16
Alexandre Augusto Andersom John Cementação e NITRETAÇÃO

Cementação e Nitretação

  • Upload
    leandro

  • View
    72

  • Download
    10

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cementação e Nitretação

Citation preview

Cementao e NITRETAO

AlexandreAugustoAndersomJohn Cementao e NITRETAO O processo de endurecimento superficial de cementao o mais utilizado atualmente, e tem permanecido praticamente inalterado ao longo do tempo. Este processo geralmente utilizado na produo de pistas e roletes de rolamento, engrenagens, buchas e juntas homo cinticas. O mtodo consiste essencialmente no aquecimento da pea envolta em um meio rico em carbono, fazendo com que o carbono difunda para o interior aumentando o teor de carbono da camada superficial. CEMENTAO

Como o processo envolve a difuso do carbono, necessrio que se d o tempo necessrio para que isto ocorra. Tempos crescentes propiciam maiores espessuras das camadas cementadas. Alguns fatores exercem influncia tanto na espessura da camada cementada como na profundidade do endurecimento.

A velocidade de difuso do carbono no ao est estreitamente ligada temperatura. Quanto maior a temperatura menor o tempo que a pea ter que permanecer no forno. Estes dados referem-se ao ao no estado austentico, e somente neste estado teremos solubilidade do carbono suficiente para chegar aos percentuais utilizados na camada superficial de peas cementadas. O limite inferior de temperatura para o processo est condicionado austenitizao do ao e o limite superior est condicionado ao crescimento do gro. Como quanto maior o tamanho de gro menor a tenacidade do material, este efeito se torna indesejado. Para peas menos solicitadas de menor responsabilidades podemos utilizar temperaturas mais altas, mas, para peas mais solicitadas devemos utilizar temperaturas mais baixas, a menos que se faa um tratamento trmico posterior para corrigir o problema. A TEMPERA A difuso do carbono tambm influenciada pelo tempo em que a pea fica na temperatura de tratamento. A profundidade atingida no processo proporcional raiz quadrada do tempo. Isto quer dizer que mediada em que desejarmos profundidades maiores, maior ser o tempo de tratamento e a cada vez que dobrarmos a espessura de cementao o tempo multiplicado por 4 aproximadamente. Como podemos ver quanto maior a profundidade que se queira maior ser a consumo de energia e a ocupao do equipamento, fazendo com que este processo se torne antieconmico para camadas de profundidade muito grande. Em geral na prtica esta espessura est limitada a 2,5 mm o que j d um tempo de cementao de aproximadamente 25 h a uma temperatura de 925o C. TempoCementao em caixa: um mtodo de fcil execuo, no necessitando de equipamento sofisticado. Neste processo so utilizados como fonte de carbono materiais slidos temperatura ambiente, embora todas as reaes que ocorrem durante a cementao sejam gasosas. As peas so colocadas em uma caixa metlica e envoltas pela mistura cementante normalmente composta de uma fonte de carbono, carvo vegetal, coque ou osso e um ativador: carbonato de brio ou carbonato de sdio. O ativador contribui para aumentar a velocidade de fornecimento do CO. Essa cementao geralmente levada a uma temperatura entre 850 e 950C, com a vantagem de ter um enriquecimento superficial de carbono mais rpido e um gradiente de carbono entre a superfcie e o centro mais gradual. Processos de cementao:

A profundidade de penetrao do carbono pode atingir 2mm ou mais. O processo pode utilizar vrios tipos de fornos, no exige atmosfera protetora, diminui a tendncia ao empenamento das peas por elas estarem sustentadas na mistura carbonizante slida. Porm, no recomendvel para camadas cementadas muito finas, no permite um controle rigoroso do teor de carbono, no indicado para tmpera direta, pois a melhor tcnica consiste em tirar as caixas do forno e deix-las resfriar ao ar.

Este processo permite melhor controle do teor de carbono e da espessura da camada cementada e mais rpido. Mas as reaes so mais complexas exigindo maiores controles. um processo que se popularizou nas ultimas dcadas devido a evoluo dos fornos de tratamento e dos mtodos de anlises qumicas. So utilizados gases como fontes de carbono, que podem ser gases naturais ou gases manufaturados, tais como monxido e carbono e metano. A mistura adequada desses gases ir permitir controlar o potencial de carbono na superfcie do ao.

