Choros Paulinho

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    Partituras para violo

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    Marcia Tabordahoros de Paulinho da Viola

    cari Records, 2005

    Produo Artstica e Executiva Luciana Rabellootos Si vana Marques

    Projeto Grco e Ilustraes do CD Isa e a LiraPartituras Marcia TabordaProjeto Grco e Diagramao das Partituras Ricardo Gilly

    H um olhar novo e atento sobre Paulinho da Viola, privilegiando no apenas o autor celebrizado como grande sambista que . E o objeto desseolhar o choro de altssimo nvel, que j se anunciava naquele lbum antolgico, o Chorando. H pouco tempo o conjunto N em pingo dgua psem relevo essa faceta autoral de meu querido parceiro.Vamos contextualizar essa amizade: foi nos idos de 50, ele trabalhando num banco, eu numa empresa de navegao e ambos freqentando as rodas dechoro de Jacob do Bandolim. Filho do grande Benedito Csar, poderoso violo, dele herdaria o toque elegante e preciso o que no signica ter cado aus-ente da inuencia de outras cordas surgidas em 1958. Falo de Joo Gilberto acompanhando a Divina Elizeth no majestoso disco dedicado a Tom e Vinicius,o Cano do amor demais. Cometo alguma heresia falando dessa leve inuncia? Claro que no.

    Foi nessa poca, nos saraus promovidos por Jacob do Bandolim em Jacarepagu, que conheceu o choro Chico Soares, o Canhoto da Paraba,quando o grande bandolinista manteve sob priso afetivo-domiciliar outros msicos do mesmo quilate do canhoto Chico Soares: os pernambucanos DonaCessa, Z do Carmo, Rossini Pinto e uma das legendas do choro - a maravilhosa Tia Amlia do Jaboato. Ela reaparecer mais adiante nessa histria.Aguardemos.

    Pergunto Mrcia Taborda, e ela explica: Trabalhamos, Paulinho e eu, na reviso das par tituras e de cara me chamou ateno o cuidado queele tem por este repertrio. E prossegue: O arteso das canes desla lirismo nas melodias das valsas e dos choros lentos... peas que possuem aquelecantbile e naturalidade com que sempre envolveu a letra das canes. (...) Pude v-lo mergulhar na memria do gesto que traria de volta harmoniascriadas l pelos anos 70.

    Memria: palavra que me induz a falar do respeito de Paulinho com a msica que o cerca, ele em 1970 lanando no s um olhar reverenteao pessoal da Velha Guarda de sua amada Portela, mas produzindo um dos mais belos e importantes discos daquela dcada com os baluartes da Azul-e-

    branco. E na mesma dcada, em 1973, constri com o jornalista-pesquisador Sergio Cabral um dos mais instigantes espetculos sobre o choro, marcandoo retorno do conjunto poca de Ouro, silenciado desde a morte de seu fundador, Jacob do Bandolim, em 13 de agosto de 1969. E contando ainda com aauta divina de Nicolino Copia, o Copinha, o espetculo coloca na platia diversa estudiosos do choro. Nasceria ali, por exemplo, o grupo Galo Preto que,por sua vez, inuenciaria a formao do conjunto Os Carioquinhas- segundo nos informa Luciana Rabello.

    Estamos agora em 1976, e parece que revejo aquele bando de meninos, com Luciana e Rafael Rabello frente, nos estdios da Tve, onde eu pro-duzia e apresentava o programa gua Viva. Agora reaparece, como prometi, a gura de Tia Amlia do Jaboato atuando ao lado dos Os Carioquinhas,o grupo fazendo seu primeiro registro em TV. Grande T ia Amlia! Ela e sua mo esquerda poderosa tecendo bordes inesquecveis ao piano, encantandooutro freqentador ilustre dos saraus de Jacob, Radams Gnattali.

    Em 1979, no espetculo Jacob do Bandolim, dez anos sem ele, l est o Maestro ajudando a fundar a Camerata Carioca, revolucionrio con-junto de choro que ajudaria a desconstruir as pessimistas previses do bandolinista ali homenageado, e que previra a extino do gnero, quando cerrasseos olhos. A Camerata tinha, entre seus integrantes, alguns dos msicos do Os Carioquinhas. Assim se faz histria.

    eria, enm, uma dcada integralmente rica para o choro se nela no perdssemos a gura de seu Santo Padroeiro, So Pixinguinha.A permanente e obsessiva busca da qualidade chegou a formar uma lenda sobre Paulinho, e a de trabalhar to pouco uma delas. Qual o qu:sua msica se instala at no seu ofcio marceneiro, ele construindo seus mveis e instrumentos, gratando a madeira como o faz no pentagrama: me fazlembrar de Jacob que, em viagem, ia estudando seu repertrio atravs de uma lupa, os olhos passeando pelos microlmes que reproduziam suas partitu-ras, tal e qual o faz Paulinho acariciando os veios das madeiras que ele tanto ama. Ou seja: mesmo sem pegar seu instrumento, seu sentimento est ali,exercitando a criao. No sei se fui claro.

    Mrcia prossegue: Para me aproximar deste universo, s houve um princpio: a delicadeza. O violo retoma a tradio do choro, dos nossosgrandes chores, e sem rulas nem prosopopias coloca seu belo timbre a merc dos temas que o poeta msico props. E esclarece: O Paulinho chorotem a maestria da leveza e contraponto que sobressaem nos choros rpidos com os quais abraou Chico Soares, relembrou Joo Pernambuco e reverenciouRosinha de Valena, essa menina.

    Faltou dizer o que digo agora: um disco belssimo. E no por acaso, a produtora do disco remanescente do Os Carioquinhas e foi teste-

    munha de todos os silenciosos movimentos culturais promovidos por Paulinho. Ela fundadora, com Mauricio Carrilho da primeira gravadora exclusi-vamente dedicada ao choro, a Acari Records e bvio que falo de Luciana Rabello. Alm de ter sido discpula do cavaquinista Canhoto, ela tambmMestre-Ocineira e coordenadora da Escola Porttil de Msica que est formando centenas de jovens chores e evocando, sem querer, os mesmos sons doSovaco de Cobra, um boteco da Penha que precocemente chegaram a freqentar.

    E hoje, dando seqncia a uma histria to bonita, acompanham Mrcia nessa viagem que faz pelo universo choro desse grande marceneiro demelodias primorosas que Paulo Csar Baptista de Faria nosso amado Paulinho da Viola.

    Hermnio Bello de Carvalho

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    Itanhang 4

    Rosinha, essa menina 6

    Romanceando 9

    Valsa da vida 12

    Escapulindo 14Lila 16

    Evocativo 18

    Valsa chorando 21

    Abraando Chico Soares 24

    Floreando 26

    Tango Triste 29

    Salvador 32

    Relembrando Pernambuco 34

    Choros e valsas...Para as mulheres da minha famlia: Anita, Maria, Arlete,

    Vernica, Carla, Fernanda e Vanessa.Para Gislia, como uma or... como um beijo para IsabelBrazil.

    Para Turbio Santos.

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    Valsa chorando

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    II

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    Tango triste

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