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POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO CHS 2014 Instrutores Cap QOC Sônia Ribeiro Pinheiro Cap QOC Hércules Raul Maciel 1º Ten QOA Osvaldo Savergnini do Carmo

CHS 2014 - Apostila de Policiamento Ostensivo de Trânsito

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Apostila do Curso de Habilitação de Sargentos da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo - PMES. 2014.

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  • POLICIAMENTO

    OSTENSIVO DE TRNSITO

    CHS 2014

    Instrutores

    Cap QOC Snia Ribeiro Pinheiro

    Cap QOC Hrcules Raul Maciel

    1 Ten QOA Osvaldo Savergnini do Carmo

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    AAT Agente da Autoridade de Trnsito

    AC Alcoolemia Considerada

    AM Alcoolemia Medida

    ACC Autorizao para Conduzir Ciclomotor

    AIT Auto de Infrao de Trnsito

    BOAT Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito

    BOP/TC Boletim de Ocorrncia Policial/Termo Circunstanciado

    BPTran Batalho de Polcia de Trnsito da PMES

    CNH Carteira Nacional de Habilitao

    CONTRAN Conselho Nacional de Trnsito

    CLA Certificado de Licenciamento Anual

    CMT Capacidade Mxima de Trao

    CPU Comandante do Policiamento da Unidade

    CRLV Certificado de Registro e Licenciamento Anual

    CRV Certificado de Registro do Veculo

    CSV Certificado de Segurana Veicular

    CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro

    CTV Conveno sobre Trnsito Virio de Viena

    DDT Delegacia de Delitos de Trnsito

    DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito

    DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    DER Departamento de Estradas e Rodagem

    DETRAN Departamento Estadual de Trnsito

    DPJ Departamento de Polcia Judiciria

    GRV Guia de Remoo de Veculo

    LCACP Laudo de constatao de Alterao da Capacidade Psicomotora

    LCP Lei de Contravenes Penais

    MBFT Manual Brasileiro de Fiscalizao de Trnsito

    MC Medio Considerada

    ME Militar Estadual

    MPTRAN/2014 Manual de Procedimentos Operacionais dos Agentes Militares das

    Autoridades de Trnsito

    MR Medio Realizada

    OBS Observaes

    PBT Peso Bruto Total

    PBTC Peso Bruto Total Combinado

    PC Polcia Civil

    PPD Permisso Para Dirigir

    PID Permisso Internacional Para Dirigir

    PM Polcia Militar

    RBUT Regulamentao Bsica Unificada de Trnsito

    RENACH Registro Nacional de Condutores Habilitados

    RMGV Regio Metropolitana da Grande Vitria

    SO Setor de Ocorrncias

    ST Setor de Trnsito das Unidades

    TC Termo Circunstanciado

    VC Velocidade Considerada

    VM Velocidade Medida

  • 3

    PARTE I:

    DOS PROCEDIMENTOS

    OPERACIONAIS

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    1 DA COMPETNCIA DO POLICIAIS MILITARES PARA ATUAREM COMO AGENTES DAS AUTORIDADES DE TRNSITO

    A Polcia Militar do Esprito Santo dispe de convnios firmados que lhe atribui competncia para que seus

    membros atuem como agentes das Autoridades de Trnsito em todas as vias do Estado do Esprito Santo que

    estejam sob jurisdio do DETRAN-ES, DER-ES e dos municpios capixabas.

    2 DOS MILITARES ESTADUAIS NO ATENDIMENTO E REGISTRO DE OCORRNCIAS DE ACIDENTES DE TRNSITO

    2.1 DAS DISPOSIES INICIAIS

    a) Os procedimentos abaixo so de adoo obrigatria na ocorrncia das respectivas situaes, podendo

    ser alterados, conforme o caso, somente com a autorizao do CPU;

    b) As guarnies s comparecero ao local do acidente quando se tratar de acidentes com vtimas ou

    quando algum dos veculos no tiver condies de se locomover. Caso a guarnio chegue ao local

    do acidente e constate que os veculos tinham condies de se locomover por meios prprios e no o

    fizeram, dever lavrar o respectivo BOAT e o AIT por infringncia do art. 178 do CTB (Cdigo 5347-0);

    c) Depois de sinalizar adequadamente o local da ocorrncia, afim de evitar novo acidente e posicionar

    o(s) veculo(s) de modo a dar fluidez ao trnsito, o policial dever consultar a situao dos condutores e

    veculos junto aos sistemas disponveis, sendo que as possveis mediadas administrativas cabveis,

    referentes s infraes porventura constatadas, s sero tomadas depois de acabados os

    procedimentos de registro do BOAT.

    d) A confeco do Rascunho do BOAT ainda obrigatria, devendo o militar anexar ao rascunho s

    declaraes de condutores e testemunhas, juntando os documentos ao relatrio de servio para

    posterior arquivo;

    e) Ao final do atendimento da ocorrncia o policial dever entregar aos envolvidos o protocolo de

    ocorrncia, alm de orientar o cidado de que o BOAT estar disposio do solicitante na Seo de

    Ocorrncias, das 09 s 16h, aps trs dias teis, sendo imprescindvel o pagamento de taxa estadual

    disponvel no site: www.sefaz.es.gov.br;

    f) O BOAT s ser entregue aos envolvidos, interessados diretos que comprovem parentesco de at

    segundo grau ou a quem disponha de procurao pblica para este fim;

    g) O policial no poder deixar de digitar ocorrncia que tenha atendido durante seu turno de servio.

    Excees devero ser tratadas com o CPU;

    h) O registro da ocorrncia constatada pelo policial independe da vontade do condutor nos casos de

    existncia de vtima ou se a guarnio tiver sido demandada e j estiver no local;

    i) Em hiptese alguma o policial poder levar qualquer tipo de documento produzido durante o servio,

    para casa ou qualquer outro local diverso das instalaes aonde trabalha.

    2.2 DA DEFINIO DE ACIDENTE DE TRNSITO

    Para efeito da atuao dos Policiais Militares, ser considerado acidente de trnsito o evento no intencional,

    envolvendo pelo menos um veculo, motorizado ou no, que circule por uma via aberta para trnsito de

    veculos.

    Os acidentes de trnsito podem ser definidos como atropelamento, coliso, capotamento, tombamento,

    choque, queda ou engavetamento podendo envolver veculos, motorizados ou no, postes, rvores,

    construes, pessoas ou animais, gerando algum tipo de dano, fsico ou material a algum.

    Exemplificando, constitui acidente de trnsito o ciclista que atropela um pedestre; o cavalo no conduzido que

    atropela um pedestre; o cavalo que colide num ciclista; um galho de rvore que cai sobre uma bicicleta

    estacionada e etc.

    2.3 DAS VIAS EM QUE OS POLICIAIS MILITARES FARO OS REGISTROS DOS BOAT

    Percebe-se no disposto no art. 1 do CTB que, inicialmente, no h que se confundir acidente de trnsito com

    aplicao das medidas administrativas do CTB. O conceito de trnsito, apesar de tambm fazer parte da Lei

    9.503/97, mais abrangente do que o referido diploma legal. Sendo assim, o agente poder deparar-se com

    situaes que constituem acidente de trnsito, mas onde no se aplica o CTB.

    No compete ao policial militar lavrar auto de infrao ou aplicar o CTB, em qualquer de seus outros aspectos,

    nas vias no terrestres ou particulares de circulao restrita, exceo feita s praias abertas circulao

    pblica (Art. 2, nico do CTB) e aos crimes de trnsito.

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    O fato de ter ocorrido uma coliso entre veculos numa via terrestre fechada circulao no retira da situao

    o carter de acidente de trnsito, muito embora no seja possvel aplicar as normas do CTB nessa situao.

    Isso posto, havendo qualquer fato que esteja contido no aberto conceito de trnsito estar o policial militar apto

    a lavrar o Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito (BOAT), desde que seja demandado para tal

    atribuio, porm nem sempre poder adotar medidas previstas no CTB.

    Ressalta-se que, apesar da impossibilidade de se aplicar as medidas administrativas nos casos de infraes

    constatadas em reas cuja circulao de veculos seja restrita, os procedimentos relacionados aos crimes de

    trnsito so possveis, exceto os dos artigos 308 e 309 do CTB.

    2.4 DO ACIDENTE DE TRNSITO SEM VTIMAS

    Considera-se acidente de trnsito sem vtimas aquele que no deriva leses fsicas a nenhuma pessoa.

    2.4.1 PRAZO PARA REGISTRO

    Em casos de danos exclusivamente materiais a ocorrncia ser registrada, em at 03 (trs) dias teis aps o fato,

    em qualquer Posto de trnsito, bastando a presena do condutor e do veculo envolvido no acidente (com a

    respectiva avaria e documentao).

    Caso um condutor procure um Posto para o registro de um BOAT e informe data do acidente em dia anterior, o

    policial dever consultar o Sistema para averiguar se o Boletim referente ao sinistro j est registrado. Caso o

    Boletim referente ao veculo j exista no Sistema, o policial dever confeccionar o rascunho da ocorrncia e,

    aps anexar a declarao da parte, encaminhar a documentao ao Setor de Ocorrncias para a insero

    das novas informaes no correspondente BOAT.

    2.4.2 PROCEDIMENTOS

    2.4.2.1 No Local do Acidente

    a) Sinalizar a via de modo a evitar novos acidentes;

    b) Posicionar o(s) veculo(s) de modo a dar fluidez ao trnsito e segurana aos usurios da via;

    c) Consultar a situao dos condutores e veculos junto aos Sistemas disponveis;

    d) Caso algum dos condutores apresente sintoma de embriaguez, submet-los ao teste do etilmetro;

    e) Colher a declarao de condutores e testemunhas do sinistro no devido termo;

    f) Fotografar o(s) veculo(s) e o local do acidente;

    g) Orientar ao(s) condutor(es) acerca do prazo mnimo para retirada do BOAT no BPTran (trs dias teis);

    h) Tomar as providncias de trnsito que a situao exigir;

    i) Caso no haja nenhuma infrao com previso de remoo para apreenso, liberar o(s) veculo(s)

    para o(s) condutor(es), proprietrio(s), familiares ou pessoas indicadas de forma expressa por esses

    (constando o fato no campo OBS);

    j) Digitar o Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito constando, obrigatoriamente, dados verificados

    no local de acidente, fotos e a declarao de condutores e testemunhas; e

    k) Os veculos envolvidos em acidente de trnsito sem vtima, que tenham permanecido na via sem

    nenhum responsvel, devero ser encaminhados para um ptio credenciado pelo DETRAN;

    2.4.2.2 No Posto de Trnsito

    a) Consultar a situao dos condutores e veculos junto aos Sistemas disponveis;

    b) Colher a declarao de condutores e testemunhas do sinistro no devido termo;

    c) Caso algum dos condutores apresente sintoma de embriaguez, submet-los ao teste do etilmetro;

    d) Fotografar o(s) veculo(s);

    e) Orientar ao(s) condutor(es) acerca do prazo mnimo para retirada do BOAT na Unidade (trs dias teis);

    f) Tomar as providncias de trnsito que a situao exigir;

    g) Caso no haja nenhuma infrao com previso de remoo do veculo, liberar o(s) veculo(s) para o(s)

    condutor(es), proprietrio(s), familiares ou pessoas indicadas de forma expressa por esses (constando o

    fato no campo OBS); e

    h) Confeccionar o Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito constando, obrigatoriamente, dados

    abstrados no local de acidente, fotos e a declarao de condutores e testemunhas.

