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MANUAL TÉCNICO ORIENTANTIVO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E GESTÃO DA ENERGIA ELÉTRICA NA INDÚSTRIA

Celesc - Manual Consumo Inteligente

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C E L E S C � E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

MANUAL TÉCNICO ORIENTANTIVO

E F I C I Ê N C I A

E N E R G É T I C A

E G E S T Ã O

D A E N E R G I A

E L É T R I C A N A

I N D Ú S T R I A

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Índice�Apresentação.............................................................................................................................. 32PerfildaCelesc........................................................................................................................... 63SimbologiaeNomenclaturaTécnica........................................................................................... 84DiagnósticodosSistemas......................................................................................................... �3

4.�LevantamentoTécnico/ApuraçãodoPotencialdeEconomiaEnergia............................... �44.�.�Iluminação........................................................................................................ �44.�.2Ar-condicionado.............................................................................................. �64.�.3MotoreCompressor.......................................................................................... �8

4.2PlanodeMediçãoeVerificação(M&V)............................................................................ 204.3EspecificaçãodosMateriaisPropostos........................................................................... 2�4.4CustosdeImplantaçãodasMedidas–Investimento...................................................... 2�4.5CronogramadeImplantaçãodasMedidas...................................................................... 2�4.6IndicadoresdeAvaliaçãodasMedidasPropostas........................................................... 22

4.6.�EnergiaEconomizada(EE)eReduçãodeDemanda(RD)................................... 224.6.2Investimento(R$).............................................................................................. 224.6.3Benefícios(R$)................................................................................................ 224.6.4ValorPresenteLíquido–VPL(R$)..................................................................... 244.6.5TaxaInternadeRetorno–TIR(anual)................................................................ 254.6.6PrazodeRetornodoInvestimento(meses)......................................................... 254.7.7RelaçãoCusto-Benefício-RCB.......................................................................... 25

5Roteirobásicodeprojetodeeficiênciaenergética...................................................................... 275.�DescriçãoeDetalhamento.............................................................................................. 275.2Abrangência................................................................................................................... 275.3Metas,BenefícioseIndicadoresAvaliação...................................................................... 275.4PlanodeMediçãoeVerificação...................................................................................... 28

5.4.�Incertezasassociadas..................................................................................... 285.5PrazoseCustos............................................................................................................. 285.6Acompanhamento.......................................................................................................... 28

6BaixoFatordePotência............................................................................................................. 297ControladordeDemanda/MelhoriadoFatordeCarga................................................................. 34

7.�ConceitodeDemandadePotência.................................................................................. 347.2ProgramaçãodeCargasElétricas................................................................................... 347.3ControladorAutomáticodeDemanda.............................................................................. 357.4ProjetoparaInstalarumSistemaControladordeDemanda............................................ 357.5FatordeCarga............................................................................................................... 35

8ImplantaçãoComissãoInternadeConservaçãodeEnergia........................................................ 378.�Programainternodeconservaçãodeenergia.................................................................. 378.2Aspectosadministrativos............................................................................................... 378.3Orientaçõesgerais......................................................................................................... 378.4CriaçãodaCICE............................................................................................................. 38

8.4.�EstruturadaCICE.............................................................................................. 398.4.2OperacionalizaçãodaCICE................................................................................ 398.4.3AtribuiçõesdaCICE........................................................................................... 40

9CritériosBásicosdeSeleçãodeEmpresasExecutoras............................................................... 4�9.�QualificaçãoTécnica:..................................................................................................... 4�9.2AvaliaçãoTécnica.......................................................................................................... 4�

ANEXOI–FatoresdeDemandaedeCargaTípicosporAtividade.................................................. 43

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1Apresentação

A CELESC DISTRIBUIÇÃO S.A.apresentaesteManual,quesepropõe,deformasimplificadaeobjetiva,adisponibilizarinformaçõestécnicaserequisitosbásicosnecessáriosàexecuçãodeprojetosdeefi-ciênciaenergética,aserobtidacomasubstituiçãodeequipamentoselétricosporoutros,commelhorníveldeeficiênciaenergética.Osfocosdeaçãoparadesenvolvimentodosprojetossão:

IluminaçãoAr-CondicionadoMotoresArcomprimido

Éimportanteobservarquesetratadematerialorientativo,nãodeterminativo,efoielaboradoparasubsidiaro“ProgramaConsumoInteligentedeEnergia”,criadopelaAssociaçãoComercialeIndustrialdeJoinville–ACIJ–emparceriacomCelesc,oBancoRegionaldeDesenvolvimentodoExtremoSul–BRDE–eoConselhoRegionaldeEngenharia,ArquiteturaeAgronomiadeSantaCatarina–CREA-SC.

Apóssériasconseqüênciasdo racionamentodeenergiaem200�eapresentepreocupaçãocomapreservaçãodomeioambienteeodesenvolvimentosustentável,ousoeficientedeenergiaelétricatornou-setemadediscussõeseestudos,buscandoalternativasqueviabilizemaeconomiadeenergia,semqueparaissosejanecessáriaareduçãodaproduçãoouosacrifíciodecondiçõesdesejadasparaoadequadofuncionamentodainstalação.Umainstalaçãoémaiseficienteenergeticamentequeoutra,quandopropor-cionaasmesmasouatémelhorescondiçõesoperacionais,commenorconsumodeenergia.

OmercadodeEficiênciaEnergéticanossetoresindustrialecomercial,especialmentenosgrandesconsumidores, apresenta-se comoumaalternativade reduçãode custosaosempresários.Desdeareadequaçãodosistemadeiluminaçãoeclimatização,atéasubstituiçãodosmotoresporoutrosmaiseficientes,combaixoconsumodeenergia,váriassãoaspossibilidadesdeeficientização.Nestemanualestãodestacadasasfórmulasdecálculoparaapuraçãodaseconomiasdeenergiaeanálisefinanceiradosinvestimentosparaaeficientizaçãode:lâmpadas,ar-condicionado,motoresecompressores.

Além dos equipamentos citados, existem outras possibilidades de investimento em projetos deeficiênciaenergética.Comoresultados,destacamos,entreoutros:aumentodacompetitividade,capitaladicionalparaaaplicaçãoemoutrasatividadesenecessidades,eincrementodosresultadosfinancei-rosdaorganização.

OManualabordaoutrasaçõesque,emboranãosejamdeeficiênciaenergética,tambémpossibili-tamareduçãodosgastoscomenergiaelétrica:

correçãodereativosinstalaçãodecontroladordedemandaparamelhoriadofatordecargaimplantaçãodeComissãoInternadeConservaçãodeEnergia–CICE

Aofinal,foramrelacionadoscritériosbásicosparaaseleçãodeEmpresasExecutorasdosprojetos.

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2 PerfildaCelesc

A CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A.–Celesc,atuanomercadodeenergiaelétricadesde�955.CompresençaconsolidadaentreasmelhoresdoSetorElétricodoPaís,éumaempresaquebuscaconstanteaprimoramentodaeficiênciaoperacional,dosresultadosedasatisfaçãodosseusdiversospúblicos,pormeiodeaçõesbaseadasnosprincípiosdaprofissionalização,governançacorporativaesustentabilidade.

Recém-estruturadanoformatodeholding,emcumprimentoaonovomarcoregulatóriodoSetor,aCelescpassouacontrolar,desdeoutubrode2006,duassubsidiárias integrais,concessionáriasdosserviçosdedistribuiçãoegeraçãodeenergia:aCelescDistribuiçãoeaCelescGeração,alémdeparti-cipaçõessocietáriasematividadesafinsdoseunegócio.

Noâmbitodasparticipações,aCelescdetémaçõesdasEmpresas:EmpresaCatarinensedeTrans-missãodeEnergia–ECTE(20%);DonaFranciscaEnergéticaS.A.–DFESA(23,03%);UsinaHidre-létricaCubatãoS.A. (40%)eCompanhiaCatarinensedeÁguaeSaneamento–Casan (�6,4%).Emsetembrode2007,passouaserdetentoradocontroleacionáriodaSCGás,comaaquisiçãode5�%dasaçõesordináriasdaCompanhia.

AtransformaçãodaCelescemholdingjáacolocacomoumdosgrandesgruposempresariaisbra-sileiros.EmsuaestréianorankingdapesquisaValor200MaioresGrupos,publicadapelarevistaValorEconômicodenovembrode2007,aCompanhiadespontacomoo7�ºmaiorgrupoempresarialdoPaíse20ºnosegmentodeserviços.

ACelescDistribuição,queapresentaesteManual,éresponsávelpelaprestaçãodosserviçosdeenergiaelétricaparaumacarteiraformadapormaisdedoismilhõesdeclientes,emumaáreaquepos-suimercadopródigo,deeconomiabastantediversificadaeintensanaatividadeindustrial,comercialedeserviçospúblicos.Semvaziosdemográficos,aenergiaelétricadistribuídapelaCelescéumareali-dadeempraticamentetodososlares,quersejanacidadeounocampo,ondesesituaumdosgrandesparquesdeagronegóciosdoPaís.NoParaná,aCelescdetémaconcessãodomunicípiodeRioNegro,atendendoaáreaurbanaealgumascomunidadesdazonarural.

Énessecenárioquevivemquase6milhõesdehabitantes,umadensidadepopulacionalde6�,53hab/km².CadaunidadeconsumidoradeenergiaelétricanoEstadoutiliza,emmédia,7�3,9�kWh/mês,omaiorconsumodaregiãoSul.

AqualidadedosserviçosdaCelescéreconhecidanacionaleinternacionalmente.Entremuitosou-trosprêmios,édetentoradecincoprêmiosCIERcategoriaOuro,concedidoparaaempresacommelhoríndicedesatisfaçãodosclientes residenciaispelaComisiónde IntegraciónEnergéticaRegional,quecongregaasmaioresempresasdosetordeenergiasediadasnaAméricaLatinaeCentral.

NoBrasil,entremuitosoutrosméritos,aCelescEmpresadeconquistar,pelasegundavezconsecutiva(2006e2007),oprêmiodeMelhorDistribuidoradoPaísnaAvaliaçãodoCliente,concedidopelaAssocia-çãoBrasileiradeDistribuidoresdeEnergiaElétrica-ABRADEE.Omesmoméritolhefoiconferidoem�999enosanosde2004e2005sagrou-sebicampeãcomoMelhorEmpresadoSuldoPaísnaAvaliaçãodoCliente.Em2006,tambémfoieleitapelaAssociaçãocomoaMelhorEmpresadoSuldoPaís.

NoBrasil,entremuitosoutrosméritos,aEmpresaacabadeconquistar,pelaterceiravezconsecu-tiva(2006,2007e2008),oprêmiodeMelhorDistribuidoradoPaísnaAvaliaçãodoCliente,concedidopelaAssociaçãoBrasileiradeDistribuidoresdeEnergiaElétrica-ABRADEE.Omesmomérito lhe foiconferidoem2000,enosanosde2004e2005sagrou-sebicampeãcomoMelhorDistribuidoradoSuldoPaís.

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Missão

“Atuardeformarentávelnomercadodeenergia,serviçosesegmentosdeinfra-estruturaafins,promovendoasatisfaçãodeclientes,acionistaseempregados,contribuindoparaodesenvolvimentosustentáveldasociedade.”

Visão

“Seramelhorempresanosseusnegócios,reconhecidaporseusresultados,mantendo-sepúblicaecompetitiva.”

ValoresSatisfaçãodosclientes,acionistas,empregadosefornecedores.

ConfiabilidadejuntoatodosospúblicoscomosquaisaEmpresaserelaciona.

Qualidadedosprocessoseresultados.

Ética,transparênciaeprofissionalismo.

Responsabilidadesocialeambiental.

Segurançaequalidadedevida.

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CelescCentrais Elétricas deSanta Catarina S.A .

CelescGeração100%

CelescDistribuição

100%

SCGÁS

17%

ECTE |20,00%

D. Francisca |23,03%

CASAN |16,40%

Cubatão |40,00%

H O L D I N G

Outros

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3SimbologiaeNomenclaturaTécnica

Paraperfeitacompreensãoemaiorprecisãodaterminologiatécnicausada,vejaaseguirosignifi-cadodasimbologia,dosvocábulosedasexpressõesrelacionados:

A Ampère,unidadedecorrenteelétrica

BTU UnidadedeEnergiaTérmica(BritishThermalUnit)

cv cavalovapor,unidadedepotênciamecânica

cos ϕ fatordepotência=cossenoânguloϕ.Defasamentoentreatensãoeacorrenteelétricas.

η rendimento.Éarazãoentreapotênciamecânicaeapotênciaelétrica.

RD ReduçãodeDemanda(kW)

EE EnergiaEconomizada(kWh/ano)

EF Eficiênciatérmica(KJ/Wh)

FC FatordeCarga

FP FatordePotência

FD Fatordedemanda

FCP Fatordecoincidêncianaponta

I CorrenteElétrica(A)

Imed CorrenteElétricamedida(A)

Iplaca CorrenteElétricainformadanaplacadoequipamento(A)

KVA Quilovolt-ampère,unidadedepotênciaelétricaaparente

kVAr Quilovolt-ampèrereativo,unidadedepotênciaelétricareativa

KVArh Quilovolt-ampèrereativohora,unidadedeconsumodeenergiaelétricareativa.

kW Quilowatt,unidadedepotênciaedemandadepotênciaelétricaativa

kWh Quilowatthora,unidadedeconsumodeenergiaelétricaativa

Lux UnidadedeIluminância.

Lm Lúmens-Unidadedefluxoluminoso

Lm/W LúmensporWatt-Unidadedeeficiêncialuminosa

RCB RelaçãoCusto-Benefício

R$ Reais

TIR TaxaInternadeRetorno

VPL ValorPresenteLíquido

V Volt,unidadedeTensãoElétrica

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ANEEL:AgênciaNacionaldeEnergiaElétrica.

Carga instalada:somadaspotênciasnominaisdosequipamentoselétricosinstaladosnaunidadeconsumidora,emcondiçõesdeentraremfuncionamento,expressaemquilowatts(kW).

