96
1 CHAMADA UNIVERSAL – MCTI/CNPq Nº 14/2013 Relatório Final Pensamento econômico brasileiro no século XIX: um balanço da historiografia Coordenador: Prof. Dr. Thiago Fontelas Rosado Gambi (Unifal-MG) Integrantes: Prof. Daniel do Val Cosentino (UFOP) Prof. Roberto Pereira Silva (Unifal-MG)

CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

1

CHAMADA UNIVERSAL – MCTI/CNPq Nº 14/2013

Relatório Final

Pensamento econômico brasileiro no século XIX: um balanço da historiografia Coordenador: Prof. Dr. Thiago Fontelas Rosado Gambi (Unifal-MG) Integrantes: Prof. Daniel do Val Cosentino (UFOP) Prof. Roberto Pereira Silva (Unifal-MG)

Page 2: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

2

Sumário

Introdução ...........................................................................................................................5

1. Historiografia ...................................................................................................................7

2. Pensamento econômico nacional ......................................................................................8

3. Pensamento econômico brasileiro no século XIX .............................................................. 18

3.1. Formação das ideias no Brasil e o perfil do pensamento econômico no império........... 24

3.2. A difusão do pensamento econômico e as ideias econômicas de Cairu ........................ 29

3.3. O debate monetário entre papelistas e metalistas...................................................... 35

4. Balanço da historiografia................................................................................................. 44

4.1. Referências primárias ............................................................................................... 45

4.1.1. De Bernardo de Souza Franco, visconde de Souza Franco ..................................... 45

4.1.2. De Cândido de Azeredo Coutinho ....................................................................... 45

4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ..................... 46

4.1.4. De Francisco de Salles Torres Homem, visconde de Inhomirim ............................. 46

4.1.5. De Hipólito José da Costa ................................................................................... 46

4.1.6. De Henrique Augusto Milet ................................................................................ 46

4.1.7. De Irineu Evangelista de Souza, barão de Mauá ................................................... 47

4.1.8. De José Antônio Lisboa....................................................................................... 47

4.1.9. De José da Silva Lisboa, visconde de Cairu ........................................................... 48

4.1.10. De José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho ............................................... 51

4.1.11. De professores das Faculdades de Direito e Engenharia ..................................... 52

4.1.11.1. De Aprígio Justiniano da Silva Guimarães (Faculdade de Direito do Recife).... 52

4.1.11.2. De Bernardino Augusto de Lima (Escola de Minas de Ouro Preto) ................ 53

4.1.11.3. De Clóvis Beviláqua (Faculdade de Direito do Recife) ................................... 53

Page 3: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

3

4.1.11.4. De João Carlos de Oliva Maia (Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais

do Rio de Janeiro).................................................................................................... 53

4.1.11.5. De João da Silva Carrão (Faculdade de Direito de São Paulo) ........................ 53

4.1.11.6. De Joaquim Mattoso Duque Estrada Câmara (Escola Politécnica do Rio de

Janeiro)................................................................................................................... 53

4.1.11.7. De José Joaquim Tavares Belfort (Faculdade de Direito do Recife) ................ 53

4.1.11.8. De José Luís de Almeida Nogueira (Faculdade de Direito de São Paulo)......... 54

4.1.11.9. De José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco (Escola Politécnica

do Rio de Janeiro).................................................................................................... 54

4.1.11.10. De Lourenço Trigo de Loureiro (Faculdade de Direito do Recife) ................. 55

4.1.11.11. De Luiz Raphael Vieira Souto (Escola Politécnica do Rio de Janeiro) ............ 55

4.1.11.12. De Pedro Autran da Mata Albuquerque (Faculdade de Direito do Recife) .... 55

4.1.12. De Rui Barbosa ................................................................................................ 56

4.2. Referências secundárias ........................................................................................... 56

4.2.1 Sobre Cairu e Hamilton ....................................................................................... 56

4.2.2. Sobre Hipólito José da Costa ............................................................................... 56

4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá .......................................... 56

4.2.4. Sobre Joaquim Murtinho .................................................................................... 58

4.2.5. Sobre José da Silva Lisboa, visconde de Cairu....................................................... 58

4.2.6. Sobre José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho............................................. 61

4.2.7. Sobre José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco ................................ 62

4.2.8. Sobre Rafael Vieira Souto ................................................................................... 62

4.2.9. Sobre Rui Barbosa .............................................................................................. 62

4.2.10. Sobre história do pensamento econômico no Brasil ........................................... 62

4.2.11. Sobre política econômica.................................................................................. 66

4.2.12. Outros ............................................................................................................. 73

4.3. Difusão do pensamento econômico no Brasil ............................................................. 78

4.3.1. Sobre influência estrangeira no pensamento econômico brasileiro ....................... 78

Page 4: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

4

4.3.2. Publicações estrangeiras em português............................................................... 79

4.3.4. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca Nacional...................................................................................................... 81

4.3.5. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo da Faculdade de

Direito da USP............................................................................................................. 82

4.3.6. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca do Ministério da Fazenda/RJ ........................................................................ 87

4.3.7. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca de Obras Raras e Antigas do Centro de Tecnologia da UFRJ ............................ 88

4.3.8. Outras publicações estrangeiras relevantes ......................................................... 93

5. Atividades desenvolvidas durante a execução do projeto, metas e resultados .................... 93

6. Referências utilizadas no relatório ................................................................................... 95

Page 5: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

5

Introdução

A cátedra de economia política foi oficialmente criada no Brasil em 1808 com a vinda

da Corte, relativamente cedo se comparada à criação das cátedras francesa e inglesa em 1816

e 1825, respectivamente. No entanto, o pensamento econômico produzido no Brasil no século

XIX não figura no cânon1 da economia. O Brasil, que desde cedo já travara contato com a

ciência lúgubre, foi aparentemente mais importador do que exportador de conhecimento

econômico assim como outros países da periferia do capitalismo. O que aconteceu? Quem e

quais instituições produziam conhecimento econômico no país? Havia produção de

conhecimento econômico brasileiro ou produção de conhecimento no Brasil? Em que medida

o conhecimento econômico importado foi transmitido, incorporado e adaptado à realidade do

país? Essas são questões que problematizam a reconstituição da história do pensamento

econômico brasileiro e o primeiro passo para fazer tal reconstituição é o levantamento e

organização da literatura existente sobre o assunto. Por isso, este projeto propôs, em síntese,

um estudo inicial baseado no levantamento e na sistematização da historiografia existente

sobre o pensamento econômico brasileiro no século XIX .

Consideramos, inicialmente, que havia certa escassez de pesquisas de história do

pensamento econômico brasileiro sobre esse período,2 pois as principais obras sobre o assunto

definem seu marco inicial no século XX, uma vez que sua discussão fundamental é o

desenvolvimentismo (BIELSCHOWSKY, 2004; MANTEGA, 1985). Sabíamos, também

inicialmente, por meio de um exame da literatura econômica e histórica, que aspectos do

pensamento econômico brasileiro no século XIX poderiam aparecer de modo disperso em

trabalhos que não têm o assunto como objeto principal. Com o andamento da pesquisa,

confirmamos que o assunto está mesmo disperso em boa parte da historiografia, no entanto,

nos surpreendemos com o volume de publicações em que puderam ser encontrados aspectos

do pensamento econômico brasileiro.

Essa constatação nos levou a uma adaptação de um dos objetivos do projeto.

Imaginando que não seria tão extensa a bibliografia sobre o assunto, propusemos a princípio

chegar à sistematização da literatura por meio de uma revisão bibliográfica, quer dizer,

tínhamos a intenção de analisar as obras e, posteriormente, classifica-las segundo critérios

1 Para a idéia de cânon na his tória do pensamento econômico, cf. BIANCHI e NUNES, 1999. 2 Es tudar o pensamento econômico brasileiro no XIX é essencial para entender a formação desse pensamento na

peri feria e sua influência nas políticas econômicas adotadas. Além disso, se a estrutura econômica do país se a l tera do século XIX para o XX, sua condição periférica se mantém. Portanto, estudar o pensamento econômico brasi lei ro do século XIX a juda a compreender a formação do pensamento econômico bras i lei ro atual . Nesse sentido,

concordamos com a crítica de Beauclair (2001) a economistas que descons ideram o século XIX como período relevante para a his tória do pensamento econômico bras i lei ro.

Page 6: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

6

específicos. Contudo, dada a extensão da bibliografia, notamos que conseguiríamos fazer o

levantamento e a sistematização propostos, mas não por meio da revisão bibliográfica das

obras. Nesse sentido, o título do projeto, e deste relatório, “Pensamento econômico brasileiro

no século XIX: um balanço da historiografia” pode se revelar enganador. Fizemos um balanço

da historiografia, é verdade, mas não a revisão bibliográfica que o termo balanço pode sugerir.

Assim, o título mais adequado para expressar o resultado desta pesquisa seria um roteiro

bibliográfico do pensamento econômico brasileiro no século XIX. Essa necessária adaptação do

projeto não invalida, todavia, os objetivos e as justificativas da proposta. 3

Outro problema que encontramos no decorrer da pesquisa foi como lidar com a

mudança política do império para a república. Falamos de século XIX, portanto, deveríamos

estender nosso período até final da década de 1890. No entanto, optamos por iniciar nossa

periodização do século XIX com o primeiro livro de Azeredo Coutinho e interrompê-la no final

do império. Com isso, nosso século XIX vai de 1794 a 1889,4 mais ou menos como o breve

século XX de Hobsbawm (1995), que vai de 1914 a 1991.

Baseamos nosso relatório em pesquisa semelhante para o campo das ciências sociais

realizada por Wanderley Guilherme dos Santos, com a diferença de que nosso trabalho

pretende ser apenas um ponto de partida e de apoio para pesquisadores que se interessam

pelo estudo da história do pensamento econômico de maneira geral e do pensamento

econômico brasileiro no século XIX em particular.

Este relatório está estruturado em cinco partes, contando esta introdução. Na primeira

parte, fazemos breve exploração do conceito de historiografia para explicar que nosso balanço

historiográfico está baseado num sentido mais restrito do conceito relativo à construção de

um rol de obras sobre determinado assunto. Na segunda parte, fazemos uma discussão

3

Conforme o projeto, a pesquisa se justifica 1) porque trabalhará com o levantamento e organização de fontes secundárias fundamentais para a reconstituição historiográfica do pensamento econômico brasileiro, facil i tando a tarefa de outros pesquisadores sobre o assunto; 2) porque, ao organizar a historiografia do pensamento econômico

bras ileiro, contribuirá para a elaboração de uma história do pensamento econômico bras i lei ro no século XIX; 3) porque fortalecerá a pesquisa sobre a história do pensamento econômico brasileiro, num esf orço que vem sendo rea lizado por docentes-pesquisadores do Instituto de Ciências Socia is Apl icadas (ICSA). É nesse sentido que o

projeto se integra ao programa de pesquisa levado a cabo no Núcleo de Estudos em História Econômica e Economia Pol ítica (NEheEP), grupo de pesquisa cadastrado no CNPq. O objetivo geral deste projeto é sistematizar a li teratura

exis tente atualmente sobre o pensamento econômico brasileiro no século XIX e, a partir deste trabalho, produzir pelo menos um artigo que organize essa produção, tendo em vista não só auxiliar futuros trabalhos de pesquisa sobre o tema, como incentivar a preparação de cursos de graduação sobre o pensamento econômico bras i lei ro.

Além disso, o resultado deste trabalho servi rá de base para a proposta de novos pro jetos , por parte dos pesquisadores que compõem a equipe deste projeto, sobre autores específicos que poderiam constitui r a his tória

do pensamento econômico brasileiro no século XIX, a parti r de documentação primária . Pode a inda servi r de referencial bibliográfico para outros pesquisadores de história econômica e pensamento econômico e auxi l iar o trabalho de construção de estado da arte em outros estudos sobre o tema. 4 Aproveitamos o trabalho de levantamento de obras para indicar referências publicadas até 1930, porém o cuidado

maior é com a s is tematização das obras publ icadas de 1794 a 1889.

Page 7: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

7

metodológica sobre a implicação metodológica de se abordar um pensamento econômico

nacional. Buscamos justificar a pertinência da discussão a partir de considerações sobre a

validade da hipótese de universalidade do conhecimento econômico e da proposta

metodológica de Schumpeter [1954]. Na terceira parte, fazemos o mesmo movimento em

relação ao período, ou seja, procuramos justificar o estudo do pensamento econômico

brasileiro no século XIX. Ainda neste parte, introduzimos uma discussão sobre a formação das

ideias no Brasil, Cairu e a controvérsia entre metalistas e papelistas para ilustrar possíveis

recortes para a construção de uma história do pensamento econômico brasileiro: difusão,

personagem e tema. Na quarta parte, apresentamos o modo como foi feito o levantamento

bibliográfico e sua sistematização, e a listagem das obras. Finalmente, na quinta e última

parte, apresentamos as metas propostas no projeto e os resultados alcançados.

1. Historiografia

De acordo com Novais (2005), a palavra história tem dois significados. Um deles

corresponde a todo acontecer humano, de qualquer tipo, em qualquer lugar, a qualquer

tempo. O outro corresponde à narrativa oral ou escrita desse acontecer humano, ou seja, é a

reconstrução sempre parcial do que aconteceu. Do mesmo modo, a palavra historiografia

carrega dois sentidos. O primeiro deles corresponde à narrativa de todos os acontecimentos,

que se confunde com o segundo significado da palavra história. O segundo sentido diz respeito

à narrativa da sequência de discursos produzidos, ou seja, é a história dos discursos históricos

ou a história da história.

A historiografia nesse segundo sentido, que corresponde a uma análise da produção

histórica, começou a ser feita apenas no século XX. Antes disso, a historiografia se restringia

apenas a listagem de textos de história. Nesta pesquisa, que se assume como ponto de partida

para outras pesquisas, vamos nos ater a uma listagem sistematizada da bibliografia referente

ao pensamento econômico brasileiro no século XIX. Porém, como se trata de uma listagem

sistematizada, enfrentamos problemas semelhantes ao do pesquisador que pretende fazer

uma historiografia naquele segundo sentido. Como fazê-la? Quais obras serão incluídas e

excluídas da análise ou, no nosso caso, da listagem? Em primeiro lugar, aparece o problema do

recorte do objeto da historiografia. Nesta pesquisa, nosso recorte será o pensamento

econômico brasileiro no século XIX. Quais autores entrarão na listagem? Consideraremos

fontes primárias e secundárias, quer dizer, consideraremos autores da época e comentadores

Page 8: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

8

contemporâneos. O recorte não nos livra, todavia, de zonas cinzentas. Por isso,

consideraremos também, por exemplo, a literatura referente à política econômica do império

e à difusão de obras estrangeiras de economia no Brasil. Esses pontos serão abordados na

quarta parte do trabalho.

A historiografia, no segundo sentido referido acima, corresponde à delimitação,

classificação e avaliação, mas nossa pesquisa corresponderá apenas, pelas razões

apresentadas na introdução, aos dois primeiros trabalhos, à delimitação e à classificação,

constituindo-se mais precisamente num roteiro bibliográfico, mas que será chamado aqui de

balanço da historiografia.

2. Pensamento econômico nacional5

A possibilidade de reconstituição histórica de pensamentos econômicos nacionais que

contemple aspectos geográficos, históricos e sociais é uma questão controversa, pois reside na

afirmação do pluralismo metodológico, bem como na crítica à pretensa universalidade da

teoria econômica. LPara discuti-la, abordaremos duas questões metodológicas que criam

dificuldades na elaboração de histórias do pensamento econômico.

A primeira diz respeito à consideração de um pensamento econômico nacional e passa

pela distinção entre análise econômica e pensamento econômico. 6 Quais seriam as

implicações metodológicas se a deixássemos de lado ao historiar o pensamento econômico?

Tal distinção remete à questão da universalidade do conhecimento econômico. Como a análise

econômica tem pretenso caráter universal, haveria espaço apenas para uma história do

pensamento econômico, aquela que reconstruiria sua evolução teórica até a f ronteira do

conhecimento na contemporaneidade. Nesse quadro são negligenciadas as especificidades

teóricas e conceituais que podem ser referidas a determinada nacionalidade, constituindo-se

um problema para os que consideram a diversidade do conhecimento e conômico. Por isso, a

razão de ser do estudo do pensamento nacional é o princípio que define economia como uma

ciência que é sujeita a construções metodológicas diferentes e complementares, uma ciência

que recusa a priori a delimitação rígida de um foco de atenção exclusivo. Se esse princípio for

aceito, seremos forçados a reconhecer que as histórias do pensamento econômico nacionais,

especialmente nos países que contribuíram pouco ou nada para o que é considerado ciência

5 Baseado no texto “Adaptação e origina l idade na construção de um pensamento econômico nacional”,

apresentado no XVIII Encontro Nacional de Economia Pol ítica . 6 Trataremos dessa dis tinção logo adiante.

Page 9: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

9

econômica universal, podem desempenhar uma inestimável missão, revelando como a

realidade econômica e os padrões da ciência econômica são também produtos e resultados de

diferentes circunstâncias culturais e históricas (ALMODOVAR; CARDOSO, 1998, p.13).

Por isso, a segunda questão, intimamente relacionada à primeira, enfrenta o problema

da definição de um pensamento econômico nacional e, como desdobramento, os critérios que

o definiriam, enfatizando a adaptação e a originalidade. Seria possível reconstituir

historicamente o pensamento econômico nacional a partir de sua capacidade de compreensão

de realidades específicas, seja pela adaptação criativa de teorias oriundas de outras realidades

nacionais, seja pela sua própria originalidade? Acredita-se que sim e que tal reconstituição

passa necessariamente pelo estudo das formas de transmissão e assimilação do conhecimento

econômico em diferentes realidades.7

Em síntese, essas são as questões que guiam a discussão apresentada nesta parte do

relatório. Discutiremos primeiro a distinção entre análise econômica e pensamento econômico

tendo como ponto de partida a distinção clássica de Schumpeter em sua História da Análise

Econômica. Em seguida, enfrentaremos o problema da nacionalidade do pensamento

econômico e, ao mesmo tempo, discutiremos os critérios que definiriam o pensamento

econômico nacional na periferia, enfatizando a adaptação e a originalidade. A construção

desse pensamento econômico considera de modo mais coerente os problemas nacionais e

abre, para os países periféricos, uma alternativa à subordinação ao centro na produção de

ideias econômicas. Vale lembrar as palavras de Cardoso (2001, p.13) que justificam a discussão

dessa questão e a busca de uma metodologia para se construir uma história do pensamento

econômico nacional:

as his tórias nacionais serão tanto mais utes quanto melhor servi rem como ferramenta de captação e aprendizagem dos fluxos internacionais de ideias e teorias econômicas. A verdadeira razão de ser destas reside na possibi l idade de poderem servi r propósitos de compreensão e transformação das sociedades – bem localizadas no tempo e no espaço – que as requis i tam e exigem.

A distinção entre pensamento econômico e análise econômica nos remete à obra de

Schumpeter (1964) referida anteriormente. Logo no início de seu livro, discutindo a questão do

método, o autor, ao buscar justificar o estudo da história, argumenta que “a matéria

econômica é um processo histórico único, de modo que, a largo alcance, a economia de

diferentes épocas trata de diferentes conjuntos de fatos e problemas”. Portanto, a história das

doutrinas econômicas seria de grande interesse. Entretanto, para ele, “a economia científica

não carece de continuidade histórica” e seu objetivo principal com a obra seria descrever “o

7 Da í a justificativa para apresentar no roteiro obras estrangeiras publicadas ou disponíveis no Brasil no século XIX.

Page 10: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

10

processo pelo qual o esforço dos homens para compreender o fenômeno econômico produz,

aperfeiçoa e destrói as estruturas analíticas numa sucessão interminável” (SCHUMPETER,

1964, p.26).

Apesar de observar a importância do contexto histórico e a influência da ideologia

sobre a produção do conhecimento econômico, sua tese ao longo do livro seria demonstrar

que a economia não difere substancialmente das outras ciências exatas. Ou seja, a teoria

econômica seria uma sucessão de análises, específicas de seu tempo, carregadas de verdades

científicas, que ao longo do tempo se aperfeiçoam em busca de uma verdade absoluta. Esse

seria o passo metodológico decisivo para a distinção entre análise econômica e pensamento

econômico. Nessa distinção, a análise econômica seria a economia em si, que junta história,

sociologia, teoria e estatística para explicar a realidade; já o pensamento econômico estaria

ligado à prática ou, por assim dizer, à idéia de política econômica. Assim, o autor distingue

claramente a análise como teoria e o pensamento como prática, apesar do aparente engano

semântico.

Logo, para Schumpeter, o pensamento econômico estaria ligado à “exposição de um

amplo conjunto de políticas econômicas que seu autor sustenta tendo por fundamento

determinados princípios unificadores (normativos), como princípios do liberalismo econômico,

do socialismo, etc.” ou “a soma total de todas as opiniões e desejos referentes a assuntos

econômicos, especialmente relativos à política governamental que, em determinado tempo e

lugar, pertencem ao espírito público”. Daí surge a distinção essencial referida acima, porque a

teoria econômica construída com base na técnica carregaria uma verdade que se sobreporia

ao contexto histórico e à ideologia do economista. A análise econômica não estaria interessada

no que determinado autor “defendeu, mas, sim, em como defendeu e quais instrumentos de

análise foram usados para isto” (SCHUMPETER, 1964, p.65).

A despeito dos problemas metodológicos que essa distinção acarreta ao historiador do

pensamento econômico preocupado em delinear uma história que leve em consideração os

determinantes sociais presentes nas teorias ou na análise econômica, a visão de Schumpeter

teve desdobramentos marcantes na teorização da história do pensamento econômico. Dessa

forma, iremos repassar esses desdobramentos antes de tratarmos das críticas e alternativas

que procuram superar essa visão.

A aceitação e desenvolvimento da tipologia conceitual elaborada por Schumpeter teve

um desdobramento importante na obra de Mark Blaug, que a incorporou em seus estudos

sobre história do pensamento econômico, num livro que sintomaticamente tem como título

Page 11: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

11

Economic Theory in Retrospect [1962]. Esse livro, concebido como um livro-texto, em suas

linhas iniciais, explicita a opção metodológica de seu autor (BLAUG, 1983, p. 1):

Este é um estudo cri tico das teorias do passado. Concentra-se na análise teórica dos principa is economistas , deixando de lado suas vidas , seu desenvolvimento intelectual , seus precursores e propagadores . A crítica impl ica cri térios de julgamento e os meus são aqueles da teoria econômica moderna.

Assim, de imediato podemos perceber a eliminação dos condicionantes sociais e

históricos para a compreensão dos autores, bem como o procedimento epistemológico de não

apenas apresentar as ideias dos economistas, mas de estabelecer julgamentos de acordo com

os desenvolvimentos modernos da teoria econômica. Dessa forma, retoma a questão evolutiva

de uma ciência que a cada passo se aproxima mais de um conjunto de proposições capaz de

explicar globalmente a realidade, de forma que o conhecimento atual sempre supera,

incorpora e engloba o passado.

Essa posição metodológica de Mark Blaug é explicitada em outra circunstância na qual

a tipologia de Schumpeter é avaliada sob uma nova nomenclatura que irá nortear as reflexões

posteriores sobre o método da história do pensamento econômico: a distinção entre

absolutismo e relativismo. São dois polos que enfatizam as opções entre uma história que se

preocupa com as “errôneas opiniões de homens mortos” e outra que a considera como um

“repositório de uma série de antecipações prescientes”, que são anteriores e extrapolam o

âmbito do método da economia, tendo sua origem na filosofia alemã:

o [polo] relativista cons idera cada teoria desenvolvida no passado como uma reflexão mais ou menos confiável das condições contemporâneas, cada teoria sendo, a princípio, igualmente justificável em seu contexto; o [polo] absolutis ta tem olhos

apenas para o estrito desenvolvimento intelectual do assunto, cons iderado como uma progressão permanente do erro à verdade. Relativistas não podem hierarquizar as teorias de diferentes períodos em termos de melhor ou pior; absolutistas também

não podem ajudar, mas fazem essa hierarquização (BLAUG, 1983, p. 2).

Essa tipologia, portanto, guarda a dicotomia estabelecida por Schumpeter entre

análise e pensamento econômico, na qual a posição relativista, preocupada com as condições

sociais e econômicas do economista e seu contexto mais geral, assimila a teoria econômica

com a resolução/formulação de problemas específicos de seu tempo, de forma que o

julgamento da teoria estaria ligado à sua efetividade em condições específicas nos debates e

controvérsias contemporâneas, de pouco valendo a ênfase nos desdobramentos da teoria

econômica moderna. Por outro lado, a posição absolutista se assemelha à análise econômica

shumpeteriana em seu processo de produção e aperfeiçoamento das “estruturas analíticas”

vistas de forma evolutiva, importando pouco os parâmetros sociais e históricos, uma vez que

considera a análise um objeto autônomo em relação a fenômenos e situações particulares.

Page 12: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

12

Esses são os tipos extremos e os historiadores do pensamento econômico tendem a se

aproximar de um ou outro polo:

adotar uma interpretação relativis ta ou absolutis ta da matéria depende inteiramente das questões que queremos levantar. Se o comentador está interessado em expl icar porque certas pessoas tiveram certas ideias em

determinado tempo, ele deve olhar para além da esfera do debate intelectual para uma resposta completa. Mas se ele quer saber porque a lguns economistas no passado defendiam a teoria do valor-trabalho e outros acreditavam que o va lor era determinado pela utilidade, e i sso não era só ao mesmo tempo e no mesmo lugar, mas em diferentes países e gerações, ele é forçado a se concentrar na ló gica interna da teoria , tornando-se um absolutis ta (BLAUG, 1983, p.7).

Embora pareça defender a abordagem absolutista, Blaug não julga qual das duas

abordagens é a mais adequada para a reconstituição de uma história do pensamento

econômico. Esse julgamento caberia ao historiador, que o faria baseado no objetivo de seu

trabalho. Na mesma linha de Blaug, Cardoso (1989) afirma que a história do pensamento

econômico é heterogênea e comporta diferentes abordagens, da conceitual -analítica à

política-institucional. Neste último caso, em que as teorias devem ser relativizadas, valem as

circunstâncias históricas como determinantes da interpretação da realidade econômica.

Segundo o mesmo autor, essas duas abordagens, a da análise econômica e a do pensamento

econômico, não são excludentes e formam, de fato, dois subcampos dentro do campo da

história do pensamento econômico. Também para ele o que acabará definindo o tipo de

abordagem é a opção do pesquisador, determinada pelos seus objetivos (BLAUG, 1983;

CARDOSO, 1989). Em termos semelhantes, Corry (2000) discute o lugar da teoria dentro da

história do pensamento econômico, entendendo-o de duas maneiras: na primeira delas

(relativista), a história do pensamento econômico ajudaria no ensino da teoria, permitindo a

discussão de visões alternativas à ortodoxia; na outra ponta (absolutista), seria basicamente

uma ampliação do horizonte do economista (“widening the economist’s horizon”). Entretanto,

consideramos neste relatório a primeira abordagem preferível à segunda. Seja análise, seja

pensamento, as ideias econômicas interagem na realidade social de diferentes países, com

culturas diversas e, portanto, com economias diversas, não sendo possível distinguir na

história do pensamento econômico a lógica interna da teoria e o ambiente concreto em que

ela foi construída.

Desdobramentos dessa discussão podem ainda ser visualizados em balanços

contemporâneos sobre a problemática da história do pensamento econômico. Nesse sentido,

O’Brien (2000) expõe o que seria a forma adequada de se empreender a história do

pensamento econômico. Esta consistiria em considerá-la na própria base de conhecimento,

“mainstream approach”, que o economista recebe. Denominada de Reconstrução Racional, ela

Page 13: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

13

teria como especificidade a apreensão da “lógica interna de uma teoria”, cabendo ao

historiador a possibilidade de interrogar ou preencher lacunas encontradas em algumas delas.

Nessa análise, há sempre a preocupação com a teoria econômica em si, a qual se torna o

horizonte e o objeto da história do pensamento econômico. É nesse sentido que o recorte

possível nessa história não é cronológico, mas temático, seja em termos de teoria — teoria

macroeconômica, microeconômica, teorias do valor, etc. —, seja em termos de autores. O foco

na teoria iria evitar o “relativismo” do tipo que enfatiza que a teoria econômica é um reflexo

de eventos históricos coetâneos aos seus formuladores, embora o autor reconheça sua

influência sobre a teoria. Em contraposição a esta colocação, temos o que Matthias Klaes

(2007, pp.500-1) denomina Reconstrução Histórica, a qual deveria interpretar as teorias do

passado tais como os seus autores originais as reconheceriam e aceitariam. Dessa perspectiva

podemos apreender que essa polarização se encontra arraigada como um elemento

incontornável nas discussões metodológicas sobre história do pensamento econômico: análise

econômica e pensamento econômico conviveriam como abordagens justapostas e

possibilidades metodológicas para os historiadores do pensamento econômico.

Embora sofisticada, a proposta metodológica inaugurada na história do pensamento

econômico por Schumpeter pode levantar uma falsa questão a partir de uma falsa distinção. A

nosso ver, ao tentar fazê-la, o economista austríaco forçou uma separação artificial e indevida

entre o abstrato e o concreto, entre teoria e realidade. Esta separação traz consigo uma

concepção problemática da história, como a história “do que se impôs”, como uma história das

“teorias vencedoras”. Ou seja, a concepção de Schumpeter parece desconsiderar o fato de que

o pensamento econômico é resultado de determinada realidade histórica, assim como a

própria economia, e que não faria sentido separá-los, pois não há só uma economia, como

também não há só um pensamento econômico.

Maurice Dobb, por exemplo, em Teorias do Valor e Distribuição desde Adam

Smith [1973], contrapõe-se à distinção metodológica schumpeteriana. A partir de uma

perspectiva marxista, argumenta que o pensamento econômico é sempre uma resposta aos

problemas da sociedade. Portanto, a teoria econômica responde a um contexto social e

histórico, procura justificá-lo ou mesmo questioná-lo. Assim, haveria sempre alguma coisa

subjacente ao pensamento econômico, que lhe daria sentido. Nas palavras de Dobb (1977):

independentemente do que se possa espera r a priori , a his tória da economia pol ítica, já a partir de sua origem, revela com abundante clareza quão próxima (e até mesmo de forma deliberada) a formação da teoria econômica esteve l igada à

formação e defesa de pol íticas econômicas .

Page 14: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

14

Assim, as ideias econômicas aceitas com mais alto grau de generalidade podem entrar

em conflito com as práticas correntes em diferentes contextos na resolução de um problema

e, por isso, o processo de crítica e desenvolvimento daquelas ideias vis -à-vis às realidades

concretas “não pode deixar de ser influenciado pelo meio social (ou ponto de referência no

complexo de relações sociais) do indivíduo ou ‘escola’ que formula o problema” (DOBB, 1977,

p.28).

Desse modo, não é possível conceber a aceitação acrítica de uma análise e conômica

pretensamente universal. Hirschman (1963), a partir de sua experiência na América Latina,

ataca o problema ao formular a interessante “síndrome do economista-visitante” (Visiting

Economist Syndrome) por meio da qual critica as recomendações de pol ítica econômica,

baseadas num conhecimento econômico suspostamente universal, por parte de

“especialistas”8 que não levam em conta as especificidades sociais e culturais de cada região.

