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CHALAÇA a peça

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programa da temporada 2008 teatro sérgio cardoso

Citation preview

“ s processos que ocorrem no Brasil se dão à O

margem da história, e se história significa ‘tornar

consciente’, os processos em curso no Brasil se

dão à margem da consciência inclusive, ainda, do

próprio brasileiro.”

Vilém

lu

sser

F

" m

oti

vo

do

arr

om

ba

me

nto

da

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ort

as

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ress

ão

da

mo

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nsa

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T. W. dorno A

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esa.

Se

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o b

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om

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ão V

I e

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ília

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va

um

ce

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om

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ente

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ão tivesse n

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pro

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do

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as o d

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tira-no

s a visão crítica d

e tud

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os levad

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po

ssível acreditar

na visão

rom

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a e da m

istura d

e trama tão

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isa de co

lon

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se de sério

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e material p

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ito, fica d

ifícil.O q

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ção em

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de-se d

izer, legand

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coragem

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e recon

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os

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o

dra

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. D

ep

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do

G

ALV

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DO

R D

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e Portu

gal e

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ifícil é ter coragem

de

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O

day

by

day,

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son

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po

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a qu

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E a

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segue,

MA

RA

VILH

OSA

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qu

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o?

What the fuck is going on here?

Ma

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ho

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y)

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da

da

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lfa (on

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cia)

Ou

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e Teatro d

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ro – Paid

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ciação C

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ra (du

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dias)

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Sérgio C

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Maio

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– Cacild

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Jun

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illar viu)

Julh

o – Sesc A

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eguito

)

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sto – Festival d

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Sub

total – 6

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20

08

Fevereiro/M

arço/A

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iagem Teatral d

o SESI

(Santo

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á, Birigu

i, Franca, M

arília, Rio

Claro

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a, San

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nd

ré, Osasco

, Soro

caba, A

raraqu

ara e Itapetin

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Jun

ho

– Sesc Rib

eirão P

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Ago

sto/Setem

bro

– Teatro Sérgio

Card

oso

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Po

rto A

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nal)

TOTA

L – 11

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e...)

200 anos de CHALAÇA

Somos a nossa própria picadaNós temos alguns anos de estrada. Ainda não descobrimos se rodamos nas estradas trilhadas por gente de outrora ou desta hora mesmo ou se estamos construindo nossa própria picada. Talvez a graça esteja justamente no grassar por essas incertezas.

Cia. Les Commediens Tropicales. O nome? Uma brincadeira que, como os apelidos que não gostamos, pegou. Estava no livro do Márcio Souza: Galvez Imperador do Acre. Era uma Cia. francesa de óperas e operetas falida reinventada com nome peculiar. Por que não? E assim foi. Colou! Em 2003. Era protocolar. Só para termos um nome enquanto cursávamos a faculdade. E nunca mais falaremos sobre isso.

Hoje não somos quase nada daquilo que nos inventou. Pessoas saíram e entraram e saem e as vezes voltam como convidadas... Ou não voltam. Hoje somos assim: Michele, Carlos, Daniel e Jonas... E o Allen. Já fomos Terror e Miséria no III Reich, com quase 30 atores... Lá em 2004. Depois fomos Galvez Imperador do Acre com 17 revolucionários em 2005. 9 figuras em CHALAÇA a peça, quase ontem, em 2006. 7 augustos em A Última Quimera de 2007 (nosso maior fracasso de público, você viu?, por isso!).

Seguimos. Sem esperar por nada. Não há tempo para esperas. O tempo já é sua própria espera.

Nossas portas continuam abertas enquanto houver casa. Quando não, bateremos nas portas alheias, dos amigos que encontramos nessas veredas que fizemos ou seguimos.

Estamos em processo. Novo. Estamos fomentados. Primeira vez. Em janeiro de 2009 surge II d.pedro II. Agora... O caminho. A picada.

E até lá! Vê se aparece desta vez...

Encenação e Ilu inaçãom Marcio AurelioAut ro Inspirado no livro “O Chalaça” de José Roberto ToreroAdap açãot Cia. Les Commediens TropicalesT xto Finale Carlos CanhameiroAtores Carlos Canhameiro Daniel Gonzalez Jonas Golfeto Letícia Moreira Michele Navarro Tetembua Dandara Weber FonsecaCenógrafo e Fi urinistag Daniela Elias Gabriel BragaMúsico / Sonopl staa Allen FerraudoProdu ãoç Carlos Canhameiro

Ficha TécnicaA

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la Mirh

an

Paulo

Oseas

ObrigadoTodo mundo que já fez CHALAÇA a peça. Técnicos. Amigos. Desafetos com afeto. Os devassos. Os sadios. A galera de lá. Valeu Marcão. João, José, Alemão. Serra da Cantareira. A mãe de todo mundo, até a minha. APAA. APAE. A Puta que Pariu. Com carinho. O time do Tony.

Mas, especialmente, sincero, honesto e antipático agradecimento a Alice Carvalho e Walmir Zanotti. A gente veio para ficar.

Você que assistiu. Leu. Vai saber... Até sorriu.

cafezinho?

Saudades do UTUROF