Ciclo/Período de Faturamento: é o intervalo de tempo entre a data da leitura do medidor deenergiaelétricadomêsanterioreadatadaleituradomêsdereferência,definidanocalendáriodefaturamentodaCelesc.

Concessionária ou permissionária:agentetitulardeconcessãooupermissãofederalparaprestaroserviçopúblicodeenergiaelétrica,referenciado,doravante,apenaspelotermoconcessionária.

Consumidor:pessoafísicaoujurídica,oucomunhãodefatooudedireito,legalmenterepresentada,quesolicitaràCelescofornecimentodeenergiaelétricaeassumiraresponsabilidadepelopaga-mentodasfaturasepelasdemaisobrigaçõesfixadasemnormaseregulamentosdaANEEL,assimvinculando-seaocontratodefornecimento,deusooudeadesão.

Contrato de fornecimento:instrumentopeloqualaCelesceoconsumidorresponsávelporunidadeconsumidoradoGrupoAajustamascaracterísticastécnicaseascondiçõescomerciaisdoforneci-mentodeenergiaelétrica.

Corrente elétrica:éassociadaaodeslocamentoordenadodeelétronslivresemumcircuito,devidoàaplicaçãodeumaTensão(diferençadepotencial)entredoispontos.Suaintensidadeéobtidapormeiodaquantidadedeelétronsqueatravessamaseçãodocondutornaunidadede tempo.SuaunidadeéoAmpère(A).

Demanda: média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pelacargainstaladaemoperaçãonaunidadeconsumidora,duranteumintervalodetempoespecificado.

Demanda contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibi-lizadapelaCelescnopontodeentrega,conformevaloreperíododevigênciafixadosnocontratodefornecimentoequedeveráser integralmentepaga,sejaounãoutilizadaduranteoperíododefaturamento,expressaemquilowatts(kW).

Demanda:médiadaspotênciaselétricasativasoureativas,solicitadasaosistemaelétricopelaparceladacargainstaladaemoperaçãonaunidadeconsumidora,duranteumintervalodetempoespecificado.Ademandamedidaéamaiordemandadepotênciaativa, verificadapormedição,integralizadanointervalode�5(quinze)minutosduranteoperíododefaturamento,expressaemquilowatts(kW).

Eficiência luminosa:quocienteentreofluxo luminosoemitidoemlúmens,pelapotênciaconsu-midaemWatts(lm/W).Indicaaquantidadedeluzqueumafonteluminosapodeproduzirapartirdapotênciaelétricade�Watt.Quantomaioraeficiêncialuminosadeumadeterminadalâmpada,maiorseráaquantidadedeluzproduzidacomomesmoconsumo.Ex.:incandescente:�0a�5lm/W;fluorescentecompacta:50a80lm/W.ExpressaemlúmensporWatt(lm/W).

Energia elétrica ativa:energiaelétricaquepodeserconvertidaemoutraformadeenergia,expres-saemquilowattshora(kWh).

Energia elétrica reativa: energia elétrica que circula continuamente entre os diversos camposelétricosemagnéticosdeumsistemadecorrentealternada,semproduzirtrabalho,expressaemquilovoltampèrereativohora(kVArh)

Estrutura tarifária:conjuntodetarifasaplicáveisàscomponentesdeconsumodeenergiaelétricae/oudemandadepotênciaativasdeacordocomamodalidadedefornecimento.

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Estrutura tarifária convencional:estruturacaracterizadapelaaplicaçãodetarifasdeconsumodeenergiaelétricae/oudemandadepotênciaindependentementedashorasdeutilizaçãododiaedosperíodosdoano.

Estrutura tarifária horo sazonal:estruturacaracterizadapelaaplicaçãodetarifasdiferenciadasdeconsumodeenergiaelétricaededemandadepotência,deacordocomashorasdeutilizaçãododiaedosperíodosdoano,conformesegue:

a) Tarifa Azul: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo deenergiaelétrica,deacordocomashorasdeutilizaçãododiaeosperíodosdoanoedetarifasdiferenciadasdedemandadepotênciadeacordocomashorasdeutilizaçãododia.

b) Tarifa Verde:modalidadeestruturadaparaaplicaçãode tarifasdiferenciadasdeconsumodeenergiaelétrica,deacordocomashorasdeutilizaçãododiaeosperíodosdoano,edeumaúnicatarifadedemandadepotência.

c)Horário de ponta (p):períododefinidopelaCelescecompostoporaté3(três)horasdiáriascon-secutivas,exceçãofeitaaossábados,domingos,terça-feiradecarnaval,sexta-feiradaPaixão,“CorpusChristi”,diadefinadoseaosdemaisferiadosdefinidosporleifederal,considerandoascaracterísticasdoseusistemaelétrico.

d)Horário fora de ponta (fp):períodocompostopeloconjuntodashorasdiáriasconsecutivasecomplementaresàquelasdefinidasnohoráriodeponta.

e)Período úmido (U):períodode5(cinco)mesesconsecutivos,compreendendoosfornecimentosabrangidospelasleiturasdedezembrodeumanoaabrildoanoseguinte.

f)Período seco (S):períodode7 (sete)mesesconsecutivos,compreendendoos fornecimentosabrangidospelasleiturasdemaioanovembro.

Fator de carga – FC:razãoentreademandamédiaeademandamáximadaunidadeconsumidora,ocorridasnomesmointervalodetempoespecificado.NoANEXOI,constamosfatoresdedemandaedecargatípicosporatividade,utilizadospelaCelescDistribuição.

Fator de coincidência na ponta – FCP:OfatordecoincidêncianapontaéutilizadoparaocálculodopotencialdeRD.Ovalor estáentre “0e�” e indicaquepercentualdaquelesequipamentoselétricossãopostosemfuncionamento/operaçãonohoráriodeponta.

Fator de demanda – FD:razãoentreademandamáximanumintervalodetempoespecificadoeacargainstaladanaunidadeconsumidora.NoANEXOI,constamosfatoresdedemandaedecargatípicosporatividade,utilizadospelaCelescDistribuição.

Fator de Potência – FP:Aenergiaelétricaéaforçamotrizdemáquinaseequipamentoselétricos.Essaenergiaéutilizadadeduasformasdistintas:aenergiaativaeaenergiareativa.Aenergiaativaéquerealmenteexecutaastarefas,istoé,fazosmotoresgirarem,realizandootrabalhododia-a-dia.Aenergiareativaformaumcampomagnéticonecessárioparaqueoeixodosmotorespossagirar.Aenergiareativaestápresenteem:motores,transformadores,reatores,lâmpadasfluorescentesetc.Ofatordepotênciaéumíndicequeindicaquantodaenergiafoiutilizadaemtrabalhoequantofoiutilizadaemmagnetização.Ofatordepotência(FP)éoquocientedapotênciaativa(kW)pelapotênciaaparente(kVA).

Fluxo luminoso: quantidade de luz emitida por uma fonte, medida em lúmens (lm), na tensãonominaldefuncionamento.

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Grupo B:grupamentocompostodeunidadesconsumidorascomfornecimentoemtensãoinferiora2,3kV,ouainda,atendidasemtensãosuperiora2,3kVefaturadasnesteGrupoporopção,caracte-rizadopelaestruturaçãotarifáriamonômia.

Grupo A:grupamentocompostodeunidadesconsumidorascomfornecimentoemtensãoigualousuperior2,3kV,ouainda,atendidasemtensãoinferiora2,3kVapartirdesistemasubterrâneodedistribuiçãoeoptantespeloenquadramentonesteGrupo,caracterizadopelaestruturaçãotarifáriabinômia,esubdivididonosseguintessubgrupos:

a) Subgrupo A1-tensãodefornecimentoigualousuperiora230kV;

b) Subgrupo A2-tensãodefornecimentode88kVa�38kV;

c)Subgrupo A3-tensãodefornecimentode69kV;

d)Subgrupo A3a-tensãodefornecimentode30kVa44kV;

e)Subgrupo A4-tensãodefornecimentode2,3kVa25kV;

f)Subgrupo AS-tensãodefornecimentoinferiora2,3kVatendidasapartirdesistemasubterrâneodedistribuiçãoeenquadradasnesteGrupoemcaráteropcional.

Iluminância: fluxo luminoso incidenteporunidadedeárea iluminada,expressoem lux.Emam-bientesdetrabalho,ailuminânciaédefinidacomoailuminânciamédianoplanodetrabalho,cujosvaloressãorecomendadospelaNBR54�3–IluminânciadeInteriores,queestabeleceosvaloresdeiluminânciamédiasmínimasemserviçoparailuminaçãoartificialdeinteriores,ondeserealizematividadesdecomércio,indústria,ensino,esporteeoutras.

Lux:definidocomosendoailuminânciadeumasuperfícieplana,deáreaiguala�m2,querecebe,nadireçãoperpendicular,umfluxoluminosoiguala�lm,uniformementedistribuído.

Potência:quantidadedeenergiaelétricasolicitadanaunidadedetempo,expressaemquilowatts(kW).

Potência instalada:somadaspotênciasnominaisdeequipamentoselétricosdemesmaespécieinstaladosnaunidadeconsumidoraeemcondiçõesdeentraremfuncionamento.

Potência ativa:entende-seporPotênciaAtivaacapacidadeinstantâneaqueasmáquinaseequi-pamentospossuemparaproduzirtrabalhoútil.Assim,porexemplo,temosocalorgeradopelochu-veiroelétricoaquecendoaáguaeoeixodeummotorgirandoahélicedoventilador.APotênciaAtivaéusualmenteexpressaemWatts(W),quilowatts(kW)oumegawatts(MW).Convémsalientarque,noscasosdosmotores,écomumencontrarmossuaespecificaçãoemtermosdeoutrasunidadesdepotência,comocavalo-vapor(cv)ecavalo-força(HorsePower–HP).

�cv(cavalo-vapor)→736W→0,736kW

�HP(cavalo-força)→746W→0,746kW

Nessescasos,aespecificação refere-seapotênciaqueomotorconsegueentregarnoseueixo,devendoser levadoemcontaseurendimentoparaadeterminaçãodapotêncianecessáriaaserentregue.Exemplo:Ummotorde20HPcorrespondea�4,92kW(20HPx0,746kW).

Potência Reativa (VAr ou kVAr):éapotênciainstantâneautilizadaparaproduzirosfluxosmag-néticosemequipamentoscujofuncionamentoestáassociadoapresençadecamposmagnéticos,como é o caso dos motores, transformadores, reatores etc. A unidade usualmente utilizada é oquilovolt-ampère-reativo(kVAr)

Tarifa:preçodaunidadedeenergiaelétricae/oudademandadepotênciaativa.

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Tarifa de consumo:valoremreaisdokWhdeenergiautilizada.Naestruturatarifáriahoro-sazonal,osvaloressãodiferenciadosparahoráriosdepontaeforadepontaeperíodosúmidoeseco.ValorexpressoemR$/kWh.

Tarifa de demanda:valoremreaisdokWdedemanda.Naestruturatarifáriahoro-sazonalazul,osvaloressãodiferenciadosparahoráriosdepontaeforadeponta.ValorExpressoemR$/kW.

Tensão:éadiferençadepotencialelétricoentredoispontos.ConhecidatambémcomoVoltagem,suaunidadeéoVolt(V).ÉmuitocomumautilizaçãodaTensãosobaformadequilovolts(kV),quecorrespondea�000Volts.Assim,porexemplo,umatensãode�3.800Voltscorrespondea�3,8kV.

Unidade consumidora:conjuntodeinstalaçõeseequipamentoselétricoscaracterizadopelorece-bimentodeenergiaelétricaemumsópontodeentrega,commediçãoindividualizadaecorrespon-denteaumúnicoconsumidor.

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4 DiagnósticodosSistemas

A ENERGIA ECONOMIZADA – EE,medidaemkWh/ano,ea reduçãodedemandadepotência–RD,medidaemkW,sãoosprincipaisindicadoresquantitativosdosprojetosdeeficiênciaenergética.

Para identificar o potencial de economia de energia elétrica é necessário efetuar o diagnósticodasinstalaçõesedosequipamentoselétricos.Odiagnósticoenergéticocompreendeumlevantamentocompletodasinstalaçõeselétricasedetodososequipamentoselétricosdeumaempresa.Temcomoobjetivos:

conhecerainstalaçãodopontodevistaenergético;

segmentarosconsumosespecíficosporsetorouárea;

conhecerosprincipaisconsumidoreseoseuhistóricodefuncionamento;

identificarosfatoressazonaiseclimáticosqueafetamosíndicesenergéticos;

criarumbancodedadoscomohistóricodosparâmetrostécnicosdeconsumo;

identificaroportunidadesdereduçãodoconsumo,tantoporalteraçãodaformadeoperaçãodosequipamentos,quantopelasubstituiçãoporequipamentosmaiseficientes;

determinaroplanodeaçãopriorizadoporinvestimentoseprazosdeimplemen-tação.

Emvirtudedoníveldedetalhamento, odiagnósticoenergéticode toda instalação temumcustomaiorerequermaistempoparasuaelaboração.Considerandoqueo“ProgramaConsumoInteligentede Energia” está focado na eficientização dos sistemas de iluminação, climatização de ambientes,motrizedearcomprimido,recomenda-sediagnósticoespecíficoparaessasutilidades.Assim,deverãoserverificadasasinstalações,osequipamentosesuascondiçõesdeoperação(tempo,período,níveldecarregamento,área,temperatura,atividadesexecutadasetc.).Cadaequipamentodeveráserava-liadoecomparado,seexistir,comoutromaiseficiente.Tambémdeveráserverificadoseapotênciadoequipamentoestáadequadaàsuautilizaçãoecalculadoodimensionamentoadequadodosistema.Nesse momento, é definido o Plano de Medição e Verificação – M&V (detalhado no item 3.2 destemanual)esãoefetuadasasmediçõesnosequipamentosexistentesparaquesedetermineopotencialdeeconomiadeenergiaedereduçãodedemandadepotência,queserãoconfirmadosapósaentradaemoperaçãodosnovosequipamentoscomamediçãopós-substituições,obedecendo-seaoPlanodeMediçãoeVerificaçãodefinidonodiagnóstico.