Myrdal (1968) e Lewis (1954), por exemplo, também chamam a atenção para isso ao estudar o

caso dos países do sul da Ásia. Ambos observam como era inadequada a aplicação de

conceitos apropriados para países desenvolvidos em países subdesenvolvidos e Myrdal (1968)

afirma categoricamente que nesses casos “pode ser mais seguro trabalhar sem modelo, do

que utilizar um modelo deturpado ou defeituoso”. Talvez o exemplo mais importante nesse

sentido venha do questionamento de Prebisch (2000) à divisão internacional do trabalho e à

teoria das vantagens comparativas.

Assim, a relação entre o que Schumpeter chama de análise e pensamento econômico

não seria distintiva, mas dialética, e justamente por isso, uma não poderia ser separada da

outra. E essa posição encontra eco no campo da história do pensamento econômico. Mas

podemos aventar uma razão para a opção metodológica de Schumpeter. Seu trabalho reflete

uma visão de mundo e uma opção teórica. Uma visão de mundo que crê na necessidade de

uma exatificação das ciências sociais, na concepção falsificacionista e positiva da filosofia da

ciência e na crença na existência de uma verdade econômica única e universal, cuja trajetória

se reflete na história da análise econômica. Teríamos, ainda, uma opção teórica que apontaria

o neoclassicismo e seus princípios fundamentais do equilíbrio geral como fronteiras do

conhecimento econômico. Nos termos de Pérsio Arida (2003), seria uma forma de encarar a

economia como “hard science”, confundindo a história do pensamento econômico com uma

evolução teleológica das ideias, sem qualquer relevância para a formulação teórica. Em suma,

ao distinguir análise econômica e pensamento econômico, a metodologia schumpeteriana

8 Os chamados “money doctors”.

Page 15: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

15

quer separar o que é positivo do que é normativo, o que é ciência do que é moral, o que é

técnico do que é político.

Dentro desse conjunto de reflexões que viemos apontando, quais as implicações de se

fazer ou não a distinção entre análise econômica e pensamento econômico? Fazê -la implica no

reconhecimento de que a economia é uma ciência metodologicamente próxima das ciências

exatas, ainda que se admita a heterogeneidade do pensamento econômico. Significa entender

a economia como um conjunto de conhecimentos que se acumulam e se aperfeiçoam ao longo

do tempo sempre apresentando teorias de fronteira que representariam o conhecimento atual

e válido. Mas a implicação mais importante é a aceitação de que o saber econômico é

universal e de que o saber econômico original não tem nacionalidade. A economia como

ciência pensa o mundo abstratamente e, por isso, pouco importa o lugar onde é produzida.

Nacionalidade e originalidade são questões que não merecem figurar numa discussão desse

tipo.

Por outro lado, não fazer a tal distinção implica em reconhecer a economia como uma

ciência social. Significa entendê-la como resultado de determinações históricas e sociais, e

respeitá-la em sua diversidade. Tal diversidade exige histórias do pensamento econômico

plurais, tornando relevante a discussão da nacionalidade e originalidade em sua elaboração. A

questão da universalidade ou nacionalidade do conhecimento é geral nas ciências humanas,

assim como o debate sobre a originalidade desse conhecimento. Reclamar a nacionalidade e a

originalidade do conhecimento poderia ser uma atitude menor, mero desejo vaidoso de

afirmar uma identidade. Se a economia é análise econômica, essas questões são realmente

menores. Contudo, se não há distinção entre análise econômica e pensamento econômico,

nacionalidade e originalidade tornam-se relevantes, porque as determinações sócio-históricas

são fundamentais para a formação do pensamento econômico e para a formulação de teorias

econômicas. Além disso, estão no cerne de reflexões autônomas sobre a própria realidade, o

que é ainda mais dramático nos espaços econômicos periféricos, onde a busca por identidade

se apresenta como necessidade histórica para superação de seus problemas específicos.

Essa discussão metodológica sobre história do pensamento econômico precisa ser

ainda alargada pela problemática da construção de um pensamento econômico nacional. O

qualificativo, ao mesmo tempo em que restringe o escopo, amplia o problema, pois coloca a

questão da nacionalidade ou dos influxos socialmente localizados para a elaboração da teoria,

implicando, por outro lado, na relativização (não mais no campo da teoria, mas agora do

objeto) da universalidade das teorias.

Page 16: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

16

Cardoso (1989; 1997; 2001) trata detidamente dessa questão ao analisar o

pensamento econômico em Portugal e a difusão das ideias econômicas na Europa, partindo da

avaliação de que “a historiografia convencional do pensamento econômico não atribui

suficiente atenção às características do desenvolvimento das ideias e teorias econômicas em

contextos ou ambientes nacionais distintos” (CARDOSO, 1997, p.207). No contexto da

distinção entre absolutismo e relativismo em história do pensamento econômico, Cardoso

(1997) diz não haver razão para seguir a abordagem “absolutista” para o caso português pela

mesma razão alegada por Bielschowsky (2004) para o caso brasileiro, a saber, a escassez de

produção analítica. O autor adotará então a abordagem “relativista” e, dentro dela, diz ser

indispensável discutir as condições concretas da assimilação que se faz em Portugal das ideias

produzidas no exterior. Embora aceite a distinção de Blaug (e Schumpeter), Cardoso (1989:29)

adverte que “a dimensão estritamente teórica é apenas um elemento [do pensamento

econômico] e não o elemento essencial”.

O problema que surge aí é a relação entre o cosmopolitismo e a nacionalidade, isto é,

como fazer a mediação entre a história do pensamento econômico em escala internacional e

nacional. Porém, colocar a questão nesses termos significa falar, de um lado, numa história do

pensamento econômico internacional que expressaria certo tipo de pensamento econômico

que escapa às especificidades, sendo mais abstrato, teórico, e, de outro lado, num

pensamento econômico nacional que se apropria do pensamento internacional e, por meio da

adaptação desse pensamento, busca seu caminho no contexto de determinada realidade. Ou

seja, Cardoso traz para o terreno da nacionalidade a mesma questão que se discutia no campo

metodológico e a resolve da mesma maneira: assim como há análise econômica e pensamento

econômico, convivem também o pensamento econômico internacional, cosmopolita, e

pensamentos econômicos nacionais.

Por isso sua principal preocupação é a difusão e assimilação do conhecimento

econômico. Cardoso (1989) liga corretamente a originalidade às situações concretas vividas

por cada país, mas não se pode negar, no caso da economia e de outros saberes, a existência

de centros difusores de conhecimento. Para o autor,

sobre os temas passados em revista existe uma matriz de reflexão comum e padrões interpretativos que se impõem de forma quase espontânea. A especificidade de cada

s i tuação requer, naturalmente, uma adaptação cri teriosa dos modelos cognitivos de uti l ização recorrente. Mas são as novidades trazidas por cada situação específica que concorrem para a configuração dos arquétipos de que a história é fei ta (CARDOSO,

2001, p.11)

Page 17: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

17

Esse raciocínio implica a existência de pioneiros e seguidores, em termos de

pensamento econômico, e a relação quase sempre é de pioneirismo no centro com seguidores

na periferia. Isto é, o centro produz o conhecimento internacional e, posteriormente, a

periferia o copia ou o adapta à sua realidade concreta, reflexo de uma posição subordinada.

Valeria indagar por que, aparentemente, a adaptação desse pensamento costuma se dar na

periferia. Se se trata de economia em abstrato, por que praticamente não há casos de

produção teórica na periferia e adaptação no centro? O caminho do pensamento econômico

não é de mão dupla, daí a importância de se pensar a questão da nacionalidade do

pensamento econômico, sobretudo, nos países periféricos.

Como é óbvio, o desenvolvimento da pesquisa neste domínio dos processos de

transmissão, assimilação e adaptação original de pensamento econômico, é tarefa que

importa sobretudo realizar nos países periféricos, isto é, nos países que ocupam um lugar

permanentemente ou quase sempre subalterno em relação à criação do pensamento

econômico dominante (CARDOSO, 1997, p.210; ALMODOVAR; CARDOSO, 1998, p.3).

Ainda que seja assim, isso não eliminaria a possibilidade de um pensamento

econômico original na periferia. O ponto é que essa originalidade seria derivada do

pensamento econômico produzido no centro ou do pensamento econômico chamado há

pouco de internacional, o que Cardoso (1997) chama de “adaptação original”, semelhante à

ideia trabalhada por Gremaud (1997). No entanto, é preciso cuidar para não confundir

pensamento econômico internacional com pensamento econômico universal. É da perspectiva

da formação do pensamento econômico nacional em sua relação com o fluxo internacional de

ideias que a história do pensamento econômico na periferia deve ser reconstituída. Porém,

nesse caso, não se trata propriamente de uma relação dialética, pois o sentido da influência é

costumeiramente de mão única e se expressa num fluxo de ideias que é muito maior de fora

para dentro, restando aos países periféricos quase sempre a adaptação original.

A questão da nacionalidade e originalidade, todavia, não ocupa papel relevante em

dois dos manuais de história do pensamento econômico mais difundidos no Brasil. Feijó (2001)

não a discute, mas está implícito na introdução de seu livro que qualquer descrição ou

prescrição (teoria ou política econômica) relativas ao campo da economia são consideradas

pensamento econômico. Vale notar que este livro é derivado de cursos de História do

Pensamento Econômico cuja preocupação é essencialmente didática. Já o livro de E. K. Hunt

(2012), embora tenha maior refinamento analítico, construindo uma história do pensamento

econômico preocupada em analisar o conflito e a harmonia no sistema capitalista, oferece

Page 18: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

18

uma perspectiva semelhante à encontrada em Feijó quanto ao fato de que ideias econômicas

constituem o pensamento econômico, embora ofereça critérios mais explícitos na seleção de

pensadores.

Ao formularem implicitamente que o pensamento econômico é constituído por ideias

econômicas, os autores se isentam da discussão sobre o que caracteriza, enquanto objeto e

objetivo, o pensamento econômico. A questão importante aqui estaria na escolha dos

pensadores que entrariam em determinada história do pensamento econômico, posto que

qualquer pensador das questões econômicas pode eventualmente ser considerado um autor

do pensamento econômico. Não surpreende que uma discussão sobre a nacionalidade e

originalidade do pensamento econômico esteja ausente nesses livros, cujo objetivo é servir de

base para cursos de história do pensamento econômico que exi gem a reprodução de certo

conteúdo considerado tradicional ou canônico. O problema é que tal ausência não se restringe

às análises com preocupação didática e de síntese e, por isso, a questão da nacionalidade e

originalidade do pensamento econômico frequentemente deve ser buscada nas entrelinhas.

3. Pensamento econômico brasileiro no século XIX9

O recorte temporal adotado por importantes estudos sobre o pensamento econômico

brasileiro o consideram apenas a partir do século XX, tomando como ponto de partida a

década de 1930. Por isso, tal como proposto no projeto de pesquisa, é preciso justificar

minimamente o estudo do pensamento econômico brasileiro no século XIX. Gostaríamos de

ponderar que o estudo do XIX pode ser relevante para entender a formação do pensamento

econômico na periferia do capitalismo de maneira geral e, de modo específico, sua influência

nas políticas econômicas efetivamente adotadas no império brasileiro.

Alguém poderia argumentar que a ênfase dos estudos está no século XX, porque a

estrutura econômica do país se altera definitivamente na passagem de um século a outro,

sobretudo, depois da mudança nas relações de trabalho. O que se discute aqui em relação

àqueles estudos não é a ênfase, justificada, no século XX, mas certo desprezo, injus tificado,

pelo XIX, pois, se a estrutura econômica do país se altera nesse período, sua condição

periférica se mantém. Portanto, estudar o pensamento econômico brasileiro no século XIX

pode ser útil para compreender a formação desse pensamento nos séculos seguintes. Nesse

9 Baseado no texto “Pensamento econômico na periferia : um esboço das ide ias econômicas de Joaquim José

Rodrigues Torres (1848-1858)” apresentado na 4th European Society for His tory of Economic Thought Latin American Conference.

Page 19: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

19

sentido, concordamos com a crítica de Beauclair (2001) a economistas que desconsideram o

XIX como período relevante para a história do pensamento econômico brasileiro.

Além disso, tratar do pensamento econômico brasileiro pressupõe um recorte espacial

por parte do historiador das ideias que o coloca diante do problema da nacionalidade. Como já

mencionado, a definição de um pensamento econômico nacional não é tarefa trivial e, por

isso, precisamos abordar brevemente essa questão. O que entraria naquela definição? Quais

autores considerar? Seria pertinente, no caso do pensamento econômico periférico, distinguir

teoria e política econômica? Enfim, são muitas e complexas as questões envolvidas na

consideração de um pensamento nacional, que não se restringem ao campo da economia e

alcançam também outras ciências sociais e humanas. Machado de Assis, por exemplo, num

artigo de 1873, percebe certo instinto de nacionalidade na literatura brasileira, que se

caracterizaria pela consideração de elementos específicos de sua realidade na produção

textual. De modo análogo - e superficial, pois tratar com profundidade da difícil questão do

pensamento nacional foge ao escopo desta pesquisa -, a construção de uma história do

pensamento econômico brasileiro passa pelo estudo das ideias que aqui foram produzidas a

partir de reflexões sobre a economia e a realidade brasileiras.

Talvez, por seu lugar na periferia do capitalismo, seja difícil encontrar no Brasil um

pensamento econômico que possa ser considerado original. Talvez, por seu caráter mais

prático, voltado para a política econômica concreta, não seja adequado enfatizar numa história

do pensamento econômico brasileiro sua produção teórica, sob pena de encontrar pouca coisa

ou nada. De um pensamento econômico teórico e original, que emanaria do centro, seria mais

adequado passar para um pensamento concreto e adaptado, resultante do cruzamento entre

a difusão e assimilação do pensamento estrangeiro no país e a realidade de sua economia

agrária, mercantil e escravista. A combinação do pensamento avançado do centro com a

realidade da periferia pode ter produzido no Brasil, e em outros países periféricos, um

pensamento econômico fruto de um capitalismo atrasado, baseado em adaptações originais.

É da perspectiva da formação do pensamento econômico nacional em sua relação com

o fluxo internacional de ideias que a história do pensamento econômico na periferia deve ser

reconstituída. Porém, no Brasil do XIX, a princípio, não havia propriamente uma relação

dialética na troca de conhecimento econômico, pois o sentido da influência se expressava num

fluxo de ideias que era muito maior de fora para dentro, restando aos países periféricos quase

sempre a adaptação original.

Page 20: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

20

Tendo em vista essa característica, iremos rever, particularmente, alguns trabalhos

pioneiros que se referem ao debate das ideias econômicas no Brasil do século XIX. Se por um

lado podemos considerar que as pesquisas em história do pensamento econômico brasileiro

sobre esse período estão dispersas, por outro, um exame detalhado na literatura econômica e

histórica nos faz descobrir alguns trabalhos sobre o assunto que nos ajudam a refletir a

respeito das questões metodológicas discutidas anteriormente.

Um trabalho pioneiro é o de Humberto Bastos, O Pensamento Industrial no Brasil

[1952]. O livro pretende dar um perfil ou fazer uma introdução à história do capitalismo

industrial brasileiro, “e sua luta para sobreviver aos embates com o capitalismo comercial

nascente, aliado às vivências do patriciado rural e aos interesses especificamente alienígenas”

(BASTOS, 1952, p. 8). Articulando as ideias nacionalistas e protecionistas à história do

desenvolvimento industrial brasileiro, a autor discute as proposições de figuras fundamentais

do pensamento econômico nacional. A nacionalidade se apresenta em sua obra no

reconhecimento da especificidade e na busca da originalidade que pudesse substituir o

conhecimento estrangeiro. Bastos conclui seu trabalho defendendo a ideia de que o

capitalismo não é único e que não existe uma fórmula para se atingir o desenvolvimento e o

progresso. Assim procura criticar aqueles que sempre defenderam ideias importadas, distantes

da nossa realidade e ressaltar as ideias originais e preocupadas com o interesse nacional, com

o desenvolvimento e melhor apropriação das riquezas. Para ele, “o nosso erro tem sido repetir

axiomas estrangeiros e querer aplicá-los entre nós. Daí a ficção intelectual que se cria em

relação ao Brasil em contraste com a sua realidade física.” (BASTOS, 1952, p.213).

Paul Hugon dá uma importante contribuição em A Economia Política no Brasil, texto

originalmente publicado em 1955 e citado por grande parte dos trabalhos que abordam o

pensamento econômico no Brasil durante o século XIX e o início do século XX. Não há no texto

qualquer análise metodológica, contudo, em uma nota o autor sintetiza os objetivos do seu

estudo: “Nessas páginas trataremos de economia política brasileira: a fim de poder estabelecer

uma ligação entre o presente estudo especializado e as questões gerais relativas ao ensino e à

cultura brasileira” (HUGON, 1994, p.393). O grande mérito de seu trabalho é analisar como a

Economia Política foi introduzida no Brasil a partir do estudo do seu ensino nos cursos

superiores no país, um estudo típico de difusão do conhecimento.

Para tanto, começa analisando a obra de José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, e o

seu pioneirismo a partir do seu “Princípios de Economia Política” de 1804 e de sua nomeação,

por decreto real de D. João VI em 1808, para ministrar a disciplina de Economia Política, que

Page 21: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

21

seria instituída no Brasil a partir de então. Ademais, procura mostrar a influência de Adam

Smith no pensamento de Cairu e argumentar que ele não era um simples vulgarizador das

ideias do mesmo. Hugon apresenta Cairu como um pensador que refletiu sobre a economia

política a partir da realidade nacional. Ou seja, a partir da realidade brasileira, do seu passado

colonial e da sua estrutura, evidentemente peculiar se comparada com a Inglaterra de Smith.

Assim, destaca Cairu como um defensor da indústria, um liberal, mas antes de tudo, um

nacionalista, comercialista e industrialista, um defensor da construção de uma economia

nacional, que na opinião do autor, adiantou o essencial das ideias de List no importante

“Sistema nacional de economia política”. No limite, José da Silva Lisboa seria responsável por

elaborar uma doutrina especificamente brasileira.

Ademais, discute o ensino de economia política nas Faculdades de Direito, onde,

segundo o autor, exclusivamente se ensinou a disciplina durante os anos de 1827 a 1863. Sua

análise se concentra nos autores abordados e discutidos no ensino da disciplina e argumenta

que a mesma não teve influência única e exclusivamente da economia política inglesa. Analisa

ainda o ensino da disciplina na Escola Politécnica, iniciado a partir de 1869. Assim como no

caso das Faculdades de Direito, procura apresentar os autores discutidos e apresentados nos

cursos, além de mostrar como os responsáveis pela disciplina tiveram grande ligação com o

poder público (José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, Aarão Reis, Vieira

Souto) e como a disciplina estava voltada para a compreensão da situação da economia

brasileira. Ao final do texto, Hugon discorre sobre a formação dos departamentos e cursos de

economia, partindo da introdução da economia política no quadro das ciências sociais e a

consequente independência da disciplina e a formação das Faculdades de Economia. O

trabalho pioneiro de Hugon apontou caminhos e, por isso, é citado por quase todo s os

estudiosos sobre o pensamento econômico brasileiro. O critério de seleção de pensadores

adotado pelo autor está diretamente ligado ao ensino de economia e à difusão das ideias

estrangeiras no país e não especificamente à nacionalidade e originalidade do conhecimento

econômico. Por isso, sua preocupação maior era antes com o pensamento econômico no Brasil

do que propriamente o pensamento econômico brasileiro.

Heitor Ferreira Lima entra neste breve panorama com seu livro História do

Pensamento Econômico no Brasil [1976] ao adotar uma opção metodológica que não reduz a

história do pensamento econômico a simples apresentação de ideias de pensadores que

considerava mais importantes. Ao contrário, o autor apresenta um trabalho de síntese, em que

intercala a história dos acontecimentos com a história das ideias e a relação entre elas.

Page 22: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

22

Ademais, cabe ressaltar a sua escolha por retratar o pensamento econômico no Brasil desde os

tempos coloniais e como esse período, assim como as raízes portuguesas, influenciaram na

formação das ideias econômicas no Brasil. Cabe observar o critério de escolha dos pensadores

e figuras mais importantes a serem retratados: quase todos homens da política, ligados ao

poder, aos governos. Mais do que isso, eles se apropriavam das teorias econômicas sempre a

partir dos interesses que os moviam. Sejam eles interesses ligados às peculiaridades brasileiras

ou aos interesses das elites brasileiras. Assim, Lima argumenta que o pensamento econômico

no Brasil surge para dar sentido e justificar as ações políticas.

Pouco depois do livro de Ferreira Lima e na mesma linha de Hugon, surge o trabalho

de Dorival Teixeira Vieira (1981). Neste texto, o autor discute a formação do pensamento

econômico brasileiro, apresentando as principais influências a partir do ensino de Economia,

primeiro nas Faculdades de Direito e Engenharia, posteriormente nas Ciências Sociais e depois,

com a formação dos cursos de Economia, nas Faculdades e Departamentos de Economia.

Interessante na análise é perceber como a disciplina se desenvolveu no país. Um dos

argumentos é que por ter se desenvolvido em Faculdades de Direito e Engenharia, teve

sempre um caráter mais doutrinário, voltado à ação, às medidas políticas e ao

desenvolvimento dos problemas econômicos nacionais. Assim, no Brasil, “não havia o ensino

de Ciência Econômica, mas sim de Doutrinas Econômicas, mais ao sabor dos individualismos e

das polêmicas, tão do grado da cultura brasileira durante os séculos XIX e XX”. (VIEIRA, 1981,

p.355).

Mais recentemente, a tese de Amaury Gremaud aponta, inicialmente, a relação

estabelecida por vários economistas entre os problemas relacionados ao desenvolvimento

econômico tardio brasileiro, ou seu subdesenvolvimento, e a ausência de um pensamento

econômico concreto, que refletisse sobre a realidade brasileira durante o século XIX. Gremaud

argumenta que para autores como Furtado e Peláez as concepções econômicas no Brasil do

XIX estariam muito presas ao pensamento econômico produzido em economias desenvolvidas.

Por isso careciam de originalidade e não foram capazes de transformar a realidade brasileira.

Isto seria resultado da ausência de instituições formadoras de economistas com saber técnico

definido, especificamente preparados para a realidade com as especificidades e os problemas

decorrentes da economia brasileira. Gremaud questiona esta visão e argumenta que,

Mesmo partindo de matrizes teóricas europeias exis te a lguma origina l idade no pensamento econômico brasileiro, se não no sentido de formular novos avanços teóricos , pelo menos e m termos de reflexões sobre a nossa rea l idade e da

adequação destas teorias a ela. Além do que, esta realidade era ponto importante na

escolha feita pelos analistas nacionais dentro do leque de poss ibi l idades teóricas

Page 23: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

23

apresentado pela Economia Política dos países centrais. Mesmo porque as pessoas envolvidas reconheciam os efeitos distributivos envolvidos na adoção das medidas

preconizadas pelas diferentes teorias. É justamente a parti r destes efei tos que se del ineiam as a lianças entre os diferentes grupos no que concerte a determinação da pol ítica econômica ao longo deste período. Novamente, pode-se até não concordar

com as análises ou as adaptações das teorias à realidade nacional feitas quando da determinação da política econômica, porém não foi a falta delas que marcou política

econômica no Segundo Reinado e da Primeira Repúbl ica (GREMAUD, 1997, pp.3-4)

Baseado em Hugon, Gremaud concentra sua análise na discussão da entrada e difusão

da economia política no Brasil durante o século XIX. Seu objetivo parece ser mostrar como e de

que forma a Economia Política chegou ao Brasil, como se iniciou e de que maneira se

materializou o ensino de Economia Política no país, que preparava e formava a

intelectualidade brasileira que, em algum momento, seria responsável pe la formulação da

política econômica nacional. “Assim busca-se apreender que tipo de concepção de Economia

Política e, dentro desta, de teoria monetária, fazia parte da formação acadêmica dos futuros

formuladores da política econômica nacional.” (GREMAUD, 1997, p.7)

O autor argumenta que faz sentido estudar o pensamento econômico brasileiro

durante o século XIX, pois, apesar de todos os problemas envolvidos, a ausência de

“economistas técnicos”, ou institutos especializados, a elite intelectual recebeu formação em

Economia Política, conheceu os teóricos da época e essa formação teve papel importante no

debate e na formulação da política econômica durante o período imperial. Seguindo uma

estrutura semelhante a de Paul Hugon, apresenta o ensino de economia política nas

Faculdades de Direito e Engenharia brasileiras durante o século XIX, a partir de um exaustivo

levantamento bibliográfico de trabalhos a respeito do tema, bem como das obras adotadas

nos cursos e das ideias defendidas pelos professores. De modo geral, procura quase sempre

identificar ideias originais e interpretações específicas a respeito da realidade brasileira nos

personagens e temas que apresenta. Desta forma, destaca o poder de apropriação e

adaptação da teoria econômica tradicional pelos catedráticos brasileiros do século XIX.

Ao analisar o pensamento econômico brasileiro a partir do ângulo do ensino de

economia política, autores como Hugon e Gremaud evidenciam a originalidade de várias ideias

concebidas no país. Por outro lado, destacam também o sentido prático que vários

catedráticos davam às ideias econômicas.10 A análise do ensino de economia política no Brasil

durante o século XIX consegue fornecer um retrato importante do pensamento econômico

brasileiro no período. Isto é, um pensamento econômico que procurou sempre adaptar teorias

10

Apresentamos no roteiro obras dos professores da cátedra de economia política das faculdades de di reito de São Paulo e Reci fe, e de engenharia do Rio de Janeiro.

Page 24: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

24

econômicas dos países centrais. Conservadora ou progressista, poderíamos afirmar que tais

adaptações não deixam ser originais, afinal refletiam sobre a realidade brasileira.

O conjunto dos trabalhos acima mostra que havia não só um pensamento econômico

no Brasil, no sentido da difusão das ideias econômicas, como um pensamento econômico

brasileiro, no sentido da adaptação original. A reflexão a respeito da gênese do pensamento

econômico brasileiro no século XIX impõe ao historiador a necessidade de uma periodização e

definição de critérios para abordagem a respeito do tema e esses critérios serão utilizados na

montagem do roteiro bibliográfico apresentado na quarta parte deste relatório.

Dos assuntos pertinentes ao pensamento econômico brasileiro no século XIX,

destacam-se os estudos sobre a formação das ideias no Brasil e o perfil do pensamento

econômico no império; sobre as ideias econômicas de José da Silva Lisboa, visconde de Cairu,

na primeira metade do século; e sobre o debate monetário entre papelistas e metalistas em

meados do XIX.

3.1. Formação das ideias no Brasil e o perfil do pensamento econômico no império

Durante a maior parte do período colonial, praticamente não se fala de pensamento

econômico no Brasil, em boa medida porque a fonte desse pensamento estava em Portugal.

No final desse período, entretanto, despontam pelo menos dois nomes que marcariam o que

Hugon chamou de início da história do ensino de economia política no Brasil. O primeiro nome

é o de José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu. Sua obra, Princípios de Economia Política,

publicada em 1804, é o marco inicial da periodização feita por Hugon. Como já mencionado,

José da Silva Lisboa será o primeiro a ocupar a cátedra de economia política criada por d. João

em 1808. No entanto, por ter ocupado outros cargos no aparelho de Estado, suas aulas não

chegaram a se concretizar (GREMAUD, 1997, p.20). Vale notar que o Brasil acompanhou de

perto o desenvolvimento da economia na Europa. A cátedra de economia política em Portugal,

França e mesmo Inglaterra foram criadas mais tarde. A da Inglaterra, ocupada por Nassau

Senior, será criada apenas em 1825. Ao lado de Cairu figura José Joaquim da Cunha de Azeredo

Coutinho ou simplesmente Azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco. Azeredo Coutinho

escreveu sobre a atividade econômica colonial, açúcar e minas, e seu comércio no final do

século XVIII e inicio do XIX. Por isso é considerado por Heitor Ferreira Lima o primeiro

economista do Brasil.

Page 25: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

25

Esses seriam, digamos, os primeiros economistas brasileiros. No entanto, suas idéias,

ainda que voltadas para a realidade brasileira, estavam muito embasadas na teoria econômica

que se desenvolvia na Inglaterra. Azeredo Coutinho e Silva Lisboa são do final do século XVI II e

inicio do XX e que A Riqueza das Nações, de Smith, é de 1776. Portanto, são mais ou menos

contemporâneos do livro que marca o “nascimento” da economia política. De fato, Azeredo

Coutinho será mais mercantilista e Cairu, mais liberal (GREMAUD, 1997, p.26). Aliás, o

desenvolvimento da economia na Europa, sobretudo na Inglaterra e na França, delineará o

perfil do pensamento econômico brasileiro no final do período colonial e no império. Seria

importante, então, relembrar as principais características do mercantilismo e, sobretudo, do

liberalismo. A política econômica mercantilista, adotada no contexto da formação dos Estados

Nacionais, preconiza, em termos gerais, “a abolição das aduanas internas, a tributação em

escala nacional, a unidade de pesos e medidas, a política tarifária protecionista, a balança

favorável com conseqüente ingresso do bulhão e as colônias para complementar a economia

metropolitana. A política mercantilista, conforme a clássica análise de Heckscher, visava à

unificação e ao poder do Estado (NOVAIS, 2005, p.49). Já o liberalismo clássico, espécie de

reação ao mercantilismo, sustentava que a liberdade de ação individual levaria ao progresso

econômico e à harmonia social. Para tanto, deveria ser restrita a intervenção do Estado na

economia. Mas é claro que, no início do XIX, o mercantilismo está em baixa e o liberalismo em

alta.

É muito interessante notar como o Brasil, apesar de ainda ser colônia, em que pese o

fato de ser uma colônia especial, posto que a família real e o governo aqui es tavam,

acompanhou quase simultaneamente o desenrolar dos estudos de economia na Europa. E em

alguns casos até se adiantou a esse desenrolar. Por exemplo, o livro de Cairu foi publicado no

mesmo ano do Tratado de Economia Política de Say, como dissemos, e a cátedra brasileira de

economia política foi criada antes da portuguesa, francesa (1816, ocupada por Say) e até

mesmo inglesa (1825, ocupada por Senior). Embora o Brasil acompanhe o desenvolvimento da

economia na Europa e às vezes o ultrapasse institucionalmente, permanece a sensação de que

a teoria se desenvolve na Europa e é copiada no Brasil . Contudo, se considerarmos a

adaptação como critério válido de originalidade, o pensamento econômico brasileiro não deixa

de ser original, posto que sempre adaptado. É o que diz Hugon sobre o trabalho de Cairu. É o

que diz Gremaud sobre os trabalhos dos primeiros professores de economia do país, ainda nos

cursos de economia política das faculdades de direito e engenharia. Ora, se a originalidade do

pensamento brasileiro está na adaptação (Hugon) e na mistura de diferentes escolas

Page 26: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

26

(Gremaud), cabe verificarmos quais eram as influências das teorias econômicas estrangeiras

sobre aqueles que ensinavam economia por aqui.

