CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 03/2018 PROCEDIMENTO DE …farroupilha.rs.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/cp_2018... · 2018. 3. 29. · Caixa Postal 241 – Telefone/Fax: (54) 3268.1611

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

CENTRO ADMINISTRATIVO PREFEITO AVELINO MAGGIONI Praça Emancipação, s/n – CEP 95180-000 – Farroupilha – RS

Caixa Postal 241 – Telefone/Fax: (54) 3268.1611 1

CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 03/2018

PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 01/2018

1. DAS DISPOSIÇOES INICIAIS

1.1 O MUNICÍPIO DE FARROUPILHA, no uso de suas atribuições legais, torna pública a

abertura de processo de CHAMAMENTO PÚBLICO para a obtenção de estudos,

levantamentos e propostas para a estruturação de modelo de concessão para a

exploração dos seguintes serviços, relacionados à modernização e gestão sustentável de

resíduos sólidos no Município de Farroupilha, de conformidade com o disposto na

Constituição Federal, em especial, nos artigos 205 a 214; nas Leis Federais nº 9.394, de

20.12.1996, e nº 8.666, de 21.06.1993, processo administrativo 2223/2018 no âmbito

municipal promovido por Cavo Serviços e Saneamento S.A, demais disposições legais

pertinentes, e mediante o estabelecido neste Edital e seus Anexos.

1.2 O processamento deste Chamamento público está a cargo de Comissão Técnica

designada pela Portaria nº 283/2018, especialmente constituída e composta para esse fim.

2. DO OBJETO

2.1 O objeto deste Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é orientar a

participação de interessados no processo de obtenção de estudos, levantamentos e

propostas para a estruturação de modelo de concessão para a exploração dos seguintes

serviços/projetos, relacionados à modernização e gestão sustentável de resíduos sólidos

no Município de Farroupilha:

a) Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): coleta, transporte, transbordo, tratamento e

destinação final, serviços de coleta seletiva, remoção, transporte dos resíduos

sólidos urbanos, varrição e capina. Resíduos de Construção Civil e Volumosos

(RCCV): coleta, transporte, tratamento e disposição final ambientalmente adequada

e modernização, adequação e aumento da área de abrangência da conteinerização

na área urbana;

b) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): coleta, transporte, tratamento e disposição

final ambientalmente adequada;

c) Aterro Sanitário de Farroupilha (localizado na Rua Alberto Matte, 895 - Bairro

América): ampliação de sua vida útil, exploração de biogás, geração de energia





elétrica e redução das emissões atmosféricas de gases do efeito estufa,

encerramento, monitoramento e compostagem ou outro método para orgânicos e

resíduos de podas;

d) Centro de Triagem (Recicláveis): separação dos resíduos sólidos, reaproveitamento

e comercialização.

e) Varrição: operação de limpeza, recolhimento, ensacamento e transporte até o aterro

sanitário do município de todos os resíduos existentes em vias, feiras-livres,

passeios, logradouros públicos, vielas pavimentadas, praças, largos pavimentados,

pontos de ônibus, entre outros, tais como papeis, folhas de árvores, restos de

alimentos, entre outros resíduos, compreendendo sarjeta, calçadas, floreiras,

canteiro central, além de esvaziamento de papeleiras.

f) Roçada e pintura: aparo de vegetação rasteira, com utilização de roçadeiras

mecânicas portáteis ou auto-propelidas, em canteiros centrais de avenidas,

canteiros dos passeios públicos, entre outras áreas, além da pintura de meio-fio.

g) Limpeza de bocas de lobo, manutenção, maquiagem e embelezamento de vias e

praças públicas.

h) Projetos na área de Educação Ambiental;

2.2 Por meio das manifestações encaminhadas a Secretaria de Meio Ambiente, espera-se

obter subsídios para a estruturação do Projeto, compreendendo estudos, levantamentos e

planos adequados ao desenvolvimento da concessão, visando à exploração, mediante

modelo de concessão, dos serviços especificados no ANEXO II – TERMO DE

REFERÊNCIA.

2.3 Os interessados poderão incorporar ao estudo a ser apresentado sugestões, soluções

e/ou alternativas de ordem técnica, econômico-financeira e jurídica para os serviços de

coleta seletiva, usina de triagem, instalação e operação de Ecopontos, compostagem e

logística reversa de resíduos e destinação final.

2.4 O modelo de concessão que será estruturado a partir das Manifestações de Interesse

deverá garantir que os referidos investimentos e serviços sejam providos pelo setor

privado, seguindo os parâmetros estabelecidos em legislação pertinente e orientações dos

órgãos de fiscalização e controle.

2.5 A realização do presente PMI não implica na realização de qualquer procedimento,

seja licitatório ou legislativo, para a viabilização do Projeto, conforme definido no art. 6º,

inciso II do Decreto Federal nº 8.428, de 2015.





2.6 A eventual realização de processo licitatório não está condicionada à utilização dos

estudos técnicos obtidos por meio do presente PMI, art. 11 do Decreto Federal nº 8.428,

de 2015.

2.7 A apresentação de manifestação, no âmbito deste PMI, não impede a participação dos

interessados no futuro procedimento de licitação, caso esta seja a opção a ser adotada,

conforme art. 18 do Decreto Federal nº 8.428, de 2015.

2.8 A apresentação de manifestação, no âmbito deste PMI, também não caracterizará nem

implicará qualquer tipo de vantagem ou privilégio ao interessado que apresentar estudos e

outros dados e informações em processos futuros que venham a ser adotados para a

viabilização do Projeto, ainda que os insumos apresentados sejam utilizados para a

modelagem, art. 6º, inciso II do Decreto Federal nº 8.428, de 2015.

2.9. O presente Procedimento é fundamentado em dispositivos legais instituídos no Direito

Brasileiro e especialmente, por meio das seguintes normas:

Lei Federal n° 11.079, de 30 de dezembro de 2004;

Lei Federal n° 8.666, de 21 de junho de 1993;

Lei Federal n° 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

Lei Federal n° 9.074, de 7 de julho de 1995;

Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010;

Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007;

Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000;

Decreto Federal nº 8.428, de 2 de abril de 2015;

Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Farroupilha.

3. JUSTIFICATIVA

É sabido que os municípios brasileiros necessitam realizar investimentos

substanciais para diminuir a lacuna que existe entre a demanda de serviços de

infraestrutura e a capacidade para provê-los. No contexto das fortes restrições fiscais com

que o Estado deve operar, torna-se imprescindível a busca e a adoção de mecanismos

que permitam incrementar a colaboração do setor privado na prestação de tais serviços.

A adequada gestão dos resíduos sólidos ainda é um desafio para as

Administrações Municipais, no entanto, a complexa cadeia de resíduos, que envolve





serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final, requer propostas inovadoras

que garantam não somente o cumprimento da legislação, mas também a adequabilidade

das políticas ambientais.

Neste sentido, e considerando as necessidades do Município de Farroupilha,

vislumbrou-se nas Concessões e Parcerias Público Privadas o arcabouço instrumental

necessário para que o Município possa implantar a infraestrutura necessária, pois

dependerá de iniciativas de financiamento do setor privado. A remuneração do particular

será fixada com base em padrões de performance e será devida somente quando o

serviço estiver à disposição do Município ou dos usuários, os quais não seriam possíveis

em curto prazo e que poderão, assim, atender às necessidades e garantir a qualidade e

eficiência na prestação dos serviços públicos em questão.

Vale destacar ainda que as Concessões e PPPs permitem melhor aplicação do

recurso público (Value for Money), quando da oferta de serviços públicos, ao lhes conferir

eficiência, eficácia e efetividade, particularmente através das seguintes fontes:

a) Inovação;

b) Otimização do custo e da vida útil;

c) Compartilhamento de infraestruturas;

d) Divisão ótima de responsabilidades e riscos.