Odiagnósticocontemplatambém:aespecificaçãotécnicadosequipamentoseficientes,detalha-mentodoscustostotais,cronogramadeimplantaçãoecálculodosindicadoresdeavaliaçãopormedidapropostaetotal,compondo,dessaforma,umdocumentoquesubsidiaráadecisãodasaçõesqueserãoexecutadas.

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C E L E S C � 4 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

4.1 Levantamento Técnico/Apuração do Potencial de Economia Energia

Apresentamos, na seqüência, quadros para o levantamento de dados técnicos e de utilização dosequipamentoselétricos,necessáriosparaadeterminaçãodopotencialdeeconomiadeenergia.Sãoapresentadastambémasfórmulasdecálculoparaaapuraçãodopotencialdeeconomiadeenergiaededemandadeponta.Paraasempresasenquadradasnamodalidadetarifáriahoro-sazonal,deverãoserapresentadasaEEeaRDparaossegmentosdepontaeforadeponta.

4.1.1 Iluminação

Asubstituiçãode lâmpadas incandescentespor fluorescentes,de lâmpadasfluorescentespormodelosmaiseficientes,dereatoreseletromagnéticosporeletrônicosedelumináriaspormode-loscomrefletoremalumínio,aliadaàdivisãodoacionamentodailuminaçãoemambientesdis-tintos,aodimensionamentoadequadodoníveldeiluminaçãodeacordocomaatividadeexecu-tadanopostodetrabalho,deacordocomaNBR54�3–IluminânciadeInteriores,eàinstalaçãodesensoresdepresença,podetrazerumasignificativareduçãodecustosàempresa,melhoradaqualidadedoprodutoeconfortoambientalaosusuários.

Levantamento dados e proposição novos equipamentosOsitensdestacadosnoquadroabaixodeverãosercoletadosdiretamentenosambientes/equipa-mentos.Ofluxoluminoso(lm)eeficiência(lm/W)sãodadosobtidosdofabricante.Três itenssão fundamentaisparaocálculodopotencialdeEEeRD:potênciada lâmpada,potênciadoreatoretempodeusoe,porisso,deverãosermedidos–devemconstardoPlanodeMediçãoeVerificação.Ofatordecoincidêncianaponta–FCP–éutilizadoparaocálculodopotencialdeRD.Ovalorestáentre0e�eindicaquepercentualdaquelaslâmpadassãoacionadasnohoráriodeponta.Sua determinação deve ser efetuada com a colaboração de representante da empresa diag-nosticadaqueconheçaautilizaçãoda iluminaçãonaqueleambiente.Ex.:seas lâmpadasde40Wdosetor“a”ficamligadasduranteohoráriodeponta,ovaloré“�”;seaslâmpadassãodesligadas,ovaloré“0”.Ailuminância(níveldeiluminação)dolocaldetrabalhodeverásermedidacomautilizaçãodeaparelhochamadoluxímetro.Éutilizadaparaocorretodimensionamentodosistemadeilumi-nação proposto. Após a substituição dos equipamentos, deverá ser medida novamente, paraconfirmaroatendimentoàNBR54�3.

Setor

S I S I T E M A D E I L U M I N A Ç Ã O A T U A L S I S T E M A D E I L U M I N A Ç Ã O P R O P O S T O Tempouso

Ponta(h/ano)

Tempousoforaponta

(h/ano)

FCPLâmpada Potêncialâmpada

(w)

Qtd. PotênciaReator

(W)

Qtd. Fluxo(lm)

Eficiência(lm/W)

Iluminância(Lux)

Lâmpadaproposta

Potêncialâmpada

(W)

Qtd. PotênciaReator

(W)

Qtd. Fluxo(lm)

Eficiência(lm/W

a Fluoresc. 40 �000 8 500 2.700 56,25 300 Fluoresc. 32 750 3,5 375 2.700 84,38 780 3650 �b Mista �60 50 - - 3.�00 �9,37 325 Vp.Sódio 70 50 �3 �3 5.600 67,4 780 3650 �c Mista �60 60 - - 3.�00 �9,37 450 Vp.Merc. 80 60 9 9 3.800 42,7 - 2920 0d Mista 250 40 - - 5.600 22,4 204 Vp.Merc. �25 40 �2 �2 6.300 46 780 2�90 �e Incand. 60 20 - - 4�5 �0,4 254 Flu.Comp. �5 20 - - 720 60 - 3650 0f Incand. 60 65 - - 7�5 ��,9 3�2 Flu.Comp. �5 65 - - 720 60 780 2920 �g Incand. �00 �0 - - �.350 �3,5 �50 Flu.Comp. 23 �0 - - �.500 65,2 780 2�90 �

Exemplo

proposto de

levantamento de

dados de sistema

de iluminação

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Cálculo do potencial de economia energia e redução de demanda de potênciaParaasempresasenquadradasnamodalidadetarifáriahoro-sazonal,deverãoserapresentadasaEEeaRDparaossegmentosdepontaeforadeponta.ParaasempresasenquadradasnoGrupoB,calcularutilizandoafórmulaEEfpeconsiderarotempototaldeuso(h/ano)=ponta+foradeponta.ParaempresasdoGrupoAConvencional,calcularconsiderandoasfórmulasemnegritoetempototaldeuso(h/ano).

EEp=[(NL�*PL�+NR�*PR�)–(NL2*PL2+NR2*PR2)*tup*�0-3(kWh/ano)

EEfp = [(NL1 * PL1 + NR1 * PR1) – (NL2 * PL2 + NR2 * PR2) * tufp * 10-3 (kWh/ano)

RDp=[(NL�*PL�+NR�*PR�)–(NL2*PL2+NR2*PR2)*FCP*FD*�0-3(kW)

RDfp = [(NL1 * PL1 + NR1 * PR1) – (NL2 * PL2 + NR2 * PR2) * FD * 10-3 (kW)

Em que:EEp energiaeconomizadaponta(kWh/ano)

EEfp energiaeconomizadaforadeponta(kWh/ano)

NL1 quantidadedelâmpadasdosistemaexistente

NL2 quantidadedelâmpadasdosistemaproposto

PL1 potênciadalâmpadadosistemaexistente(W)

PL2 potênciadalâmpadadosistemaproposto(W)

NR1 quantidadedereatoresdosistemaexistente

NR2 quantidadedereatoresdosistemaproposto

PR1 potênciadoreatordosistemaexistente(W)

PR2 potênciadoreatordosistemaproposto(W)

tup tempodeusoponta(h/ano)

tufp tempodeusoforadeponta(h/ano)

RDp reduçãodemandaponta(kW)

RDfp reduçãodemandaforadeponta(kW)

FCP fatordecoincidêncianaponta(variade0a�)

FD fatordedemanda.Razãoentreademandamáximanumintervalodetempoespecificadoeacargainstaladanaunidadeconsumidora.PoderásercalculadooFDdaempresaparaossegmentosdepontaeforadeponta,ouutilizadoovalorpadrãoporativi-dade,utilizadopelaCelesc,conformeAnexoI–FATORESDEDEMANDAEDECARGATÍPICOSPORATIVIDADE.

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4.1.2 Ar-condicionado

Asubstituiçãodosistemadeclimatizaçãodeambientesporaparelhostipojanelaespliteficien-teseodimensionamentoadequadodosistemaproporcionamreduçãodosgastoscomenergiaelétricaeaumentodoconfortotérmicodoambiente.

Levantamento dados e proposição novos equipamentosApotência(BTU)deverásercoletadadiretamentenosequipamentos.AEficiência–EFdoequipamentoéfornecidapelofabricanteetemrelaçãodiretacomsuapotên-cia.AfórmuladecálculodapotênciaemWatts,apartirdacapacidadeemBTU/hedaEF,é:

P = C * 1,055 * 1/ EF

Em que:P potênciaemWatt(W)C capacidadenominaldoequipamento(BTU/h)EF eficiênciadoequipamento(kJ/Wh)

Conversão de unidades: 1 (kJ/Wh) = 0,27778 (W/W)

Nosequipamentosdosistemaatual,deveconstardoPlanodeMediçãoeVerificaçãoamediçãodapotência(W)edotempodeuso(h/ano)–considerandoumperíodoquedetermineascaracterísticasdefuncionamentodoequipamento,paraascondiçõesdetemperaturaeambiente,dentreoutros.Paraocálculodapotência(W)doequipamentoproposto,consideraraEficiência–EFdoequipamento(valordefinidopelofabricante)eafórmulaacima.Apósasubstituição,deverásermedidaapotência(W)paraconfirmaçãodarealEEeRD.Nodimensionamentodosistemaproposto,deveráserefetuadoocálculotérmicodoambienteedefi-nidaapotênciaemBTUrealmentenecessáriaparaproporcionarconfortotérmicodoambiente,oquepodealterarapotênciaeonúmerodeequipamentosporambiente.

Setor/ Sala

S I S T E M A A T U A L S I S T E M A P R O P O S T O Tempo uso Ponta

(h/ano)

Tempo uso fora Ponta

(h/ano)FCPEquipamento/

modeloQtd.

Capacidade (BTU/h)

P (W)Equipamento/

modeloQtd.

Capacidade (BTU/h)

EF (kJ/Wh)

P (W)

Faturamento janela-reverso � �2.000 �,549 split-reverso � �2.000 �0,58 �,�96 0 2.640 0

TOTAL

Exemplo

proposto de

levantamento

de dados de ar-

condicionado

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C E L E S C � 7 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

Cálculo do potencial de economia energia e demanda de potência

Paraasempresasenquadradasnamodalidade tarifáriahoro-sazonal,deverãoserapresentadasaEEeaRDparaossegmentosdepontaeforadeponta.ParaasempresasenquadradasnoGrupoB,calcularutilizandoafórmulaEEfpeconsiderarotempototaldeuso(h/ano)=ponta+foradeponta.ParaempresasdoGrupoAConvencional,calcularconsiderandoasfórmulasemnegritoetempototaldeuso(h/ano).

EEp=[(Σ(Patual*tup))–(Σ(Pproposto*tup))]*�0-3(kWh/ano)

EEfp = [(Σ (Patual * tufp)) – (Σ (Pproposto* tufp))] * 10-3 (kWh/ano)

RDp=[Σ(Patual*FCP*FD)]-[Σ(Pproposto*FCP*FD)]*�0-3(kW)

RDfp = [Σ (Patual * FD)] - [Σ (Pproposto * FD)] * 10-3 (kW)

Em que:EEp energiaeconomizadaponta(kWh/ano)

EEfp energiaeconomizadaforadeponta(kWh/ano)

Σ somatória

Patual potênciasistemaatual(W)

Pproposto potênciasistemaproposto(W)

tup tempodeusoponta(h/ano)

tufp tempodeusoforadeponta(h/ano)

RDp reduçãodemandaponta(kW)

RDfp reduçãodemandaforadeponta(kW)

FCP fatordecoincidêncianaponta(variade0a�)

FD fatordedemanda.Razãoentreademandamáximanumintervalodetempoespecificadoe a carga instaladanaunidade consumidora.Poderá ser calculado o FDda empresaparaossegmentosdepontaeforadeponta,ouutilizadoovalorpadrãoporatividade,utilizadopelaCelesc,conformeAnexoI–FATORESDEDEMANDAEDECARGATÍPICOSPORATIVIDADE.

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C E L E S C � 8 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

4.1.3 Motor e Compressor

Aforçamaiordaindústriaetambémosresponsáveispelomaiorconsumodeenergia,osmotores,podemsersubstituídospormodelosmaiseficientes,comaltofatordepotênciaealtorendimento.Oscompressoressãoacionadospormotoresquepodemsersubstituídospormodelosmaisefi-cientes,comaltofatordepotênciaerendimento.Paralelamente,aidentificaçãoeacorreçãodevazamentosimplicareduçãosignificativadoconsumodeenergia.

Levantamento dados e proposição novos equipamentosOsitensdestacadosnoquadroabaixodeverãosercoletadosdiretamentenosequipamentos.Sãodadosdeplaca:potência(CV),nºpólos,tensãonominal(V),n°fases,cosϕ, η,Iplaca(A).Otempodeuso(h/ano)eaImed(A)máximadeverãosermedidos–devemconstardoPlanodeMediçãoeVerificação.Ofatordecoincidêncianaponta–FCP–éutilizadonaapuraçãodopotencialdeRD.Ovalorestáentre0a�eindicaseoequipamentoéacionadonohoráriodeponta.Suadeterminaçãodeveserefetuadacomacolaboraçãoderepresentantedaempresadiagnosticadaqueconheçaoregimedeprodução/utilizaçãonaquelesetor.Ocarregamentodomotoréarelaçãoentreapotênciafornecidaeapotêncianominal.Ocarrega-mentoédeterminadoapartirdacurvadedesempenhodomotorfornecidapelofabricante.Essaanáliseéfundamentalparadefiniçãodapotênciademotorrealmentenecessáriaparaotrabalhorealizadopeloequipamento.

Afórmulaparaconversãodeunidadedepotência,deCVparaWé:

P(W) = P(cv) * 736

Apotência(W)efetivaécalculadacombasenosdadoscoletadosemedidoseaplicando-seasfórmulasabaixo:

P3φ(W)=√3 * V * Imed * cos ϕ(motortrifásico) η

P�φ(W)=V*Imed*cosϕ(motormonofásico) η

SetorEquipamento/

máquinaQtd.