Como vimos, embora a cátedra de economia tenha sido criada em 1808, suas aulas

não chegaram a se concretizar antes de 1827, quando surgiu o decreto que regulamentou o

curso de ciências jurídicas e sociais no Brasil. A cadeira de economia política aparecia no

quarto ano do curso e o decreto recomendava os autores clássicos ingleses e franceses, Smith,

Ricardo, Malthus, Say, Sismondi e Godwin. Há breve menção a Cairu, sem citar seu nome

explicitamente, referindo-se apenas ao “sábio autor do direito mercantil” (cf. decreto de

1827). A despeito da presença de Godwin e Sismondi, de tendências socialistas, há clara

predominância do liberalismo inglês e francês entre os autores citados. Hugon, no entanto,

ressalta que apesar do predomínio do liberalismo, haverá neste ensino aspectos estritamente

nacionais. O que não causa tanta estranheza, uma vez que o mesmo decreto recomendava ao

lente que fortificasse “suas doutrinas [as doutrinas econômicas que ensinará] com o uso das

nações ilustradas, fazendo ver, mais por preceitos acomodados à prática, do que por teorias

metafísicas e brilhantes, o uso que dela se pode fazer, para aumentar os mananciais da pública

riqueza" (cf. decreto de 1827). Quer dizer, é um chamado claro a se pensar as teorias

estrangeiras a partir da realidade brasileira. Ora, se a idéia era aprender as teorias e adaptá-las

à realidade brasileira, como não apresentar Cairu como mestre desse pensamento? Talvez

mestres fossem apenas aqueles das “nações ilustradas” a que se refere o decreto. E, de fato,

foram os autores estrangeiros os que mais influenciaram os catedráticos de economia política

das faculdades de direito do Brasil, a de Recife e a de São Paulo. O estudo do ensino de

economia política nessas faculdades é relevante, porque seus lentes ocuparão cargos

importantes no governo, sobretudo, os da faculdade de direito de São Paulo, e terão influência

decisiva na formulação da política econômica do império. Posteriormente, os professores da

faculdade de engenharia do Rio de Janeiro também se destacarão na política e nos cargos de

Estado. Nesse ponto, podemos seguir Hugon ou Gremaud, uma vez que seus trabalhos seguem

os mesmos critérios de seleção e apresentação do ensino de economia no país. Na faculdade

de Recife, o primeiro lente de economia foi Pedro Autran da Mata Albuquerque (1829),

influenciado pela escola inglesa, sobretudo James Mill. Embora Paula (citado em Gremaud)

fale da grande repercussão de sua obra, o autor é aparentemente pouco conhecido. Ou os

deputados e senadores preferiam os autores estrangeiros ou os autores nacionais, ainda que

suas obras alcançassem relativo reconhecimento no ensino da economia, não traziam

contribuição original aos estrangeiros. Por que os catedráticos de economia política brasileiros

eram menos citados do que os autores estrangeiros é uma questão interessante para se

Page 27: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

27

pensar. O problema de Gremaud, menos de Hugon, é que o pensamento econômico sai dos

professores de economia, isto é, dos que “ensinam” economia e não dos que necessariamente

“produzem” economia. Assim, o pensamento econômico desse grupo, ainda que adaptado , é

mormente repetição dos autores estudados em sua formação intelectual. Talvez por isso

tenham ficado menos conhecidos como autores e, portanto, menos citados. Talvez por isso

tenham ficado mais conhecidos como professores do que como pensadores. Na mesma

faculdade, Lourenço Trigo de Loureiro, embora fosse seu sucessor, diverge de Mata

Albuquerque no sentido de uma economia menos científica e de uma crítica à harmonia

resultante do funcionamento do mercado. Vale notar, no entanto, que ambas eram posições

derivadas de teorias estrangeiras. O sucessor de Trigo de Loureiro foi Asprígio Justiniano da

Silva Guimarães (1859), influenciado por Stuart Mill. Com ele já há a preocupação com o

avanço das teorias socialistas.

Em São Paulo, o curso de economia política se iniciou em 1832. Carlos Carneiro de

Campos, terceiro visconde de Caravelas, foi o primeiro lente de economia política da

faculdade. Se a faculdade de Olinda seguia os ingleses, a de São Paulo se guiava pelo

Catecismo de Economia Política, de Say. Say, Bastiat e Michel Chevalier eram os autores da

escola francesa utilizados. Ao lado deles, MacLeod contrabalançava para o lado inglês.

Também passaram pela faculdade Luís Pedreira do Couto Ferraz e João da Silva Carrão. Este

último traduziu Elementos de Economia Política, de MacLeod, em 1873. MacLeod foi um

grande influenciador, com uma influência desmesurada se comparada ao status do autor na

Europa (GREMAUD, 1997, p.54). Segundo Hugon, essa influência se explica pelo fato de

Macleod ser jurista, além de economista, e por sua aproximação com a Escola Histórica Alemã

e, portanto, com os problemas dos países novos (GREMAUD, 1997, p.314). Gremaud chega a

dizer, num artigo apresentado na SEP, que a faculdade do largo São Francisco era uma escola

MacLeodista. No final do XIX, a partir de 1896, José Luiz de Almeida Nogueira introduz

Sismondi no curso. Pauperismo e crise passam a ser vistos como fenômenos social e

econômico, respectivamente, e assim, dentro dos quadros do liberalismo, aceita-se maior

intervenção do Estado, em nome dos interesses da sociedade. O livro de Nogueira, Curso

didático de economia política ou ciência do valor, é publicado em 1913. Gremaud chama a

atenção para a coincidência entre a publicação do livro, aceitação de maior intervenção do

Estado na economia e política do café. Nogueira é defensor dessa política.

A economia política passou a ser ensinada nos cursos de engenharia a partir de 1864.

No Rio, o primeiro docente responsável pela cadeira foi José Maria da Silva Paranhos, o

Page 28: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

28

visconde do Rio Branco. Segundo Hugon (1994, p.61), “o ensino econômico, ministrado por Rio

Branco, apóia-se solidamente nas teorias clássicas, das quais conserva inato o individualismo,

mas rejeita as conclusões liberais no plano do comércio internacional (...) corresponde a uma

doutrina intervencionista e industrialista, moderada, aliás, em sua aplicação”. Vieira (1981)

concorda, embora Luz (1978) chame a atenção para o cunho liberal da tarifa alfandegária de

1874. O sucessor de Rio Branco foi Luis Raphael Vieira Souto, crítico da política contracionista

de Joaquim Murtinho. Assim como Cairu, diz Hugon (1994, p.320), Vieira Souto “reveste o

individualismo dos clássicos do intervencionismo das doutrinas da escola nacional”. Defendeu

protecionismo e estímulo à industrialização. Aarão Leal de Carvalho Reis, ou Aarão Reis,

substituirá Vieira Souto e presidirá a construção de Belo Horizonte.

Na República Velha aumenta o número de cursos de Direito. “Durante a primeira

república houve maior irradiação do pensamento econômico por meio dos cursos de economia

política das faculdades de direito. Pelas faculdades examinadas novamente podemos verificar

que, apesar de ancorada nos alicerces da economia política clássica, o ensino de economia

sofreu variações em sua irradiação, assumindo matizes bastante diferentes e em alguns pontos

até bem distantes do núcleo da escola clássica liberal inglesa. (...) se no Ceará a influência

clássica e neoclássica inglesa foi preponderante, apesar de obnubilado por concepções caras

ao catolicismo, na Bahia prevalece a influência francesa, com algum grau de intervencionismo

sendo destacado por meio dos trabalhos de Gide e em Porto Alegre foi a escola histórica alemã

que ganha [sic] espaço” (HUGON, 1994, pp.58-9). Em suma, o que se percebe é que, apesar da

tentativa de se homogeneizar o ensino da economia política, a partir das especificações do

decreto de 1827, havia heterogeneidade entre os cursos tanto entre as faculdades de direito,

como entre estas e o ensino de economia política nas faculdades de engenharia. Além disso,

embora o liberalismo fosse a ideologia predominante, seu conteúdo se alterou em função da

realidade brasileira, não se contrapondo necessariamente às idéias de intervenção e

protecionismo! Hugon afirma a existência de uma continuidade da concepção econômica

liberal-nacionalista tal como defendida por Cairu. Para ele, ela teria predominado no

pensamento doutrinário econômico do Brasil. Seria uma concepção matizada, pois pode

pender para o liberalismo ou nacionalismo, mas sempre sob a forma de uma doutrina

intervencionista moderada. Seria também generalizada, persistente e contínua, posto que

plasmada às necessidades da economia nacional. Assim, Hugon dizia, de maneira otimista, que

essa concepção poderia levar à formulação de políticas econômicas que contribuíssem para o

progresso da economia nacional.

Page 29: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

29

3.2. A difusão do pensamento econômico e as ideias econômicas de Cairu

No item anterior, falamos dos primórdios do ensino de economia no Brasil. Vimos que

a economia era ensinada como cadeira primeiro dos cursos de direito e, posteriormente, dos

cursos de engenharia. Os cursos de direito mais destacados do Brasil foram os de Olinda e São

Paulo, pelos quais passaram personalidades que seriam importantes na política imperial e que

ocupariam, inclusive, o ministério da fazenda. É o caso de Carneiro de Campos, Carrão, do

direito de São Paulo, e Paranhos, da engenharia do Rio de Janeiro. Tão importante quanto

detectar onde a economia era ensinada, e aí vale lembrar a importância da questão regional, é

observar como os professores, os chamados lentes, de economia política foram formados e,

sobretudo, como ensinavam a matéria. Nesse sentido, vimos que, sob a guia do decreto de

1827, predominava a influência do liberalismo clássico, sobretudo inglês. A influência francesa

era maior em São Paulo e, no Rio, no âmbito do curso de engenharia, a linguagem matemática

era incorporada à ideologia liberal. Contudo, como apontam Hugon (1994) e Gremaud (1997),

as teorias econômicas, em geral, e o liberalismo, em particular, não eram recebidos

passivamente no Brasil. Adaptações e misturas eram feitas por aqui e caracterizavam, segundo

eles, a originalidade do pensamento econômico brasileiro.

Um dos mais importantes adaptadores e divulgadores do liberalismo inglês no Brasil

foi José da Silva Lisboa, o visconde de Cairu. Silva Lisboa nasceu em Salvador em 1756 e

morreu no Rio em 1835. Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra e,

posteriormente, foi professor de filosofia moral em Salvador. Esse fato aparenteme nte

desimportante para a compreensão de sua obra econômica ganha relevância porque Adam

Smith, seu grande influenciador, também era professor de filosofia moral na Escócia. Este é

mais um elemento, portanto, que ajuda a explicar a relação de Silva Lisboa com Smith. O fato é

que Silva Lisboa, ao escrever sobre direito mercantil, passava pelas questões econômicas e,

sobretudo, pela economia política de Adam Smith. Por isso, Gremaud distingue suas obras em

teóricas, aquelas ligadas ao liberalismo, e práticas, as ligadas ao comércio e à legislação

comercial. Ainda em 1804, publicou em Portugal o que seria sua principal obra teórica, os

Princípios de Economia Política, o que certamente o ajudou a garantir a indicação, feita pelo

príncipe regente, para ocupar a primeira cadeira de economia política do Brasil e uma das

primeiras do mundo. Para Hugon (1994) e Penalves Rocha (1996), por exemplo, esse livro foi o

ponto de partida do ensino de economia no Brasil. No entanto, Silva Lisboa nem chegou a

efetivar sua posição de catedrático. A “aula” de economia política nunca aconteceria porque

Silva Lisboa seria consumido por atividades político-burocráticas. Era deputado e secretário da

Page 30: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

30

Mesa de Inspeção da Bahia quando foi nomeado, em 1808, desembargador da Mesa do

Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens. Já vivendo no Rio, em agosto do mesmo ano,

foi nomeado deputado da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do

Estado do Brasil; em 1809 foi incumbido de organizar um código de comércio; em 1815 foi

encarregado especialmente do exame das obras que sairiam pela imprensa régia; em 1821, foi

incluído na lista dos membros da junta de cortes para o exame das leis constitucionais

discutidas então em Lisboa. Com tantas atividades, não surpreende que a “aula” tivesse ficado

apenas no papel (GREMAUD, 1997, p.20).

As interpretações sobre a personalidade de Cairu e seu pensamento variam na

historiografia que, de alguma maneira, trata de sua vida e obra. Para João Manuel Pereira da

Silva (O Plutarco brasileiro, 1847), Moses Bemsabat Amzalak (Do estudo e evolução das

doutrinas econômicas em Portugal, 1928) e Sérgio Buarque (A inatualidade de Cairu), a obra

econômica de Silva Lisboa carecia de originalidade e assim pouco acrescentou ao pensamento

econômico que era difundido por aqui. Esses autores indicam a subordinação de Silva Lisboa

ao liberalismo, termo que ele não utilizava em suas obras, de Adam Smith. Já Zenith Mendes

da Silveira (A originalidade do liberalismo brasileiro, 1956), Paul Hugon (O ensino de economi a

no Brasil) e Dea Fenelon (Cairu e Hamilton: um estudo comparativo, 1972) enfatizam a

adaptação da teoria smithiana à realidade brasileira. Para esses autores, a adaptação constitui

justamente a originalidade da obra de Silva Lisboa. As análises de Antôni o Paim (Cairu e o

liberalismo econômico, 1968) e Armando Castro (O pensamento econômico no Portugal

moderno, déc. 1970) extrapolam o campo econômico e transbordam para o político. Para

esses autores, o pensamento de Cairu traz a legitimação da luta contra o colonialismo e coloca

a elite lusitano-brasileira no compasso da modernidade. Em síntese, se não há consenso

quanto à originalidade de seu pensamento e de sua obra entre os autores do XIX, não se pode

negar sua importante participação na formação do Estado e da nacionalidade brasileira ao

introduzir a economia política no país.

Liberalismo, harmonia e progresso davam o tom da nação imaginada por Cairu. Nas

palavras de Penalves Rocha (1996, p.31), “O pensamento econômico de Silva Lisboa, bem

como a memória da sua militância política, foram elevados à condição de modelos para a

construção de uma nação que não desejava convulsões políticas e que apostava na ciência

como meio para atingir o progresso”. A idéia era mesmo alçar Portugal e Brasil ao nível dos

países europeus mais avançados da época. Para Penalves Rocha, o propósito da difusão da

economia política no Brasil era formar um corpo de estadistas composto de homens

Page 31: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

31

iluminados pela economia política que transformaria o império luso-brasileiro numa outra

Inglaterra (ROCHA, 1996, p.46-7).

Já entre os autores do XX, as idéias econômicas de Cairu poderiam ser

instrumentalizadas para legitimar ou não as políticas industrializantes da década de 1930, o

que revela o caráter no mínimo ambíguo de um dos primeiros divulgadores da economia

política no mundo luso-brasileiro. Mas Cairu encarna a difusão da economia política muito

mais no Brasil do que em Portugal. Penalves Rocha (1996) mostra que essa difusão foi

diferente no Brasil de d. João e no Portugal das antigas elites mercantis. Por exemplo, como

apontou José Luís Cardoso, em Portugal, a monarquia nada fez para difundi -los. Já no Brasil foi

ela quem tomou a iniciativa da difusão por meio de d. Rodrigo de Sousa Coutinho, conselheiro

da Coroa para assuntos econômicos e arquiteto do primeiro Banco do Brasil que seria criado

por d. João no Rio de Janeiro. A difusão das idéias econômicas no reino dava verniz científico à

política econômica liberal (abertura dos portos e liberdade para as manufaturas) levada a cabo

pelo príncipe-regente e, ao mesmo tempo, servia como proteção contra as idéias

revolucionárias, como o jacobinismo francês (ROCHA, 1996, p.48). “De todo modo, a economia

política foi empregada para legitimar providências destinadas a conformar o Brasil à sua nova

condição de sede do império português” (ROCHA, 1996, p.50). Ou seja, mais importante do

que a originalidade das idéias de Cairu, o que logo discutiremos, era a legitimação de políticas

liberais a partir das idéias de economia política de Smith. Depois da morte de Sousa Coutinho,

em 1812, a economia política foi usada por um setor da elite brasileira para a construção de

suas concepções sociais e políticas, caso das Memórias, de José Bonifácio. E assim, segundo

Penalves Rocha (1996, p.51) a economia política ia se difundido no país em livretos, mas sem

muita organização. Essa organização ou institucionalização no Brasil veio com o decreto de

1827. Em Portugal, a economia política era difundida por periódicos portugueses publicados

no estrangeiro e pela Academia Real de Ciências de Lisboa (cf. José Luís Cardoso). Em suma,

para Penalves, “em Portugal, a difusão [da economia política] não emanou de uma única fonte

e, sem o apoio da máquina do governo, não assumiu a mesma dimensão que no Brasil, isto é,

não conquistou os mesmos espaços que havia conquistado na cultura da elite brasileira. Mais

importante ainda: o fim a que se destinava a economia política também foi diverso. No Brasil

ela foi irradiada pelo Estado para servir a uma monarquia do Antigo Regime que procurava

reformar uma colônia a fim de dar-lhe o cariz de sede de um império, enquanto em Portugal

foi irradiada por periodistas exilados, ou seja, irradiada como manifestação da crítica de

setores da sociedade civil ao Antigo Regime português com a intenção de transformá-lo”

(ROCHA, 1996, pp.52-3). Assim, em Portugal, era a economia contra o Estado e, no Brasil, ao

Page 32: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

32

contrário, era o Estado com a economia: “Enquanto no Brasil a economia política legitimava

um Estado do Antigo Regime, em Portugal procurava deslegitimá-lo ao responsabilizar, em

última análise, a monarquia pela situação em que o país se encontrava” (ROCHA, 1996, p.53).

“A situação em que o país se encontrava” era de atraso relativo (e decadência) frente a

outras potências da Europa, sobretudo, a Inglaterra, devido às amarras da política

mercantilista. No entanto, a partir da reunião das Cortes em 1821, a Estado acabou tendo

papel decisivo na difusão de economia também em Portugal. Mas o lugar da economia foi

conquistado mais por sua exposição em debates parlamentares (ROCHA, 1996, p.54). No

Brasil, nota-se claramente o peso da economia nos debates parlamentares de meados do XIX e

a influência de autores e experiências estrangeiros. Ainda nesse período, foram propostos

cursos de economia política em Portugal, as mais importantes propostas foram feitas por João

Rodrigues de Brito e Manuel de Almeida, ambos influenciados por Smith e Say. Apesar dos

esforços no início da década de 1820, a economia política como disciplina só se

institucionalizaria em 1837, dez anos depois do decreto brasileiro, como cadeira do curso de

leis da Universidade de Coimbra.

A reação dos portugueses à economia política, notadamente ao liberalismo, explica o

mencionado atraso de dez anos. O livre comércio não poderia ser bom para as elites

metropolitanas acostumadas ao pacto colonial. Ocorre que ao pensar no protecionismo, estão

pensando com as próprias cabeças, nos seus interesses particulares, mas, no limite, nos

interesses do reino de que fazem parte. Assim, rejeitam as te orias estrangeiras ao

perceberem-nas como prejudiciais ao interesse nacional de Portugal. Preferem a prática, por

suposto, e por isso o parecer sobre o ensino de economia em Portugal fala de “vãs teorias e

princípios demasiadamente gerais” (ROCHA, 1996, p.60). Com isso, abre-se uma brecha para

tachar de retrógrados os “portugueses de Portugal”. Seriam mesmo? Ou eram simplesmente

nacionalistas que não conseguiam vislumbrar alternativas concretas à nova teoria econômica

liberal? Diz Penalves Rocha (1996, p.60) que, ao que tudo indica, uma minoria de deputados

das Cortes professava os princípios doutrinários do liberalismo e a alternativa ao liberalismo

vislumbrada pelos outros parlamentares se baseava num pacto social (e não num pacto de

mercado, tal como em Smith) de caráter mercantilista, o chamado “vintismo”. A defesa do

interesse nacional português, ao passar pelo mercantilismo, se impregnava de retrocesso.

Já o interesse do Brasil, ainda não independente, combinava com a doutrina

econômica em voga. O liberalismo econômico era a libertação de Portugal. Daí a sustentação

da doutrina liberal no Brasil e sua crítica em Portugal. O interesse nacional, portanto, seria a

Page 33: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

33

chave para compreender o pensamento e a difusão das idéias econômicas em Portugal e no

Brasil. Aqui, o incipientíssimo Estado trabalharia o liberalismo para se libertar de Portugal. Lá,

o Estado trabalharia o mercantilismo para se manter como metrópole diante do Brasil. O

importante para nós é que esse contexto político mais amplo ajuda a definir e explicar o

pensamento econômico no Brasil na época e, particularmente, como o pensamento de Cairu

se adequava a esse contexto e aos interesses da elite mercantil brasileira. Por isso a questão

da originalidade do pensamento econômico de Cairu perde força. Hugon, praticamente

copiando o trabalho de Zenith Mendes da Silveira, afirma que, dada a diferença de contextos

entre Europa e Brasil, a primeira assistindo a consolidação dos Estados e das economias

nacionais e o segundo vivendo a constituição de seu Estado Nacional, o pensamento

econômico de Cairu é uma adaptação original da doutrina econômica inglesa. Enquanto esta é

liberal e cosmopolita, a de Cairu será também liberal, mas nacionalista, industrialista e

comercialista (HUGON, 1994, p.348). E vai além ao dizer que o suposto industrialismo de Cairu

é uma antecipação das idéias nacionalistas apresentadas por Friedrich List em seu Sistema

nacional de economia política, de 1841. Diante disso, a conclusão de Hugon é de que a

doutrina de Cairu era “especificamente brasileira, solidamente alicerçada em uma justa

apreciação das condições e das necessidades do meio” que se manterá “subjacente nas mais

variadas expressões do pensamento econômico brasileiro até os nossos dias” (HUGON, 1994,

p.348).

Gremaud concorda com Hugon no que diz respeito à originalidade do pensamento

econômico de Cairu: “a introdução da economia política no Brasil assumiu um duplo caráter.

De um lado a preocupação com as idéias liberais clássicas que se desenvolviam no mesmo

momento na Europa. Por outro lado, o pensamento que aqui se desenvolvia a partir da matriz

teórica européia ganhava texturas originais. Esta originalidade pode ser percebida tanto na

centralidade do comércio na análise quanto na maior importância atribuída à intervenção do

governo” (GREMAUD, 1997, p.27). Contudo, contesta o industrialismo de Cairu alegado por

Hugon (GREMAUD, 1997, p.24). Na visão de Gremaud, Cairu acreditava que a criação de

indústrias no país deveria ser um processo natural, derivado não do intervencionismo, mas do

progresso da agricultura, principal “indústria” brasileira, e do comércio.

Segundo Penalves Rocha (1996), três assuntos norteiam os textos econômicos de

Cairu: ordem natural, papel do Estado e livre comércio. Para Cairu, havia uma ordem natural

(de origem divina) e, portanto, justa na atividade econômica. As condições dessa ordem eram

a liberdade e a propriedade. No entanto, era preciso instaurar a ordem natural e essa tarefa

Page 34: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

34

cabia à economia política e justamente essa necessidade abria espaço para certa intervenção

estatal com vistas a propiciar a mais livre atuação do mercado. No entanto, havia liberdades e

liberdades. Criticava a idéia de liberdade e igualdade da revolução francesa. Para ele, a

desigualdade social era parte da ordem natural, posto que a Providência (...) variou talentos,

estados e graus de mérito dos homens (ROCHA, 1996, p.80). As leis naturais organizavam o

mundo moral e, portanto, deviam ser obedecidas. No entanto, a ordem natural deixou de se

realizar por obra das leis positivas, o que vale dizer que o mal adveio de uma interferência

indevida do Estado na ordem social (ROCHA, 1996, p.81). Para Cairu, ordem natural significa

“uma ordem cuja viabilização dar-se-ia com o “sistema de liberdades naturais”, e nada mais

seria que um sistema social baseado na possibilidade da livre realização dos interesses

pessoais” (ROCHA, 1996, p.82). É a idéia da mão invisível de Smith em quem Cairu se inspira e,

por vezes, copia. No entanto, diz Penalves Rocha (1996, p.83), Cairu “imprimiu no texto alheio

alguns conceitos que diziam respeito ao mundo concreto em que vivia”. Por exemplo, a

expressão comércio franco e legítimo enfatiza o problema do monopólio. As “adaptações”

adviriam das diferentes circunstâncias históricas vividas por ambos os autore s (ROCHA, 1996,

p.85).

Quanto ao Estado, Cairu critica sua intervenção na economia, pois perturba a ordem

natural. No entanto, e paradoxalmente, o restabelecimento da ordem natural depende da

ação do Estado. O Estado deve intervir para evitar a intervenção estatal na liberdade e

propriedade. O interesse do governante deveria ser o interesse dos governados. Caso isso

acontecesse e o governante respeitasse os interesses individuais, “o governo civil tornar-se-ia

justo e realmente poderoso, sendo então a obediência mais voluntária e cordial” (ROCHA,

1996, p.88). O papel do Estado se resume à tradução literal de Smith. “Em suma, Silva Lisboa

integrou o Estado à ordem natural, o que vale dizer que seus atos seriam tão naturais quanto

os dos indivíduos que se encontram sob seu poder” (ROCHA, 1996, p.90). Diz Penalves Rocha

que nem Smith foi tão longe na defesa da não intervenção do Estado. Nesse quadro, e isso é

importante, compatibilizava a monarquia constitucional e a escravidão com a ordem natural.

Finalmente, Cairu defendia o livre comércio porque tinha convicção de que ele

somente traria benefícios à nação e à sociedade. E nesse quesito também copiou Smith.

Seguindo suas linhas gerais, ordem natural e Estado e livre comércio ajustados a ela formam a

espinha que articula o pensamento de Cairu. No entanto, Cairu defendia os estancos 11 e

justificava sua defesa dizendo que seu lucro “destina-se para o bem do Estado, despesas da

11 Monopól io comercia l concedido pelo Estado a uma companhia .

Page 35: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

35

soberania e alívio do povo, dispensando proporcionalmente alguns impostos que aliás seriam

necessários” (ROCHA, 1996, p.96). O estanco, visto como propriedade do Estado, devia ser

respeitado como a propriedade individual. O mesmo apelo à necessidade era aplicado à

escravidão. Cairu não a defendia, mas a via como necessária nas circunstâncias econômicas do

país. Para Penalves Rocha (1996, p.99), “ao fazer apologia da desigualdade natural, da

propriedade e da liberdade econômica, a economia política participava da luta de classes, pois

se colocava a serviço dos interesses da grande lavoura escravista brasileira dos princípios do

século XIX”. Em suma, o liberalismo de Cairu se traduzia em três aspectos: ordem natural, livre

comércio e papel do Estado e tentava, sobretudo, legitimar as políticas liberais de d. João.

Convicção e conveniência casavam-se à época e, sem dúvida, foram fundamentais para

a ascensão de Silva Lisboa ao viscondado. Suas idéias iam ao encontro do interesse da

burguesia brasileira, mas contra a burguesia portuguesa. Tinham um caráter vanguardista, ao

se filiar ao pensamento que se opunha ao mercantilismo, mas, ao mesmo tempo, guardavam

caráter conservador ao serem impostas por um Estado de antigo regime e ao servirem com

instrumento de legitimação e sustentação aos interesses das elites no Brasil. Finalmente,

originais ou não, as idéias econômicas de Cairu legitimaram as políticas liberais de d. João,

como a abertura dos portos e o fim da proibição das manufaturas no Brasil. É essa importância

do conhecimento teórico para a aplicação que torna muito importante o estudo do

pensamento econômico no Brasil da época. E, transcendendo essa questão prática, está a

ideologia econômica estudada por Penalves Rocha. Quer dizer, a prática é guiada por uma

teoria que, por sua vez, é guiada ideologicamente. Era preciso sustentar as idéias liberai s para

sustentar os interesses brasileiros em se libertar de Portugal. Só a partir dessa base material é

que entendemos a predominância do pensamento liberal e, especificamente, de Cairu no

início do XIX. É a partir dessa mesma base que entendemos também a reação portuguesa ao

liberalismo e o apego a práticas mercantilistas.

3.3. O debate monetário entre papelistas e metalistas12

Apesar da resistência lusa, o liberalismo era a ideologia econômica dominante no

segundo império (LIMA, 1976, p.91). Nesse quadro, em meados do século XIX, quando a

dinamização da economia cafeeira requeria a expansão de seu setor monetário, o debate

econômico foi dominado pela questão da moeda e do crédito. Para uns, o grande problema da

economia agrária, mercantil e escravista imperial era a escassez de moeda para realizar

12

Baseado no texto “O debate político e o pensamento econômico no Império brasileiro: centralização de poder e monopólio de emissão no segundo Banco do Bras i l (1852-3)” a ser publ icado em 2015 na revis ta Almanack.

Page 36: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

36

transações e de crédito para viabilizar operações comerciais. Para outros, o problema era a

desvalorização da moeda e a inflação. O valor da moeda nacional ocupava o centro dos

problemas econômicos e, desde a criação do primeiro Banco do Brasil, em 1808, o problema

permanecia. As reformas de 1833, 1846 e a criação do Banco do Brasil, em 1853, expressam a

preocupação com o valor da moeda. Mas por que o valor da moeda despertava tanta

preocupação? Primeiro porque, dependendo do diagnóstico, estava relacionado aos

problemas concretos de escassez de moeda e crédito, e inflação que assolavam a economia

brasileira. Segundo porque o funcionamento da economia mercantil imperial dependia da

definição da política monetária. Quer dizer, uma política monetária mais expansionista

resolveria o problema da escassez de moeda e crédito, mas agravaria o problema da inflação.

Já uma política monetária mais contracionista, resolveria, em tese, o problema da inflação,

mas agravaria o problema da escassez de moeda e crédito. Assim, a definição da política

monetária expressava a preocupação maior do grupo que estava no governo do império e que

a colocava em prática. Tal definição, por sua vez, está ligada a um debate teórico que se iniciou

na Inglaterra e que, no Brasil, espelhava o pensamento econômico dos principais dirigentes da

economia imperial na época e se refletia em suas políticas econômicas concretas.

O pensamento econômico e a definição da política econômica são fundamentais para

determinar como se dará o desenvolvimento econômico. Gremaud (1997, p.2), por exemplo,

afirma que não se pode atribuir as dificuldades do desenvolvimento brasileiro a deficiências

conceituais, pois as teorias econômicas eram bem conhecidas do dirigentes do império. Na

mesma linha, Lima diz que o resultado da política monetária ortodoxa pratica na época foi o

entravamento da “iniciativa industrial nascente”. O problema estava, segundo ele, na base de

sustentação política da equivocada ortodoxia monetária. Por isso o debate entre papelistas e

metalistas entra neste relatório. O debate econômico na câmara e no senado do império

baseava-se na controvérsia inglesa entre as escolas monetária e bancária. À época, muitos de

nossos deputados e senadores eram bem treinados em questões econômicas, com formação

no exterior, sobretudo em Direito e Matemática, o que garantia um debate atualizado com o

que se passava na Europa e nos Estados Unidos em termos econômicos e cheio de referências

a autores estrangeiros. Como a realidade brasileira era bem distinta da européia ou

estadunidense, claro que a controvérsia inglesa aparecia por aqui de maneira adaptada à

nossa realidade, uma economia mercantil e escravista vis-à-vis uma economia industrial e

assalariada. Mas para entender isso, é preciso antes passar pelo que pensavam e defendiam os

ingleses partidários das escolas monetária e bancária.

