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CHOCOLATE A transformação do Cacau

Chcocolate

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Apresentação de Seminário de Introdução a Engenharia de Alimentos sobre processamento e fabricação do Chocolate

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CHOCOLATE

A transformação do Cacau

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INDUSTRIALIZAÇÃO E PROCESSAMENTO

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Aline Krummel

Erick Fernandes

Helder Miyasava

Marília Gasparetti

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE ALIMENTOS PROFª DRª MICHELE GREQUE MORAIS

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Objetivo 6

ANVISA 7

Legislação Aplicável 8

Cacau 13

História do Cacau 16

Tipos de Cacau 18

Cultivo 20

Colheita e Abertura dos Frutos 22

Processo nas Fazendas 23

Processamento da Amêndoa na Fazenda 24

Pré-Processamento do Cacau 26

Torrefação 27

Moagem 28

Industrialização 31

O que é Chocolate? 32

Índice

Processamento do Chocolate

Mistura

Refino

34

35

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Conchangem 38

Temperagem 40

Moldagem 41

Resfriamento 43

Embalagem 44

Armazenagem 45

Venda 46

O Engenheiro de Alimentos na Indústria Chocolateira 47

Índice

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Este seminário visa a apresentação do Chocolate em seus processos de transformação química, física e sensorial por meio de industrialização em seus processamentos e diretrizes.

Objetivo

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No Brasil, é a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a responsável pela fiscalização, liberação e homologação de todo produto, serviço e tecnologia ligada a Saúde, Cosméticos e Alimentos de interesse da população em geral.

Para cada tipo de Produto e Serviço, é ela a responsável pela homologação da legislação aplicável a sua fabricação, dentro dos estudos realizados e consensados com o meio científico.

ANVISA

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1)Definição

2)Designação

3)Classificação

4)Características Gerais

5)Características Organolépticas

6)Características Físicas e Químicas

7)Características Microbiológicas

8)Características Microscópicas

9)Rotulagem

Dos alimentos, quando contidos no texto em suas aplicações.

No caso dos Alimentos e suas aplicações, existe uma resolução vigente desde 1978 da CNNPA (Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos – Res. Nº12).

Legislação Aplicável

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1.DEFINIÇÃO Chocolate é o produto preparado com o Cacau, obtido por processo tecnológico adequado e açúcar, podendo conter outras substâncias alimentícias aprovadas.

2.DESIGNAÇÃO O produto é denominado “Chocolate” seguido de sua classificação, podendo ser acrescentado o nome da forma de apresentação comercial. Ex.: “Chocolate em pó”; “Chocolate em tablete”; “Chocolate com amendoim”.

Legislação Aplicável

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3.CLASSIFICAÇÃO O Chocolate, de acordo com a sua composição, é classificado em:

a) Chocolate em pó

b) Chocolate em pó solúvel

c) Chocolate ao Leite

d) Chocolate fantasia ou composto.

e) Chocolate “Foundant” e Chocolate tipo Suíço

Legislação Aplicável

f) Chocolate recheado moldado

g) Chocolate Amargo

h) Chocolate Cobertura

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4. CARACTERÍSTICAS GERAIS − O Chocolate deve ser obtido de matérias primas sãs e limpas; − No mínimo 32% de cacau em sua composição; − O açúcar empregado deve ser sacarose, salvo substituição parcial de glicose pura ou lactose; − É proibido adição de gordura e óleos, amidos e féculas.

5. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS − Aspectos massa ou pó homogêneo (exceto tipo Fantasia) − Cor: Própria − Cheiro: Característico − Sabor: Doce, próprio

6. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS Umidade, máximo 3,0% p.p. Glicídios não redutores, em sacarose, máx. 68% p.p. Lipídios: Chocolate, mín. 20% Chocolate em pó, mín. 6,5% Residual mineral fixo, máx 2,5% (exceto para chocolate solúvel)

Legislação Aplicável

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7. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS Os chocolates devem obedecer ao seguinte padrão: − Contagem padrão em placas: 5x104/g. − Bactérias do grupo coliforme: máx. 102/g − Bactérias do grupo col. fecal: Ausência em 1g. − Clostrídios sulfito redutores (a 44°C): máx 2x10/g − Staphylocoocus aureus: Ausência em 0,1g − Salmonelas: Ausência em 25g − Bolores e leveduras: máx 103/g Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos e/ou substâncias tóxicas de origem microbiana, sempre que se tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre o estado higiênico-sanitário dessa classe de alimento.

8. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS Ausência de sujidades, parasitos e larvas.

9. ROTULAGEM O rótulo deve trazer a denominação genérica de “Chocolate”, seguida pela classificação dessa norma.

Legislação Aplicável

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Com denominação de cacau em grão entende-se a semente do Theobroma cacao L., fermentada e dessecada; praticamente livre de insetos e de matéria estranha; com umidade máxima de 8% (art.

1137, CAA)

Fruto de árvore denominada Cacaueira. O Cacau em suas variedades é originário da América Central em zonas de clima tropical.

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A fermentação é essencial para a formação de compostos químicos (óleos essenciais. A má fermentação, leva à perda de sabor e aroma, aumentando a acidez).

Processo pelo qual a amêndoa de Cacau passa para redução de umidade de 60% - 70%, até 7% - 8%.