S I S T E M A A T U A L S I S T E M A P R O P O S T OTempo

usoPonta

(h/ano)

Tempousofora

ponta(h/ano)

FCPPotência

(cv)Nº

Pólos

TensãoNominal

(V)

Nºfases cosϕ η lplaca(A) lmed(A)

Carregamento%

P(W)Potência

(cv)Nº

Pólos

TensãoNominal

(V)cosϕ η lplaca(A) P(W)

a Prensa � �0 4 380/220 3 0,62 0,86 26,6 �5,6 0,40 4,28 5 4 380/220 0,8 0,88 ��,5 3,98 780 7980 �

TOTAL

Exemplo

proposto de

levantamento

de dados dos

motores

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C E L E S C � 9 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

Em que:

P(W) potênciaemWattP(cv) potênciaemcavalovaporP3φ potênciatrifásica(W)P�φ potênciamonofásica(W)Vfase tensãodefase(Volts).Ex.:sistematrifásico380/220(V).Vfase=220(V)Imed correntemedida(A)cosϕ fatordepotência=cossenoânguloϕη rendimento.Éarazãoentreapotênciamecânicaeapotênciaelétrica

Cálculo do potencial de economia energia e demanda de potênciaParaasempresasenquadradasnamodalidadetarifáriahoro-sazonal,deverãoserapresentadasaEEeaRDparaossegmentosdepontaeforadeponta.ParaasempresasenquadradasnoGrupoB,calcularutilizandoafórmulaEEfpeconsiderarotempototaldeuso(h/ano)=ponta+foradeponta.ParaempresasdoGrupoAConvencional,calcularconsiderandoasfórmulasemnegritoetempototaldeuso(h/ano).

EEp=[(Σ(Patual*tup))–(Σ(Pproposto*tup))]*�0-3(kWh/ano)

EEfp = [(Σ (Patual * tufp)) – (Σ (Pproposto* tufp))] * 10-3 (kWh/ano)

RDp=[Σ (Patual*FCP*FD)]-[Σ(Pproposto*FCP*FD)]*�0-3(kW)

RDfp = [Σ (Patual * FD)] - [Σ (Pproposto * FD)] * 10-3 (kW)

Em que:EEp energiaeconomizadaponta(kWh/ano)

EEfp energiaeconomizadaforadeponta(kWh/ano)

Σ somatória

Patual potênciasistemaatual(W)

Pproposto potênciasistemaproposto(W)

tup tempodeusoponta(h/ano)

tufp tempodeusoforadeponta(h/ano)

RDp reduçãodemandaponta(kW)

RDfp reduçãodemandaforadeponta(kW)

FCP fatordecoincidêncianaponta(variade0a�)

FD fatordedemanda.Razãoentreademandamáximanumintervalodetempoes-pecificadoeacargainstaladanaunidadeconsumidora.PoderásercalculadooFDdaempresaparaossegmentosdepontaeforadeponta,ouutilizadoovalorpadrão por atividade, utilizado pela Celesc, conforme Anexo I – FATORES DEDEMANDAEDECARGATÍPICOSPORATIVIDADE.

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C E L E S C 2 0 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

4.2 Plano de Medição e Verificação (M&V)

Osresultadosdeeconomiadeenergia(kWh/ano)ereduçãodedemanda(kW)obtidoscomaimple-mentaçãodeaçõesde eficiência energética sãoapurados comparando-semediçõesde grandezaselétricasnosequipamentos,antes(ano-base)eapósasubstituição(pós-retrofit).Levando-seemcontaquenãosepodegerenciaroquenãosemede,metodologiasdemediçãoeveri-ficaçãoderesultadosdevemserpreviamentedefinidaseconstardoitemacompanhamento/mediçãodoprojeto.Essametodologiadeverásernegociadaentreasparteseexecutada,tantonolevantamentoinicial (diagnóstico)quantoapósa instalaçãodonovoequipamento.Não se negocia M&V após a implementação do projeto.ApropostaparaoPlanodeMediçãodeveráserbaseadanoProtocoloInternacionalparaMediçãoeVerificaçãodePerformance–PIMVP,queforneceumavisãogeraldasmelhorespráticasatualmentedisponíveisparaverificarosresultadosdeprojetosdeeficiênciaenergética.Oprotocolofoielaboradoem2000porrepresentantesdeváriospaísesepossuiquatroalternativasquepodemseradotadasnosprogramasdeeficiênciaenergética.Éimportantesalientarque,quantomaiscomplexaaalternativaselecionada,maioresserãooscustoseotemponecessárioparasuaaplicação.Aseconomiasdeenergiaoureduçõesdedemandasãodeterminadaspelacomparaçãodosusosme-didosdeenergiaoudemandaanteseapósaimplementaçãodeumprogramadeeconomiadeenergia.Emgeral:

Economias de energia = Uso da energia consumo-base - Uso da energia pós-retrofit ± Ajustes

OtermoAjustesnessaequaçãogeral tema funçãode trazerousodaenergiadedoisperíodosdetempodistintosparaasmesmascondições.Ascondiçõesquegeralmenteafetamousodeenergiasãooclima,ocupação,turnosdetrabalho,produtividadetotaldaplantaeoperaçõesdoequipamentorequeridasporessascondições,sendoqueosajustespodemserpositivosounegativos.Osajustessãoderivadosdefatosfísicosidentificáveis,sendofeitostantorotineiramente,comodevidoamudançasclimáticas,ousenecessárioscomoquandoumsegundoturnoéadicionado,háinclusãodeocupantesnoespaço,ouaumentodautilizaçãodeequipamentoselétricosnosistema.Osajustessãocomumenteexecutadospararestabeleceroconsumo-basesobcondiçõespós-retrofit.ApreparaçãodeumPlanodeMediçãoeVerificaçãoéfundamentalparaadeterminaçãoapropriadadaseconomias.Oplanejamentoprévioasseguraquetodososdadosnecessáriosàdeterminaçãodaseconomiasestarãodisponíveisapósaimplementaçãodoprogramadeeconomiadeenergia,dentrodeumorçamentoaceitável.UmPlanodeMediçãoeVerificaçãodeveconteremseuescopo:

umadescriçãodasaçõesdeeficiênciaenergéticaeoresultadoesperado;

aidentificaçãodoslimitesdadeterminaçãodaseconomias.Elespodemsertãorestritosquantoofluxodaenergiapormeiodeumaúnicacargaoutãoabrangentesquantoautilizaçãototaldeenergiadeumouváriossistemas;

documentaçãodascondiçõesdaoperaçãodainstalaçãoeosdadosdeenergiadoconsumo-base;

umaauditoriaabrangenteparareunirasinformaçõesdoconsumo-baseedadosdeoperaçãodosistema,quesejamrelevantesparaamediçãoeverificação:

»

»

»

»

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C E L E S C 2 � E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

�.perfisdeconsumodeenergiaedemanda;2.tipodeocupação,densidadeeperíodos;3.condiçõesparciaisoudetodaaáreadainstalaçãoemcadaperíododeoperaçãoeestaçãodoano;4.inventáriodosequipamentos:dadosdeplaca,localização,condições,fotografiasouvídeos

sãomaneirasefetivaspararegistrarascondiçõesdoequipamento;5.práticasdeoperaçãodoequipamento(horárioseregulagens,temperaturas/pressõesefetivas);6.problemassignificativosdoequipamentoouperdas.

OPIMVPestádisponívelparadownloadnoseguinteendereço:

www.inee.org.br/down_loads/escos/PIMVP_2001_Portugues.pdf

4.3 Especificação dos Materiais Propostos

Especificaçõestécnicasdetalhadasdecadaequipamentoematerialproposto,quepreferencialmenteparticipem do programa nacional de etiquetagem emitido pelo INMETRO e tenham o selo PROCEL–ProgramaNacionaldeConservaçãodeEnergiaElétrica.

4.4 Custos de Implantação das Medidas – Investimento

Detalhamentodosrecursosnecessáriosàimplementaçãodecadaação.Ex.:equipamento,montagem,obracivil,engenharia,impostos,administração,diagnósticoenergético,M&Veoutros.Deverãoconstarorçamentosde,nomínimo,3 (três) fornecedores, sendoselecionadoodemenorvalor.

4.5 Cronograma de Implantação das Medidas

Apresentaçãodocronogramadeimplementaçãodasmedidaspropostas,deformaquesejapossívelidentificaroprazonecessárioparaassubstituições,quandoosbenefíciosprevistospoderãosercon-firmadoseadatadeajustedocontratodedemanda.

E T A P AM E S E S

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Troca iluminação X X

Troca ar-condicionado X

Troca motores X X X

Medições finais X X X X

Relatório resultados projeto X

Acompanhamento resultados X X X X X X X X X X

Ajuste demanda contratada X

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C E L E S C 2 2 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

4.6 Indicadores de Avaliação das Medidas Propostas

Paraumaavaliaçãodetalhada,quepermitaselecionarepriorizarinvestimentoscomfoconosresul-tados, deverão ser calculados os indicadores abaixo relacionados para cada medida de eficiênciaenergéticaproposta,bemcomo,osindicadoresglobais,porempresa.

4.6.1 Energia Economizada (EE) e Redução de Demanda (RD)

Aenergiaeconomizada,medidaemkWh/ano,eareduçãodedemanda,medidaemkW,sãoosprin-cipaisindicadoresquantitativosparaprojetosdeeficiênciaenergética.Osvaloresdeverãoserlevan-tadosnodiagnósticoenergéticoe/oulevantamentoprévioeconfirmadosapósaentradaemoperaçãodosnovosequipamentos,comaaplicaçãodoPlanodeMediçãoeVerificaçãodefinidodeacordocomoProtocoloInternacionaldeMediçãoeVerificaçãodePerformance–PIMVP.Paraasempresasenquadradasnamodalidadetarifáriahoro-sazonal,deverãoserapresentadasaEEeaRDparaossegmentosdepontaeforadeponta.

4.6.2 Investimento (R$)

Deverãoserdetalhadososrecursosnecessáriosàimplementaçãodecadaação.Ex.:equipamento,monta-gem,obracivil,engenharia,impostos,administração,diagnósticoenergético,mediçãoeverificaçãoeoutros.

4.6.3 Benefícios (R$)

Redução do consumo de energia elétrica.

Oprincipalbenefíciofinanceiroéareduçãodecustoscomaenergiaelétricaemrelaçãoàeconomiadeenergia(EE)eàreduçãodademanda(RD).Obenefíciofinanceiro(R$)éobtidomultiplicando-seasprevisõesdeEE(kWh/ano)edeRDpelastarifasdeenergiaelétricapagaspelaempresaàCelescDistribuição,deacordocomseuenquadramentotarifário,conformedetalhadoaseguir.

a) unidade consumidora do Grupo B

Benefícioanual(R$)=EEtotalxtarifakWh

Em que:EE total energiaeconomizadatotal(kWh/ano)=EEp+EEfpTarifa kWh tarifaconsumoGrupoB(R$/kWh)

b) unidade consumidora do Grupo A Convencional

Benefício(R$)=EEtotalxtarifakWh+RDx�2xtarifakW

Onde:EE total energiaeconomizadatotal(kWh/ano)=EEp+EEfpTarifa kWh tarifaconsumoGrupoAConvencional(R$/kWh)RD reduçãodemanda(kW)Tarifa kW tarifademandaGrupoAConvencional(R$/kW)

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C E L E S C 2 3 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

c) unidade consumidora do Grupo A Horo-Sazonal Verde

Namodalidadehoro-sazonalverde,as tarifasdeenergia(kWh)sãodiferenciadasparaoshoráriosdepontaeforadepontaeparaosperíodosúmidoeseco.Assim,asoluçãoidealéocálculodatarifamédiadoKwhdepontaeforadeponta,queserámultiplicadapelaEEpeEEfp,conformefórmulas:

Benefício(R$)=(EEpxtarifamédiakWhp+EEfpxtarifamédiakWhfp)+RDx�2xtarifakW

Em que:TarifamédiakWhp=tarifakWhpperíodoúmido*5+tarifakWhpperíodoseco*7(R$/KWh) �2TarifamédiakWhfp=tarifakWhfpperíodoúmido*5+tarifakWhfpperíodoseco*7(R$/kWh) �2EEp energiaeconomizadanaponta(kWh/ano)EEfp energiaeconomizadaforadaponta(kWh/ano)kWhp kWhpontakWhfp kWhforadepontaRD reduçãodemanda(kW)Tarifa kW tarifademandaHoro-sazonalVerde(R$/kW)

d) unidade consumidora do Grupo A Horo-sazonal Azul

Namodalidadehoro-sazonalazul,astarifasdeenergia(kWh)edemanda(kW)sãodiferenciadasparaoshoráriosdepontaeforadeponta,eastarifasdeenergia(kWh)sãodiferenciadasparaosperíodosúmidoeseco.Assim,asoluçãoidealéocálculodatarifamédiadoKwhdepontaeforadeponta,queserámultiplicadapelaEEpeEEfp,conformefórmulas:

Benefício(R$)=(EEpxtarifamédiakWhp+EEfpxtarifamédiakWhfp)+

RDpx�2xtarifakWp+RDfpx�2xtarifakWfp

Em que:TarifamédiakWhp =tarifakWhpperíodoúmido*5+tarifakWhpperíodoseco*7(R$/KWh) �2

TarifamédiakWhfp =tarifakWhfpperíodoúmido*5+tarifakWhfpperíodoseco*7(R$/kWh) �2EEp energiaeconomizadanaponta(kWh/ano)EEfp energiaeconomizadaforadaponta(kWh/ano)kWhp kWhpontakWhfp kWhforadepontaRDp reduçãodemandaponta(kW)RDfp reduçãodemandaforadeponta(kW)Tarifa kWp tarifademandapontahoro-sazonalazul(R$/kW)Tarifa kWfp tarifademandaforadepontahoro-sazonalazul(R$/kW)

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C E L E S C 2 4 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

Importante:NasunidadesconsumidorasdoGrupoA,aplicam-setarifasdeconsumo(kWh)ededemanda(kW)esãoestabelecidosvaloresdedemandacontratadano“ContratodeFornecimentodeEnergiaElétrica”,firmadocomaCelescDistribuiçãoS.A,sendoademandafaturávelomaiorvalorentreademandacon-tratadaeademandamedida.Dependendodovalorcontratado,paraqueseobtenhareduçãodocustodaenergiaseránecessárioalteraroContratoadequandoovalordademandaapósaimplementaçãodemedidasdeeficientização.AResoluçãono456,de29.��.2000,daANEEL,estabeleceas“CondiçõesGeraisdeFornecimentodeEnergiaElétrica”eemseuart.24(transcritoabaixo)ascondiçõesparaoajustedeContratoemfunçãodaimplantaçãodemedidasdeeficiênciaenergética.

“A concessionária deverá negociar o contrato de fornecimento, a qualquer tempo, sempre que solicitado por consumidor que, ao implementar medidas de conservação, incremento à eficiência e ao uso racional da energia elétrica, comprováveis pela con-cessionária, resultem em redução da demanda de potência e/ou consumo de energia elétrica ativa, desde que satisfeitos os compromissos relativos aos investimentos da concessionária, conforme previsto no §1º do art. 23.

Parágrafo único. O consumidor deverá submeter à concessionária as medidas de conservação a serem adotadas, com as devidas justificativas técnicas, etapas de implantação, resultados previstos, prazos, proposta para a revisão do contrato de for-necimento e acompanhamento pela concessionária, caso em que esta informará ao consumidor, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, as condições para a revisão da demanda e/ou energia elétrica ativa contratadas, conforme o caso.”

Redução dos custos de manutenção

Outrobenefícioéareduçãodedespesasdemanutençãodosequipamentos.Adefiniçãodovalordeve-ráserdaempresabeneficiadapeloprojeto.

4.6.4 Valor Presente Líquido – VPL (R$)

Ovalorpresente líquido indicaa lucratividadedeuminvestimento.Emgeral,qualquer inves-timento que possua VLP maior que zero é considerado lucrativo e, na seleção de opções deinvestimento,sãopriorizadosinvestimentoscommaiorVPL.

VPL=R*(�+i)n-�-Ii*(�+i)n

Em que:

VPL valorpresentelíquido(R$)

R totalbenefícioanual(R$)

i taxadejurosanualdefinidapeloagentefinanciador.Ex.:�2%a.a.=0,�2

n vidaútilequipamento(anos)

I investimentoinicialtotal(R$)

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C E L E S C 2 5 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

4.6.5 Taxa Interna de Retorno – TIR (anual)

Ataxainternaderetornodeuminvestimentooutaxadeatratividadeéataxaquefazcomqueovalorpresentelíquidodoinvestimentosejaigualazero.Elaécalculadaconsiderandooinvesti-mentoinicial,osbenefíciosanuais(reduçãodecustos)aseremobtidoscomaimplementaçãodaaçãoeoperíodo(onúmerodeanosdosbenefícioscorrespondeàvidaútildoequipamentoinsta-lado).OprojetoéatrativoquandoovalordaTIRésuperioràtaxadejurosdofinanciamento.O cálculo da TIR geralmente é executado pelo método de “tentativa e erro”, efetuado com amesmafórmuladoVPL,sendosubstituídooVPLporzero.Normalmente,ocálculoéefetuadopormeiodeplanilhaeletrônica.

4.6.6 Prazo de Retorno do Investimento (meses)

Oprazode retornodo investimento indicaoperíodo (emmeses)queo investimento inicial serárecuperadocomaeconomia(benefício)mensalproporcionadapelaimplementaçãodamedidadeefi-ciênciaenergética.

Ocálculodoprazoderetornodoinvestimentogeralmenteéexecutadopelométodode“tentativaeerro”,efetuadocomamesmafórmuladoVPL,considerandoVPL=valordoinvestimentoeR=bene-fíciomensal.Normalmente,ocálculoéefetuadopormeiodeplanilhaeletrônica.

Paraumaanálisesimplificada,pode-seefetuarocálculosemaaplicaçãodejuros,conformefór-mulaabaixo:

n=.I .

A

Em que:n prazoderetornodoinvestimento(meses)I investimentoinicialtotal(R$)A benefíciomensalcomaeconomiaenergia(R$).SendoA=R/�2.

Paraavaliação,determina-sequeoprojetoéatrativoquandoseutempoderetornodoinvestimentoforinferioràvidaútildosequipamentos.

4.6.7- Relação Custo-Benefício - RCBArelaçãocusto-benefício(RCB)indicaquantooscustoscorrespondememrelaçãoaosbenefíciosgeradospelaeficientizaçãodecadausofinal(iluminação,motriz,ar-condicionado,arcomprimido).OcálculodaRCBglobaldoprojetodeveráserefetuadopormeiodamédiaponderadadasRCBsindividuais.Ospesossãodefinidospelaparticipaçãopercentualdecadauso finalnaenergiaeconomizada.Naavaliaçãodeprojetos,quantomenorovalordoRCB–desdequesejainferiora�,00–maisatrativoseráoinvestimento.

Asfórmulasdecálculo: Custos Anualizados RCB = -------------------------------------------- Benefícios Anualizados

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C E L E S C 2 6 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

a) Cálculo do Custo Anualizado Total (CATOTAL)

CATOTAL = CAequip 1 + CAequip 2 + ......+ CAequip n∑Em que:CATOTAL custoanualizadototal(R$)∑ somatório CAequip�,2,n custoanualizadodeequipamentoscommesmavidaútil(R$)

a1) Cálculo do Custo Anualizado dos equipamentos com mesma vida útil (CAequip n):

CAequip n = CPEequip n × FRC

Em que:CAequipn custoanualizadodeequipamentoscommesmavidaútil(R$)CPEequipn custodosequipamentoscomamesmavidaútil,acrescidodosdemaiscustos paraimplementaçãodaação(mão-de-obra,medições,obrascivis,etc.(R$)FRC fatorderecuperaçãodecapital

a2) Cálculo do Custo dos equipamentos e/ou materiais com mesma vida útil (CPEequipn):

CPEequip n = CEequip n + CT − CTE( ) ×CEequip n

CTE

Em que:CPEequipn custodosequipamentoscomamesmavidaútil,acrescidodosdemaiscustospara

implementação da ação (mão-de-obra, medições, obras civis etc.). Os demais custossãovinculadosproporcionalmenteaopercentualdocustodoequipamento emrelaçãoaocustototalcomequipamentos.(R$)

CEequipn custosomentedeequipamentoscommesmavidaútil(R$)CT custototalparaimplementaçãodaaçãodeeficiência(investimento)(R$)CTE custototalsomentedeequipamentos(R$)

a3) Cálculo do fator de recuperação de capital (FRC):

FRC = i(1 + i)n

(1 + i)n − 1

Em que:FRC fatorderecuperaçãodecapitaln vidaútil(anos).Avidaútildoequipamentoéinformadapelofabricante,nocatálogo técnicodoproduto.Paralâmpadas,dividiravidaútil(horas)pelonodehorasdeusoanual.i taxadejurosdefinidapeloagentefinanciador(anual).

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C E L E S C 2 7 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

5Roteirobásicodeprojetode eficiênciaenergética

Apósarealizaçãodo levantamentotécnicoserápossível identificarasmelhoresoportunidadesedefiniroplanodeaçãoedeinvestimento.

Oprimeirocritérioaserconsideradoéacapacidadedefinanciamento,seguidadaseleçãodeaçõesquepossibilitemomelhorresultadofinanceiro.Essasmedidasdevemestardetalhadasnoformatodeprojeto,comoodetalhadonaseqüência.

5.1 Descrição e Detalhamento

Descreveroprojeto,indicandoclaramentequaisserãoasações(trocademotores,delâmpadas,luminárias,reatoresetc.)edetalhandoasetapasdeexecução.Essasetapasdeverãoconstardocrono-gramafísicodoprojetoeserãoumdositensdecontroleegestãodoprojeto.

5.2 Abrangência

Especificarasáreasdaempresaqueserãoatingidaspeloprojeto,especificandoa(s)ação(ões)ea(s)pessoa(s)responsável(is)peloacompanhamentodaexecuçãonaquelasáreas.

5.3 Metas, Benefícios e Indicadores Avaliação

InformarasmetasdeEconomiadeEnergiaedeReduçãodeDemanda,expressasemkWh/anoekW,respectivamente,paraossegmentosdepontaeforadepontacombasenolevantamentotécnicoefetuado,eapresentarosindicadoresdeavaliação,paracadatipodeequipamentoeglobal.

Apresentarasmemóriasdecálculoepremissasconsideradas.

Ação/ Uso final

Energia Economizada (kWh/ano)

Demanda Retirada (kW) Investimento (R$)

Benefícios (R$)

TIR (ano) VPL (R$)Prazo

retorno (meses)

RCBponta fora ponta ponta fora ponta

Iluminação

Motores

Refrigeração

TOTAL

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C E L E S C 2 8 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

5.4 Plano de Medição e Verificação

Apresentarpropostaparaaavaliaçãodosresultadosdoprojetoemtermosdeeconomiadeenergia–EEereduçãodademanda–RD,paracadaaçãodeeficientização,aqualdevecontemplaracompa-raçãodosvaloresestimadoscomosresultadosefetivamenteobtidos.

5.4.1 Incertezas associadas

InformarincertezasquepoderãoalterarosresultadosfinaisdeEEeRD.

5.5 Prazos e CustosApresentaroscronogramasfísicoefinanceiro,vinculandoasetapasdeexecuçãoaprazos.

Cronograma Físico

Cronograma Financeiro

ApresentaraMemóriadeCálculodacomposiçãodosCustosTotais,apartirdoscustosunitáriosdeequipamentos/materiaisenvolvidosedemão-de-obraconformeindicaçãoaseguir.Custodosmateriaiseequipamentos(apresentarparacadaequipamentooumaterialaseradquirido):

Nomedomaterial:Tipo:Unidade:Quantidade:PreçoporUnidade:Preçototal:

Custodamão-de-obraouserviços(diretaouindireta,poratividade):Identificaçãodoprofissionalporcategoria(engenheiro,técnico,eletricista,outros):Quantidade(porcategoria):Valordahoradetrabalho(incluirencargos):Númerototaldehorasdaatividadeconsiderada:Custototal:Outroscustos:

5.6 AcompanhamentoTomandocomobaseocronogramaapresentado,definirosmarcosquedevemorientaroacompanha-mentodaexecuçãodoprojeto.

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E T A P A M E S E Sjan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Etapa 1 X XEtapa 2 X X XEtapa 3 X X XEtapa 4 X X XEtc X X X

E T A P A M E S E S T O T A Ljan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezEtapa 1 R$X R$X R$XEtapa 2 R$X R$X R$X R$XEtapa 3 R$X R$X R$X R$XEtapa 4 R$X R$X R$X R$XEtc. R$X R$X R$X R$XTOTAL R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X R$X

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C E L E S C 2 9 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

6BaixoFatordePotência

AENERGIAELÉTRICAéaforçamotrizdemáquinaseequipamentoselétricos.Essaenergiaéproduzidaporusinas (hidráulicas, térmicas,eólicasetc.),normalmentesituadas longedosgrandescentrosdeconsumo.

Aenergiainstantâneaconsumidapelosconsumidoresédenominadadecargaepodeserdivididaemduaspartes:cargaativaecargareativa.

Acargaativaéaquerealmenteexecutaastarefas,istoé,fazosmotoresgirarem,realizandootra-balhododia-a-dia.Osuprimentoàscargasativassópodeserfeitopormeiodeusinasougeradores.

Jáascargasreativasapresentamcaracterísticapredominantemente indutivaasquaissãorespon-sáveispelacriaçãodecamposmagnéticos,necessárioao funcionamentodeequipamentos industriais(motores,transformadores,reatoresetc.)enãoexecutamtrabalho,apenastrocamenergiacomafontedesuprimento.Osuprimentodamaiorpartedascargasreativastambémérealizadopormeiodasusinas,eorestantepelacompensaçãoreativainstaladapelopróprioconsumidoroupelaconcessionáriadeenergiaelétrica.Oidealseriaquetodaacargareativafossecompensadaomaispróximopossíveldacarga.

Seefetuarmosacomposiçãodessasduas formasdecarga,achamosacargaaparenteou total.Resumindo,ofatordepotênciaéumíndicequeindicaquantodaenergiafoiutilizadaemtrabalhoequantofoiutilizadaemmagnetização.

Ofatordepotência(FP)éoquocientedapotênciaativa(kW)pelapotênciaaparente(kVA).E,con-formeo“TriângulodePotências”abaixomostrado,ofatordepotênciaéigualaocossenodoânguloϕ.

Assim:PotênciaAtiva-P(kW)

PotênciaAparente-P(kVA)

PotênciaReativaQ-P(kVAr)

Fórmulasmaiscomuns:

FP=cosϕ=kW=kWkVAkW2+kVAr2

kVA2=kW2+kVAr2

kVA=kW2+kVAr2

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C E L E S C 3 0 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

Parailustraraimportânciadofatordepotênciaemumainstalaçãoelétrica,vejamososeguinteexemplo:

Suponhamosaampliaçãodeumaindústriaeque,paraisto,sejanecessárioinstalarummotorqueoperecom�00kWeumFP=0,67(ou67%).Paraalimentaressemotorseránecessáriodispordeumtransformadorde,nomínimo,�50kVAdecapacidadeeafiaçãodeveráseradequadaparasuportaressapotência(�50kVA).

Considerandoafórmula:

FP=kW→kVA=kWkVAFP

kVA=�00=�49,25kVAparaFP=67%0,67

SemelhorarmosoFPpara�,0(ou�00%),seránecessáriosomenteumtransformadorde�00kVA,conformedemonstradoaseguir:

KVA=�00=�00kVAparaFP=�00%�,0

Origens de um baixo fator de potência

Tudooqueexigeumaenergiareativaelevada,acabacausandoumbaixofatordepotência:

a)níveldetensãodainstalaçãoacimadanominal;

b)motorestrabalhandoavaziodurantegrandepartedotempo;

c)motoressuperdimensionadosparaasrespectivascargas;

d)grandestransformadoresalimentandopequenascargas,pormuitotempo;

e)transformadoresligadosavazio,porlongosperíodos;

f)lâmpadasdedescarga(vapordemercúrio,fluorescentesetc),semcorreçãoindividualdofatordepotência;

g)grandequantidadedemotoresdepequenapotência;e

h)sobrecargasnosmotores,transformadoresecircuitosdealimentação.

Conseqüências de um baixo fator de potência

Do ponto de vista do consumidor:Umbaixofatordepotênciamostraqueaenergiaestásendomalaproveitada.Alémdocustoadicional

daenergia(cobrançadeenergiaedemandareativaexcedentes),asinstalaçõescorremváriosriscos:

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a)reduçãodetensãoque,porsuavez,podemocasionaraqueimademotores;

b)perdasdeenergiadentrodesuainstalação;

c)reduçãodoaproveitamentodacapacidadedostransformadores;

d)condutoresaquecidos;e

e)diminuiçãodavidaútildainstalação.

