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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Faculdade de Tecnologia de São Sebastião Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial CLAUSIUS PESTANA ELCIA MARIA PESTANA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA FORTALECER UMA MARCA São Sebastião 2016

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · ramo de confecção de moda praia e como objetivo específicos estudos das metodologias de marketing , definição do posicionamento

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia de São Sebastião

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

CLAUSIUS PESTANA

ELCIA MARIA PESTANA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA FORTALECER UMA

MARCA

São Sebastião

2016

CLAUSIUS PESTANA

ELCIA MARIA PESTANA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA FORTALECER UMA

MARCA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

de São Sebastião, como exigência

parcial para obtenção do título de

Tecnólogo em Gestão Empresarial.

Orientador: Prof. Especialista Orlando

José de Souza Celestino

São Sebastião

2016

CLAUSIUS PESTANA

ELCIA MARIA PESTANA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA FORTALECER UMA

MARCA

Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de

Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a

conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial.

São Sebastião, 5 de julho de 2016

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

Prof. ORLANDO JOSÉ DE SOUZA CELESTINO

_________________________________________________________

Prof. JOSÉ RENATO MARCONDES DE SOUZA

_________________________________________________________

Prof. ADRIANO SCALA PANDOLFI

MÉDIA FINAL: ___________________

Dedico este trabalho ao sonho de me ver formada, pois pude vislumbrar um novo

caminho a trilhar, pois poder transmitir ao próximo uma centelha de saber é iluminar

totalmente nossos corações. (Elcia Maria Pestana) ...

Dedico este trabalho a todos os bons profissionais, com quem tive o prazer de

trabalhar e estudar, àqueles que muito me ensinaram e demonstraram como é

dinâmica e apaixonante a administração empresarial. (Clausius Pestana)

AGRADECIMENTOS

Agradeço muito a todos os Professores desta conceituada Faculdade, pela

paciência, respeito e dedicação que recebi durante todo o curso. Meu pensamento

inicial era de que pela idade, seria observada como estar passando o tempo e

ocupando a vaga de alunos mais jovens no curso. Mas a minha surpresa foi enorme

quando da aceitação e carinho recebido de todos, fator decisivo para a conclusão do

curso. Quero também agradecer a todos os colegas que passaram ao meu lado,

com o mesmo objetivo de caminharmos com empenho na busca do certificado de

conclusão. Elcia Maria Pestana

Agradeço ao meu querido pai Armênio Carlos Pestana (in memoriam) e minha

querida tia Mercedes Pestana (in memoriam) que já partiram a muito tempo, mas até

hoje sinto vivas as suas presenças, pessoas que me ensinaram muito, sobre coisas

como, respeito ao próximo, à coisa pública, integridade e honestidade.

Não posso deixar de agradecer à minha querida mãe Maria Evelina Pereira

Faria, que sempre apoiou e acreditou nos meus passos e caminhos, respeitando às

minhas decisões e escolhas.

Para finalizar, não posso deixar de agradecer muito a todos os meus professores

da Fatec São Sebastião, pessoas que demostraram muito mais que o simples

compromisso profissional de ensinar, mostraram a sua integridade de caráter,

mostraram a sua espontânea e verdadeira vontade de transmitir tudo o que sabem e

aprenderam na sua trajetória de vida docente e profissional, oferecendo a todos os

alunos sempre muito mais do que está vinculado ao seu programa de ensino. Nada

mais, somente um ... muito, muito obrigado Professores! Clausius Pestana

“Se a escada não estiver apoiada na parede correta,

cada degrau que subimos é um passo a mais para um

lugar equivocado. ”

Stephen Covey

RESUMO

Este estudo trata da importância do fortalecimento da marca, destacando os

conceitos abordados de marketing, planejamento estratégico de marketing, marca e

as vantagens oferecidas pelo seu fortalecimento, uma vez que a marca reflete a

imagem da empresa. O estudo teve como objetivo elaborar o planejamento

estratégico de marketing para o fortalecimento da marca em uma microempresa do

ramo de confecção de moda praia e como objetivo específicos estudos das

metodologias de marketing, definição do posicionamento da empresa e a proposta

de um plano estratégico e tático para se ter uma marca forte. O estudo realizado

através de pesquisa, de caráter descritivo e bibliográfico, realizada através de

observação direta na empresa. Os resultados apontam que a empresa, objeto deste

estudo, não apresenta ainda uma gestão sistemática e contínua direcionada para

fortalecimento da marca, mas identificam a sua importância. O bom conceito dos

produtos e seu posicionamento junto aos clientes indicam fatores importantes para o

fortalecimento da marca.

PALAVRAS-CHAVE: Marketing. Marca. Planejamento estratégico de marketing. 

ABSTRACT

This study addresses the importance of strengthening the brand, highlighting the

concepts discussed marketing, strategic marketing planning, brand and the

advantages offered by its strengthening, since the brand reflects the company's

image. The study aimed to the strategic marketing planning to strengthen the brand

in a microenterprise beach fashion clothing industry and as individual study goals of

marketing methodologies, company positioning definition and the proposal of a

strategic plan and tactical to have a strong brand. The study carried out through

research, descriptive and bibliographic held through direct observation in the

company. The results show that the company, object of this study, does not yet have

a systematic and ongoing management directed to strengthening the brand, but

identify its importance. Good concept of the product and its positioning with

customers indicate important factors to strengthen the brand.

Keywords: Marketing. Brand. Strategic marketing planning.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIT Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecção

AGV Associação Gaúcha para o desenvolvimento do varejo

BSC Balance Scorecard

IEMI Inteligência de Mercado

SWOT Strengths, weaknesses, opportunities, threats

USAID United States Agency International Development

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Dados do setor ....................................................................................... 10

Figura 2 - Componentes dos 4P’s de marketing .................................................. 16

Figura 3 - Economia de esforço proporcionada por um intermediário .............. 21

Figura 4 - Características das melhores marcas ............................................ ......27

Figura 5- Medidas convencionais avaliação desempenho melhores marcas...28

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Benefícios dos produtos .............................................................. 18

Quadro 2 – Tipo de consumidores ................................................................. 18

Quadro 3 – Elementos de identificação ......................................................... 19

Quadro 4 – Atividades táticas de marketing ...................................................... 30

Quadro 5 – Análise da concorrência .......................................................... ... 35

Quadro 6 – Análiese macro ambiental........................................................... 36

Quadro 7 – Fatores que influenciam a compra ............................................ 36

Quadro 8 – Valor do investimento para compra do biquini......................... 37

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 09

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ................................................................................. 11

1.2 PROBLEMA ....................................................................................................... 12

1.2 .1 Hipótese ........................................................................................................ 12

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12

1.3.2 Objetivo específico......................................................................................... 13

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ...................................................................... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 14

2.1 DEFINIÇÃO DE MARKETING .................................................................................. 14

2.2 COMPOSTO DE MARKETING ................................................................................. 15

2.3 MARCA ......................................................................................................................... 21

2.4 CONCEITO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING ............. 23

2.5 ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING .................. 24

2.6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA A MARCA .......... 25

2.7 INDICADORES: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA MARCA ........................ 27

2.8 PLANEJAMENTO TÁTICO PARA FORTALECIMENTO DA MARCA ............... 28

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................................................... 31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 33

4.1 RESUMO EXECUTIVO ................................................................................................ 33

4.2 ANÁLISE SWOT .......................................................................................................... 34

4.3 OBJETIVOS .................................................................................................................. 37

4.4 ESTRATÉGIA DE MARKETING PARA FORTALECIMENTO DA MARCA ....... 38

4.5 PROGRAMA DE AÇÕES ........................................................................................... 39

4.6 CONTROLES ............................................................................................................... 41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 43

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 44

9

1 INTRODUÇÃO

Estudos realizados no setor do vestuário nacional apontam que a moda praia

brasileira é responsável por um faturamento superior a US$ 1,2 bilhão por ano, com

mais de 250 milhões de peças fabricadas por 700 empresas formais, segundo dados

da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (2015).

O Brasil ocupa uma posição de destaque no mercado mundial de moda praia.

O clima tropical do país, a grande extensão do seu litoral e a cultura de praia,

favorecem para que o mercado brasileiro de biquínis, seja um dos maiores do

mundo, motivo pelo qual o país é líder mundial de tendências desse segmento.

Sobreviver dentro deste universo com tantos competidores, exige das

empresas diversas habilidades e competências, solicitando dos empreendedores

muita pesquisa, versatilidade, criatividade e inovações contínuas e uma busca

enfática pela satisfação das necessidades e desejos de seu público alvo.

