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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS SÃO PAULO
THIAGO CAETANO FURQUIM
EFEITO DO EXERCÍCIO AQUÁTICO SOBRE A DOR E FADIGA MUSCULAR EM
PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE
SÃO PAULO
2017
i
THIAGO CAETANO FURQUIM
EFEITO DO EXERCÍCIO AQUÁTICO SOBRE A DOR E FADIGA MUSCULAR EM
PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário Adventista de São Paulo, Curso
de Mestrado Profissional em Promoção da
Saúde – UNASP/SP, para obtenção do título
de Mestre em Promoção da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Abrahão Augusto
Joviniano Quadros
Co-Orientação: Prof. Dr. Beny Schmidt.
SÃO PAULO
2017
ii
DEDICATÓRIA
A Deus por seu amor incomparável por mim, proporcionar o dom da vida,
mantenedor, um verdadeiro Pai que não nos abandona em nenhuma circunstância e
está sempre de braços abertos para nos dar Seu perdão.
Aos meus pais, Wilson Roberto de Oliveira Furquim e Ivani Caetano que me deram
muito amor, carinho, referência, exemplo e dignidade, proporcionando tudo para que
fosse possível chegar até aqui. Pai e mãe, eu os amo!
Ao meu avô Antônio Caetano Junior (in memoriam) o qual sonhou um dia em me ver
numa faculdade, podendo ajudar ao próximo, mas que não foi possível. Que
pretendo ver, matar a dor da saudade na grande e breve volta de nosso Senhor.
Aos amigos, parentes, familiares que me apoiaram, torceram, sonharam junto com
esse dia.
Agradecimento especial ao meu pai Wilson R. de O. Furquim, a quem dedico minha
formação até aqui, fonte de inspiração, motivo pelo qual estudo a SPP, um exemplo
de vida para mim e um grande herói.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Abrahão Augusto Juviniano Quadros, meu orientador a quem devo o
conhecimento adquirido, a confiança em mim depositada, pela orientação,
disposição, ensino e aprendizado, o qual me faz possível ser um profissional mais
qualificado principalmente na ajuda e auxílio ao próximo.
Ao Prof. Dr. Beny Schimidt por co-orientar esta dissertação.
Aos componentes da banca: Dr. Roberto Dias Batista Pereira e Dr. Elias Ferreira
Porto.
Aos Professores do Mestrado da UNASP - Campus São Paulo pelo convívio
excelente, sendo exemplo de profissionais, magníficos no ensino e apoio em todos
os momentos com amabilidade.
Aos Diretores da UNASP - Campus Hortolândia pelo apoio financeiro que permitiu a
realização e continuidade do mestrado e pesquisa.
Agradecimento especial aos professores e amigos, Pr. Alacy Mendes Barbosa, Pr.
Ivan Almeida de Albuquerque e Prof. Ms. Ledimar Brianezi pelo apoio, conselhos,
confiança e amizade.
Ao ambulatório de SPP da UNIFESP.
Aos pacientes, que na verdade são amigos que nos ensinam.Sua participação,
dedicação e esforço ao qual sem eles não seria possível a realização deste trabalho.
iv
RESUMO Introdução: A Síndrome Pós-Poliomielite (SPP), caracteriza-se principalmente por nova fraqueza muscular, fadiga muscular e dor muscular, causada pela disfunção das unidades motoras gigantes formadas após a fase aguda da poliomielite, representando um processo de desgaste e exaustão metabólica neuronal e overuse da fibra muscular. Evidências epidemiológicas sustentam que exercícios não fatigantes, principalmente se realizados em piscina terapêutica, podem prevenir, e ou minimizar os efeitos deletérios do desgaste da unidade motora, como a questão da fadiga e dor muscular. Porém ainda existe uma escassez de estudos que demonstrem o quanto a intensidade e a frequência do exercício pode influenciar na intensidade da fadiga e dor musculares nessa população. Objetivo: Avaliar a influência do exercício aquático em relação a dor e à fadiga musculares em pacientes com SPP, propor atividade física aquática baseada no padrão muscular e verificar a influência do exercício aquático sobre a qualidade de vida dos pacientes com SPP. Método: Foi realizado um estudo prospectivo de série de casos, com 02 pacientes, média de 42 anos de idade, ambos os pacientes do gênero feminino, que preencheram os critérios de inclusão e aceitaram participar do estudo. Realizou-se 25 atendimentos durante 3 meses com duração de 50 minutos a sessão em que foram avaliadas a intensidade da dor, fadiga, a qualidade de vida e nível sérico de CPK. Foram utilizadas análises descritivas dos dados e apresentadas individualmente em média e/ou porcentagens. Resultados: Na fadiga ambas pacientes obtiveram melhoras, indo de um resultado inicial nível moderado para leve e ausência de fadiga, média da primeira avaliação foi 46,5 para 23 na segunda avaliação, nos dados de dor, obtivemos resultados distintos, onde uma das pacientes houve aumento e outra diminuiu a percepção de dor, média da primeira avaliação foi 5,3 indo para 3,6 na segunda avaliação, na qualidade de vida, praticamente em todos os domínios houve melhoras de ambas pacientes e no nível sérico de CPK houve um aumento médio de 2,85 % para as pacientes. Conclusões: A influência do exercício aquático em relação a dor foi distinta para as pacientes, influência do exercício aquático em relação a fadiga verificou-se benefício para ambas pacientes, propomos atividade aquática de intensidade leve baseada no método Halliwick e métodos utilizados para o ensino da natação de acordo com cada padrão muscular, devendo ser prescrita individualmente na intensidade e frequência, a atividade aquática teve grande influência na qualidade de vida das pacientes de acordo com a melhora que obtiveram em praticamente todos os domínios (físico, psicológico, relação social e meio ambiente) e os níveis séricos de CPK foram aumentados, apesar de um aumento percentual pequeno, mas que ainda indica um sofrimento demasiado as pacientes de SPP. Palavras Chave: Poliomielite; Síndrome Pós-Poliomielite; Dor muscular; Fadiga muscular; Exercício; Natação.
v
ABSTRACT
Introduction: Postpolyelitis Syndrome (PPS) is characterized mainly by new muscular weakness, muscular fatigue and muscular pain, caused by the dysfunction of the giant motor units formed after the acute phase of polio, representing a process of neuronal metabolic exhaustion and exhaustion and overuse of muscle fiber. Epidemiological evidence suggests that non-fatiguing exercises, especially if performed in a therapeutic pool, can prevent or minimize the deleterious effects of motor unit wear such as fatigue and muscle pain. However, there is still a shortage of studies that demonstrate how much the intensity and frequency of exercise can influence the intensity of muscular fatigue and pain in this population. Objective: To evaluate the influence of aquatic exercise on muscle pain and fatigue in patients with PPS, to propose aquatic physical activity based on muscle pattern and to verify the influence of aquatic exercise on the quality of life of PPS patients. Method: A prospective case series study was conducted with 02 patients, mean age of 42 years, both female patients, who met the inclusion criteria and accepted to participate in the study. Twenty-five visits were performed during 3 months with duration of 50 minutes in the session where the intensity of pain, fatigue, quality of life and serum CPK level were evaluated. Descriptive analyzes of the data were used and presented individually on average and / or percentages. Results: In the fatigue, both patients improved, ranging from an initial moderate to light level and absence of fatigue, mean of the first evaluation was 46.5 to 23 in the second evaluation, in the pain data, we obtained distinct results, where one of the patients there was an increase and another decreased the perception of pain, mean of the first evaluation was 5.3 going to 3.6 in the second evaluation, in the quality of life, practically in all domains there were improvements of both patients and in the serum level of CPK there was a an average increase of 2.85% for the patients. Conclusions: The influence of the aquatic exercise on pain was different for the patients, the influence of the aquatic exercise in relation to the fatigue was verified benefit for both patients, we propose aquatic activity of light intensity based on the Halliwick method and methods used for teaching of swimming according to each muscular pattern, and should be prescribed individually in intensity and frequency, aquatic activity had a great influence on the quality of life of patients according to the improvement they obtained in practically all domains (physical, psychological, social and environment) and serum CPK levels were increased, despite a small percentage increase, but still indicating too much suffering to SPP patients. Keywords: Poliomyelitis; Post-Polio Syndrome; Muscle pain; Muscle fatigue; Exercise; Swimming.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação esquemática do processo de seleção dos
pacientes....................................................................................................................28
Figura 2 – Pacientes na piscina onde foram realizados os atendimentos ................. 33
Figura 3 – Paciente realizando flutuação em decúbito dorsal, item 10 do conceito
Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ......................... 33
Figura 4 – Paciente realizando giro de braços alternados e batimento de MMII, item
10 do conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação . 34
Figura 5 – Paciente realizando rotação do corpo para aprimorar respiração lateral,
item 10 do conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de
natação ..................................................................................................................... 34
Figura 6 – Paciente realizando movimentos básicos do nado Crawl, item 10 do
conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ........... 35
Figura 7 – Paciente realizando deslocamento com MMII em decúbito dorsal, item 10
do conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ...... 35
Figura 8 – Pacientes realizando recuperação plantar e deslocamento em decúbito
dorsal com movimentos de adução e abdução de MMII e MMSS simultaneamente,
item 10 do conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de
natação ..................................................................................................................... 36
Figura 9 – Paciente realizando movimentos básicos do nado Costas, item 10 do
conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ........... 36
Figura 10 – Pacientes realizando movimentos básicos do nado Crawl, item 10 do
conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ........... 37
Figura 11 – Pacientes realizando movimentos básicos do nado Costas, item 10 do
conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação ........... 37
Figura 12 - Biópsia muscular – ATPase 9.4 …………………………………………… 86
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Dados sociodemográficos ....................................................................... 41
Tabela 2 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação motora e sensitiva da PA .......................................................................... 42
Tabela 3 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação muscular da PA......................................................................................... 43
Tabela 4 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação motora e sensitiva da PB .......................................................................... 44
Tabela 5 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação muscular da PB......................................................................................... 45
Tabela 6 – Adesão de atendimentos ......................................................................... 47
Tabela 7- Classificação de escores máximos dos domínios e médias do WHOQOL 49
viii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 –Intensidade da dor das pacientes de acordo com a aplicação da escala
analógica de dor - EVA-DOR – (0 = ausência de dor / 10 = pior do possível) ...........47
Gráfico 2 – Presença de fadiga das pacientes de acordo com escores da FSS (<28 =
não fadiga / ≥ 28 = fadiga) ......................................................................................... 48
Gráfico 3 – Percepção da qualidade de vida da questão geral 1 .............................. 50
Gráfico 4– Percepção da qualidade de vida da questão geral 2 ............................... 50
Gráfico 5– Escores sobre as questões do domínio físico .......................................... 51
Gráfico 6– Escores sobre as questões do domínio psicológico ................................ 51
Gráfico 7 – Escores sobre as questões do domínio relações sociais ....................... 52
Gráfico 8 – Escores sobre as questões do domínio meio ambiente ......................... 52
Gráfico 9 – Amostra de coletas de CPK .................................................................... 53
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AMA Assistência Médica Ambulatorial
CPK Creatinofosfoquinase
CPK-MM Creatinofosfoquinase -músculo estriado
D Direito
E Esquerdo
EMG Eletromiografia
ENG Eletroneurografia
ENMG Eletroneuromiografia
EVA / VAS Escala Visual Analógica / “Visual Analogue Scale” (Escala Visual
Analógica)
FSS “Fatigue Severity Scale” (Escala de Severidade de Fadiga)
IASP Associação Internacional para o Estudo da Dor
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPAQ Questionário Internacional de Atividade Física
M/S Metros por segundo
MID Membro Inferior Direito
MIE Membro Inferior Esquerdo
MM Membros
MMII Membros Inferiores
MMSS Membros Superiores
MSD Membro Superior Direito
MSE Membro Superior Esquerdo
PA Paciente A
PB Paciente B
PUM Potencial da Unidade Motora
SPP Síndrome Pós-Poliomielite
SUS Sistema Único de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UI/ml Unidades Internacionais por mililitro
UM Unidade Motora
UMG Unidade Motora Gigante
x
UNASP Centro Universitário Adventista de São Paulo
UNIFESP Universidade Federal de São Paulo
VCM Velocidade de Condução Motora
VCS Velocidade de Condução Sensitiva
WHOQOL “World Health Organization Quality of Life” (Grupo deQualidade
de vida da Organização Mundial de Saúde)
xi
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 14
1.1 Caracterização da pesquisa ................................................................. 14
1.2 Síndrome Pós-Poliomielite (SSP) .......................................................... 14
1.3 Fisiopatologia SPP ................................................................................. 15
1.4 Fadiga muscular na SPP ........................................................................ 18
