Cenário difícil para o PMDB executar seu plano num pós impeachment - Jornal do Commercio.pdf

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    Cenário difícil para o PMDBexecutar seu plano num pósimpeachment de DilmaAnalistas políticos apontam dificuldades no Congresso e nas ruas,por causa da situação dos partidos e das propostas liberais

    Publicado em 03/04/2016, às 08h47

     

    Cientista político Pedro Fassoni, da PUC-SP, considera um desafio unidade nospartidos de direitaDivulgação

    Do JC Online

    A coalizão de partidos parece ser a única alternativa para MichelTemer tentar implantar seu programa de governo, na hipótese deimpeachment da presidente Dilma Rousseff, embora a bancadado PMDB seja a maior da Câmara dos Deputados (68). Ovice-presidente vem conversando com o PSDB e outros grupos,havendo inclusive especulações sobre a escolha de futurosassessores. Mas o que parece fácil pode mudar diante daresistência de sindicatos, de um PT como oposição e dos

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     assessores. Mas o que parece fácil pode mudar diante daresistência de sindicatos, de um PT como oposição e dosmovimentos sociais, em razão de medidas liberais, impopulares,avaliam analistas.

    “Após formalizar a coalizão de partidos, ele terá que acenar parao setor produtivo”, diz o cientista político Adriano Oliveira, da

    Universidade Federal de Pernambuco, descrevendo a via a serpercorrida na construção da Ponte Para o Futuro. Ele acreditaserem inadiáveis a reforma da Previdência e a aprovação de novoimposto (CPMF), aliás o que estava na agenda de Dilma e nãoconseguiu avançar no Congresso quando o vice funcionou comointerlocutor dela. O professor de Ciência Política Michel Zaidan,também da UFPE, considera que o projeto de Temer está à direitado PSDB: “O PMDB já foi partido de centro-esquerda, tornou-sede centro-direita, está numa perspectiva ultraliberal, de reduçãode direitos trabalhistas, que não condiz com sua história. É umrecurso para impressionar os aliados na luta contra Dilma, já que

    Temer será privilegiado com o afastamento dela”. Para Zaidan, asmedidas vão gerar manifestação nas ruas. “Essa agenda foiderrotada com o PSDB e está voltando na crise de gestão doatual governo”, lembra.

    O cientista político Pedro Gustavo Fassoni, da PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo e autor do livro CapitalismoDependente e Relações de Poder no Brasil: 1889-1930, diz que serádesafio a unidade de grupos da direita. Para Fassoni, o únicodenominador comum entre eles é ser contra Dilma: “A oposição

    conservadora construiu unidade até o momento por meio danegação ao governo, mas não existe algo propositivo. O PSDBestá rachado: haveria briga entre tucanos de alta plumagem. E oPMDB, que sempre esteve dividido, continuará mais ainda.Lideranças como o senador Roberto Requião e o líder da bancadana Câmara, Leonardo Picciani, manifestaram-se contra adestituição da presidente Dilma”.

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