As pesquisas demonstram que as empresas deste segmento que não

possuem uma marca consolidada no mercado interno ou externo acabam

competindo somente no critério preço. A alternativa principal é fortalecer a marca e

assim melhorar o posicionamento do produto.

Segundo dados do IEMI – inteligência de mercado, citados na Figura 1,

publicados em artigo no site Moda Rio, do Sindicato da Indústria do vestuário do Rio

de Janeiro e Grande Rio.

De acordo com o gráfico verifica-se que a produção nacional do setor do

vestuário estará próxima a 116 bilhões de reais, mas com uma projeção de

crescimento de 5,5% em relação a 2015. Isso indica uma quantidade de 6,1 bilhões

de peças de roupas.

Na ponta do varejo as vendas estarão próximas a 199,3 bilhões de reais

significando um crescimento em relação a 2015 de 8,3%. Nos negócios

internacionais as importações do setor têxtil apresentarão uma queda aproximada

de 29,3%.

10

Figura 1 – Dados do setor

Fonte: IEMI, 2016

A empresa escolhida para este estudo é uma microempresa situada em

Ilhabela – SP, que produz moda praia e vende seus produtos a lojistas.

Por possuir um bom conceito de seus produtos junto a seus clientes, a

empresa motivou-se em buscar ampliar o reconhecimento de sua marca própria e

desta forma aumentar seu volume de negócios.

11

Seus produtos são fabricados dentro de rigorosos padrões de qualidade, com

matérias primas provenientes de empresas líderes que respeitam o meio-ambiente e

também são customizados com insumos naturais. Este é um fator estimulador de

boa aceitação neste concorrido mercado.

O artesanato tem em seus atributos, a capacidade de despertar o apelo

sentimental, os valores simbólicos e uma forte identidade cultural. Já faz algum

tempo que a empresa vem resgatando este tipo de trabalho, inserindo-o em seus

produtos como elementos de diferenciação, objetivando um crescente aumento nas

vendas.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

O mercado de moda praia é um setor em crescimento com produtos cada vez

mais bem elaborados, muitos concorrentes e consumidores conscientes do que

querem. Se destacar neste universo requer diversas habilidades e recursos, mas

isto não é suficiente, a empresa precisa conseguir fortalecer o seu maior valor, que é

sua própria identidade, sua própria marca e ser reconhecida como uma empresa

diferenciada.

Kotler e Keller (2005) definem que a marca apesar de ser abstrata e

intangível, traz credibilidade a uma empresa, pois acrescenta valor ao produto.

Reforçam ainda que ela destaca as qualidades da empresa e de seus produtos,

levando esta mensagem aos consumidores, que através do cumprimento destas

promessas de valores, tornam-se fiéis a marca.

A marca é um forte fator de decisão na hora de uma compra, e fornecem

segurança no consumo. A ausência de uma marca de expressão gera dúvidas e

incertezas para os consumidores. No atual mercado a ausência de uma marca

transmite insegurança quanto a qualidade e verdadeiras características técnicas dos

produtos.

Quando a empresa tem convicção que seus produtos são especiais, o

fortalecimento de uma marca interfere positivamente nos sentidos e interpretações

dos consumidores.

Esta pesquisa busca esclarecer a necessidade de fortalecer uma marca

própria, mesmo para uma microempresa, pois cada vez mais, os clientes buscam

12

produtos diferenciados, com valores agregados que justifiquem o seu preço. Estes

valores são garantidos e ampliados através da marca, de sua habilidade em ganhar

um significado único, diferenciado e positivo junto aos potenciais consumidores.

1.2 PROBLEMA

Baseando-se que a marca é o ativo principal que pode destacar uma empresa

e trazer um diferencial intangível e pessoal aos produtos, como criar um

planejamento estratégico de marketing para fortalecer uma marca de moda praia no

Litoral Norte?

1.2.1 Hipótese

Segundo Dengen (2009), deve-se enfatizar a busca pela satisfação das

necessidades do consumidor, procurando suprir seus desejos em sintonia com as

tendências da moda.

Para se firmar no mercado de moda praia é necessário um trabalho forte na

criação da marca. Sua construção e como deve ser reconhecida e lembrada,

dependem das mensagens certas enviadas ao seu público alvo.

Diante desse contexto, tem-se como hipótese dessa pesquisa a necessidade

de se fortalecer uma marca e sua integridade com o produto, sendo o foco o que ela

comunica e o conceito que passa, isso funcionará como uma força de vendas,

assegurando seu posicionamento e por fim garantindo sua lucratividade.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Demonstrar como pode ser criado um planejamento estratégico de marketing

para o fortalecimento da marca que inclua as atividades, recursos e indicadores.

13

1.3.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos que permitirão o cumprimento do objetivo geral são:

- Estudar e relacionar metodologias de marketing para desenvolver

estratégias que atendam às necessidades da empresa;

- Definir o posicionamento da empresa em relação ao público alvo, bem como

seus atributos qualificadores, como ética, confiabilidade e originalidade.

- Propor um plano estratégico de marketing da marca e de sua identidade

visando fortalecer e disseminar a marca.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Esta pesquisa está organizada em 5 capítulos nesta ordem: introdução, onde

consta o tema, justificativa do tema, problema, hipótese e os objetivos do trabalho;

referencial teórico iniciado com uma breve explanação sobre o que é marketing,

composto de marketing, planejamento estratégico e tático de marketing com um

aprofundamento maior sobre marca, para atender a aspiração de uma

microempresa de fortalecer sua marca e ampliar seus negócios; procedimentos

metodológicos para o desenvolvimento da pesquisa; resultados e discussão

utilizando-se da teoria mencionada no referencial teórico e adequando-a com a

realidade da empresa e por fim, as considerações finais desta pesquisa.

14

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DEFINIÇÃO DE MARKETING

De acordo com Kotler e Keller (2005), marketing é a arte de conquistar,

manter e desenvolver relacionamentos lucrativos com clientes, utilizando para isto

um conjunto de atividades e recursos da organização, no sentido de satisfazer os

desejos e necessidades de seus clientes e atender aos próprios interesses da

instituição.

Richers (2001) descreve de forma mais completa que o marketing, apesar de

estar relativamente a bem pouco tempo na atividade empresarial, já passou por

diversas transformações no seu foco de ação: no início era somente o aspecto legal

da transferência da posse quando da compra e venda, no momento seguinte, sua

ação já tinha também ênfase nos aspectos relacionados à distribuição, na terceira

fase prevalecia uma abrangência maior, incluindo o fluxo de bens e serviços entre

produtores e consumidores.

Com o envolvimento acadêmico e dos homens de marketing, Richers (2001)

registra que uma nova interpretação mais ampla foi se sedimentando e envolvendo a

questão das funções administrativas dentro do processo de marketing na empresa,

surgia o chamado Managerial Marketing (marketing gerencial) e trazia consigo a

abordagem sistêmica que procura fazer a integração ordenada entre diversos

instrumentos que participam de um processo mercadológico qualquer.

Hoje, complementa Richers (2001), o conceito de marketing abrange áreas

que estão dentro das funções de um Estado moderno, de uma comunidade social,

organizações que não visam lucros, tais como igrejas, hospitais ou partidos políticos.

Completando esclarece que o marketing ampliou tanto os seus horizontes que

contemporaneamente é uma atividade-irmã de funções sociais, como a prática e o

planejamento urbano. Dentro deste quadro de processo evolutivo e permeabilidade

social, o autor define marketing como um conjunto de atividades sistemáticas de

uma organização que busca realizar trocas, seja de objetos tangíveis ou intangíveis

de quaisquer tipos e valores no seu meio ambiente, visando benefícios específicos e

mútuos. Para que este conjunto de atividades seja justificado ele deve estar

ancorado na busca de resultados previsíveis, sejam quantificáveis ou não.

15

Richers (2001) explora o tema, colocando dentro do mesmo nível de função

mercadológica uma empresa que vende produtos e uma instituição beneficente que

tem seu esforço de marketing na busca ordenada de doações que ela encaminha a

públicos-alvo pré-definidos.

2.2 COMPOSTO DE MARKETING

Campomar e Ikeda (2006) narram que o conceito para composto de

marketing foi explicado por Neil Borden em 1953, baseado em trabalho de James

Culliton, que se referia as condições variáveis que as organizações utilizavam, o

qual demonstrava o executivo de negócios como um profissional que combinava

diferentes aspectos para alcançar os objetivos organizacionais.