Page 37: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

37

A grande questão dessa controvérsia girava em torno da moeda, sobretudo, em torno

da emissão de notas bancárias. O que são notas bancárias? Numa brevíssima história da

moeda, poderíamos dizer que as notas bancárias surgiram no final da Idade Média, com o

desenvolvimento do comércio e a ampliação do volume monetário das transações. Sabemos

que inicialmente as trocas eram feitas de maneira direta (escambo, M-M). Como, assim, as

trocas eram difíceis, geralmente, escolhia-se uma mercadoria que serviria de meio de troca, a

moeda-mercadoria. Por exemplo, o sal, o boi, as conchas, etc. (M-D-M). Esse esquema facilitou

as trocas, mas ainda assim restavam dificuldades. No caso do boi, como fracioná-lo e

transportá-lo? No caso do sal, como resolver sua abundância? No caso das conchas, como fica

o interior, distante do mar? Os metais apareceram, então, para solucionar essas dificuldades.

Ouro e prata, sobretudo, passaram a ser usados como meio de troca. Chegamos, então, ao

final da Idade Média, no século XV. A expansão do comércio e o maior vulto das transações

apresentavam uma nova dificuldade: o transporte dos metais. Além de difícil, por causa do

peso, esse transporte era bastante perigoso. Era perigoso até mesmo guardar moeda em casa.

O que fazer então? Começou-se a difundir o costume de depositar a moeda metálica em

bancos. Os bancos, em contrapartida, emitiam notas bancárias, isto é, certificados de depósito

e promessa de restituição, como se fossem um comprovante de depósito e garantia de uso do

recurso depositado. Inicialmente, essas notas bancárias simplesmente representavam a

moeda metálica depositada no banco (lastro total em metal). Ocorre que, pouco a pouco, as

notas bancárias (pedaços de papel) começaram a circular em lugar da moeda metálica. Mas

não só. Os banqueiros perceberam que nem toda moeda metálica depositada era requerida ao

mesmo tempo e, assim, passaram a emitir notas bancárias acima dos valores depositados.

Apesar disso, os bancos garantiam a conversibilidade, isto é, a troca dessas moedas por ouro

ou prata. É a moeda-papel, isto é, papel que representa metal. Como os depositantes não

sacavam seus depósitos ao mesmo tempo, os bancos conseguiam fazer a conversão da moeda-

papel em metal sem problema. O problema é que os banqueiros começaram a emitir moeda-

papel (ou notas bancárias) em volume superior aos depósitos em metais (lastro parcial em

metal). Conclusão: começaram a ter dificuldades para fazer a conversão da moeda-papel em

metal. Como os bancos privados começaram a abusar dessa situação, no século XIX, muitos

Estados acabaram retirando desses bancos o direito de emitir moeda-papel, reservando esse

privilégio ou a um banco privado ligado ao Estado ou a um banco central estatal. Mas mesmo

esses bancos continuavam a emitir moeda-papel. E não havia mal nisso, pois, de fato, nem

todos os depositantes sacavam seus recursos ao mesmo tempo e era perfeitamente possível

garantir a conversibilidade em metal mesmo emitindo um volume de moeda-papel superior

Page 38: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

38

aos depósitos. A questão estava na administração dessa diferença entre moeda-papel (ou

notas bancárias) emitido e depósitos em metal. Claro que, quanto maior essa diferença, maior

o risco de não se conseguir fazer a conversibilidade da moeda-papel em metal. Por isso,

geralmente, havia limites de emissão dessas notas bancárias (ou da moeda-papel). No entanto,

ao longo do tempo, essa diferença foi só aumentando e, conseqüentemente, a

conversibilidade em metal foi sendo colocada em risco. Essa diferença foi aumentando,

basicamente, pelas exigências do capitalismo em expansão, ou seja, aumento da produção, do

comércio e da necessidade de dinheiro para fazer ambas as coisas, e do aumento do papel

social e econômico do Estado, por exemplo, no financiamento de guerras e na construção de

infra-estrutura. E ela cresceu tanto que, em dado momento, a emissão de notas bancárias ou

de moeda-papel já não tinha qualquer contrapartida em metal (sem lastro). Já estamos

falando aqui da época da I guerra e da crise de 1930, embora emissões sem lastro tenham

ocorrido também no século XIX. Se a moeda não tem lastro, ou contrapartida em metal, ela

não é conversível. E se ela deixa de ser conversível, não representa mais o metal depositado.

Na verdade, ela não representa mais nada e torna-se, assim, apenas papel-moeda,

obviamente, inconversível. A moeda perde seu valor intrínseco: antes era uma mercadoria,

passou a ser um metal e agora não é nada, não tem valor intrínseco. Feita essa breve

explicação, podemos voltar ao pensamento econômico e à questão moeda no século XIX.

A escola bancária (Tooke, Fullarton e Thornton) seguia o chamado princípio bancário,

que sustentava a emissão de notas bancárias, isto é, a emissão de notas por bancos públicos

ou privados. Mas se qualquer banco pudesse emitir, o resultado óbvio não seria inflação?

Segundo o princípio bancário, não. E isso porque as notas bancárias só seriam emitidas para

efetivar operações de crédito que tivessem como contrapartida transações comerciais já

realizadas. Assim, a emissão de notas bancárias não poderia gerar inflação, que só aumentaria

se houvesse, por sua vez, aumento das transações comerciais (oferta e demanda). O sentido

de causalidade da inflação vai das transações comerciais para a oferta de moeda, sendo o

aumento da emissão de notas bancárias apenas reflexo do aumento das transações

comerciais. Portanto, para os partidários do princípio bancário, as notas bancárias deveriam

ser diferenciadas do papel-moeda e da moeda metálica.

A escola monetária (Ricardo, Peel e McCulloch13) seguia o chamado princípio

monetário, que sustentava que o aumento da oferta de moeda, inclusive de notas bancárias,

13 McCul loch é identificado com a escola monetária inglesa, sobretudo, por seu apoio à lei de Peel , de 1844,

entretanto, sua filiação a essa escola deve ser matizada. Cf. O’BRIEN, Denis Patrick. McCulloch: A Study in Class ica l Economics . Oxon, New York: Routledge, 2003. p.188.

Page 39: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

39

gerava sim inflação. Em outras palavras, seguia a teoria quantitativa da moeda. O sentido de

causalidade da inflação aqui vai do preço para a oferta monetária, o contrário da escola

bancária. Falamos de inflação nos dois casos apresentados acima. Isso porque a manutenção

do valor da moeda era a questão central da controvérsia. Essa questão é central porque afeta

a disponibilidade de moeda para realização de transações (tema caro à escola bancária) e a

variação da taxa de câmbio (tema caro à escola monetária). Em suma, para a escola bancária,

notas bancárias não afetam negativamente o valor da moeda e, para a escola monetária, elas

afetam sim negativamente o valor da moeda. Mas, apesar das divergências, ambas as escolas

defendiam a conversibilidade das notas bancárias, uma vez que o que estava em jogo era,

repetindo, a manutenção do valor da moeda (GREMAUD, 1997, pp.72-3). No entanto, vale

lembrar que Villela distingue papelistas comuns (Souza Franco), favoráveis à conversibilidade,

e verdadeiros (Mauá), favoráveis à moeda fiduciária (VILLELA, 1999, p.275).

O papel-moeda, inconversível, é coisa mais moderna. Ele era visto por ambas as

escolas como ameaça à estabilidade econômica. E aí surgem dois novos pontos de conflito em

torno do direito de emissão e do tipo de conversibilidade da moeda. Quanto ao direito de

emissão, discutiam-se duas questões: a unidade ou pluralidade emissora e a emissão pública

ou privada, isto é, governo ou bancos privados como emissores. A escola monetária defendia

emissão pública ou privada desde que se mantivesse a unidade emissora. A escola bancári a

defendia pluralidade emissora e emissão privada. Quanto ao tipo de conversibilidade, a

questão girava em torno do lastro exclusivo em ouro ou do lastro também em notas do

tesouro ou ações de companhias abertas. A escola monetária defendia o primeiro e a escola

bancária, o último. Sintetizando o que dissemos até aqui, ambas as escolas estavam

preocupadas com a manutenção do valor da moeda. Para a escola monetária, essa

manutenção passava pelo controle da oferta monetária, inclusive da emissão de notas

bancárias. Esse controle deveria ser feito por apenas uma instituição emissora, fosse de

caráter público ou privado, e seu lastro deveria ser exclusivamente em ouro. Já a escola

bancária sustentava que a emissão de notas bancárias não afetava o valor da moeda, pois

apenas representavam transações comerciais já realizadas. Essa emissão, no fundo, ajudava o

comércio a realizar as transações, uma vez que garantia o fornecimento de meio de troca. Por

isso, acreditavam que o lastro de tais notas deveria ser mais flexível e contemplar notas do

tesouro e ações.

No Brasil, o debate econômico que se travava na câmara e no senado era muito

parecido com o inglês. Embora adequado à nossa realidade, como veremos e como lembra

Page 40: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

40

Flávio Saes (Crédito e bancos na economia paulista), o debate inglês era tropicalizado,

traduzindo-se aqui na controvérsia entre papelistas, equivalente à escola bancária, e

metalistas, equivalente à escola monetária. Como observa Hernán Sáez (Nas asas de Dédalo),

na verdade, não havia na assembléia dois grupos uniformes e bem definidos que pudessem ser

chamados de papelistas e metalistas. Nem os próprios debatedores se reconheciam assim,

mas a distinção foi incorporada por historiografia posterior (Saes, Pélaez e Suzigan, Arilda

Teixeira, Ana Maria Ribeiro de Andrade, Gremaud, Pedro Dutra da Fonseca, André Villela,

Dênio Nogueira, etc.). Apesar disso, a distinção é útil para situar as posições em jogo no debate

econômico da época. O posicionamento dos dois grupos é análogo ao das escolas inglesas que

acabamos de ver. Assim como as escolas inglesas, ambos defendiam a conversibilidade, mas

tinham suas diferenças. Os papelistas (Souza Franco, Mauá, José Pedro Dias de Carvalho)

preocupavam-se mais com as transações comerciais e reclamavam que a oferta de moeda

existente não era suficiente para garantir a efetivação das transações (a escassez de moeda é

apontada por estudiosos da moeda à época, como Pandiá Calógeras e Amaro Cavalcanti, como

um problema crônico da economia brasileira). Como a emissão de notas deveria ser lastreada

em algo, e como o ouro era escasso por aqui, o que obstaculizaria o aumento da emissão, os

papelistas eram favoráveis ao lastro flexível, em notas do tesouro, ações ou outros papéis,

como títulos da dívida pública. Impensável para um papelista seria a paralisação do comércio

por falta de meio de troca. E a inflação? Como dissemos, não haveria problema inflacionário

desde que o aumento da oferta monetária acompanhasse o aumento das transações. Caso

existisse excesso de demanda por moeda, a taxa de juros subiria e a emissão se ajustaria a ela

(a taxa de juros seria uma variável de ajuste). Portanto, o elemento determinante da oferta

monetária deveria ser a demanda por moeda ou, em outras palavras, o volume de transações.

Para garantir o atendimento dessa demanda nas praças de comércio do império, defendiam a

pluralidade de emissão (capilaridade do meio circulante). Faziam parte desse grupo, portanto,

frações da classe dominante ligadas ao comércio interno, preocupados mais com o crédito do

que com o câmbio. O câmbio, para eles, era determinado pela balança comercial e não pela

oferta de moeda. Eram homens do crédito.

Já os metalistas (Rodrigues Torres, Torres Homem, Silva Ferraz) estavam mais

preocupados com o câmbio do que com o comércio. Isso por razões práticas, como o risco

cambial tanto no comércio de bens com o exterior como no de financiamentos externos, e

ideológicas, a teoria do padrão-ouro vigente no comércio internacional. Para Lima (1976,

p.99), “essa posição anti-inflacionária ou restritiva (...) correspondia aos interesses de nossa

lavoura e dos exportadores, que pleiteavam estabilidade cambial, mesmo ao preço da

Page 41: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

41

estagnação econômica do país, e também ao interesse da finança internacional,

particularmente da inglesa, que mantinha nosso mercado interno dependente de suas

exportações de artigos manufaturados. Tudo isso era conseqüência do liberalismo reinante na

mente e na prática das elites predominantes”. Para os metalistas, para manter o câmbio

estável era preciso manter estável o valor da moeda e isso, por sua vez, exigia controle da

oferta monetária, segundo a teoria quantitativa da moeda que advogavam. Notas bancárias

eram admitidas desde que lastreadas em metal, ouro de preferência, mas poderia também ser

prata (bimetalismo), e emitidas por uma única instituição financeira, quer dizer, defendiam a

unidade emissora.

O problema concreto aqui era a insuficiência de metal no império. Mesmo que as

transações aumentassem, a emissão de moeda não poderia acompanhar esse aumento se não

tivesse metal disponível para lastro. Nesse caso, os metalistas concediam o lastro em notas do

tesouro. Vale ressaltar, no entanto, que a idéia era a seguinte: se não houvesse metal

suficiente para lastro, poderia-se usar papel-moeda como lastro. Esse era o espírito da

concessão que marcava também uma adaptação do princípio monetário à realidade brasileira.

A preocupação com o câmbio revelava os interesses da fração da classe dominante ligada ao

comércio externo. O câmbio era a variável de ajuste da oferta de moeda, pois seu movimento

indicaria excesso (desvalorização) ou escassez (valorização) de moeda. Eram homens da

moeda.

O importante aqui é que esse pensamento econômico, teorias monetárias, sobretudo,

importado da Inglaterra e dos Estados Unidos e adaptado à realidade nacional tinha influência

direta na política econômica colocada em prática no império. Se tomarmos a questão do

direito de emissão, por exemplo, verificaremos que no Brasil, entre 1808 e 1836, prevaleceu a

unidade (primeiro Banco do Brasil e depois tesouro); entre final da década de 1830 e 1853,

prevaleceu a pluralidade (bancos emissores regionais, os mais importantes eram os da praça

do Rio); de 1853 até o início da República, prevaleceu a unidade (com o segundo Banco do

Brasil e depois tesouro). Exceção feita a um breve período entre 1857 e o início da década de

1860, quando prevaleceu a pluralidade. Entre 1808 e 1864, ano da crise do Souto e da guerra

do Paraguai, o governo brasileiro procurou invariavelmente garantir a conversibilidade de suas

notas em metal. No entanto, não obteve sucesso, como mostraram os casos do primeiro

Banco do Brasil e das reformas monetárias de 1833 e 1846. Com o segundo Banco do Brasil,

essa manutenção surge como realidade, mas era apenas uma aparência de sucesso. A

realidade da economia mercantil e escravista do império, oscilante e vacilante, não era capaz

Page 42: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

42

de gerar o metal necessário para lastrear a moeda imperial como queriam os metalistas e

como buscaram vários gabinetes do império. A crise do Souto e a guerra do Paraguai

inviabilizaram de vez o sucesso dessa política.

***

De tudo o que ficou exposto, percebe-se a dificuldade em se conceitualizar tanto a

história do pensamento econômico, quanto sua predicação periférica, a história do

pensamento econômico brasileiro. Fazer a distinção entre análise econômica e pensamento

econômico implica em reconhecer, em alguma medida, o caráter universal e atemporal da

teoria econômica. Não fazê-la significa quebrar uma oposição artificial e indevida, ao

considerar determinações históricas e sociais no pensamento, e ao respeitar a economia em

sua diversidade.

O respeito à diversidade na economia não implica, todavia, num mergulho no

relativismo metodológico. Nesse caso, a questão se desloca da metodologia para a escolha dos

historiadores. Não se trata de uma escolha entre dois polos como querem Schumpeter, Blaug

e mesmo Cardoso, pois não se admite que o pensamento econômico possa ser universal, mas

da definição dos critérios que irão nortear a reconstituição de determinada história do

pensamento econômico. Muitas das questões em aberto nesta discussão provavelmente serão

respondidas por esse recorte que, em última instância, é valorativo. Seria forçoso reconhecer

que todas as ideias relacionadas à economia ou todos os autores e pensadores que produziram

ideias relacionadas à economia podem fazer parte de uma história do pensamento econômico,

desde que se tenha claro como se determina a escolha dos autores e que esta escolha tem

uma finalidade e, portanto, não é neutra. Toda ideia sobre economia pode fazer parte de um

pensamento econômico. Estudá-la ou não dependerá dos critérios de escolha que nos fizeram

selecionar tal ideia ou pensador e dos objetivos do trabalho. Assim, certas escolhas ou

“pensamentos” podem parecer relevantes ou não, e isso dependerá basicamente da forma

como justificamos tal opção e como apontamos a sua relação e importância a partir dos

objetivos do trabalho e do contexto em que tais reflexões foram produzidas e em que

contexto serão abordadas.

Em síntese, pensar a história do pensamento econômico brasileiro é, antes de tudo,

pensar as ideias que aqui foram produzidas a partir de reflexões sobre a economia e a

Page 43: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

43

realidade brasileira. Deste modo, são possíveis diversos critérios de seleção e determinação de

pensadores e ideias a serem consideradas. De um lado, podemos entender que o pensamento

econômico brasileiro foi, desde o seu início, menos acadêmico e mais prático e assim analisar a

influência de algumas personalidades que pensaram a economia brasileira sobre a política

econômica concreta. Por outro lado, pode-se refletir como a teoria econômica se difundiu pelo

país e influenciou a política econômica e o ensino de economia ou buscar ideias e teorias

originais surgidos a partir do Brasil.

Destacamos anteriormente critérios que poderiam ser utilizados para delimitar a

reconstituição de uma história do pensamento econômico brasileiro no século XIX. Um desses

critérios ressalta a difusão do pensamento econômico a partir do ensino de economia e outro

procura, por meio da análise abrangente, intercalar e relacionar história dos acontecimentos

com a história das ideias. Existem outras possibilidades, por exemplo, a discussão de

determinados personagens e pensadores, como Cairu, ou os estudos relacionados a temas

específicos, como os debates em torno da política monetária brasileira durante o século XIX.

Dessa forma, podemos considerar o pensamento econômico de maneira ampla, sem

esquecer a relação das ideias com a realidade e o contexto em que foram produzidas. Entram

aí as questões da nacionalidade do pensamento econômico e de como defini -lo, considerando

as ideias de adaptação e originalidade. Aqui, portanto, estaria uma chave, não só para a

definição do objeto, ou melhor, para a consideração e explanação das hipóteses e expectativas

que estão presentes na própria escolha do objeto, como também uma chave para revisão das

histórias do pensamento econômico brasileiro, levando em conta a própria historicidade das

escolhas e das análises. Nesse quadro, a construção do pensamento econômico torna-se capaz

de atender, e ser coerente, com os problemas específicos de realidades econômicas diversas,

abrindo uma alternativa à subordinação do pensamento periférico em relação ao centro na

produção de ideias econômicas.

Dessa forma, seria preciso, ao se escrever um trabalho sobre história do pensamento

econômico no Brasil, enfrentar as questões da adaptação e originalidade, enquanto elementos

constituintes na estruturação de uma história do pensamento econômico brasileiro, pois são

constitutivas de nossa formação cultural e intelectual. Admiti -las enquanto problemáticas

significa um primeiro passo para a relativização do entendimento da teoria econômica

enquanto uma evolução de elementos teóricos tendentes a uma síntese absoluta e univ ersal

do conhecimento econômico. Ademais, a colocação dessas questões permite vislumbrar a

possibilidade de se apreender de forma mais positiva a história do pensamento econômico

Page 44: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

44

brasileiro no século XIX. Esperamos que o balanço da historiografia que fazemos na próxima

parte deste relatório seja uma contribuição nesse sentido.

4. Balanço da historiografia

Como dito anteriormente, este balanço da historiografia sobre o pensamento

econômico brasileiro no século XIX é muito mais um roteiro bibliográfico. Também como já

observado, embora nosso roteiro sistematize obras referentes ao período que vai de 1794 a

1889, indicamos também obras relacionadas ao período 1890-1930 que foram encontradas ao

longo da pesquisa. Ela foi feita nas seguintes instituições:

- Biblioteca Nacional (Catálogo de Obras Raras antigo e novo)

- Biblioteca do Ministério da Fazenda/Rio de Janeiro (Seção de Obras Raras)

- Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

- Biblioteca de Obras Raras do Centro de Tecnologia da UFRJ

Infelizmente, não conseguimos fazer buscas na biblioteca da Faculdade de Direito do

Recife. São Paulo, Recife e Rio de Janeiro foram escolhidas por abrigarem, no século XIX, os

cursos de direito e engenharia dos quais fazia parte a cátedra de economia política.

Além da pesquisa nas bibliotecas, foram usados o Dicionário Bibliográfico Brasileiro, de

Sacramento Blake e as referências encontradas em diversos teses e artigos analisados. Vale

dizer que não foram considerados documentos como os relatórios do Mi nistério da Fazenda e

as atas da Câmara e do Senado, e periódicos como Jornal do Comércio, Correio Mercantil, Rio

News, etc. Essas são fontes preciosas para o estudo do pensamento econômico brasileiro no

século XIX, mas escapam ao escopo do nosso roteiro.

É preciso lembrar o caráter provisório de roteiros bibliográficos como este. Embora

acreditemos que cobrimos boa parte da bibliografia relevante sobre o assunto proposto,

sempre haverá algo a ser acrescentado.

A sistematização seguiu primeiro o critério da natureza da fonte, se primária,

secundária ou referente à difusão das ideias. Depois, separamos a bibliografia por autores e

temas, conforme os itens a seguir:

Page 45: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

45

4.1. Referências primárias

4.1.1. De Bernardo de Souza Franco, visconde de Souza Franco

SOUZA FRANCO, Bernardo de Souza Franco. Visconde de. Os bancos do Brasil, sua historia, defeitos da organisação actual e reforma do systema bancário. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1848. [CAORBN] [Republicado pela Ed. UnB em 1984]

BRASIL. MINISTÉRIO DA FAZENDA. Bernardo de Souza Franco, presidente do Tribunal do Thesouro Nacional respondendo ao Offecio do Sr. Inspector da Thesouraria de Fazenda do Maranhão de 4 de março ultimo. Ouro Preto: Typ. de Silva, 1863. [CAORBN]

SOUZA FRANCO, Bernardo de Souza Franco. Visconde de. A situação econômica e financeira do Brazil. Bibliotheca brazileira, 1863, tomo 1°, ns. 1 e 2. [SBI]

SOUZA FRANCO, Bernardo de Souza Franco. Visconde de. Manifesto do centro liberal. Rio de Janeiro: SN, 1866. [Assinado com outros autores] [SBI]

SOUZA FRANCO, Bernardo de Souza Franco. Visconde de. Programma do partido liberal. Rio de Janeiro: SN, 1870. [Assinado com outros autores] [SBI]

4.1.2. De Cândido de Azeredo Coutinho

COUTINHO, Cândido de Azeredo. Reflexoens sobre o nosso systema monetário. Paris: Beaule e Jubin, 1837. [CAORBN] [SBII]

COUTINHO, Candido de Azeredo. Apreciação do medalheiro da casa da moeda, apresentada na exposição de 1861 e offerecida aos empregados, praticantes e operarios da mesma casa. Rio de janeiro: SN, 1862. [SBII]

COUTINHO, Candido de Azeredo. Necessidade do augmento de senhoriagem na moeda auxiliar de prata do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1867. [SBII]

COUTINHO, Candido de Azeredo. Noticia sobre as moedas do Brazil e seu valor intrinseco em diversos paizes estrangeiros. Rio de Janeiro: SN, 1867. [SBII]

COUTINHO, Cândido de Azeredo. Nova moeda subsidiaria e causas que tem retardado sua emissão. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1868. [CAORBN] [SBII]

COUTINHO, Cândido de Azeredo. Actual moeda de prata e sua nova auxiliar. Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const de J. Vulenenvie H., 1868. [CAORBN] [SBII]

COUTINHO, Candido de Azeredo. Estudos sobre a moeda de cobre e a subsidiaria do Brazil: artigos publicados no Jornal do Commercio. Rio de Janeiro: SN, 1869. [SBII]

Page 46: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

46

4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim

JERUMIRIM, Francisco Cordeiro da Silva Torres de Alvim. Visconde de. Memoria sobre o credito em geral, operaççoes de credito, caixas de amortisaçõa e suas funcções, com uma exposição exacta das operações e expediente da caixa de amortisação do imperio do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1832. [SBII]

JERUMIRIM, Francisco Cordeiro da Silva Torres de Alvim. Visconde de. Apontamentos sobre o systema monetario e resgate do cobre, mandados imprimir pelo Marquez de Barbacena. Rio de Janeiro, 1833. 39p. 2. ed. Com appendice sobre o credito publico e remedio ás queixas do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1843. [SBII]

JERUMIRIM, Francisco Cordeiro da Silva Torres de Alvim. Visconde de . Observações sobre a caixa de amortisação e os meios de consolidar cada vez mais o credito publico. 1835. [SBII]

JERUMIRIM, Francisco Cordeiro da Silva Torres de Alvim. Visconde de. Memorias sobre o meio circulante. 1837-1838. SN: SN, SN. [SBII]

4.1.4. De Francisco de Salles Torres Homem, visconde de Inhomirim

INHOMIRIM, Francisco de Salles Torres Homem. Visconde de. Questões sobre impostos. Rio de Janeiro: SN, 1856. [SBIII]

INHOMIRIM, Francisco de Salles Torres Homem. Visconde de. Sociedades em commandita e bancos de circulação: discursos proferidos na camara dos deputados nas sessões de 5 e 6 de agosto de 1853. Rio de Janeiro: SN, 1853. [SBIII]

INHOMIRIM, Francisco de Salles Torres Homem. Visconde de . Relatorio apresentado á assembléa geral dos accionistas do Banco do Brazil (1867, 1868, 1869). Rio de Janeiro: SN, 1867-69. 3v. [SBIII]

4.1.5. De Hipólito José da Costa

MENDONÇA, Hipólito José da Costa Furtado de. Ensayos politicos, economicos e philosophicos por Benjamin, Conde de Rumford Cavalleiro das Ordens da Aguia Branca, e de Santo Estan islao, Camarista [...] traduzido em vulgar por Hippolito José da Costa Pereira . Lisboa: Impressão Regia, 1801-1802. 2v.

4.1.6. De Henrique Augusto Milet

MILET, Henrique Augusto. O meio circulante e a questão bancária. Recife: Typ. do Jornal do Recife, 1860.

MILET, Henrique Augusto. Auxilio à lavoura e credito rural. Recife: SN, 1876. [SBIII]

MILET, Henrique Augusto. Os quebra-kilos e a crise da lavoura. Recife: SN, 1876. [SBIII]

Page 47: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

47

MILET, Henrique Augusto. O artigo notavel e a questão monetaria. Recife: SN, 1878. [SBIII]

MILET, Henrique Augusto. Miscellanea econômica. Pernambuco: SN, 1879. [SBIII]

4.1.7. De Irineu Evangelista de Souza, barão de Mauá

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. Mensagem aos acionistas da Companhia de Illuminação a Gaz, em 13 de fevereiro de 1863. Rio de Janeiro: SN, 1863. [CAORBN]

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. Relatório da Sociedade Bancaria Mauá, McGregor e Cia. Rio de Janeiro: Typ. de Lourenço Winter, 1870.

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. Exposição do visconde de Mauá aos credores de Mauá & C. e ao publico. Rio de Janeir : Typ. Imp. e Const. de J. Villeneuve & C., 1878. [BORAUFRJ] [SBIII]

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. O meio circulante do Brazil. Rio de Janeiro: J. Villeneuve, 1878. [BORAUFRJ] [SBIII]

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. Autobiografia. Rio de Janeiro: Zélio Valverde, 1942.

MAUÁ, Irineu Evangelista de Souza. Barão de. Correspondência política de Mauá no Rio da Prata (1850-1885). São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1943.

4.1.8. De José Antônio Lisboa

LISBOA, José Antônio. Reflexões sobre o Banco do Brasil. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1821.

LISBOA, José Antonio. Carta dirigida aos redactores do Reverbero Constitucional Fluminense, relativas aos apontamentos do Patriota Constitucional, para acudir ao Thesouro publico, expostos no n. XIV do dito periodico. Rio de Janeiro: SN, 1822. [SBIV]

LISBOA, José Antonio. Estatistica do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1822. [SBIV]

LISBOA, José Antônio. Observações sobre o melhoramento do meio circulante do Império do Brazil. Rio de Janeiro: Typ. R. Ogier, 1835.

LISBOA, José Antonio. Projecto de lei sobre o systema monetario. Rio de Janeiro: SN, 1835.

LISBOA, José Antônio. Aula de comércio por José Antônio Lisboa. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, anexo IV, v. 208, p. 172–185, 1950.

Page 48: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

48

4.1.9. De José da Silva Lisboa, visconde de Cairu

LISBOA, José da Silva. Princípios de direito mercantil e leis de marinha para uso da mocidade portuguesa, destinada ao commercio, dividido em oito tratados elementares, contendo a respectiva legislação pátria, e indicando as fontes originais dos regulamento marítimos das principaes praças de Europa... Lisboa : Régia Oficina Tipográfica, 1798.2v. [Republicado em 1874. [CAORBN] [SBII]

LISBOA, José da Silva. Princípios de economía política, para servir de introdução à tentativa econômica do author dos princípios de direito mercantil. Lisboa: Impressão Regia, 1804 [Republicado em 1956, no Rio de Janeiro, pela Pongetti. Comentada por Nogueira de Paula e Introdução de Alceu Amoroso Lima] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Observações sobre o comércio franco no Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1808. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Observações sobre a franqueza da indústria e estabelecimento de fábricas no Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810 [Republicado pelo Senado Federal, Brasília, 1999] [2ª edição publicada na Bahia, 1811] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Observações sobre a prosperidade do estado pelos liberaes principios da nova legislação do Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810. [2ª edição publicada na Bahia, 1811] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Razões dos lavradores de vice-reinado de Buenos Ayres para a franqueza do commercio com os inglezes contra a representação de alguns commerciantes e resolução do governo. Com appendice de observações e exame dos effeitos do novo regulamento nos interesses commerciaes do Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Reflexões sobre o commercio dos seguros. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Refutação das declamações contra o commercio inglez, extrahida de escriptores eminentes. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Considerações fundadas em factos sobre a extinção da Companhia do Porto. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1812.

LISBOA, José da Silva. Memoria economica sobre a franqueza do Commercio dos vinhos do Porto. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1812. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Ensaio sobre o estabelecimento de bancos para o progresso da indústria e riqueza nacional. Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1812. [SBV]

LISBOA, José da Silva (Org). Extractos das obras politicas e econômicas de Edmund Burke. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1812 [2ª ed. de 1822]. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Memória econômica sobre a franqueza do comércio dos vinhos do Porto . Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1814.