1.5 Dor muscular na SPP ............................................................................. 19
1.6 Overuse muscular .................................................................................. 20
1.7 Desuso muscular .................................................................................... 21
1.8 Halliwick .................................................................................................. 22
2 HIPÓTESE ..................................................................................................... 23
3 OBJETIVO ..................................................................................................... 24
3.1 Objetivo secundário .............................................................................. 24
4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 25
5 MÉTODOS ..................................................................................................... 26
5.1 Tipo de estudo ........................................................................................ 26
5.2 Local e duração do estudo .................................................................... 26
5.3 Critérios ................................................................................................... 26
5.3.1 Critérios de inclusão ..................................................................... 26
5.3.2 Critérios de exclusão .................................................................... 27
5.4 Seleção de pacientes ............................................................................. 27
5.5 Instrumentos de avaliação..................................................................... 29
5.6 Intervenção ............................................................................................. 31
5.7 Desenho do programa ........................................................................... 32
5.8 Desenho do estudo ................................................................................ 38
6 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................. 39
7 ASPECTOS ÉTICOS ...................................................................................... 40
8 RESULTADOS ............................................................................................... 41
8.1 Caracterização da casuística ................................................................. 41
8.2 Padrão muscular .................................................................................... 42
xii
8.2.1 Padrão muscular geral .................................................................. 46
8.2.2 Inervação da musculatura ............................................................ 46
8.2.3 Padrão de fraqueza muscular ....................................................... 46
8.3 Adesão ao programa .............................................................................. 47
8.4 Manifestação de dor ............................................................................... 47
8.5 Fadiga ...................................................................................................... 48
8.6 Qualidade de vida – (whoqol –bref) ...................................................... 49
8.7 Resultado do exame de creatinofosfoquinase (ck/cpk) ...................... 53
9 DISCUSSÃO .................................................................................................. 54
9.1 Idade de inclusão ................................................................................... 54
9.2 Caracterização da casuística ................................................................. 55
9.3 Padrão muscular .................................................................................... 56
9.4 Biópsia .................................................................................................... 58
9.5 Adesão aos atendimentos ..................................................................... 58
9.6 Intensidade e frequência das atividades .............................................. 58
9.7 Programa de natação ............................................................................. 59
9.8 Dor ........................................................................................................... 60
9.9 Fadiga ...................................................................................................... 61
9.10 Qualidade de vida ............................................................................... 62
9.11 CPK ...................................................................................................... 63
9.12 Quadro de atividades paralelas ........................................................ 64
10 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ........................................................................... 66
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 67
11.1 Paciente A ........................................................................................... 67
11.2 Paciente B ........................................................................................... 67
11.3 Considerações gerais ........................................................................ 68
12 CONCLUSÕES .............................................................................................. 69
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
ANEXOS ................................................................................................................... 76
12.1 Anexo 1 – Autorização do uso da piscina de atendimento ............ 76
12.2 Anexo 2 – Autorização para frequentar o ambulatório de SPP da
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP .................................. 77
xiii
12.3 Anexo 3 – Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) ..... 78
12.4 Anexo 4 – Escala Visual Analógica de Dor (EVA-DOR) .................. 80
12.5 Anexo 5 – Escala de Severidade de Fadiga (FSS) ........................... 81
12.6 Anexo 6 – Questionário de Qualidade de Vida (WHOQOL) - BREF 82
12.7 Anexo 7 – Termo de autorização do uso de imagem ...................... 85
12.8 Anexo 8 –Biópsia do músculo deltoide de paciente com SPP.......86
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 Caracterização da pesquisa
Esta pesquisa foi feita dentro da área da Educação Física, buscando verificar
a atividade aquática por ser uma das primeiras escolhas para a reabilitação da
Síndrome Pós-Poliomielite (SPP), criando um programa de atividade física
específico e individualizado aos pacientes.
1.2 Síndrome Pós-Poliomielite (SPP)
A SPP é uma doença do neurônio motor, causando desordem neurológica
com efeitos tardios da poliomielite. É caracterizada por nova fraqueza muscular,
fadigabilidade anormal em músculos esqueléticos de inervação espinhal e bulbar,
sem relação com qualquer causa conhecida, que aparece, em média, vinte e cinco a
trinta anos após o ataque da poliomielite paralítica (DALAKAS, 1995) e classificada
como síndrome do neurônio motor inferior da forma esporádica (VAN DEN BERG-
VOS et al., 2000).
A partir de outubro de 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua
Classificação Internacional de Doenças (CID), reconheceu a SPP como uma doença
distinta e incurável (CID = G14) (QUADROS et al., 2012). Sendo ela uma doença
progressiva e degenerativa, com incidência de 70% nos acometidos sequelados da
poliomielite e tem havido um crescimento de até 2% no seu enfraquecimento
muscular anualmente (TROJAN; CASHMAN, 2005; OLIVEIRA; MAYNARD, 2002;
ABREU; LUZA, 2007; SILVA et al., 2010). Porém, esta prevalência da síndrome pós-
poliomielite tem sido matéria de debate (AURLLIEN; STRANDJORD; HEGLAND,
1999). Dados sobre a estimativa da prevalência e frequência da SPP são bastante
variados e dependem do critério usado para estabelecer o diagnóstico (DALAKAS,
1995; CASHMAN et al., 1999; JUBELT; DRUCKER, 1999). Alguns estudos trazem,
entretanto, que a média da prevalência é de 60% (OLIVEIRA; QUADROS, 2009).
15
Todavia, novos sintomas fazem parte do quadro clínico da SPP, tais como: nova
atrofia muscular, distúrbio do sono, insuficiência respiratória, cãibras, disfagia
(dificuldade de deglutição), intolerância ao frio, apneia do sono, novas ou
progressivas deformidades articulares seguidas de dores e fasciculação (contrações
musculares momentâneas e involuntárias) (OLIVEIRA; QUADROS; CONDE, 2004;
ABREU; LUZA, 2007).
Segundo Quadros (2010), por volta de 22,5% da população acometida pela
SPP são cadeirantes. Os membros superiores (MMSS) realizam maior esforço,
exigindo maior trabalho, assim, acarretando em dores intensas na região do
pescoço, costas, dores de cabeça e articulações dos braços (HORTENSE; SOUZA,
2009).
1.3 Fisiopatologia da SPP
Segundo Dalakas (1995), os sintomas clínicos, os achados histológicos e
eletrofisiológicos encontrados na SPP estão diretamente relacionados com a nova
deterioração do neurônio motor que foi previamente afetado e a sua eficiência para
manter a unidade motora gigante por muitos anos. Embora não sejam totalmente
conhecidas as causas (TROJAN; CASHMAN, 2005), para se melhor entender a
fisiopatologia da SPP, faz-se necessário recapitular o que ocorreu durante e após a
invasão do poliovírus no sistema nervoso central, quando ocorreu a poliomielite
paralítica (OLIVEIRA; QUADROS; 2009).
Estudos demonstraram que a lesão causada pelo poliovírus no sistema
nervoso central é mais difusa do que simplesmente na região dos neurônios
motores. Lesões foram observadas também nas colunas cinzentas intermediárias e
posterior da medula e, ocasionalmente, no gânglio da raiz dorsal (HOWE;
BODIAN,1942; SABIN, 1942). Bodian (1942) afirmou que o tronco cerebral, a
formação reticular e a maioria dos núcleos dos nervos cranianos podem ser
envolvidos, como também o núcleo e verme cerebelar. No córtex cerebral, as lesões
neuronais são geralmente leves e restritas ao giro pré-central, tálamo, hipotálamo e
ao globo pálido.
16
Em estudos que revisaram o material de medula espinhal de crianças que
morreram de poliomielite, pertencentes a Albert Sabin, observou-se neurônios em
processo de cromatólise com fragmentação da cromatina nuclear sem sinais de
inflamação, que é um sinal sugestivo de apoptose. Evidenciou-se que o poliovírus
causa morte celular por apoptose e não somente dentro da medula espinhal durante
a poliomielite aguda, mas também em culturas de tecidos (DALAKAS, 1995).
Estudos mostraram que acima de 50% dos neurônios correspondentes dos
membros paralisados podem recuperar-se histologicamente. Geralmente, neurônios
infectados que apresentam somente um grau leve de cromatólise difusa sobrevivem
e podem manter a unidade motora; ao contrário, os grupos musculares que
perderam a função permanentemente estão relacionados somente com neurônios
que sofreram mudança citoplasmática e nuclear grave. A reversibilidade dos
neurônios infectados do processo de cromatólise citoplasmática era previsível no
primeiro mês após a infecção aguda quando não havia sinais de inflamação
(BODIAN, 1942; 1982).
Os neurônios sobreviventes no tronco cerebral e medula espinhal elaboram
novos brotamentos axonais. Esses brotamentos podem ocorrer em três áreas; do
axônio terminal, do axônio proximal não mielinizado ou dos nodos de Ranvier mais
próximos. Esses brotamentos podem reinervar fibras musculares denervadas pela
poliomielite aguda. Os brotamentos podem restaurar a capacidade de contração das
fibras musculares voluntárias, e sua melhora clínica da força muscular, associada ao
processo de hipertrofia da miofibrila (TROJAN; CASHMAN, 1997).
O processo de brotamento axonal produz pelo menos duas mudanças na
unidade motora (UM):
a) o aumento da unidade motora, formando unidades motoras gigantes (UMG).
Estudos de biopsia muscular têm mostrado que os motoneurônios podem inervar
até oito vezes mais o número de fibras musculares que ele suprianormalmente
(COERS; WOLFF, 1959);
b) a produção de type grouping (grupo de fibras do mesmo tipo histoquímico). Todas
as fibras musculares da UM têm as mesmas propriedades metabólicas e de
contratilidade, implicando na existência de uma interação entre o tipo de fibra
muscular e o seu neurônio motor. O número de fibras musculares inervadas por
um axônio pode aumentar no caso de fibras próximas ficarem denervadas por
degeneração do seu axônio, como o tipo da fibra muscular é determinado pelo
17
neurônio que a inerva, a fibra muscular mudará de tipo se for reinervada por um
axônio do tipo oposto, isto é, uma fibra rápida passará a lenta se for inervada por
um axônio do tipo lento.
Segundo Dalakas (1995, adaptado), a correlação entre estudos morfológicos,
eletrofisiológicos, virológicos e imunológicos demonstram que a população
sobrevivente de neurônio motores após a poliomielite aguda pode ser classificada
em quatro categorias:
1) Neurônio normal não afetado pelo poliovírus, que pode ser sub-classificado em: a) neurônio normal não afetado longe das áreas de perda neuronal e b) neurônio normal não afetado próximo das áreas dos neurônios destruídos. Este segundo grupo, embora morfologicamente normal, está estressado (sobrecarregado) por compensar a perda dos neurônios vizinhos mantendo as grandes unidades motoras (UM) denominadas de Unidades Motoras Gigantes (UMG); 2) Neurônio originalmente afetado, mas com aparência de recuperação total. A sobrevivência destas células pode estar abaixo do normal, e se estressada cronicamente, sua reserva metabólica pode ser limitada; 3) Neurônio moderadamente afetado com tamanho pequeno, mas de aparência normal. A sobrevivência destas células pode estar com reservas limitadas e com a capacidade afetada para estabelecer e manter sinapses na UMG; 4) Neurônio gravemente afetado com recuperação incompleta. Estas células podem estar com a função limitada e com baixa expectativa de sobrevida.
As mudanças patológicas que produzem os sintomas da SPP ainda não são
totalmente entendidas. Estudos de revisão identificaram cinco possíveis causas: 1)
Morte do neurônio motor remanescente com o envelhecimento normal, associada
com a perda previa da poliomielite; 2) Envelhecimento prematuro das células
danificadas permanentemente pelo poliovírus; 3) Envelhecimento prematuro do
neurônio motor anormal remanescente devido ao aumento da demanda metabólica
(unidade motora gigante após a poliomielite); 4) Exaustão prematura do novo
brotamento terminal com o avanço da idade em UMG formada após a poliomielite
(possivelmente também pela excessiva demanda metabólica); 5) Predisposição de
degeneração do neurônio motor por causa do dano glial, vascular e linfático causado
pelo poliovírus (JUBELT; DRUCKER, 1999; HALSTEAD, 1998).