Foi então que a expressão composto de marketing surgiu e deste conceito

novos autores começaram a explicar esta definição com uma lista variável de

atividades e ferramentas, que por um determinado tempo, convencionou-se como

variáveis controláveis de marketing, até chegar 1960, quando McCarthy sintetizou

estas variáveis em quatro dimensões, denominado como os “quatro Pês” do

marketing: Produto, Preço, Promoção e Praça. (CAMPOMAR; IKEDA, 2006)

Kotler e Keller (2005) definem o composto de marketing como o conjunto de

ferramentas que as organizações devem utilizar para alcançar seus objetivos de

marketing no mercado-alvo. Os autores completam que o composto é fundamental

na elaboração das estratégias de marketing para fortalecer uma marca.

Campomar e Ikeda (2006), sobre o composto de marketing, ou 4P’s de

marketing, ou marketing mix afirmam que se trata das 4 variáveis controladas de

marketing a saber produto, preço, praça e promoção. Originalmente definidas por

Borden como 12 variáveis e posteriormente reduzidas por McCarthy.

Campomar e Ikeda (2006) enfatizam a importância do gerenciamento destas

variáveis de forma harmônica e equilibrada para o alcance dos objetivos definidos na

estratégia de marketing.

Para se entender a combinação destes componentes, ilustrados na Figura 2,

faz-se necessário analisar cada um separadamente.

16

Figura 2 – Componentes dos quatro P’s de marketing

Fonte: Kotler e Keller, 2005, p. 17

O produto é definido por Kotler e Keller (2005) como tudo o que pode ser

oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo, ou seja,

bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades,

organizações, informações e ideias.

Para Kotler e Keller (2005), a estratégia de produtos é um desafio para as

empresas e isto requer sua plena sintonia com à precificação, distribuição e

promoção, pois esses componentes agregam valor ao produto. O valor real de um

produto vem de sua capacidade de oferecer benefícios que atendam às

necessidades dos consumidores.

Kotler e Keller (2005) julgam necessário, que a empresa gerencie

cuidadosamente sua linha de produtos, sua amplitude e profundidade, pois esses

produtos devem resultar em uma mudança de comportamento por parte do

consumidor

Em consonância com estes dados, Churchill e Peter (2005) enfatizam que a

identificação da categoria para o produto que se deseja comercializar é de grande

importância para a elaboração do composto de marketing, ou seja, produtos

industriais que são os fornecidos aos compradores organizacionais e vão desde

17

matérias primas, peças, máquinas e equipamentos para fabricação até instalações e

serviços empresariais e produtos de consumo adquiridos pelos usuários finais.

Ainda na concepção de Churchill e Peter (2005), os produtos são

classificados de diversas maneiras: de consumo (conveniências ou de compra

frequentes, normalmente baratos e com o mínimo de esforço para compra); de

compra comparada (por ter um custo mais elevado estes produtos necessitam de

maior atenção na sua escolha, exigindo algum esforço e análise de diferentes

alternativas); de especialidades (únicos e com pouca frequência de compra, exigindo

esforço especial, onde o produto específico e a marca exata têm grande

importância) e produto não procurado (escolhidos após a atenção do consumidor ser

atraída pelos profissionais de marketing).

De acordo com a USAID (United States Agency International

Development) em seu estudo sobre as confecções de moda praia do Brasil, em

relação ao produto, destaca a importância da pequena empresa de confecção voltar

seus olhos para a cadeia de valor no produto pois, este é sua principal ferramenta

para enfrentar um mercado concorrido onde tem pouco poder de barganha e sofre

pressão de todos os lados, de fornecedores, compradores e concorrentes.

A AGV Associação Gaúcha para o desenvolvimento do varejo em artigo de

seu site, evidencia a importância que deve ser dada a dimensão do produto, pois na

pesquisa efetuada pela INVISTA, detentora da marca Lycra, confirmou-se que as

mulheres brasileiras são as mais exigentes do mundo em relação aos produtos de

moda praia. Isto reforça a atenção que deve ser dada em todo processo de criação e

produção.

A estratégia de produtos é um desafio para as empresas por esta razão,

Kotler e Keller (2005) destacam que ela seja integrada à precificação, distribuição e

promoção, pois esses componentes juntos agregam maior valor ao produto. O valor

real de um produto vem de sua capacidade de oferecer benefícios que atendam às

necessidades dos consumidores.

É necessário ainda, segundo Kotler e Keller (2005), que a empresa gerencie

cuidadosamente seu mix de produtos, sua abrangência, extensão, consistência e

profundidade, pois são ferramentas utilizadas no desenvolvimento da estratégia de

produtos.

Conforme Ferrell e Hartline (2009), o desenvolvimento e comercialização de

um produto são decisões importantes e necessitam de estudos detalhados e

18

adequados, para beneficiar-se das vantagens competitivas, estratégias e forças da

empresa. O esforço deve ser nas estratégias da empresa, de forma constante e

sempre direcionado para desenvolver e manter estas vantagens competitivas.

Kotler e Keller (2005) destacam a importância em analisar os seguintes

aspectos: qualidade, características, estilo e design, embalagem, serviço e garantia.

Os produtos se tornam vendáveis quando possuem benefícios suficientes

para motivarem os consumidores à compra. Las Casas (2009), completa que de

acordo com a quantidade de benefícios os produtos são definidos como: básico,

ampliado, esperado e diferenciado, conforme Quadro 1.

Quadro 1 – Benefícios dos produtos Produto Benefício Básico Proporcionada pela versão básica do produto

Ampliado Contendo benefícios extras adicionados ao produto e fazem parte da compra

Esperado São benefícios que os consumidores esperam ou que estão acostumados a

receber através de outras ofertas no mercado

Diferenciado Ocorre esforço para tornar algum produto em único, surpreendendo o consumidor. Fonte: Adaptado a partir de Kotler e Keller, 2005

Churchill e Peter (2005), explicam que os consumidores são de diversos tipos

e potenciais, e pelo modelo de adoção de produto podem ser agrupados como no

Quadro 2:

Quadro 2 – Tipo de Consumidores

Tipos de consumidores Definição

Inovadores Primeiros a comprar, aventureiros e gostam de correr riscos Adotantes iniciais São respeitados e influenciam o grupo seguinte

Maioria inicial Tendem a evitar riscos compram com cautela Maioria tardia Além de evitar risco, compram com cautela e são céticos a novas ideias Retardatários Resistentes a mudança e confortáveis com os produtos tradicionais

Fonte: Adaptado a partir de Churchill e Peter, 2005

Além dos aspectos básicos do produto Las Casas (2009) distingue outros

elementos que são importantes e decisórios, que quanto mais elaborados, maior a

chance de colocação do produto no mercado, relacionados no Quadro 3:

19

Quadro 3 – Elementos de Identificação Elementos de

diferenciação Definição

Embalagem Vendedora silenciosa. Representa a qualidade e sofisticação do produto.

Serviços e garantia Garantias e serviços maiores e melhores, mais facilidade de venda e lucro.

Qualidade Aspecto de grande importância para a venda de produtos e serviços.

Marca Forte fator de diferenciação, a qual se tornando conhecida e associada a

bons produtos constitui-se em grande patrimônio para a empresa.

Fonte: Adaptado a partir de Las Casas, 2009

Com referência ao preço, Kotler e Keller (2005) relacionam várias estratégias

para a sua definição, dependendo: do mercado-alvo que se pretende atingir, perfil

dos consumidores, ambiente de negócios, aspectos culturais, competição, e outros

fatores que podem comprometer o preço do produto.

Entre as várias possibilidades de análise, Kotler e Keller (2005) propõem, que

se responda algumas questões sobre o preço: se é analisado comparando-se valor

com utilização; se somente em valor; se nos concorrentes, consumidores e custos;

se é exequível; os custos e margens serão controlados; se proporciona uma

maximização da lucratividade e por quanto tempo pode ser mantido.

Nas decisões de preços, que são as mais complexas, onde o custo e a

demanda, somente não importam, CzinKota (2001) inclui também a entrada de

novos concorrentes, a pressão dos consumidores, cada vez mais exigentes, relação

de rivalidades na indústria e a pressão adicional do ambiente político.

Las Casas (2009) enfatiza que o preço representa o valor do produto como

uma troca pelos esforços da empresa que o vende, o retorno dos investimentos

realizados na empresa e uma ferramenta mercadológica indispensável. Recorda que

os preços sofrem influências da concorrência, de fatores culturais, sociais, políticos,

legais e econômicos.

A promoção, Kotler e Keller (2005) esclarecem estar relacionada com o

processo de comunicação e venda, através de vários instrumentos (propaganda e

publicidade, relações públicas, diferentes tipos de mídias, feiras e eventos,

patrocínios, entre outros pontos), endereçados aos potenciais clientes. Mas como

campanhas ou processos de promoção estão relacionados com custos elevados, há

necessidade de uma análise do ponto de equilíbrio, para verificar se a estratégia tem

um custo que seja compatível com os consumidores adicionais que pode conseguir.