LISBOA, José da Silva. Memória da vida pública de Lord Wellington. Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1815. 2v. [com apêndice] [SBV]

Page 49: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

49

LISBOA, José da Silva. Appendice â memória da vida de lord Wellington, contendo documentos e observações sobre a guerra peninsular, invasão da França e paz da Europa . Rio de Janeiro: SN, 1815. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Parecer acerca das moedas de Portugal e do Brasil. Manuscrito existente no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1816.

LISBOA, José da Silva. Memória dos benefícios políticos do governo del rei, nosso senhor D. João VI. Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1818. [2ª ed. 1940] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Synopse da legislação principal do Sr. D. João VI pela ordem dos ramos da economia do Estado. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1818. [2ª ed. 1940] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Estudos do bem comum e economia política ou ciência das leis naturais e civis de animar e dirigir a geral indústria e promover a riqueza nacional e prosperidade do Estado. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1819 [Republicado pelo IPEA/INPES em 1975] [BORAUFRJ] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Espírito de Vieira ou Selecta de pensamentos econômicos, políticos, morais e literários, com a biografia deste celebrado autor. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1821. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Causa do Brasil no juizo dos governos e estadistas da Europa . Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1822. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Reclamação do Brazii (parte Ia). Rio de Janeiro: SN, 1822. [Pseudônimo Fiel à Nação] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Defesa da reclamação do Brazil. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1822. [Pseudônimo Fiel à Nação] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Memorial apologetico das Reclamações do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1822. [Pseudônimo Fiel à Nação] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Falsidades do Correio e Reverbero contra o escriptor das reclamações do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1822. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Constituição moral e deveres do cidadão, com exposição da moral pública conforme o espírito da Constituição do Império . Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1824. 4v. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Rebate brasileiro contra o Typhis Pernambucano (veja-se Fr. Joaquim do Amor Divino Caneca). Rio de Janeiro: SN, 1824. [Pseudônio Philopatris] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Appello à honra brasileira contra a facção federalista de Pernambnco. Rio de Janeiro: SN, 1824. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Suplemento à Constituição Moral, contendo a exposição das principais virtudes e paixões e apêndice das Máximas da La Rochefoucould e doutrinas do cristianismo . Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1825. [SBV]

Page 50: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

50

LISBOA, José da Silva. Introdução à história dos principais sucessos políticos do Império do Brasil. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1825. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Contestação da historia e censura de Mr. de Pradt sobre successos do Brasil. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1825.

LISBOA, José da Silva. Historia dos principaes successos políticos do Império do Brasil, dedicada ao senhor d. Pedro I. Rio de Janeiro: SN, 1826-1830. 4v. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Reflexões contra as reflexões de Mr. Chapuis. Rio de Janeiro: Tipografia de Plancher, 1826.

LISBOA, José da Silva. Recordação dos direitos do Império do Brasil á provincia Cisplatina . Rio de Janeiro: SN, 1826. [Pseudônimo Anti-Anarchista] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Escola Brasileira ou introdução útil a todas as classes, extraída da sagrada escritura para uso da mocidade. Rio de Janeiro: Tipografia Planchet Seignot, 1827. 2v. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Leituras de economia política ou direito econômico, conforme a constituição social e garantias da Constituição do Império do Brasil. Rio de Janeiro: Tipografia Plancher Seignot, 1827. 2v. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Honra do Brasil desaffrontada de insultos da Astréa espadachina. Rio de Janeiro: SN, 1828. [Pseudônimo O escandalisado] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Cautela patriótica. Rio de Janeiro : Tipografia de Plancher Seignot, 1828.

LISBOA, José da Silva. Causa da religião e disciplina eclesiástica do celibato clerical defendida da inconstitucional tentativa do padre Diogo Antônio Feijó . Rio de Janeiro: Tip. de Pedro Plancher, 1828. [Pseudônimo Velho canonista. Acrescida da Defesa contra o ataque do padre Feijó ao Velho canonista] [SBV]

LISBOA, José da Silva. Espírito da proclamação do senhor d. Pedro I à Nação Portuguesa . Rio de Janeiro: Imperial Tipografia de Plancher Seignot, 1828.

LISBOA, José da Silva. Cartilha da escola brasileira para instrução elementar da religião do Brasil. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1831. 2v. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Discurso pronunciado na Câmara dos Senadores na sessão de 18 de junho sobre a 5º proposição do projeto de lei de reforma, vindo da Câmara dos Deputados . Rio de Janeiro: Tip. Planchet Seignot, 1832.

LISBOA, José da Silva. Cathecismo da doutrina christã conforme o código ecclesiastico da egreja nacional. Rio de Janeiro: SN, 1832. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Manual de política ortodoxa. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1832. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Princípios da arte de reinar do príncipe católico e imperador constitucional, com documentos pátrios. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1832. [SBV]

Page 51: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

51

LISBOA, José da Silva. Regras da praça ou bases de regulamento comercial, conforme os novos códigos de comércio da França e Espanha e legislação pátria . Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1832. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Substância da fala sobre a 3ª proposição do projeto de lei de reforma da constituição, a 8 e 14 de junho. Rio de Janeiro: Tip. Planchet Seignot, 1832.

LISBOA, José da Silva. Justificação das reclamações apresentadas pelo governo brasileiro ao de S. M. Britanica, pelo que respeita as prezas feitas pelos cruzadores inglezes na costa occidental d'Africa. Rio de Janeiro: Typ. do Diario de N. L. Vianna, 1834. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Preceitos da vida humana ou obrigações do homem e da mulher seguidos do dever de justiça. Rio de Janeiro: SN, SN (Edição póstuma). [SBV]

LISBOA, José da Silva. Considerações sobre as doutrinas econômicas de J. B. Say— Na Minerva Brasiliense, 1844 e 1845, tomo 2°. pags. 669 a 674, 699 a 703, 731 a 734 e tomo 3», pags. 85 a 89, 113 a 116 e 169 a 17. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Ensaio Econômico sobre o influxo da inteligência humana na riqueza e prosperidade das nações. Revista Guanabara, tomo I, Rio de Janeiro, 1851. [SBV]

LISBOA, José da Silva. Da liberdada do trabalho. Revista Guanabara, tomo I, Rio de Janeiro, 1851. [SBV]

4.1.10. De José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Ensaio economico sobre o comercio de Portugal e suas colônias. Lisboa: Na oficina da [Academia real das siencias pelo seu socio], 1794.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Discurso sobre o estado actual das Minas do Brazil. Lisboa: Impressão Régia, 1804.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. An Essay on the commerce and productus of the Portuguese colonies in South America, especially the Brazils. Londres: publicado pelo tradutor, 1807.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Informação dada ao ministro de Estado dos Negocios da fazenda d. Rodrigo de Sousa Coutinho . Lisboa: Officina de João Rodrigues Neves, 1808.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Analyse sobre a justiça do commercio do resgate dos escravos da costa da Africa, novamente revista, e acrescentada por seu author . Lisboa: J. R. Neves, 1808.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Ensaio economico sobre o commercio de Portugal e suas colônias. Lisboa: Typografia da Academia Real das Sciencias, 1816. [2ª edição]

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Collecção de alguns manuscritos curiosos do Exmo. bispo d´Elvas, depois inquisidor geral dos quias posto que já se tenham publicado alguns

Page 52: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

52

no periódico denominado O Investigador portuguez... outro no periódico denominado Mnemozine Luzitana... com tudo fôram sem nome do author; outros que ainda se conservam manuscriptos se vão agora fazer publicos pelo meio da imprensa . Londres: L. Thompson, 1819.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Copia da carta, Que hum Amigo escreveu de Lisboa com algumas Notas, em resposta a outra Que lhe remeteu o Seu Amigo da Côrte do Rio de Janeiro, copiada do Correio Braziliense, Numero de Mayo de 1817. Londres: L. Thompson, 1819.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Copia da Proposta feita a Bispo de Pernambuco, D. José Joaquuim da Cunha de Azeredo Coutinho, e da resposta que elle deo á dita Proposta. Lisboa: Imprensa Régia, 1819.

4.1.11. De professores das Faculdades de Direito e Engenharia

4.1.11.1. De Aprígio Justiniano da Silva Guimarães (Faculdade de Direito do Recife)

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Saldo contra o paiz (primeira conta corrente).

Reflexões politicas de Marco Antônio. Recife: SN, 1866. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Saldo contra o paiz (segunda conta corrente).

Reflexões politicas de Marco Antônio. Recife: SN, 1866. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Saldo contra o paiz (terceira conta corrente).

Reflexões politicas de Marco Antônio. Recife: SN, 1866. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Faculdade de direito do Recife. Abertura do curso de

economia política aos 15 de março de 1871. Recife: SN, 1871. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Discursos c diversos escriptos. Recife: SN, 1872. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Faculdade de direiio do Recife. Discurso de

encerramento do curso de economia politica em 1879. Recife: SN, 1879. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Faculdade direito do Recife. Discurso pelo doutor, etc,

ao assumir a regência da cadeira de economia política aos 16 de junho de 1879. Pernambuco:

SN, 1879. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Apontamentos de economia política. In: Revista

litteraria, tomo 2, 1879 e 1880. [SBI]

GUIMARÃES, Aprigio Justiniano da Silva. Estudos de economia politica. Recife: Província, 1902.

[De acordo com Sacramento Blake, seria um compêndio a ser usado nas duas faculdades do

império. Publicação póstuma] [SBI]

Page 53: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

53

4.1.11.2. De Bernardino Augusto de Lima (Escola de Minas de Ouro Preto)

LIMA, Bernardino Augusto de. Apontamentos de direito e economia política. São Paulo: Leroy

Bookwalter, 1882.

4.1.11.3. De Clóvis Beviláqua (Faculdade de Direito do Recife)

BEVILÁQUA, Clóvis. Estudos de direito e economia política. Recife: Officina Typographica, 1886.

[CAORBN]

4.1.11.4. De João Carlos de Oliva Maia (Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio

de Janeiro)

MAIA, João Carlos de Oliva. Programma de ensino da cadeira de economia politica da

faculdade livre de sciencias juridicas e sociaes do Rio de Janeiro para o anno de 1893. Rio de

Janeiro: SN, [1893]. [SBIII]

4.1.11.5. De João da Silva Carrão (Faculdade de Direito de São Paulo)

CARRÃO, João da Silva. Correspondência entre o ministro da fazenda e a legação em Londres.

Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1866.

CARRÃO, João da Silva. Pleito Mauá. Memorial do conselheiro advogado de S. Paulo Railway &

C. Limited e diversos artigos. Rio de Janeiro: SN, 1877.

4.1.11.6. De Joaquim Mattoso Duque Estrada Câmara (Escola Politécnica do Rio de Janeiro)

CÂMARA, Joaquim Mattoso Duque Estrada. These de concurso a cadeira de Economia Política

Estatística e Direito Administrativo. O Meio Circulante. Orientador: Borja Castro; A. de Paula

Freitas; André Rebouças. Tese (Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais) – Escola Polytechnica,

Rio de Janeiro, 1880. [BORAUFRJ] [SBIV]

CÂMARA, Joaquim Mattoso Duque Estrada. Discursos parlamentares sobre questões

econômicas. Rio de Janeiro: Leuzinger & Filhos, 1890.

4.1.11.7. De José Joaquim Tavares Belfort (Faculdade de Direito do Recife)

BELFORT, José Joaquim Tavares. Discurso proferido na abertura do curso de economia politica

da faculdade de direito do Recife; mandado imprimir pelos alumnos do quinto anno. Recife:

SN, 1872. [SBIV]

Page 54: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

54

4.1.11.8. De José Luís de Almeida Nogueira (Faculdade de Direito de São Paulo)

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Theses e dissertação etc. S. Paulo, 1872, in-4° — A

dissertação é sobre o ponto: Na herança ou legado condicional transmitte-se a esperança

debitum-iri 1 [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Ensaios jurídicos e sociaes. S. Paulo, 1873, in-8° [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Theses e dissertação, que para obter o gráo de doutor

apresentou e deJLTendeu e t c , S. Paulo, 1874, 50 pags. in-4° — O ponto da dissertação ó este:

« A licitação é meio rasoavel de corrigir as avaliações nos inventários ? [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Assembléa provincial de S. Paulo : discurso pronunciado na

sessão de 16de março de 1876. S. Paulo, 1876, in-8.1- [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Assembléa provincial de S. Paulo. Discurso proferido na

discussão da fixação de força policial na sessão de 6 de abril de 1875, in-8.- [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Monitor Paulista. Político e litterario. S. Paulo, 1878-1881, in-

fol. [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Discursos proferidos na câmara dos Srs. Deputados nas

sessões de 13 e 19 de setembro de 1882. Rio de Janeiro, 1882, in-8° — Versam sobre a grande

naturalisação e sobre locação de serviços. [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Câmara dos Srs. Deputados. Discursos pronunciados nas

sessões de 6, 10 e 31 de agosto de 1886, três opusculos in-8> [SBV]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Reforma da administração local: discurso proferido na sessão

(da Câmara dos Deputados) de 1 de julho de 1887. Rio de Janeiro, 1887. [SBV]

NOGUEIRA, José Luís de Almeida. Curso didactico de economia politica ou sciencia do valor.

São Paulo: Siqueira, Nagel, 1913. 2v. [Reed. 1920 e 1927]

NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. Discurso proferido pelo doutorando por occasião da

ceremonia da collação do gráo — e depois o discurso do padrinho, o conselheiro Martim

Francisco. [SBV]

4.1.11.9. De José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco (Escola Politécnica do Rio

de Janeiro)

RIO BRANCO, José Maria da Silva Paranhos, Visconde do. Discursos do sr. conselheiro de

estado e senador do Imperio J.M. da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco, proferidos no

Senado em 1870. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1872. [CAORBN]

RIO BRANCO. José Maria da Silva Paranhos, Visconde do. Economia politica, estatistica, direito

administrativo: lições professadas pelo visconde do Rio Branco, na Escola Polytechnica do Rio

de Janeiro. Rio de Janeiro: S.N., 1876.

Page 55: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

55

RIO BRANCO, José Maria da Silva Paranhos, Visconde do. Relatorio do monte -pio geral de

economia dos servidores do Estado. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger e Filhos, 1877.

4.1.11.10. De Lourenço Trigo de Loureiro (Faculdade de Direito do Recife)

LOUREIRO, Lourenço Trigo de. Elementos de Economia Política. Recife: Universal, 1854. [SBV]

4.1.11.11. De Luiz Raphael Vieira Souto (Escola Politécnica do Rio de Janeiro)

SOUTO, Luiz Raphael Vieira. Economia política, estatística, direito administrativo. Tese – Escola

Polytechnica, Rio de Janeiro, 1880. Orientador: Ignacio da Cunha Galvão.

SOUTO, Luiz Raphael Vieira. A situação econômica; conferencia realisada em 26 de setembro

de 1901. Rio de Janeiro: L. Malafaia Junior, 1901.

SOUTO, Luiz Raphael Vieira; VIANNA, Paulo Domingues. Economia Politica. Rio de Janeiro:

Francisco Alves, 1916.

SOUTO, Luiz Raphael Vieira. Papel moeda e o câmbio. Paris: Imprimerie de Vaugirard, 1925.

4.1.11.12. De Pedro Autran da Mata Albuquerque (Faculdade de Direito do Recife)

ALBUQUERQUE, Pedro Autran da Mata. Catecismo de Economia Política para uso nas escolas normaes do império. Rio de Janeiro: SN, 1880. [SBVI e VII]

ALBUQUERQUE, Pedro Autran da Mata. Manual de Economia Política. Rio de Janeiro: Typ. 5 de março, 1873. [2ª ed. publicada pela Garnier em 1880] [BORAUFRJ]

ALBUQUERQUE, Pedro Autran da Mata. Novos Elementos de Economia Política. Pernambuco: SN, 1851. [SBVI e VII]

ALBUQUERQUE, Pedro Autran da Mata. Preleções de economia política. Recife: Typ. Brasileira, 1859. [CAORBN] [SBVI e VII] [ 2ª ed. publicada pela Garnier em 1860] [FDSP]

ALBUQUERQUE, Pedro Autran da Matta e. Socialismo: artigos publicados na União em discussão politico-philosophica com o professor Antonio Pedro de Figueiredo e que sairam também no Diario de Pernambuco e na Imprensa em 1852. [SBVI e VII]

ALBUQUERQUE, Pedro Autran de Mata. Elementos de Economia Política. Pernambuco: SN, 1844. [SBVI e VII]

Page 56: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

56

4.1.12. De Rui Barbosa

BARBOSA, Rui. Liberdade commercial. O partido liberal bahiano: discurso proferido na assembléa provincial da Bahia, de 27 de junho de 1878. Bahia: SN, 1878. [SBVI e VII]

BARBOSA, Rui. Finanças e politica da Republica. Rio de Janeiro: Cia. Impressora, 1892. [SBVI e VII]

BARBOSA, Rui. Obras completas de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, 1949.

4.2. Referências secundárias

4.2.1 Sobre Cairu e Hamilton

FENELON, Dea. Cairu e Hamilton – Um estudo comparativo. Tese de Doutoramento, UFMG, 1973.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2007. Cap. XVIII – Confronto com o desenvolvimento dos EUA.

VERNENGO, Matías. Economic Ideas and policies in historical perspective. Cairu and Hamilton on trade and finance. In: VERNENGO, Matías e CALDENTREY, Esteban Pérez. Ideas, Policies and Economic Development in the Americas. Nova York: Routledge, 2007.

4.2.2. Sobre Hipólito José da Costa

ALMEIDA, Paulo Roberto. O nascimento do pensamento econômico brasileiro. In:COSTA, Hipólito José. Correio Braziliense, ou, Armazém Literário. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Correio Braziliense, 2002. [O intelectual Hipólito José da Costa como pensador econômico].

RIZZINI, Carlos. Hipólito José da Costa e o Correio Brasiliense. São Paulo: SN, 1959.

4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

BARMAN, Roderick J. Business and government in Imperial Brazil: the experiense of Viscount Mauá. Journal of Latin American Studies, v. 13, part 2, November, 1981.

BESOUCHET, Lídia. Mauá e seu tempo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

BUENO, Manoel Antonio Pimenta. Questão Mauá & Comp. Documentos e artigos que elucidam a materia. Pará: SN, 1875.

Page 57: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

57

CALDEIRA, Jorge. Mauá: empresário do império. São Paulo: Cia das Letras, 1995.

CARNEIRO, Ennor de Almeida. Mauá (Irinêo Evangelista de Souza). Rio de Janeiro: DASP, 1956.

FARIA, Alberto de. Ireneo Evangelista de Souza, Barão e Visconde de Mauá . São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1933.

FERNANDES, Santiago. Mauá, o economista do Império. Análise de sua crítica científica ao padrão-ouro. Revista Brasileira de Economia. Rio de Janeiro, 28 (2): 3-28, abr./jun. 1974.

FERREIRA, J. C. de Souza. Visconde de Mauá. Esboço biográfico. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo LXII, 2ª parte, 1903.

GUIMARÃES, Carlos Gabriel. Bancos, Economia e Poder no Segundo Reinado: o caso da sociedade bancária Mauá, Macgregor & Companhia (1854-1866). Tese de Doutorado - Universidade de São Paulo, 1997.

JURUÁ, Ceci. Irineu Evangelista de Souza. Barão e visconde de Mauá. Defensor do nacionalismo econômico do Oiapoque ao Chuí. Rio de Janeiro: Jardim Objeto, 2014.

LIMA, Heitor, Ferreira. Três industrialistas brasileiros: Mauá, Rui Barbosa, Roberto Simonsen. São Paulo: Alfa-Omega, 1976.

MARCHANT, Anyda. Viscount Mauá and the Empire of Brazil: a biography of Irineu Evangelista de Souza; 1813-1889. Berkeley: University of California, 1965.

MARCHANT, Anyda. A new portrait of Mauá the banker: a man of businessin nineteenth century Brazil. The Hispanic American Historical Review, v. XXX, n.4, November, 1950.

REBELLO, Edgard de Castro. Mauá, restaurando a verdade. Rio de Janeiro: Editorial Universo, 1932.

REBELLO, Edgard de Castro. Mauá & outros estudos. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1975.

RIBEIRO, Waldir de Vita. O Banco Mauá no Uruguai. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Fluminense, 1977.

SAES, Flávio Azevedo Marques de. Mauá e sua presença na economia brasileira do século XIX. In: Barão de Mauá. Empresário e Político. Rio de Janeiro: Bianchi Ed., 1987.

SILVA, Elisiane da; NEVES, Gervásio Rodrigo; MARTINS, Liana Bach (Orgs.). Mauá: o desafio inovador numa sociedade arcaica. Brasília: Fundação Ulysses Guimarães, 2011.

SOARES, Teixeira. O Gigante e o Rio: a ação de Mauá no Uruguai e na Argentina 1851-1878. Rio de Janeiro: Ed. Cia Bras. de Artes Gráficas, 1957.

SOUZA, Rafael Rodrigo Ruela. Mauá e a tradição da modernização industrial no Brasil. Dissertação de mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007.

SOUZA, Ricardo Timm de; FOSSATTI, Nelson Costa. Mauá: paradoxos de um visionário - obra comemorativa dos 200 anos de nascimento do Visconde de Mauá . Porto Alegre: Letra&Vida, 2013.

Page 58: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

58

4.2.4. Sobre Joaquim Murtinho

BUESCU, Mircea. A experiência deflacionária de Joaquim Murtinho. Carta Mensal, v.36, n.431, fev. 1991.

CORREIA FILHO, Virgílio. Joaquim Murtinho. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1951.

FARIA, Fernando Antônio. Joaquim Murtinho: criadores e criatura. Revista Intellectus, ano 4, v.1, 2005.

LUZ, Nícia Vilela. Ideias econômicas de Joaquim Murtinho. Brasília: Senado Federal, 1980.

NOGUEIRA, Dênio. A controvérsia Rui Barbosa-Joaquim Murtinho. Carta Mensal, v.38, n.454, jan. 1993.

QUEIRÓZ, Paulo Roberto Cimó. Joaquim Murtinho, banqueiro: notas sobre a experiência do Banco Rio e Mato Grosso (1891-1902). Revista Estudos Históricos, v.23, n.45, jan-jun, 2010.

4.2.5. Sobre José da Silva Lisboa, visconde de Cairu

ALMEIDA, José. Introdução. In: LISBOA, José da Silva. Estudos do bem comum e economia política ou ciência das leis naturais e civis de animar e dirigir a geral indústria e promover a riqueza nacional e prosperidade do Estado. Rio de Janeiro: IPEA/INPES, 1975 [1819].

ALMODOVAR, António e CARDOSO, José Luís. A History of Portuguese Economic Thought. Londres: Routledge, 1998.

ALMODOVAR, António. (Org.). Introdução, In: LISBOA, José da Silva. Escritos econômicos escolhidos (1804-1820). Lisboa: Banco de Portugal, 1993. 2v.

ALMODOVAR, António. A institucionalização da economia política clássica em Portugal. Porto. Afrontamento, 1995.

AMARAL, Brás do. Comemoração do centenário da morte de José da Silva Lisboa, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 170, 1935.

AMZALAK, Moses Bensabat. José da Silva Lisboa, o visconde de Cairu (1756-1835). Brasília, Boímbra, v.II, 1943.

BARROS, F. Borges. Perfil do Visconde de Cairú. Rev. do Inst. Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, v. 19, n. 40, 1914.

BELCHIOR, Elysio de Oliveira. Visconde de Cairu. Sua vida e sua obra. Rio de Janeiro: Ed. da Confederação Nacional do Comércio, 1959.

BOUCINHAS, José da Costa. Cairú, Economista. Rev. de Ciências Econômicas, São Paulo, v. 7, n.1, jan. 1945.

Page 59: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

59

CABRAL, Alfedo do Valle. Vida e escriptos de José da Silva Lisboa. In: MORAES, E. Vilhena. Cairu. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1958. [Ed. de 1881, SBI]

CALMON, Inocêncio M. de Góis. Cairú, jurista e advogado. Rev. do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, n. 62, 1936.

CARDOSO, José Luis. O pensamento econômico em Portugal nos finais do século XVIII. 1780-1808. Lisboa: Estampa, 1989.

CARDOSO, José Luis. O liberalismo econômico na obra de José da Silva Lisboa. História Econômica & História de Empresas, v.5, n.1, 2002.

CARVALHO FILHO, Aloisio. Cairú, político e intelectual. Rev. do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, n. 62, 1936.

CARVALHO, Darcy. Desenvolvimento e livro comércio. As ideias econômicas e sociais do Visconde de Cairu. Um estudo de história do pensamento econômico brasileiro. São Paulo: Instituto de Pesquisas Econômicos, 1985.

CASTRO, Armando de. O pensamento econômico no Portugal moderno. Cenda Nova: Amadora, 1980.

COUTINHO, Maurício Chalfin. Silva Lisboa on free trade and slave labor: the fate of liberalism in a colonial country. 4th ESHET Latin American Conference. Belo Horizonte, 2014.

DUTRA, José Soares. Cairu. Rio de Janeiro: Ed. Vecchi, 1943.

FRANCO, Afonso Arinos de Melo. O Visconde de Cairú. Digesto Econômico, São Paulo, n. 28, 1947.

GUIMARÃES, Alberto Carlos d’Araújo. Silva Lisboa , Visconde de Cairú. Rev. do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 3, 1942. (Tomo especial).

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Inatualidade de Cairu. Correio da Manha, 17/03/1943. Publicado também em HOLANDA, Sérgio Buarque; COSTA, Marcos (org.). Para uma nova história. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramos, 2004.

KIRSCHNER, Tereza Cristina. José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu: itinerários de um ilustrado luso-brasileiro. São Paulo: Alameda; Belo Horizonte: Ed. PUC-Minas, 2009.

LIMA, Alceu Amoroso (Tristão de Athayde). Cairú e Roosevelt. O Jornal, Rio de Janeiro, 8 nov. 1936.

LIMA, Alceu Amoroso. Cairú. A Ordem, Rio de Janeiro, n. 9/10, 1936.

LIMA, Alceu Amoroso. Época, vida e obra de Cairu. In: LISBOA, José da Silva. Princípios de economia política. 2. Ed. Rio de Janeiro: 1956. [1804].

LISBOA, Bento da Silva. José da Silva Lisboa, Visconde de Cairú. Rev. do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, v. 1, 1839. [SBI]

Page 60: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

60

MACHADO, Augusto Alexandre. Cairú e a Escola Liberal. Rev. do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, n. 62, 1936.

MAGALHÃES, Basílio de. José da Silva Lisboa, Visconde de Cairú. Digesto Econômico, São Paulo, n. 71.

MARTINS, Wilson. História da inteligência brasileira (1794-1855). 3. Ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 1992. V.II.

MELCHIOR, Elísio de Oliveira. Visconde de Cairu, sua vida e sua obra. Rio de Janeiro: 1959.

MENEZES, Djacir. Cairú. O Jornal, Rio de Janeiro, 22 jul. 1956.

MONTENEGRO, João Alfredo de Sousa. O discurso autoritário de Cairu. 2. Ed. Brasília: Senado Federal, 2000.

MORAES, Alexandre José de Mello. Apontamentos biographicos do Barão de Cayrú . Rio de Janeiro: SN, 1863. [SBI]

MORAES, Eugênio Vilhena de. No bicentenário de José da Silva Lisboa, Visconde de Cairú. Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 15 jul. 1956.

MORAES, Eugênio Vilhena de. Perfil de Cayru. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1958.

NOBRE, Oswaldo de Souza. O Visconde de Cairú. Cairú, São Paulo, n. 1, 1949.

NOVAIS, Fernando e ARRUDA, José Jobson de Andrade. Prometeus e Atlantes na forja da nação. In: LISBOA, José da Silva. Observações sobre a franqueza da indústria e estabelecimento de fábricas no Brasil. Brasília: Senado Federal, 1999.

PAIM, Antonio. Cairu e o liberalimso econômico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1968.

PAULA, L. Nogueira de. Introdução. In: LISBOA, José da Silva. Princípios de economia política. Rio de Janeiro: 1956.

PEREIRA, José Flávio. Cairu revisitado: uma contribuição ao estudo do reformismo liberal. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 1994.

PEREIRA, José Flávio. José da Silva Lisboa: um economista político controvertido, mas esquecido. Akrópolis, v.10, n.3, jul/set. 2002.

PINHO, José Wanderley de Araújo. Discursos em homenagem a Cairú. Brasília : Câmara dos Deputados, 1935.

ROCHA, Antonio Penalves. A economia política na sociedade escravista. São Paulo: Hucitec, 1996.

ROCHA, Antônio Penalves. Economia e política no período joanino. In: LAPA, José Roberto do Amaral e SZMRECSÁNYI, Támas. História econômica da Independência e do Império. São Paulo: Edusp, Hucitec, ABPHE, 1996.

ROCHA, Antônio Penalves. Introdução. In: José da Silva Lisboa, visconde de Cairu. São Paulo: Ed. 34.

Page 61: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

61

ROCHA, Antonio Penalves. Um documento antiescravista do primeiro terço do século XIX, Revista de História, n. 137, 1997.

RODRIGUES, José Honório. História da História do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1988, v. II, t. I.

SILVA, João Manoel Pereira da. Os varões ilustres do Brasil durante os tempos coloniais. Paris: Garnier, 1858. v. II.

SILVEIRA, Zenith Mendes da. A originalidade do liberalismo brasileiro. O Estado de S. Paulo, 08/07/1956.

VEIGA, Manuel Luís da. Reflexões críticas sobre a obra de José da Silva Lisboa, intitulada, “Princípios de Direito Mercantil”. Feitas por um homem da mesma profissão. Lisboa: Off. De Antonio Rodrigues Galhardo, 1803. [SBVI e VII]

VIANA, Hélio. O Visconde de Cairú e as companhias particulares de homens de letras. A Ordem, Rio de Janeiro, v. 22, n. 8, ago. 1942.

VIANA, Hélio. Retificações à bibliografia do Visconde de Cairú. In : Anais do 1º Congresso de História da Bahia. Salvador, 1950.

VIANNA, Hélio. Contribuição à história da imprensa brasileira (1812-1869). Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1945.

VVAA. José da Silva Lisboa, Visconde de Cairú. Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, v. 15, n. 34, 1908.

4.2.6. Sobre José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho

AMZALAK, Moses Bensabat. D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho. Separata da Revista de Contabilidade e Comércio. Porto, 1942.

CANTARINO, Nelson Mendes. A razão e ordem: o Bispo José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho e a defesa ilustrada do Antigo Regime português (1742-1821). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2012.

CANTARINO, Nelson Mendes. Conjugando tradições: o pensamento econômico do bispo Azeredo Coutinho entre a herança ibérica e as ideias ilustradas setecentistas (1791-1816). Revista História Econômica & História de Empresas, v.15, n.2, 2012.

LOPES, Joaquim José Pedro. Noticia da vida de D.José Joaquim da Cunha de Azevedo Coutinho. Lisboa: Imprensa Nacional, 1821.

SIQUEIRA, Sônia Aparecida. A escravidão negra no pensamento do bispo Azeredo Coutinho. Revista de História, out-dez, 1963 e jan-mar, 1964.

Page 62: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

62

4.2.7. Sobre José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco

PEIXOTO, Luís Antônio Alvarenga da Silva. O visconde do Rio-Branco. Rio de Janeiro: Typ. do Imperial instituto artístico, 1871. [SBV]

RIO BRANCO, José Maria da Silva Paranhos. Barão do. O visconde do Rio Branco. Rio de Janeiro: Gráfica Editora A Noite, SN.