18
Estudo para o entendimento da disfunção das UMG formada após a
poliomielite paralítica,demonstrou a desintegração periférica das UMG (WIECHERS;
HUBBELL, 1981).
A degeneração distal dá UM pode produzir dois mecanismos principais: 1)
disfunção da placa mioneural ou da placa motora ou da junção neuromuscular que
pode causar fadigabilidade muscular (JUBELT; CASHMAN, 1987; EINARSSON;
GRIMBY, 1987; PERRY; KUSEL; PERRY, 1988; TROJAN; GENDRON; CASHMAN,
1993); 2) degeneração distal do axônio que causa denervação gradual da fibra
muscular, causa progressão lenta da fraqueza encontrada na SPP (WIECHERS;
HUBBELL, 1981; WIECHERS, 1988). Um terceiro possível mecanismo que pode
ocorrer é a morte neuronal (WIECHERS; HUBBELL, 1981; DALAKAS, 1995).
1.4 Fadiga muscular na SPP
A fadiga é considerada como um dos sintomas mais debilitantes da SPP. A
fadiga pode ser muscular ou geral e, geralmente, se manifestam
concomitantemente. Ocorre em 59% a 89% dos pacientes (OLIVEIRA; QUADROS,
2009). A fadiga, geralmente, é descrita como sensação de exaustão que piora com a
atividade física. É descrita como uma diminuição da resistência muscular
semelhante a diminuição da tolerância ao exercício. As manifestações da fadiga
geral incluem sonolência diurna e diminuição da capacidade de concentração. O
sintoma da fadiga piora com o decorrer do dia (CODD et al, 1985; HALSTEAD;
ROSSI, 1985; SCHANKE; STANGLHELLE, 2001; TROJAN; CASHMAN, 2005).
A idade é um fator importante. Segundo alguns estudos feitos com animais
mamíferos, os brotamentos terminais tornam-se menos eficazes com a idade
tornando-se incapazes de continuar a restituir essa perda normal das fibras
terminais que ocorrem através da vida na constante reforma da junção
neuromuscular. Ainda é desconhecido o mecanismo dessas alterações e também o
processo de envelhecimento em humanos (DALAKAS; ILLA, 1991). A idade
cronológica de uma pessoa é importante, porém, mais importante é o intervalo entre
19
a poliomielite aguda e o início dos novos sintomas - um intervalo que varia de 30 a
50 anos (DALAKAS, 1988).
Estudos que envolvem ENMG e biopsias musculares tem ajudado a entender
o processo de falência na reinervação, mostrando que unidades motoras gigantes
que foram desenvolvidas via brotamento axonal após a poliomielite aguda nunca
conseguem chegar à estabilidade de maturidade (WIECHERS, 1988), e achados em
estudos de ENMG de fibra única, mostram que a unidade motora gigante se torna
mais vulnerável a instabilidade com o passar da idade (CASHMAN et al., 1987).
Após 30 a 50 anos da fase aguda, os novos brotamentos que se formaram
após a infecção aguda se desintegram em fibras angulares (DALAKAS, 1988).
O aumento da demanda metabólica de uma unidade motora gigante resulta
em exaustão prematura e morte do neurônio motor (JUBELT; CASHMAN, 1987). O
“overuse” (supertreinamento) muscular provoca fadiga (GRIMBY, 1996) podendo
contribuir para um aumento excessivo na demanda metabólica no neurônio motor e
a exaustão prematura de UM previamente afetado com dano residual pelo poliovirus
(JUBELT; CASHMAN, 1987).
1.5 Dor muscular na SPP
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP)conceitua dor como
“uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões
reais ou potenciais” (BOTEGGA; FONTANA, 2010).
A dor muscular, tem sido apresentada como o primeiro ou segundo sintoma
mais comum na maioria dos sobreviventes da poliomielite. Segundo Chetwynd e
Hogan (1993) e Westbrook (1995), tem sido referida por 43% a 80% dos pacientes
com SPP.
Gawne e Halstead (1995) propuseram um sistema de classificação para a dor
na SPP, que se divide em três categorias:
1) Dor tipo I ou “dor muscular pós-pólio”que ocorre somente nos músculos
afetados pela pólio. Pode ser profunda ou superficial; muitos pacientes relatam ser
similar à dor muscular experimentada durante a doença aguda. A dor muscular é
caracterizada por cãibra, fasciculação ou sensação de peso. Geralmente, ocorre no
20
final do dia ou durante a noite quando o paciente está relaxado. Pode ser
exacerbada pela atividade física, pelo estresse e pelo frio.
2) Dor tipo II ou “dor por overuse” que inclui as injúrias que ocorrem na
musculatura, tendões, bursas e ligamentos. Essa dor ocorre devido à postura errada
e viciosa ou biomecânica imprópria.
3) Dor tipo III ou “dor biomecânica”, causada pelas doenças degenerativas
das articulações, ou por compressão nervosa. A fraqueza muscular provocada pela
pólio, como também pelas dificuldades na biomecânica das articulações estão
presentes com mais frequência nos membros inferiores, resultando tanto em dor
articular como muscular.
1.6 Overuse muscular
O “overuse” muscular é pouco entendido, embora estudos sugiram uma
relação entre o número de unidades motoras, injúria muscular, intensidade e
duração de exercício. Contudo, o defeito primário do músculo que leva a fraqueza
em vários sobreviventes de poliomielite permanece desconhecido. O “overuse” é um
efeito acumulativo pelo tempo de trabalho extra. O estresse mecânico crônico nas
articulações, ligamentos e tecidos moles, que não conseguem suportar bem por
trinta anos ou até mais, produz um ciclo vicioso promovendo complicações
ininterruptamente (WINDEBANK et al., 1987; HALSTEAD, 1991; AGRE;
RODRIGUEZ, 1990). A injúria da fibra muscular causa dor e libera
Creatinofosfoquinase (CPK) na corrente sanguínea (KATIRJI; AL-JABERI, 2001).
A CPK é uma enzima intracelular importante por regular o metabolismo dos
tecidos contráteis. Encontra-se em maior proporção no músculo estriado – CPK-MM.
O aumento sérico da dosagem da CPK significa lesão celular. A extensão e
gravidade no nível da lesão determinarão o grau de aumento da enzima. O nível de
CPK nos indivíduos com SPP tende a ser de ½ a 2 vezes mais elevada que uma
pessoa com níveis normais que são de até 130 UI / ml em homens e até 110 UI / ml
nas mulheres (KATIRJI; AL-JABERI, 2001).
21
Existem diversas causas que podem produzir aumento da CPK, como no
caso de atividade física vigorosa ou trauma do músculo esquelético, exercício físico
prolongado e extenuante aumentam os níveis de CPK.Ou seja, o nível sérico desta
enzima está diretamente ligado a condição da fibra muscular (KATIRJI; AL-JABERI,
2001).
Waring e McLaurin (1992) sugerem que o exercício é a causa da atividade
enzimática aumentada de CPK e fazem correlações entre os valores de CPK e a
distância de deambulação nesses indivíduos com pós-poliomielite, podendo dizer
que esse aumento pode ser marcador para a injúria do músculo, sofrimento
muscular e/ou “overuse” nesses indivíduos com pós-poliomielite.
1.7 Desuso muscular
Tem sido observado que os indivíduos com pós-poliomielite têm a fraqueza
aumentada em curto prazo, após um período de diminuição da atividade que é
secundária a uma doença ou injúria. O papel do desuso muscular no
desenvolvimento da fraqueza em longo prazo, entretanto, é pouco conhecido
(QUADROS, 2010).
Gawne e Halstead (1995) discutiram a maneira pela qual vários fatores
podem interagir um com o outro e contribuir para o desenvolvimento da fraqueza e
da fadiga progressivas. O overuse crônico dos músculos pode resultar no
desenvolvimento da nova fraqueza, que por sua vez pode levar ao desuso. O
desuso do músculoesquelético leva a uma maior fraqueza, atrofia, contraturas,
diminuição da resistência e ganho de peso corporal. Na presença de overuse, a dor
muscular pode ocorrer levando o indivíduo à necessidade de mais descanso, que
resulta em falta de condicionamento, ou à compensação com mecanismos
impróprios do corpo, que levam a mais overuse e dor, possivelmente em outro lugar.
Este complexo quadro clínico apresenta um desafio àqueles que tentam diagnosticar
e tratar as pessoas com história de poliomielite paralítica.
22
1.8 Halliwick
“O conceito Halliwick é uma abordagem para ensinar todas as pessoas, em
particular as com deficiência física e/ou intelectual, a participar de atividades
aquáticas moverem-se com independência na água e nadar” (O CONCEITO...,
2010).
Este conceito possui um método composto por um programa de 10 pontos,
que são: adaptação mental, desligamento, controle da rotação transversal, controle
da rotação sagital, controle da rotação longitudinal, controle da rotação combinada,
empuxo, equilíbrio em imobilidade, deslize em turbulência, progressões simples e
movimentos básicos de natação.
O Conceito Halliwick reconhece os benefícios que podem ser extraídos das atividades na água, e estabelece os fundamentos necessários para o ensino e aprendizagem neste ambiente. Estes benefícios são holísticos e incluem aspectos físicos, pessoais, recreacionais, sociais e terapêuticos (O CONCEITO..., 2010).
23
2 HIPÓTESE
A população com Síndrome Pós-Poliomielite, apresenta disfunção da UMG
com maior intensidade de fadiga e sofrimento da fibra muscular comparado à
pessoas saudáveis e são caracterizados pela dor muscular e aumento do nível
sérico da CPK. Hipotetizamos que com exercícios bem elaborados e aplicados da
maneira correta e individualizada, especificado principalmente pelo padrão muscular,
ocorram melhoras na fadiga e dores musculares, já que os benefícios da natação,
tais como, diminuição do peso, diminuição do impacto, temperatura adequada, entre
outros, também tragam outros benefícios específicos a população com Síndrome
Pós-Poliomielite.
24
3 OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do exercício aquático em
relação a dor e a fadiga musculares em pacientes com SPP.
3.1 Objetivo secundário
Propor atividade física aquática baseada no padrão muscular do paciente com
SPP, verificar a influência do exercício aquático sobre a qualidade de vida de
pacientes com SPP e sobre os níveis séricos de CPK.
25
4 JUSTIFICATIVA
Embora seja frequente na literatura a prescrição de atividade física na água
como primeira escolha para pacientes com SPP, no entanto, ainda há falta de
informação sobre o quanto o nível de atividade física influencia a intensidade da
fadiga e dor muscular e considerando-se que a fadiga e dor fazem parte dos três
sintomas mais frequentes em pacientes com SPP, conhecer estas relações, é
importante para que comparações sejam levantadas quanto a intensidade.
26
5 MÉTODOS
5.1 Tipo de estudo
Estudo descritivo, prospectivo de série de casos.
5.2 Local e duração do estudo
O estudo foi realizado na piscina terapêutica do UNASP campus Hortolândia
(Anexo 1) durante 3 meses com 25 atendimentos e 2 vezes por semana.
5.3 Critérios
5.3.1 Critérios de inclusão
- Diagnóstico confirmado de SPP;
- Adultos com idade ≤ a 59 anos, independente do gênero;
- Ter realizado o exame de biópsia muscular e/ou ter realizado o exame de
eletroneuromiografia (ENMG);
- Ter realizado o exame de CPK;
- Aceitar assinar o TCLE;
-Ser morador residente da região metropolitana de Campinas/SP.
27
5.3.2 Critérios de exclusão
- Diabetes não controlada;
- Disfunção de tireoide descompensada;
- Medos ou traumas aquáticos;
- Ferimentos, lesões ou doenças dermatológicas.
5.4 Seleção de pacientes
A amostra foi obtida por meio de contato direto com pacientes acompanhados
no ambulatório de SPP no Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (Anexo 2) no segundo semestre de
2015, e identificados mediante a sua procedência (região metropolitana de
Campinas/SP) cadastrados com diagnóstico de SPP. Foram encontradas 36 (trinta e
seis) pessoas que estavam dentro dos critérios de inclusão, das quais foram feitos
contatos para apresentar a proposta deste projeto.