4. DA ENTREGA DE DOCUMENTOS

4.1 Poderão participar do presente procedimento as pessoas físicas ou jurídicas, de direito

público ou privado, individualmente ou em grupo, sendo necessário o preenchimento do

cadastro que compõe o ANEXO I – MODELO DE SOLICITAÇÃO DE CADASTRAMENTO,

de acordo com o art. 5º do Decreto Federal nº 8.428/2015.

4.2 Os estudos elaborados pelos participantes do PMI nº 01/2018 deverão ser enviados

em etapas, de forma a possibilitar as analise da forma mais rápida possível, observando

assim o princípio da eficiência como positivado no artigo 37 da Constituição da República,

seguindo os parâmetros conforme estabelecido no TERMO DE REFERÊNCIA

4.3 A qualquer momento, o cronograma poderá ser modificado a critério do Município de

Farroupilha, desde que os novos prazos sejam devidamente notificados aos participantes

do PMI.

4.4 A critério do Município de Farroupilha, poderão ser organizadas outras sessões

públicas destinadas à apresentação de informações e características do projeto e de





esclarecimentos no decurso dos prazos abertos para o recebimento dos cadernos das

Manifestações de Interesse.

4.5 As eventuais reuniões intermediárias de acompanhamento serão realizadas,

invariavelmente, com a convocação de todos os participantes cadastrados neste PMI.

4.6 As instituições interessadas em atender o Chamamento público deverão apresentar em

invólucro lacrado a documentação exigida no subitem 5.1, a ser protocolado no Protocolo-

Geral da Prefeitura Municipal de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente,

na Praça da Emancipação, s/nº, Farroupilha, RS, até 03 de maio de 2018, às 16 horas.


invólucro lacrado o caderno I, a ser protocolado no Protocolo-Geral da Prefeitura Municipal

de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente, na Praça da Emancipação,

s/nº, Farroupilha, RS, em até trinta dias corridos após o deferimento do cadastramento,

tornado público por meio do Diário Oficial do Município de Farroupilha.


invólucro lacrado o caderno II, a ser protocolado no Protocolo-Geral da Prefeitura Municipal

de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente, na Praça da Emancipação,

s/nº, Farroupilha, RS, em até trinta dias corridos após findo o prazo para apresentação do

caderno I.


invólucro lacrado o caderno III, a ser protocolado no Protocolo-Geral da Prefeitura

Municipal de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente, na Praça da

Emancipação, s/nº, Farroupilha, RS, em até trinta dias corridos após findo o prazo para

apresentação do caderno II.

4.10 As instituições interessadas em atender o Chamamento público deverão apresentar

em invólucro lacrado o caderno IV, a ser protocolado no Protocolo-Geral da Prefeitura

Municipal de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente, na Praça da

Emancipação, s/nº, Farroupilha, RS, em até trinta dias corridos após findo o prazo para

apresentação do caderno III.

4.11 A sessão pública de abertura dos invólucros de cadastramento ocorrerá em 04 de

maio de 2018, às 16 horas, na Sala do Departamento de Compras e Licitações do

município de Farroupilha.

4.12 As demais sessões de abertura de invólucros (cadernos I, II e III) ocorrerão em datas

a serem divulgadas no Diário Oficial do Município de Farroupilha





4.13 Invólucros que forem entregues em local diferente e/ou data/horário após o fim do

período de credenciamento não serão objeto de análise, não sendo permitida a

participação de interessados retardatários e em desacordo com as disposições deste

Edital.

4.14 A solicitação de credenciamento e as Manifestações de Interesse, contendo os

estudos técnicos solicitados neste instrumento, deverão ser apresentadas no Protocolo-

Geral da Prefeitura Municipal de Farroupilha, endereçado à Secretaria de Meio Ambiente,

à Praça Emancipação s/ nº, Centro, CEP 95170-444, Farroupilha/RS.

4.15 Da parte externa e frontal do(s) envelope(s) no(s) qual(is) as Manifestações de

Interesse forem encaminhadas deverão constar os seguintes dizeres:

PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA/RS

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

Chamamento público nº 03/2018

PMI Nº 01/2018

CADERNO ....../SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO

Nome da Instituição

CNPJ: ......

TELEFONE: ......

E-MAIL: ......

EMPRESAS PARTICIPANTES (em caso de grupo econômico):

4.16 As contribuições apresentadas deverão estar consolidadas por escrito e

encadernadas e por via digital (CD-ROM).

4.17 Todos os quadros, tabelas e demais informações numéricas apresentadas pelos

participantes deverão estar contidas em planilhas do software “Microsoft Excel”, com todas

as memórias de cálculo utilizadas, com as respectivas fórmulas, de forma editável,

completa, manipulável e permitindo análises de sensibilidade.

4.18 As versões digitais em arquivos PDF ou em outros formatos que não permitam total

acesso ao seu conteúdo só serão aceitas desde que acompanhadas por outras versões

digitais que permitam total acesso ao seu conteúdo e estejam de acordo com os formatos

exigidos nos itens 8.3 e 8.5.





4.19 Os Cadernos das Manifestações de Interesse deverão ser entregues em duas vias

impressas em formato A3 (plantas) e/ou A4 (textos), xerografados e encadernados, e em

02 (duas) vias digitais no respectivo formato original, conforme a sua natureza (ex: doc, xls,

dwg, cdr).

4.20 Após a entrega das contribuições, o Município de Farroupilha poderá solicitar

apresentações, correções e alterações dos projetos, levantamentos, investigações e

estudos complementares sempre que tais correções e alterações forem necessárias para

atender a demandas de órgãos de controle ou para aprimorar os empreendimentos.

5 DA DOCUMENTAÇÃO DO CREDENCIAMENTO

5.1 Poderão participar deste Chamamento público as instituições que apresentarem os

seguintes planos e documentos no invólucro descrito no subitem 4.15:

a) pelo menos um atestado ou outro meio de comprovação que demonstre,

cumulativamente, as seguintes experiências da Manifestante ou dos consultores a

serem por ela contratados para a elaboração dos estudos objeto desta PMI:

i. Realização de serviço que tenha por escopo a estruturação e modelagem

econômico-financeira de Concessão Comum ou Parceria Público-Privada/PPP,

cujo objeto seja a transferência ou a parceria, para/com a iniciativa privada, da

execução de serviços públicos no Brasil, a partir da edição da Lei nº 8.987/95.

ii. Elaboração de projeto de engenharia (projeto referencial ou anteprojeto ou

projeto básico ou projeto executivo), cujo objeto seja a transferência ou a

parceria, para/com a iniciativa privada, da execução de serviços públicos no

Brasil, a partir da edição da Lei nº 8.987/95.

iii. Assessoria jurídica para estruturação de projeto de Concessão Comum ou

Parceria Público-Privada no Brasil, a partir da edição da Lei nº 8.987/95, cujo

objeto seja a transferência ou a parceria, para/com a iniciativa privada, da

execução de serviços públicos.

5.1.1 Os atestados e/ou comprovantes previstos nos itens acima somente serão aceitos se

compreenderem atividades que tenham por finalidade a realização de um processo

licitatório ou a formulação de proposta comercial em processo de mesma natureza.

5.2 Os documentos poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia

autenticada por cartório competente ou por servidor da Administração ou publicação em

órgão da imprensa oficial, exceto as Certidões que deverão ser originais.





5.3 No caso de participação de entidades em grupo no presente PMI não há necessidade

de se estabelecer vínculo formal entre os participantes.