ROZENDO, Moniz Barreto. José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco: elogio histórico. Rio de Janeiro: H. Laemmert & C., 1884.

TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle Taunay. Visconde de. O Visconde do Rio Branco : esboco biográfico. Rio de Janeiro: Typ. de G.Leuzinzer & Filhos, 1884. [CAORBN]

4.2.8. Sobre Rafael Vieira Souto

CORRÊA, Maria Letícia. Engenharia, economia política e progresso: a trajetória do engenheiro Luiz Rafael Vieira Souto como estudo de caso (1849-1922). Revista Brasileira de História da Ciência, v.3, n.2, jul-dez. 2010.

4.2.9. Sobre Rui Barbosa

AGUIAR, Pinto de. Rui e a economia brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1973.

BALEEIRO, Aliomar. Um estadista no Ministério da Fazenda. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1959.

BASTOS, Humberto. Rui Barbosa: ministro da independência econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1949.

BORMANN, Oscar. Rui Barbosa, Ministro da Fazenda. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1948.

DANTAS, Francisco Clementino de San Tiago. Dois momentos de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1951.

LIMA, Heitor Ferreira. Rui Barbosa e o encilhamento. Desenvolvimento e conjuntura, out-nov. 1964.

4.2.10. Sobre história do pensamento econômico no Brasil

ANDRADE, Ana Maria Ribeiro de. 1864: a controvérsia entre papelistas e metalistas. 1987. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

AVELLAR, Vicente Ferreira da Cunha. Elementos de economia politica. Rio de Janeiro: SN, 1895. [SBVI e VII]

Page 63: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

63

BASTOS, Humberto. O Pensamento Industrial no Brasil, São Paulo: Livraria Martins Editora, 1952.

BENTIVOGLIO, Julio César. O império das circunstâncias. O Código Comercial e a política econômica brasileira. Tese de Doutorado – Universidade de São Paulo, 2002.

BENTIVOGLIO, Julio César. Política e diretrizes econômicas no início do Segundo Reinado (1840-1860). V Congresso Brasileiro de História Econômica. Caxambu, set. 2003. [parte da dissertação].

BRAGA, Cincinato César da Silva. Ideias econômicas de Cincinato Braga. Brasília: Senado Federal, 1983.

BUENO, Luiz de Freitas. A evolução do ensino de economia no Brasil . Ensaios econômicos da EPGE, n.5. Rio de Janeiro: IBRE/FGV, 1972.

CAMARA, Joaquim Mattoso Duque-Estrada. Elementos de economia politica. Exposição fiel das doutrinas de Henrique Dunning Macleod. Rio de Janeiro, 1873. [SBIV]

CARDOSO, José Luís ; CUNHA, Alexandre Mendes . Discurso econômico e política colonial no Império Luso-Brasileiro (1750-1808). Tempo. Revista do Departamento de História da UFF, v. 17, p. 65-88, 2012.

CARDOSO, José Luís ; CUNHA, Alexandre Mendes . Enlightened Reforms and Economic Discourse in the Portuguese-Brazilian Empire (1750-1808). History of Political Economy, v. 44, p. 619-641, 2012.

CHACON, Vamireh. O liberalismo econômico no Brasil. Estudos Universitários (Revista da Universidade de Permambuco), n.1, jan-mar, 1970.

CORRÊA, Phillipe Sampaio. Elementos de economia política exposição fiel das doutrinas de Henrique Dunning Macleod. Rio de Janeiro: Americana, 1873. [BORAUFRJ]

CUNHA, Victor da; QUEIROZ, Ramos de (Redatores). O Economista Brasileiro: revista quinzenal. Rio de Janeiro, 1878-1880. 3v. [SBVI e VII]

FERNANDES, Clara Suassuna. O Pensamento de Henrique Augusto Milet.: 1870-1890. Mestrado em História – UFPE, 1988.

FERNANDES, Suzana Cristina. Amaro Cavalcanti e a luta pela industrialização no Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2001.

FERRARI, José. Rudimentos da nova sciencia da economia politico-moral. Bahia: SN, 1863. [SBIV]

FERREIRA, José Ascenso da Costa. Lições de economia politica. S. Luiz do Maranhão: SN, 1872. [SBIV]

FONSECA, Pedro Cezar Dutra. A controvérsia entre papelismo e metalismo e a gênese do desenvolvimentismo no Brasil. In: XXXVI Encontro Nacional de Economia da ANPEC, 2008, Salvador, BA. Anais do XXXVI Encontro Nacional da ANPEC. CD-ROM.

Page 64: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

64

FONSECA, Pedro Cezar Dutra; MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg. Papelistas e metalistas: origens teóricas e antecedentes do debate entre monetaristas e desenvolvimentistas. Nova Economia, v.22, n.2, mai-ago., 2012.

GALVÃO, Manoel da Cunha. Idéas nacionaes de economia política, em que se mostram as differentes industrias que havia no Brasil, avultando em grande escala a navegação de longo curso, a construcção naval, etc. Rio de Janeiro: SN, 1865. [SBVI e VII]

GOMES, João Coelho. Elementos de história nacional de economia política. Rio de Janeiro: Typ. de N. L. Vianna, 1865. [BORAUFRJ]

GOMES, José Caetano. Discurso sobre os varios objectos de economia politica . Rio de Janeiro: s.d. [SBIV]

GREMAUD, Amaury Patriclk. Das controvérsias teóricas à política econômica: pensamento econômico e economia brasileira no segundo império e na primeira república (1840-1930). Tese (Doutorado em Economia) – Universidade de São Paulo, 1997.

HOYER, Martinus. Democracia e socialismo: estudo politico e economico. Maranhão: SN, 1879. [Introdução de Alexandre Teóphilo de Carvalho Leal, SBI] [SBVI e VII]

HOYER, Martinus. Estudos de economia politica. Maranhão: SN, 1877. [SBVI e VII]

HOYER, Martinus. Estudos sobre as instituições de credito real. Maranhão: SN, 1853. [SBVI e VII]

HOYER, Martinus. L’impot. Paris: SN, 1880. [SBVI e VII]

HOYER, Martinus. O imposto considerado á luz dos principios economicos. Maranhão: SN, 1876. [SBVI e VII]

HOYER, Martinus. Trabalhos economomicos. SN: SN, SN. [SBVI e VII]

HUGON, Paul. A economia política no Brasil. In: AZEVEDO, Fernando de (Org.) As ciências no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1994.

LIMA, Bernardino de. Apontamentos de direito e economia política. Rio de Janeiro, 1882. [Texto escrito enquanto era estudande de Direito em S. Paulo] [SBI]

LIMA, Heitor Ferreira. História do pensamento econômico no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1978.

LIMA, Heitor Ferreira. Três industrialistas brasileiros: Mauá, Rui Barbosa, Roberto Simonsen . São Paulo: Alfa-Ômega, 1976.

LYRA FILHO, João. Visconde de Itaboraí: a luneta do Império. Rio de Janeiro: SN, SN.

LISBOA, Bento da Silva; J. D. d’Ataide Moncorvo. Juizo critico sobre a obra intitulada « Histoire des relations commerciales entro Ia France et le Brésil, par Horace Say » publicada em Pariz em 1839. Revista do Instituto Histórico e Geografico Brasileiro, tomo 1, 1839. [SBI]

LUZ, Nícia Vilela. A luta pela industrialização no Brasil. São Paulo: Difel, 1961.

Page 65: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

65

MENESES, Djacir. O pensamento econômico no Brasil. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, 5 de junho de 1951.

NORMANO, J. F. Brazil: a study of economic types. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 1935.

OLIVEIRA, Geraldo de Beauclair de. A construção inacabada: a economia brasileira (1820-1860). Rio de Janeiro: Vicio de Leitura, 2001.

PAULA, L. Nogueira de. Síntese da evolução do pensamento econômico no Brasil. Rio de Janeiro: Serviço de Estatística da Previdência do Trabalho do Ministério da Indústria e Comércio, 1942.

PINHO, Diva Benevides; PINHO, Carlos Marques; CAMPOS, Joaquim Pedro Villaça de Souza; CARVALHO, Darcy. Aspectos gerais da evolução do pensamento econômico no Brasil: relatório final. São Paulo: IPE/FINEP, 1980.

RIOS, José Arthur. A tradição mercantilista na formação brasileira. Revista Brasileira de Economia, v. 26, n.3, jul-set., 1972.

SÁEZ, Hernán. Nas asas de Dédalo - um estudo sobre o meio circulante no Brasil entre os anos de 1840 a 1853. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, 2008.

SÁEZ, Hernán. O tonel das Danaídes: um estudo sobre o debate do meio circulante no Brasil entre os anos de 1850 a 1866 nas principais instâncias decisórias. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2013.

SALOMÃO, Ivan. O desenvolvimento em construção: um estudo sobre a pré-história do pensamento desenvolvimentista brasileiro. Tese de Doutorado. UFRGS: Porto Alegre, 2013.

SCHULZ, John. Souza Franco and Banks of Issue as Engines of Growth. História e Economia, v. 11, 1º semestre de 2013.

SILVA, Lígia Osório; FERNANDES, Suzana Cristina. Amaro Cavalcanti e os caminhos da industrialização brasileira. Revista História Econômica & História de Empresas, v.1, n.1, 2003.

TEIXEIRA, Arilda Magna Campanharo. Determinantes e armadilhas da política monetária brasileira no II Império. 1991. Mestrado (Dissertação de mestrado em Economia) – Universidade Federal Fluminense.

VIANNA, Pedro Antonio Ferreira. Economia politica, estradas de ferro, alfandega, tarifas e bancos. Rio de Janeiro: SN, 1884.

VIEIRA, Dorival Teixeira. A história da ciência econômica no Brasil. In: Ferri, Mário Guimarães e Motoyama, Shozo. História das ciências no Brasil. São Paulo: Edusp, 1981.

VIEIRA, Dorival Teixeira. A obra econômica de Amaro Cavalcanti. São Paulo: FCEA/USP, 1960.

VILLELA, André Arruda. The Quest for Gold: Monetary Debates in Nineteenth-Century Brazil. Brazilian Journal of Political Economy, vol. 21, nº 4 (84), October-December/2001.

Page 66: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

66

4.2.11. Sobre política econômica

AFFONSO CELSO, Affonso Celso de Assis Figueiredo. Conde de. As finanças da regeneração. Rio de Janeiro: Typ. da Reforma, 1876.

ALBUQUERQUE, Lourenço Cavalcanti. A crise financeira e sua solução. Rio de Janeiro: Imp. Americana, 1897. [Publicado em 1883 segundo Sacramento Blake] [SBV]

ALBUQUERQUE, Luiz de Hollanda Cavalcante de. Informação sobre o processo das quebras, apresentado ao illm. e exm. sr. conselheiro João Lopes da Silva Couto, presidente do tribunal do commercio da corte, etc. Rio de Janeiro: SN, 1865. [SBV]

ALMEIDA, José Tadeu de. Ciclos de investimento, crises monetárias e crises sociais na gestão do padrão-ouro em Portugal e no Brasil no século xix: uma perspectiva comparada. Revista História Econômica & História de Empresas, v.16, n.2, 2013.

ALMEIDA, José Tadeu de. Transição política e política econômica no Brasil Império (1853-1862). Dissertação de mestrado. Unicamp, 2010.

ANDRADA, Antônio Carlos Ribeiro de. Bancos de emissão do Brasil. Rio de Janeiro: Liv. Leite Ribeiro, 1923.

ANÔNIMO. Reflexões apologéticas sobre o Banco do Brasil. Rio de Janeiro: Impressão Nacional, 1821.

ARANHA, Mario Corrêa de Camargo. A moeda ouro é a moeda ideal? – Tese de Doutorado - Faculdade de Direito de São Paulo, 1922.

BARBACENA, Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira e Orta. Marquês de. Relatório apresentado a S.M. o Imperador pela comissão nomeada para organisar o projeto de hum novo systema monetário. Rio de Janeiro: s/n, 1830.

BARRETO, Joaquim Tavares de Mello. Questões financeiras: discurso pronunciado na sessão da Camara dos Deputados de 12 de setembro de 1882. Rio de Janeiro: SN, 1882. [SBIV]

BARROS, José Maurício Fernandes Pereira de. Considerações sobre a situação financeira do Brazii, acompanhadas da indicação dos meios de occorrer ao déficit do Thesouro . Rio de Janeiro: SN, 1867 [SBV]

BARROS, José Maurício Fernandes Pereira de. Pareceres sobre a situação financeira do Brazil — Nos relatórios da fazenda de 1869 e 1879. [SBV]

BARROS, José Maurício Fernandes Pereira de; ARÊAS, José Carlos de Almeida; BEM, Antônio José de. Relatório da commissão de inquérito nomeada por aviso do ministério da fazenda de 10 de outubro de 1859. Rio de Janeiro: SN, 1860. [SBV]

BARROSO, Gustavo. Brasil - Colônia de banqueiros (História dos empréstimos de 1824 a 1934) . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1934. [2ª ed.]

BERTONHA, Ivone. O emancipacionismo dos liberais e a economia brasileira no último terço do Império. O projeto poítica dos liberais na crise da economia brasileira 1868-1884. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 2001.

Page 67: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

67

BUESCU, Mircea. 300 anos de inflação no Brasil. Rio de Janeiro: APEC, 1973.

BUESCU, Mircea. Uma reavaliação da política econômica do II Reinado. Anuário do Museu Imperial, v.37/41, 1983.

BULCÃO, Ana Lucia E. A crise financeira de 1864. Ensaios sobre a Política e a Economia da Província Fluminense no século XIX. Rio de Janeiro: UFF/Arquivo Nacional, 1974.

BULCÃO, Gonçalo Marinho de Aragão. Papel moeda e auxilios á lavoura: discursos proferidos nas sessões da camara dos deputados nos dias 13 e 27 de março de 1879. Bahia: SN, 1879.

CALÓGERAS, João Pandiá. Aspectos da economia nacional. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1926.

CALÓGERAS, João Pandiá. História monetária do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1960 [1910]

CALÓGERAS, João Pandiá. Problemas de governo. São Paulo: Empresa Graphica Rossetti, 1928.

CAMPOS, Manoel Carneiro de. Plano sobre o meio de restabelecer o credito do papel em circulação e facilitar ao Governo o pagamento da divida ao Banco, offerecido á Assembléa geral legislativa. Rio de Janeiro: SN, 1831. [SBVI e VII]

CARNEIRO, J. A. Barboza. As recentes reformas monetárias na Europa Central. Rio de Janeiro: Briguiet, 1927.

CARREIRA, Liberato de Castro. Historia financeira e orçamentaria do império do Brazil desde a sua fundação, precedida de alguns apontamentos acerca da sua independência . Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1889. [SBV]

CARREIRA, Liberato de Castro. O orçamento do império desde sua fundação. Rio de Janeiro: Typ, Nacional, 1883. [SBV]

CARVALHO, José Pedro Dias de. Relatório da commissão encarregada pelo governo imperial de proceder a um inquérito sobre as causas principaes e accidentaes da crise do mez de setembro de 1864. Rio de Janeiro: SN, 1865.

CAVALCANTI, Amaro. A reforma monetária. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1891.

CAVALCANTI, Amaro. A vida econômica e financeira do Brasil. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1915.

CAVALCANTI, Amaro. O meio circulante nacional. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 2v.

CAVALCANTI, Amaro. Política e finanças. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1892.

CAVALCANTI, Amaro. Resenha financeira do ex-império do Brasil em 1889. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1890.

CORREIA, Inocêncio Serzedello. O Problema econômico no Brazil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1903. 4v.

COSTA, Affonso. Caixa de conversão e a taxa cambial. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1910.

Page 68: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

68

COSTA, Affonso. Questões economicas; factores da nossa riqueza. Entraves á producção. Commercio exterior Servico de Informações. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1918.

COTEGIPE, João Maurício Wanderley. Barão de. Emissão de papel-moeda: discurso proferido no Senado, na sessão de 30 de junho de 1879. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1879. [SBIV]

DUNLOP, Julio Roberto. Estudo para a solução das questões do cambio e do papel-moeda no Brazil. Rio de Janeiro: Typografia Laemmert, 1888.

FERRAZ, Brenno. A situação do Brasil e a estabilização da moeda . São Paulo: Comp. Ed. Nacional, 1928.

FRANCO, Afonso Arinos de Melo e PACHECO, Claudio. História do Banco do Brasil. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, 1979. 5v.

FREIRE, José de Mello Carvalho. Caixa de conversao. Rio de Janeiro: S.N., 1910.

GOLDSMITH, Raymond W. Brasil 1850-1984: desenvolvimento financeiro sob um século de inflação. São Paulo: Bamerindus/Harper & Row do Brasil, 1986.

GUDIN, Eugênio. Notas sobre orçamentos, conversibilidade e estabilização . Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio, Rodrigues & Co., 1929.

GUIMARÃES, Gabriel C. Bancos, economia e poder no segundo reinado: o caso da Sociedade Bancária Mauá, MacGregor & Companhia (1854-1866). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 1997.

INGLEZ DE SOUZA, Carlos. Restauração da moeda no Brasil. São Paulo: Typ. da Casa Garraux, 1926.

JACOBINA, Antônio de Araújo Ferreira. Esboço de estudo para a volta dos pagamentos em ouro no Brazil ou Conversão do papel-moeda. Rio de Janeiro: Typ. Universal de E. & C. Laemmert, 1881. [CAORBN]

JACOBINA, Antônio de Araújo Ferreira. Esboço de estudo para a volta dos pagamentos em ouro no Brazil. São Paulo: SN, 1881. [SBI]

JARDIM, José Leopoldo de Bulhões. Meio circulante e abolição dos escravos : discurso proferido na sessão de 5 de setembro de 1883. Rio de Janeiro: SN, 1883. [SBV]

JEQUITINHONHA, Francisco Gomes Brandão Montezuma. Visconde de. Reflexões sobre as finanças do Brasil, operações de crédito do Thesouro e o empréstimo contrahido em Londres de cinco milhões de libras esterlinas no corrente anno. Rio de Janeiro: Typ. Universal de Laemmert, 1865. [SBII]

LACERDA, João Maria Pereira de. Planos para amortização da divida nacional brazileira e creação de capitaes. Rio de Janeiro: SN, 1860. [SBIII]

LEÃO, Manuel Messias de. Projecto de lei para o melhoramento do meio circulante no Brasil: exposto, desenvolvido e offerecido aos proprietarios de terras e classes industriaes. Rio de Janeiro: SN, 1834. [SBVI e VII]

Page 69: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

69

LEMOS, Francisco Gomes Corrêa. Opusculo ácerca do melhoramento de nossas finanças. Rio de Janeiro: SN, 1868. [SBII]

LEVY, Maria Bárbara; ANDRADE, Ana Maria Ribeiro de. A gestão monetária na formação do Estado nacional. In: Encontro Nacional de Economia, 7., Anais... Brasília: ANPEC, 1980. v. 2. pp.882-3 (Sobre difusão de ideias, bancos e Cairu).

LEVY, Maria Bárbara e ANDRADE, Ana Maria Ribeiro de. Fundamentos do Sistema Bancário do Brasil 1834-1860. Estudos Econômicos. v.15 (n.º especial), IPE/USP, 1985.

LEVY, Maria Bárbara. História Financeira do Brasil Colonial. Rio de Janeiro, IBMEC, 1979.

LEVY, Maria Bárbara. História dos Bancos Comerciais no Brasil. Rio de Janeiro, IBMEC, 1972. (mimeo).

LEVY, Maria Bárbara. História da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro . Rio de Janeiro, IBMEC, 1977.

LEVY, Maria Bárbara. A Indústria do Rio de Janeiro através de suas sociedades anônimas . Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura da cidade do Rio de Janeiro/EDUFRJ, 1994.

LUCENA, Henrique Pereira de Lucena. Barão de. Exposição de motivos sobre a situação financeira e ideias de reforma. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1891.

LYRA, João. Aspectos da intervenção oficial na vida econômica do paiz. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1926.

LYRA, João. Economia e finanças dos estados. Parahyba: Imp. Official, 1914.

LYRA, João. Reforma monetária. Parecer e discurso sobre o projecto que concretiza o plano financeiro do presidente Washington Luis. Rio de Janeiro: Imp. Nacional, 1926.

MAIA, Luiz de Queiroz Mattoso. Conferência sobre o meio circulante, o papel-moeda e sua influencia sobre o cambio, feita na Associação Commercial. Rio de Janeiro: SN, 1897. [SBV]

MAYRINK, Francisco de Paula. O cambio, a producção, o governo : Artigos publicados na imprensa da Corte em maio de 1881. Rio de Janeiro: Typ. do Cruzeiro, 1881. [CAORBN]

MEDEIROS, Manoel José de. Lei de substituição da moeda de cobre. Carestia de generos alimenticios. Plano proposto para a fundação de uma associação com o fim de remediar esses males. Maranhão: SN, 1838-1842. [SBVI e VII]

MELLO, Antônio Epaminondas de. Fallencia do Banco do Brazil : discurso pronunciado na câmara dos deputados na sessão de 2 de maio de 1879. Rio de Janeiro: SN, 1879. [SBI]

MILLET, Henrique Augusto de Albuquerque. Theses e dissertação apresentadas á faculdade de direito do Recife, etc. Ponto de dissertação: Em relação á liberdade industrial será preferivel o systema preventivo ou repressivo? Recife, 1887. [SBIII] [obs. filho de Augusto Milet]

MOLLO, Maria de Lourdes Rollemberg. As controvérsias monetárias do século XIX. Ensaios FEE, v.15, n.1, jan. 1994.

Page 70: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

70

MONTE DE CEDRO, João José Carneiro da Silva. Barão de. Estudos econômicos. Rio de Janeiro: Typ. de Pereira Braga & C. 1878.

MOTTA, João Xavier da. Moeda do Brazil. Victoria: SN, 1889. [SBIV]

MOTTA, José Ignacio Silveira da. A emissão de papel-moeda: discurso proferido na sessão do Senado de 20 de agosto de 1867. Rio de Janeiro: SN, 1867. [SBIV]

MOURA, Francisco Amyntas de Carvalho. Ensaios econômicos e apreciações práticas sobre o estado financeiro do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1885. [SBII]

MOURA, Francisco Amyntas de Carvalho. Estudo sobre o meio circulante. Rio de Janeiro: SN, 1888. [SBII]

OLIVEIRA, Henrique Velloso de. Reflexões acerca do estado de finanças no Brazil e meios de melhorar e pagar a divida publica. Rio de Janeiro: SN, 1846. [SBIII]

OLIVEIRA, Luiz Rodrigues. Reconstituição das finanças brasileiras: memoria lida em sessão de 5 de setembro de 1897. RIHGB, tomo 62, 2ª parte, p. 28-38. [SBVI e VII]

OLIVEIRA, Maria Teresa Ribeiro de. Encilhamento: controvérsias e efeitos sobre a indústria têxtil mineira. Revista História Econômica & História de Empresas, v.1, n.1, 1998.

ONODY, Oliver. A inflação brasileira. Rio de Janeiro: SN, 1960.

ORTIGÃO, Ramalho. Ano comercial e financeiro de 1917. Rio de Janeiro: Besnard Freres, 1918.

ORTIGÃO, Ramalho. A moeda circulante no Brasil. Rio de Janeiro: Tip. do Jornal do Comércio, 1914.

ORTIGÃO, Ramalho. A circulação, crise do xenxém, evolução das leis monetárias, crises de 1857 e 1864. Revista do Instituto Histórico e Geográfico, set. 1914, tomo especial, parte IV.

OURO PRETO, Affonso Celso de Assis Figueiredo. Visconde de. Finanças e riqueza pública. s/n [Obras raras da biblioteca do MF]

PELÁEZ, Carlos Manuel; SUZIGAN, Wilson. História Monetária do Brasil. Brasília: Ed. UnB, 1981.

PENEDO, Francisco Ignácio de Carvalho Moreira. Barão de. O empréstimo brazileiro contrahido em Londres em 1863. Paris: Aillaud Guillard & Cie, 1864.

PRADO, Luís Carlos Thadeu. Delorme. Commercial Capital, Domestic Market and Manufacturing in Imperial Brazil: the failure of economic development in the XIXth century . Tese de Doutorado - University of London, 1991.

REIS, F. T. de Souza. Padrão de câmbio ouro como solução do problema monetário brasileiro . São Paulo: Monteiro Lobato, 1923.

REIS, Fabio Alexandrino de Carvalho. Creação e augmento de impostos: parecer do inspector da alfadenga do côrte, etc. Rio de Janeiro. Publicado depois no Diario do Povo, 1868, n. 77-78, 82-84. [SBII]

Page 71: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

71

REIS, Fabio Alexandrino de Carvalho; SATTAMINI, Alexandre A. R.; FRANCO, Honorio A. de Aquino. Relatorio apresentado a S. Ex. o Sr. ministro da fazenda pela commissão de inquerito industrial. Rio de Janeiro: SN, 1882. [SBII]

REZENDE E SILVA, José de. As finanças brasileiras. Rio de Janeiro: Of. Graph. do Jornal do Brasil, 1927.

RIBEIRO, Francisco Bernardino. Qual o melhor intermedio das permutações: as moedas metallicas ou o papel-moeda? Dissertação. São Paulo, 1835. Reproduzida na Minerva Brazileira, tomo 2, p. 539ss. [SBII]

RIBEIRO, Theophilo Domingos Alves. Estudos financeiros. As finanças do Imperio . Rio de Janeiro: SN, 1899. [SBVI e VII]

RIO, José Pires do. A Moeda Brasileira e seu perene caráter fiduciário. Rio de Janeiro: José Olimpio Ed., 1946.

RODRIGUES DE OLIVEIRA. Luiz Rodrigues de Oliveira. Visconde de A política e os capitaes—Li o manuscripto que gentilmente, mostrou-me o erudito autor em 1897. [Talvez não publicado] [SBV].

RODRIGUES DE OLIVEIRA. Luiz Rodrigues de Oliveira. Visconde de. A crise economico-financeira no Brazii, na qual o autor, demonstrando os conhecimentos, que possue, do commercio, industria, fontes de riqueza, assim como do estado econômico financeiro do vasto império americano, pede a creação de uma commissão de inquérito, que estude seriamente a origem dessa crise e procura demonstrar aos capitalistas europeos que temos meios bastantes para garantir e satisfazer os empréstimos para a reorganisação de nossas finanças . [SBV]

RODRIGUES DE OLIVEIRA. Luiz Rodrigues de Oliveira. Visconde de. Les banques et institution do credit — No livro Le Brèsil em 1889» publicado em Paris. [SBV]

RODRIGUES DE OLIVEIRA. Luiz Rodrigues de Oliveira. Visconde de. Quatro mezes de administração financeira no Brazil. Lisboa: SN, 1890. [SBV]

SAMPAIO, João Ferreira da Costa e. Carta dirigida aos accionistas do Banco do Brazil em consequencia de certas reflexões sobre o mesmo. Rio de Janeiro: Tpografia Nacional, 1821.

SAPUCAÍ, Cândido José de Araújo Vianna. Marquês de. Relatorio sobre o melhoramento do meio circulante apresentado à Assemblea geral legislativa pelo ministro ... [Candido José de Araujo Vianna] em a sessão extraordinaria de 1833. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1833. [SBII]

SCHULZ, John. A crise financeira da abolição. São Paulo: Edusp/Instituto Fernand Braudel, 1996.

SERZEDELLO JÚNIOR, A. J. Pereira. Os bancos e os princípios que regem a emissão e a circulação de notas. Lisboa: Imprensa Nacional, 1864.

SILVA, Antônio Moreira de Oliveira e; TAVARES, Joaquim Ignacio da Cunha. Guia pratico do papel-moeda em circulação no império do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1877. [Sacramento Blake: consta que o opusculo fora logo supprimido por causa de inexactidões que encerra] [SBI]

Page 72: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

72

SOARES, José Carlos de Macedo. A politica financeira do presidente Washington Luís. São Paulo: Instituto D. Anna Rosa, 1928.

SOUZA CARVALHO, Antônio Alves de. A crise da praça em 1875. Rio de Janeiro: Typ. do Diário do Rio de Janeiro, 1875.

SOUZA, Antônio Ennes de. Reforma monetária. Rio de Janeiro: Imp. da casa da moeda, 1893. [2ª ed.]

SOUZA, Carlos Inglêz de. A anarchia monetária e suas consequências. São Paulo: Monteiro Lobato, 1924.

SOUZA, Luiz Jácome de Abreu e. Fazenda nacional. O meio circulante e o cambio. Projecto financeiro. Da conversão das notas e portanto o cambio a 20 d. por 1$000. SN: SN, SN. [SBV]

SOUZA, Paulino José Soares de. Proposta do governo para operações de credito e emissão do papel-moeda: discursos proferidos na camara dos deputados. Rio de Janeiro: SN, 1867. [SBVI e VII]

SOUZA, Paulino José Soares de. Questão bancaria: discurso proferido na camara dos Srs. Deputados na sessão de 2 de julho de 1859. Rio de Janeiro: SN, 1859. [SBVI e VII]

TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle Taunay. Visconde de. Escombros do encilhamento. Digesto econômico, maio de 1950.

THERY, Edmond. Finances et le change du Brésil. Paris: Economiste Europeen, 1898.

URUGUAIANA, Ângelo Moniz da Silva Ferraz. A tarifa das alfândegas do Império do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1860. [SBI]

URUGUAIANA, Ângelo Moniz da Silva Ferraz. Barão de. Dezesete notas feitas ao appendice do relatório da commissão encarregada de rever a tarifa das alfandegas do Imperio, pelo presidente e relator da mesma commissão. Rio de Janeiro: Emp. Typ. Dous de Dezembro, de Paula Brito, Impressor da Casa Imperial, 1853.

URUGUAIANA, Ângelo Moniz da Silva Ferraz. Regulamento das alfândegas e das mesas de rendas. Rio de Janeiro: SN, 1860. [SBI]

URUGUAIANA, Ângelo Moniz da Silva Ferraz. Regulamento do imposto do sello e sua arrecadação. Rio de Janeiro: SN, 1860. [SBI]

URUGUAIANA, Ângelo Moniz da Silva Ferraz. Relatório da commissão encarregada pelo governo imperial, por avisos de 1 de outubro e de 28 de dezembro de 1864, de proceder a um inquérito sobre as causas principa.es e accidentaes da crise do mez de setembro de 1864. Rio de Janeiro: SN, 1865. [SBI]

VASCONCELLOS, José Marcellino Pereira de.Considerações sobre a situação financeira do Brazii, acompanhadas da indicação dos meios de oceorrer ao déficit do Thesouro. Rio de Janeiro: SN, SN. [SBV]

VIANA, Victor. O Banco do Brasil: sua formação, seu engrandecimento, sua missão nacional. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do commercio, de Rodrigues & C., 1926. 2v.

Page 73: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

73

VIANNA, Pedro Antônio Ferreira. A crise comercial do Rio de Janeiro, em 1864. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1864. [SBVI e VII]

VIEIRA, Dorival Teixeira. Evolução do sistema monetário brasileiro. São Paulo: Faculdade de Ciências Administrativas, 1962.