Os contatos foram feitos via telefone residencial, telefone celular, aplicativo
WhatsApp e Facebook (Messenger), porém apenas 02 (duas) pessoas aceitaram.
As quais serão denominadas de paciente A (PA) e paciente B (PB).
Do total de 36 pacientes contatados, 34 não aceitaram fazer parte do estudo.
O processo de seleção está apresentado em fluxograma na figura 1.
29
5.5 Instrumentos de avaliação
Foram utilizados os dados referentes aos exames laboratoriais,
eletroneuromiográficos e / ou biópsia muscular, todos estes são exames de rotina do
ambulatório de SPP da UNIFESP.
Para avaliar o padrão do músculo foi analisado: 1) o nível sérico da CPK que
serve para diagnosticar lesões e doenças do músculo esquelético, os níveis
elevados correspondem ao sofrimento da fibra muscular; 2) a ENMG de quatro
membros que serve como exame complementar para confirmação diagnóstica da
SPP, mostra a condição de inervação e desnervação do músculo e a
correspondência do nível medular; e/ou 3) a biópsia muscular, também é usado para
confirmação diagnóstica de doenças neuromusculares, mostra o padrão da
arquitetura muscular, o tipo de fibra e a condição patogênica ou e normalidade do
tecido muscular. A leitura e interpretação dos exames foram feitos pelo co-orientador
da pesquisa.
A CPK foi o único exame coletado uma segunda vez após o final da pesquisa,
realizada em laboratórios particulares de escolha dos pacientes por possuírem plano
de saúde.
Também foram avaliadas a intensidade da dor muscular, fadiga muscular e
qualidade de vida.
Para avaliar a intensidade da dor foi utilizada a Escala Visual Analógica
(EVA), que consiste de uma linha reta, contendo 10 cm, com a indicação dos
escores limites “0” e “10” nas extremidades (0 = ausência de dor e 10= a dor
insuportável). O paciente marcará com um traço, indicando o nível que melhor
identifica sua dor, sendo que quanto mais próximo ao início da linha significará
menor dor e mais próximo ao final da linha, maior intensidade de dor (Anexo 4).
Para avaliar a intensidade da fadiga foi utilizada a Escala de Severidade de
Fadiga (FSS), que consiste em um questionário com nove afirmações onde o
paciente escolhe um número de 1 a 7 que melhor descreva o grau de concordância
com cada afirmação. O número 1 (um) significa que discorda completamente, o
número 7 (sete) que concorda integralmente, sendo o número 4 (quatro) indicativo
de que o paciente não concorda nem discorda da afirmativa. O escore total poderá
30
variar de 9 a 63, sendo estabelecido que valores iguais ou maiores do que 28 são
indicativos da presença de fadiga (Anexo 5) (KRUPP et al., 1989).
Para avaliar a qualidade de vida foi usado o WHOQOL-bref (World Health
Organizatin Quality of Life – Brief / Avaliação da Qualidade de Vida da Organização
Mundial de Saúde) versão abreviada, composto por 26 questões. A primeira questão
refere-se à qualidade de vida de modo geral e a segunda, à satisfação com a própria
saúde. As outras 24 estão divididas nos domínios físico, psicológico, meio ambiente
e relações pessoais. Além do caráter transcultural, o WHOQOL valoriza a percepção
individual da pessoa, podendo avaliar qualidade de vida em diversos grupos e
situações (Anexo 6) (THE WHOQOL ..., 1995).
Além destes domínios, este instrumento possui mais duas questões gerais de
qualidade de vida e saúde.
Após uma breve explicação verbal sobre o preenchimento e o objetivo do
questionário, o paciente respondeu assinalando as questões.
Nas questões 3,4 e 26, se faz necessário recodificar o valor, dessa forma
passam a ser contabilizadas da seguinte maneira: (1=5) (2=4) (3=3) (4=2) (5=1).
As perguntas 1 e 2 deverão aparecer da seguinte forma: 1 – percepção da
qualidade de vida (resultado em média 1 a 5); 2 – satisfação com a saúde (resultado
em média 1 a 5). Já as seguintes perguntas foram divididas em domínios:
Domínio 1 - Domínio físico – perguntas 3,4,10,15,16,17 e 18, somando os
valores e dividindo por 7 ((Q3, Q4, Q10, Q15, Q16, Q17, Q18) /7).
Domínio 2 - Domínio psicológico – perguntas 5,6,7,11,19 e 26, somando os valores
e dividindo por 6 ((Q5, Q6, Q7, Q11, Q19, Q26) /6).
Domínio 3 - Relações sociais – perguntas 20, 21 e 22, somando os valores e
dividindo por 3 ((Q20, Q21, Q22) /3).
Domínio 4 - Meio ambiente – perguntas 8, 9, 12, 13, 14, 23, 24 e 25, somando os
valores e dividindo por 8 ((Q8, Q9, Q12, Q13, Q14, Q23, Q24, Q25) /8).
Os resultados encontrados por domínio são classificados em: necessita
melhorar (quando for 1 até 2,9); regular (3 até 3,9); boa (4 até 4,9) e muito boa (5).
Não foi solicitado alteração do estilo de vida dos sujeitos do estudo. Todos
foram avaliados nos dados demográficos: idade, sexo, raça, escolaridade, peso,
altura e IMC.
31
5.6 Intervenção
Foram realizados exercícios aquáticos (natação) em piscina terapêutica, com
metodologias e didáticas utilizadas para a adaptação ao meio liquido, passando por
exercícios de acordo com o princípio Halliwick e finalizando com aplicação do ensino
dos nados, utilizando de movimentos básicos de cada nado e adaptados de acordo
com a necessidade de cada paciente, em um período de três meses (12 semanas),
duas vezes por semana com sessões de no máximo 50 minutos de duração com
pausa para descanso aos 25 minutos ou de acordo com a necessidade de cada
paciente, até que estivesse pronto a retomar os movimentos.
Os exercícios propostos foram trabalhados e realizados dentro de uma ordem
metodológica aplicada na natação e no método Halliwick, como: adaptação mental,
desligamento, respiração vertical, respiração horizontal, recuperação
plantar,flutuação, controle da rotação transversal, controle da rotação sagital,
controle da rotação longitudinal, controle da rotação combinada, empuxo, equilíbrio
em imobilidade, impulso, deslize em turbulência, deslocamento com MMSS,
deslocamento com membros inferiores (MMII), deslocamento com união dos
membros (MM), respirações frontais em movimento (“cachorrinho”, “elevação” e
“circular”) e finalizando com movimentos básicos e adaptados dos nados crawl,
costas, peito e borboleta.
33
Figura 2: Pacientes na piscina onde foi realizado os atendimentos
Figura 3: Paciente realizando flutuação em decúbito dorsal, item 10 do conceito Halliwick -
progressões simples e movimentos básicos de natação
34
Figura 4: Paciente realizando giro de braços alternados e batimento de MMII, item 10 do conceito
Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação
Figura 5: Paciente realizando rotação do corpo para aprimorar respiração lateral, item 10 do conceito
Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação
35
Figura 6: Paciente realizando movimentos básicos do nado Crawl, item 10 do conceito Halliwick -
progressões simples e movimentos básicos de natação
Figura 7: Paciente realizando deslocamento com MMII em decúbito dorsal, item 10 do conceito
Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação
36
Figura 8: Pacientes realizando recuperação plantar e deslocamento em decúbito dorsal com
movimentos de adução e abdução de MMII e MMSS simultaneamente, item 10 do conceito Halliwick - progressões simples e movimentos básicos de natação
Figura 9: Paciente realizando movimentos básicos do nado Costas, item 10 do conceito Halliwick -
progressões simples e movimentos básicos de natação
37
Figura 10: Pacientes realizando movimentos básicos do nado Crawl, item 10 do conceito Halliwick -
progressões simples e movimentos básicos de natação
Figura 11: Pacientes realizando movimentos básicos do nado Costas, item 10 do conceito Halliwick -
progressões simples e movimentos básicos de natação
38
5.8 Desenho do estudo
T0 – Seleção dos pacientes
Análise da ENMG e/ou análise da biópsia muscular
Análise da CPK
Elaboração da proposta de atividade
T1 – Avaliação 1
Fadiga
Dor
Qualidade de vida
Início do programa de exercícios aquáticos baseados no método
Halliwick e natação.
T2 – Três meses após T1 – Avaliação 2
Fadiga
Dor
Qualidade de vida
CPK
39
6 ANÁLISE DOS DADOS
Foi utilizada estatística descritiva. Os dados dos voluntários estão descritos
em média e porcentagem.
40
7 ASPECTOS ÉTICOS
Os interessados receberam os esclarecimentos sobre os procedimentos que
foram submetidos. Após estarem cientes e concordaram em participar, assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias (Anexo 3)
elaborado de acordo com as recomendações estabelecidas na resolução 466 do
Conselho Nacional de Saúde.
41
8 RESULTADOS
8.1 Caracterização da casuística
O presente estudo foi realizado com duas pacientes e diagnóstico confirmado
de SPP. Média de 42 anos, escolaridade média de 18 ½ anos, média de 41 anos de
diagnóstico de poliomielite e 3,6 anos de SPP, ambas de pele branca.
Tabela 1 - Dados sociodemográficos
Dados Pacientes Média %
Paciente A Paciente B
Gênero F F - 100
Idade em anos 40 44 42 -
Altura 1,53 1,58 1,55 -
Peso 59 73 66 -
IMC 25,20 29,24 27,22 -
Escolaridade
(anos)
17 ½ 19 ½ 18 ½ -
Tempo de
diagnóstico
Poliomielite
(anos)
39 43 41 -
Tempo de
diagnóstico
SPP (anos)
1,6 4,1 3,6 -
Sequela aguda Triparesia Diparesia - -
Sequela atual Quadriparesia Triparesia - -
Marcha Dependente Independente - -
Cor de pele Branca Branca - 100
Estado de
trabalho
Ativa Não ativa /
Ativa
- 100
Nota: PB esteve não ativa nos 2 primeiros meses ativa a partir do 3º mês.
PA está com IMC normal, PB está acima do peso (8,62 kg acima do peso máximo ideal).
42
8.2 Padrão muscular
Tabela 2 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação motora e sensitiva da PA.
ELETRONEUROGRAFIA – ENG
Velocidade de Condução Motora – VCM em m/s
Nervos MMSS MSD MSE
Mediano 64.2 64.7
Ulnar 64.0 61.4
Nervos MMII
Tibial Posterior 54.1 56.7
Fibular 41.0 52.0
Onda F – Latência média em m/s
Nervos MMSS
Mediano 25.28 23.72
Ulnar 23.07 24.09
Nervos MMII
Tibial Posterior 39.2 41.2
Fibular 00.0 00.0
Velocidade de Condução Sensitiva – VCS em m/s
Nervos MMSS
Mediano 63.1 59.6
Ulnar 57.9 60.4
Radial 60.7 65.5
Nervos MMII
Fibular 50.4 55.6
Sural 00.0 51.8
Reflexo H – Latência em m/s e Amplitude em (m/V)
Lat Amp Lat Amp
Tibial Posterior 27.7 0.66 24.6 5.95
Legenda: MSD moderado, MSE leve, MIE moderado a severo, MID severo.
43
Tabela 3 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação muscular da PA.
ELETROMIOGRAFIA – EMG
Repouso Contração Voluntária
Mínima Moderada Máxima
Membros Superiores
Músculo Atv
Ins
Pot Esp PUM Pot
Poli
Amp Dur Recrut Pad Int
Deltoide D Nl 0 +2 ++ +2 Long Red Red
Deltoide E Nl 0 +2 ++ +2 Long Red Red
Tríceps D Nl 0 +2 ++ +2 Long Red Red
Tríceps E Nl 0 +3 +1 +1 Long Red Red
1Int Dors D Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
1Int Dors E Nl 0 +3 +1 +1 Long Red Red
Membros Inferiores
Quadríceps D Red 0 n.ativ n.ativ n.ativ n.ativ n.ativ
Quadríceps E Nl 0 0 ++ +4 Long Red Red
Biceps Femural D Nl 0 0 ++ +3 Long Red Red
Biceps Femural E Red 0 +3 ++ +1 Long Red Red
Tibial Anterior D Red 0 n.ativ +1 n.ativ n.ativ n.ativ n.ativ
Tibial Anterior E Nl 0 +1 ++ +4 Long Red Red
Gastroc. Lateral
D
Red 0 0 +1 +4 Long Red Red
Gastroc. Lateral E Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
Legenda: D direito, E esquerdo, Atv Ins atividade de inserção, Pot Exp potenciais espontâneos, PUM
potencial da unidade motora, Pot Poli potencial polifásico, Amp amplitude, Dur duração, Recrut
recrutamento, Pad Int padrão de interferência, nl normal, Long longa, Red reduzido, 1Int Dors
primeiro interósseo dorsal, Gastroc. Gastrocnêmio, n.ativ não ativo.