5.4 No caso de participação de grupos, o preenchimento do cadastro deve ser realizado

por todos os participantes do grupo, devendo ser indicado um único contato para

comunicação com o grupo.

5.5 A apresentação do cadastro é condição para participação no presente PMI e permitirá

a comunicação, no caso de eventuais alterações, nos termos do presente procedimento.

5.6 Caso seja solicitado expressamente pelo interessado à Prefeitura Municipal de

Farroupilha, será assegurado o sigilo das informações e dados cadastrais de que trata o

item 4.1.

5.7 Estão impedidos de participar deste PMI os agentes públicos municipais, servidores e

ocupantes de cargos comissionados da Administração Pública direta ou indireta do

Município de Farroupilha, RS, e empresas em que os mesmos figurem como sócios ou

prepostos.

6 DA ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO

6.1 A documentação apresentada será analisada pela Comissão Técnica;

6.2 Serão inabilitadas as instituições que não apresentarem a documentação nos termos

exigidos neste Edital, bem como as que não cumprirem as exigências estabelecidas neste

Edital e legislação pertinente.

6.3 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO E APROVEITAMENTO DE PROPOSTAS

6.3.1. A avaliação e a seleção dos estudos, levantamentos ou investigações a serem

utilizados, parcial ou integralmente, na eventual licitação serão realizadas conforme os

seguintes critérios, por força do artigo 10 do Decreto Federal de nº 8.428 de 2015:

a) Consistência das informações que subsidiaram sua realização;

b) Adoção das melhores técnicas de elaboração, segundo normas e procedimentos

científicos pertinentes, utilizando, sempre que possível, equipamentos e processos

recomendados pela melhor tecnologia aplicada ao setor;

c) Compatibilidade com as normas técnicas emitidas pelos órgãos e entidades

competentes;

d) Compatibilidade com a legislação aplicável ao setor;

e) Impacto do empreendimento no desenvolvimento socioeconômico da região e sua

contribuição para a integração nacional e regional, se aplicável;





f) Demonstração comparativa de custo-benefício do empreendimento em relação a

opções funcionalmente equivalentes, se existentes.

6.4 O aproveitamento dos Estudos poderá ser total ou parcial, o que terá reflexo no valor

do ressarcimento, que poderá ser integral, no caso de aproveitamento de um único

trabalho em sua totalidade, ou proporcional, no caso de aproveitamento de partes dos

Estudos.

7 DO RESULTADO

7.1 Após análise dos documentos apresentados, a Comissão Técnica emitirá o resultado

das instituições habilitadas e automaticamente credenciadas e publicará o resultado no

Diário Oficial do Município.

8. DOS CUSTOS, DOS DIREITOS AUTORAIS E DOS CRITÉRIOS DE

RESSARCIMENTO DOS CUSTOS

8.1 Os interessados em participar do presente procedimento serão responsáveis por

todos os custos financeiros e demais ônus decorrentes de suas Manifestações de

Interesse, não lhes sendo conferida exclusividade ou garantia de aproveitamento dos

estudos técnicos e não fazendo jus a qualquer espécie de remuneração, conforme prevista

no item 8.5 e seguintes deste edital.

8.2 Toda informação contida neste documento, inclusive em seus anexos, e possíveis

estudos a serem disponibilizados é de propriedade do Município de Farroupilha, servindo

aos interessados para orientar a elaboração de suas Manifestações de Interesse.

8.3 Os direitos autorais sobre as informações, levantamentos, projetos e demais dados

e documentos apresentados nas Manifestações de Interesse serão cedidos pelo particular

interessado, podendo ser utilizados total ou parcialmente pelo Município de Farroupilha, de

acordo com a oportunidade e conveniência, para a formulação de editais, contratos e

demais documentos afins ao objeto deste PMI, nos termos do artigo 5º, inciso V, do

Decreto Federal nº 8.428, de abril de 2015.

8.4 Aos autores e responsáveis pelas Manifestações de Interesse encaminhadas não será

atribuída qualquer espécie de remuneração em decorrência dos direitos emergentes da

propriedade intelectual, ainda que sejam utilizados, no todo ou em parte, os dados ou os

modelos de serviços fornecidos, ressalvado o item 8.5 e seguintes deste PMI.





8.5 Os dispêndios com os Estudos aproveitados deverão ser justificados pelos

interessados e serão objeto de ressarcimento aos respectivos autores pelo vencedor da

licitação, até o limite de R$ 130.000,00 (cem mil reais), nas condições definidas neste PMI.

8.5.1 Caso a Comissão conclua pela incompatibilidade dos valores apresentados com os

usuais para projetos, estudos, levantamentos ou investigações similares, deverá arbitrar o

montante nominal para eventual ressarcimento.

8.5.2 O valor arbitrado pela Comissão poderá ser rejeitado pelo interessado, hipótese em

que não serão utilizadas as informações contidas nos documentos selecionados, os quais

poderão ser destruídos, se não forem retirados em 30 (trinta) dias a contar da data da

rejeição.

8.5.3 Na hipótese do item 8.5.1, faculta-se à Comissão escolher outros projetos, estudos,

levantamentos ou investigações dentre aqueles apresentados para seleção.

8.5.4 O valor arbitrado pela Comissão deverá ser aceito por escrito, com expressa

renúncia a quaisquer outros valores pecuniários.

8.6 O ressarcimento está condicionado à consistência das informações que subsidiaram

sua realização, ao grau de aprofundamento dos Estudos, às inovações trazidas pelos

interessados e ao efetivo aproveitamento, na modelagem final do projeto. A aceitação dos

Estudos não obriga o Poder Público a contratar o objeto deste PMI.

8.7 O não aproveitamento dos Estudos, bem como a eventual modificação posterior do

Projeto que implique na inutilização, ainda que parcial, de estudos declarados aproveitados

através deste procedimento, não gerará para o Poder Público a obrigação de ressarcir os

custos incorridos.

8.8 A recomendação pelo aproveitamento total ou parcial dos Estudos ficará a exclusivo

critério da Comissão Avaliadora, que fará a análise e seleção dos estudos específicos

entregues pelos interessados.

8.9 A Comissão de Avaliação não se obriga a aceitar a totalidade do projeto apresentado,

caso a opção seja pelo aproveitamento apenas de determinado segmento de cada projeto

entregue. A Comissão poderá inclusive selecionar partes de Estudos apresentados por

proponentes diferentes.

8.10 No mesmo sentido, a Comissão poderá rejeitar todos os estudos apresentados caso

sejam insatisfatórios, conforme os critérios do item 6.3.1.

8.11 Os Estudos serão aproveitados/ressarcidos na seguinte proporção em referência às

informações solicitadas no TERMO DE REFERÊNCIA:





CADERNO I = 40% do limite, ou R$ 40.000,00 (quarenta mil reais);

CADERNO II = 30% do limite, ou R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

CADERNO III = 30% do limite, ou R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

CADERNO IV = 30% do limite, ou R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

9 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

9.1 A participação neste processo de Procedimento de Manifestação de Interesse implica

em concordância com todos os termos e condições deste Edital.

9.2 É facultado à Administração a promoção de diligência destinada a esclarecer ou

complementar a instrução deste processo.

9.3 Sempre que necessário, a divulgação dos atos deste processo será procedida através

de publicação no Diário Oficial do Município de Farroupilha.

9.4 No interesse da Administração, este processo poderá ser revogado ou anulado, nos

termos da legislação pertinente.