20

Czinkota (2001) define a promoção como prática onipresente e eficaz,

principalmente no início da vida de um produto, para se encorajar a experiência do

mesmo pelos consumidores.

Para Las Casas (2009), a promoção deve ser constantemente estimulada e

avaliada, desde a divulgação aos consumidores sobre os produtos até como vai ser

formada a própria imagem da empresa. Relata ainda que as possibilidades deste

componente são várias e, que para o desenvolvimento de uma estratégia

promocional, os objetivos de marketing devem ser considerados e o composto

promocional elaborado.

A promoção está sofrendo mudanças com a globalização, como

consequência Las Casas (2009), destaca que os anúncios com custos menores e

com tecnologias mais modernas, tendem a ser interativos e realizados com maior

rapidez.

Na distribuição o objetivo é ponderar como o produto está sendo vendido e

chegando ao consumidor, explicam Kotler e Keller (2005) e que a análise da

distribuição envolve estudos das áreas de atuação e abrangência, seleção dos tipos

e características dos canais, a logística, elementos de motivação para os canais e os

níveis de serviço que cada elemento da cadeia deve oferecer para a venda direta,

indireta, atacado, varejo e parcerias com o comércio, distribuidores e revendedores.

Las Casas (2009) explica que a colocação de produtos, muitas vezes, exige

reformulação até na estratégia de marketing, principalmente se o produto for dirigido

à um mercado sofisticado, onde o sucesso da estratégia de distribuição depende da

qualidade e sofisticação dos intermediários, a Figura 3 ilustra os tipos de

distribuição.

Churchill e Peter (2005) sublinham que a distribuição de bens e serviços deva

ser realizada com eficiência e de forma eficaz. Os clientes devem ter a disposição os

produtos quando e onde eles quiserem comprá-los.

21

Figura 3 – Economia de esforço proporcionada por um intermediário

Fonte: Las Casas, 2009, p. 247

2.3 MARCA

Kotler e Keller (2005, p. 269) definem marca como: “nome, termo, signo ou

símbolo, ou uma combinação destes que tem a função de identificar os bens ou

serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los dos

concorrentes”.

A marca é a promessa do vendedor de entregar um conjunto específico de

características, benefícios e serviços aos seus clientes. Não pode ser tratada

apenas como um nome: precisa de destaque, ou seja, o grande desafio é

desenvolver um conjunto de significados para a marca. (KOTLER; KELLER, 2005)

Os autores explicam também que a marca ajuda na segmentação do

mercado, na construção da imagem corporativa e na oportunidade de atrair grupos

de consumidores leais e lucrativos.

Aaker (2009) acrescenta que o valor de uma marca é medido pelo conjunto

de ativos e passivos ligados a ela, que se somam ou se subtraem do valor

proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa ou para seus clientes,

isso ocorre porque os consumidores associam o símbolo a uma reputação, imagem

e conjunto de qualidades que eles valorizam, e estão dispostos a pagar mais por um

22

produto que leve esta marca. Assim, o fato de possuir uma marca com boa imagem

e reputação no mercado, faz com que a empresa tenha vantagens com relação à

concorrência. Enfatiza que a identidade da marca proporciona sentido, finalidade e

significado a essa marca.

Para Aaker (2009, p. 81) as “três perspectivas adicionais (a marca como

organização, a marca como pessoa e a marca como símbolo) podem melhorar a

compreensão e criar as bases para diferenciação da marca”.

Ferrell e Hartline (2009, p. 212) escrevem que “a marca deve reproduzir o que

o produto oferece: seus atributos, como vai resolver problemas ou satisfazer os

desejos e necessidades do cliente, refletir a personalidade e os elementos tangíveis

e intangíveis da cultura empresarial”.

O gerenciamento da marca, acrescentam Ferrell e Hartline (2009), torna o

processo de compra mais eficiente, devido à facilidade de localização do produto,

por parte do cliente. Diversos fatores estratégicos são relevantes no gerenciamento

da marca: Identificação do produto, compra comparada, eficiência da compra,

redução dos riscos, aceitação do produto, autoimagem incrementada e maior

fidelidade ao produto.

Segundo Oliveira (2009), a empresa necessita de identidade e diferenciação:

o consumidor precisa saber de sua existência, saber quem ela é e assim preferir o

seu produto. Destaca que a marca é uma ferramenta estratégica para aumentar as

vendas e os lucros, a partir do momento em que se atinge à satisfação das

necessidades tangíveis e intangíveis dos consumidores.

Ferrell e Hartline (2009) ressaltam que a fidelidade à marca é uma atitude

positiva, pois o consumidor acaba tendo por ela uma preferência consistente. Citam

ainda, que se classifique em três os graus de fidelidade à marca: reconhecimento,

preferência e insistência da marca, onde o mais elevado é a insistência na marca,

pois o consumidor não aceita substituição de produto ou serviço.

Lucio e Lobo no site da Brandme Business Coaching, ressaltam que a marca

necessita retratar, com intensidade e rigor de detalhes, uma história única, original,

inovadora e autêntica. O resultado é a identidade da marca, sua essência e sua

personalidade. Completam que o sucesso da marca depende de três elementos:

visão, paixão e disciplina; que geram a coerência e a consistência nas atividades de

marketing e vendas de forma equilibrada, garantindo a manutenção e personalidade

da marca.

23

A marca é atribuída a um produto para diferenciá-lo dos demais, reafirmam

Churchill e Peter (2005), facilitando ao consumidor a decisão de compra, o qual por

determinada marca pode gastar mais e dedicar maior tempo à procura do produto

específico, fato gerado pela lealdade à marca.

Lucio e Lobo no site da Brandme Business Coaching, avaliam que os

consumidores atuais adquiriram uma nova consciência e isto têm levado as

empresas, a agregarem mais alguns requisitos à sua marca: responsabilidade

social, apoio e ação na preservação ambiental, estimulo a pesquisas e projetos

socioculturais. Também ressaltam que a utilização e valorização de aspectos

culturais locais, agregam valor e se tornam uma forte identidade ao produto.

Cabral e Cabral no site Actio consultoria, destacam que o branding, definido

como conjunto de ações, ativas ou passivas, ligadas ao negócio, símbolo ou nome

que resulta na qualidade com que a marca atingirá o mercado. Este processo de

branding pode estar na criação e administração da marca. Os autores reforçam a

importância do branding não só para garantir espaço no mercado, mas também

manter credibilidade junto aos seus stakeholders, reforçando os vínculos,

melhorando a reputação da empresa quanto a qualidade dos produtos, garantindo

assim o crescimento e solidificação da marca.

2.4 CONCEITO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING

Kotler e Keller (2005) definem planejamento estratégico de marketing como o

processo no qual as organizações estruturam seus recursos para atingir seus

objetivos e aproveitar oportunidades: é decidir hoje o que deve ser feito no amanhã.

Os autores afirmam que planejamento é a técnica que permite uma empresa

organizar e aproveitar melhor seus recursos para alcançar seus objetivos, a

organização que não utiliza esta ferramenta no presente, não irá sobreviver no

futuro.

Carvalho em artigo no site da revista Exame destaca as afirmações de Tom

Peters em uma palestra sobre planejamento estratégico de marketing ser um

conjunto coerente de ações que utiliza, da melhor forma, os recursos empresariais,

visando ganhar vantagens competitivas sobre seus concorrentes, melhorando a sua

posição dentro do mercado e junto aos clientes.

24

No artigo a autora completa que o palestrante ressaltou a importância do

planejamento estratégico no auxílio da elaboração de meios para se alcançar metas,

objetivos e também resolução de alguns problemas da empresa, que se a empresa

não realizar um planejamento estratégico apropriado, podem ocorrer alguns

problemas: falta de posicionamento, políticas de preços inadequada, falhas de

comunicação, canais de distribuição pouco eficientes.

No artigo de Carvalho no site da revista Exame referente a palestra de Tom

Peters, ressalta a importância dada pelo autor da utilidade do planejamento

estratégico de marketing, que este permite um melhor aproveitamento de recursos,

favorece o autoconhecimento empresarial, de seu mercado, identificar novas

oportunidades, evitar ameaças e riscos, estabelece tarefas com critérios e

possibilidade de controle e mensuração

Segundo Ferrell e Hartline (2009) o objetivo do planejamento estratégico é

integrar a empresa de forma a influir nas suas tomadas de decisões, deixar claro

suas metas e facilitar a participação de todos os envolvidos e que isto contribua para

o desenvolvimento da empresa.