44
Tabela 4 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação motora e sensitiva da PB.
ELETRONEUROGRAFIA – ENG
Velocidade de Condução Motora – VCM em m/s
Nervos MMSS MSD MSE
Mediano 56.0 66.1
Ulnar 64.6 67.3
Nervos MMII
Tibial Posterior 57.8 57.6
Fibular 47.0 50.7
Onda F – Latência média em m/s
Nervos MMSS
Mediano 25.61 25.05
Ulnar 24.10 25.19
Nervos MMII
Tibial Posterior 44.9 44.8
Fibular 43.4 46.8
Velocidade de Condução Sensitiva – VCS em m/s
Nervos MMSS
Mediano 56.3 56.7
Ulnar 57.5 56.1
Radial 64.7 63.3
Nervos MMII
Sural 52.0 55.3
Reflexo H – Latência em m/s e Amplitude em (m/V)
Lat Amp Lat Amp
Tibial Posterior 29.5 0.38 27.15 2.77
Legenda: MID moderado a severo, MIE e MSD leve a moderado, MSE normal.
45
Tabela 5 – Exame Eletromiográfico de quatro membros – Estudo do padrão da
inervação muscular da PB
ELETROMIOGRAFIA – EMG
Repouso Contração Voluntária
Mínima Moderada Máxima
Membros Superiores
Músculo Atv Ins Pot Esp PUM Pot
Poli
Amp Dur Recrut Pad Int
Deltoide D Nl 0 +2 +1 +1 Long Red Red
Deltoide E Nl 0 0 nl 0 nl Cheio Cheio
Tríceps D Nl 0 +3 +1 +1 Long Red Red
Tríceps E Nl 0 0 nl 0 nl Cheio Cheio
Pronador D Nl 0 +3 +1 +1 Long Red Red
Pronador E Nl 0 0 nl 0 nl Cheio Cheio
1Int Dors D Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
1Int Dors E Nl 0 0 nl 0 nl Cheio Cheio
Membros Inferiores
Quadríceps D Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
Quadríceps E Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
Biceps Femural D Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
Biceps Femural E Nl 0 +2 ++ +2 Long Red Red
Tibial Anterior D Red 0 0 +1 +2 Long S Red S Red
Tibial Anterior E Nl 0 +2 ++ +3 Long Red Red
Gastroc.Lateral D Red 0 0 +1 +2 Long S Red S Red
Gastroc.Lateral E Nl 0 +2 ++ +2 Long Red Red
Legenda: D direito, E esquerdo, Atv Ins atividade de inserção, Pot Exp potenciais espontâneos, PUM
potencial da unidade motora, Pot Poli potencial polifásico, Amp amplitude, Dur duração, Recrut
recrutamento, Pad Int padrão de interferência, nl normal, Long longa, Red reduzido, 1Int Dors
primeiro interósseo dorsal, Gastroc. Gastrocnêmio, S Red severamente reduzido, n.ativ não ativo.
Os padrões musculares das pacientes são classificados nas tabelas 2, 3, 4 e
5 acima onde apresentam os resultados dos exames eletromiográficos de quatro
membros - estudo do padrão da inervação motora e sensitiva e exames
eletromiográficos de quatro membros - estudo do padrão da inervação muscular.
46
8.2.1 Padrão Muscular geral
- Padrão apresentado na literatura de Padrão Geral de SPP.
1- Desnervação
2- Fibras atrofiadas
3- Reinervação
4- Grupamento de fibras (UMG) – (padrão neurogênico)
5- Diminuição de UMG
8.2.2 Inervação da musculatura
- Padrão apresentado na literatura de Padrão Geral de SPP.
1- Condução motora normal (nl)
2- Condução sensitiva normal (nl)
8.2.3 Padrão de fraqueza muscular
Doença neurogênica crônica com envolvimento dos neurônios motores do
corno anterior da medula, resultando em padrão muscular de:
1- Fibras atrofiadas – fibras extremamente atrofiadas, não seletivas, espalhadas
no fascículo muscular.
2- Desnervação aguda
3- Reinervação por brotamento colateral – pós fase aguda da doença
4- Formação de UMG
5- Diminuição da UMG (fibras recrutadas não respondem)
- Músculos com UMG, algumas dessas unidades em processo de diminuição.
47
8.3 Adesão ao programa
Tabela 6 - Adesão de atendimentos
Dados Pacientes
Paciente A
% Paciente B %
Número de
atendimentos
oferecidos
25 25
Faltas 3 12,0 2 8,0
Presenças 22 88,0 23 92,0
Nota: Média de adesão 90%.
8.4 Manifestação de dor (Anexo 4)
A dor foi avaliada a partir da queixa das pacientes e para a intensidade foi
aplicada a Escala Visual Analógica de dor (EVA-DOR) sendo (0 = ausência de dor /
10 = dor insuportável), para discriminar,0,5-2,5 dor leve, 3,0-7,5 dor moderada e 8,0-
10,0 dor intensa.
Gráfico 1 –Intensidade da dor das pacientes de acordo com a aplicação da escala
analógicade dor - EVA-DOR – (0 = ausência de dor / 10 = pior dor possível).
Nota: PA manteve-se em dor moderada havendo um aumento e PB saiu de dor moderada para dor leve havendo uma diminuição para quase ausência de dor.
5,56,75
0
2
4
6
8
10
Primeira avaliação Segunda avaliação
Eva
-D
or
(0 -
10
)
Avaliações
Questionário Eva - Dor
Paciente A
5,25
0,50
2
4
6
8
10
Primeira avaliação Segunda avaliação
Eva
-D
or
(0 -
10
)
Avaliações
Questionário Eva - Dor
Paciente B
48
8.5 Fadiga
A fadiga (anexo 5) foi avaliada a partir da queixa das pacientes e da aplicação
da Escala de Severidade de Fadiga (FSS) com oito questões, sendo analisada a
presença de fadiga em pacientes com síndrome pós-poliomielite de acordo com
escores da FSS (28 = não fadiga / 28 = fadiga), sendo,28-39 fadiga leve, 40-51
fadiga moderada e 52-63 fadiga grave.
Gráfico 2: Presença de fadiga das pacientes de acordo com escores da FSS (<28 = não fadiga / ≥ 28 = fadiga).
Nota: PA saiu de fadiga grave para moderada e PB de fadiga moderada para sem fadiga.
54
41
0
10
20
30
40
50
60
Primeira avaliação Segunda avaliação
Esco
re -
FSS
Avaliações
Questionário Escala de Severidade de Fadiga - FSS
Paciente A
51
10
0
10
20
30
40
50
60
Primeira avaliação Segunda avaliação
Esco
re -
FSS
Avaliações
Questionário Escala de Severidade de Fadiga - FSS
Paciente B
49
8.6 Qualidade de vida – (WHOQOL – Bref) (Anexo 6)
Tabela 7: Classificação de escores máximos dos domínios e médias do WHOQOL
Nota: soma dos valores por domínio para o escore máximo.
DOMÌNIO -
WHOQOL
ESCORE
MÁXIMO
PA
PRÉ
ESCORE
MÁXIMO
PA
PÓS
ESCORE
MÁXIMO
PB
PRÉ
ESCORE
MÁXIMO
PB
PÓS
MÉDIA
ESCORE
PRÉ
MÉDIA
ESCORE
PÓS
PERCEPÇÃO
DA
QUALIDADE
DE VIDA
4 4 4 5 4 4,5
SATISFAÇÃO
COM A
SAÚDE
2 4 3 5 2,5 4,5
FÍSICO 18 20 20 35 19 27,5
PSICOLÓGICO 25 25 25 28 25 26,6
RELAÇÕES
SOCIAIS
12 15 9 11 10,5 13
MEIO
AMBIENTE
28 28 25 36 26,5 32
50
Gráfico 3 –Percepção da qualidade de vida da questão geral 1.
Nota: resultado direto de 1 (necessita melhorar) a 5 (muito boa).
Gráfico 4 - Percepção da qualidade de vida da questão geral 2.
Nota: resultado direto de 1 (necessita melhorar) a 5 (muito boa).
4 4
00,5
1
1,52
2,53
3,54
4,55
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Percepção da qualidade de vida
Paciente A
4
5
00,5
1
1,52
2,53
3,54
4,55
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Percepção da qualidade de vida
Paciente B
2
4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Satisfação com a saúde
Paciente A
3
5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Satisfação com a saúde
Paciente B
51
Gráfico 5 - Escores sobre as questões do domínio físico.
Nota: resultado de sete questões somadas e divididas por 7.
Gráfico 6 - Escores sobre as questões do domínio psicológico.
Nota: resultado de seis questões somadas e dividido por 6.
2,52,8
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Domínio físico
Paciente A
2,8
5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Domínio físico
Paciente B
4,1 4,1
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Domínio Psicológico
Paciente A
4,1
4,6
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Domínio Psicológico
Paciente B
52
Gráfico 7 – Escores sobre as questões do domínio relações sociais.
Nota: resultado de três questões somadas e dividido por 3.
Gráfico 8 –Escores sobre as questões do domínio meio ambiente.
Nota: resultado de nove questões somadas e dividido por 9.
4
5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Relações sociais
Paciente A
3
3,6
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Relações sociais
Paciente B
3,5 3,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Meio ambiente
Paciente A
3,1
4,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Meio ambiente
Paciente B
53
8.7 Resultado do exame de creatinofosfoquinase (CK/CPK)
Gráfico 9 - Amostra de coletas de CPK.
Nota: Paciente A (260 U/L – 268 U/L = 3,07%) e Paciente B (38 U/L – 39 U/L = 2,63%)
260
268
240
250
260
270
280
290
300
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Res
ult
ado
s em
U/L
Avaliações
Nível sérico de CPKo
Paciente A
38 39
0
50
100
150
200
250
300
Primeira avaliação
Segunda avaliação
Res
ult
ado
s em
U/L
Avaliações
Nível sérico de CPKo
Paciente B
54
9 DISCUSSÃO
Esta pesquisa tem grande importância por ter sido a primeira a analisar
individualmente a ENMG e tipo de fibra dos pacientes, para que fosse elaborado e
prescrito exercícios aquáticos de maneira correta, individualizada, apropriada de
acordo com que cada paciente necessita.
O presente estudo teve como principal objetivo avaliar a influência do
exercício aquático em relação a fadiga e a dor muscular em pacientes com SPP
residentes na região metropolitana de Campinas.
Foram encontrados 36 pacientes aptos para a pesquisa nos critérios de
inclusão, porém apenas duas aceitarem fazer parte da pesquisa.
Dos pacientes que não aceitaram, alguns relataram os motivos, que foram:
distância do local de atendimento, dificuldade de transporte, não acreditavam que
seria possível realizar melhorias físicas, não se sentiam confortáveis com aparência
física, horários indisponíveis devido ao trabalho, não queriam realizar mais exames,
cônjuge não permitia, entre outros não esclarecidos.
9.1 Idade de Inclusão
Foi utilizado como critério de inclusão a idade máxima de 59 anos devido à
dificuldade de diferenciar a fraqueza relacionada a rampa do envelhecimento e a
fraqueza relacionada a da SPP. Oliveira e Quadros (2008) citam que a força
muscular com o envelhecimento na população normalmente apresenta uma média
de declínio de 1% ao ano, já nos pacientes com SPP o declínio médio é de 2%
(DALAKAS et al., 1986; AGRE, 1996; STALBERG; GRIMBY, 1995).
55
9.2 Caracterização da casuística
a) IMC: a PA encontrasse dentro da normalidade do peso ideal, estando com seu
IMC em 25,20. A PB está com 8 kg acima do peso máximo ideal, encontrando-se
com seu IMC em 29,24.
b) Escolaridade: a média de escolaridade das pacientes foi de 18 ½ anos,
comparado a outros estudos, a média é de 11 anos como o encontrado por
Quadros (2010), similar aos achados por Freidemberg et al., (1989), Bruno e
Frick, (1991) e Conde et al., (2009). O nível de escolaridade das pacientes está
bem acima dos níveis esperados e divergem aos dados do censo demográfico
divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), (2000), que
traz tanto a população geral acima de 25 anos (média de 6,1 anos de estudo)
quanto da população com alguma deficiência, em que apenas 10% possuem 8
anos de estudo.
O Censo Demográfico 2010, revela que 61,1% das pessoas do País com 15 anos
ou mais e com algum tipo de deficiência não tem instrução ou possui apenas o
ensino fundamental incompleto e que 6,7% das pessoas com deficiência
concluíram o ensino superior.
c) Tempo de diagnóstico de Poliomielite: as pacientes possuem um tempo de
diagnóstico de poliomielite próximo, quatro anos de diferença, praticamente a
diferença de idade entre elas. PA com 39 anos e PB com 43 anos de poliomielite.
d) Tempo de diagnóstico de SSP: PA estava com 1,6 ano enquanto PB estava com
4,1 anos de diagnóstico confirmado de SPP.
e) Sequela aguda e atual: a PA encontrava-se com um quadro de triparesia após a
sequela aguda, hoje encontra-se com um quadro de quadriparesia. A PB veio de
um quadro de diparesia para um de triparesia.
f) Marcha: a PA é paciente dependente (muleta canadense) enquanto PB
independente.
56
g) Estado de trabalho: ao darmos início à pesquisa a PA estava ativa no mercado de
trabalho enquanto PB inativa, porém, ao entrarmos no último mês de pesquisa PB
dá início ao mercado de trabalho.
De acordo com os dados sociodemográficos podemos destacar alguns pontos
importantes a serem analisados.
PB estando com uma idade maior, peso elevado, maior tempo de
diagnósticos de Poliomielite e SPP, e PA ser mais nova cronologicamente, estar
dentro do peso ideal, possuir um tempo de diagnóstico inferior a PB e ser
dependente de marcha, esperávamos encontrar um quadro diferente quanto a dor,
fadiga e qualidade de vida entre as pacientes.
No entanto, PA é dependente na marcha, estava ativa no mercado de
trabalho há mais tempo que PB, suas sequelas agudas foram mais severas e sofreu
acidente etiologicamente traumático no MID. Podendo nos levar a não conclusões
fechadas, mas a entender a possibilidade de PA ter tido resultados não tão similares
ou melhores quanto a PB.
9.3 Padrão muscular
No estudo do padrão da inervação motora e sensitiva, a PA possui neuropatia
motora difusa, crônica e axonal, comprometendo o MSD de grau moderado, MSE
grau leve, MIE grau moderado a severo e MID grau severo. Mononeuropatia do
nervo Sural direito (comprometimento Axonal severo – etiologia traumática), como
apresentada na tabela 2.
No estudo do padrão da inervação muscular (tabela 3) PA indica doença
neurogênica, sua atividade insercional apresenta normalidade para MMSS porém
nos MMII possuem redução, resultando em importante atrofia muscular, seus
potenciais espontâneos classificam-se como normais, a duração longa e amplitude
aumentada (alta frequência) de PUM caracteriza reinervação juntamente com os
potenciais polifásicos aumentados, tipicamente em processos neurogênicos, onde
seu recrutamento é diminuído e seu padrão de interferência é reduzido causado pela
57
desnervação das UM’s e possui o MID com maior comprometimento com indicação
de atrofiamento total.
No estudo do padrão da inervação motora e sensitiva, a PB apresenta
neuropatia motora difusa, crônica e axonal (desnervação e reinervação crônica),
comprometendo o MID de grau moderado a severo, MMIIE e MMSSD de leve a
moderado, MSE normal. Compatível com patologia crônica do neurônio motor como
indica a tabela 4.
A PB apresentou ainda valores maiores para VCM no MSE (nervos Medianos
e Ulnar), obtendo uma taxa de recrutamento PUM acima da referência, característica
de remodelamento dá UM pela reinervação axonal, para os MMII (nervo Tibial
Anterior) os valores aumentados pode-se considerar ainda o tamanho do musculo e
a distância dos eletrodos e a participação da musculatura sinergista. Na observação
do item VCS, os valores diminuídos dos MMSS (nervos Medianos e Ulnar),
apresentam maior impedância na lesão axonal igualmente observadona PA e uma
menor resistência para o nervo Radial e Sural de acordo com a tabela 4.
No estudo do padrão da inervação muscular (tabela 5)PB indica doença
neurogênica, sua atividade insercional apresenta normalidade para MMSS e MMII
possuindo redução apenas nos músculos Tibial Anterior D e Gastrocnemio Lateral
D, resultando em importante atrofia nesses grupos musculares, nos potenciais
espontâneos classifica-se como normais ou seja, sem denervações agudas, a
duração longa e amplitude aumentada de PUM caracteriza-se reinervação
juntamente com os potenciais polifásicos aumentados na maior parte dos grupos
musculares, tipicamente em processos neurogênicos o seu recrutamento é
diminuído (reduzido) porém na musculatura do MSE se dá como cheio e seu padrão
de interferência é reduzido no MSD e em alguns grupos musculares dos MMII
causado pela desnervação das UM’s. A PB possui um comprometimento maior no
MID com especificação nos músculos Tibial Anterior e Gastrocnêmio Lateral e não
possui acometimento característico de atrofia muscular no MSE.
58
9.4 Biópsia
O padrão muscular demonstrado pelos achados nas ENMG, é similar ao
padrão clássico de biópsia muscular do manual de SPP (OLIVEIRA; QUADROS,
2009), e mostram que os achados de biópsia muscular (ATPase 6.5 e 9.4)
demonstraram um padrão muscular de:
Formação de Type grouping (Agrupamento de fibras do mesmo tipo
Histoquímico).
Atrofia de fibra única, não seletiva, espelhados no fascículo muscular.
Predominância de fibra do tipo I de acordo com a figura do Anexo 8.
9.5 Adesão aos atendimentos
Foram realizados 25 atendimentos, com média de adesão foi de 90%,
considerada uma porcentagem expressiva ao programa de atividades físicas na
água.
Foram realizados atendimentos no período matutino devido ao provável nível
de cansaço e fadiga física estarem elevados nos horários vespertino e noturno.
9.6 Intensidade e frequência das atividades
Para isso foi realizada atividades específicas para cada paciente, grau de
intensidade e frequência.
A intensidade dos movimentos foram de leve à moderada de acordo com
cada paciente; a frequência e repetição de movimentos foi estipulada pela
individualidade coordenativa, sendo possível uma repetição maior de um
determinado exercício para uma paciente do que para outra; repetições menores
para capacidades já adquiridas e maiores para adaptação coordenativa.
59
Ambas as pacientes chegaram a vivenciar dentro do período prático do
estudo os movimentos básicos dos quatro nados resultando num melhor
aproveitamento de movimentos e deslocamentos podendo assim variar
metodologias, grupos musculares e intensidades diferentes.
Ao final do período prático, PA que já nadava, pode melhorar os movimentos
coordenativamente, ampliando um conhecimento físico, PB que apenas entrava em
piscinas para brincar, mas que nunca havia tido vivências de ensino, pode aprender
movimentos nunca feitos em água.
Para cada exercício prescrito, havia uma explicação primária relatando o que
possivelmente cada uma iria sentir de efeito proporcionado pelo movimento para
criar maior segurança. Exercícios coordenativos, educativos e corretivos foram
propostos e ao final também se pedia um relato do que sentiram, se houve algum
desconforto, ou seu foi prazeroso, qual a percepção adquirida, para melhor
aperfeiçoamento e preparo individualizado.
Agre (1996) indica exercícios terapêuticos aquáticos principalmente por
aumentar a amplitude de movimento, força muscular e a performance
cardiovascular.
A partir das sequelas das pacientes, foram realizados treinamento com
especificidade para cada padrão muscular.
Atividades e programas de exercícios não devem ser prescritos para todos os
pacientes igualmente, diferenciação nos níveis de intensidade, frequência e duração
dos exercícios devem ser planejados individualmente (HALSTEAD; ROSSI, 1985).
Os programas de exercícios aquáticos para pacientes com SPP devem ser
descritos como não fadigáveis, pois se forem em condições excessivas, isso deverá
levar a uma perda de função (IVANYI; NELEMANS; VISSER, 1996), sendo
apropriados sua realização em água aquecida (WILLÉN; SCHERMAN, 2002).
9.7 Programa de natação
A construção do programa foi em cima do padrão muscular Tipo I,
considerando as fibras de resistência.
60
As atividades programadas inicialmente com exercícios de adaptação mental,
desligamento, controle da rotação transversal, controle da rotação sagital, controle
da rotação longitudinal, controle da rotação combinada, empuxo, equilíbrio em
imobilidade, deslize em turbulência, foram trabalhadas partindo do método Halliwick,
progressões simples da adaptação ao meio líquido, variações de profundidade,
flutuabilidade, noção espacial, percepção corporal, sensibilidade corporal, exercícios
de simultaneidade e alternância, para que houvesse um domínio e controle de
movimentos aquáticos também foram incluídos para que fossem prescritos
posteriormente exercícios delimitados de acordo com a capacidade motora e física
de cada paciente até que as pacientes vivenciassem os movimentos básicos dos
quatro nados, nado Crawl, Costas, Peito e Borboleta.
Os atendimentos foram realizados divididos em tempos de acordo com a
necessidade de cada dia de programa, onde se dividia em alongamento inicial e
aquecimento em 10 minutos, parte prática com atividades variadas em 30 minutos e
pausas quando necessárias e10 minutos de alongamento e relaxamento final,
somando-se assim, os 50 minutos de atendimento.
9.8 Dor
Os resultados encontrados na escala EVA-DOR do gráfico 1, foram
resultados bem diferentes comparando as duas pacientes.
PB obteve uma melhora em sua percepção de dor, indo de um nível
moderado inicialmente (5,25) para um nível leve após os três meses de atividade
(0,5), quase chegando à ausência de dor, havendo uma diminuição de percepção de
dor de 90,47%.
PA inicialmente estava no limiar moderado (5,5), tendo um leve aumento em
sua percepção de dor (6,75) ainda se mantendo no nível moderado, sofrendo um
aumento de 22,72%.
Esperava-se um resultado diferente de acordo com o histórico de cada
paciente, sendo que PB em seus dados sociodemográficos da tabela 1 possui idade
superior a PA, peso maior, IMC considerado acima do peso, tempo de diagnóstico
de poliomielite e diagnóstico de SPP maiores.
61
Outros fatores podem ser discutidos, sendo que, de acordo com PA em relato
verbal durante aos atendimentos contou que em seu trabalho, ao qual realiza,
estava passando por uma fase de muito acúmulo de serviço, necessidades diárias
de percorrer grandes distâncias e também, somado aos trabalhos rotineiros de casa,
apesar de receber ajuda duas vezes por semana, podendo ter potencializado o
aumento da dor e também nível sérico de CPK.
PB por outro lado, não estava trabalhando nos dois primeiros meses de
atendimento, estando com os afazeres de casa e possuía auxiliar uma vez por
semana para realizar as necessidades mais “pesadas”, ao entrar no terceiro mês de
atividades em água, deu início há um trabalho e segundo relato verbal, o setor que
estava trabalhando era de um ambiente mais favorável fisicamente, entretanto
também obteve um aumento no nível sérico de CPK.
Sintomas como câimbras, dores musculares, dores articulares,fadiga e
cansaço frequente durante o dia, falta de disposição, dores de cabeça, dificuldades
no sono e depressão, estavam presentes e com boa frequência no dia a dia das
pacientes de acordo com relato verbal obtidos durante os atendimentos, e de acordo
com os relatos feitos, encontrou-se uma diminuição de alguns sintomas e até
mesmo deixando de sentir totalmente outros.
9.9 Fadiga
O estudo verificou a fadiga das pacientes com a Escala de Severidade de
Fadiga - FSS do gráfico 2.