  • 6

    2.5 DO ACIDENTE DE TRNSITO COM VTIMA PARCIAL

    Considera-se acidente de trnsito com vtima parcial aquele que deriva leses fsicas, porm, sem bito at o

    encerramento da confeco do BOAT.

    Para efeito de registro de BOAT, o policial dever considerar como leso leve as que provocarem ferimentos

    superficiais como escoriaes cutneas e pequenos edemas nas extremidades dos membros. Sero

    classificadas como graves as leses que resultarem em inconscincia da vtima durante o atendimento mdico,

    perda de membro ou parte dele, acelerao de parto ou aborto, fratura aparente ou exposta, perda de massa

    enceflica ou qualquer outra julgada de risco para vida da vtima.

    2.5.1 PRAZO PARA REGISTRO

    O acidente de trnsito envolvendo vtimas s ser registrado pelo ME no momento do fato ou logo aps. Ou

    seja, este tipo de registro s poder ser concretizado com a presena da guarnio no local do sinistro.

    Os casos excepcionais devero ser comunicados ao CPU de servio que, se julgar adequado e legal a situao,

    poder autorizar o registro, depois de analisadas as circunstncias e se no houver dvida sobre a boa f do

    interessado. Sendo que, via de regra, as partes interessadas devero ser orientadas a procurar a Delegacia de

    Delitos de Trnsito para maiores esclarecimentos acerca da possibilidade de instaurao de um procedimento

    penal investigatrio (caso haja crime de trnsito).

    2.5.2 PROCEDIMENTOS

    a) Sinalizar a via a fim de evitar novos acidentes;

    b) Providenciar o socorro da(s) vtima(s), caso haja necessidade, preferencialmente acionando o SAMU

    (192) e/ou o Corpo de Bombeiros (193), conforme exigir a situao;

    c) Fotografar o(s) veculo(s) e o local do acidente, caso no seja possvel, observar e anotar a disposio

    dos veculos, vestgios e vtimas, de maneira a poder descrever com segurana o cenrio encontrado,

    antes de posicionar o(s) veculo(s) de modo a dar fluidez ao trnsito e segurana aos usurios da via;

    d) Consultar a situao dos condutores e veculos junto aos Sistemas disponveis;

    e) Submeter os condutores ao teste do etilmetro e, caso o resultado seja superior a 0,33 Mg/L ou haja

    recusa em realizar o teste, tomar os procedimentos administrativos cabveis e encaminh-lo(s) ao DPJ;

    f) Colher a declarao de condutores e testemunhas do sinistro no devido termo;

    g) Orientar as vtimas sobre a necessidade de sua representao no caso de almejar providncias penais

    em relao ao ocorrido;

    h) Tomar as providncias de trnsito que a situao exigir;

    i) Caso no haja nenhuma infrao com previso de remoo do veculo, liberar o(s) veculo(s) para o(s)

    condutor(es), proprietrio(s), familiares ou pessoas indicadas de forma expressa por esses (constando o

    fato no campo OBS);

    l) Caso algum veculo permanea na via sem nenhum responsvel, remover ao ptio credenciado junto

    ao DETRAN, constando no campo OBS do BOAT e na GRV a motivao: veculo envolvido em acidente de trnsito com vtima e abandonado na via, gerando risco a segurana do trnsito. Havendo algum outro motivo especfico, acrescent-lo;

    m) Orientar o(s) condutor(es) acerca do prazo mnimo para retirada do BOAT no BPTran (trs dias teis);

    n) Digitar o Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito constando, obrigatoriamente, dados verificados

    no local de acidente, fotos e a declarao de condutores e testemunhas;

    o) Orientar a(s) vtima(s) ou a seus familiares de que alguma eventual indenizao relativa ao seguro

    DPVAT independe de qualquer intermedirio, podendo buscar informaes adicionais, de forma

    integralmente gratuita, no BPTran (Tel.: 32328153) ou no SINCOR-ES (Tel.: 2125-6666) ou pelo link

    http://www.dpvatsegurodotransito.com.br/pontos-de-atendimento-autorizados.aspx . Outrossim, citar os graves riscos derivados da concesso de procuraes que dem amplos poderes desconhecidos,

    desaconselhando-o(s) de faz-lo.

    2.6 DO ACIDENTE DE TRNSITO COM VTIMA FATAL

    Para fins de aplicao desses procedimentos, considera-se acidente de trnsito com vtima fatal aquele no

    qual o bito ocorre no local do fato, quando a vtima d entrada no Hospital sem vida ou ainda, quando at

    o encerramento da ocorrncia, a guarnio confirme o bito.

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    Depois de sinalizar a via e antes de adotar as providncias atinentes ao local de crime e aos envolvidos, o militar

    mais antigo da equipe de servio dever certificar-se se a(s) vtima(s), caso socorrida(s), deu (deram) entrada

    no hospital ainda com vida. Igual procedimento ser adotado quando o bito ocorrer instantes aps o

    atendimento hospitalar, desde que cientes do fato estejam os policiais.

    Nesse tipo de situao o(s) veculo(s) dever(o) ser periciado(s) no local, devendo a equipe da Polcia Civil ser

    acionada junto ao CIODES. Caso a Polcia Civil se recuse a dirigir-se ao local de crime, tal fato dever ser

    registrado no BOAT, no BU/TC e no CIODES, sendo que o(s) veculo(s) dever(o) ser encaminhados ao ptio

    legal do DETRAN, aps a autorizao do Oficial CPU.

    Apesar do disposto nas leis 5.970/73 e 6.174/74, os militares devero manter preservado o local do crime, apenas

    podendo mudar as posies do(s) veculo(s) ou das vtimas antes da chegada da percia (por na calada,

    etc...), em casos excepcionais, quando tal medida for indispensvel segurana dos usurios da via, depois de

    fotografado o local e confeccionado o correspondente croqui.

    O(s) veculo(s) no sero removidos pela PMES por solicitao da Polcia Civil, devendo essa ltima prover meios

    de remoo caso entenda como necessrios outros levantamentos.

    Aps a percia, caso no haja solicitao da Polcia Civil, o policial militar dever liberar o(s) veculo(s)

    envolvido(s) ao(s) condutor(es), proprietrio(s), familiares, ou pessoas apontados por esses.

    Caso no haja nenhum responsvel no local, o(s) veculo(s) dever(ao) ser removido(s) ao ptio credenciado

    pelo DETRAN, devendo o militar constar no BOAT e na GRV o seguinte motivo: veculo envolvido em acidente de trnsito e abandonado na via, gerando risco a segurana do trnsito.

    Determinar que o(s) condutor(es) envolvido(s) se submeta(am) ao teste do etilmetro e independente do

    resultado apresentado ou da recusa em se submeter ao teste, tomar os procedimentos administrativos cabveis

    e encaminh-lo(s) ao DPJ.

    Caso algum desses esteja hospitalizado, sem previso de alta mdica, o policial militar dever lavrar um Boletim

    de Ocorrncia Policial (BU) constando as circunstncias que envolvem o fato e a localizao do condutor

    hospitalizado, entregando-o na Delegacia, onde a autoridade policial indicar outras providncias.

    importante lembrar que o(s) condutor(es) sobrevivente est(ao), em tese, em flagrante delito de homicdio

    culposo na direo de veculo automotor. Sendo assim, faz-se necessrio que o policial acione junto ao CIODES

    uma escolta policial que garantir a futura conduo Delegacia.

    Nos dias teis, e durante o expediente administrativo da Polcia Civil, esse encaminhamento ter como destino a

    Delegacia de Delitos de Trnsito. Fora desse perodo far-se- o encaminhamento ao DPJ do Municpio do fato.

    2.6.1 PRAZO PARA REGISTRO

    O acidente de trnsito envolvendo vtimas s ser registrado pelo ME no momento do fato ou logo aps. Ou

    seja, este tipo de registro s poder ser concretizado com a presena da guarnio no local do sinistro.

    Os casos excepcionais devero ser comunicados ao CPU de servio que, se julgar adequado e legal a situao,

    poder, excepcionalmente, autorizar o registro, depois de analisadas as circunstncias e se no houver dvida

    sobre a boa f do interessado. Sendo que, via de regra, as partes interessadas devero ser orientadas a procurar

    a Delegacia de Delitos de Trnsito para maiores esclarecimentos acerca da possibilidade de instaurao de um

    procedimento penal investigatrio (caso haja crime de trnsito).

    2.6.2 PROCEDIMENTOS

    a) Sinalizar a via a fim de evitar novos acidentes;

    b) Providenciar o socorro da(s) demais vtima(s), caso haja necessidade, preferencialmente acionando o

    SAMU (192) e/ou o Corpo de Bombeiros (193), conforme exigir a situao;

    c) Isolar o local de crime acionando a percia da Polcia Civil junto ao CIODES;

    d) Fotografar o(s) veculo(s) e o local do acidente, caso no seja possvel, observar e anotar a disposio dos

    veculos, vestgios e vtimas, de maneira a poder descrever com segurana o cenrio encontrado, antes

    de posicionar o(s) veculo(s) de modo a dar fluidez ao trnsito e segurana aos usurios da via;

    e) Caso a(s) vtima(s) fatal(is) seja(am) o(s) condutor(es), recolher sua(s) CNH, caso no sejam, Consultar a

    situao dos condutores e veculos junto aos Sistemas disponveis;

    f) Colher a declarao de condutores e testemunhas do sinistro no devido termo, se possvel;

    g) Determinar que o(s) condutor(es) envolvido(s) se submeta(am) ao teste do etilmetro e, independente do

    resultado ou da recusa, tomar os procedimentos administrativos cabveis e encaminh-lo(s) ao DPJ;

  • 8

    h) Caso a Polcia Civil solicite a guarda do(s) veculo(s) envolvido(s) para posteriores levantamentos o policial

    militar dever atend-los, constando tal informao no campo OBS do BOAT, com obrigatria

    identificao do policial civil solicitante. Cabe PC prover meios de remoo, assim como cuidar do

    local para onde ser enviado o veculo. O policial militar no remover veculos por solicitao da PC;

    i) Caso no haja nenhuma infrao com previso de remoo do veculo, liberar o(s) veculo(s) para o(s)

    condutor(es), proprietrio(s), familiares ou pessoas indicadas de forma expressa por esses (constando o

    fato no campo OBS);

    p) Caso algum veculo permanea na via sem nenhum responsvel, remover ao ptio credenciado junto ao

    DETRAN, constando no campo OBS do BOAT e na GRV a motivao: veculo envolvido em acidente de trnsito com vtima fatal e abandonado na via, gerando risco a segurana do trnsito. Havendo algum outro motivo especfico, acrescent-lo;

    q) Orientar o(s) condutor(es), parentes ou interessados acerca do prazo mnimo para retirada do BOAT no

    BPTran (trs dias teis), entregando a eles o protocolo;

    r) Digitar o Boletim de Ocorrncia de Acidente de Trnsito constando, obrigatoriamente, dados verificados

    no local de acidente, fotos e a declarao de condutores e testemunhas;

    s) Orientar a(s) vtima(s) ou a seus familiares de que alguma eventual indenizao relativa ao seguro DPVAT

    independe de qualquer intermedirio, podendo buscar informaes adicionais, de forma integralmente

    gratuita, no BPTran (Tel.: 32328153) ou no SINCOR-ES (Tel.: 2125-6666) ou pelo link

    http://www.dpvatsegurodotransito.com.br/pontos-de-atendimento-autorizados.aspx . Outrossim, citar os graves riscos derivados da concesso de procuraes que dem amplos poderes desconhecidos,

    desaconselhando-o(s) de faz-lo.