Do ponto de vista do sistema de distribuição e transmissão:Considerandoqueasusinasestãolocalizadaslongedoscentrosdeconsumo,apotênciareativaper-correporlongasdistânciasatravésdelinhasdetransmissãoedistribuição,passaportransformado-res,tendocomoconseqüência:

a)Elevação das perdas no sistema elétrico=>implicandoanecessidadedaaquisição,porpartedasconcessionáriasdedistribuição,demaiorquantidadedeenergia,cujocustoseráre-passadoatodososseusconsumidores;

b)Degradação da qualidade da energia=>implicandoainsatisfaçãoporpartedosconsumi-doresepodendorepercutiremperdasdeprodução.

c)Ocupa parcela considerável da capacidade do sistema=>implicandoanecessidadedeantecipaçãodeinvestimentosnosistemaelétrico,cujoscustostambémserãorepassadosaosconsumidores.

Como melhorar o fator de potênciaParamelhoraroFP,deve-sereduziroconsumodeenergiareativa,ouseja,solicitarmenosenergiareativadaconcessionária.Independentementedométodoaseradotado,oFatordePotênciaideal,tantoparaosconsumidorescomoparaaconcessionária,seriaovalorunitário(�,0ou�00%),quesignificaainexistênciadecir-culaçãodepotênciareativanosistema.Entretanto,essacondiçãonemsempreéconvenientee,geralmente,nãosejustificaeconomicamente.Atualmente,a legislaçãoestabeleceovalorde0,92(92%)comosendoofatordepotênciamínimoparaconsumidores,porém,essevalorimplicaanãootimizaçãodosistema,devidoàgrandecirculaçãodereativosnosistema(reativosdaordemde38%dacargaativa),repercutindonadegradaçãodaqualidadedaenergiaenaelevaçãodoscarregamentosdosistemaelétrico(elevaçãodocarregamentoemcercade9%emrelaçãoaofatordepotênciaunitário).DeacordocomosProcedimentosdeRede,estabelecidospeloOperadorNacionaldoSistema(NOS),ofatordepotênciamínimonasinterligaçõesdaconcessionáriadedistribuiçãocomaRedeBásicaéde0,95(95%),oqueimputaelevadoscustosparaasconcessionárias,jáquearesponsabilidadedoconsumidorseriaparaapenas0,92(92%).Aparticipaçãomaisefetivadosconsumidoresnacompensaçãoreativa,compensandosuascargasreativasparaumvalordefatordepotênciade0,97(97%),permitiriaodesempenhomaisotimizadodosistema,permitindoqueamaiorpartedosreativossejacompensadajuntoàscargas.

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C E L E S C 3 2 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

As alternativas para melhorar o fator de potência são as seguintes:

a) Alternativa operacional:

Aalternativaoperacionalprocuraeliminarasdistorçõesqueporventuraexistamnainstalação.Asprovidênciasbásicasparaeliminaressasdistorçõessão:

verificaçãodoníveldetensãodainstalação;dimensionamentocorretodosmotores,transformadoreseoutrosequipamentos;utilizaçãoeoperaçãoconvenientedosequipamentos,comomotoresetransformadores.

Éimportanteressaltarque,emboraaeliminaçãodepartedasdistorçõesexistentesnãoseja,emmuitasvezes,osuficienteparaelevaroFPaníveisdesejados,estadevesersempreutilizadaantesdaopçãopelaalternativadainstalaçãodecapacitores,devidoarazõeseconômicas.

b) Instalação de Capacitores

Paraainstalaçãodecapacitoresdeveserseguidaa“NT-02–NormaparaInstalaçãodeCapacito-res”daCelesc,aqualtemcomoobjetivonormatizaredisciplinarasinstalaçõesdecapacitores.

Algumas considerações

Efetuando-seumacorreçãoadequadadofatordepotência,obtêm-seasseguintesvantagens:Do ponto de vista do consumidor:

eliminaçãodacobrançadaenergiaedemandareativaexcedentesnascontasdeenergiaelétrica;reduçãodasperdasdeenergiaelétrica;oscondutorestornam-semenosaquecidos;diminuiçãodasvariaçõesdetensão;liberaçãodeumapartedacapacidadedo(s)transformador(es),quepodeseraproveitadaporoutrascargas;

Do ponto de vista do sistema de distribuição e transmissão:liberaçãodacapacidadedosistema,postergandoinvestimentosnosistemaelétrico,com

reflexonatarifaparaoconsumidor;melhoriadaqualidadedaenergia (melhoresníveisde tensão, reduçãode oscilaçõesde

tensãoetc);reduçãodasperdaselétricasnosistemacomreflexonatarifaparaoconsumidor.

Considerações sobre o atendimento à região de Joinville:

Osistemaelétricodeveserdimensionadoparaatenderatodososrequisitosdecapacidadeequali-dade,mesmonapiorcondiçãodecarga.NocasodoatendimentoàregiãodeJoinville,apiorcondiçãodoatendimentoaomercadoocorrenoperíododeverão,normalmentenomêsdemarço,nosdiasmaisquentes.Nessesdiasmaisquentes,ocorreelevaçãodoconsumodeenergiaelétricamotivadapelousointen-sivodeequipamentosderefrigeraçãoquetêmcomocaracterísticabaixofatordepotência.Oquese

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observaéqueasindústriasoperam,namaiorpartedoano,comfatordepotênciaadequado,muitasacimade95%.Nesseperíodomaiscrítico,entretanto,quandoosistemaestámaissolicitado,ousomaisintensorefrigeraçãoimplicaaelevaçãodesuascargasreativas,sendoobservadosfatoresdepotênciasdaordemde90%nospontosdeinterligaçãocomosistemadetransmissão,agravandoascondiçõesdosistemaparaoatendimentoaomercado.Pelomotivocitado,oidealéqueosconsumidoresdimensionemacompensaçãoreativaparaatenderaessapiorcondição.EstudosrealizadoschegaramàconclusãodequeacarênciadecompensaçãoreativanaregiãodeJoinvilleédaordemde�00MVAR.Aimplantaçãodessemontanteimplicariaaliberaçãodecapacidadedeaproximadamente35MVAnosistema,permitindo reduzir os riscosde restriçõesaoatendimentoaocrescimentodomercadodaregião,bemcomopossibilitariaadiarinvestimentosnosistema.

Conclusão

Aconscientizaçãodosconsumidoresparaacompensaçãoreativaéfundamentalparaamelhoriadascondiçõesdeoperaçãodosistema,tendocomobenefíciosamelhoriadaqualidadedaenergiaofereci-da,reduçãodasperdasepostergaçõesdeinvestimentosnosistemaelétrico,possibilitandoliberaçãodacapacidadedosistemaediminuindoos riscosde restriçõesaoatendimentoaocrescimentodomercado.Para o consumidor, o dimensionamento e a operação correta de seus equipamentos, bem como ainstalaçãoadequadadecompensaçãoreativa,juntoàsgrandescargasindutivas(motores,transfor-madoresetc.),reduzacirculaçãodereativosnassuasinstalaçõesedosistemaelétrico,permitindoareduçãodasperdaselétricas,diminuiçãodaflutuaçãodetensão,proporcionandomelhorianaqua-lidadedaenergia.

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7ControladordeDemanda/Melhoria doFatordeCarga

A DEMANDA DE POTÊNCIArepresentaumvalorconsiderávelnasdespesascomenergiaelétricadasindústriasligadasemtensãoigualousuperiora�3,8kV,principalmentedaquelasfaturadaspelaestru-turahoro-sazonal.Operarumaindústriacomamenordemandapossível,semprejudicaraprodução,representaumdosobjetivosdautilizaçãoracionaldeenergiaelétrica.Poroutro lado,uma indústriafaturadaportarifahoro-sazonaltemqueoperardetalformaqueademandasolicitadasesituedentrodeumaestreitafaixa,paraqueademandacontratadasejabemaproveitada,bemcomonãoultrapasseatolerânciaprevistaemcontrato.Paraatenderaessasduascondições,ademandadepotênciadevesersupervisionadaecontrolada.

7.1 Conceito de Demanda de Potência

Ademandadepotênciaelétricasolicitadaporumaindústriaéde�5minutosenãoapotênciainstan-tânea,comomuitosimaginam.ComoaenergiaelétricaémedidaemkWhequinzeminutosrepresen-tamumquartodeumahora,ademandadepotênciasolicitada,emumdeterminadointervalode�5minutos,énumericamenteigualaoconsumodeenergianesseintervalomultiplicadoporquatro.Se,porexemplo,oconsumodeenergiaelétrica,em�5minutos,forde�00kWh,ademandadepotênciasolicitadanesseintervaloseráiguala400kW.Poressemotivo,paramedirasdemandasdepotênciaacada�5minutos,aconcessionáriadeenergiaelétricamedeaenergiaelétricaconsumidanessesperíodosdetempo.Oschamadoscontroladoresdedemandaacompanhamoconsumodeenergiaelétricaacada�5mi-nutos,nãopermitindoqueesteultrapasseumvalorpré-determinadocomoótimo,desligandocargaselétricasescolhidasantecipadamente.

7.2 Programação de Cargas Elétricas

Oprimeiropassoparaareduçãodademandaéaimplantaçãodeumcontroladordedemandacomo estabelecimento de uma programação de cargas elétricas. Por programação de cargas elétricasentende-seumplanejamentorígidodefuncionamentodasmáquinaselétricasdeumaindústria,pro-curandoescalonaroseufuncionamentoaolongodajornadadetrabalhoedosperíodoshoro-sazonais.Aobtençãodacurvadecargadeumdiatípicodeoperaçãodaindústriacontribuisobremaneiraparaumaboaprogramaçãodecargas.

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7.3 Controlador Automático de Demanda

Comojáfoivisto,controlarautomaticamenteademandadepotênciadeumaindústriasignificasu-pervisionar,pormeiodeumsistemaautomático,aspotênciasmédiasde�5minutossolicitadasdosistemaelétricodaconcessionária,detalformaqueestasnãoultrapassemumvalorpredeterminadocomoótimo.Atualmente, existemnomercadoaparelhoscontroladoresdedemandadediversos tipos,desdeosmaissimplesaosmaissofisticados,quesãoverdadeiroscomputadoreseque,alémdecontrolaremademanda,desempenhamoutrasfunçõesdecontroleesupervisão.Aescolhadoaparelhodependedosistemadecontroleesupervisãoadequadoparacadacasoespe-cífico.Portanto,antesdesedefinirqualaparelhocontroladordeveserinstaladoemumadeterminadaindústria,éfundamentalquesejaelaboradoumprojetoparaseverificarotipomaisconveniente.

7.4 Projeto para Instalar um Sistema Controlador de Demanda

Oprimeiropassoantesdeseiniciaroprojetopropriamenteditoéimplantaramelhorprogramaçãodecargaspossível,principalmentequandoaindústriaéfaturadaportarifahoro-sazonal.Após a implantação da programação de cargas, deve-se fazer um levantamento das máquinas eequipamentoselétricosquepossamserdesligados,porumdeterminadoperíododetempo(poucosminutos),semcausartranstornosàprodução.Comaspotênciasdeoperaçãodasmáquinasescolhidaseseusrespectivostemposmáximosemquepodem ficar desligadas, pode-seestimara reduçãomáximadedemandadepotênciaa serconseguida.

7.5 Fator de Carga

Ofatordecargaéumíndicequeinformaseutilizamosdemaneiraracionalaenergiaqueseconsome.Ofatordecargavariade0(zero)a�(um),mostrandoarelaçãoentreoconsumodeenergiaeade-mandadepotência,dentrodeumdeterminadoespaçodetempo.a) Tarifação convencional

Paraconsumidoresenquadradosnatarifaconvencional,ofatordecargaéexpressopelarelaçãoentreaenergiaativaconsumidanumdeterminadoperíodode tempoeaenergiaativa totalquepoderia ser consumida, casoademandamedidadoperíodo (demandamáxima) fosseutilizadadurantetodootempo.

FatordeCarga=kWh

KWxt

Em que: kWhconsumodeenergiaativa kW demandadepotênciaativamedida t nodehorasocorridasnointervalo Considerandovaloresapuradosnomesmoperíododetempo.

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C E L E S C 3 6 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

b) Tarifação horo-sazonal (tarifas verde e azul)

NocasodeconsumidoresenquadradosnoSistemaTarifáriohoro-sazonal,ofatordecargaédefini-doporsegmentohoro-sazonal(pontaeforadeponta),conformeasseguintesexpressões:

FCp=kWhpeFCfp=kWhfp

kWp*tpkWfp*tfp

Em que: FCp fatordecargadosegmentodeponta FCfp fatordecargadosegmentoforadeponta kWhp consumoemkWh,ocorridonosegmentodeponta kWhfp consumoemkWh,ocorridonosegmentoforadeponta kWp demandamedidaemkWnosegmentodeponta kWfp demandamedidaemkWnosegmentoforadeponta tp tempoemhoras,ocorridonosegmentodeponta tfp tempoemhoras,ocorridonosegmentoforadeponta

Considerandovaloresapuradosnomesmoperíododetempo.