VILLELA, André Arruda. The Political Economy of money and Banking in Imperial Brazil, 1850-1870. Tese de Doutorado. London School of Economics, 1999.

VITORINO, Artur José Renda. Patrimonialismo e finanças: política monetária de liberais e conservadores no Segundo Reinado brasileiro. Revista de História Regional, 15 (1), 131-168, Verão, 2010.

WILEMAN, J. P. Brazilian exchange; the study of an inconvertible currency. Buenos Aires: Galli Bros., 1896.

4.2.12. Outros

ABRANTES, Miguel Calmon du Pin e Almeida. Marquês de. Factos econômicos. Rio de Janeiro: F. Alves, 1913.

AGUIAR, Antônio Augusto da Costa. Apontamentos históricos a respeito do grande ministro da independência, José Bonifácio de Andrada e Silva. Rio de Janeiro: SN, 1872. [SBI]

ALBUQUERQUE, Francisco de Paula de Almeida e. Estudo sobre a instituição do credito predial em França. Paris: SN, 1853. [SBIII]

ALENCAR, José Martiniano de. O Marquez de Caxias: biographia. Rio de Janeiro: SN, 1867. [SBV]

ALENCAR, José Martiniano de. O Marquez do Paraná: traços hiographicos. Rio Janeiro: SN, 1856. [SBV]

AMZALAK, Moses Bensabat. José Bonifácio de Andrada e Silva, economista. Lisboa, 1941.

ANÔNIMO. Considerações importantes sobre o papel-moeda, divida publica, contrabandos, alfandegas, industria, e commercio nacional, etc. Lisboa: Imprensa Nacional, 1821. [Biblioteca Nacional]

ARAÚJO, José Thomaz Nabuco de. Banco do Brazii: discurso proferido na sessão de 4 de setembro de 1873 [Assembleia legislativa]. Rio de Janeiro: SN, 1873. [SBV]

ARAÚJO, Pedro Correia de. Datas e factos relativos à história política e financeira do Brasil. Recife: Typ, de M. Figueiroa de F. & Filhos, 1885. [CAORBN]

BANDEIRA, Antônio Rangel Torres. Economia política. A liberdade do trabalho, e a concurrencia, seu effeito, são prejudiciaes áclasse operaria? Futuro, periódico litterario redigido por Faustino Xavier de Novaes. Rio de Janeiro: SN, 1862 e 1863, pags. 289 e seguintes. [SBI]

Page 74: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

74

BARROS, José Maurício Fernandes Pereira de. Consideração sobre a situação financeira do Brasil acompanhada da indicação dos meios de ocorrer ao deficit do thesouro. Rio de Janeiro: Laemmert, 1867. [BORAUFRJ]

BELOCH, I. (Org.) Guia dos Arquivos Privados Relevantes para o Estudo da História da Política Econômica no Brasil, 1822-1964. Rio de Janeiro, IPEA/ANPEC/PNPE, 1986.

BELLEGARDE, Guilherme Cândido. Estudos econômicos. Rio de Janeiro: Typ. do Diario do Rio de Janeiro, 1862. [CAORBN] [BORAUFRJ] [SBIII]

BOUÇAS, Valentim Fernandes. Brazil, economic data 1928-1932. London: SN, 1933.

BOUÇAS, Valentim Fernandes. História da dívida externa brasileira. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1946.

BOUÇAS, Valentim. Finanças do Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Fazenda, 1955.

BRAGA, Gustavo Augusto da Frota. Estudos de economia politica e direito administrativo . Fortaleza: UFCE, 1920.

BRITO, João Rodrigues de. Cartas economico-politicas sobre a agricultura, e commercio da Bahia. Lisboa: Imprensa Nacional, 1821. [Editado com o título A economia brasileira no alvorecer do século XIX, Salvador, 1946].

BRITO, Jorge Eduardo Xavier de. Disposições de todas as leis, decretos, regulamentos e decisões do Ministério da Fazenda, desde o anno de 1838 até o fim do de 1852 divididas em três partes e precedidas de uma tabela alphabética das matérias que nelas se contém. Nictheroy: Amaral & Irmão, 1853.

CARAVELAS, Carlos Carneiro de Campos. Visconde de. A crise commercial de setembro de 1864, seguida dos actos do Ministerio da Fazenda que lhe são relativos. Artigo extrahido do relatorio apresentado ao corpo legislativo na sessão de 1865. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1865. [CAORBN] [SBII]

CARMO, J. A. Minisros da fazenda. Rio de Janeiro: Pongetti, 1944.

CARNEIRO, Balthazar da Silva. A reforma bancaria do império do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1859. [SBI]

CARVALHO, Alberto Marques de. As finanças conservadoras; Octavius e o Barão de Cotegipe. Rio de Janeiro, 1878. [SBI]

CARVALHO, Antônio Alves de Sousa. A crise da praça em 1875. Rio de Janeiro: Typ. do Diário do Rio de Janeiro, 1875. [CAORBN]

CARVALHO, Antônio Alves de Souza. A crise da praça em 1875. Rio de Janeiro: SN, 1875. [SBI]

CARVALHO, Paulo Egydio de Oliveira. Ensaios sobre algumas questões de direito e de economia política. São Paulo: Leite, 1896.

Page 75: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

75

CASTRO, Antônio Maria de Miranda. Estudos sobre o credito commercial do Brazil precedidos de considerações históricas sobre o credito commercial do Reino Unido do Inglaterra e da União Norte Americana. Rio de Janeiro: Dias da Silva Junior, 1877. [BORAUFRJ]

CAVALCANTI, Amaro. Elementos de finanças. Rio de Janeiro: Imp, Nacional, 1896.

CAVALCANTI, Amaro. Responsabilidade civil do Estado. Rio de Janeiro: Laemmert, 1905.

COSTA, Constâncio Roque da. Questões econômicas, financeiras, sociais e coloniares. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1916.

CRUZEIRO, Jeronymo José Teixeira. Visconde do. Incorporaçao de bancos: discurso pronunciado na camara dos srs. deputados na sessão de 18 de maio de 1858. Rio de Janeiro: SN, 1858. [SBIII]

CUNHA, Brasílio Itiberê da. Economia social; expansão econômica mundial. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1907.

DEBANE, Nicolau José. Economia nacional e nacionalismo economico. 1a. Serie: Estudos sobre a situação economica do Brasil, o commercio dos seus productos no exterior e especialmente sobre o commercio do café paulista no Oriente. Conferencias realizadas em 1916 na sede da Sociedade Paulista de Agricultura pelo conde Nicolau José Debané ... Prefacio do Dr. Augusto Carlos da Silva Telles. São Paulo: Typ. Brazil, 1917.

FIGUEIREDO, A. de Sousa. O crédito e os bancos. Rio de Janeiro: Garnier, 1865.

FIGUEIREDO, Francisco de Figueiredo. Conde de. Allocution prononcée par le... president du conseil de l'administration de la banque nationale du Brésil à la reunion des actionaires residents en France, le 11 février 1890. Paris: SN, 1890. [SBII]

FIGUEIREDO, Francisco de Figueiredo. Conde de. Estatutos do Banco Internacional do Brazil, fundado em 1886. Rio de Janeiro: SN, 1886. [SBII]

FIGUEIREDO, Francisco de Figueiredo. Conde de. Estatutos do Banco Nacional do Brazil. Rio de Janeiro: SN, 1889. [SBII]

FREIRE, Felisbello. História do Banco do Brasil. Rio de Janeiro: Typ. d’O Economista Brasileiro, 1907.

FREIRE, José Carlos da Silva. Princípios de economia politica. Caçapava: O Povo, 1917.

GOMES, Francisco Luis. Essai sur la théorie l'économie politique et de ses rapports avec la morale et le droit. Paris: Librairie de Guillaumin et Cie., 1867.

GUIMARÃES, Mario Mazzei; RIBEIRO, Benedito. História dos Bancos e do Desenvolvimento Financeiro do Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Pró-Service Ltda, 1967.

HANLEY, Anne Gerard. Capital Market in the coffee economy: Financial Institutions and Economic Change in São Paulo, Brazil, 1850-1905. Tese de Doutorado. Stanford, 1995.

KOSERITZ, Carlos von. Resumo de economia nacional, especialmente applicada ás circumstancias do paiz. Porto Alegre: SN, 1870. [SBII]

Page 76: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

76

KUNIOCHI, Márcia Naomi. Crédito, negócios e acumulação. Rio de Janeiro: 1844-1857. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 2001.

LEMOS, Arthur. Questões sociais, direito e economia: trabalhos parlamentares no senado federal. Rio de Janeiro: Off. Grapphicas Liga Maritima, 1918.

LESSA, João Francisco de Araujo. Diccionario do commercio pelo systema de Mac Culloch. SN: SN, SN. [SBIII]

LIMA, Alceu Amoroso (Tristão de Athayde). Esboço de uma introducção á economia moderna. Rio de Janeiro: Edição do Centro D. Vital, 1930.

LIMA, José Custódio Alves de. Problemas sociaes e econômicos. Buenos Aires: S.N., 1916.

LIMA, José Dias da Cruz. O Banco de Inglaterra, e os da Escossia, traducção feita e offerecida ao illmo. e exmo. sr. Diogo Antonio Feijó... por J. D. da C. L. Rio de Janeiro: Ogier, 1836.

LIMA, José Dias da Cruz. Reflexões sobre o estado actual das finanças do Brasil e propostas de alguns melhoramentos e medidas que lhe podem ser applicadas . Rio de Janeiro: Tipografia Americana, 1843. [SBIV]

MAC-DOWELL, José Maria. Da partipação nos lucros: estudo de economia política e sciencia das finanças. Rio de Janeiro: Leuzinger, 1922.

MAGALHÃES, Basílio de. José Bonifácio de Andrada e Silva (O patriarca). Digesto econômico, São Paulo, nov. 1950.

MONTE CEDRO, João José Carneiro da Silva. Barão de. Estudos econômicos. Rio de Janeiro: Typ. P. Braga & Cia., 1878. [CAORBN] [SBIII]

MORAES, Alexandre José de Mello. Biographia do Marquez de Olinda. Rio de Janeiro: SN, 1866. [SBI]

MORAES, Alexandre José de Mello. Biographia do senador Diogo Antônio Feijó. Rio de Janeiro: SN, 1861. [SBI]

MOREIRA, João José. Economia política. Roma: Cotta e Comp., 1875 [CAORBN]

NEVES, José Accursio das. Memoria sobre os meios de melhorar a industria portugueza, considerada nos seus differentes ramos. Lisboa: S. T. Ferreira. 1820.

NEVES, José Accursio das. Variedades sobre objectos relativos ás artes, commercio, e manufacturas, consideradas segundo os principios da economia politica . Lisboa: Na impressão regia, 1814. 2v.

OLIVEIRA, Cândido Batista de. Sistema monetário do Brazil. Revista Brasileira VII, n.6, 1859 [CAORBN]

OLIVEIRA, Cândido Batista de. Systema financial do Brasil, por Candido Baptista de Oliveira, enviado extraordinario e Ministro Plenipotenciario de S.M. o Imperador do Brasil junto a S.M. o Imperador de todas as Russias. São Petersburgo: Fisher, 1842. {BORAUFRJ]

Page 77: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

77

OLIVEIRA, Saturnino de Souza e. O projeto financeiro do Dr. Saturnino. Analyse ao mesmo pelo Sr. deputado Souza Martins. Resposta do autor. Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const. de J. Villeneuve, 1844. [CAORBN]

OLIVEIRA, Saturnino de Souza e. Projecto para suppressão de alguns impostos e amortisação de parte da divida fundada. Rio de Janeiro: Laemmert, 1843. [CAORBN]

PELÁEZ, Carlos Manuel. The Establishment of Banking Institutions in a Backward Economy: Brazil, 1808-1851. Economic History Review, XLIX, winter, 1975.

PENIDO, José Máximo Nogueira. A abolição e o crédito. Rio de Janeiro: SN, 1885. [SBV]

PIÑEIRO, Téo Lobarinhas. Estado e mercado financeiro: o Banco do Brasil no Segundo Reinado. Anais do II Congresso Brasileiro de História Econômica e 3ª Conferência Internacional de História de Empresas. v.3. Niterói: ABPHE, 1997.

PINTO, Adolpho Augusto. Problema monetário no Brasil; artigos publicados no jornal "O Estado de São Paulo", em março de 1919. São Paulo: Vanorden, 1919.

PINTO, Adolpho Augusto. Questões econômicas. São Paulo: Vanorden, 1902.

PORTO, Hannibal. Problemas econômicos do Brasil. Rio de Janeiro: Estabel. graph. Canton & Beyer, 1920.

RAMOS, Belisário Vieira. Economia Politica. Rio de Janeiro: Leite Ribeiro, 1926.

RATTON, Diogo. Reflexões sobre Código Mercantil. Lisboa: SN, 1821.

RATTON, Ignácio. Resposta de Ignacio Ratton, aos quesitos, que a Illustre Commissão de Fazenda da Augusta Camara dos srs. deputados, fez os membros externos da dita Commissão . Rio de Janeiro: Imperial Typ. de P. Plancher-Seignot, 1829.

REIS, Aarão. Economia política, finanças e contabilidade. Rio de Janeiro: Nacional, 1918.

ROCHA, Alfredo. Caixas econômicas e o credito agricola; economia social. Rio de Janeiro: Nacional, 1905.

SILVA, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e. Esboço biographico e necrologico do conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva. Guanabara, tomo 3º 1855, pags. 299 a 307. [SBI]

SILVA, João José Carneiro. Estudos econômicos. Rio de Janeiro: Typ. de Pereira Braga, 1878. [BORAUFRJ]

SILVA, João Manuel Pereira da. Plutarco Brasileiro. Rio de Janeiro: Henrique e Eduardo Laemmert, 1847. 2v. [Reeditada em 1858 com o nome Varões Ilustres do Brasil]

SILVA, José Bonifácio de Andrada e. Memória econômica e metalúrgica sobre a fábrica de ferro Ipanema [1820]. In: BARBOSA, Francisco de Assis. D. João VI e a siderurgia no Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1958.

SISSON, Sebastião A. Galeria dos brasileiros ilustres. Rio de Janeiro: SN, 1940. 2v.

Page 78: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

78

SOARES, Sebastião Ferreira. Esboço ou primeiros traços da crise commercial da cidade do Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1864. Rio de Janeiro: Eduardo Laemmert, 1865. [BORAUFRJ]

SOARES, Sebastião Ferreira. Notas estatísticas sobre a produção agrícola e carestia dos gêneros alimentícios no Imperio do Brasil. Rio de Janeiro : J. Villeneuve e Cia., 1860.

SOARES, Antônio Joaquim. Nobiliarquia fluminense. Genealogia das principais e mais antigas famílias da Corte e província do Rio de Janeiro. Niterói: SN, 1948. 2v.

TARQUÍNIO, Luís. O elemento escravo e as questões econômicas do Brasil, por Cincinnatus (pseud.). Bahia: Typ. dos Dous Mundos, 1885 [CAORBN]

VASCONCELLOS, Barão de. Archivo Nobiliarchico Brasileiro. Lausanne: Imp. la Concorde, 1918.

VEIGA, Dídimo Agapito da. Ensaios de sciencia das finanças e de economia publica . Rio de Janeiro: Jacintho Ribeiro dos Santos, 1927.

VEIGA, Dídimo Agapito da. O amigo e conselheiro dos commerciantes. Obra popular e acessível a todas as comprehensões. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique Laemmert, 1873. [CAORBN] [SBII]

VIANA, Pedro Antônio Ferreira. A crise commercial do Rio de Janeiro em 1864. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1864. [CAORBN]

VIANNA, Antônio Ferreira. Biographa de José Bonfacio de Andrada-e Silva. In: Galeria dos brazileiros illustres, tomo 1 [SBI]

VIANNA, Antônio Ferreira. Biographia de Ângelo Moniz da Silva Ferraz. Idem, tomo 2.° [SBI]

WERNECK, Américo. Reflexões sobre a crise financeira. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio, 1895.

WERNECK, Américo. Reforma do systema tributário. Bello Horisonte: Typ. do Forum, 1899.

4.3. Difusão do pensamento econômico no Brasil

4.3.1. Sobre influência estrangeira no pensamento econômico brasileiro

GREMAUD, Amaury Patrick. Uma escola macleodista no Brasil: a economia política no Largo São Francisco ao longo do Império e da República Velha. In: Anais do III Encontro Nacional de Economia Política - SEP, 1998, Niterói, RJ.

LINS, Hoyêdo Nunes. Fourierismo no Brasil meridional: a saga do falanstério do Saí (1841-1844). Revista História Econômica & História de Empresas, v.13, n.1, 2010.

RABELLO, Eduardo Vieira. O desenvolvimento ferroviário visto por Adolpho Augusto Pinto analisado sob as teorias de Georg Friedrich List e John Bernal. Dissertação de Mestrado – Universidade de São Paulo, 2007.

Page 79: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

79

ROCHA, Antônio Penalves. A difusão da economia política no Brasil entre fins do século XVIII e início do XIX. Revista de Economia Política, v.13, n.4 (52), outubro-dezembro, 1993.

SAES, Flávio Azevedo Marques de. Crédito e bancos no desenvolvimento da economia paulista 1850-1930. São Paulo: IPE/USP, 1986.

4.3.2. Publicações estrangeiras em português

BASTIAT, Frédéric. Sophismas econômicos. Porto: Livr. Internacional, 1879.

BJÖRNSTJERNA, Magnus Fredrik Ferdinand (M.B.). Influenciada divida sobre a prosperidade das nações. Traducção do inglez por Antônio José da Silva. Rio de Janeiro, 1835. [SBI]

BORGES, José Ferreira. Instituições de economia política. Lisboa: Imprensa Nacional, 1834.

CAREY, Henry C. Estudos economicos cartas em resposta ao London Times. Rio de Janeiro: G. Leuzinger, 1878. [BORAUFRJ]

CARQUEJA, Bento. Economia Politica. Porto: Commercio Do Porto, 1926. 5v.

COLSON, Clément. Organismo econômico e desordem social. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1911.

COSSA, Luigi. Primeiros elementos de economia política. Tradução de Carlos Soares Guimarães. Rio de Janeiro: Laemmert, 1888. [SBII]

DODSLEY, Roberto. Economia da vida humana por Roberto Dodsley. Traduzido por Miguel do Sacramento Lopes da Gama. Recife: SN, 1862. [SBVI e VII]

FORTUNE, E. História breve e authentica do Banco da Inglaterra com dissertações sobre os metaes, moedas e lettras de cambio e carta de incorporações [A Concise and Authentic History of the Bank of England]. Tradução de José Hipólito da Costa. Lisboa: Typographia Chaleographica e Litteraria do Arco do Cego, 1801. [SBIII]

GANILH, Charles. Das contribuições publicas. Discurso em que se pretende mostrar qual é o imposto menos oneroso aos pouos composto. Abreviado e traduzido em vulgar por um portuguez, amante do Rei e da Patria. Cayenna: Impressão Régia, 1816.

GILBART, James William. Tratacdo Prático dos Bancos. Traduzido por Luiz Joaquim de Oliveira Castro. Rio de Janeiro: Garnier, 1859. [FDSP] [BORAUFRJ] [SBV]

HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John. Federalista. Rio de Janeiro: Vileneuve, 1840. 3v.

HERRENSCHWAND, M. Discurso fundamental sobre a população; economia politica moderna, traduzido em vulgar, por Luiz Prates de Almeida e Albuquerque. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1814.

HEUNET. Tratado do cavalleiro Heunet, sobre a theoria do credito publico, traduzido do francez, augmentado de notas e seguido da demonstração dos emprestimos contrahidos nesta

Page 80: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

80

côrte, e das operações da caixa de amortização da divida publica. Traduzido por Joaquim Teixeira de MAcedo. Paris: SN, 1829. [SBIV]

JEVONS, Stanley. Resumo de economia politica de Stanley Jevons; traduzido por José da Costa Gama. Porto Alegre: SN, 1889. [obs. a traducção é seguida de um appendice adaptado ás exigencias economicas do paiz e particularmente do Rio Grande do Sul] [SBIV]

JEVONS, William Stanley. Economia Política. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1896.

MACLEOD, Henri Dunning. Elementos de economia política. Trad. de Alberto da Rocha Miranda. Rio de Janeiro: Perseverança, 1873.

MACLEOD, Henrique Dunning. Elementos de economia politica. Exposição fiel das doutrinas de Henrique Dunning Macleod. Tradução de Filippe de Sampaio Corrêa. Rio de Janeiro: SN, 1873. [SBII]

MARNOCO E SOUZA, José Ferreira. Economia nacional; prelecções feitas ao curso do segundo anno juridico de 1908-1909. Coimbra: França Amado, 1909.

MARRIOTT, William Frederick. Grammatica de economia politica. Rio de Janeiro: S.N., 1884.

MEILI, Julius. O meio circulante no Brasil. Zurich: Typ. de Jean Frey, 1903.

MILL, John Stuart. Elementos de economia politica, transladados em portuguez por Pedro Autran da Matta e Albuquerque. Bahia: SN, 1833. [SBVI e VII]

PIMENTEL, Roberto Luís de Mesquita. Princípios de economia politica. Rio de Janeiro: Jacintho Ribeiro dos Santos, 1925.

PUJOL, Victor Desiré. Considerações economicas. SN: SN, SN. [SBVI e VII]

RICARDO, David. Plano de um banco por David Ricardo, traduzido do inglez por Joaquim Teixeira de Macedo. Rio de Janeiro: SN, 1831. [SBIV]

RUMFORD, Benjamin Thompson Rumford. Conde de. Ensaios econômicos e philosóphicos. Traduzido em vulgar por Hippolyto José da Costa Pereira . Lisboa: na Regia Officina Typographica, 1801.

SAY, Jean-Baptiste. Cathecismo de Economia Política ou Instrução Familiar. Lisboa: Impressão Liberal, 1822.

SAY, Jean-Baptiste. Cathecismo de economia politica, ou Instrucção familiar, que mostra a maneira, pela qual são as riquezas produzidas, distribuidas, e consumidas na sociedade, / por João Baptista Say. Traduzido da Terceira Edição por José Maria Frederico de Sousa Pinto. Rio de Janeiro: Typ. de R. Ogier, 1834. [SBV]

SMILES, Samuel. Economia. Tradução de E.d’Avellar. Rio de Janeiro: Garnier, 1875.

SMILES, Samuel. Vida e trabalho. Tradução de Corinna de Vivaldi Coaracy. Rio de Janeiro: SN, SN. [SBII]

Page 81: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

81

SMITH, Adam. Compendio da obra da riqueza das nações, de Adam Smith, traduzida do original inglez por Bento da Silva Lisboa. Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1811. 3v.

SMITH, Adão. Compendio da origem das riquezas das nações por Adão Smith, commentado, etc. Tradução de Cláudio Manuel da Costa. SN: SN, SN. [SBII]

SUZANNE, P. H. Principios geraes de economia politica e industrial em fórma de conversações, por P. H. Suzanne. Traduzido por Miguel do Sacramento Lopes da Gama. Pernambuco: SN, 1837. [SBVI e VII]

TOROMBERT, Honorio. Refutação completa da pestilencial doutrina do interesse, propalada por Hobbes, Holbach, Helvecio, Diderto, J. Bentham e outros philosophos sensualistas e materialistas, ou introducção aos principios de direito politico de Honorio Torombert. Traduzido por Miguel do Sacramento Lopes da Gama. Pernambuco: SN, 1837. [SBVI e VII]

TRACY, Destutt de. Memoria sobre quaes são os meios de fundar a moral de um povo, traduzida do francez, do Conde de Destutt de Tracy. Traduzido por Miguel do Sacramento Lopes da Gama. Pernambuco: SN, 1831. [SBVI e VII]

WILSON, James. Capital, circulação e bancos ou serie de artigos publicados no Economista em 1845, sobre os principios da lei bancaria de 1844 e em 1847 sobre a crise montaria e commercial d’este ultimo anno seguida de um plano de circulação segura e econômica . Traduzido por Luiz Joaquim de Oliveira Castro. Rio de Janeiro: Garnier, 1860. [BORAUFRJ] [SBV]

4.3.4. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca Nacional

AZCARATE, Gumersindo de. Estudios económicos y sociales. Madrid: SN, 1876. [CAORBN]

BABBAGE, Charles. On the economy of machinery and manufactures. Londres: Ch. Knight, 1832.

BABBAGE, Charles. Traité sur l'économie des machines et des manuafctures. Bruxelas: H. Dumont, 1834.

BAGEHOT, Walter. Lois scientifiques du développement des nations. Paris : Libr Germer Bailliere, 1877. [CAORBN] [3ª ed., 1879, FDSP]

BAGEHOT, Walter. Lombard Street ; ou, Le marché financier en Angleterre. aris : Germer Baillière, 1874. [CAORBN] [FDSP]

BAILLEUL, Jacques Charles. De la richesse et de l'impot. Paris: Ant. Bailleul, 1816.

BAIRD, Henry Carey. Criticisms on the recent financial. Policies of the United States and France. Philadelphia: Henry C. Baird & Co, 1875. [CAORBN]

BAIRD, Henry Carey. Inflated bank credit as a substitute for "Current money of the realm”. Philadelphia: Henry C. Baird & Co, 1875. [CAORBN]

Page 82: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

82

BENTHAM, Jeremias. Tratado dos sofismas políticos. Trad. de Antonio José Falcão da Frota. Santa Catarina: Typ. Provincial, 1838. [CAORBN]

MARCET, Jane Haldimand. Conversations on political economy, in which the elements of that science are familiary explained. Londres: Longman, Hurst, Dees, Orme, and Brown, 1817.

SAY, Horace Émile. Histoire des relations commerciales entre la France et le Brésil, et considérations génerales sur les monnaies, les changes, les banques et le commerce extérieur. Paris: Guillaumin, 1839. [CAORBN]

4.3.5. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo da Faculdade de Direito

da USP

AGAZZINI, Michel. Science de l’economie politique. Paris: Chez Bossange, 1822.

ALBERDI, Juan B. Estudios económicos. Buenos Aires: Cultura Argentina, 1916.

BAGEHOT, Walter. Lois scientifiques du développement des nations. Paris : Libr Germer Bailliere, 1879. [3ª ed.] [FDSP] [2ª ed., 1877, CAORBN]

BAGEHOT, Walter. Lombard Street ; ou, Le marché financier en Angleterre. aris : Germer Baillière, 1874. [FDSP] [CAORBN]

BASTIAT, Frédéric. Harmonies économiques. Paris: Guillaumin, 1851. [2ª ed]

BASTIAT, Frederic. Sofismas económicos. Madrid: Impr. Del Col de Sordo-Mudos Y Ciegos, 1847.

BATBIE, Anselme Polycarpe. Mélanges d’économie. Paris : Libraire du Consil D’Etat, 1866.

BATBIE, Anselme Polycarpe. Nouveau cours d’économie politique professé à la faculté de droit de Paris, 1864-1865. Paris: Cotillon, 1865. 2v.

BATIAT, Frédéric. Oeuvres completes de Frédéric Bastiat. Paris: Guillaumin, 1853.

BAUDRILLART, Henri. Économie politique populaire. Paris: Hachette, 1869.

BAUDRILLART, Henri. Element d’economie rurale, industrielle, commerciale. Paris: Delagrave, 1867.

BAUDRILLART, Henri. Études de philosophie morale et d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1858.

BAUDRILLART, Henri. Manuel d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1872.

BAUDRILLART, Henri. Tableau des theories politiques et des idees economiques . Paris: Guillaumin, 1853.

BAZIN, Hervé. Traité élémentaire d’économie politique. Paris: Victor Lecoffree, 1880.

Page 83: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

83

BEAULIEU, Hardy de. Traité élémentaire d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1861.

BESSAIGNET, Octave. Manuel de finances et de comptabilité financière. Paris: G. Masson, 1884.

BLANQUI, Auguste. Précis elementaire d’economie politique. Paris: Guillaumin, 1857.

BLOCK, Maurice. Annuaire de l’economie politique et de la statistique. Paris: Guillaumin, 1888. 6v.

BOCCARDO, Gerolamo. Economia politica moderna y la sociologia. Torino: Unione Tip Ed, 1883.

BOCCARDO, Gerolamo. Economia politica. Torino: Roux E Favale, 1879.

BONNET, Victor. Le crédit et les banques d’émission. Paris : E. Plon & Cie [etc.], 1875.

BOUSQUET, Georges. Banque de France et les instituitions de crédit. Paris: Paul Dupont, 1885.

CAIRNES, John Elliott. Some leading principles of political economy newly expounded . London: Macmillan, 1874.

CAIRNES, John Elliott. The character and logical method of political economy . London: Macmillan and co., 1875. [2ª ed.]

CAUVES, Paul. Précis du cours d’économie politique. Paris: Larose et Forcel, 1881.

CHEVALIER, Michel. Cours d’économie politique fait au Collège de France. Paris: Capelle, 1842.

CICCONE, Antonio. Principi di economia politica. Napoli: Jovene, 1882.

CIESZKOWSKI, Auguste D. Du crédit e de la circulation. Paris: Guillaumin, 1847.

COLSON, Clément. Cours D’Economie Politique. Paris : Gauthier-Villars, 1927. 4v.

COQUELIN, Charles. Dictionaire de l’economie politique. Bruxelles : Melin, Cans et Compagne, 1853.

COQUELIN, Charles. Le crédit et les banques. Paris:Guillaumin, 1876. [3ª ed.].

COSSA, Luigi. Primi elementi di scienza delle finanze. Milano: U. Hoepli, 1882. [3ª ed.]

COURCELLE-SENEUIL, Jean Gustave. Traité théorique et pratique d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1858. 2v.

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Cours de comptabilité. Paris: Hachette, 1880. [5ªed].

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Traité théorique et pratique des opérations de banque. Paris: Guillaumin, 1857. [3ª ed.]

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Traité théorique et pratique des operations de banque. Paris: Guillaumin, 1871.

Page 84: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

84

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Traité theorique pratique des entreprises industrialles, commerciales & agricoles ou manuel des affaires. Paris: Guillaumin, 1855.

DARIMON, Alfred. De la reforme des banques. Paris: Guillaumin, 1856.

DROZ, Joseph. Économie politique, ou, Principes de la science des richesses. Paris: J. Renouard, 1829.

DU PUYNODE, Michel Gustave Partonau. De la monnaie du crédit et de l’impôt. Paris: Guillaumin, 1863. 2v.

FAUCHER, Léon. Histoire financière de la situation financière et du budget. Paris: Revue des Deux Mondes, 1850.

FAWCETT, Henry. Manual of Political Economy. London : Macmillan and Co., 1883.

GANILH, Charles. Des systèmes d’économie politique de la valeur comparative de leurs doctrines, et de celle qui parait la plus favorable aux progrès de la richesse. Paris: Chez Treuttel et Würtz, 1821.

GANILH, Charles. Dictionnaire analytique d’économie politique. Paris: Ladvocat, 1826.

GANILH, Charles. Essai politique sur le renevu public. Paris: Treuttel et Würtz, 1823. [Traduzido para o português].