Las Casas (2009) define planejamento estratégico como instrumento de

adaptação da direção estratégica de uma empresa com o mercado e suas

constantes mudanças e oportunidades, considerando os recursos disponíveis e

objetivos desejados.

2.5 ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING

Kotler e Keller (2005) esclarecem que o plano eficaz de estratégia de

marketing deve obedecer às seguintes premissas: Simplicidade, Clareza,

Praticidade e Flexibilidade. Definem Simplicidade como um plano de fácil

compreensão; Clareza está relacionada em ser o plano, preciso e detalhado;

Praticidade envolve, fixar metas realistas e executáveis; por último Flexibilidade

pede adaptabilidade às mudanças do ambiente empresarial seja ele externo ou

interno.

Kotler e Keller (2005), ao abordarem as etapas para o planejamento

estratégico de marketing, incluem resumo executivo e sumário, qual a situação do

marketing atual, análise SWOT, os objetivos desejados, qual estratégia de

25

marketing, programas de ação, demonstrativos de resultados projetados e os tipos

de controles. Os autores definem análise SWOT, como uma avaliação global das

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

Ferrell e Hartline (2009) identificam que as seguintes etapas do planejamento

estratégico de marketing devem estabelecer as metas e objetivos da empresa,

identificar a sintonia dos objetivos e metas com a missão e visão, analisar o

ambiente externo avaliando oportunidades e ameaças para a empresa e seus

produtos, analisar o ambiente interno identificando forças e fraquezas para que se

possa formular a estratégia, conciliar recursos e implementar o plano estratégico de

marketing e obter feedback e mensurar resultados.

2.6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PARA A MARCA

Kotler e Kotler (2013) distinguem três conceitos diferentes de marca:

integridade, identidade e imagem.

Para Kotler e Kotler (2013), a integridade está relacionada com a promessa

de valor da empresa na conquista da confiança de seu cliente. Os autores destacam

que a identidade da marca posiciona o tipo da empresa e como ela quer ser vista

pelos seus clientes. Já sobre imagem sua definição refere-se às diferenças da

empresa perante seus concorrentes.

Martins (2005) destaca que não só as grandes estruturas empresariais

possuem reconhecimento de uma marca, isto é encontrado mesmo em pequenos

nichos de negócios. O fundamental ressalta, é se ter, mesmo para uma pequena

empresa, um produto que os consumidores sintam que valha a pena ser adquirido,

pois este produto é o responsável em agregar valor à marca. Observa que

atualmente os consumidores dão muito mais importância e valor a eficiência de seus

fornecedores e sua capacidade de reconhecer e atender suas necessidades e

desejos, fato que leva o autor a enfatizar que a marca deve ser vinculada à

identidade empresarial, e não aos proprietários. Esclarece ainda, que os

empreendedores são importantes também para a organização, mas não podem se

julgar mais importantes que as marcas que possuem.

Para Martins (2005), a identidade deve ser estabelecida em bases

profissionais e reais, quanto às características, qualidades, promessas e entrega dos

26

produtos comercializados, sempre procurando surpreender de forma positiva o

consumidor.

De acordo com Martins (2005), a comunicação de mercado ser o momento de

mostrar aos consumidores que o produto vale a pena ser adquirido. Relata ainda

que comunicar para muitas empresas, significa propagandas a custos elevados,

nem sempre com resultados compatíveis e completa “para cada caso existem meios

eficientes de comunicação” [...] “o grande desafio é o conteúdo da maioria dos

trabalhos que deixam a impressão de que todas as marcas são iguais”. (MARTINS,

2005, p. 106/107)

Como exemplo, o autor cita a Ceratti e a Arisco, como empresas que

utilizaram de publicidade intensiva por meio de agencias, quando suas marcas já

desfrutavam de ótima reputação junto aos consumidores.

Martins (2005) enfatiza que primeiramente antes de comunicar-se com seu

mercado, a empresa deve investir no desenvolvimento pleno de suas competências.

As pessoas precisam de marcas que comuniquem benefícios claros, desejados, legítimos e originais, os quais já não existam em marcas próximas. Sem esses atributos, as chances são de que a marca irá fracassar. Talvez seja difícil de ser aceito, mas é uma forma de não se esgotar em vão os recursos financeiros. (MARTINS, 2005, p. 107)

Na comunicação, Martins (2005) explica que os empresários devem ser

criativos, porque sempre há uma ferramenta adequada de comunicação que não

seja custosa, a falta de capital pode ser compensada pela disposição de fazer tudo

certo, mantendo sempre os valores de origem e nunca esquecer de focar os

benefícios dos produtos da empresa, que devem destacar seu fator de

diferenciação. Na comunicação pela Internet o autor dirige a atenção para o

conteúdo da mensagem, e afirma ser o grande desafio.

Sobre reputação, Martins (2005) lembra que este é o maior patrimônio de

uma empresa: difícil, demorado e caro de ser conquistado. Menciona que para se

alcançar o sucesso deve-se primeiramente conquistar confiança. Completa que a

reputação alavanca negócios garante a sobrevivência. Em termos empresarias estes

alguns dos fatores que destacam a reputação é qualidade, pessoal especializado,

distribuição e atendimento. Cuidar da reputação é superar as expectativas, ouvindo

e entendendo os consumidores, divulgando o que a empresa faz de melhor.

Em gerenciamento, Martins (2005) lembra que o marketing como principal

ferramenta e competência gerencial facilitam o fortalecimento da marca e

27

crescimento da empresa. O gerenciamento do conhecimento de forma simples,

eficiente e objetiva contribui para satisfação do seu núcleo de consumidores fiéis,

expansão da marca e vislumbre de um melhor futuro para a empresa.

Martins (2005) finaliza mostrando que as principais e melhores marcas do

mundo o são porque possuem as seguintes características representadas na Figura

4.

Figura 4: Características das melhores marcas

melhores marcas

atraem e retém pessoal qualificado

cataliza simpatia e confiança junto consumidores e

funcionários

dominam o conhecimento de

mecanismos de mídia

investem adequadamente em

pesquisa e desenvolvimento

globalização facilitada

administrada com eficiência

tecnologia própria

conhecimento perfeito de seu ambiente

estratégico

utilização de ativos de forma eficaz

ótima logística de produtos

eficiente estrutura de pós venda

Fonte: Adaptado a partir de Martins, 2016.

2.7 INDICADORES: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DA MARCA

Conforme Louro no site Scielo, definir claramente os objetivos e metas a

serem alcançadas é fundamental para que se possa aferir o grau em que estes

foram atingidos e estão contribuindo para o fortalecimento da marca. A valorização

da marca precisa ser acompanhada por indicadores constantes do crescimento de

vendas, adição de novos revendedores, lucratividade e pesquisa de fidelização junto

aos consumidores.

Louro no site esquematiza na Figura 5 as principais dimensões para se

avaliar as respostas dos consumidores em relação a marca. São conceitos, padrões

e esforços sistemáticos de medição do desempenho da marca, que vão orientar a

continuidade ou mudança no planejamento estratégico para que a empresa alcance

seus objetivos de curto e longo prazo em relação ao fortalecimento da marca

28

Figura 5 – Medidas convencionais de avaliação do desempenho de uma marca BASE DE MEDIÇÃO VARIÁVEIS MEDIDAS

Medidas indiretas – inputs: Relação com: gestão, comunicação do Mix de marketing perante concorrência

- Parcela despesa de comunicação da marca - Despesas de marketing (% das vendas) - Publicidade (% das despesas de marketing)

Medidas diretas: Relação com: memórias cognitivas e afetivas do consumidor

Medida de notoriedade

- Notoriedade: espontânea, assistida, total. - Respostas a publicidade: memória, gosto.

Medida de associação/

diferenciação

- Razão e intensão de compra - Fatores percebidos de preço: valor/custo - Atitudes: poder/força da marca, confiança, estima, diferenciação, empenho, vitalidade, estatuto/importância, saliência e gosto - Personalidade da marca - Relevância da marca/ajuste pessoal

Medida de lealdade

- Experiências anteriores de uso e satisfação - Lealdade expressa

Medidas indiretas – output: Baseadas no comportamento dos consumidores

- Elasticidade do preço - Preço relativo/preço premio - Lealdade comportamental

Medidas de mercado

- Vendas - % de vendas gasta com promoção - Cota de mercado absoluta e relativa - Intensidade e cobertura da distribuição - Contribuição para o lucro - Rentabilidade relativa - Lucro econômico/valor para acionistas - Preço de mercado

Fonte: Louro, 2016, p.30

Menshhein no site do Portal do marketing aponta, como complemento aos

indicadores quantitativos, que se deve identificar o fortalecimento da marca através

de pesquisas junto ao consumidor, referente sua percepção do produto, dos motivos

que o levam a adquirir aquele produto e se o mesmo atingiu as expectativas

esperadas. O autor menciona que uma das metodologias é o BSC (Balanced

Scorecard), que bem implantado traz vantagens e benefícios.