9.5 A qualquer tempo o Município de Farroupilha poderá, a seu critério, por sua iniciativa

ou em decorrência de pedidos de esclarecimentos:

a) Alterar, suspender ou revogar este PMI;

b) Modificar a estrutura, o cronograma e o conteúdo do PMI;

c) Solicitar informações adicionais aos interessados quanto às manifestações

encaminhadas, a qualquer tempo, nos termos do art. 15, §5º, do Decreto Federal nº

8.428, de 2015;

d) Contratar estudos técnicos alternativos ou complementares;

e) Divulgar os nomes dos participantes interessados, ressalvada solicitação expressa

de sigilo na Manifestação de Interesse encaminhada;

f) Considerar, excluir ou aceitar, parcialmente ou totalmente, as informações e

sugestões advindas do PMI.

9.6 Maiores informações serão prestadas, em até 5 (cinco) dias úteis antes do prazo final

de entrega dos documentos, aos interessados, nos dias úteis, das 9 às 16 horas, no

Departamento de Licitações da Prefeitura Municipal de Farroupilha, na Praça

Emancipação, s/nº, Farroupilha, RS, ou pelo e-mail [email protected].

9.7 Respostas a questionamentos serão publicados no Diário Oficial do Município de

Farroupilha, resguardando o direito de sigilo da identidade do solicitante.

mailto:[email protected]





GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS, 29 de março de 2018.

CLAITON GONÇALVES

Prefeito Municipal.

Senhor Prefeito:

O presente edital de Chamamento público 03/2018, possui condições de

publicação no que tange aos seus aspectos jurídicos.

Procuradoria-Geral do Município, 29/03/2018.

Gelso Priotto

Assessor Jurídico – Licitações

OAB/RS 85.998





ANEXO I

MODELO DE SOLICITAÇÃO DE CREDENCIAMENTO

A

Secretaria de Meio Ambiente do Município de Farroupilha/RS

Excelentíssimo Senhor Miguel Angelo Silveira de Souza

Secretário Municipal do Meio Ambiente

Prezado Senhor,

[...................................................................................................], pessoa jurídica, com sede

[.....................................................................................................................], inscrita no CNPJ sob o nº

[......................................] vem manifestar o seu interesse em participar do PROCEDIMENTO DE

MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 01/2018.

A [..................................................................................] declara estar ciente de que a participação no

Procedimento de Manifestação de Interesse:

a) Não confere exclusividade;

b) Não gera direito de preferência para a outorga da concessão;

c) Não obriga o Poder Público a realizar a licitação;

d) Não cria, por si só, qualquer direito ao ressarcimento dos valores envolvidos na sua elaboração; e

e) É pessoal e intransferível.

A [............................................................................] declara estar ciente de que o Procedimento de

Manifestação de Interesse poderá ser revogado, em razão da conveniência do Município de Farroupilha, ou

anulado, sem que gere qualquer tipo de indenização ao interessado.

A [.................................................................................] declara estar ciente de que a avaliação e a seleção

dos projetos, estudos, levantamentos ou investigações a serem utilizados, parcial ou integralmente, na

eventual licitação, serão realizados conforme estabelecido no CHAMAMENTO PÚBLICO para o

PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 01/2018.

Cidade/Estado, [..........] de [..........................................] de 2018.

Responsável Pessoa Jurídica





ANEXO II

TERMO DE REFERÊNCIA

Modernização e gestão sustentável de resíduos sólidos no Município de Farroupilha

1 INTRODUÇÃO

A implantação e a operação de sistemas ambientalmente adequados, eficientes e

sustentáveis de gestão de resíduos sólidos ainda representam desafios para a maioria das

Administrações Públicas Municipais brasileiras.

“Essa realidade pode ser atribuída, em parte, ao recente e acelerado processo de

urbanização pelo qual passou o país: há 50 anos, o Brasil ainda era um país

majoritariamente agrário, enquanto que em 2010, de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), cerca 85% dos brasileiros já residiam em cidades.

Infelizmente, o acelerado crescimento das cidades brasileiras não foi acompanhado pela

provisão da infraestrutura e dos serviços urbanos adequados – entre eles, o manejo dos

resíduos sólidos – para atender às necessidades de toda essa população” (Seixas, Caldas

Jr. & Almeida, 2013, p. 142).

Os principais marcos legais que regulamentam a limpeza urbana e a gestão de

resíduos sólidos no Brasil são a Lei de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445/2007,

regulamentada pelo Decreto nº 7.217/ 2010) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei

Federal nº 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010).

A Lei de Saneamento Básico traça as diretrizes fundamentais para o saneamento

básico no país, entendido como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações

operacionais de: (a) abastecimento de água potável; (b) esgotamento sanitário; (c) limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos; e (d) drenagem e manejo das águas pluviais

urbanas. Dispõe, ainda, “além de dispor sobre a titularidade e a prestação regionalizada

desses serviços públicos, atividades de planejamento e regulação, aspectos técnicos,

econômicos e sociais aplicáveis à temática e o seu controle social, entre outros aspectos”

(Drummond & Seixas, 2014, p. 253).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, por sua vez, estabelece os princípios,

objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão integrada dos resíduos sólidos no Brasil

e foi responsável pela introdução, no marco regulatório brasileiro, da noção de

compartilhamento das responsabilidades pela gestão dos resíduos entre seus geradores:

setor público, privado e sociedade civil (Drummond & Seixas, 2014, p. 253).





A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece, dentre suas diretrizes, uma

escala de prioridades em relação às estratégias e melhores práticas a serem empregadas

na gestão integrada de resíduos sólidos no país, conforme apresentado na figura abaixo:

Figura 1. Priorização quanto à gestão integrada de resíduos sólidos no Brasil

Fonte: Houer, 2017.

A aprovação, em 2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos foi responsável

por um profundo movimento de alteração na forma como a gestão de resíduos sólidos era

realizada até então no país ao instituir, por exemplo, “incentivos para que a gestão dos

resíduos não seja realizada por cada município isoladamente, mas de forma compartilhada

e regionalizada, por meio do seu agrupamento em consórcios ou outras soluções afins. A

legislação privilegia os consórcios públicos na obtenção de incentivos instituídos pelo

Governo Federal. Os entraves observados nos investimentos em gestão de resíduos

sólidos realizados pela União ao longo das últimas décadas e as limitações enfrentadas

pelas administrações públicas municipais, tanto orçamentárias quanto de carência de

corpo técnico especializado, justificam a opção pela gestão regionalizada. O objetivo é

conferir eficiência aos gastos públicos e, ao mesmo tempo, ampliar a qualidade dos

serviços prestados, tornando as soluções adotadas mais estáveis e duradouras no longo

prazo” (Drummond & Seixas, 2014, p. 253).

Com população de cerca de 69.000 habitantes, diariamente em Farroupilha são

geradas, em média, 60 toneladas de Resíduos Sólidos (RS), que são coletados e

encaminhados para Aterro Sanitário Municipal de Farroupilha, localizado no próprio





município operado pela ECOFAR (Rua. Raimundo Arósio, 272 – Bairro América), em

operação desde 2004.

De modo geral, ainda há descompasso entre a geração de resíduos sólidos e a

capacidade da maior parte dos municípios brasileiros de destiná-los de forma

ambientalmente adequada. Os desafios já existentes, combinados com as capacidade

econômico-financeira dos municípios sugerem a necessidade de desenvolvimento de

novas formas de abordagem do tema, transcendendo os métodos e práticas

tradicionalmente adotados.

Nesse contexto, é vital que os municípios adotem medidas para executar projetos

e políticas públicas direcionadas à solução de tais problemas, recorrendo inclusive a

modelos alternativos para a provisão de tais serviços por meio de parcerias com o setor

privado.