    3 DOS MILITARES ESTADUAIS NA FUNO DE AGENTES DAS AUTORIDADES DE TRNSITO

    Considerando o disposto na Resoluo CONTRAN 371/10, com suas posteriores alteraes, que instituiu o Manual

    Brasileiro de Fiscalizao de Trnsito (MBFT), em sua parte introdutria:

    O agente da autoridade de trnsito competente para lavrar o auto de infrao de trnsito (AIT) poder ser servidor civil, estatutrio ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade

    de trnsito com circunscrio sobre a via no mbito de sua competncia.

    Para que possa exercer suas atribuies como agente da autoridade de trnsito, o servidor ou

    policial militar dever ser credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme padro da

    instituio, e no regular exerccio de suas funes.

    (...)

    O agente de trnsito, ao presenciar o cometimento da infrao, lavrar o respectivo auto e aplicar

    as medidas administrativas cabveis, sendo vedada a lavratura do AIT por solicitao de terceiros.

    Desta forma, Os Militares Estaduais somente lavraro Autos de Infraes de Trnsito (AIT) quando presenciarem

    as infraes cometidas pelo condutor, proprietrio, embarcador ou transportador, conforme art. 257 do CTB. Como todos os ME da PMES so Agentes da Autoridade de Trnsito, mas nem todos so detentores de blocos

    de autuao, caso sejam demandados por quaisquer outros Agentes para a lavratura de AIT, os policiais devem

    auxiliar os ME demandantes na confeco ou preenchimento do correspondente AIT em seu prprio bloco.

    Atentando para o fato de que o Agente que constatou a infrao dever ser o responsvel pela autuao e

    tomada das medidas administrativas e penais cabveis. Desta forma, nos campos identificao do agente, matricula e assinatura devero constar os dados legveis e assinatura do policial solicitante que presenciou a infrao.

    Nos casos de direo sob influncia de lcool (art. 165 do ctb), os ME do BPTRAN devem realizar os testes com o

    etilmetro, bem como confeccionar os termos de recusa, quando for o caso, e, assim como nos casos das

    lavraturas dos AIT, devero constar os dados legveis e colher a assinatura do policial solicitante que presenciou

    a infrao/crime.

    3.1 DO PREENCHIMENTO DO AUTO DE INFRAO DE TRNSITO

    3.1.1 Campo I IDENTIFICAO DO RGO AUTUADOR

    a) Campo Orgo Autuador: Nesse campo o agente dever indicar, por extenso, qual a autoridade de trnsito competente para a aplicao da penalidade de multa. Dessa forma, o agente dever estar

    atento para o seguinte:

    O agente dever observar neste Manual qual autoridade competente para a aplicao da

    penalidade de multa atinente conduta flagrada, pois em alguns casos, a competncia

  • 9

    exclusiva do Estado (DETRAN ou DER), ou do Municpio. Quando a competncia for comum entre

    estado/rodovia/municpio, optar sempre pela estadual (DETRAN) ou rodoviria (DER);

    Atentar para o fato de que, mesmo nos casos de infraes de competncia dos municpios, se o

    trnsito no houver sido integralmente municipalizado (reconhecido pelo DENATRAN), a Autoridade

    a ser informada ser sempre a do DETRAN, exceto se for rodovia estadual, pois neste caso apenas o

    DER poder aplicar as penalidades de multa;

    No Estado do Esprito Santo, at a data de publicao deste Manual o site do DENATRAN informava

    que apenas 07 municpios concluram o processo de municipalizao do trnsito no ES. So eles:

    Cachoeiro de Itapemirim (256230), Cariacica (256250), Colatina (256290), Linhares (256630), Serra

    (256990), Vila Velha (257030) e Vitria (257050);

    Depois de identificada a Autoridade correta, o agente preencher o campo conforme

    especificaes do Anexo II deste manual.

    b) Campo Cdigo do rgo Autuador: Depois de especificada, por extenso, qual a Autoridade de Trnsito competente para aplicar a penalidade, o agente dever escrever qual o seu respectivo nmero (cdigo).

    Via Urbana

    Competncia Estadual DETRAN/ES 108100

    Competncia Municipal Prefeitura (Se trnsito Municipalizado)

    Competncia comum Estado/Municpio DETRAN 108100

    Rodovias

    Sempre o DER/ES 108200 Sempre o DER/ES 108200

    OBS.: No basta o Decreto, cumpre municipalizao do trnsito a criao de rgos especficos

    destinados a gerir e executar as aes de trnsito. Havendo a verificao de infrao de trnsito de

    competncia Municipal em local onde no haja ocorrido a efetiva municipalizao do trnsito, cumprir

    ao agente lavrar o AIT citando como rgo autuador o DETRAN - ES (rgo Estadual).

    Exemplo 01: Caso o agente observe que um condutor avanou o sinal vermelho de um semforo na Avenida

    Jernimo Monteiro, em Vila Velha, e depois de abordar o veculo, constata que o motorista est com a CNH

    vencida h mais de trinta dias, dever lavrar 02 (dois) AIT, pois numa mesma situao o motorista cometeu

    duas infraes, porm uma de competncia do Municpio (Avano de semforo) e outra de competncia

    do Estado (Dirigir com CNH vencida h mais de 30 dias). Logo, no campo Identificao do rgo Autuador o agente dever indicar:

    AIT por ter avanado o sinal vermelho do semforo

    AIT por conduzir o veculo com a CNH vencida h mais de 30 dias

    Exemplo 02: Caso um condutor avance o sinal vermelho de um semforo na Rodovia ES 060 (Rodovia do

    Sol) em Vila Velha, e o motorista esteja com a CNH vencida h mais de trinta dias, dever lavrar 02 (dois)

    Autos de Infrao de Trnsito. Porm, como as infraes ocorreram em uma Rodovia Estadual, a

    autoridade de trnsito competente para a aplicao das penalidades ser sempre o DER-ES. Dessa forma,

    no campo Identificao do rgo Autuador o agente dever indicar:

    AIT por ter avanado o sinal vermelho do semforo

    AIT por conduzir o veculo com a CNH vencida h mais de 30 dias

    Prefeitura Municipal de Vila Velha

    DER/ES

    DER/ES

    DETRAN/ES

    2 5 7 0 3 0

    1 0 8 1 0 0

    1 0 8 2 0 0

    1 0 8 2 0 0

    Prefeitura Municipal de Vila Velha

  • 10

    Ateno: Quando, nas infraes constatadas em vias urbanas, a competncia for comum entre Estado e

    Municpio (Ex: deixar de usar o cinto de segurana), sendo o agente policial militar, dever esse indicar o

    DETRAN como rgo autuador.

    3.1.2 Campo II IDENTIFICAO DO VECULO

    a) Campo UF: Campo alfanumrico com 2 posies que corresponde sigla da UF de licenciamento do veculo. O agente dever verificar com ateno a placa do veculo bem como as informaes apostas

    no CRLV, a fim de evitar engano quanto ao Estado de registro/Licenciamento do veculo, assim como

    preencher o campo com letras maisculas, tipo forma, de fcil identificao.

    No caso de veculo estrangeiro este campo NO dever ser preenchido. O campo a ser preenchido para

    esses veculos o Pas, campo com duas posies que dever ser assinalado com o cdigo numrico previsto na tabela de pases, (ANEXO VIII deste manual);

    b) Campo "Placa":

    Campo alfanumrico que requer especial ateno por parte do Agente da Autoridade de Trnsito,

    pois caso seja indevidamente preenchido ter como consequncia o cancelamento do AIT, dada a

    impossibilidade de seu cadastramento, ou a imputao de penalidades a pessoas que no so

    responsveis pelas infraes presenciadas.

    Corresponde a placa do veculo infrator. Deve ser preenchido com letras maisculas, tipo forma,

    seguidas dos respectivos nmeros, ambos de fcil identificao. Os nmeros indicados nestes

    campos devero ser marcados na coluna da esquerda do AIT, para que no subsista qualquer

    dvida quando s letras e nmeros da placa.

    O campo, conforme exemplo apresentado, poder ser preenchido da seguinte forma:

    3 posies alfabticas e 4 numricas, quando for placa nacional; ou at 10 posies alfanumricas,

    para atender a veculo estrangeiro ou especial.

    OBS.: O agente dever verificar possveis adulteraes, principalmente em veculos parados ou

    estacionados. Checar, via CIODES, se o trmino da numerao do chassi passada via rdio

    corresponde ao n inscrito nos vidros do veculo.

    c) Campo RENAVAM: Indicar os 11 (onze) dgitos referentes ao nmero do RENAVAM, caso seja possvel;

    d) Campo Espcie/Tipo: Deve ser preenchido com letras maisculas, tipo forma, conforme a descrio da Tabela de Cdigo de Espcie Anexo III deste manual e a descrio da Tabela de Cdigo de Tipos de Veculos Anexo IV deste manual. Exemplo: PASSAGEIRO/AUTOMVEL;

    Estas codificaes esto presentes tambm nos prprios blocos de AIT.

    e) Campo Cd. Esp/Tipo: Deve ser preenchido com os cdigos das Tabelas de Espcies e Tipo. Seguindo o exemplo acima, na Tabela do Anexo III encontramos o cdigo 1 para passageiro e na Tabela do Anexo IV

    o cdigo 06 para automvel. Sendo assim, nesse caso o espao ser preenchido com o cdigo 106;

    f) Campo Pas: Somente ser preenchido quando se tratar de veculo licenciado em outro pas. Para veculo licenciado no Brasil o campo ficar em branco (vide Tabela de pas Anexo VIII deste manual);

    g) Campo Marca/Modelo: A Marca deve ser preenchido com letra maiscula, tipo forma, seguida do respectivo modelo, conforme tabela de Marcas e Cdigos expedida pelo DENATRAN (Anexo V deste

    manual e no bloco de AIT);

    h) Campo Cd. Marca/Modelo: Colocar o cdigo correspondente, de acordo com a tabela de Cdigo de Marcas (Anexo V deste manual e no bloco de AIT);

    i) Campo CHASSI: Elemento de identificao importantssimo para a especificao do veculo abordado, principalmente se for um veculo ainda no registrado. Ateno: imprescindvel que o agente confira os

    08 (oito) nmeros marcados na parte envidraada da maioria dos veculos com o nmero do chassi

    impresso no CLA. Essa atitude cobe sobremaneira o trnsito de veculos clonados.

    3.1.3 Campo III IDENTIFICAO DO CONDUTOR

    a) Campo Nome do condutor: Campo alfanumrico para registro do nome do condutor do veculo. Caso a infrao seja registrada sem a abordagem ao condutor, o ME dever utilizar este campo para informar que

    no houve abordagem ao veculo;

  • 11

    b) Campo CNH/Permisso: Assinalar atravs de um X se o documento apresentado trata-se de CNH ou

    Permisso para Dirigir;

    c) Campo N de registro da CNH ou da Permisso para dirigir: Campo numrico, com 11 posies. Anotar o nmero de registro contido na CNH ou Permisso para Dirigir do condutor;

    d) Campo UF: Campo alfanumrico, com 2 posies, que corresponde sigla da UF onde o condutor est registrado. No caso de condutor estrangeiro este campo dever ser preenchido com 2 posies,

    conforme tabela de pases. Anotar a sigla do Estado expedidor da CNH, conforme a Tabela de Siglas de

    Estados Anexo I deste manual;

    e) Campo CPF: Campo destinado a anotar o n do CPF do condutor.

    ATENO: O CPF no documento de porte obrigatrio, logo no pode ser exigida a sua apresentao.

    Assim sendo, se o condutor no portar o referido documento ele no estar cometendo qualquer infrao de

    trnsito. Caber ao agente apenas indicar no campo OBS do AIT que o condutor no portava o documento. Atentar ainda para o fato de que as CNHs cadastradas no Sistema RENACH possuem o nmero do CPF no prprio documento.

    f) Campo CI: Campo numrico onde deve ser anotado o n da Carteira de Identidade do condutor, se possvel.

    3.1.4 Campo IV IDENTIFICAO DO LOCAL DO COMETIMENTO DA INFRAO.

    a) Campo Via: Campo alfanumrico utilizado para registrar a via por onde transitava o veculo e foi constatada a infrao. Escrever o tipo de Logradouro (Rua, Avenida, Alameda, Viaduto, Ponte, Rodovias,

    Estradas, etc.) usando as abreviaturas de Tipos e Ttulos de Logradouros Anexo VII deste manual, seguido do nome especfico.

    ATENO: Quando o local da infrao for um cruzamento o agente dever separar os logradouros por um

    X, ou ento constar o nome de uma das vias e no campo OBS do AIT descrevendo que se trata de cruzamento com xxxxx. Ex.: - Rod. ES-060 X Rua Itagara; ou Rod. ES-060. No campo OBS: Cruzamento com a Rua Itagara.

    b) Campo KM: Quando Tratar-se de infrao cometida em rodovia, sempre que possvel, deve-se identificar o KM da rodovia onde foi cometida a infrao.

    c) Campo Bairro: Preencher com o nome do Bairro onde ocorreu a infrao. No caso de abreviaturas, usar os modelos constantes na tabela de abreviaturas de tipos e ttulos de logradouros Anexo VII deste manual, seguido do nome especfico do bairro.

    d) Campo Referncia: Anotar algum dado sobre o local do cometimento da infrao que sirva de base para uma fcil identificao do exato local onde foi cometida a infrao. Esse campo importantssimo,

    pois, conforme o caso, poder suprir a impossibilidade de verificao do nmero e subsidiar o exato local

    do cometimento da infrao.

    e) Campo Dia/Ms/Ano: Campos numricos, que somam 8 posies para registrar o dia, ms e ano da ocorrncia (formato dd/mm/aaaa). Utilizar sempre oito (8) algarismos arbicos, nmeros de fcil

    identificao, correspondendo os dois primeiros ao dia, os dois seguintes ao ms e os quatro ltimos ao

    ano.

    f) Campo Hora: Campo numrico, com 4 posies para registrar as horas e minutos da ocorrncia. Utilizar sempre quatro (4) algarismos arbicos, nmeros de fcil identificao, sendo os dois primeiros

  • 12

    correspondentes hora e os dois ltimos aos minutos. O horrio deve ser preenchido entre 00:00 e 23:59 horas.

    hora pode variar de 00 23 e os minutos de 00 a 59. Exemplo: 13h20min.

    g) Campo Municpio: Preencher com o nome do Municpio onde ocorreu a infrao conforme a Tabela de Cdigos dos Municpios do Esprito Santo Anexo VII, deste manual.

    3.1.5 CAMPO V TIPIFICAO DA INFRAO

    a) Enquadramento: Colocar um X na quadrcula correspondente infrao cometida, observando as seguintes regras:

    Somente pode ser anotada uma infrao por AIT; No caso de uma ou mais infraes cometidas, preencher tantos AIT quantas forem as infraes

    constatadas.

    b) Campo Instrumento de Aferio Utilizado: Campo alfanumrico, para registrar o equipamento ou instrumento de aferio utilizado, quando for o caso, indicando modelo e marca. Anotar o tipo e o n do

    instrumento de medio utilizado (bafmetro, radar, balana, etc). Ex.:

    c) Medio Realizada (MR): Campo alfanumrico para registro do valor e unidade de medida da medio

    realizada. Ex: 0,34 mg/l, etc.

    d) Medio Considerada (MC): Campo alfanumrico para registro do valor e unidade de medida a serem

    considerados para cada infrao (descontados erros admissveis ou tolerncia legal). No caso da

    alcoolemia a VC reporta-se ao valor resultante da diferena existente entre a medio realizada e erro

    mximo admitido para o equipamento (ver tabela expedida pela 3 Seo do BPTran, baseada em

    ndices estipulados pelos fabricantes dos etilmetros utilizados na Unidade). Em se tratando de fiscalizao

    de velocidade a regra subtrair 7 KM/h da medio realizada, sendo que, a partir de 100 km/h de MR

    deve-se reduzir 7% (Ver tabela de velocidade, tem 6.2 deste manual).

    e) Limite Permitido: Campo alfanumrico destinado ao registro do valor permitido em lei.

    f) Campos Cdigo de infrao e Descrio da infrao: Campo especfico para os enquadramentos que no constam na lista do AIT. Anotar neste campo a infrao cometida (cdigo e descrio da

    respectiva infrao). Escrever o cdigo correspondente infrao e a sua descrio, conforme

    constante neste Manual. Exemplo: 6912 0 conduzir o veculo sem o porte de documento obrigatrio.

    3.1.6 CAMPO VII CAMPO COMPLEMENTO DA INFRAO

    Dever ser utilizado sempre que houver necessidade de detalhamento da infrao, anotao do motivo da

    substituio do AIT ou quaisquer outros esclarecimentos necessrios para que o AIT no deixe dvida sobre as

    circunstncias da infrao. Ex.: Recusou-se a assinar; sentido de trfego; n do documento vencido (CLA ou

    CNH); dados do condutor para quem o veculo foi liberado, quando a liberao for permitida por lei; e outras

    informaes que complementem a caracterizao da infrao ora relatada.

    Nas poucas vezes em que os policiais militares deixarem de abordar o veculo para lavrar o AIT, este campo

    complementar dever ser utilizado para informar que no foi possvel abordar o veculo.

    3.1.7 CAMPO VIII IDENTIFICAO DO EMBARCADOR

    a) Nome: Campo destinado ao preenchimento nos casos de infraes relacionadas ao transporte de carga.

    Nesse campo ser inserido o nome do embarcador quando este for o infrator, nos ternos do 4 e 6, art.

    257, do CTB:

    b) CPF ou CNPJ: Ser preenchido com os dados numricos do documento.

    3.1.8 CAMPO IX IDENTIFICAO DO TRANSPORTADOR

    a) Nome: Campo destinado ao preenchimento nos casos de infraes relacionadas ao transporte de carga.

    Nesse campo ser inserido o nome do transportador quando este for o infrator, nos ternos do 5 e 6,

    art. 257, do CTB:

    b) CPF ou CNPJ: Ser preenchido com os dados numricos do documento;

    3.1.9 CAMPO X - CAMPO DE ASSINATURAS

    a) Assinatura do condutor/infrator: Neste campo dever ser aposta a assinatura do condutor do veculo.

    Caso ele se negue a assinar o AIT ou seja analfabeto, a informao deve constar neste campo. Ex.: recusou-se a assinar ou condutor iletrado.

    Instrumento/equipamento utilizado Medio realizada Medio considerada Limite permitido

    Alco-sensor NS ........... 0,34 Mg/L 0,30 Mg/L 0,00 Mg/L

  • 13

    b) Identificao do agente, Assinatura e Matrcula: Nestes campos os ME devero informar o

    Posto/Graduao, acompanhado pelo nome, alm da assinatura e o nmero funcional.

    3.2 OUTRAS INFORMAES:

    a) O agente deve, sempre que possvel, identificar o infrator ato fundamental para que a autuao cumpra sua funo educativa. No mesmo sentido, uma vez identificado, dever colher a assinatura do

    infrator no AIT.

    b) A 1 via do AIT deve seguir para processamento no setor competente; a 2 ser entregue ao

    infrator/condutor, quando possvel e solicitado; e a 3 via ficar no bloco para futuras consultas;

    c) As primeiras vias dos AITs devero ser relacionadas nos relatrios de servio ou blitz e encaminhadas ao setor competente para processamento, tudo devidamente protocolado sob pena de responsabilizao

    em caso de extravio.

    3.3 MODELO DE AUTO DE INFRAO DE TRNSITO

  • 14

    3.4 DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS ADOTADAS PELO AGENTE

    3.4.1 NORMAS GERAIS

    a) As medidas administrativas adotadas pelos policiais militares tero como objetivo prioritrio a preservao

    da vida e da incolumidade fsica das pessoas (Art. 269 1, CTB), alm do restabelecimento da fluidez da

    via. Sendo assim, as regras aqui estabelecidas podero ser alteradas em determinadas situaes, aps

    expressa autorizao do CPU, quando medidas diferenciadas forem mais condizentes com os objetivos

    prioritrios a que se destina o CTB e a Segurana Pblica.

    b) Nas situaes em que a reteno ocorre pela pendncia da apresentao de condutor regularmente

    habilitado o veculo poder ser retirado do local por meio de guincho particular a ser contratado pelo

    condutor irregular ou pelo proprietrio do veculo.

    c) O servio de guincho a ser utilizado nas situaes previstas pelo CTB dever seguir a ordem de distribuio

    previamente estabelecida pelo DETRAN.

    d) Incorrendo o condutor em infrao prevista com medida administrativa de REMOO, o veculo dever

    ser removido prioritariamente pelo veculo (Guincho) do depsito credenciado pelo DETRAN. Caso no

    seja possvel a utilizao do guincho regulamentar, os Policiais Militares podero abrir mo da aplicao

    da medida administrativa de remoo do veculo, ou utilizar outras maneiras para remover o veculo

    fiscalizado.

    3.4.2 DA REMOO DO VECULO

    Ocorrendo infrao de trnsito que preveja, alm da medida administrativa de remoo, a aplicao da

    penalidade de apreenso; caber ao policial militar remover o veculo para posterior aplicao da penalidade

    pela autoridade de trnsito, estando ou no o condutor/proprietrio presente.

    Nos casos em que a remoo objetiva apenas a resoluo do problema virio, dispondo-se o

    condutor/proprietrio no local da irregularidade a san-la, o veculo poder ser prontamente liberado, ainda que

    o guincho j esteja no local. O incio da remoo, considerado o marco para a impossibilidade de liberao no

    local, ser o momento em que o veculo estiver posicionado sobre o guincho, desde que tenham sido cumpridos

    anteriormente os trmites administrativos de confeco do respectivo AIT e GRV, quando ficar o

    proprietrio/condutor sujeito s normas de liberao do DETRAN/ES responsvel pela remoo e custdia.

    Apenas o Agente que constatou a infrao e lavrou o AIT competente para aplicar, quando cabvel, a

    remoo do veculo, desde que seja conveniente e necessria. Desta forma, como via de regra, os policiais

    no podero aplicar a medida administrativa de remoo do veculo por solicitao de qualquer outro Agente

    de Autoridade de Trnsito.

    Ao adotar a medida administrativa de remoo do veculo, quer seja visando possibilitar a aplicao da

    penalidade de apreenso, quer seja objetivando suprir alguma irregularidade momentnea de trnsito, dever

    o policial preencher a Guia de Remoo do Veculo (GRV), na qual constaro, obrigatoriamente, as seguintes

    discriminaes (Resoluo do CONTRAN n 53):

    a) dos objetos que se encontrem no veculo;

    b) dos equipamentos obrigatrios ausentes;

    c) do estado geral da lataria e da pintura;

    d) dos danos causados por acidente, se for o caso;

    e) da identificao do proprietrio e do condutor, quando possvel;

    f) dos dados que permitam a precisa identificao do veculo;

    g) outros que julgar necessrios.