2.8 PLANEJAMENTO TÁTICO PARA FORTALECIMENTO DA MARCA

Segundo o site da empresa de consultoria RMA, a indústria de moda praia

deve estimular a experiência por meio de uma comunicação diferenciada através de

diversos veículos; redes sociais, exposições em feiras, eventos, material no ponto de

venda. Os autores orientam que o desenvolvimento das coleções deve alinhar com a

29

proposta da marca, o produto é a materialização da marca e deve estar em perfeita

sintonia com a proposta de valor.

O site da consultoria RMA enfatiza a criação e acompanhamento do

atendimento de excelência, melhorias na rede e forma de comunicação da empresa

com seus clientes, seja pela Internet, revistas e outras mídias especializadas, que

possam contribuir de forma pró ativa na exposição da marca.

Pizzetti (2014) no site fortalecendo marcas, em relação a publicidade

impressa e nas mídias digitais, lembra que destacar nas imagens aspectos sociais

(riqueza, sofisticação, alegria e bem-estar) são mais eficientes do que simples fotos

dos produtos, já que o produto em si não é o determinante para transformar a marca

em sucesso. O autor declara que “no mundo da moda, o sucesso está mais ligado à

imagem do que ao produto propriamente dito, ou seja, é mais desejo do que

necessidade, mais subjetividade do que objetividade”.

Pizzetti (2014) relaciona os seguintes recursos de apoio gráfico no site

mencionado: book, banners e displays para pontos de vendas, anúncios em revistas

especializadas, adesivos para vitrines de revendedores autorizados, totens, website.

Las Casas (2009) lembra que as empresas de pequeno porte devem focar

suas ações táticas nos produtos customizados e nichos de mercado. Destaca a

importância da pequena empresa atuar por meio de representantes com expressão

no mercado e conhecimento do nicho escolhido, pois trazem consigo a vantagem de

contribuir credibilidade à marca. O autor acrescenta que esta alternativa, ainda

permite um melhor controle de custos e despesas, porque o pagamento dos

representantes, na forma de comissão, está vinculado as vendas que ele efetua.

Roque no artigo - Aposte no marketing de baixo custo, publicado no site da

revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, relaciona algumas atividades táticas

de marketing, relacionadas no Quadro 4, que uma pequena empresa pode realizar

com baixo custo para fortalecer sua marca e melhorar seus negócios:

30

Quadro 4: Atividades táticas de marketing Atividades Táticas Ação

Evidenciar e comprovar a qualidade da matéria prima

Anexando etiquetas dos conceituados fabricantes de serve como aval de qualidade

Promover eventos de praia Patrocinando eventos esportivos Trabalhar com propaganda cooperada

Fornecendo sacolas com ambos os nomes

Realizar parcerias com hotéis, pousadas e lojistas

Oferecendo cartão de desconto

Efetuar desfiles Lançamento de coleção Criar vínculos com clientes cadastrado

Enviando as novas coleções e oferta de preços especiais

Fornecer um brinde Com a marca da empresa para ser distribuído pelo lojista ao cliente que efetuar a compra do produto

Anunciar em sites de busca Facilitando o lojista Promover um feedback dos produtos com os clientes

Ofertando um desconto na próxima compra

Aromatizar os produtos Registro de aroma na mente do consumidor Utilizar mão de obra local e materiais naturais

Divulgação nas etiquetas

Criar prêmios Para os vendedores dos lojistas que atingirem metas de vendas

Abraçar a comunidade Fortalecer e divulgar a imagem e o nome da empresa Criar concurso para os consumidores finais

Ganhadores recebem produtos

Fonte: Adaptado de Roque.

31

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a realização deste estudo, o que se demonstrou mais adequado foi a

pesquisa bibliográfica, descritiva com fonte documental e análise de caso praticado

através de uma abordagem qualitativa.

Segundo Marconi e Lakatos (2011) a pesquisa bibliográfica “abrange toda

bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações

avulsas, boletins, jornais, livros, revistas, pesquisas, teses, etc.”, que auxiliam no

entendimento do tema com outras formas de abordagem.

A pesquisa bibliográfica contribuiu para apresentar novos caminhos para esta

análise de caso da empresa. Após uma avaliação abrangente, os pontos principais

foram identificados e iniciou-se o levantamento de dados para embasar as

alternativas disponíveis e estabelecer soluções viáveis para a empresa. Muitas das

informações mercadológicas não estavam disponíveis, tais como potencial

quantitativo e qualitativo do setor na região, principalmente por ser uma região com

picos populacionais e de demanda em feriados e temporadas de férias.

Com o auxílio tecnológico, foi utilizada a pesquisa documental, que de acordo

com Severino (2013) a fonte são documentos impressos e outros tipos de

documentos, tais como filmes, gravações, jornais, fotos e documentos legais, cujos

conteúdos não tiveram tratamento analítico.

Como complemento a pesquisa bibliográfica foram utilizados documentos da

própria empresa, artigos específicos em sites de consultoria e revistas online

especializadas.

Marconi e Lakatos (2011) definem a pesquisa de campo sendo a utilizada

para se conseguir conhecimento sobre determinado fato e deve ocorrer após a

pesquisa bibliográfica.

Gil (2009) descreve que para a análise de caso dispõe-se “de um conjunto de

informações acerca de um grupo, organização, comunidade, fato ou fenômeno que

podem ser analisados com propósitos diversos”. (GIL, 2009, p.4). O autor completa

que na análise de caso, para que o pesquisador possa trata-los analiticamente, os

dados já estão disponíveis.

32

Creswell (2010, p.26), “a pesquisa qualitativa é um meio de descrever, para

que assim possa entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a

um problema social ou humano”.

Para Rampazo (2002) a pesquisa qualitativa busca uma compreensão

específica do fato estudado, onde o enfoque da atenção é único, individual, peculiar,

buscando o entendimento e não fenômenos.

Marconi e Lakatos (2011, p. 6) explicam que a abordagem descritiva “aborda

quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais,

objetivando o seu funcionamento no presente”.

Após identificar os diversos aspectos da análise de caso, avaliação do macro

e do microambiente e de posse das ferramentas teóricas definidas, iniciou-se o

planejamento estratégico de fortalecimento da marca.

33

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicia-se assim o processo de elaboração do planejamento estratégico de

marketing para a marca, de acordo com Kotler e Keller (2005).

4.1 RESUMO EXECUTIVO

A empresa em estudo situa-se em Ilhabela, onde foi fundada em 1998,

produzindo figurinos de dança. Nos últimos quatro anos iniciou a confecção de moda

praia, produzindo para terceiros. Desde 2015 a empresa se sentiu estruturada para

produzir sua própria linha de moda praia e oferecer a lojistas. Já a partir dos

primeiros contatos com os lojistas a empresa sentiu a necessidade de ter uma marca

fortalecida. Por se tratar de uma microempresa e com capital pequeno, os sócios

buscam alternativas possíveis para construir e divulgar a própria marca. Kotler e

Keller (2005) afirmam que a marca apesar de ser abstrata e intangível, traz

credibilidade a empresa e acrescenta valor aos produtos.

Para Las Casas (2009) a marca é o grande fator de diferenciação, a qual se

tornando conhecida e associada a bons produtos constitui-se em o principal

patrimônio para a empresa.

O fato dos produtos da empresa serem customizados com adereços naturais

como argolas de casca de coco, marfim vegetal, sementes e couro vegetal,

devidamente tratados e beneficiados para sua utilização na moda praia, ocorre um

acréscimo de valor aos produtos que de acordo com Martins (2005), é fundamental a

apresentação de um apelo forte e não somente design, para que os consumidores

sintam que o produto tem muito mais a oferecer.

Las Casas (2009), reforça a opinião de Martins (2005), quando também

declara que as empresas de pequeno porte, aumentam sua possibilidade de

sucesso, quando focam sua estratégia de marketing nos produtos customizados e

nichos de mercado.

A empresa realiza estudos para implantação, tratamento e beneficiamento

dessas peças pela comunidade local. Com a utilização de recursos naturais

existentes e aproveitamento de mão de obra local, se consegue uma redução nos

34

custos, agilidade nos processos de produção, além de um diferencial competitivo no

mercado.

Lucio e Lobo no site, destacam a importância do engajamento das empresas

nas questões sociais e ambientais: atuar com responsabilidade social, apoio e ação

na preservação ambiental, estimulo a pesquisas e projetos socioculturais, estas

ações trazem benefícios sociais e para a própria empresa, agregando valor aos

produtos e melhorando a imagem da marca, conforme mencionado no parágrafo

anterior.