GANILH, Charles. La théorie de l’économie politique fondée sur les faits recueillis en France et en Angleterre, sur l’expérience de tous les peuples célèbres par leurs richesses, et sur les lumières de la raison. Paris: Treuttel et Würtz, 1822. 2v.

GANILH, Charles. Principles d’economie politique. Paris: SN, 1835.

GARNIER, Joseph. Elements de finances. Paris: Garnier Freres, 1858.

GARNIER, Joseph. Éléments de l’économie politique : exposé des notions fondamentales de cette Science. Paris: Guillaumin, 1848.

GARNIER, Joseph. Traité d’économie politique sociale ou industrielle exposé didactique des principes et des applications de cette science et de l’organisation économique de la societé . Paris: Garnier Frères, 1868. [6ª ed.]

GARNIER, Joseph. Traité des finances. Paris: Garnier, 1872.

GERMES, J. Saint. Etat capitaliste. Paris : Librairie du Recueil Sirey, 1837.

GRAZIANI, Augusto. Storia critica della teoria del valore in Italia. Milano: Hoepli, 1889.

GUIBAULT, C. Adolphe. Traité d’économie industrielle. Paris : Guillaumin, 1877.

GUYOT, Yves. La science économique. Paris: C. Reinwald, 1881.

HARRIET, Martineau. Contes sur l’economie politique. Paris : Charles Gosselin, 1833. 5v.

HORN, J. Édouard. La liberté des banques. Paris: Guillaumin, 1866.

Page 85: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

85

JACOB, M. de. Sciences des finances. Paris: Brockhaus, 1841.

LA MOSKOWA, M. de. Papier-monnaie et de la demonetisation des especes. Paris : L Mathias, 1848.

LAMAS, Andrés. Obra económica de Bernardino Rivadavia. Buenos Aires: S.N., 1917.

LEFÈVRE, Henri. Des opérations de commerce; l’art de payer et de recevoir; les changes et la banque. Paris: Delagrave, 1880.

LEROY-BEAULIEU, Paul. Précis d’économie politique. Paris: Delagrave, 1887. [9ª ed.]

MACAREL, L. A. Fortune publique en france, et de son administration. Paris: Pourchet Pere, 1838.

MALTHUS, T. R. Principes d’ economie politique. Paris: Ailland, 1820.

MANNEQUIM, Théodore. Travail et liberté etudes critiques d’economie sociale. Paris: Guillaumin, 1863.

McCULLOCH, John Ramsay. Principes d’economie politique suivis de quelques recherches relatives a leur application. Paris: Guillaumin, 1863. [também em inglês, 1830].

McCULLOCH, John Ramsay. Principles of political economy whit a sketch of the rise and progress of the science. London : William Tait, 1830.

MILL, James. Élémens d’économie politique. Traduits de l’Anglais par J. T. Parisot . Paris: Bossange, 1823.

MILL, John Stuart. Principes d’economie politique avec quelques unes de leurs applications. Paris: Guillaumin, 1873.

MILL, John Stuart. Principles of political economy with some of their applications to social philosophy. Londres: J. W. Parker, 1849. [2 ed.]

MILL, John Stuart. Système de logique deductive et inductive. Paris: Germer Bailliere, 1880. [2ª ed.]

MINGUETTI, Marco. Économie publique. Paris: Guillaumin, 1863.

PANTALEONI, Maffeo. Principi di economia pura. Firenze: Barbera, 1889.

PROUDHON, Pierre Joseph. De la création de l’ordre dans l’humanité ou, Principes d’organisation politique. Paris : Garnier frères, 1849.

PROUDHON, Pierre Joseph. Le droit au travail et le droit de propriété. Paris : Garnier, 1850.

PROUDHON, Pierre Joseph. Organisation du crédit et de la circulation, et solution du probléme social. Paris : Garnier Frères, 1848.

PROUDHON, Pierre Joseph. Ou’est-ce que la propriete? ou recherches sur le principe du droit et du gouvernement. Paris : Garnier Freres, Libraires, 1849;

Page 86: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

86

PROUDHON, Pierre Joseph. Résumé de la question sociale banque d’échange. Paris : Garnier frères, 1849.

PROUDHON, Pierre Joseph. Solution du problème social. France: sn, 1848.

PROUDHON, Pierre-Joseph. Confessiones d’um revolutionnaire. Paris: L Lacroix, 1876.

RACQUET, Condy. Traité des banques et de la circulation. Paris: Chez Renard, 1840.

RENDU, Ambroise. Économie politique a l’ecole primaire. Paris: Pedone-Lauriel, 1880.

RICARDO, David. Principles de l’economie politique et de l’impot. Paris: J P Aillaud, 1835.

RICHELOT, Henri. Une révolution en économie politique exposé des doctrines de M. Macleod . Paris: Capele, 1863.

ROSCHER, Guillaume. Traité d’économie rurale. Paris: Guillaumin, 1888.

ROSSI, Pelegrino. Cours d’economie politique. Paris: Guillaumin, 1843.

SAY, Jean-Baptiste. Catechisme d’economie politique ou instruction familiere. Paris: Chez Bossange, 1821.

SAY, Jean-Baptiste. Cours complet d’economie politique pratique; l’economie des societes . Paris: Rapilly, 1828. 6v.

SAY, Jean-Baptiste. Économie politique. Paris: Guillaumin, 1888.

SAY, Jean-Baptiste. Lettres a M. Malthus, sur differents sujets. Paris: Chez Bossange, 1820.

SAY, Jean-Baptiste. Traité d’économie politique ou simple exposition de la manière dont se forment, se distribuent et se consomment les richesses. Paris: Rapilly, 1826.

SISMONDI, J. C. L. Simonde de. Études sur l’économie politique. Paris: Treuttel et Würtz, 1837. 2v.

SMITH, Adam. Theory of Moral Sentiments. London: Harisson, 1853.

STORCH, Henri. Cours d’ economie politique ou Exposition des Principes que determinant la Prosperité des Nations. Paris: SN, 1823. 4v.

SUBERCASEAUX, Guillermo. Essai sur la nature du papier monnaie, envisage sous son aspect historique et economico-monetaire. Paris: Sirey, 1909.

SUBERCASEAUX, Guillermo. Historia de las doctrinas económicas en América y en especial en Chile. Santiago de Chile: Soc. Impr. y Lit. Universo, 1924.

SUBERCASEAUX, Guillermo. Le papier-monnaie. Paris: M. Giard & E. Brière, 1920.

TARDE, Alfred de. L'idée du juste prix: essai de psychologie economique. Paris: Felix Alcan, 1907.

Page 87: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

87

THONISSEN, Jean Joseph. Mélanges d’histoire, de droit et d’economie politique. Louvain : V. C. J. Fonteyn, 1873.

VV.AA. Biblioteca del’economista trattato complescivi. Torino: Pomba, 1852. 3v.

VVAA. Physiocrates : Quesnay, Dupont de Nemours, Mercier de la Rivière, l’abbé Baudeau, Le Trosne / avec une introd. sur la doctrine des physiocrates, des commentaires et des notices historiques par Eugène Daire. Paris: Guillaumin, 1846. 2v.

WOLOWSKI, Louis François. Etudes d’economie politique et de statestique. Paris: Guillaumin, 1848.

WORMS, Émile. Économie politique. Paris: Marescg Aine, 1880.

4.3.6. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca do Ministério da Fazenda/RJ

ANTONELLI, Éttiene. Principes d’économie pure, la théorie de l’échange sous le régime de la libre concurrence. Paris: M. Riviére, 1914.

ARENDT, Charles. Économie politique scientifique, définitions et méthodes. Paris: L. Larose, 1899.

BASTINÉ, Louis. Code de la Bourse ou Exposé méthodique de la Législation et de la Jurisprudence Belges sur les Bourses de Commerce, les agents de change et les opérations de bourses suivi des documents oficiales. Paris: Libraire A. Marescq, 1876.

BOCCARDO, Gerolamo. Manuale di storia del commercio delle industrie e dell’economia politica. Torino: Roux e Favale, 1886. [3ª ed.]

BÖHM-BAWERK, Eugen Von. The positive theory of capital. New York: G.E. Stechert, 1888.

BOWLEY, Arthur Lyon. The mathematical groundwork of economics. Oxford: Clarendon, 1924.

DOUBLEDAY, Thomas. A financial, monetary and statistical history of England from the revolution of 1688 to the presente time derived principally from oficial documents. London: Effingham Wilson, 1847.

FAUCONNIER, E. Protection et libre-échange. Paris: G. Ballière et Cie., 1879.

FAWCETT, Henry. El libre-cambio y la protección. Madrid: V. Suarez, 1879.

GIDE, Charles. Principes d’économie politique. Paris: L. Larose & L. Temin, 1908. [11ª ed.]

HUGENTOBLER, Adolphe. Extinction du paupérisme. Paris: A. Lacroix, 1868.

JOUBERT, Alfred. Les finances de la France. Paris: Guillaumin & Cie, 1832.

LE TOUZÉ, Charles. Traité théorique et pratique du change des monaies et des fonds d’état français et étrangers. Paris: Guillaumin et Cie., 1883.

Page 88: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

88

SAYOU, André Émile. Les bourses allemandes de valeurs et les lois imperiales des 22 juin et 5 juillet 1896, étude économique et juridique. Paris: A. Rousseau, 1898.

SCHERER, Hermann. Histoire du commerce de toutes les nationes, depuis les temps anciens jusqu’a nos jours. Paris: Capello, 1857.

4.3.7. Publicações estrangeiras do século XIX presentes no catálogo de obras raras da

Biblioteca de Obras Raras e Antigas do Centro de Tecnologia da UFRJ

ABRIAL, P. P. Études économiques du crédit et des instituitions de crédit, dans leurs rapports avec le travail et le bien-etre des classes peu aisées. Paris: Guillaumin, 1863.

ARRIVABENE, Jean. Principes fondamentaux de l’économie politique. Paris: J. P. Aillaud, 1836. [BORAUFRJ]

BAGEHOT, Walter. Lois scientifiques du développement des nations. Paris : Libr Germer Bailliere, 1873.

BASTIAT, Frédéric. Armonie economiche elementi d’economia politica, Gius Garmier; Principi d’economia politica. Torino: Cugini Pomba, 1851. [BORAUFRJ]

BASTIAT, Frédéric. Biblioteca dell’economista trattati complessivi. Torino: Cugini Pomba, 1851. [BORAUFRJ]

BASTIAT, Frédéric. Ouvres Completes de Frédéric Bastiat. Paris: Guillaumin, 1854. [BORAUFRJ]

BATBIE, Anselme Polycarpe. Mélanges d’économie. Paris : Libraire du Consil D’Etat, 1866. [BORAUFRJ]

BATBIE, Anselme Polycarpe. Nouveau cours d’économie politique professé à la faculté de droit de Paris, 1864-1865. Paris: Cotillon, 1866. 2v. [BORAUFRJ]

BAUDRILLART, Henri. Manuel d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1857.

BLANCHI, Adolphe-Jerôme. Cours d’économie industrielle. Paris: Hachette, 1838. [BORAUFRJ]

BLANQUI, Auguste. Historie de l’économie politique en Europe depuis les anciens jusqu’a nos jours suivie d’une bibliographie raisonnée des principaux ouvrages d’economie politique . Paris: Guillaumin, 1860.

BOCCARDO, Gerolamo. Dizionario universale di economia politica e commercio. Milano: Fratelli Treves, 1881.

BOCCARDO, Gerolamo. Raccolta delle piu pregiate opere moderne italiane e straniere di economia política. Torino: Unione, 1881. [Também ed. de 1887]

BOCCARDO, Gerolamo. Trattato teoritico-pratico di economia politica. Torino: Roux e Favale, 1879. [6ª ed.]

BOIVILLIERS, Édouard. Études politiques et économiques. Paris: Hachette, 1863.

Page 89: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

89

BONNET, Victor. Études d’économie politique et financière. Paris: Guillaumin, 1868.

BONNET, Victor. Le crédit e les finances. Paris: R. Lainé, 1865.

BORDET, H. L’or et l’argentin. Paris: Guillaumin, 1864.

BORGES, José Ferreira. Instituições de economia política. Lisboa: Imprensa Nacional, 1834. [BORAUFRJ]

BOYARD, N. J. B. La bourse et ses spéculations mises a la portée de tout le monde. Paris: Roret, 1853. [BORAUFRJ]

BRASSEUR, H. Manuel d’économie politique. SN: Gand alf Carel, 1860.

BROGLIE, Duc de. Le libre échange et l’impot étude d’économie politique. Paris: Calmann Levy, 1879.

CACHEUX, Émile. L’economiste pratique construction et organistion des creches, salles, écoles . Paris: Baudry, 1883.

CAREY, Henry C. Principes de las sciences sociales. Paris: Guillaumin, 1861.

CARNEIRO, Bernardino Joaquim da Silva. Lições de economia política. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1850. [BORAUFRJ]

CELNART, Élisabeth. Manuel des habitans de la compagne et de la bonne fermière, ou traité complet d’économie rurale et domestique. Paris: Roret, 1834. [BORAUFRJ]

CONDORCET O’LONNOR, A. Ouvres de Condorcet. Paris: Firmin Didot, 1846. [BORAUFRJ]

COQ, Paul. La monnaie de banque ou l’espéce et le portefeuilie procedée d’une notice sur William Paterson. Paris: Guillaumin, 1863.

COUCHIN, Augustin. Etudes sociales et economiques. Paris: Didier, 1880.

COULLET, M. P-J. Les chèques et le clearing house étude sur la formation, a Paris, d’une chambre de liquidation des banquieirs qui reçoivent des fonds en comptes courants et qui acceptent des effets payables a Paris. Paris: Fume, 1864.

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Traité théorique et pratique des opérations de banque. Paris: Guillaumin, 1857.

COURCELLE-SENEUIL, Jean-Gustave. Traité théorique et pratique des operations de banque. Paris: Guillaumin, 1871. [BORAUFRJ]

CHARGUÉRAUD, A. L’economie politique et l’impot. Paris: Guillaumin, 1864.

CHERBULIEZ, A. E. Précis de la science économique et de ses principales applications . Paris: Guillaumin, 1862.

CHEVALIER, Michel. Cours d’économie politique fait au Collège de France fait au collége de france. Paris: Capelle, 1855. [BORAUFRJ]

Page 90: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

90

CHEVALIER, Michel. Examen du systeme commercial connu le nom de systeme protecteur. Paris: Guillaumin, 1853. [BORAUFRJ]

D’AUDIFIRET, Charles Louis Gaston. Système financier de la France. Paris: Dupont, 1863.

D’EICHTHAL, M. Gustave. De la monnaie de papier et des banques d’emission. Paris: Guillaumin, 1864.

DALSEME, J. La monnaie histoire de l’or, de l’argent et du papier. Paris: Leopola Cerf, 1882.

DUTENS, Joseph. Phylosophie de l’économie politique, ou nouvelle exposition des principes de cette Science. Paris: J. P. Aillaud, 1885. [BORAUFRJ]

ESPINAS, A. Histoire des Doctrines Économiques. Paris : Armand Colin, 1837. [BORAUFRJ]

FABRE, J. A. De la prospérité publique ou descentralisation du capital et influence de cette opération sur l’ordre social. Paris: Guillaumin, 1855. [BORAUFRJ]

FAUCHER, Léon. Mélanges d’economie politique et de finances. Paris: Guillaumin, 1856. [BORAUFRJ]

FAWCETT, Henry. Manual of Political Economy. London : Macmillan and Co., 1869. [BORAUFRJ]

FORESTA, M. Rey de. Des chéques et des banques de dépôts. Paris: Guillaumin, 1864.

GARNIER, Joseph. Richard Cobden, les ligueurs et la ligue précis de l’históire de la derniére revolution économique et financiére en Anglaterre. Paris: Guillaumin, 1846. [BORAUFRJ]

GARNIER, Joseph. Traité d’economie politique exposé didactiques des principes et des applications de cette science et l’organization economique de la société. Paris: Garnier, 1860.

GARNIER, Joseph. Traité d’économie politique sociale ou industrielle exposé didactique des principes et des applications de cette science et de l’organisation économique de la societé . Paris: Garnier Frères, 1863. [5ª ed. Também 6ª ed. de 1868 e 7ª ed. de 1873] [BORAUFRJ]

GIOJA, Melchiorre. La statistica e la pubblica economía. Milano : Lorenzo, 1832. [BORAUFRJ]

JOUFFROY, Henri. Catechisme d’economie politique . Paris :Librairie Française-Allemande, 1844. [BORAUFRJ]

JOURDAN, Alfred. Epargne & capital ou du meilleur emploi de la richesse exposé des principes fondamentaux de l’économie politique. Paris: A. Makaire, 1879.

LAIR, Joseph. Les lois sur l’interet examinees au point de vue de l’economie politique de l’histoire et du droit. Paris: Guillaumin, 1864.

LEVASSEUR, E. La question de l’or. Paris: Guillaumin, 1858.

LÉVY, Raphael Georges. Melanges financiers. Paris: Hachette, 1864.

LIST, Friedrich. Systeme national d’économie politique. Paris: Capelle, 1857. [2ª ed.]

MACLEOD, Henry Dunning. The elements of political economy. London: Longman, 1858.

Page 91: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

91

MARTIN, Frederich. Stories of banks and bankers. London: MacMillan, 1865.

MARTINEAU, Harriet. Contes sur l’economie politique. Paris: Charles Gosselin, 1835. [BORAUFRJ]

MARTINS, Oliveira. Theoria do socialismo evolução politica e economica das sociedades na Europa. Lisboa: Typ. Souza, 1872.

MAURICE, M. B. Contes de miss Harriet Martineau sur l’économie politique. Paris: Charles Gosselin, 1839. [BORAUFRJ]

MERTEM, F. Traite theorique et pratique des operation commerciales et financiere. SN: Gand Ad Hoste, 1878.

MILL, John Stuart. Principes d’économie politique avec quelque -unes de leurs applications a l’économie sociale. Paris: Guillaumin, 1861. [2ª ed.] [BORAUFRJ]

MOLINARI, Gustave de. L’évolution economique du dixneuviéme siecle. Paris: C. Reinwald, 1880.

NOEL, Octave. Les banques d’emission en Europe. Paris: Berger-Levrault, 1888.

PASSY, M. Frédéric. Leçons d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1862.

PRADIER-FODÉRÉ, P. Précis de droit politique et d’économie sociale. Paris: Marescq Ainé, 1859.

PROUDHON, Pierre-Joseph. Systeme des contradictions economiques, ou philosophie de la misère. Paris: Garnier, 1850. [BORAUFRJ]

PROUDHON, Pierre-Joseph. Théorie de l’impôt. Paris: Denti, 1861. [BORAUFRJ]

PUYNODE, Gustave du. De la monnaie du crédit et de l’impot. Paris: Guillaumin, 1853. [BORAUFRJ]

RAMBAUD, Prosper. Precis elementaire d’économie politique. Paris: Ernest Thorin, 1880.

RAU, Charles Henry. Traité d’économie nationale. Bruxelas: Societe Belge de Libraires, 1839. [BORAUFRJ]

RICHELOT, Henri. Une révolution en économie politique exposé des doctrines de M. Macleod . Paris: Capele, 1863. [BORAUFRJ]

RIVET, Felix. Influence des idées économiques sur la civilization. Paris: Guillaumin, 1870.

ROSCHER, M. Guillaume. Principes d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1857. [2ª ed.]

ROSCHER, Wilhelm. Recherches sur divers sujets d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1872.

ROSSI, Pelegrino. Cours d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1854. [BORAUFRJ]

ROSSI, Pelegrino. Melanges d’economie politique d’histoire et de philosophie. Paris: Guillaumin, 1857.

Page 92: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

92

SAINT-CHAMANS, Auguste Louis Phillipe. Traité d’économie publique. Paris: Chez Dentu et Chez Ledoyen, 1852. [BORAUFRJ]

SAY, Jean-Baptiste. Cours complet d’economie politique pratique; l’economie des societes . Paris: Rapilly, 1828. [BORAUFRJ]

SAY, Louis. Considerations sur l’industrie et la legislation sous le rapport de leur influence sur la richesse des etats, et examen critique des principaux ouvrages qui ont para sur l’economie politique. Paris: J. P. Aillaud, 1822. [BORAUFRJ]

SCIALOJA, Antonio. Les principes de l’economie sociale. Paris: Guillaumin, 1844. [BORAUFRJ]

SIMONIN, L. L’or et l’argent. Paris: Hachette, 1877.

SISMONDI, Jean-Charles-Leonard Simonde. De la richesse commerciale, ou principes d’economie politique. Genova: J. J. Paschoud, 1803. [BORAUFRJ]

SMITH, Adam. Rechérches sur la nature et les causes de la richesse des nations. Paris : Ch. H. Agasse, 1802. [BORAUFRJ]

SMITH, E. Peshine. Manuel d’économie politique. Paris: Guillaumin, 1854. [BORAUFRJ]

SUDRE, M. Alfred. Histoire du comunisme ou refutation historique des utopies socialistes . Paris: Guillaumin, 1856.

VIGANO, Francesco. Banques Populaires. Paris: Guillaumin, 1865.

VIGNES, Édouard. Traite des impost en France consideres, sous le rapport du droit, de l’economie polítique et a la statistique suivi du mouvement detaille de la dette publique depuis 1789. Paris: Guillaumin, 1872. [3ª ed.]

VILLENEUVE-BAGERMENT, Alban de. Economie politique chrétienne ou recherches sur la nature et les causes du paupérisme, en France et en Europe. Paris: Paulim, 1834. [BORAUFRJ]

VILLEY, Edmond. Du role de l’etat dans l’ordre économique. Paris: Guillaumin, 1882.

VVAA. Biblioteca dell’economista trattati complessivi. Lezioni di economia civile / Antonio Genovesi. Meditazioni sull’economia politica / Pietro Verri. Elementi di economia pubblica / Cesare Becaria. Delle Leggi politiche ed economiche/ Gaetano Filangieri, dell’economia Nazionale /Giammaria Ortes. Torino: Cugini Pomba, 1852. [BORAUFRJ]

VVAA. Biblioteca dell’economista trattati complessivi. Trattato d'economia politica G. B. Say. Nuovi principu d'economia politica / De sismondi trattato della volonta / Destuti de traey. Economia politica / Gius Droz. Torino: Cugini Pomba, 1854. [BORAUFRJ]

WOLOWSKI, Louis François Michel Reymond. Etudes d’economie politique et de statistique . Paris: Guillaumin, 1848. [BORAUFRJ]

WOLOWSKI, Louis François Michel Reymond. La question des banques. Paris: Guillaumin, 1864.

WOLOWSKI, Louis François Michel Reymond. Les finances de la Russe. Paris: Guillaumin, 1864.

Page 93: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

93

WOLOWSKI, Louis François Michel Reymond. Traicte de la première invention des monies. Paris: Guillaumin, 1864.

WOLOWSKI, Louis François. La question monétaire a la societé d’economie politique. Paris: Guillaumin, 1867. [BORAUFRJ]

4.3.8. Outras publicações estrangeiras relevantes

COSTA, Vicente José Ferreira Cardoso da. Economia politica, relativa a Portugal nas actuaes circunstancias. 41p. Inédito, não concluído. [SBVI e VII]

COSTA, Vicente José Ferreira Cardoso da. Memoria sobre o curso de papel-moeda e meios de concorrer para sua facilitação e melhoramento. 11p. Inédito. [SBVI e VII]

COSTA, Vicente José Ferreira Cardoso da. Os bons desejos de um portuguez ou sua receita para se animar a circulação paralysada, acudindo-se aos males do papel-moeda e á miseria publica. Lisboa: SN, 1822. [SBVI e VII]

MILLER, Harry E. Banking theories in the United States before 1860. Cambridge: Harvard University Press, 1927.

TEILHAC, Ernest. Histoire de la pensée économique aux Etats-Unis au dix-neuvieme siecle. Paris: Recueil Sirey, 1928.

5. Atividades desenvolvidas durante a execução do projeto, metas e resultados

O projeto foi executado em duas fases. Na primeira fase, foi realizado o levantamento

bibliográfico e a discussão das primeiras partes do relatório, a saber, a discussão sobre o

sentido de um pensamento econômico nacional e da pertinência de se estudar o pensamento

econômico brasileiro no século XIX.

O resultado da pesquisa e da discussão foi um texto preliminar apresentado no XVIII

Encontro Nacional de Economia Política com o título "Adaptação e originalidade na construção

de um pensamento econômico nacional".

Na segunda fase, foi realizado o balanço da historiografia propriamente e uma

discussão conceitual sobre o conceito de historiografia em que se baseia o projeto. Nesta

segunda fase, foram produzidos dois textos. O primeiro "Economic Thought in the Periphery:

An Outline of the Economic Ideas of Joaquim José Rodrigues Torres (1848-58)" foi apresentado

na 4th ESHET Latin American Conference (Belo Horizonte, 2014). O mesmo texto foi

apresentado com o título "Rodrigues Torres e a lógica da política econômica do império

brasileiro (1848-1858)" no IV Congresso Latino-americano de História Econômica (IV CLADHE,

Page 94: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

94

Bogotá, 2014). O texto "A relevância do pensamento econômico brasileiro no século XIX: uma

proposta de pesquisa" foi apresentado no I Seminário Internacional de Estudos do Oitocentos

(Vitória, 2014).

As metas estipuladas no projeto eram as seguintes:

- a elaboração de pelo menos um artigo com os resultados da sistematização da

literatura sobre o pensamento econômico brasileiro no século XIX;

- a apresentação do artigo num congresso nacional, como o Encontro Nacional de

Economia Política, o congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em História

Econômica ou o Encontro Nacional da ANPEC;

- a publicação do artigo em revista qualificada na área;

- a oferta de um curso sobre a história do pensamento econômico brasileiro no âmbito

do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Economia da Universidade Federal de Alfenas,

campus de Varginha.

- a formação, na biblioteca do campus de Varginha da UNIFAL-MG, de uma estante

específica com livros sobre o pensamento econômico brasileiro.

Alcançou-se:

- a elaboração de dois artigos “Rodrigues Torres e a lógica da política econômica do

império brasileiro (1848-1858)” e “O debate político e o pensamento econômico no império

brasileiro: centralização de poder e monopólio de emissão no segundo Banco do Brasil (1852-

3)”;

- a apresentação de trabalho nos três congressos mencionados acima;

- a publicação do segundo artigo referido acima na revista Almanack;

- a oferta de um curso optativo no primeiro semestre de 2015 sobre o Pensamento

Econômico Brasileiro;

- a formação de uma estante específica sobre pensamento econômico brasileiro na

biblioteca do campus de Varginha da UNIFAL-MG. Os títulos da estante estão relacionados na

prestação de contas.

- por fim, foram orientados dois trabalhos de conclusão de curso na área (As ideias

econômicas de Souza Franco (1857-8) e Três visões da crise de 1857) e está em andamento

Page 95: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

95

uma pesquisa de iniciação científica sobre a cátedra de economia política da Faculdade de

Direito de São Paulo.

6. Referências utilizadas no relatório

BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Econômico Brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.

MANTEGA, Guido. A economia política brasileira. São Paulo/Petrópolis: Vozes, 1985.

BIANCHI, Ana Maria e NUNES, Rubens. Duas maneiras de contar a história do pensamento econômico. Revista de Economia Contemporânea, 5, jan-jun, 1999.

BEAUCLAIR, G. M. O. A construção inacabada: a economia brasileira (1820-1860). Rio de Janeiro: Vício de leitura, 2001.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. São Paulo: Cia das Letras, 1995.

SCHUMPETER, Joseph. História da Análise Econômica. 1º Volume. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1964.

NOVAIS, Fernando. Aproximações. São Paulo: Cosac e Naify, 2005.

ALMODOVAR, António e CARDOSO, José Luís. A History of Portuguese Economic Thought. Londres: Routledge, 1998.

CARDOSO, José Luís. O pensamento econômico em Portugal nos finais do século XVIII (1780-1808). Lisboa: Editorial Estampa, 1989.

CARDOSO, José Luís. Pensar a economia em Portugal. Digressões históricas. São Paulo: Difel, 1997.

CARDOSO, José Luís. História do pensamento econômico português. Temas e problemas . Lisboa: Livros Horizonte, 2001.

CARDOSO, José Luís. História do pensamento econômico português. Temas e problemas. Lisboa: Livros Horizonte, 2001.

BLAUG, Mark. Economic theory in retrospect. Cambridge; London: Cambridge University Press, 1983.

CORRY, Bernard. Reflectons on the history of economic thought or ‘a trip down memory lane’. In: MURPHY, A. & ENDERGAST, R. Contributions to the History of Economic Thought. Essays in honour of R. D. C. Black. London and New York, Routledge, 2000.

DOBB, Maurice. Teorias do valor e distribuição desde Adam Smith. Lisboa: Editorial Presença, 1977.

FEIJÓ, Ricardo. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Atlas, 2001.

HUNT, E.K. História do pensamento econômico. São Paulo: Elsevier, 2012.

Page 96: CHAMADA UNIVERSAL MCTI/CNPq Nº 14/2013 · 4.1.3. De Francisco Cordeiro da Silva Torres Alvim, visconde de Jerumirim ... 4.2.3. Sobre Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá

96

O’BRIEN, D. P. History of economic thought as an intellectual discipline. In: MURPHY, A. & ENDERGAST, R. Contributions to the History of Economic Thought. Essays in honour of R. D. C. Black. London and New York, Routledge, 2000. (edição em e-book sem numeração de página).

O’BRIEN, D. P. McCulloch: A Study in Classical Economics. Oxon, New York: Routledge, 2003.

KLAES, Matthias. Historiography. In: SAMUELS, Warren; BIDDLE, Jeff E.; DAVIS, John B. (eds) A companion to the history of economic thought. Oxford, England: Blackwell Publishing, 2007, pp. 500-501.

MYRDAL, Gunnar. Asian Drama: an Inquiry into the Poverty of Nations. Nova York: Pantheon, 1968.

ARIDA, Pérsio. A história do pensamento econômico como teoria e retórica. In: RÊGO, J.M. e GALA, P. (Orgs.). A História do Pensamento Econômico como teoria e retórica: ensaios sobre metodologia em Economia. São Paulo: Ed. 34, 2003.

BASTOS, Humberto. O Pensamento Industrial no Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1952.

GREMAUD, A. P. Das controvérsias teóricas à política econômica. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo. 1997.

ASSIS, Machado de. Obra completa. v.3. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994.

HUGON, Paul. A Economia Política no Brasil. In: AZEVEDO, Fernando de (org.), As Ciências no Brasil, 2ª Ed., V.2., Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.

LIMA, Heitor Ferreira. História do Pensamento Econômico no Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1976.

VIEIRA, Dorival Teixeira. A História da Ciência Econômica no Brasil . In: Ferri, Mário GUIMARÃES e MOTOYAMA, Shozo. (Orgs.). História das Ciências no Brasil. São Paulo: EPU: Edusp, 1981.

LUZ, Nícia Vilela. A luta pela industrialização no Brasil. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978.

VILLELA, André Arruda. The political economy of money and banking in Imperial Brazil 1850-1870. 1999. Tese de doutorado. London School of Economics and Political Science.

ROCHA, Antônio Penalves. A economia política na sociedade escravista. São Paulo: Hucitec, 1996.