    A GRV dever ser lavrada com completo preenchimento de seu cabealho, sendo a primeira entregue ao

    rgo ou entidade responsvel pela custdia do veculo; a segunda encaminhada ao BPTran; e a terceira ao

    guincheiro responsvel pela remoo e a quarta ao proprietrio ou condutor do veculo removido.

    Estando presente o proprietrio ou o condutor no momento da remoo, a GRV ser apresentada para sua

    assinatura, sendo-lhe entregue a quarta via. Havendo recusa na assinatura, o agente far constar tal

    circunstncia na GRV, antes de sua efetiva entrega.

    O agente no recolher o CLA do veculo quando houver a remoo, haja vista que a autoridade de trnsito,

    ao trmino da penalidade, s proceder liberao do veculo que esteja integralmente regularizado.

    3.4.3 DA NO REMOO IMEDIATA

    Na impossibilidade de remoo de veculos de transporte coletivo transportando passageiros e dos veculos de

    transporte de carga transportando produto perecvel ou perigoso, para ptios credenciados ao DETRAN, desde

    que ofeream a segurana necessria circulao, o agente dever recolher o CLA do veculo e expor o

    motivo da no remoo no campo complementar da infrao do AIT.

  • 15

    3.4.4 RETENO DO VECULO

    Nas infraes existentes no CTB que prevem a medida administrativa de reteno do veculo at a

    apresentao de condutor regularmente habilitado, assim como naquelas onde o condutor tem a CNH

    recolhida, o policial dever informar e oportunizar ao condutor/proprietrio a possibilidade de apresentar outro

    condutor regularmente habilitado para retirar o veculo do local de reteno,

    Nos casos de alteraes relacionadas aos veculos, seguindo o que preceitua o CTB no Art. 270 1 e 2, sendo

    sanada a irregularidade no local o veculo dever ser liberado, ao passo que, no sendo possvel sanar a

    irregularidade no local, dever o agente recolher o Certificado de Licenciamento Anual do Veculo (CLA ou CRLV

    do ano em exerccio), mediante recibo.

    Nesta segunda hiptese, o condutor dever ser informado de que imprescindvel a apresentao do seu veculo

    regularizado no SO/ST da Unidade ou Subunidade, at o terceiro dia til (prazo especfico), onde ser devolvido o

    CLA depois de constatado que a irregularidade foi sanada.

    O agente no recolher outro documento diverso do CLA ou CNH. Caso no haja porte, dever lavrar o

    respectivo AIT e const-lo como motivo do no recolhimento do documento no campo complemento da infrao do Auto que deriva reteno no sanada no local.

    Excees a essa regra devero ser tratadas com o CPU da Unidade, que autorizar a remoo tendo por base o

    Art. 269, 1, quando tal medida for indispensvel preservao da vida e a segurana dos usurios da via.

    3.4.4.1 RETENO DO VECULO EM FACE DE ALTERAES COM OS CONDUTORES

    Depois de lavrados os AIT correspondentes, nos casos em que as infraes constatadas tiverem relao com o

    condutor do veculo (5010, 5053, 5061, 5070 e 6912), ou mesmo quando houver previso de recolhimento da

    CNH (5029, 5037, 5045, 5053, 5061, 5070, 5088, 5096, 5100, 5169, 5215, 5282, 5290, 5304, 5312 e 5320), o veculo s

    poder ser removido depois de ofertada ao condutor a possibilidade de apresentar pessoa regularmente

    habilitada para conduzi-lo, mesmo no sendo esta pessoa a proprietria do veculo.

    A remoo de veculos retidos em Operaes de Trnsito se constitui numa exceo s aes rotineiras de

    fiscalizao, sendo assim, os procedimentos para a remoo de veculos retidos para a regularizao sero

    iniciados somente durante a ltima hora da operao/escala, conforme previso da escala de blitz ou escala

    ordinria de servio.

    Exemplo 1: Condutor inabilitado abordado numa Operao de Trnsito s 15h00min, a escala da Operao

    prev horrio de trmino s 20h00min, o militar que abordou o veculo informar ao infrator sobre a necessidade

    de apresentar condutor regularmente habilitado para retirar o veculo do local at as 19h00min.

    Exemplo 2: Condutor com o direito de dirigir suspenso abordado s 10h00min em fiscalizao da equipe de

    servio em frente ao Posto de Trnsito, a escala do Posto prev horrio de trmino do servio s 18h00min, o

    militar que abordou o veculo informar ao infrator sobre a necessidade de apresentar condutor regularmente

    habilitado para retirar o veculo do local at as 17h00min.

    Caso seja confirmada a situao de habilitado do condutor (compatvel ao tipo de veculo o qual conduzia), o

    militar dever oportunizar a apresentao do documento pendente. Na hiptese do condutor infrator no

    apresentar o documento faltoso nem indicar outro condutor regularmente habilitado at o fim da

    operao/fiscalizao, o veculo ser removido ao Depsito (Art. 270, 4, CTB), obedecendo aos critrios

    elencados neste manual.

    Caso no seja possvel a comprovao da real situao do condutor, devero ser relatados no campo

    complementar da infrao, os fatos relacionados ao caso e os motivos que inviabilizaram a consulta ao

    RENACH ou ao CIODES, listando data, hora e nome do operador que diz no ser possvel a consulta, adotando

    ainda os procedimentos aqui descritos para a situao de pendncia de documento de habilitao. O dever

    de provar ser habilitado do condutor, tanto que o CTB explicita a CNH como documento de porte obrigatrio.

    Quando no houver a previso da medida administrativa de remoo do veculo, o condutor infrator poder

    apresentar novo condutor para o veculo, ou retir-lo do local por meio de Guincho particular por ele solicitado.

    O marco para a impossibilidade de liberao do veculo no local ser o momento em que o veculo estiver

    posicionado sobre o guincho, desde que tenham sido cumpridos anteriormente os trmites administrativos de

    confeco do AIT e GRV, quando ficar o proprietrio/condutor sujeito s normas de liberao do DETRAN/ES,

    responsvel pela remoo e custdia.

    3.4.4.2 RETENO EM FACE DE ALTERAES COM O VECULO

    Depois de lavrados os AIT correspondentes, na forma do disposto no art. 270 do CTB, quando o veculo

    apresentar problemas que no possam ser imediatamente sanados, o Agente dever recolher o CRLV/CLA e

    liberar o veculo para a sua regularizao, desde que oferea condies de segurana para a circulao.

  • 16

    a) FALTA DE DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATRIO (6912-0)

    Na forma do disposto nos artigos 133 e 159 do CTB, so documentos de porte obrigatrio o CLA/CRLV e a

    CNH/Permisso. No entanto, no incumbe ao agente prever ou supor uma origem delitiva na posse do

    veculo, devendo tomar todos os cuidados ao inspecionar veculos sem CLA/CRLV. Havendo indcio de

    alguma fraude ou adulterao nos sinais de identificao do veculo que configure crime, dever

    encaminhar a situao Delegacia de Polcia.

    Na hiptese de falta de CLA onde se verifique a infrao prevista no Art. 230, V, CTB (falta de registro ou

    devido licenciamento), o policial militar no poder lavrar dois AITs, e sim to somente o AIT cd. 6599, pois, logicamente, no haver CLA a apresentar, o que configuraria claro bis in idem.

    No Portar CNH - No caso de constatao de falta da CNH do condutor, alm da lavratura do AIT,

    dever ser informado que o veculo ficar retido at a apresentao de novo condutor regularmente

    habilitado. Caso isso no acontea, at uma hora antes do encerramento da operao ou da escala

    ordinria, o Agente dever verificar se o condutor habilitado/permissionrio sem restrio no sistema

    SIT/RENACH e, caso no haja qualquer impedimento ou restrio, dever lavrar o AIT e liberar o veculo

    para o prprio condutor abordado.

    No Portar CLA/CRLV No caso de constatao de falta do CLA/CRLV durante a conduo do veculo, alm da lavratura do AIT, o Agente dever confirmar a situao do veculo junto ao sistema DETRANNET

    via CIODES, e liberar o veculo para o seu condutor, caso o licenciamento corresponda ao exerccio a ser

    cobrado e no haja restries referentes a comunicado de venda, indicativo de clonagem, informao

    de furto ou roubo, ou ainda, restrio judicial de busca e apreenso.

    A impossibilidade de verificao no sistema dever OBRIGATORIAMENTE ser listada no AIT e na GRV,

    devendo o policial indicar no campo OBS do AIT o horrio das consultas e o nome do operador que

    informa a impossibilidade.

    Caso no porte do CLA/CRLV e no haja como constatar a situao de veculo junto ao DETRANNET, o

    policial se ver obrigado a identificar o condutor, lavrar o AIT e a GRV, antes que ele saia do local para

    buscar o documento de porte obrigatrio. Caso estes no sejam apresentados, o veculo dever ser

    removido e as circunstncias que ensejaram a remoo devero ser descritas no campo complemento da infrao.

    Aos operadores do CIODES incumbe a responsabilidade de solicitar ao Oficial COP, que faa constar em

    seu relatrio de servio, o perodo em que o sistema de consultas esteve inoperante. Tal procedimento

    importantssimo para as futuras apuraes de responsabilidades.

    b) PARADA OU ESTACIONAMENTO IRREGULAR

    Apesar de no ser atribuio caracterstica da atuao dos Agentes de Trnsito Estaduais, quando

    houver constatao de parada ou estacionamento irregular, os policiais devero adotar como regra a

    lavratura dos respectivos AIT, sendo que a remoo s ocorrer se a imobilizao do veculo estiver

    trazendo grave prejuzo fluidez ou ainda se houver algum tipo de restrio atribuda ao veculo.

    Como nestas infraes (para e estacionamento), no existe a previso de aplicao da penalidade de

    apreenso do veculo, dispondo-se o condutor/proprietrio no local da irregularidade a sanar a

    irregularidade, o veculo dever ser prontamente liberado, ainda que o guincho j esteja no local pronto

    para fazer a retirada.

    O marco para a impossibilidade de liberao do veculo no local ser o momento em que o veculo estiver

    posicionado sobre o guincho, desde que tenham sido cumpridos anteriormente os trmites administrativos

    de confeco do AIT e GRV, quando ficar o proprietrio/condutor sujeito s normas de liberao do

    DETRAN/ES, responsvel pela remoo e custdia.

    3.4.5 DA RESTITUIO DO VECULO QUE ESTEJA NA IMINNCIA DE SER REMOVIDO

    Nos casos em que for possvel a restituio do veculo, ainda que tenha se esgotado o prazo concedido, o

    condutor ou proprietrio ter seu veculo liberado no local, a no ser que:

    a) O AIT tenha sido confeccionado;

    b) A GRV j tenha sido preenchida;

    c) O motorista do guincho credenciado j tenha recibado a GRV; e d) O veculo a ser removido j esteja posicionado sobre o guincho.

  • 17

    Caso o condutor tenha se adequado s normas e alguma das etapas anteriores no tenha sido adotada, a

    remoo dever ser suspensa, o veculo entregue ao condutor/proprietrio e toda a documentao produzida

    encaminhada ao Setor de Ocorrncias da Unidade.