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8ImplantaçãoComissãoInterna deConservaçãodeEnergia

8.1 Programa interno de conservação de energia

Antesdesetomarqualqueriniciativaouaçãovisandoàeconomiadeenergiaemumaempresaouór-gãopúblico,torna-senecessáriaaimplantaçãodeumprogramainternodeconservaçãodeenergia.Aimportânciadoestabelecimentodoprogramaseprendeaofatodequequalqueraçãoisoladatendeaperderoseuefeitoaolongodotempo,pormelhoresresultadosqueapresente.Dessaforma,torna-senecessáriooengajamentodetodososempregados/funcionários,buscandoumobjetivocomum,pormeiodoesforçocoletivo.Poroutro lado,umprogramadeconservaçãodeenergiaexige iniciativaecriatividade,alémdeaçõesquedemandemmudançasdehábito,queéumobstáculoaservencido,hajavistaaprópriaresistêncianaturalamudanças,dificultandoaindamaisaimplantaçãodasmedi-daspropostas.Paracontornaressesproblemas,oprogramainternodeconservaçãodeenergiadevemostrarclaramenteaintençãodaadministraçãoderacionalizareotimizaroconsumodeenergia.Suaelaboraçãodeveserresultadodoesforçodosdiversossetoresenvolvidoscomparticipaçãodetodososempregados.Oprogramainternodeconservaçãovisaaotimizarautilizaçãodeenergiapormeiodeorientações,direcionamento,açõesecontrolessobreosrecursoseconômicos,materiaisehu-manos,paraarelaçãoCONSUMO/PRODUTO,reduzindoosíndicesglobaiseespecíficosdaquantidadedeenergianecessáriaparaobtençãodomesmoresultado.

8.2 Aspectos administrativos

Aaltaadministraçãodeveráestabelecerobjetivosclaroseapoiaraimplantaçãodoprograma,enfa-tizandoasuanecessidadeeimportância,aprovandoeestabelecendometasaserematingidasanoaano,efetuandoumacompanhamentorigoroso,confrontandoosresultadosobtidoscomasmetasprevistas, analisando os desvios e propondo medidas corretivas em casos de distorções, além deprovidenciarrevisõesperiódicaseoportunasnasprevisõesestabelecidas.

8.3 Orientações gerais

Oprogramadeconservaçãodeenergiadeveseriniciadoporumacampanhadeconscientização,cujoêxitodependedocuidadocomosseguintesaspectos:

importânciacomopolíticadeadministração:conseguidacomreuniõesdosdiversossetores,difusãodenota informativaexplicandoas razõesdacampanha,a importânciadaenergiaeopapelquecabeacadaumnareduçãodoconsumo.Aprópriaadministraçãodeveiniciaracampanhacomcertasolenidade;

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C E L E S C 3 8 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

a campanha deverá compreender basicamente os seguintes instrumentos de comunicação:cartazes,faixas,adesivos,manuais,notíciasemjornaisinternos;distribuição de listas de recomendações gerais para reduzir o consumo, tais como: desligarmáquinaseaparelhosquenãoestejamsendousados,apagarluzesdeambientesdesocupadosetc.;chamadaàiniciativaindividualparaquecadaempregadopossacontribuiratuandoefazendosugestões;convocaçãoparaumconcursoqueestimulesugestões;difusãodeinformações,emparticulardeexemplosconcretosqueresultaramemsucesso;implantaçãodoprograma,semnecessidadederesponsabilizarasineficiênciasouincapacida-dedesituaçõesanteriores.

8.4 Criação da CICE

Paraacoordenaçãodoprogramainternodeconservaçãodeenergiatoma-semaisfácilaimplantaçãodeumaCICE–ComissãoInternadeConservaçãodeEnergia.Acomissãoteráoencargodepropor,implementareacompanharasmedidasefetivasdeconservaçãodeenergia,bemcomocontrolaredivulgarasinformaçõesmaisrelevantes.

Devemserconsideradas,paraimplementaregerenciaroProgramaInternodeConservaçãodeEnergia,asseguintesatribuiçõesbásicas:

promoveranálisedaspotencialidadesdereduçãodeconsumodeenergia;emvirtudedessaanálise,estabelecermetasderedução;acompanharofaturamentodeenergiaelétricaedivulgarosresultadosalcançados,emvirtudedasmetasqueforemestabelecidas;gerenciarofatordecargadeformaaobteromelhorpreçomédiopossíveldeenergia;gerenciarofatordepotênciasindutivodainstalaçãodeformaqueesteresulteemvalormaispróximopossíveldaunidade;determinaraossetoresresponsáveisporcompraseserviçosgeraisqueapliquemasrecomen-daçõesconstantesdestapublicaçãoedoManualdeConservaçãodeEnergiaemprédiospú-blicosdoPROCEL,principalmentenoquedizrespeitoàaquisiçãodeequipamentosesistemasmaiseficientes;designar agentes ou coordenadores para atividades específicas relativas à conservação deenergia;estabeleceríndicesecomparativosvisandosubsidiarosestudosdeconservaçãodeenergia;estabelecergráficoserelatóriosgerenciaisvisandosubsidiaroacompanhamentodoprogramaeatomadadedecisões.

Comasatribuiçõessupracitadas,aCICEpoderáempreenderasseguintesações:controledoconsumoespecíficodeenergiaporsetorese/ousistemas;controleeavaliaçãodosplanosdedistribuiçãoerecuperaçãodeenergia;análisedosresultados,visandoàmelhoriadasdeficiências;realizaçãodecursosespecíficosparaotreinamentoeacapacitaçãodopessoal;avaliaçãoanualdosresultadoseproposiçãodeprogramaparaoanosubseqüente;promoveralteraçõesnossistemasconsumidoresdeenergiavisandoàconservaçãodessaenergia;divulgaçãodosresultadoseajustedasmetaseobjetivos.

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8.4.1 Estrutura da CICE

ComosugestãoparaofuncionamentodaCICE,aadministraçãopoderáadotaraseguinteestrutura:Apresidênciadeveserexercidapreferencialmenteporumengenheiroquepossuaconhecimentosdeconservaçãodeenergiaedeveráestarligadofuncionalmenteàaltaadministração.

8.4.2 Operacionalização da CICE

ODecretonº99656,de26deoutubrode�990,estabeleceasregrasbásicasdefuncionamentodaCICE.Apresentamosaseguiralgumassugestõesquepoderãoauxiliarnaobtençãoderesultados:

�)Asaçõesdeconservaçãodeenergia,geralmente,numaprimeirafase,nãoexigemrecursosparaaobtençãoderesultados,bastandoatuaremnívelgerencial,combatendoosdesperdícios.OresponsávelpelaCICEprocuraránegociarcomaaltaadministraçãoparaqueosrecursosob-tidospelareduçãodedespesasadvindasdosresultadospositivosdasaçõesdeconservaçãosejamalocadosemrubricaespecialparaseremobrigatoriamenteaplicados,sobagerênciadaCICE,emprojetosdeconservaçãodeenergianaprópriaunidadeadministrativa.

PRESIDENTE DA CICE

APOIO ADMINISTRATIVO

MEMBROS DA CICE

Vice-presidente(Ass.Servidores)

RepresentanteCIPA

TécnicaComunicaçãoSocial

Engenheiro

2)Nasegundafase,econsiderandoque,namaioriadoscasos,aCICE,aoserimplantada,nãodispõederecursosoudotaçãoorçamentária,haveránecessidadededefiniçãodevaloresorçamentários que permitirão a implantação mais rápida de ações de conservação queresultemnamelhoriadaeficiênciaenergéticacomosconseqüentesganhoseconômicos.

3)Duranteosprimeirosmeses,adotarmedidasadministrativaseficazes,sendodadaatençãoinclusiveàspequenaseconomias,quesomadasdevemproporcionarumaeconomiaglobalsignificativadeenergia.

4)Comossucessosprogressivosdasmedidasdeconservaçãodeenergiaadotadaeasres-pectivaseconomiasobtidas,serápossívelcriarumorçamentopróprioparaoscusteioseosinvestimentosnecessários.

5)Apósobtidaacredibilidadenecessária,aCICEpoderáapresentar,proporeobterdaaltaadministraçãoaaprovaçãoderecursosparaprojetosdeinvestimentos,maioresqueasuaprópriareceita,desdequedemonstradaasuaviabilidadeeeconomicidade.

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C E L E S C 4 0 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

8.4.3 Atribuições da CICE

a) Participar de licitações que envolvam consumo de energia. ÉimportanteaparticipaçãodaCICEnaelaboraçãodasespecificaçõestécnicasparaprojetos,construçãoeaquisiçãodebenseserviçosqueenvolvamconsumodeenergia,assimcomodasconseqüenteslicitações.Éfundamentalorientaresubsidiarascomissõesdelicitaçãoparaqueasaquisiçõessejamfeitasconsiderando-setambémaeconomicidadedouso,avaliadopelocálculodocusto-be-nefícioaolongodavidaútildeequipamentosesistemasenãosomentepelacomparaçãodoinvestimentoinicial.

b) Diagnóstico energéticoParaconhecerodesempenhoenergéticodasinstalaçõesénecessáriorealizar,comcertape-riodicidade,umdiagnósticoquepermitaverificarascondiçõesdeoperaçãodosdiferentesequipamentos.Osconsumosprevistosdosequipamentospodemserobtidospormeiodein-formaçõesdefabricanteseanálisedasinstalações.Outramaneiraécompararoconsumodosdiversosequipamentossimilares,taiscomoar-condicionado,bombasetc.,comasmes-maspotênciasecaracterísticasdeoperaçãoexistentesnosdiversossetores.

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C E L E S C 4 � E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

9CritériosBásicosdeSeleção deEmpresasExecutoras

9.1 Qualificação Técnica:

Empresa de Serviço de Conservação de Energia – ESCO, filiada à Associação Brasileira deEmpresasdeServiçodeConservaçãodeEnergia–ABESCO;Registroouinscriçãonaentidadeprofissionalcompetente(somenteparaserviço);Atestadodecapacidadetécnicafornecidoporpessoajurídicadedireitopúblicoouprivado,quecomproveaexecuçãodoserviçocomacompetênciarequeridaedentrodasnormastécnicasaplicáveis.Quandoocadastramentoforparaobrae/ouserviçodeengenharia,deveráacompa-nharasAnotaçõesdeResponsabilidadeTécnica–ARTs–oudasCertificaçõesemitidaspeloConselhoRegionaldeEngenharia,ArquiteturaeAgronomia–CREA-SC;Relaçãodeferramentas/equipamentos(somenteparaserviços).

9.2 Avaliação Técnica

Consistenaanálisedaestruturaadministrativa,mercadológicaeindustrial,quandoserãoverificadasaadequaçãoesuficiênciadosrecursoshumanos,máquinaseequipamentos,organização,tecnologiaequalidadedosprodutose/ouserviçosdofornecedoremrelaçãoaosrequisitosexigidospelasempresasdosetorelétrico.Noprocessodeavaliaçãotécnica,poderáserfeitaumavisitatécnicaàsinstalaçõesdofornecedorparaverificaçãodoseupotencialtécnico-operacional.Semprequenecessário,poderásersolicitadadocumentaçãocomplementare/ouserfeitareavaliaçãotécnicadofornecedor.

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C E L E S C 4 2 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

Page 43: Celesc - Manual Consumo Inteligente

C E L E S C 4 3 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

RAMO DE ATIVIDADE CÓDIGO DO RAMO

FATOR DE DEMANDA TÍPICO

FATOR DE CARGA TÍPICO

Aparelhamentodepedrasparaconstruçãoeexecuçãodetrabalhoemmármore

4�,88 �5,24

Fabricaçãodemáquinas,aparelhoseequipamentosindustriais 57,30 33,54

Fabricaçãodemáquinas,aparelhoseequipamentosparainstalaçõesindustriais

Nãodisponível 25,44 22,06

ResidênciaBaixaTensão(nãocondomínio) CódigodeServiço 2�,35 �3,35

Criaçãodeanimal,exclusivebovinocultura 0�46 36,43 22,�6

Exploraçãoflorestal,extraçãodemadeira,produçãodecascadeacácia,coletadelátex(borrachaextrativa),coletadecastanhadoPará,coletadepalmito,coletadeoutrosprodutosflorestais

silvestres(FlorestamentoeReflorestamento)

02�2 45,�4 40,83

Extraçãodecarvãodepedra,xistosbetuminososeoutros �000 56,82 59,73

Extraçãoe/oubritamentodepedrasedeoutrosmateriaisparaconstruçãonãoespecificadosanteriormenteeseubeneficiamento

associado�4�0 68,54 3�,4�

Abatedereses,preparaçãodeprodutosdecarne(deconservasdecarnes,inclusivesubprodutosemmatadouroefrigorífico)

�5�� 63,45 56,�9

Abatedeaveseoutrospequenosanimaisepreparaçãodeprodutosdecarne

�5�2 63,45 56,�9

Preparaçãocarne,banhaeprodutosdesalsicharianãoassociadasaoabate

�5�3 5�,50 48,4�

Preparaçãodopescadoefabricaçãodeconservasdopescado �5�4 49,25 46,55

Processamento,preservaçãoeproduçãodeconservasdefrutas �52� 44,6� 23,85

Processamento,preservaçãoeproduçãodeconservasdelegumeseoutrosvegetais

�522 44,6� 23,85

Produçãodeóleosvegetaisembruto �53� 72,93 �0,95

Refinodeóleosvegetais �532 72,93 �0,95

Preparaçãodemargarinaeoutrasgordurasvegetaisedeóleosdeorigemanimalnãocomestíveis

�533 72,93 �0,95

Preparaçãodoleite �54� 55,08 58,23

Fabricaçãodeprodutosdelaticínios �542 55,08 58,23

Moagemdetrigoefabricaçãodederivados �552 73,5� 24,26

Fabricaçãoderaçõesbalanceadasedealimentosparaanimais �556 55,9� 20,46

Beneficiamento,moagemepreparaçãodeoutrosalimentosdeorigemvegetal(fibrastêxteisvegetaisartificiais,sintéticas,

fabricaçãodeestopa,demateriaisparaestojoserecuperaçãoderesíduostêxteis)

�559 55,77 43,53

Beneficiamentodecafé,cereaiseprodutosafins �559 53,79 54,54

Torrefaçãoemoagemdecafé �57� 43,�7 �6,82

Fabricaçãodecafésolúvel �572 38,�6 20,37

ANEXO I – Fatores de Demanda e de Carga Típicos por Atividade

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C E L E S C 4 4 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