Cementao gasosa

Este processo rpido e limpo. Permite maiores profundidades de cementao, protege eficientemente as peas contra corroso e descarbonetao, elimina praticamente o empenamento, possibilita melhor controle do teor de carbono, possibilita a cementao localizada, visto que as peas so mergulhadas suspensas no banho de sal. Contudo, os fornos de banho de sal para cementao lquida exigem exausto, porque os cianetos a altas temperaturas podem ser venenosos; alm disso, o banho de sal deve ser protegido com uma cobertura obtida pela adio de grafita de baixo teor em slica no banho fundido.

Cementao lquida

As peas so introduzidas no forno, onde se processa o vcuo. Em seguida, a temperatura elevada entre 925 a 1040C, em que a austenita fica rapidamente saturada de carbono. Introduz-se, um fluxo controlado de hidrocarbonetos gasosos (metano, propano, ou outro gs) em quantidade que depende da carga, da rea das superfcies a serem cementadas, do teor de carbono desejado e da profundidade de cementao. O gs, ao entrar em contato com a superfcie do ao, desprende vapor de carbono, depositando uma camada muito fina de carbono na superfcie do material. Esse carbono absorvido pelo ao, at o limite de saturao. Cementao sob vcuo

O fluxo de gs interrompido, e as bombas de vcuo, que esto operando durante todo o processo, retiram o excesso de gs. Comea a segunda fase do processo, ou o chamado ciclo de difuso controlada, atingindo os desejados teores de carbono e de profundidade da camada cementada. As peas assim cementadas so menos suscetveis formao de xidos, microfissuras, descarbonetao e outros defeitos.

um processo que a exemplo da cementao tambm altera a composio da camada superficial do ao. Ao contrrio da cementao, a camada nitretada no necessita ser temperada, pois os nitretos que se formam j possuem dureza elevada. Com isso no h empenamento. Alm disso, a nitretao feita na faixa de temperatura entre 500 e 600 C, diminuindo a possibilidade de empenamentos por transformao de fase. Entre as vantagens da nitretao podemos citar as seguintes: alta dureza com alta resistncia ao desgaste; alta resistncia fadiga e baixa sensibilidade ao entalhe; melhor resistncia corroso e alta estabilidade dimensional.

NITRETAO

Em princpio qualquer ao pode ser cementado, entretanto, a composio poder fazer variar a dureza final da camada nitretada, como o caso de aos que possuem alumnio, cromo, vandio e molibdnio que apresentam uma dureza final maior. A camada nitretada tem menor espessura do que a cementada, raramente ultrapassando 0,8 mm caso contrrio os tempos seriam muito grandes o que torna o mtodo antieconmico. H dois processos de nitretao:

Neste processo utilizada amnia que injetada no forno aquecido geralmente a 510 C. Nesta temperatura a amnia se dissocia de acordo com a seguinte equao: 2NH3 2N + 3H2 Esta reao libera nitrognio atmico que difunde para o ao,os tempos de tratamento variam entre 12 e 120 horas. Um dos inconvenientes alm do tempo e em funo da sua prpria demora, o crescimento que o material sofre enquanto submetido ao tratamento. Esse fato deve ser levado em conta na usinagem que so submetidas as peas antes da nitretao. Na nitretao a gs, a espessura nitretada raramente ultrapassa a 0,8mm e a dureza superficial obtida da ordem de 1000 a 1100 vickers.

Nitretao a gs um banho semelhante ao utilizado na cementao lquida. Neste banho teremos, cianeto de sdio ou potssio, carbonato de sdio ou potssio e cloreto de potssio ou de sdio. Este banho contm entre 30 e 40% de cianeto. Normalmente a temperatura utilizada situa-se entre 550 e 570 C. Nesta temperatura no ocorre a reao de cementao e, portanto teremos apenas a adio de nitrognio ao ao. Os tempos so curtos, entre uma e 4 horas. As camadas so geralmente menos espessas que na nitretao a gs. As propriedades obtidas so semelhantes s obtidas na nitretao a gs. Neste conseguem-se melhores propriedades de fadiga. Finalmente enquanto na nitretao a gs os aos devem possuir certos elementos de liga (em particular alumnio e cromo), qualquer tipo de ao, simplesmente ao carbono ou ligado, podem ser nitretados em banho de sal. Nitretao lquida: