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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA
CENTRO DE SELEÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO
DE PESSOAL DO ESTADO DO PARANÁ
Vicente f-ldeUé de Avlla
C E T E P A R NOÇÕES SOBRE PROJETO
Texto de fundamentação didático-pedagógica -do curso abaixo- estudado por cerca de dezoito mil (18.000) professores dos maiores 80 Municípios do Estado
do Paraná, de nov/1973 a dez/1974.
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PARA DOCENTES DE 1.° GRAU 1974
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA - S E C
CENTRO DE SELEÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTO DE
PESSOAL DO ESTADO DO PARANÁ - CETEPAR
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PARA DOCENTES DE 12 GRAU
FUNDAMENTAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
"NOÇÕES SOBRE PROJETO»
PROGRAMADOR: VICENTE FIDELES DE ÁVILA
REVISÃO TÉCNICA: MARIA APARECIDA DIAS CHAVES
Curitiba/l.97^
s u l jCh i o
O r i e n t a ç õ e s . . . . . . • • . . . . . • • • • • • • • • • • • • • • 2
1, Distinção entre Projeto e Planejamento.••.•• 3
2. Diagnóstico áa R e a l i d a d e . . . . . . . . . 4
3 • Justificativas 9
4. O b j e t i v o s . ! 2
5g Becursos............... 14
6» Estratégias e T é c n i c a s » . . . . • • • • • • • • • 16
7. Cronograma.o...•••••••••••••••••••••••••••••• 21
8. Avaliação • •••• 24
# « * # * * * # * * * * «
— 2 —
OBIEKTAÇffES
Este trabalho não irá além das noções fundamentais»
É apenas uma ferramenta simples e grotesca para que você
comece, se já não começou, a se mentalizar sobre o agir
organizado, sobretudo no setor da educação»
Estude todo o documento» No final de cada etapa ou
item, faça uma síntese»
Voce poderá ler individualmente e discutir em grupo
( pequeno )•
Quando terminar o debate de todo o documento, faça um
exercício de cada uma das partes»
Escolha um problema e procure as soluçoes de modo organi
zado»
Faça: o Diagnostico da Eealidade, as Justificativas, os
Objetivos, os Becursos e os Cronogramas»
Esse exercício poderá ser feito num pequeno grupo também.
0 documento será uma fonte de pesquisa, durante o exercí-
cio»
Há vários modelos de projetos» Isto quer dizer que
os projetos podem ser e, às vezes, devem ser formulados
diferentemente» Todavia, há elementos que são comuns a
todos» Nós procuraremos trabalhar em t o m o desses elemen-
tos» Nao se assuste quaindo a SEC ou outro órgão oficial
lhe pedir iam projeto baseado num modelo detalhado e não
tão simples como as nossas noções»
Se voce fizer ests estudo bem conscientemente, acompanha-
do do exercício, voce estará se preparando para o que é essencial na elaboração de qualquer projeto q.ue lhe for
pedido» * * * * * * * * * *
1. DISTINÇÃO ENTBE PROJETO E PLANEJAMENTO
7oce é capaz de distinguir um projeto de um planejamento?
Está fora de dúvida que o projeto também é uma forma de
planejamento*
8l distinção se faz da seguinte forma: o planejamento é
abrangente e o projeto é um plano bem definido e detalha-
lo®
formalmente o planejamento se realiza através dos proje -
tos»
Exemplo: a Prefeitura X fez o planejamento educacional pa
ra o período de 3 anos. Esse planejamento será executado
à. base de projetos: de formação de pessoal de 12 grau (de
época em época), de formação de pessoal de 22 grau, de
cursos de férias, de cursos de formação do pessoal do Su-
pletivo, etc.».
De modo geral, o planejamento, por ser abrangente, é mais
a, longo prazo, reunindo diretrizes de ação e possibilida-
les de recursos utilizáveis, sem entrar na precisão dos
porménores.
Tá o prajeto se define assim:
" conjunto de ações previamente estabelecidas, perfeita -
mente definidas, quantificáveis quanto às metas, cus-
tos, benefícios e tempo de realizaçao " .
* * * * * * * * * *
4 —
2o DIAGNÓSTICO DA REALIDADE
Você já sabe o que é Diagnóstico da Realidade. Releia o item 1 da IV Unidade de Noções sobre Plane jamen
to.
Agora, vamos falar de Diagnóstico da Realidade em relação
direta com o Projeto.
Vamos partir de uma situação mais concreta. Suponha-
mos que você tenha a tarefa de montar um projeto sobre re
cuperação da aprendizagem para alunos de 5* série do 1®
Grau, na escola X .
É evidente que esse projeto será uma decorrência do pró-
prio planejamento curricular da escola X.
Houve já o Diagnóstico da Realidade para que fosse elabo-
rado o planejamento curricular. Já houve o levantamento
dos problemas, a investigação das causas desses problemas
e a análise dos resultados obtidos pelo levantamento e pe
la investigação. Por esse trabalho, foi feita a prioração
dos problemas, isto é, estabeleceu-se "uma hierarquia dos
problemas na seguinte ordem: do que precisava de solução
mais urgente para o que tinha menos urgência de solução.
Então você me pergunta: w
há necessidade de se fazer um Diagnóstico para o proje-
to, quando já foi feito o do planejamento que deu ori-
gem ao projeto ? w
— 5 —
Vou responder-lhe por partes!
1) Pode acontecer que o Diagnóstico feito para o planeja
mento seja tão minucioso e bom que voce tenha, para a
montagem do projeto, só o trabalho de aproveitá-lo»
2) Pode acontecer que o Diagnóstico feito para o planeja
mento seja apenas de ordem geral. Nesse caso, você de
verá fazer o Diagnóstico específico para o Projeto»
3) Pode acontecer, embora não seja muito correto, que T O cê tenha de montar um projeto que não esteja incluí-
do em um planejamento próvio» Nesse caso, voce deverá
fazer o Diagnóstico completo, isto ó, que supra o do
planejamento ( de ordem mais geral ) e que forneça e-
lementos para a montagem do Projeto ( específico )•
Voce ainda pode perguntar-mes
" o Diagnóstico da Realidade deve aparecer na montagem
do Projeto ? "
Resposta:
De um modo ou de outro, o Diagnóstico aparecerá na
montagem:
1) No caso em que o projeto não se inclua em vm planeja-
mento próvio, sua montagem deverá começar pelo Diag-
nóstico da Realidade, como uma primeira etapa, que '
continuará aparecendo na Justificativa e em quase to-
das as etapas posteriores. Veremos isto, quando estu-
darmos uma por uma»
— 6 —
2) No caso em que o projeto já se inclua em um plane jamen
to prévio, o Diagnóstico aparecerá nas Justificativas
e nas outras etapas»
0 que determina o aparecimento ou não do Diagnóstico
no texto do Projeto é a própria natureza do mesmo. Em al-
guns será uma necessidade c i t á - l o exp l i c i t amen te . ]? conveniente, porém, que se observe o seguinte: o
Diagnóstico é importante não porque aparece ou deixa de a
parecer no texto do Projeto, á importante, porque ele nos
oferece o quadro da situação do problema que é objeto do
projeto: qual é a sua natureza? quais são as suas causas?
qual é a interferência direta e indireta do meio físico,
geográfico, humano, economico, cultural e científico na
situação do problema a ser resolvido?
Concluindo: pelo Diagnóstico, você " toma pé na si-
tuação H
ou nos problemas com que você vai trabalhar.
Mesmo que não apareça de modo muito explícito e frisado
(como um item à parte) no texto do projeto, sem ele, você
vai w
chutar " e não montar um projeto.
Voltemos, agora, ao exemplo do suposto projeto que você
deverá montar: recuperação da aprendizagem para a 5* sé-
rie na escola.
Procure responder às seguintes perguntas:
1) A Recuperação da Aprendizagem, para a 5» série da esco
la X, exige solução urgente (mais urgente que a s demais) - por que?
) Em que tipo de aprendizagem voce ou vocês estão pensan
do? - aprendizagem intelectual ? - aprendizagem como
meio de engajamento?
Continue a interrogar sobre a natureza, a validade e a
oportunidade da aprendizagem pretendida» Onde estão as
falhas?
Estamos falando em recuperação»
Por que uma recuperação? Ha falta de aproveitamento?
- por que? - em que sentido? - as causas estão no edu-
cando? - nos professores? - na escola? - na família?
- no tipo de cultura da região?
Continue interrogando»
Os componentes da 5» série, na escola, vivem em que re giãos a) urbana? nos bairros? quais?
b) rural? onde?
Quais são as características da vida econômica dos que
devem ser recuperados? - trabalham? - onde? - ajudam a
manter a família? - por que?
Tem dificuldade com as distâncias? - com os transportes?
Em que tudo isso pode influenciar na vida escolar deles?
Quais as condições que as famílias tem de influenciar pa
ra pior ou para melhor na vida escolar deles?
Quais são as condições que o meio cultural, onde vivem ,
tem de influenciar para pior ou para melhor na vida esco
lar deles?
Quais são as condições de saúde, de lazer, de camarada -
gem, etc., que podem influenciar na vida escolar deles?
A escola procura resolver os seus problemas ou os doa edu
candos?
A escola participa da realidade em que eles vivem ou im-
põe conhecimentos e deveres paralelos e desligados da vi
da deles( família, trabalho, cultura, possibilidades ec
3. JUSTIFICATIVAS
Agora estamos tratando de um elemento que faz parte
da montagem de um Projeto, de modo explícito.
Não vamos desperd içar palavras. Você já está me interro-gando:
n
que são as Justificativas e em que se diferen-
ciam do Diagnóstico da Realidade?"
Resposta:
As Justificativas são as razoes que fundamentam a monta-
gem do Projeto.
Aliás, ê "bom que você não confunda mesmo Diagnóstico da Realidade com Justificativas.
Pelo Diagnóstico, você começou a trabalhar o problema.
Você procurou entender o problema em todas suas dimen -
soes: sua natureza, suas causas diretas e indiretas, sua
importância em relação aos demais problemas, sua urgên-
cia, etc.
Pelas Justificativas, você começa a fundamentar, o pró-
prio projeto»
Pelo Diagnóstico, você procura compreender o problema
em todo o seu contexto.
Pelas Justificativas, você está fundamentando o mecanis
mo de solução organizada ou racional do problema.
Em síntese, o Diagnóstico trata do problema na reg
lidade e as Justificativas dão sentido ao projeto, como
mecanismo de solução do problema.
— 10 —
Que é que você deve fazer para redigir as Justificativas?
Resposta:
1) Você deve enfatizar o que a montagem do projeto signi-
fica:
- para a solução do problema; v
- para o aviamento da cadeia de problemas a que ele es
tá ligado;
- para a melhoria do contexto social ou economico ou
cultural ou humano ou geográfico ou físico, etc., a
que está ligado o problema;
- para o aproveitamento de determinadas situações como:
época propícia, recursos disponíveis naquele momento,
carência do que se propõe realizar ou alcançar com o
Projeto, etc.
Nesta primeira parte, sobretudo, você pode aproveitar vá-
rios dos elementos que foram investigados e analisados no
Diagnóstico da Realidade.
2) Procure todos os fundamentos legais, relacionados com
o projeto que você está montando.
Comece a citar as leis e a enfatizar os textos, que fim
damentam O projeto, partindo das mais importantes para
as menos importantes.
No caso da recuperação da aprendizagem para a 5® série
da escola, comece pelo art. 14 da 3692 e depois veja se
há orientações, diretrizes e normas da SEG ou de outro
órgão, inclusive as noiroas do próprio estabelecimento.
É tua trabalho de pesquisa orientada para o Projeto.
Observações Gerais:
As Justificativas devem ser, para o
projeto, o que os alicerces são para a
casa® Não adianta voce programar xsna
construção muito bonita, se ela não *
tem razão de ser* Voce precisa saber
porque está construindo*
Do mesmo modo, você precisa saber por-
que está montando o projeto.
Já sei que você gostaria que eu lhe '
fornecesse um modelo. Prefiro ouvir a
sua reclamação e pedir-lhe que faça ,
você mesmo, o exercício,
á um trabalho chato, mas deve ser fei-
to através da manipulação dos dados ,
sem parar muito nos exemplos.
Além do mais, estou fornecendo-lhe, no
çoes elementares. Talvez você tenha o-
casião de participar de um curso só pa
ra a montagem de projetos, com duração
de 40 ou 80 horas.
Faça apenas um exercício no momento.
Se você fez um bom Diagnóstico da Rea-
lidade e tem os documentos legais em
mãos, o exercício não será tão difícil.
***************
— 12 —
4* OBJETIVOS
Você já procurou responder, ao montar as Justificati
vas, à pergunta: por que o projeto ?
Agora responda à pergúata : para que o Projeto?
Com isso, você está começando a traçar os objetivos»
Você já ouviu muito sobre objetivos»
Neste conjunto de documentos que estudou, suponho,
há no mínimo três que descrevem os objetivos» Sao eles:
" Objetivos Educacionais *t
* Objetivos Instrucionais^e n
Noções sobre Planejamento
Você já sabe, tecnicamente, como devem ser trabalha-
dos os objetivos»
No projeto, como no planejamento, os objetivos podem
ser, normalmente, de duas categorias:
a) Objetivos gerais;
b) Objetivos específicos»
Beleia, portanto, os objetivos no documento " Noções
sobre Planejamento " e aplique o que leu ao Projeto»
Só há uma diferença: os objetivos gerais do Projeto não
são tão gerais como os do planejamento ( porque o proje-
to ê mais definido e específico do que o planejamento) e
os objetivos específicos do planejamento não são tão es-
pecíficos quanto os do projeto, pela mesma razão acima 1
mencionada»
EH
— 13 —
Observe ainda que, se você fez um bom Diagnóstico da
Realidade, você já tem uma noçSo vaga do que pretende com
o projeto, mesmo antes de montá-lo.
0 seu trabalho, agora, será o de organizar, de selecionar
e de burilar tecnicamente essas noções vagas, transforma»
do o que for viável, como soluções, em objetivos.
Não elabore objetivos maiores do que as possibilidades de
realização, como também não desperd ice as possibilidades de realização com objetivos insignificantes ou inexpressi.
vos demais*
Por isso mesmo é que o Diagnóstico da Realidade mereceu *
tanta importância.
í por ele que se tem uma visão geral de tudo o que é ne-
cessário fazer, do que se pode fazer e do que pode ser '
aproveitado para se fazer.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
5. BECOBSOS
Voce não pode montar um projeto se nao faz a previsão
e a organização de todos os recursos disponíveis e utili-
záveis*
Procure verificar os recursos de toda ordem, como:
a) humanos: pessoal preparado»
b) financeiros: a soma em dinheiro que o projeto vai
custar e uma quantia de reserva para
as eventualidades, que, normalmente,
implica em 10$ sobre o custo geral
do Projeto»
c) sociais: transportes, jornais, revistas, rádio e
outros que sao da sociedade, mas podem ou
devem ser previstos e aproveitados»
d) físicos: prédios, equipamentos, etc»
e) e outros»
Quanto maior for a quantidade e quanto melhor for a
qualidade dos recursos, tanto mais eficiente será a exe-
cução do projeto»
— 15 —
Observe o que já foi dito para o planejamento e que
vale também para o projeto: tudo deve ser estudado e or-
ganizado de tal modo que com um mínimo de esforço e de
custos se produza o máximo de eficiência. 5"
Nesta fase, voce tem o trabalho de organizar os re-
cursos, de sorte que eles se tornem operacionais em re-
lação à execução do Projeto»
Pode ser que o Diagnóstico da Realidade de algumas pis-
tas para a organização dos recursos, por isso, volte *
sempre a ele*
ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS
Traduzindo o que vimos até agora em perguntas, temos:
Por que? - Justificativas
Para que?» Objetivos
Com qu«,?= Recursos
A quarta pergunta é: como ?
Corresponde às Estratégias e às Técnicas.
Muito bem, voce me pergunta, mas qual é a diferença
que existe entre as Estratégias e as Técnicas?
Resposta:
As Estratégias são procedimentos mais gerais e as Téç
nicas são ações definidas e precisas do ponto de vis-
ta técnico.
Os exemplos falam melhor do que as explicações.
Exemplo de procedimentos mais gerais ou de Estratégias:
Dinâmica de Grupo,
Tarefas Orientadas para Casa e
Audio-Tisuaiso
A Dinâmica de Grupo não inclui tuna série de modos dife
rentes de agir? - Inclui Grupo de Berlinda ou Grupo
Crítico, Painel Integrado, Painel e outros.
A Dinâmica de Grupo é um procedimento geral, é uma
Estratégia.
Dentro da Dinâmica de Grupo, o Painel Integrado, o Grupo
de Berlinda e o Painel são Técnicas.
As Tarefas Orientadas para Casa podem ser em forma de
Instrução Programada, de
Interpretação de Texto, etco
Do mesmo modo, os Audio-visuais podem ser em forma de :
projeção, retroprojeção, gravação e outros.
Se voce citar apenas: M
Dinâmica de Grupo * Tarefas
Orientadas para Casa " e " Audio-visuais você está alu
dindo aos procedimentos gerais ou Estratégias.
Se voce citar Grupo de Berlinda, Painel Integrado, Painel,
Instrução Programada, Interpretação de Texto, projeção, re
troprojeção e gravação, você está fazendo alusão às Técni-
cas.
Quanto mais você especificar o pomo, t a n t o melhor. Cuide para que as Estratégias e as Técnicas sejam de fato
operacionais.
* * * * * * * * * *
7« CRONOGRAMA
O tempo I um elemento indispensável tanto para a ela
boração, quanto para a execução de um projeto.
Antes mesmo da elaboração, já se deve ter uma noção da
viabilidade temporal da execução. Do contrário corre-se
o risco de perder esforços, recursos e até tempo na colhei
ta de dados, na análise e no detalhamento do que poderá in
teressar para o projeto.
A palavra cronograma vem do grego e significa medida
( ou peso ) do tempo.
0 cronograma é, portanto, a quantificação do tempo. E a
quantificação de tempo, em um projeto, pode ser de duas '
formas:
1) listagem ou elencação de datas.
Essa forma quase não é mais usada, porque deixa mui
to a desejar do ponto de vista da compreensão pela
visualização.
2) Gráficos.
Nesse caso, o tempo ( ou datas ) aparece relacionado
com os elementos de execução, mas em figura demons -
trativa.
S a forma mais usada, porque facilita a compreensão
das partes e do conjunto, pela visualização.
Por isso, vamos tratar do cronograma apenas sob a
foima de gráficos, de agora em diante, porque é a
que nos interessa de imediato.
— 19 —
Acredito que voce está curioso para saber algo sobre os
tipos de cronogramas, usados em um projeto© Você poderá usar tantos quantos forem necessários.
Todavia, vamos nos deter em três:
1) í o chamado " Cronograma de Execução ".
Ha projetos em que esse tipo de cronograma recebe o no
me de Cronograma Mestre.
Você tem um exemplo na figura 1.
Tomei o exemplo de um projeto que tem a duração de '
três anos e que visualiza a distribuição de suas "Fases
de Execução" apenas em "Anos" e "Meses".
Se você está montando um projeto com quatro fases de
execução, para três anos, basta que você numere as fa-
ses na coluna apropriada e pontilhe os espaços corres-
pondentes aos meses e aos anos em que deverão ser exe-
cutadas.
Com isso, você terá a compreensão visual da execução
de todo o projeto.
2) É o chamado " Cronograma Físico ".
Nesse segundo tipo, você detalha as "Fases" em "Ativi-
dades", de acordo com o "Ano", os "Meses" e os "Dias",
colocando a "Carga Horária" nos espaços correspondeu -
tes aos "Dias".
Veja fig. 2.
3) á o chamado " Cronograma Financeiro n
.
Em alguns projetos9 o Cronograma Financeiro pode apa-
recer com o nome de " Cronograma de Desembolso "•
— 20 —
Mas observe o seguintes
esse cronograma ê usado quando os pagamentos ou
os w
desembolsos n
deverão ser efetuados por eta
pas.
Exemplo:
Voltemos à fig* 1 , Ia a duração da execução do
Projeto será de três anos.
É evidente que deverão ser previstas várias eta-
pas de pagamento*
Suponhamos q.ue os pagamentos sejam efetuados da
seguinte forma:
- 45$> em Março de 1973 com verbas e s t a d u a i s . - 30$ em Junho de 1974 com verbas federais*
- 25$ em Outubro de 1975 com verbas estaduais*
Como você montaria um Cronograma Financeiro com
esses dados?
Além desses três tipos de cronogramas, outros po
derão ser utilizados se houver necessidade*
Poder-se-ia pensar num cronograma. de fontes fi-
nanceiras, se forem diversas e se o recebimento
das verbas for em épocas diferentes*
Poder-se-ia pensar num cronograma de dinamização
das Estratégias e das Técnicas, se forem muito va
riadas e se houver necessidade*
E assim por diante .
Pica um conselho de amigo,
Não se prenda muito aos nomes.
Analise o sentido e a utilidade dos cronogramas e de
todos os elementos do projeto.
Procure facilitar a o máximo a execução, lembre-se, mais uma vez, de que a tarefa do planeja-
dor I sempre a de facilitar para custar menos e pro-
duzir mais e melhor.
* * * * * * * * * * * *
Fig. 2 CRONOGRAMA, FÍSICO
A T I V I D A D E S ANO 1 9 7 3
Ni E,S P E C I P I C A Ç X O MESES SETEMBRO OÜTÜBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
DIAS
-
8. AVALIAÇÃO
Não há muito o que informar sobre a avaliação no projeto.
Explico-me.
Se voe8 reler o item 1 deste documento, notará que a distin
ção entre planejamento e projeto está no fato de que o plane
jamento I mais abrangente e o projeto é definido e detalhado.
Por isso, o que ficou dito para o planejamento, sobre avalia
ção, I o mesmo que diria para o projeto.
A diferença estará apenas na modalidade de formulação.
Será abrangente ( mais geral ) para o planejamento e defini
da e bem detalhada para o projeto,
Beleia a V Unidade de w
Noções sobre Planejamento''.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
VICENTE FIDELES DE ÁVILA
CURITIBA
1974
— 25 —