Fabricaçãodebiscoitosebolachas �582 67,80 33,�6

Produçãodederivadosdocacaueelaboraçãodechocolates,balas,gomasdemascar;Produçãodederivadosdocacaue

elaboraçãodechocolates;Produçãodebalasesemelhantesedefrutascristalizadas

�583 50,66 29,�9

Fabricaçãodemassasalimentícias �584 67,80 33,�6

Fabricaçãodegelo �589 65,6� 26,60

Fabricaçãodeoutrosprodutosalimentícios �589 55,9� 20,46

Fabricaçãodevinhos �592 5�,47 27,62

Fabricaçãodebebidasnãoalcoólicas(refrigeranteserefrescos,engarrafamentoegaseificaçãodeáguasminerais)

�595 5�,47 26,08

Preparaçãodefumo �600 4�,43 38,�0

Tecelagemdealgodão �73� 52,52 36,38

Tecelagemdefiosdefibrastêxteisnaturais �732 52,52 36,38

Tecelagemdefiosefilamentoscontínuosartificiaisousintéticos �733 52,52 36,38

Fabricaçãodeoutrosartefatostêxteis,incluindotecelagem �749 52,52 36,38

Fabricaçãodetecidosespeciais–inclusiveartefatos �764 67,66 34,02

Fabricaçãodetecidosdemalha(malharia)efabricaçãodetecidoselásticos

�77� 67,66 34,02

Confecçãodepeçasinterioresdovestuário,exclusivesobmedida �8�� 52,54 56,59

Confecçõesdeoutraspeçasdovestuário(roupaseagasalhos) �8�2 52,54 56,59

Curtimentoeoutraspreparaçõesdecouroepeles �9�0 49,28 23,20

Fabricaçãodecalçadosdecouro �93� 45,26 30,77

Fabricaçãodetênisdequalquermaterial �932 45,26 30,77

Fabricaçãodecalçadosdeplástico �933 45,26 30,77

Fabricaçãodecalçadosdeoutrosmateriais �939 45,26 30,77

Desdobramentodemadeiras 20�0 47,58 �3,28

Fabricaçãodechapaseplacasdemadeira,aglomeradosouprensados

202� 39,08 �8,89

Fabricaçãodeesquadriasdemadeiras,decasasdemadeirapré-fabricadas,deestruturasdemadeiraeartigosdecarpintaria;

produçãodecasasdemadeirapré-fabricadas;fabricaçãodeesquadriasdemadeira,venezianasepeçasdemadeirapara

instalaçõesindustriaisecomerciais;fabricaçãodeoutrosartigosdecarpintaria

2022 50,38 �6,5�

Fabricaçãodepapel 2�2� 58,94 65,98

Fabricaçãodepapelão,cartolinaecartão 2�22 58,94 65,98

Fabricaçãodeoutrosartefatosdepastas,papel,papelão,cartolinaecartão(nãoassociadaàproduçãodepapel)

2�49 84,27 34,92

Serviçodeimpressãodematerialescolaredematerialparausosindustrialecomercial

2222 60,28 30,84

Fabricaçãodeinseticidas 246� 46,02 23,��

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C E L E S C 4 5 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

Fabricaçãodeoutrosdefensivosagrícolas(adubos,fertilizantesecorretivosdesolo)

2469 46,02 23,��

Fabricaçãodeoutrosprodutosquímicosnãoespecificadosounãoclassificados

2499 39,54 63,34

Fabricaçãodeartefatosdematerialplásticoparausosindustriais–exclusivenaindústriadeconstruçãocivil,artefatosdiversosde

plásticoeparaoutrosusos2529 40,66 53,�7

Fabricaçãodeartigosdematerialplásticoparaembalagemeacondicionamento

2529 68,46 54,3�

Fabricaçãodeoutrosartigosdematerialplásticonãoespecificadosounãoclassificados

2529 49,90 24,78

Fabricaçãodeoutrosartefatosouprodutosdeconcreto,cimento.Fibrocimentogessoeestuque(peças,ornatoseestruturasde

gessoeamianto)2630 29,49 24,85

Fabricaçãodetelhas,tijolos 264� 68,49 �6,37

Fabricaçãodematerialcerâmico,exclusivebarrocozido 264� 46,00 27,�0

Fabricaçãodeprodutoscerâmicosnãorefratáriosparausodiversos

2649 68,49 �6,37

Britamentodepedras(nãoassociadosàextração) 269� 47,88 �0,�9

Fabricaçãodecalvirgem,calhidratadaegesso 2692 29,49 24,85

Fabricaçãodeartefatosdeferroeaçoreservatórioseoutrosrecipientes

2722 45,35 �7,87

Produçãodelaminadosemalumínio 274� 38,39 5�,00

Metalurgiadosmetaispreciosos 2742 38,39 5�,00

Metalurgiadeoutrosmetaisnãoferrososesuasligas(zinco,produçãodesoldaseanodosparagalvanoplastiaemetalurgiade

metaisnãoferrosos2749 38,39 5�,00

Produçãodepeçasfundidasdeferroeaço(fabricação) 275� 55,64 �5,�9

Produçãodepeçasfundidasdemetaisnãoferrososesuasligas 2752 59,55 43,88

Fabricaçãodeestruturasmetálicasparaedifícios,pontes,torresdetransmissão,andaimeseoutrosfins

28�� 26,24 �8,97

Produçãodeforjadosdeaço 283� 43,�0 43,93

Fabricaçãodeartigosdecutelaria 284� 49,�2 24,97

Fabricaçãodeferramentasmanuais 2843 49,�2 24,97

Fabricaçãodeoutrosartigosdemetalnãoespecificados 2899 35,96 22,43

Fabricaçãodeoutrasmáquinaseequipamentosdeusogeral,inclusivepeças(aparelhoseequipamentosnãoespecificadosou

nãoclassificados)2929 30,42 25,52

Fabricaçãodemáquinaseaparelhosparaagricultura,avicultura,cuniculturaeapicultura,eobtençãodeprodutosanimais

293� 20,87 �6,5�

Fabricaçãodemáquinas,ferramentas,máquinasoperatrizeseaparelhosindustriais

2940 23,90 20,68

Fabricaçãodearmasdefogoemunições 297� 49,�2 24,97

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C E L E S C 4 6 M A N U A L T É C N I C O O R I E N T A T I V O

Fabricaçãodefogões,refrigeradoresemáquinasdelavaresecarparausodoméstico–inclusivepeças

298� 43,�7 24,�9

Fabricaçãodeoutrosaparelhoseletrodomésticos–inclusivepeças

2989 43,�7 24,�9

Fabricaçãodeoutrosaparelhosouequipamentoselétricos(parafinsindustriaisecomerciais,inclusivepeçaseacessórios)

3�99 39,84 23,03

Fabricaçãodecabinas,carroceriasereboquesparacaminhão 343� 42,47 22,65

Fabricaçãodecabinas,carroceriasereboquesparaoutrosveículos

3439 42,47 22,65

Fábricadepeçaseacessóriosveículosautomotores 3450 26,58 23,6�

Fabricaçãodeacabamentosmóveiseartigomobiliário 36�� 58,�2 �9,�4

Fabricaçãodemóveisdemadeira,vimeejunco 36�3 5�,82 20,66

Fabricaçãodebrinquedosejogosrecreativos 3694 5�,�9 4�,99

Fabricaçãodeescovas,broxas,pincéis,vassouras,espanadoresesemelhantes

3697 55,28 40,68

Fabricaçãodeartigosdiversos 3699 45,57 23,�8

Fabricaçãodeasfalto 3699 28,96 �3,8�

Fábricadeprodutosdiversos(outrosartigosnãoespecificadosounãoclassificados)

3699 58,77 43,65

Tratamentoedistribuiçãodeáguacanalizada 4�00 62,37 44,94

Demoliçãoepreparaçãodoterreno 45�� 35,54 �4,35

Construçãocivil 45�2 �3,77 �0,45

Perfuraçõeseexecuçãodefundaçõesdestinadasàconstruçãocivil

45�2 35,54 �4,35

Terraplanagemeoutrasmovimentaçõesdeterra 45�3 35,54 �4,35

Obrasdeoutrostipos(marítimasefluviais,irrigação,construçãoderededeáguaeesgoto,redesdetransportepordutos,

perfuraçãoeconstruçãodepoçosdeáguaseoutrasobrasdeengenhariacivil)

4529 35,54 �4,35

Comércioavarejoeporatacadodeveículosautomotores 50�0 4�,23 �5,49

Reparaçãooumanutençãodemáquinas,aparelhoseequipamentosindustriais,agrícolasemáquinasdeterraplanagem

5020 47,42 44,78

Recondicionamentoourecuperaçãodemotoresparaveículosrodoviários

5020 33,66 20,37

Reparaçãodeveículos,exclusiveembarcaçõesaeronaves 5020 45,39 27,44

Manutençãoeconservaçãodeveículosemgeral 5020 48,27 28,�0

Comércioavarejoeporatacadodepeçaseacessóriosparaveículosautomotores

5030 4�,23 �5,49

Comércioatacadistaanimaisvivos 5�22 70,58 38,46

Comércioatacadistadecarneseprodutosdecarne 5�34 70,58 38,46

Comércioatacadistadepescadosefrutosdomar 5�35 70,58 38,46

Comércioatacadistadecombustíveiselubrificantes 5�5� 42,35 2�,88

Comérciovarejistadecombustíveiselubrificantes 5�5� 5�,03 23,�3

Page 47: Celesc - Manual Consumo Inteligente

C E L E S C 4 7 E F I C I Ê N C I A E N E R G É T I C A E G E S T Ã O E L É T R I C A N A I N D Ú S T R I A

Supermercados,hipermercados(comérciovarejistacomáreadevendasuperiora5000m2)

52�� 66,�� 5�,�0

Supermercados(comérciovarejistacomáreadevendaentre300e5000m2)

52�2 66,�� 5�,�0

Merceariasearmazénsvarejistas 52�3 44,00 30,00

ComércioVarejistadeCarnes–açougues 5223 42,00 30,00

ComércioVarejistadePescados–peixarias 5229 42,00 30,00

Hotéis,MotéiseApart-hotelcomRestaurante 55�� 33,66 33,93

Hotéis,MotéiseApart-hotelsemRestaurante 55�2 33,66 33,93

Restaurantes,choperias,whiskeriaseoutrosestabelecimentosespecializadosemservirbebidas

552� 30,00 �9,00

Lanchonete,casasdechá,sucosesimilares 5522 60,00 44,00

Armazénsgerais(emissãodewarrants) 63�2 48,67 34,00

Atividadesauxiliaresaostransportesaquaviários(Trapiches) 6322 48,67 34,00

AtividadesdoCorreioNacional 64�� 49,34 35,50

OutrasAtividadesdeCorreio 64�2 49,34 35,50

Telegrafia,telefonia 6420 49,34 35,50

Outrosserviçosdecomunicações 6420 37,55 44,49

BancosComerciais 652� 49,�9 32,00

CaixasEconômicas 6523 49,�9 32,00

AdministraçãoPúblicaFederalDireta 75�� 25,23 27,46

AdministraçãoPúblicaEstadualAutárquica 75�� 26,�2 40,02

Cooperativadebeneficiamento,industrializadoecomercialização 79�2 47,72 �4,40

Cooperativadecompraevenda 79�4 50,03 29,58

Estabelecimentosparticularesdeensino2ograu 802� 45,00 22,50

Outrosestabelecimentosparticularesdeensinosuperior 8030 2�,88 23,42

Atividadedeatendimentohospitalar 85�� 30,63 20,63

Hospitaisecasasdesaúde 85�� 22,49 23,90

Atividadesdeatendimentoaurgênciaseemergências 85�2 30,63 20,63

Atividadesdeatençãoambulatorial(clínicamédica,clínicaodontológica,serviçosdevacinaçãoeimunizaçãohumanae

outrasatividadesdeatençãoambulatorial)85�3 30,63 20,63

Serviçosveterinários 8520 30,63 20,63

Outrasassociações(outrasatividadesassociativasnãoespecificadas)

9�99 3�,48 23,78

DanceteriaseBoates 9239 52,00 �7,00

Associaçõesesportivaserecreativas 926� 60,75 �9,6�

Saunas(atividadesdemanutençãodofísicocorporal) 9304 42,00 30,00

Page 48: Celesc - Manual Consumo Inteligente

Casonão exista a atividadena tabela acima, ounão seja possível determinar a atividade similar,deveráserconsideradooFatordeCargaedeDemandatípicosemrelaçãoàclassedoconsumidor,conformetabelasabaixo:

Consumidores Ligados em Alta Tensão

Classe de Consumidor FD Típico FC TípicoCondomínioResidencial 3�,00 34,00Industrial 50,00 3�,00Comércio,ServiçoseOutrasAtividades 38,00 33,00Rural 33,00 36,00PoderPúblico 26,00 34,00ServiçoPúblico 63,00 54,00

Consumidores Ligados em Baixa Tensão

Classe de Consumidor FD Típico FC TípicoCondomínioResidencial 3�,00 34,00Comércio,ServiçoseOutrasAtividades 42,00 30,00Industrial 32,00 23,00Rural 28,00 2�,00PoderPúblico 5�,00 39,00

Page 49: Celesc - Manual Consumo Inteligente

D I R E T O R P R E S I D E N T E

Eduardo Pinho Moreira

D I R E T O R C O M E R C I A L

Carlos Alberto Martins

D I R E T O R T É C N I C O

Eduardo Carvalho Sitonio

C H E F E D O D E P A R T A M E N T O D E E N G E N H A R I A C O M E R C I A L

Luiz Antonio Garbelotto

C H E F E D A D I V I S Ã O D E U T I L I z A ç Ã O D E E N E R G I A

Danilo Renato Philippi Zacchi

C H E F E D O D E P A R T A M E N T O D E E N G E N H A R I A E

P L A N E J A M E N T O D O S I S T E M A E L É T R I C O

Paulo Nazareno Alves

E Q U I P E T É C N I C A

Elaboração/Revisão TécnicaDanilo Renato Philippi Zacchi

Fabiano Moreira de Matos Jandira Jeane Gadotti

Marco Aurélio GianesiniPaulo Nazareno Alves

R E V I S Ã O O R T O G R Á F I C A

Cristiano dos Passos

A P O I O

Assessoria de Comunicação Social

Parceria

Page 50: Celesc - Manual Consumo Inteligente

SANTA CATARINAGoverno do Es tado