    3.4.6 DO RECOLHIMENTO DA CNH OU DA PERMISSO PARA DIRIGIR

    Alm dos casos onde haja suspeita de inautenticidade ou adulterao, a habilitao ser recolhida, mediante

    recibo, sempre que cometida alguma infrao de trnsito que preveja tal medida administrativa.

    3.4.7 DO TRANSBORDO DA CARGA EXCEDENTE

    Havendo carga excedente o veculo permanecer retido at o efetivo transbordo do excesso. As circunstncias

    peculiares devero ser repassadas ao CPU para ulterior deciso.

    3.4.8 DO RECOLHIMENTO DO CLA/CRLV

    Havendo necessidade de recolhimento do CLA/CRLV, liberar-se- o veculo para o necessrio deslocamento

    at a regularizao da situao (Art. 270, 2, CTB), sendo marcada a apresentao regularizada na Seo de

    Ocorrncias da Unidade a partir do terceiro dia til aps a constatao da infrao e o efetivo recolhimento do

    CLA/CRLV para sua gratuita devoluo.

    Diferentemente do que prev o Art. 262, 1 do CTB, o policial militar NO recolher o CLA/CRLV quando da

    remoo para posterior apreenso do veculo. A autoridade de trnsito, ao trmino da penalidade de

    apreenso, s proceder liberao do veculo que esteja integralmente regularizado, perdendo assim o

    recolhimento do CLA/CRLV sua funo lgica.

    No havendo CLA/CRLV o policial NO dever recolher outro documento (CRV, CI, CPF, identidade funcional,

    etc.), to somente fazendo constar no campo OBS do AIT, o motivo do no recolhimento do CLA, o que, na

    maior parte dos casos, ser o no portar documento obrigatrio (bastando constar o n e o cd. do outro AIT),

    ou ainda o no existir (veculo no licenciado tambm constando no campo OBS o n e o cd. do outro AIT).

    3.4.9 DO RECOLHIMENTO DAS PLACAS IRREGULARES

    O Art. 221 do CTB faz previso da medida administrativa de recolhimento das placas que estiverem em

    desacordo com as especificaes ou modelos. Tal medida, porm, s ser adotada quando for possvel

    substituir as placas irregulares no local da infrao. Caso no seja possvel, o policial militar dever recolher o

    CLA (Art. 269, inciso VI, CTB) e liberar o veculo com as placas irregulares, visto que, pautando-se no princpio da

    razoabilidade, tal medida satisfaz melhor a sociedade do que a circulao de veculos sem placas.

    Estes procedimentos no podero ser adotados, quando as placas forem frias (adulteradas ou violadas), pois

    nestes casos, alm das sanes administrativas, dever haver o encaminhamento ao DPJ.

    O documento ser devolvido no Setor de Ocorrncias do BPTran, no prazo arbitrado, aps sanada a

    irregularidade e mediante a apresentao das placas irregulares para recolhimento e destruio.

    3.4.10 MODO DE ATUAO EM CASOS OMISSOS

    Os casos omissos ou que apresentem caractersticas no contempladas nos regulamentos publicados devero

    ser encaminhados aos Comandantes de Policiamento da Unidade (CPU). Sendo que as decises tomadas

    devero levar em considerao a legalidade e a convenincia do ato, objetivando a regularizao da

    conduo sem o apenamento desnecessrio do condutor ou do proprietrio.

    3.5 DAS OPERAES DE FISCALIZAO DE TRNSITO

    3.5.1 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRO EM FISCALIZAO DE TRNSITO

    a) Definir o local da operao observando a segurana da guarnio, em particular a possibilidade de

    agresso advinda de terreno mais elevado, e se a disposio da(s) VTR e da sinalizao dificulta a fuga

    dos veculos a serem fiscalizados;

    b) Definir um policial para atuar exclusivamente na segurana dos demais militares. Ressalta-se que este

    policial no poder estar includo nas atividades fiscalizatrias do restante da equipe e,

    preferencialmente, no dever ser o comandante da operao;

    c) Montar o cenrio com rapidez a fim de potencializar o efeito surpresa da operao;

    d) Escolher e abordar os veculos, sendo o contato inicial feito por um policial (ME1) sob observao de outro

    (ME2), at a identificao preliminar do risco de agresso ou fuga apresentado pelo(s) ocupante(s) do

    veculo (s) (Figura 01);

  • 18

    e) Posicionar-se ao lado da coluna esquerda do veculo (Figura02) e solicitar a documentao do condutor

    e do veculo (ME1) e, to logo a receba, analisar a necessidade de revista no interior do veculo ou busca

    pessoal no(s) seu(s) ocupante(s) (ME1 ou ME2);

    f) Abordar o motociclista tomando posicionamento de maneira que, caso haja tentativa de fuga com risco

    a integridade fsica de algum policial, seja possvel desviar ou tocar no guidom, preferencialmente no

    manicoto, de maneira a evitar leses nos ME;

    g) Proceder busca pessoal, no caso de fundada suspeita (ME2), sob observao do outro policial (ME1);

    h) Revistar o interior do veculo (ME2), sob observao de um dos ocupantes e acompanhamento do outro

    policial (ME1);

    i) Iniciar a verificao documental do veculo (O exerccio fiscal, se a marca/modelo/cor correspondem ao

    veculo e se as duas placas so as informadas no CRLV) ) e conferir todas as informaes no Sistema;

    j) Conferir se os 08(oito) ltimos nmeros do CHASSI, constantes no CRLV, correspondem aos impressos em

    pelo menos dois vidros do veculo (Figura03) ou, no caso das motocicletas, se todos os 17 (dezessete)

    dsticos do CHASSI coincidem com os impressos na coluna;

    k) Verificar a documentao do condutor (Se possui CNH, se a foto coincide, a validade, a categoria e as

    observaes no documento) e conferir todas as informaes no Sistema SIT/RENACH;

    l) Terminada a inspeo do condutor e do veculo, passar a observar se houve o cometimento de infrao;

    m) Utilizar-se dos dispositivos de consulta para checar as informaes referentes ao condutor (possvel

    mandado de priso em aberto, suspenso ou cassao da CNH ou alguma outra restrio) e ao veculo

    (se a marca/modelo/cor so os correspondentes ao veculo abordado, o licenciamento, as restries, o

    informativo de clonagem, etc.);

    n) No constatada qualquer infrao de trnsito ou crime, agradecer a colaborao do condutor do

    veculo ou seus ocupantes desejando-lhe(s) um bom dia (tarde ou noite), lembrando que no devemos

    pedir desculpas pela inspeo ou pelos procedimentos legais adotados.

    4 DA VERIFICAO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA E DA EMBRIAGUEZ NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR

    A verificao das condies fsicas e psicolgicas dos condutores procedimento de extrema relevncia para

    a tentativa de reduzir o nmero de acidentes de trnsito nas vias capixabas. Neste sentido, os Policiais Militares

    devero observar as regras especificadas neste Manual e, em particular, neste captulo.

    4.1 DA OBRIGATORIEDADE DOS ME REALIZAREM OS TESTES DE ETILMETRO

    Os policiais militares devero submeter ao teste do etilmetro os condutores dos veculos envolvidos em

    acidentes de trnsito com vtimas, os condutores que apresentarem indcios de embriaguez, os condutores que

    apresentarem sintomas de alterao da capacidade psicomotora e os condutores abordados em operaes

    policiais com foco especfico em embriaguez.

    Nos atendimentos de acidentes de trnsito em que tenhamos mais de um condutor envolvido, caso seja

    determinada a realizao do teste de etilmetro, a fim de evitar possvel argumentao de parcialidade, o

    teste dever ser ofertado a todos os condutores dos veculos envolvidos.

  • 19

    4.2 DOS LIMITES DE ALCOOLMIA

    a) Valores entre 0,00 mg/L e 0,04 mg/L (MEDIO REALIZADA-MR)

    O limite tolerado de 0,04 mg/l quando utilizado o etilmetro. Dessa forma, mesmo havendo o indicativo

    de que o condutor ingeriu bebida alcolica, o policial no poder tomar qualquer medida administrativa

    neste caso, pois o valor apurado estar dentro da margem de tolerncia estipulada pela legislao em

    vigor. (Anexo XI deste Manual).

    Atentar para a possibilidade de o condutor estar sob efeito de droga lcita ou ilcita, pois, caso ele se

    submeta ao teste do etilmetro e apresente valor zero ou at 0,04 mg/L, mas demonstre sinais de

    alterao da capacidade psicomotora, o policial dever confeccionar o LCACP e tomar a medidas

    administrativas e penais cabveis.

    b) Valores entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L (MEDIO REALIZADA-MR)

    Estar caracterizada a infrao de trnsito capitulada no art. 165 do CTB (Cdigo 5169-1) quando a

    MEDIO REALIZADA (a que aparece no visor do aparelho) apresentar como resultado valores entre 0,05

    e 0,33 mg/L. Atingido um resultado entre estes valores, o policial dever preencher o respectivo AIT,

    imprimir a etiqueta do teste e tomar as medidas administrativas cabveis.

    A indicao do novo condutor deve ser voluntria pelo examinado, mantendo-se nfase no fato de que

    o CTB no prev a remoo do veculo como sano para esta conduta, logo o policial dever, assim

    que perceber que o condutor ter sua CNH recolhida, inform-lo da necessidade de providenciar um(a)

    outro(a) condutor(a) para dirigir o veculo, pois desse forma, o motorista sancionado ter um prazo mais

    amplo para conseguir outra pessoa habilitada. No caso de no apresentao de outro condutor, depois

    de seguidas todas as recomendaes descritas no tpico 2.4.4.1 o veculo dever ser recolhido ao

    depsito com fulcro no Art. 270, 4 do CTB.

    O policial dever estar muito atento na hora do preenchimento do AIT, pois necessitar da tabela de

    valores referenciais para etilmetro (Anexo XI deste manual), uma vez que devero ser informados o valor

    da Medio Realizada pelo etilmetro (o que aparece no visor do aparelho) e o Valor Considerado para

    autuao (Anexo XI deste Manual).

    O policial militar s realizar um teste por pessoa, no sendo necessria, dentro da normalidade, a

    realizao de contraprova.

    Se por algum problema tcnico o etilmetro deixar de imprimir o resultado de algum teste realizado, o

    policial militar dever tentar de todas as maneiras obter xito na impresso. Caso no seja possvel,

    dever arrolar duas testemunhas (podendo ser militares) que tenham presenciado a realizao do teste e

    o resultado constatado, preenchendo o Laudo Constatao de Alterao da Capacidade Psicomotora

    (LCACP) com todas as informaes do teste realizado (n do etilmetro, n do teste, valor constatado e

    etc.), suprindo a falha na impresso, que deve ser indicada no campo OBS do LCACP.

    O policial militar dever solicitar a assinatura do condutor em todos os documentos em que exista campo

    especfico para a assinatura do mesmo. No caso de recusa do condutor em assinar qualquer documento

    gerado, seja o AIT, a etiqueta do etilmetro, o LCACP, o BOP, a GRV ou a GRD, o policial no poder

    deixar de indicar essa recusa. Ex.: Recusou-se a assinar

    c) Valores igual ou superior a 0,34 mg/L (MEDIO REALIZADA-MR)

    Estaro caracterizados o crime capitulado no art. 306 e a infrao de trnsito capitulada no art. 165

    (Cdigo 5169-1), ambos do CTB quando a MEDIO REALIZADA (MR) for igual ou superior a 0,34 mg/L.

    Dessa forma, o policial dever, alm de lavrar o respectivo AIT, imprimir a etiqueta do teste e tomar as

    medidas administrativas cabveis, confeccionar um BOP e apresentar o motorista autuado autoridade

    policial de planto na circunscrio correspondente.

    O policial dever estar muito atento na hora do preenchimento do AIT, pois necessitar da tabela de

    valores referenciais para etilmetro (Anexo XI deste manual), uma vez que devero ser informados o valor

    da Medio Realizada pelo etilmetro (o que aparece no visor do aparelho) e o Valor Considerado para

    autuao (anexo XI deste Manual).

    O policial militar s realizar um teste por pessoa, no sendo necessria, dentro da normalidade, a

    realizao de contraprova.

    Se por algum problema tcnico o etilmetro deixar de imprimir o resultado de algum teste realizado, o

    policial militar dever tentar de todas as maneiras obter xito na impresso. Caso no seja possvel,

    dever arrolar duas testemunhas (podendo ser militares) que tenham presenciado a realizao do

    teste e o resultado constatado, preenchendo o Laudo Constatao de Alterao da Capacidade

  • 20

    Psicomotora (LCACP) com todas as informaes do teste realizado (n do bafmetro, n do teste, valor

    constatado e etc.), suprindo a falha na impresso, que deve ser indicada no campo OBS do LCACP.

    O policial militar dever solicitar a assinatura do condutor em todos os documentos em que exista campo

    especfico para a assinatura do mesmo. No caso de recusa do condutor em assinar qualquer documento

    gerado, seja o AIT, a etiqueta do etilmetro, o LCACP, o BOP, a GRV ou a GRD, o policial no poder

    deixar de indicar essa recusa. Ex.: Recusou-se a assinar

    4.3 DA RECUSA DO CONDUTOR EM SE SUBMETER AO TESTE DO ETILMETRO

    No caso de recusa do condutor em se submeter ao teste do etilmetro, o Policial Militar dever:

    a) Adotar todas as medidas administrativas previstas no Art. 165;

    b) Lavrar o AIT com a codificao 5169-1, constando a recusa no campo complemento da infrao, alm dos sintomas observados no condutor. Ex.: Recusou-se a realizar o teste do etilmetro. Envolveu-se em acidente de trnsito, apresenta olhos vermelhos, hlito etlico e informa ter ingerido bebida alcolica;

    c) Se o condutor apresentar alterao da capacidade psicomotora (Fala alterada, dificuldade de equilbrio,

    sonolncia, agressividade, disperso, etc.), o Policial dever, alm de lavrar o AIT, tomar as medidas

    administrativas elencadas no art. 165 do CTB, confeccionar o Laudo Constatao de Alterao da

    Capacidade Psicomotora (LCACP), confeccionar o BOP e encaminhar o condutor ao DPJ; e

    d) Caso o condutor esteja envolvido em acidente de trnsito com vtima e se recuse a se submeter ao teste

    do etilmetro, o policial dever sempre encaminh-lo ao DPJ correspondente.

    Caso o ME oferte o teste do etilmetro ao condutor, e ele informe que no se submeter ao mesmo, o

    encaminhamento ao IML para a aferio da quantidade de lcool no sangue, s poder ser feito pelo

    Delegado de Polcia de planto, no restando guarnio da PM a obrigao da escolta ou do

    encaminhamento.

    A requisio do referido exame NO ISENTA o condutor das sanes administrativas ou penais cabveis,

    visto que a infrao estar configurada no momento da negativa em se submeter ao teste do etilmetro e

    o crime estar configurado caso o condutor apresente visvel alterao da capacidade psicomotora.

    Desta forma, os policiais no dependero de qualquer laudo do IML para a confeco do AIT e a

    tomada das medidas administrativas elencadas no art. 165 do CTB (Cd. 5169).

    Caso o condutor, que tenha se recusado em se submeter ao teste do etilmetro, por qualquer razo,

    resolva faz-lo, no poder o policial militar realizar o referido teste, se j houver confeccionado o

    respectivo AIT (Cd. 5169-1), uma vez que a infrao descrita no pargrafo 3 do art. 277 j estar

    configurada, restando apenas ao a tomada das referidas medidas administrativas e/ou penais cabveis.

    4.4 DOS CASOS DE EXAMES REALIZADOS NO ETILMETRO NO MODO MANUAL

    Caso o condutor no complete ou no consiga soprar devidamente o etilmetro, tornando necessrio a

    realizao do teste no modo manual, o policial dever alm de anexar ao AIT o teste realizado, preencher o

    LCACP devidamente assinado por duas testemunhas acerca dos sinais apresentados pelo condutor do veculo,

    constando no campo Observaes do LCACP, a medida em mg/L que foi registrado no visor do etilmetro, ou a informao de que o condutor no conseguiu realizar o teste do etilmetro, dado seu estado fsico. Este

    procedimento se faz necessrio para se evitar a anulao do AIT em possveis contestaes administrativas ou

    judiciais, quanto legitimidade do teste manual.

    4.5 NOS CASOS DOS ACIDENTES DE TRNSITO

    Os policiais militares devero submeter ao teste do etilmetro os condutores dos veculos envolvidos em

    acidentes de trnsito com vtimas, os condutores que apresentarem indcios de embriaguez, os condutores que

    apresentarem sintomas de alterao da capacidade psicomotora e os condutores abordados em operaes

    policiais com foco especfico em embriaguez.

    Nos atendimentos de acidentes de trnsito em que tenhamos mais de um condutor envolvido, caso seja

    determinada a realizao do teste de etilmetro, a fim de evitar possvel argumentao de parcialidade, o

    teste dever ser ofertado a todos os condutores dos veculos envolvidos.

    Caso o condutor, que apresente indcios de estar dirigindo sob influncia de lcool, tenha se envolvido em

    acidente de trnsito com vtima, o policial dever tomar todas as providncias elencadas anteriormente,

    acerca dos artigos 165 e 277 do CTB, e conduzir, obrigatoriamente, o motorista ao DPJ correspondente.

  • 21

    4.6 DO PREENCHIMENTO DO LAUDO DE CONSTATAO DE ALTERAO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA

    O LCACP dever ser preenchido em trs casos, quais sejam, quando o condutor apresente sinais de alterao

    da capacidade psicomotora e se recusar a fazer o teste do etilmetro, quando por qualquer problema tcnico

    no for possvel a emisso da etiqueta do etilmetro (fita da impressora) ou ainda quando, apesar das

    tentativas, no for possveis concluir o teste no modo manual.

    O policial dever ficar atento na confeco do LCACP, pois nos casos de apresentao da alterao da

    capacidade psicomotora ou quando houver a impossibilidade de impresso da etiqueta do etilmetro, mas o

    valor apurado no teste for superior a 0,33mg/L, este laudo ser o documento comprobatrio do cometimento

    do crime capitulado no art. 306 do CTB.

    4.6.1 DA INFORMAO SOBRE A RECUSA EM SE SUBMETER AO TESTE DO ETILMETRO

    No primeiro campo do LCACP o policial militar dever marcar o quadrculo SIM se o condutor do veculo se recusou a fazer o teste do etilmetro (Ex.: 01) ou, se por falha na impressora ou na impossibilidade de

    concretizao do teste, no foi possvel seguir a rotina normal de impresso da etiqueta do etilmetro (Ex.: 02).

    Exemplo 01: Condutor que se recusa a realizar o teste do etilmetro.

    Exemplo 02: Condutor informa que se submeter ao teste do etilmetro, mas por falha na impressora ou na

    impossibilidade de concretizao do teste, no foi possvel seguir a rotina normal de impresso da etiqueta do

    etilmetro.

    ...

    ou

  • 22

    4.6.2 DAS INFORMAES REFERENTES AO CONDUTOR E AO VECULO/FATO

    Nestes campos, os Policiais Militares devero preencher as informaes demandadas da mesma forma que o

    preenchimento dos outros documentos, sendo a nica informao atpica, o nmero do AIT que faz referncia

    ao LCACP. Ou seja, no campo AIT dever ser informado o nmero do Auto de Infrao de Trnsito que foi lavrado com a codificao 5169 para o veculo.

    Os nmeros de outros AIT, que por ventura tenham sido lavrados contra o condutor, mas que no sejam pela

    infrao do art. 165 ou 3 do art. 277, ambos do CTB (5169), podero ser relacionados no campo

    observaes, mas no no campo VECULO/FATO.

    Exemplo:

    4.6.3 DO CAMPO RELATO DO CONDUTOR

    Neste campo o Policial Militar dever informar se o condutor est envolvido em acidente de trnsito ou no (se

    estiver informar o nmero do BOAT, quando possvel) e, depois de perguntar lhe se ingeriu bebida alcolica ou

    fez uso de substncia psicoativa que determine dependncia (sonferos, morfina, herona, ecstasy, cocana,

    anfetaminas, LSD, solventes, maconha, barbitricos, etc.), marcar o quadrculo correspondente.

    Caso o condutor responda ao policial que fez uso de lcool ou outra droga, ou informe ter utilizado as duas

    substncias, o ME dever lhe perguntar quando foi que o mesmo fez uso pela ltima vez e anotar a informao

    no campo Quando, utilizando sempre o perodo em horas.

    Exemplo:

    4.6.4 DO CAMPO O CONDUTOR APRESENTA

    Este campo, junto com o campo Atitudes do condutor so os campos mais relevantes para a anlise dos sinais apresentados pelo condutor, na hora de formar convico sobre a existncia ou no do crime capitulado no

    art. 306 do CTB.

    No campo O condutor apresenta o policial dever obrigatoriamente indicar se so percebidos no condutor os sinais listados no LCACP, ou seja, se o examinado apresentar o sinal, o policial marca o campo SIM e se ele no apresentar marca o campo NO.

    O Policial Militar dever estar muito atento aos sinais apresentados pelo condutor e dever ter como parmetros

    para sua anlise as seguintes definies para a marcao dos campos SIM:

    a) Olhos vermelhos se configura pela vermelhido da superfcie branca dos olhos (esclertica);

    b) Odor de lcool no hlito - Durante a abordagem ao condutor, o policial dever estender a conversa,

    para entre outras coisas, consiga perceber se o motorista exala odor caracterstico de quem ingeriu

    bebida alcolica;

    c) Dificuldade no equilbrio Para anlise deste item o policial dever observar a postura e os movimentos apresentados pelo condutor quando ele estiver sentado, em p e caminhando. Dever ser marcado o

    campo SIM quando o condutor apresentar movimentos pouco coordenados, falta de fluncia rtmica nos movimentos, utilizao dos braos para o equilbrio, dificuldade de se manter imvel em p ou falta

    de controle dos parmetros de movimentos (fora, velocidade, direo e etc.);

  • 23

    d) Fala alterada so exemplos de problemas relacionados fala do condutor que ensejar a marcao

    do campo SIM: Dico lenta, inaudvel, incompreensvel, com interrupo da fala antes da exposio da ideia, etc.;

    e) Desordem nas vestes Este item dever ter o SIM marcado quando o condutor apresentar falta de peas de vesturio para a situao, desalinho das roupas, roupas vestidas de maneira inadequadas (ao

    avesso, botes em casas erradas, exageradamente amarrotadas, etc...);

    f) Sonolncia o estado intermedirio entre a viglia e o sono. Para configurar este estado o condutor dever apresentar lentido ao picar os olhos ou ter cochilado durante os procedimentos administrativos;

    g) Vmito a eliminao ativa do contedo estomacal; e

    h) Exaltao Apresentar exaltao o condutor que se mostrar excessivamente irritado, eufrico ou exagerado nos tons dos seus comentrios ou gestos.

    Exemplo:

    4.6.5 DO CAMPO ATITUDES DO CONDUTOR

    No campo Atitudes do condutor o policial dever obrigatoriamente indicar se so percebidos no condutor os sinais listados no LCACP, ou seja, se o examinado apresentar o sinal, o policial marca o campo SIM e se ele no apresentar marca o campo NO.

    Este campo, junto com o campo O condutor apresenta so os campos mais relevantes para a anlise dos sinais apresentados pelo condutor, na hora de formar convico sobre a existncia ou no do crime capitulado

    no art. 306 do CTB.

    O Policial Militar dever estar muito atento aos sinais apresentados pelo condutor e dever ter como parmetros

    para sua anlise as seguintes definies para a marcao dos campos SIM:

    a) Sabe onde est O policial dever perguntar ao condutor examinado se ele sabe onde est, caso a resposta seja o nome da via, do bairro ou de alguma outra informao que coincida com o local da

    abordagem, o campo SIM dever ser marcado;

    b) Sabe a data e a hora Assim como no caso da pergunta sobre o local, o condutor dever ser questionado se sabe o dia e a hora. Se informar a dia, ms e ano ou ainda o dia da semana, bem

    como a hora aproximada, o policial dever marcar o campo SIM;

    c) Sabe seu endereo O policial dever perguntar ao condutor o seu endereo de residncia, que poder ser checado pelo Sistema do DETRAN. Caso o endereo coincida, ou o condutor justifique a

    diferena dos dados, o campo SIM dever ser marcado;

    d) Lembra dos atos cometidos No momento da confeco do LCACP o policial dever perguntar ao condutor detalhes do momento da abordagem. No caso de coincidncias, dever ser marcado o

    campo SIM;

    e) Agressividade Para a anlise deste comportamento o policial dever observar se o condutor formula ameaas, profere xingamentos ou agride de qualquer outra forma. Em caso positivo, marcar o campo

    SIM;

    f) Arrogncia Para a definio deste comportamento, o policial dever levar em considerao que a ausncia de humildade, ou seja, estar agindo com arrogncia o condutor que durante a conversa

    supor estar num nvel superior ao do policial, que se apresentar como detentor de todos os

    conhecimentos e ter convico da impunidade;

  • 24

    g) Ironia O policial dever marcar o item SIM deste campo quando o condutor examinado se

    apresentar sarcstico, zombeteiro ou usando frases com duplo sentido, com intuito de zombar do

    policial ou da situao;

    h) Falante Como o policial no pode afirmar se o condutor naturalmente um falante inveterado ou no, para marcar um SIM neste campo, dever ter como parmetros sua prtica profissional e social para informar se o condutor est ou no falando acima do que considerado apropriado para o

    momento; e

    i) Disperso Para a comprovao de que o condutor est disperso, o policial dever observar se as suas perguntas, determinaes ou conversas so imediatamente correspondidas pelo motorista.

    Exemplo:

    4.6.6 DO CAMPO CONSTATAO DO AGENTE DA AUTORIDADE DE TRNSITO

    Neste campo o ME grifar seu entendimento acerca da substncia utilizada pelo condutor que ensejou a

    alterao da sua capacidade psicomotora descrita nos itens anteriores.

    Exemplo:

    4.6.7 DO CAMPO TESTEMUNHAS

    No campo Testemunhas o policial dever relacionar possveis testemunhas da situao fsica e mental do condutor abordado.

    Como forma de iseno, seria interessante que as testemunhas fossem civis que tenham presenciado a

    abordagem e o exame, no entanto, o policial nunca poder arrolar pessoas que tenham interesse na situao (parte contrria, amigos das condutores, outros notificados, parentes, etc...), restando neste caso, outros policiais

    como testemunhas.

    4.6.8 DO CAMPO OBSERVAES

    No campo Observaes os Agentes devero relatar todos os fatos complementares que possam ser elucidativos no caso de futuros questionamentos judiciais ou administrativos.

    O policial dever ter sempre em mente que, assim como no caso da lavratura dos AIT, ele dispe de f pblica

    enquanto age em nome da Autoridade de Trnsito, ou como Agente policial, desta forma, quando os

    documentos so convenientemente preenchidos, dificilmente podero ser anulados ou declarados

    insubsistentes, se no deixarem dvida sobre os fatos constatados.

    4.6.9 DOS CAMPOS DE IDENTIFICAO DO POLICIAL E ASSINATURA DO CONDUTOR

    Nestes campos os policiais devero se identificar pelo Posto/Graduao com o nome de Guerra, o nmero do

    RG/NF e a assinatura.

    No caso da assinatura do condutor, o policial nunca poder esquecer de, no caso de recusa em assinar,

    informar no campo Assinatura do condutor o motivo da no aposio da mesma (recusou-se a assinar, evadiu-se do local, hospitalizado, etc...).

    4.6 DO PREENCHIMENTO DO AIT COM A CODIFICAO 5169

    O policial dever ter especial ateno aos campos Tipificao da Infrao e Campo Complementar da Infrao, restando aos outros campos a orientao geral acerca do seu preenchimento. Neste sentido o AIT dever ser confeccionado seguinte maneira:

  • 25

    4.6.1 COM O TESTE DO ETILMETRO REALIZADO

    Caso haja constatao da infrao do art. 165 do CTB, com a execuo do teste pelo condutor, o policial

    dever ter especial ateno ao campo Tipificao da Infrao do AIT. O primeiro passo a marcao do terceiro quadrculo, correspondente ao cdigo 5169-1 Dirigir sob influncia de lcool. Depois de informada a tipificao a preocupao passa a ser:

    a) Instrumento/Equipamento utilizado Neste campo dever ser informado qual equipamento utilizado pelo policial para a realizao do teste, incluindo o nome e o nmero de srie do aparelho. Caso a extenso

    seja insuficiente para acomodar todas as informaes, dever ser indicado o nome do aparelho no

    campo passando o nmero de srie a ser informados no campo Campo Complementar da Infrao.

    b) Medio realizada Este campo dever ser preenchido com o valor expresso no visor do etilmetro e impresso na fita do mesmo. O policial utilizar duas casas decimais aps a vrgula, ou seja, trabalhar com

    centsimos.

    c) Medio considerada Dever ser utilizada a tabela do Anexo XIII deste Manual (Anexo I da Res. CONTRAN 432/13), de maneira que a Medio Realizada (MR) seja convertida em Medio Considerada

    (MC).

    d) Limite permitido Como discorrido anteriormente, no existe limite permitido para concentrao de lcool no sangue dos motoristas, logo este campo dever ser sempre preenchido com 0,00.

    e) Sem a realizao do teste do etilmetro - Com a recusa do condutor em se submeter ao teste do

    etilmetro, o policial dever relatar os sintomas apresentados pelo condutor ou, no caso de crime do art.

    306 do CTB, confeccionar o LCACP. Diante disso, o campo mais relevante, neste caso, ser o Campo Complementar da Infrao, que dever conter obrigatoriamente o nmero LCACP, os sintomas observados no condutor, o nmero do TC ou BOP confeccionados, o nome do condutor que assumiu a

    direo do veculo, alm de outras informaes julgadas importantes pelo policial.

    Exemplos: 1- Com teste de etilmetro

    2- Sem teste do etilmetro e sem crime do art. 306 do CTB

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    3- Sem teste do etilmetro e com crime do art. 306 do CTB

    Observao: No conveniente que sejam apostas informaes redundantes com as narradas no LCACP ou no

    BOP, sob risco de haver alguma tipo de contradio ou inconsistncia no processo de autuao.

    4.7 DO PREENCHIMENTO DO BOP

    Antes de tratar do modo de preencher os documentos (BOP/TC), torna-se necessrio deixar claro que o BOLETIM

    DE OCORRNCIA POLICIAL dever ser confeccionado quando do encaminhamento do detido ao DPJ, ou seja,

    quando o policial tiver que apresentar o condutor ao Delegado de Polcia. Caso contrrio, ou seja, quando tiver

    que encaminhar a documentao para a Unidade, para ulterior encaminhamento, o policial dever marcar o

    quadrculo TERMO CIRCUNSTANCIADO.

    O preenchimento do BOP/TC dever seguir as seguintes regras:

    a) Campo I DADOS REFERENTES OCORRNCIA

    Este campo dever dispor das informaes acerca do local onde foi constatada a conduta infracional.

    Exemplo:

    b) Campo II DADOS REFERENTES S PESSOAS ENVOLVIDAS NA OCORRNCIA Neste campo o policial dever escrever as informaes acerca do condutor flagrado conduzindo com

    alterao da capacidade psicomotora. Como as informaes sobre todos os envolvidos j constaro

    no LCACP, o policial dever narrar alm do envolvimento, no caso do condutor, o n da CNH, UF e

    Categoria. Dos demais envolvidos (testemunhas e agente) devero ser informados apenas o nome e o

    n da CI ou outro documento. Exemplo:

  • 27

    c) Campo III DESCRIO DOS MATERIAIS APREENDIDOS/RECOLHIDOS

    Neste campo o policial informar se houve recolhimento de materiais, documentos ou veculo, no

    deixando de citar o nmero da Guia de Remoo de Veculo (GRV), se for o caso, e o nmero dos

    documentos recolhidos.

    d) Campo IV DADOS PERTINENTES PRISO

    e) Campo V HISTRICO

    No histrico o policial far referncia ao teste do etilmetro ou ao LCACP que fora preenchido e, se

    necessrio, narrar outras informaes que julgar importantes para anlise futura.

    Exemplos: 1 Sem o teste do etilmetro

    Exemplo: 2 Com o teste do etilmetro

    f) Campo VI TERMO DE COMPROMISSO

    Neste campo, que s ser preenchido se for TC, o policial escrever Juzo especializado, quando intimado e solicitar a assinatura do autor e das testemunhas.

    Exemplo:

    g) Os Campos VII e VIII so referentes identificao de quem confeccionou o BOP/TC e a de quem o

    est recebendo.

    4.8 DA UTILIZAO DE ALGEMAS PELOS ME NO CASO DE CONSTATAO DE CRIMES DE TRNSITO

    O policial dever ter sempre em mente que as algemas so dispositivos de conteno, que podero ser

    utilizados em casos de resistncia e de fundado receio de fuga ou de perigo integridade fsica prpria ou

    alheia, por parte do preso ou de terceiros. Neste sentido o Supremo Tribunal Federal se manifestou atravs da

    Smula Vinculante n 11 de 13 de agosto de 2008. Dessa forma, o policial dever estar consciente de que o uso

    de fora fsica excepcionalmente autorizada, em alguns dispositivos legais vigentes, ou seja, uma exceo, e

    no regra a ser seguida pelo policial.

    Ciente disso, o policial dever ter em mente que se for necessria a conteno do condutor atravs do uso de

    algemas, ela dever ser realizada moderadamente, proporcionalmente e razoavelmente, com o intuito de

    conter o detido para encaminh-lo Delegacia de Policia por ter sido flagrado cometendo algum ilcito penal.

    4.9 DOS CASOS DE FUGA DOS CONDUTORES APS A ABORDAGEM

    O policial dever ter em mente que as infraes, independem de permanente contato com o condutor. Muito

    embora seja indispensvel um contato prvio, numa eventual situao em que o condutor abordado e seja

    constatada uma infrao