No caso do Município de Farroupilha, apesar da Taxa de Cobertura da Coleta de

Resíduos Sólidos Domiciliares ser superior a 85,5% (Sistema Nacional de Informações

sobre Saneamento – SNIS, 2013), mostram-se necessários investimentos em uma série de

programas, projetos e ações visando à modernização e o aprimoramento da gestão dos

resíduos sólidos no Município, com foco especial nos seguintes temas e tipos de resíduos:

a) Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): coleta (convencional e seletiva), transporte

e tratamento anterior ao transbordo;

b) Resíduos de Construção Civil e Volumosos (RCCV): coleta, transporte,

tratamento e disposição final ambientalmente adequada;

c) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): coleta, transporte, tratamento e

disposição final ambientalmente adequada;

d) Aterro Sanitário Municipal de Farroupilha (localizado na Rua Alberto Matte,

895 - Bairro América): ampliação de sua vida útil, exploração de biogás com vistas

à geração de energia elétrica e redução das emissões atmosféricas de gases do

efeito estufa, encerramento e monitoramento;

e) Centro de Triagem (Recicláveis): separação dos resíduos sólidos,

reaproveitamento e comercialização.

f) Varrição: operação de limpeza, recolhimento, ensacamento e transporte até o

aterro sanitário do município de todos os resíduos existentes em vias, feiras-livres,









g) Roçada e pintura: aparo de vegetação rasteira, com utilização de roçadeiras



h) Limpeza de bocas de lobo, maquiagem e embelezamento de vias e praças

públicas.

i) Educação ambiental.

2 OBJETIVOS

2.1 O objetivo principal deste PMI é estruturar projeto de Parceria Público Privada, por

meio de Concessão Administrativa, para a modernização e gestão sustentável de resíduos

sólidos no Município de Farroupilha.

2.2 Especificamente, este PMI busca obter informações para a estruturação de projeto

para:

a) Identificar a melhor concepção técnica para suprir as necessidades do Município;

b) Identificar e validar a modalidade de Concessão mais adequada à implementação

do Projeto, a partir de estudos de demanda e de natureza econômico-financeira;

c) Identificar e validar o melhor arranjo jurídico-institucional a partir da modalidade de

Concessão definida;

d) Conciliar o Projeto com outros programas, projetos e ações relacionadas a

eventuais funções públicas de interesse comum da Região da serra gaúcha

2.3 Além dos objetivos já referidos, o projeto tem como finalidade possibilitar a

implantação de mecanismos para a:

a) Instituição de programas de reaproveitamento de resíduos sólidos;

b) Recuperação de passivos ambientais no Município relacionados à gestão de

resíduos sólidos;

c) Instituição de programas de educação ambiental com foco na não-geração,

redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos;

d) Destinação segura, eficiente e ambientalmente adequada dos resíduos sólidos;

e) Instituição de alternativas visando à modernização e eficientização das etapas

anteriores ao transbordo, no caso da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU)

gerados no Município;

f) Instituição e obtenção de fontes de financiamento para a coleta, destinação e

operação dos sistemas de tratamento de resíduos sólidos urbanos (RSU) anteriores

à etapa do transbordo.





3 OBJETO

3.1 O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) tem como objeto a obtenção de

estudos, propostas, levantamentos, dados e projetos para a estruturação de modelo de

concessão para a exploração dos seguintes serviços relacionados à modernização e

gestão sustentável de resíduos sólidos no Município de Farroupilha:

a) Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): coleta (convencional e seletiva), transporte e

tratamento anterior ao transbordo;

b) Resíduos de Construção Civil e Volumosos (RCCV): coleta, transporte, tratamento e

disposição final ambientalmente adequada;

c) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): coleta, transporte, tratamento e disposição

final ambientalmente adequada;

d) Aterro Sanitário Municipal de Farroupilha (localizado na Rua Alberto Matte, 895 -

Bairro América): ampliação de sua vida útil, exploração de biogás com vistas à

geração de energia elétrica e redução das emissões atmosféricas de gases do

efeito estufa, encerramento e monitoramento;

e) Centro de Triagem (Recicláveis): separação dos resíduos sólidos, reaproveitamento

e comercialização.

f) Varrição: operação de limpeza, recolhimento, ensacamento e transporte até o aterro

sanitário do município de todos os resíduos existentes em vias, feiras-livres,





g) Roçada e pintura: aparo de vegetação rasteira, com utilização de roçadeiras



h) Limpeza de bocas de lobo, maquiagem e embelezamento de vias e praças públicas.

i) Projetos de Educação Ambiental.

4. DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES DE INTERESSE

4.1 Os interessados em participar desta PMI deverão apresentar todos ou parte dos

estudos descritos neste Anexo, evidenciando claramente a fonte das informações, quando

for o caso, bem como as premissas que fundamentam as conclusões em cada caso.

Deverão ser obtidas informações relevantes para os estudos, tais como planos





estratégicos e projetos em andamento e programados, dados socioeconômicos,

mapeamentos dos terrenos disponíveis no Município/região, custos médios de mercado de

terrenos, condições topográficas básicas dos terrenos e titularidade. Ademais, deverão ser

utilizados como base os estudos disponibilizados pela Prefeitura de Farroupilha expostos

nos demais Anexos deste Chamamento Público.

4.2 Os estudos devem ser desenvolvidos sob a ótica do desenvolvimento sustentável. As

propostas de implantação e operação dos serviços relacionados à modernização e gestão

sustentável de resíduos sólidos sugeridas devem ser coerentes e integradas às políticas

sociais, urbanísticas, ambientais, de saúde e de desenvolvimento econômico do Município.

Devem ainda contribuir para a redução da disseminação de doenças, da poluição e

contaminação do meio ambiente, além de primar pela valorização imobiliária, reinserção de

materiais no ciclo de vida de produtos e geração de trabalho e renda com inclusão

produtiva e empreendedora de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

4.3 Visando garantir a objetividade na avaliação dos estudos, as propostas deverão

obedecer ao formato específico de apresentação descrita nos itens abaixo.

4.4 As informações, bem como toda a correspondência e documentos relativos a este PMI,

deverão ser redigidos em língua portuguesa, sendo toda a documentação compreendida e

interpretada de acordo com o referido idioma.

4.5 Toda a documentação deverá ser dividida em cadernos e encaminhada em via digital e

impressa na forma já estabelecida neste Chamamento Público e, ainda, conter em seu

início um sumário das matérias com as páginas correspondentes.

4.6 Admite-se o acréscimo de itens além dos listados seguir, desde que sejam respeitados

os formatos expressos e desde que isso se constitua em instrumento para ampliação do

espectro da abordagem ou aprofundamento técnico.

4.7 Os participantes deverão apresentar as contribuições seguindo a seguinte distribuição:

a) CADERNO I – PROPOSTA PRELIMINAR;

b) CADERNO II – ESTUDOS DE INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO;

c) CADERNO III – MODELAGEM ECONÔMICA-FINANCEIRA;

d) CADERNO IV – MODELAGEM JURÍDICA.

4.8 Os participantes deverão observar e apresentar os seguintes itens em cada um dos

cadernos mencionados.





5. CADERNO I - PROPOSTA PRELIMINAR

5.1 Este caderno consiste em uma apresentação inicial do serviço a ser estudado com

base na análise de dados secundários e pesquisas exploratórias. Esta proposta deverá

conter avaliações preliminares, identificando objetivos e possíveis limitações e restrições

que possam influenciar a estruturação do projeto.

5.2 Deve conter a síntese da Manifestação de Interesse, abordando, de forma resumida,

informações pinçadas dos cadernos que compõe o estudo, de forma a apresentar seu

conteúdo de forma sintética e abrangente. Pode-se utilizar recursos gráficos, tabelas,

quadros, planilhas, desenhos e figuras que melhor auxiliem na compreensão da proposta.