4.2 ANÁLISE SWOT

Ferrell e Hartline (2009) lembram que a tomada de decisão em qualquer

organização, seja ela grande ou pequena, depende das informações obtidas no

macro e no microambiente. Definem três ambientes principais: ambiente interno da

empresa, do cliente e ambiente externo, avaliando as oportunidades, ameaças,

forças e fraquezas. Para os autores os grandes avanços tecnológicos aumentaram a

facilidade na coleta de dados e confiabilidade nos dados obtidos.

Devido a dificuldade de uma pesquisa regional no ambiente externo que

transmitisse o perfil das industrias concorrentes, optou-se pelos estudos das

pesquisas realizadas pela USAID – United States Agency International Development

(2006) sobre as indústrias de moda praia no Brasil e chegou-se aos seguintes

pontos:

35

Quadro 5: Análise da concorrência

Análise da Concorrência

Características

Micros, pequenas e médias empresas; Maioria dos processos produtivos com tecnologia

tradicional;

Pontos fortes dos concorrentes

Preocupação com a qualidade dos produtos, usandomão de obra própria;

Melhor poder de compra de matéria prima e insumos

Pontos fracos dos concorrentes

Agregação de valor somente baseada nadiferenciação do produto;

Dificuldade em explorar os aspectos culturais naprodução (produtos customizados), pois para estarealização depende de terceirização;

Muitas empresas na informalidade; Exigência de compras mínimas; Vendas somente no lançamento de coleções;

Como enfrentar os concorrentes

Estimular a experiência dos novos clientes comprodutos consignados;

Versatilidade na composição dos tamanhos; Estabelecer exclusividade por praças; Atendimento de pedidos em qualquer época do ano; Não estipular quantidades mínimas; Desenvolver modelos com personalização cultural;

Fonte: Autores

Partindo da análise macro ambiental da indústria de moda observa-se uma

série de fatores tecnológicos, econômicos, políticos, demográficos e legais,

conforme demonstrado no Quadro 6. Em termos estruturais e tecnológicos, a

indústria da moda é composta de três grandes setores: o setor (ou indústria) têxtil, o

setor (ou indústria) de confecção e o setor de varejo. Cada um destes setores

compreende variadas atividades, que vão desde a produção de matéria prima até a

distribuição e comercialização dos produtos finalizados (peças de roupa), passando

pelo beneficiamento de materiais, design de produtos, entre outras.

36

Quadro 6: Análise macro ambiental Análise macro ambiental

Política legal As atuais mudanças políticas podem afetar o desempenho da empresa em relação a investimentos e operação regular com dificuldades na compra de determinadas matérias primas. Cumprir as obrigações legais é ético, evita problemas, prejuízos financeiros com multas e acrescenta valor branding equity da empresa.

Econômica Pela empresa estar localizada no Litoral Norte de São Paulo, região que possui alto fluxo de turistas e veranistas de bom poder aquisitivo, leva a uma grande disponibilidade de lojistas e potenciais consumidores do perfil que a empresa busca.

Social A faixa da população pertencente a classe C por exemplo, está tendo acesso fácil a crédito, e também se interessam por produtos mais elaborados.

Tecnológica A tecnologia tem favorecido a comodidade e conveniência na compra via web, está cada vez mais revolucionando o comércio mundial. O custo de vendas é menor e automaticamente a empresa ganha exposição nacional e até internacional.

Ambiental A consciência de preservação do meio ambiente está crescendo e amadurecendo. A grande maioria das pessoas está identificando sua parcela de responsabilidade na questão ambiental que envolve o futuro do planeta e gerações. Portanto preparar a empresa para se tornar uma defensora do meio ambiente é imperativo e uma importante estratégia.

Fonte: Autores

Em relação a consumidores, através de análise da pesquisa divulgada pela

Associação Gaúcha para o desenvolvimento do varejo (AGV), solicitada pela

INVISTA detentora da marca Lycra, realizada pela empresa de pesquisas

independentes Strategic Insights, em 2011 com 2576 consumidoras de moda praia

para analisar o comportamento na hora da compra, no uso, e também no cuidado e

conservação das peças após utilizadas, pôde-se elaborar o plano de posicionamento

e processo de fortalecimento da marca para que a empresa possa ampliar sua

participação no mercado.

Segue abaixo, nos Quadros 7 e 8 alguns dos resultados das pesquisas

citadas acima, onde foram identificadas as seguintes escalas no momento da

decisão de compra.

Quadro 7: Fatores que influenciam a compra Fatores % Bom preço 61 Produto certo para ela 59 Ter grande variedade de modelos 59 Ter artigos que estão na moda 53

Fonte: Adaptado da AGV

37

Quadro 8: Valor do investimento para compra do biquíni Investimento na peça % Entre R$ 21,00 e R$60,00 70 Entre R$ 61,00 e R$ 100,00 17 Mais de R$ 100,00 4 Menos de R$ 20,00 9

Fonte: Adaptado da AGV

Como fraquezas internas da microempresa objeto deste estudo, nota-se:

recursos limitados, baixa produtividade, problemas de logística, sem imagem no

mercado e falta de mão de obra especializada na região.

As forças internas identificadas na microempresa pesquisada são: capacidade

de desenvolver com rapidez novos produtos deste a criação, modelagem de peças,

pilotagem e produção; alto conhecimento técnico produtivo; excelente controle de

qualidade; canal de comunicação direto com os clientes e assistência técnica

imediata; capacidade de atendimento imediato à necessidade de demanda dos

clientes. Quanto a análise do ambiente interno, Kotler e Keller (2005) ressaltam as

dimensões de forças e fraquezas onde a empresa deve se auto avaliar de forma

crítica quanto a sua capacidade de alcançar suas metas e objetivos.

Em oportunidades potenciais tem-se: alta concentração de canais de

distribuição na região, falta de concorrência para atendimento imediato das

necessidades dos clientes, vantagens para os clientes na logística de compra.

Como ameaças externas potenciais identifica-se: queda na atividade

econômica, instalação de novas indústrias do segmento na região.

4. 3 OBJETIVOS

O objetivo principal é fortalecer a marca, implantando ações estratégicas de

marketing.

Conforme Oliveira (2009) para aumentar as vendas e melhorar a lucratividade

é preciso conseguir a satisfação das necessidades tangíveis e intangíveis dos

consumidores, para isto o reconhecimento da marca é uma ferramenta estratégica

de marketing.

Churchill e Peter (2005) lembram que a marca atribuída a um produto irá

contribuir para diferenciá-lo dos demais, facilitando a decisão do consumidor, que

38

poderá gastar mais, disponibilizar mais tempo na procura da marca de sua

preferência.

4.4 ESTRATÉGIA DE MARKETING PARA O FORTALECIMENTO DA MARCA

Segundo Kotler e Keller (2005), a estratégia de marketing, para o

fortalecimento da marca está relacionada ao seu composto de marketing, que

facilitam o alcance dos objetivos no mercado alvo.

Com a finalidade de atender as necessidades e desejos dos consumidores a

empresa vem adotando um conjunto de ações, conforme explicação a seguir:

Produto: Os produtos desenvolvidos apresentam características especiais. Os

biquínis são desenvolvidos e confeccionados com uma modelagem perfeita,

proporcionando uma aparência chique e despojada, com detalhes nobres e rústicos,

como fivelas, argolas de casca de coco, acabamentos feitos à mão, e a técnica do

patchwork, que une tecidos com uma infinidade de formatos variados. Além de

terem um estilo de moda praia esteticamente diferenciado, os biquínis visam o

conforto utilizando tecidos de qualidade na fabricação, adequado as consumidoras

modernas. Como, por exemplo, o Light que é um tecido confeccionado com

poliamida texturizada e elastano, que se caracteriza por uma elasticidade

equilibrada, proporcionando bem-estar pelo toque macio, visual fashion e conceito

easy-care: fácil lavagem e secagem rápida. Por ter fabricação própria, a empresa

tem maior flexibilidade com relação à quantidade por modelo a ser produzida,

proporcionando aos clientes, modelos em menor número no mercado, reforçando a

característica de exclusividade. Os funcionários da empresa são qualificados e

constantemente treinados o que, de acordo com os sócios, garante um bom

acabamento e qualidade dos produtos.

O descrito acima vem ao encontro com a referência que Kotler e Keller (2005)

fazem do produto, sua importância em atender necessidades e desejos dos

consumidores, com uma gerência cuidadosa de sua linha de produtos. Evidenciam a

importância de cuidar da qualidade, características técnicas, estilo, design,

embalagem, serviços e garantias.