As pacientes encontravam-se em uma percepção de fadiga inicial de nível
grave (PA) e moderado (PB) e após os três meses de atividade física aquática
houve uma mudança para o nível moderado (PA) e sem fadiga (PB). PA teve uma
melhora indo de um escore de fadiga grave (54) para fadiga moderada (41), tendo
uma diminuição de 24,07% em sua percepção de fadiga, já, PB houve uma melhora
indo de fadiga moderada (51) para um nível classificado como ausência de fadiga
neste período (10), tendo uma diminuição de 80,39% em sua percepção de fadiga.
PA informou duas vezes no período dos atendimentos que estava se sentindo
fadigada e PB informou uma vez. Nesses três casos foram feitos atendimentos mais
62
livres e tranquilos fisicamente, com exercícios que exigiam menor esforço, dando
maior tempo de descanso. Nos atendimentos posteriores, PA e PB informaram que
se sentiram muito melhores tanto no trabalho quanto em casa e se sentiram melhor
o resto do dia.
A fadiga tem sido o sintoma mais comum da SPP de acordo com Bruno et al,
(1995), chegando até 91%. Já Berlly, Strauser e Hall (1991) afirmam que
aproximadamente 66% a 89% dos pacientes com SPP se queixam de aumento da
fadiga, podendo assim levar a uma diminuição nas atividades físicas. Ainda não há
um consenso quanto à natureza da fadiga na SPP na literatura, excesso de
atividade física e estresse emocional são descritas por 92% e 61% respectivamente.
Falta de atenção, alteração da cognição, problemas de memória, concentração e
atenção são referidas entre 70% e 90% dos pacientes com sequelas paralíticas,
referindo-se que a fadiga moderada a intensa dificulta suas funções em 77% dos
relatos (BRUNO et al.,1995).
9.10 Qualidade de vida
O estudo analisou a qualidade de vida das pacientes, havendo melhora
principalmente quando analisada separadamente, onde PA melhorou em uma
questão de modo geral e manteve-se na outra, melhorou em 2 domínios e manteve-
se igual em outros 2, PB obteve melhora nas duas questões gerais e em todos os
domínios.
Quando verificamos os resultados dos questionários WHOQOL – BREF da
tabela 7, feitos no início e final dos três meses, na avaliação da paciente PA,
podemos dizer que, na percepção da qualidade de vida do gráfico 3, manteve-se a
mesma pontuação, classificada como “BOA” (4,0 em ambas), na satisfação com a
saúde do gráfico 4, obteve-se um aumento de insatisfeito (2,0) para satisfeito (4,0),
classificada como “BOA”, no domínio físico (gráfico 5), houve um pequeno aumento
(2,5 - 2,8) se mantendo na classificação “NECESSITA MELHORAR”, no domínio
psicológico (gráfico 6) manteve-se a mesma pontuação (4,1 em ambas), classificada
como “BOA”, quanto as relações sociais (gráfico 7), houve um aumento de “BOA”
63
(4,0) para “MUITO BOA” (5,0) e no meio ambiente (gráfico 8) não houve
modificação, mantendo-se na classificação “REGULAR” (3,5).
Já com a PB, comparando os resultados, na percepção da qualidade de vida
(gráfico 3) houve uma melhora de “BOA” (4,0) para “MUITO BOA” (5,0), na
satisfação com a saúde (gráfico 4), obteve-se um aumento de “REGULAR” (3,0)
para “MUITO BOA” (5,0), no domínio físico (gráfico 5), houve um aumento muito
expressivo que foi de “NECESSITA MELHORAR” (2,8) para “MUITO BOA” (5,0), no
domínio psicológico (gráfico 6), obteve-se um pequeno aumento, mantendo-se na
mesma classificação considerada “BOA” (4,1 para 4,6), quanto as relações sociais
(gráfico 7), houve um aumento mas mantendo-se na classificação “REGULAR” (3,0
para 3,6) e no domínio meio ambiente (gráfico 8) houve modificação, da
classificação “REGULAR” (3,1) para “BOA” (4,5).
Relatos foram feitos em conversas em grupo e outras separadamente onde
foram citadas frases como: “estou dando uma guinada na minha vida”, “estou
tomando as rédeas novamente”, “me sinto mais bonita”, “sinto mais amável e
amada”, “me sinto respeitada”, “sou mais feliz hoje com um convívio social melhor”,
“estou feliz por realizar uma atividade diferente”, “estou me importando menos com
minha aparência física”, “estou mais despreocupada”, etc. Muitas outras frases
foram ditas nesse período de atendimento.
O impacto gerado por modificações na qualidade de vida dos indivíduos com
SPP é de grande importância. Tratamentos específicos e individualizados podem ser
feitos, visando melhorar a independência funcional e a qualidade de vida dos
pacientes (ROSA; CUNHA; FRANCO, 2006).
9.11 CPK
Foi analisado a CPK das pacientes duas vezes no período do estudo, onde
obteve-se um aumento de ambas as pacientes. A PA com um aumento de 3,07% e
PB com aumento de 2,63%. A primeira coleta foi realizada antes de iniciar as
atividades práticas em água e outra logo após o término dos atendimentos, dentro
do prazo de 48 horas após o último atendimento, pois o pico sérico de CPK é
geralmente encontrado próximo ás 48 horas pós-atividade.
64
Na análise dos exames de CPK, demonstra que há sofrimento muscular com
a atividade física, tomando-se como referência o valor de dosagem de até 170 U/L
(usado pela maioria dos laboratórios, tais como, DMS Burnier e Confiance). Foi feito
um comparativo o qual de 260 U/L passou para 268 U/L na PA e na PB de38 U/L
para 39 U/L.
Ainda não se sabe o porquê alguns indivíduos diagnosticados com SPP o
nível sérico de CPK se dá em uma mensuração muito baixa, sendo que o normal
para mulheres é de até 110 UI / ml e de até 130 UI / ml em homens, assim sendo,
com a SPP a tendência é de ser ½ a 2 vezes mais elevada que uma pessoa com
níveis normais(KATIRJI e AL-JABERI, 2001). A PA encontra-se nos padrões
esperados de CPK, estando dentro de uma normalidade apresentada por DALAKAS
(1992); já PB apresentou nível bem abaixo do esperado.
Apesar de haver um aumento da primeira em comparação à segunda numa
média de 2,85%, aproximadamente 3%, percentualmente pequena, nos diz que
sofreram esforços ainda demasiados pelos exercícios realizados.
Estudos recentes trazem um apontamento para a elevação dos níveis de CPK
(WARING e MCLAURIN, 1992), a dor muscular ligada ao exercício físico, dor
articular e até ganho de peso recente podem ser indicadores do excesso de uso
muscular (TROJAN e CASHMAN, 1997).
9.12 Quadro de atividades paralelas
ATIVIDADES PARALELAS AO PROGRAMA
MÊS PA PB
1º Ativa no trabalho/ percorria grandes
distâncias/ subia escadas no
trabalho/ afazeres caseiros como:
lavar louça, lavar roupas, passar
pequenas peças, cozinhar, cuidar do
filho pequeno, etc/ dirigir por
distâncias razoavelmente pequenas/
auxiliar de limpeza duas vezes por
Não ativa no trabalho/ afazeres
domésticos como: lavar louça, lavar
roupas, passar pequenas peças,
cozinhar, etc/ dirigir por distancia
razoavelmente pequenas/ auxiliar de
limpeza uma vez por semana para
serviços mais pesados
65
semana para serviços mais pesados
2º Ativa no trabalho/ percorria grandes
distâncias/ subia escadas no
trabalho/ afazeres caseiros como:
lavar louça, lavar roupas, passar
pequenas peças, cozinhar, cuidar do
filho pequeno, etc/ dirigir por
distâncias razoavelmente pequenas/
auxiliar de limpeza duas vezes por
semana para serviços mais pesados
Não ativa no trabalho/ afazeres
domésticos como: lavar louça, lavar
roupas, passar pequenas peças,
cozinhar, etc/ dirigir por distancia
razoavelmente pequenas/ auxiliar de
limpeza uma vez por semana para
serviços mais pesados
3º Ativa no trabalho/ percorria grandes
distâncias/ subia escadas no
trabalho/ afazeres caseiros como:
lavar louça, lavar roupas, passar
pequenas peças, cozinhar, cuidar do
filho pequeno, etc/ dirigir por
distâncias razoavelmente pequenas/
auxiliar de limpeza duas vezes por
semana para serviços mais pesados
Ativa no trabalho/ afazeres
domésticos como: lavar louça, lavar
roupas, passar pequenas peças,
cozinhar, etc/ cuidar de crianças
pequenas em idade escolar (berçário
e infantil I) / dirigir por distância
razoavelmente longa/ passar muitas
horas em pé e andando/ levantar e
segurar crianças por tempos curtos,
mas repetidamente
66
10 LIMITAÇÕES DO ESTUDO
No presente estudo o número de pacientes (n) não foi representativo para que
se fizesse análises estatística, limitando a pesquisa a prospectiva série de casos.
67
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
11.1 Paciente A
- A PA não obteve melhora referente a dor, mantendo-se num limiar
moderado, assim fazendo uma reflexão de acordo com o relato descrito no quando
de atividades paralelas, podendo ter influenciado negativamente sua percepção nas
dores, acarretando em dores mais acentuadas neste período.
- PA obteve melhora referente a fadiga, indo de uma margem moderada para
leve.
- PA na qualidade de vida manteve-se no mesmo limiar em percepção da
qualidade de vida, domínio psicológico e domínio meio ambiente, mas, obteve
melhoras em satisfação com a saúde, domínio físico e domínio relações sociais.
- PA obteve um aumento de 3,07% no CPK, podendo também fazer reflexão
ao quadro de atividades paralelas.
11.2 Paciente B
- A PB obteve melhora referente a dor, saindo de um limiar moderado para
dor leve.
- PB obteve melhora referente a fadiga, indo de uma margem moderada para
sem fadiga.
- PB na qualidade de vida melhorou nas questões gerais e em todos os
domínios.
- PB obteve um aumento de 2,63% no CPK, podendo fazer reflexão ao
quadro de atividades paralelas referente ao último mês do programa.
68
11.3 Considerações gerais
- Pessoas com SPP necessitam de um profissional para cada paciente e
programa individualizado.
- O profissional deve se atentar ao planejar o programa com as atividades em
paralelo do paciente.
69
12 CONCLUSÕES
O estudo para verificar o efeito exercício aquático sobre a dor e fadiga
muscular em pacientes com SPP permitiu-nos concluir que:
1. A influência do exercício aquático em relação a dor foi distinta para as
pacientes.
2. A influência do exercício aquático em relação a fadiga verificou-se benefício
para ambas as pacientes.
3. Propomos atividade aquática de intensidade leve baseada no método
Halliwick e métodos utilizados para o ensino da natação de acordo com cada
padrão muscular, devendo ser prescrita individualmente na intensidade e
frequência.
4. A atividade aquática teve grande influência na qualidade de vida das
pacientes de acordo com a melhora que obtiveram em praticamente todos os
domínios (físico, psicológico, relação social e meio ambiente).
5. Os níveis séricos de CPK foram aumentados, apesar de um aumento
percentual pequeno, mas que ainda indica um sofrimento demasiado as
pacientes de SPP.
70
REFERÊNCIAS
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ANEXO 2 – AUTORIZAÇÃO PARA FREQUENTAR O AMBULATÓRIO DE SPP DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPART
DISCIPLINA DE NEUROLOGIA CLÍNICA SETOR DE NEUROMUSCULAR
Autorizamos o pesquisador Thiago Caetano Furquim a frequentar o ambulatório de
Síndrome Pós-Poliomielite, para fazer contato com paci
inclusão em pesquisa acadêmica, assim como ter acesso aos prontuários dos
pacientes que concordarem em fazer parte do estudo.
Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira Responsável pelo Setor de Investigação Coordenador do Ambulatório de Síndrome de Doenças Neuromusculares da PósEPM
Rua e Estado de Israel
AUTORIZAÇÃO PARA FREQUENTAR O AMBULATÓRIO DE SPP DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA
DISCIPLINA DE NEUROLOGIA CLÍNICA SETOR DE NEUROMUSCULAR
AUTORIZAÇÃO
Autorizamos o pesquisador Thiago Caetano Furquim a frequentar o ambulatório de
Poliomielite, para fazer contato com pacientes com objetivo de
inclusão em pesquisa acadêmica, assim como ter acesso aos prontuários dos
pacientes que concordarem em fazer parte do estudo.