5.3 Além disso, deverá apresentar relatório abrangendo, mas não se limitando a:

a) Tecnologias a serem adotadas;

b) Características básicas operacionais;

c) Panorama legal da execução do projeto;

d) Localização e adequabilidade do projeto, considerando as áreas de implantação;

e) Forma mais adequada para aquisição dos terrenos (aquisição direta pelo poder

público ou pelo particular), caso seja necessário;

f) Parâmetros que nortearão a concepção do projeto, como: perfil da população

abrangida pelo projeto; prognósticos para o crescimento da população impactada;

área disponível; serviços e tipos de assistência a serem prestados, além de outros

aspectos relevantes para o estudo;

g) Análise de benchmarking: realizar análise de benchmarking em relação à concessão

de serviços de gestão de resíduos sólidos em outros locais no Brasil e em outros

países. Especificamente, buscar modelos de negócios que promovam sinergias

entre os serviços a serem concessionados;

h) Estudos de impacto: verificação e avaliação do impacto socioeconômico da

implantação de unidades de transbordo, unidades de recebimento e de tratamento

dos resíduos objeto deste PMI.

6. CADERNO II - ESTUDOS DE INFRAESTRUTURA E OPERAÇÃO

6.1 O Caderno II – Estudos de Infraestrutura e operação consiste na elaboração de estudo

da infraestrutura necessária para execução do projeto, com base em normas técnicas de

construção, obedecendo às especificações do presente Termo de Referência, bem como a

definição do modelo operacional que será adotado.





6.2 Devem-se considerar, para a elaboração de um estudo de infraestrutura, as questões

legais, administrativas e operacionais relativas à implantação desse empreendimento,

contemplando:

a) Descritivo conceitual do projeto, com infraestrutura necessária e especificidades da

capacidade total;

b) Definição das especificações mínimas para todas as instalações e serviços a serem

prestados;

c) Diretrizes construtivas;

d) Identificação e mapeamento de áreas de implantação do projeto, além dos custos e

análise de regularidade da implantação deste tipo de empreendimento perante as

autoridades competentes.

e) Especificação e dimensionamento das instalações, mobiliário e equipamentos a

serem empregados;

f) Estimativas de custo individual das obras de arquitetura, complementares de

engenharia, paisagismo e comunicação visual, mobiliário e equipamentos previstos

incluindo a referência utilizada;

g) Avaliação inicial de impacto ambiental e urbanístico das soluções propostas,

contendo as diretrizes para o licenciamento ambiental, com base na legislação

aplicável.

6.3 Além disso, este Estudo deverá apresentar as melhores práticas, inovações e

sugestões nos procedimentos operacionais da manutenção da infraestrutura e dos

equipamentos necessários para adequada prestação de serviços objeto desse projeto,

bem como da prestação dos serviços de apoio a elas. Dessa forma, este caderno deve

conter o Modelo de Negócios e de Serviços a serem prestados, além de:

a) Descrição das tecnologias disponíveis para a prestação dos serviços a serem

concessionados: a partir da experiência internacional e nacional, apresentar as

tecnologias disponíveis no mercado bem como suas vantagens e desvantagens.

Ainda, deve-se analisar as tecnologias disponíveis considerando (1)

sustentabilidade ambiental e (2) sustentabilidade financeira;

b) Indicação das tecnologias para cada serviço descrito no neste Termo de Referência:

esta indicação deve ser instruída com justificativas e análises a partir das situações

ambientais e geográficas do Município/região;

c) Projeção de demanda para utilização das estruturas de operação para os serviços a

serem concessionados: a projeção deverá ser realizada para 30 (trinta) anos e





deverá ser acompanhada da memória de cálculo que evidencie as variáveis

independentes e as premissas utilizadas no cálculo. Para esse cálculo, deve-se se

considerar as informações nos demais Anexos;

d) Identificação e análise dos riscos do projeto: analisar os possíveis riscos, inclusive

de demanda, inovação tecnológica, ambientais; e obtenção das licenças

necessárias bem como outros que sejam capazes de afetar a operacionalização do

negócio;

e) Descrição da matriz de responsabilidades: apresentar proposta de atribuições

operacionais, no contexto de uma concessão relacionada à gestão dos resíduos em

questão para:

I. Autoridade fiscalizadora do contrato;

II. Operador privado;

III. Prefeitura Municipal de Farroupilha.

f) Descritivo de possíveis receitas acessórias que poderão ser geradas por meio de

atividades complementares àquele objeto deste contrato;

g) Quadro de Indicadores de Desempenho: desenvolver o conjunto de indicadores

para acompanhamento das atividades do operador privado, conforme descritos a

seguir:

I. Os índices serão graduados em níveis de qualidade (por exemplo, muito bom, bom,

ruim, muito ruim), e mensurados separadamente, de modo a caracterizar de

maneira mais fiel possível a qualidade da prestação dos serviços concessionados.

II. Deverá estar explícito para cada indicador seu objetivo, sua forma de medição,

unidade de medida, periodicidade de cálculo/aferição, fonte de coleta de dados,

forma de apresentação da nota e ainda observações necessárias para dirimir

dúvidas ou dupla interpretação.

III. Os indicadores deverão produzir uma nota de 0 a 10 de forma objetiva e com

periodicidade regular.

6.4 Deverão ser utilizados indicadores de desempenho que reflitam a qualidade esperada

da gestão do concessionário, com divisão em grupos, discriminação da metodologia e

periodicidade de avaliação, pesos e impacto sobre o pagamento da contraprestação

pública (Quadro de Indicadores de Desempenho). Os indicadores de desempenho devem

ser capazes de induzir o comportamento do concessionário com vistas à melhoria contínua





da qualidade e eficiência do serviço prestado. Os indicadores de desempenho deverão,

portanto, ser estruturados de modo a formar um sistema de indução do comportamento

desejado, alinhando o interesse econômico do futuro operador com o interesse público.

I. Poderão ser considerados indicadores que avaliem, dentre outros aspectos:

i. Volume de resíduos enviados às Estações de Transbordo;

ii. Volume de resíduos reciclados ou destinados à reciclagem;

iii. Grau de satisfação da população com os serviços prestados;

iv. Aproveitamento econômico de resíduos;

v. Mitigação dos impactos ambientais das tecnologias/processos adotados.

II. Cada indicador deverá ser elaborado de forma a permitir aferição independente dos

demais.

III. Deverá haver indicadores específicos relativos à preservação do meio ambiente e

inclusão produtiva e empreendedora de pessoas por meio da geração de

oportunidades de trabalho e renda.

IV. Os indicadores de desempenho deverão estabelecer um padrão operacional de

excelência para os serviços concessionados, respeitando o princípio da eficiência

administrativa.

V. Deverão ser descritos os procedimentos, forma e periodicidade em que cada

indicador de desempenho será medido.

VI. Estudo da Forma de Pagamento: definição do mecanismo de pagamento da

Concessionária, especificando a forma de composição da Contraprestação

Pecuniária.

VII. Estruturação de Plano de Operação e Conservação/Manutenção da infraestrutura

implantada: deverão ser previstas e orçadas todas as intervenções julgadas

necessárias para que as condições operacionais dos serviços concessionados se

mantenham adequadas por toda a vigência da concessão.

CADERNO III - MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA

6.5 Tendo como referência os investimentos necessários (CAPEX) à modernização e os

custos para a devida operação e manutenção (OPEX) do Projeto, deverá ser elaborado

Estudo de Viabilidade Técnica Econômica (EVTE). Este estudo, juntamente com as

premissas financeiras a serem identificadas, farão parte do Modelo Econômico Financeiro,

resultando na análise de viabilidade do Projeto.