Preço: A empresa, por almejar uma reputação de estilo diferenciado e

qualidade direciona seus produtos para um público de maior poder aquisitivo. Ainda

39

assim, o preço praticado pela empresa é bem menor do que das principais

concorrentes. A estratégia utilizada é baseada no valor, ou seja, sempre oferecer

alta qualidade com preço justo.

Na abordagem do preço Kotler e Keller (2005), propõem que para sua

definição, seja considerado o tipo da empresa, seus clientes e concorrentes e que

estejam coerentes com a estratégia de marketing, mercado alvo e posicionamento

da marca.

Praça: Atualmente a microempresa atende clientes em Ilhabela e em Boa

Vista (RR). O mercado alvo da empresa nesse planejamento estratégico de

fortalecimento da marca são lojas do Litoral Norte que trabalham com moda praia e

atendam os potenciais consumidores.

Churchill e Peter (2005) destacam a necessidade dos produtos estarem

disponíveis no mercado para facilitar a compra na hora desejada pelo cliente o que

vem ao encontro do planejado pela microempresa.

Promoção: No primeiro momento, toda a comunicação da empresa, será

baseada no tema inspirado na natureza da Mata Atlântica, o apelo ambiental, aliado

ao estilo diferenciado são aspectos marcantes e forte apelo mercadológico, o site,

material gráfico de apoio a vendas, portfólio de produtos, banners e displays dos

pontos de vendas estarão alinhados dentro do mesmo tema. Outras promoções que

possam estimular as vendas serão feitas no site e diretamente nos intermediários.

Kotler e Keller (2005) relacionam a promoção ao processo de comunicação e

venda, com a utilização de propaganda e publicidade em diferentes tipos de mídias,

feiras e eventos, patrocínios e outros pontos, voltados ao público alvo. Alertam que

pelos custos elevados das estratégias de comunicação, deve-se analisar a

capacidade financeira da empresa e seu ponto de equilíbrio.

4.5 PROGRAMAS DE AÇÃO

Complementando os estudos realizados com sugestões de Roque no artigo -

Aposte no marketing de baixo custo, publicado no site da revista Pequenas

Empresas Grandes Negócios.

40

Roque defende evidenciar e comprovar a qualidade da matéria prima utilizada

nos produtos da empresa, requerendo, junto aos principais fornecedores de tecidos,

que são empresas de renome, os selos de garantia dos materiais principais.

Na questão da promoção, Roque incentiva a realização de parcerias, o que

devido ao grande número de hotéis e pousadas na região, a empresa deve preparar

um folder promocional, entregue pelo hotel a cada hóspede, que ao apresentar o

cupom na loja indicada, receberá um desconto.

A proposta é aproveitar o período da semana de vela e realizar um desfile

para lançamento de coleção, filmar o desfile para divulgação no site, Youtube e

redes sociais. Em seu site a empresa deve postar reportagens sobre vida saudável,

eventos esportivos, dicas de alimentação para o verão e cuidados com a pele.

Um cuidado especial deve ser o desenvolvimento de conteúdo para os

dispositivos móveis. A empresa deve vincular o site no Google AdWords para

melhorar sua posição no PageRank e distribuir o link da empresa em outros sites e

redes sociais.

Como a empresa é pequena e dispõem de poucos recursos financeiros,

optou-se pela montagem de um site gratuito: https://pt.wix.com que facilitará o

ingresso da empresa no e.Commerce.

Roque destaca a importância em se definir os objetivos do site, frequência de

atualização, questões relativas à navegabilidade e principais aplicações. Sugere a

utilização efetiva de e-mail dos clientes cadastrados, visando à divulgação de

lançamentos e novidades. A empresa deve fazer uso de Newsletter como

complemento de informações e parcerias com sites de conteúdo complementares

que concordem em direcionar visitantes em troca de pagamento por visitantes.

O autor destaca a necessidade de se definir um padrão de estilo para as

etiquetas, catálogos, cartões de visita, ou seja, para todo material que será utilizado

por eles desde a produção até vendas. O estilo definido passa a fazer parte do

patrimônio da empresa, por isso tudo deve estar em conformidade com o guia de

estilo escolhido.

Dentro do planejamento estratégico de marketing para fortalecimento da

marca, Roque destaca a importância do reconhecimento social. Nesse sentido a

empresa deve oferecer cursos gratuitos de crochê e bordado de pedrarias para as

moradoras da região e participar de ações sociais. Nas etiquetas dos produtos

destacar a produção local, artesanal e com insumos naturais.

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A maioria das organizações do mercado utilizam uma força de vendas

profissional, que identifica os potenciais clientes e os transforma em clientes. A

empresa deve utilizar a experiência de representantes autônomos atuantes no setor

de moda praia, para que desta forma possa se aproveitar do conhecimento por eles

adquiridos do mercado alvo, suas peculiaridades e concorrentes. Com esta atitude a

empresa consegue uma ação mais agressiva no mercado, o que possibilita uma

economia em seus custos de vendas, pois pagamentos à representantes estão

vinculados a sua produtividade. Kotler e Keller (2005) lembram que a mais antiga

das ações de marketing são as visitas de vendas, que devem ser feitas de forma

contínua e eficiente.

A forma de venda da empresa está definida como indireta e seletiva,

efetuada, por meio de representantes, a lojistas que possuam ponto comercial de

acordo com o produto e consumidor alvo.

4.6 CONTROLES

De acordo com Kotler e Keller (2005), as pequenas empresas podem adotar

como forma de controle dos resultados do plano estratégico de marketing para

fortalecimento da marca a realização sistemática de pesquisas na forma de

questionário para saber qual o nível de reconhecimento da marca, junto as

consumidores e potenciais consumidores das regiões onde estão os intermediários.

Kotler e Keller (2005) explicam que os principais indicadores usados na

mensuração das ações de marketing, são os mesmos das ações de marca: a

participação de mercado, nível de preço e lucratividade. A sugestão dos autores é

que a empresa adote um controle informatizado que possibilite o controle e o

levantamento das despesas de marketing em relação aos resultados aferidos.

Como sugestão, de acordo com os autores acima, a empresa pode

disponibilizar uma pesquisa de opinião nas redes sociais e em seu site, onde cada

participante receberá um número para concorrer em um sorteio de um brinde ou

conjunto de biquíni.

A empresa para avaliar o fortalecimento da marca, necessita adotar, conforme

o proposto pelos autores acima, a constante mensuração de faturamento,

crescimentos em vendas e lucratividade, de acordo com as metas e objetivos

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estabelecidos, elaborando um controle estatístico permanente das suas vendas

unitárias e monetárias, por produto, por cliente, mensal e anual, registrando e

analisando todos os indicadores quantitativos e qualitativos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O problema de como criar um planejamento estratégico de marketing para

fortalecer uma marca de moda praia no Litoral Norte, foi solucionado pois, por meio

do estudo, foi ampliado o conhecimento na identificação das diversas ferramentas

para fortalecimento da marca e o que ela pode fazer pelo crescimento da empresa,

que mesmo uma microempresa com limitados recursos financeiros, humanos e

materiais pode utilizar para fortalecer sua marca e conseguir os benefícios deste

ativo empresarial.

Através do estudo das teorias e experiências práticas de outras empresas

confirmou-se que o fortalecimento da marca coloca a empresa em outra dimensão,

não apenas do produto e seus valores, mas sim no aspecto intangível que é o valor

pessoal que cada consumidor atribui ao produto.

Com a definição das etapas a serem implantadas e vencidas estabeleceu-se

a maneira mais coerente de alcançar o objetivo.

Na gestão do planejamento estratégico de marketing para fortalecimento da

marca fica clara a importância do monitoramento constante das ações de seus

clientes, consumidores e concorrentes para a preservação de seu conceito de

marca. A empresa definiu a sua identidade e o mercado irá identificar isto como

imagem.

Para o referido planejamento foram revisados todos os aspectos do

composto de marketing da empresa estudada, foi realizada a análise SWOT,

definido o mercado alvo, as metas qualitativas e os objetivos quantitativos, como

padrões para avaliar os resultados na ótica do fortalecimento da marca.

Através deste estudo os futuros gestores conseguirão visualizar novos

caminhos, justamente no momento em que o macro ambiente exige criatividade,

muita iniciativa e conhecimento para levar a frente um empreendimento em um

segmento muito concorrido.

Como conclusão do exposto acima, o fortalecimento de uma marca é um dos

grandes desafios para os futuros gestores, pois mesmo com a facilidade de acesso

a informação, é imperioso que se aja de forma eficiente e eficaz, na busca de

elementos diferenciadores.

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