Ao sol, em média 10 dias, após isso perde-se aroma.

Processo industrial – 2 dias. Obs: Pode aumentar a acidez das amêndoas.

Natural

Artificial

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Transformação da amêndoa em Massa de Cacau, passando do estado sólido para o estado Líquido.

Para chocolate, a textura tem que ser fina e homogênea.

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Do Pré-Processamento do Cacau, temos diversos sub-produtos; como: Manteiga de Cacau; Cacau em pó; Licor de Cacau; que podem e em alguns casos, são utilizados na fabricação do Chocolate.

Todos os ingredientes e demais insumos, são levados e armazenados nas Indústrias, para os diversos fins de utilização.

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Industrialização

Após o processamento dos Insumos (pré-fabricação), estes são recebidos nas indústrias e a partir daí, sofrerão novo processo de transformação...

Tendo como resultado final: O CHOCOLATE!

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O chocolate é um alimento, encontrado na forma pastosa, sólida e de bebida doce ou amarga, feito a partir da amêndoa torrada do cacau.

Sua fabricação dá-se quando as frutas de cacau são quebradas para a retirada das sementes (também chamada de amêndoas), que é a base principal do chocolate.

O que é Chocolate?

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Cacau: Matéria prima básica para a Manufatura do Chocolate

Açúcar: Para adocicar ainda mais o sabor

Leite: Devido ao alto valor nutritivo e organoléptico

Lecitina de Soja: Possui função de tornar o produto menos viscoso, ou seja, mais fluído.

Vanilina: É um aromatizante, possui função de melhorar as propriedades organolépticas do Chocolate

Alguns Ingredientes do Chocolate

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Processamento do Chocolate

Com a chegada das Matérias Primas às indústrias Chocolateiras, se dá a fabricação do Chocolate propriamente dita.

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A primeira fase de processamento de chocolate é a mistura de ingredientes ainda pós, até que seja feita a total dispersão do: - Cacau - Leite em Pó - Açúcar

O início do processo produtivo se dá pela mistura dos ingredientes, que aqui são adicionados aos misturadores em 2 fases distintas:

Mistura

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Dando continuidade ao processo de mistura, são adicionadas as Matérias primas líquidas, formando a primeira pasta de bulk* de chocolate.

Mistura

* Denominação do termo em inglês para massa em grande quantidade.

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Durante esta etapa a massa de chocolate, é processada entre rolos, para a total dispersão de possíveis grumos** que tenham sido formados durante o processo de mistura dos ingredientes.

Refino

É neste momento, que temos o início do sabor final do Chocolate.

** Termo industrial para designar a formação de pelotas num determinado bulk

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É a constante agitação do chocolate, por períodos que podem variar de 6 horas a até alguns dias, nos casos de chocolates mais elaborados.

Conchagem

Máquinas (Reatores), que através de pás, agitam e misturam o chocolate acentuando o sabor e amadurecendo o chocolate. Aqui reduz-se a umidade do bulk.

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A Conchagem pode ser:

Conchagem

Manual

Geralmente em pequenas industrias, onde todo o processo, se não a maioria dele é artesanal, ou então, em industrias onde o requinte do chocolate é algo de luxo. Pode levar de 72 horas a 5 dias.

Automatizada

Para indústrias de grande porte, onde a produção em larga escala é habitual. Pode levar no mínimo 6 horas para a conclusão do processo

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Após a agitação sofrida pelo chocolate durante a conchagem,o chocolate é colocado em tanques de armazenamento a uma temperatura de apróx. 40°C, ainda em agitação.

Temperagem

Nesta etapa o chocolate é aquecido a temperaturas maiores e nele é adicionado uma porção já de chocolate endurecido, para que forme uma espécie de cristalização entre a pasta e a parte sólida, a fim de garantir que durante o processo de secagem (resfriamento) o chocolate não quebre facilmente.

Manual Automatizada

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Moldagem

Uma das últimas etapas do chocolate, antes de tomar as variadas formas que são comercializadas.

Neste momento o chocolate é vertido em formas, que virarão tabletes, bombons, etc.

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Moldagem

Aqui também, o chocolate pode receber os mais variados tipos de recheios . Este processo, aplica-se somente aos chocolates denominados fantasia.

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Resfriamento

Após a moldagem, é o processo em que o chocolate é transportado para uma máquina que o resfriará.

Agora o chocolate está pronto para a embalagem

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Embalagem

Finalizando o processo de fabricação do Chocolate é chegada a vez da embalagem.

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Armazenagem

O chocolate após pronto e embalado, segue para a área de armazenamento e estocagem, que deverá ter certas condições para a conservação do produto.

- Fresco

- Seco

- Inodoro

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Venda

Finalizado o processo, o chocolate está pronto para a venda.

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O Engenheiro de Alimentos na Indústria Chocolateira

•Realiza e/ou supervisiona todas as etapas de preparo e conservação •Seleciona as matérias-primas mais adequadas para cada tipo de processo e produto desejado •Define a melhor forma de armazenamento •É responsável pelo Controle de Qualidade •Desenvolve Pesquisa e Aprimora Produtos •Desenvolvimento de Embalagens •Pode atuar no Marketing

•Desenvolve produtos e tecnologias com os objetivos de atingir novos mercados, reduzir desperdícios e aproveitar os recursos naturais disponíveis.