6.6 O EVTE deverá seguir as práticas contábeis e fiscais vigentes à época da preparação

do modelo.

6.7 O Modelo Econômico Financeiro deverá claramente mostrar as premissas que

embasaram os Estudos, incluindo, mas não se limitando a:

a) Premissas macroeconômicas e financeiras;

b) Justificativa para a Taxa Interna de Retorno (TIR) adotada;

c) Premissas fiscais e tributárias;

d) Descrição da estrutura de capital (próprio e de terceiros);

e) Descrição do tipo de dívida e dos instrumentos financeiros utilizados, montante,

prazo e condições;

f) Cronograma físico-financeiro detalhado dos investimentos, mensal, por etapa e por

fase de implantação;

g) Todas as fontes de receita;

h) Premissas para projeção de capital de giro;

i) Custos e despesas;

j) Premissas para a recuperação do investimento por parte do Parceiro Privado ao

longo do prazo da concessão (como, por exemplo, a distribuição de dividendos e a

redução de capital);

k) Prazo ideal de duração da concessão.

6.8 Os principais resultados do Modelo Econômico Financeiro deverão incluir:

a) Contraprestação;

b) Taxa Interna de Retorno (TIR) do Projeto e do Equity;

c) Alavancagem financeira máxima;

d) Produção de indicadores: exposição máxima, custo médio ponderado de capital

(WACC), payback, etc.;

e) Índice de Cobertura dos Serviços de Dívida (ICSD) anual e médio;

f) Ano do primeiro retorno de Equity;

g) Primeiro e último ano de pagamento das dívidas.

6.9 O Modelo Econômico Financeiro deverá ser apresentado na forma escrita, detalhando

os parâmetros e premissas. Deverá também ser apresentado em planilha no formato .xls,

contendo:

a) Painel de controle (sumário);





b) Premissas;

c) Seguros necessários;

d) Estrutura de capital;

e) Demonstração de Fluxo de Caixa detalhado;

f) Cálculo dos indicadores econômicos: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de

Retorno (TIR) do Projeto e do Acionista, Payback, etc.;

g) Estimativa de contraprestação pública;

h) Demonstração de Resultados de Exercício;

i) Balanço Patrimonial;

j) Termos e condições de financiamento;

k) Investimentos ao longo de toda a concessão, por ano;

l) Custos de operação e manutenções periódicas em toda a concessão, por ano;

m) Análises de Sensibilidade;

n) Quadro de usos e fontes de recursos;

o) Tributos;

p) Índice de Cobertura do Serviço da Dívida anual e médio.

6.10 Adicionalmente, deverá ser elaborado estudo que analise os ganhos de eficiência

decorrentes da concessão (Value for Money). Deverá ser elaborado Projeto Público de

Comparação, considerando os riscos que serão transferidos ao parceiro privado, de forma

que se tenha o custo de execução direta pela Administração Pública do mesmo objeto a

ser concedido. Esta análise consiste na demonstração de conveniência e oportunidade

para a contratação do objeto por meio de Concessão Administrativa, conforme previsto no

art. 10 da Lei 11.079/2004.

7. CADERNO IV - MODELAGEM JURÍDICA

7.1 Este Modelo tem por objetivo conferir ao Projeto a segurança jurídica necessária para a

estruturação de projeto de longo prazo. As premissas técnicas, operacionais, econômicas

e financeiras adotadas no Projeto deverão ser referendadas pelo Modelo Jurídico.

7.2 A modalidade de concessão inicialmente considerada para o projeto é a Concessão

Administrativa (art. 2º, § 2º, da Lei Federal 11.079, de 2004), considerando que a

remuneração do parceiro privado é integralmente proveniente de aportes regulares de

recursos orçamentários do município, que utilizará da taxa de lixo e de recursos do tesouro

para honrar os pagamentos. Caso os interessados entendam ser mais vantajosa a adoção

de outro formato jurídico para o projeto, ou seja, outra modalidade de contratação que não





a Concessão Administrativa, a proposta do novo formato jurídico deve vir claramente

detalhada e justificada nos estudos a serem entregues.

7.3 O Modelo Jurídico deverá contemplar, ao menos:

a) Análise Jurídico Institucional;

b) Matriz de Riscos;

c) Sugestão da modalidade de licitação a ser adotada;

d) Requisitos habilitatórios, de maneira fundamentada;

e) Sugestão do critério de julgamento a ser utilizado;

f) Garantias de proposta exigidas, de maneira fundamentada;

g) Diretrizes para o licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do

regulamento, sempre que o objeto exigir;

h) Ordem das fases do certame;

i) Aspectos técnicos da proposta e critérios de pontuação, se for o caso;

j) Obrigações das partes;

k) Modo, forma e condições de prestação dos serviços;

l) Garantias contratuais exigidas, inclusive em favor do concessionário;

m) Sistema de mensuração de desempenho, incluindo critérios, indicadores, fórmulas e

parâmetros de qualidade dos serviços prestados;

n) Forma de fiscalização dos serviços objeto da concessão, admitida a figura de

verificadores independentes;

o) Fluxo correspondente às etapas do pagamento, desde a liquidação das despesas

até a liberação dos valores devidos a título de contraprestação;

p) Penalidades aplicáveis em caso de descumprimento das obrigações assumidas pelo

contratado, proporcionais ao tipo e à gravidade da infração correspondente;

q) Listagem dos riscos do projeto e a sua distribuição entre as partes;

r) Fórmulas para os processos de reequilíbrio econômico-financeiro;

s) Fórmulas, mecanismos e periodicidade da revisão dos indicadores de desempenho;

t) Casos de extinção da concessão e bens reversíveis;

u) Mecanismos amigáveis de resolução de conflitos, incluída a arbitragem;

v) Estrutura de Garantias.

7.4 A análise jurídica institucional deverá mapear as alternativas que o poder concedente

possui para viabilizar o arranjo jurídico necessário para a implementação do Projeto,

justificando a alternativa escolhida.





7.5 Deverão ser elaboradas minutas das ferramentas jurídicas necessárias ao modelo

indicado. Isso se torna necessário por se tratar de projeto de parceria de longo prazo,

traduzindo maior segurança tanto para o poder concedente quanto ao parceiro privado.

7.6 Por se tratar de Projeto de Parceria Público Privada, deve ser previsto o

compartilhamento dos riscos do projeto. Deverão ser identificados os riscos da execução

do Projeto, seus efeitos, forma de mitigação e alocação. Assim, a Matriz de Riscos deverá

apresentar o conjunto de riscos que permeiam o projeto, sendo que a alocação ou

compartilhamento dos mesmos deverá ser proposta com base na capacidade e aptidão de

cada uma das partes em gerenciá-los e mitigá-los.

7.7 Por consequência dos riscos identificados, quantificados e alocados, deverá ser

proposta estrutura de garantias e seguros necessária à execução do projeto. Esta estrutura

tem por objetivo garantir a execução do contrato ainda que os riscos se realizem e as

ações adotadas para mitigá-los não tenham sido suficientes para impedir impactos na

execução do objeto do contrato. Deverão ser estipuladas as garantias a serem oferecidas

tanto pelo parceiro público quanto pelo parceiro privado.

7.8 Deverão ser elaborados os documentos necessários à contratação da referida Parceria

Público Privada.