Prof. Dr. Acary Souza Bulle Oliveira Prof. Dr. Abrahão A. J. Quadros
e Investigação Coordenador do Ambulatório de Síndrome de Doenças Neuromusculares da Pós-Poliomielite do Setor de Doenças UNIFESP
Neuromusculares – UNIFESP - EPM
Rua e Estado de Israel, 899 - CEP 04039-032 - São Paulo / Brasil
77
AUTORIZAÇÃO PARA FREQUENTAR O AMBULATÓRIO DE SPP DA
AMENTO DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA
Autorizamos o pesquisador Thiago Caetano Furquim a frequentar o ambulatório de
entes com objetivo de
inclusão em pesquisa acadêmica, assim como ter acesso aos prontuários dos
Prof. Dr. Abrahão A. J. Quadros
e Investigação Coordenador do Ambulatório de Síndrome de Poliomielite do Setor de Doenças UNIFESP –
78
ANEXO 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TCLE)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado (a) a participar da pesquisa intitulada:EFEITO DA
NATAÇÃO SOBRE A DOR MUSCULAR E FADIGA MUSCULAR EM PACIENTES COM
SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE sob responsabilidade do pesquisador Professor e
Educador Físico Thiago Caetano Furquim, CPF nº 310225528-05. Orientado pelos
Professores Dr. Abrahão Augusto Juviniano Quadros do Programa de Mestrado Profissional
em Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP) e Dr.
Beny Schmidt da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O objetivo é propor
exercícios baseados no padrão muscular e estudar a influência do exercício em relação a
intensidade da fadiga e dor musculares em indivíduos com SPP. Para que sua participação
nessa pesquisa ocorra você deve ter: Diagnóstico confirmado de SPP; Adulto com idade ≤ a
59 anos, independente do gênero; Exame de biópsia muscular (realizado no Sistema Único
de Saúde (SUS) ou rede particular de atendimento); Exame de eletroneuromiografia
(ENMG) (realizado pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP); Exame de CPK
(Creatinofosfoquinase) (realizado no SUS ou rede particular de atendimento) e aceitação
em assinar este documento. Sua participação na pesquisa ocorrerá da seguinte forma:
faremos uma avaliação inicial chamada de T1 que irá compor um teste utilizando a Escala
de Severidade de Fadiga (FSS) para verificar o nível de fadiga, um teste para verificar o
nível de dor ao qual utilizaremos a Escala Visual Analógica de Dor (EVA-DOR), um
questionário de Qualidade de vida (WHOQOL - Bref) e teste de CPK (Creatinofosfoquinase)
para verificar seu nível sérico, solicitado por médico (Dr. Beny Schmidt). Assim dando início
ao programa de exercícios aquáticos baseados no método Halliwick e metodologias
aplicadas ao ensino da natação. Três (3) meses após o início iremos refazer os testes
chamados de T2 para avaliar a fadiga, dor, qualidade de vida e CPK. O estudo envolve
poucos riscos, pois todas as atividades, serão realizadas individualmente com
acompanhamento do pesquisador. As atividades serão realizadas de acordo com o
conhecimento da fisiopatologia e padrão muscular do paciente. Pode haver risco mínimo
para queda e ameaça de afogamento. Para ambos os casos o paciente terá o primeiro
atendimento no local da pesquisa pelo pesquisador e também Educador Físico ao qual
estará ministrando as atividades sendo este qualificado para tais atendimentos e se
necessário será encaminhado para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial). Sua
participação será de três meses (12 semanas), duas vezes na semana com duração de 50
minutos em piscina terapêutica do UNASP campus Hortolândia. Você terá a garantia de
receber esclarecimentos sobre qualquer dúvida relacionada à pesquisa e poderá ter acesso
79
aos seus dados em qualquer etapa do estudo. Sua participação é voluntária e não
remunerada.Você pode desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem
penalização ou prejuízo.Os resultados da pesquisa serão divulgados, mas você terá a
garantia que o sigilo relativo à sua identidade, como sujeito da pesquisa, será preservado.
Caso você tenha dúvidas sobre o comportamento do pesquisador ou sobre as mudanças
ocorridas na pesquisa que não constam neste termo e caso se considere prejudicado (a) na
sua dignidade e autonomia, você poderá entrar em contato com o orientador responsável
Professor Dr. Abrahão Augusto Juviniano Quadros pelo e-mail:
[email protected] ou também poderá consultar o Comitê de Ética em Pesquisa
do UNASP, pelo telefone (11) 2128-6226.
Diante do exposto, eu concordo em participar da pesquisa e sei que terei uma cópia deste
termo que será assinado em duas vias.
Hortolândia - SP, _______/_______/_______
Nome do (a) participante: _______________________________ RG: __________
Assinatura: ____________________________
_________________________
Pesquisador responsável
Prof. Thiago Caetano Furquim
_____________________________
Orientador da Pesquisa
Prof. Dr. Abrahão Augusto Juviniano Quadros
80
ANEXO 4 – ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR (EVA-DOR)
ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR - (EVA-DOR)
Nome: _____________________________________________________
Data: _______/_______/_______
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
SOMENTE PARA O AVALIADOR
81
ANEXO 5 – ESCALA DE SEVERIDADE DE FADIGA (FSS)
ESCALA DE SEVERIDADE DE FADIGA - (FSS)
A escala de gravidade de fadiga (FSS) é um método de avaliação do impacto da fadiga em você. O
FSS é um pequeno questionário que exige que você classifique o seu nível de fadiga.O questionário
contém nove FSS declarações de que a taxa de gravidade dos seus sintomas de fadiga. Leia cada
afirmação e circule um número de 1 a 7, com base em como ele reflete com precisão a sua condição
durante a semana passada e até que ponto você concorda ou discorda que a declaração se aplica a
você.
Um valor baixo (por exemplo, 1); indica forte desacordo com a afirmação, enquanto um valor
alto (por exemplo, 7); indica forte concordância.
É importante que circule um número (1 a 7), para cada pergunta.
Questionário FSS
Durante a semana passada, eu descobri que: Discordo <----------------> Concordo
Minha motivação é menor quando eu estou cansado.
1 2 3 4 5 6 7
O exercício me deixa cansado.
1 2 3 4 5 6 7
Estou ficando cansado facilmente.
1 2 3 4 5 6 7
Fadiga interfere com minha capacidade de funcionar
fisicamente 1 2 3 4 5 6 7
Fadiga causa problemas frequentes para mim.
1 2 3 4 5 6 7
A fadiga impede a manutenção do meu funcionamento
físico.
1 2 3 4 5 6 7
A fadiga está interferindo na realização de certos
deveres e responsabilidades.
1 2 3 4 5 6 7
A fadiga é um dos meus três maiores sintomas
incapacitantes.
1 2 3 4 5 6 7
A fadiga está interferindo no meu trabalho, família ou na
minha vida social.
1 2 3 4 5 6 7
Pontuação total:
Direitos Autorais Lauren Krupps B. Reproduzido com permissão do autor:
Nome: ____________________________ Data: _______/_______/_______
82
ANEXO 6 – QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA (WHOQOL) – BREF
WHOQOL-Bref (World Health Organization Quality of Life – Bref) /
Questionário de qualidade de vida.
The WORLD HEALTH ORGANIZATION quality of life assessment Soc Sci Med 1998; 46:1569-85
Nome: _____________________________________________________ Data: ______/ _______/ _______
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você recebeu “muito” como abaixo.
Nada Muito pouco Médio Muito Completamente Você recebe dos outros o apoio de que necessita?
1 2 3 4 5
Você deve circular o número 1 se você não recebeu “nada” de apoio.
Por favor, leia cada questão, veja o que acha e circule o número que lhe parece a melhor resposta.
Muito ruim
Ruim Nem ruim Nem boa
Boa Muito boa
1 Como você avaliaria sua qualidade de vida 1 2 3 4 5
Muito
insatisfeito Insatisfeito Nem satisfeito
Nem insatisfeito Satisfeito Muito
satisfeito
2 Quão satisfeito (a) você está com a sua saúde?
1 2 3 4 5
As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas. Nada Muito
pouco Mais ou menos
Bastante Extremamente
3 Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?
1 2 3 4 5
4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária
1 2 3 4 5
5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5
6 Em que medida você acha que sua vida tem sentido?
1 2 3 4 5
7 O quanto você consegue se concentrar?
1 2 3 4 5
8 Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária?
1 2 3 4 5
9 Quão saudável é o seu ambiente 1 2 3 4 5
83
físico (clima, barulho, poluição, atrativos)?
As questões seguintes sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas semanas. Nada Muito pouco Médio Muito Completamente
10 Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
11 Você é capaz de aceitar sua aparência física?
1 2 3 4 5
12 Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades?
1 2 3 4 5
13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa no seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
14 Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas. Muito ruim Ruim Nem ruim
Nem bom Bom Muito bom
15 Quão bem você é capaz de se locomover?
Muito insatisfeito
Insatisfeito Nem satisfeito Nem insatisfeito
Satisfeito Muito satisfeito
16 Quão satisfeito(a) você está com o seu sono?
1 2 3 4 5
17 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
18 Quão satisfeito(a) você está com sua capacidade para o trabalho?
1 2 3 4 5
19 Quão satisfeito(a) você está consigo mesmo (a)?
1 2 3 4 5
20 Quão satisfeito(a) você está com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos,
1 2 3 4 5
84
colegas)? 21 Quão satisfeito(a)
você está com sua vida sexual?
1 2 3 4 5
22 Quão satisfeito(a) você está com o apoio que você recebe de seus amigos?
1 2 3 4 5
23 Quão satisfeito(a) você está com as condições do local aonde mora?
1 2 3 4 5
24 Quão satisfeito(a) você está com o seu acesso aos serviços de saúde?
1 2 3 4 5
25 Quão satisfeito(a) você está com o seu meio de transporte?
1 2 3 4 5
As questões seguintes referem-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas semanas. Nunca Algumas
vezes Frequentemente Muito
frequentemente Sempre
26 Com que frequência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão?
1
2
3
4
5
Alguém lhe ajudou a preencher este questionário?
.......................................................................................................................
Quanto tempo você levou para preencher este questionário?
.......................................................................................................................
Você tem algum comentário sobre o questionário?
.......................................................................................................................................
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO
Nome do avaliador Assinatura do avaliador _______________ ___________________
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ANEXO 7 – TERMO DE AUTORIZAÇÃO DO USO DE IMAGEM
Termo de autorização de uso de imagem
Pessoa maior de 18 anos Neste ato, e paratodos os finsemdireito admitidos, autorizo expressamentea utilização da minha imagem, em caráter definitivo e gratuito, constante emfotos e filmagens decorrentes da minha participação na pesquisa do Programa de Mestrado Profissional em Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP), a seguir discriminado: Programa: Programa de Mestrado Profissional em Promoção da Saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP-SP). Título do projeto: Síndrome Pós-Poliomielite: Efeitos Da Natação Sobre Dores Musculares e Fadiga Muscular. Pesquisador: Thiago Caetano Furquim Orientadores: Dr. Abrahão Augusto Juviniano Quadros e Dr. Beny Schmidt Objetivos principais:O objetivo desta pesquisa é estudar as dores articulares e fadiga muscular. Propor atividades físicas para a diminuição dessa sobrecarga muscular, principalmente com atividades aquáticas. As imagens poderão ser exibidas: nos relatórios parcial e final do referido projeto, na apresentação visual do mesmo, em publicações e divulgações acadêmicas, em festivais e premiações nacionais e internacionais, assim como disponibilizadas no banco de imagens resultante da pesquisa e na Internet, fazendo-se constar os devidoscréditos. O aluno fica autorizado a executar a edição e montagem das fotos e filmagens, conduzindo as reproduções queentender necessárias, bemcomo a produzir os respectivosmateriais de comunicação, respeitando sempre os finsaqui estipulados. Por ser esta a expressão de minha vontade, nada terei a reclamar a título de direitos conexos a minha imagem ou qualquer outro.
Hortolândia - SP, _______/_______/_______
__________________________
Assinatura
Nome:_______________________________________________ RG.: ____________________ CPF: _______________________ Telefone1:( )_____________Telefone2:( ) _______________ Endereço: ____________________________________________
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO