao exaurimentodo modelo capitalista centrado no lucro fácil e predatório, em queinvestidores internacionais sangram a economia de países ecomunidades inteiras sem o menor escrúpulo em relação à vida e àcidadania de comunidades numerosas. Neste contexto, ocooperativismo surge como a matriz de um modelo mais avançado emais humanitário.

Se metaforicamente Charles Darwin teve a sua época naconjuntura econômica do Ocidente, está na hora de um modelo àHumberto Maturana instaurar-se como um novo ciclo que possarepresentar o bem-estar da civilização e constituir um novo desafio àimaginação dos Pepetelas espalhados mundo afora, sobretudoaqueles que se encontram espraiados pelas partes menosprivilegiadas da economia global, que terão o desafio de retratar nãomais os predadores das economias nacionais, mas sim os elementosfecundantes de uma nova estrutura econômica e política.

De Darwin a Maturana: o cooperativismo

Gismair Martins Teixeira -Doutorando em Letras pela UFG e professor

GISMAIR MARTINS TEIXEIRA

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