REFERÊNCIAS

DRUMMOND, Maria Valeska Duarte; SEIXAS, Camila do Couto. Parcerias público-

privadas aplicadas à gestão de resíduos sólidos: projeto em andamento na Região

Metropolitana de Belo Horizonte. In: COSTA, Marco Aurélio; PANTOJA, Igor; MARGUTI,

Bárbara Oliveira (Orgs.). Relatos e estudos de caso da gestão metropolitana no Brasil. Rio

de Janeiro: Ipea, 2014.

TONET, Elis Marina; PERGHER, Rogério; OLIVEIRA, Rui Ernesto G. O.; MAINO,

Tarciana. Plano Municipal de Saneamento Básico – Prefeitura Municipal de Farroupilha.

Rio Grande do Sul: 2014.





ANEXO III

INFORMAÇÕES SOBRE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE

FARROUPILHA

Com uma população de cerca de 69.000 habitantes, em Farroupilha são geradas,

em média, 60 toneladas de Resíduos Sólidos (RS) diariamente, os quais são coletados

pela empresa público privada de sociedade de economia mista subordinada a Prefeitura

Municipal – ECOFAR – Empresa Farroupilhense de Saneamento e Desenvolvimento

Ambiental S.A. e encaminhados para o Aterro Sanitário Municipal localizado no próprio

Município (Rua Alberto Matte, 895 - Bairro América) em operação desde 2004. Atualmente

a operação do Aterro Sanitário também é operado pela ECOFAR.

A área atual do aterro sanitário é de 200.000 m², área completamente cercada com

acesso restrito a funcionários. Atualmente o aterro sanitário recebe aproximadamente 40

(quarenta) toneladas diárias de resíduos orgânicos e o rejeito da usina de reciclagem. A

estimativa de vida útil do Aterro Sanitário sem a mudança de hábitos da população é até o

ano de 2028. Se a população cumprir com as metas estipuladas na PNRS e no PMGIRS

com ações ambientais a vida útil do Aterro Sanitário poderá se estender até 2035.

Até o início da operação do Aterro Sanitário Municipal de Farroupilha, em 2004, os

resíduos gerados na década de 90 eram encaminhados para um lixão localizado no bairro

América, hoje área pertencente ao aterro sanitário. Neste lixão eram dispostos além dos

resíduos domiciliares, os resíduos industriais, perigosos e resíduos hospitalares.

Seguem abaixo informações sobre os resíduos sólidos coletados e aterrados em

Farroupilha em 2014, por tipo de resíduo:





Tabela 1. Série Histórica de Geração de RSD orgânico 2004-2014 (valores em toneladas)

Gráfico 1. Percentual Médio das Categorias/Materiais dos Resíduos Regular em

Farroupilha, 2014 (%)

Fonte: informações e dados obtidas através do PMGIRS da Prefeitura Municipal de

Farroupilha, 2014.





Gráfico 2. Potencial de tratabilidade dos resíduos destinados à coleta regular e seletiva,

pelos sistemas de coleta conteinerizada e porta-a-porta.

REFERÊNCIAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA. Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos. Secretaria de Meio Ambiente, 2014.





ANEXO IV

MINUTA DE TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS,

LEVANTAMENTOS, INVESTIGAÇÕES E ESTUDOS

MUNICÍPIO DE FARROUPILHA, pessoa jurídica de direito público, com sede na Praça da Emancipação, s/nº, nesta cidade de Farroupilha, RS, inscrito no CNPJ sob nº 89.848.949/0001-50, neste ato representado por seu Prefeito Municipal, Sr. CLAITON GONÇALVES, domiciliado e residente nesta cidade, doravante denominado abreviadamente MUNICÍPIO, e XXXXX, com sede/domicílio na XXXX, adiante denominado AUTORIZADO, nos termos da Chamada Pública nº 03/2018, PMI 01/2018, cujas partes encontram-se vinculadas, resolvem celebrar o presente TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS, LEVANTAMENTOS, INVESTIGAÇÕES E ESTUDOS, conforme artigo 6º do Decreto Federal 8.428/2015, os quais se sujeitam, mediante as seguintes cláusulas e condições

CLÁUSULA PRIMEIRA

O AUTORIZADO recebe, por meio deste, a permissão para elaborar projetos, levantamentos, investigações e estudos pertinentes ao objeto da Chamada Pública 03/2018.

CLÁUSULA SEGUNDA

O AUTORIZADO não tem exclusividade na elaboração destes projetos.

CLÁUSULA TERCEIRA

Essa autorização não gera direito de preferencia no possível processo licitatório a ser instaurado.

CLÁUSULA QUARTA

Essa autorização não obriga o MUNICÍPIO a realizar licitação pertinente aos projetos apresentados.

CLÁUSULA QUINTA

Essa autorização não implicará, por si só, direito a ressarcimento de valores envolvidos na sua elaboração.





CLÁUSULA SEXTA

Essa autorização é pessoal e intransferível.

CLÁUSULA SÉTIMA

Essa autorização não implica, em nenhuma hipótese, responsabilidade do município perante terceiros por atos praticados por pessoa autorizada.

CLÁUSULA OITAVA

O autorizado deverá respeitar todas as condições referentes ao objeto dos projetos, levantamentos, investigações e estudos determinadas pelo Edital de Chamada Pública nº 03/2018, PMI 01/2018, inclusive quanto aos prazos de apresentação dos cadernos.

CLÁUSULA NONA

O Poder Público poderá realizar reuniões com a pessoa autorizada e quaisquer interessados na realização do chamamento público, sempre que entender que possam contribuir para a melhor compreensão do objeto e para a obtenção de projetos, levantamentos, investigações e estudos mais adequados aos empreendimentos de que trata o objeto do PMI 01/2018.

CLÁUSULA DÉCIMA

Essa autorização poderá, mediante comunicação da ocorrência e prazo para defesa do AUTORIZADO, ser:

I - cassada, em caso de descumprimento de seus termos, inclusive na hipótese de descumprimento do prazo para reapresentação determinado pelo órgão ou pela entidade solicitante, tendo em vista o disposto no § 2º do art. 9º do Decreto Federal 8.428/2015, e de não observação da legislação aplicável;

II - revogada, em caso de:

a) perda de interesse do Poder Público nos empreendimentos de que trata o objeto deste termo; e

b) desistência por parte do AUTORIZADO, a ser apresentada, a qualquer tempo, por meio de comunicação ao MUNICÍPIO por escrito;

III - anulada, em caso de vício no procedimento que originou esse Termo ou por outros motivos previstos na legislação; ou

IV - tornada sem efeito, em caso de superveniência de dispositivo legal que, por qualquer motivo, impeça o recebimento dos projetos, levantamentos, investigações ou estudos.

Parágrafo primeiro. Na hipótese de descumprimento do Termo, caso não haja regularização e/ou justificativas cabíveis no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data da comunicação, a pessoa autorizada terá sua autorização cassada.





Parágrafo segundo. Os casos previstos nessa cláusula não geram direito de ressarcimento dos valores envolvidos na elaboração de projetos, levantamentos, investigações e estudos

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA

O foro da Comarca de Farroupilha, RS, é o competente para dirimir as questões resultantes do presente instrumento.

E assim, por estarem de acordo, ajustados e contratados, depois de lido e achado conforme, assinam o presente termo em três vias, de igual teor e forma, para que surtam os devidos e legais efeitos.

Farroupilha, ... de ... de 2018.

CLAITON GONÇALVES, AUTORIZADO,

Prefeito Municipal.

TESTEMUNHAS:

1) 2)

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CHAMAMENTO PÚBLICO Nº 03/2018 PROCEDIMENTO DE …farroupilha.rs.gov.br/wp-content/uploads/2018/03/cp_2018... · 2018. 3. 29. · Caixa Postal 241 – Telefone/Fax: (54) 3268.1611