Ciência Do Direito – Wikipédia, A Enciclopédia Livre

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    04/06/2016 Ciência do direito – Wikipédia, a enciclopédia livre

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    Ciência do direitoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

    Ciência do direito faz referência à maneira de se entender o Direito por meio de método científico, isto é,como um conhecimento sistematizado em paradigmas, passível de observação, verificação e falseabilidade,com explanações fundamentadas em uma teoria científica.

    A ideia de uma Ciência do direito em seu sentido estrito normalmente é associada ao positivismo jurídico, que,a partir de uma distinção entre fato e valor, teria buscado excluir ou pelo menos diminuir a influência da moral

    e dos valores no Direito. [1] Nesse sentido, a Ciência do direito estaria fundada num fenômeno objetivo eobser váve l e não em valores relativos e subjetivos .[2]

    A Ciência do Direito é distinta da filosofia do direito, Teoria Geral do Direito e da doutrina jurídica, disciplinasque apesar de rigor metodológico, não dependem de observação, verificação e falseabilidade, com explanaçõesfundamentadas em uma teoria científica como é caso da Ciência do Direito. Tanto os doutrinadores e

    usfilósofos pertencem antes ao campo das humanidades que ao campo da Ciência.

    Em um sentido amplo, o termo é costumeiramente refere- se ao estudo do direito.

    Índice1 Evolução Histórica2 Abordagens

    2.1 O direito como ciência na Teoria Pura do Direito

    2.2 Kirc hmann e a p ossibilidade de uma ciência jurídica3 Referências4 Bibliografia

    Evolução HistóricaO conceito teria sido fundado por Jo hn Austi n (jurista) , um dos primeiro s a estabelec er a distinção entre Direito

    e moral [3] e adquiriu especial importância com o a dvent o da Teor ia Pura do Di reito, obra do jurista austríacoHans Kelsen, que buscava uma teoria do direito positivo, científica e alheia de todos os elementos que lhe sãoestranhos (como a política, a moral, etc.)

    Todavia, não são todos os autores que aceitam o caráter científico do direito. Dentre os que negam, destaca-seJulius von Kirchmann.

    Houve, dos séculos XVII e XVIII para o século XIX, uma mudança do paradigma da ciência que trouxeconsequências para o pensamento jurídico. No primeiro período, em que a geometria e a física eram as ciênciasdominantes, os juristas nelas se inspiravam, buscando aplicar ao direito o modo geométrico de pensar. Já noséculo XIX, voltavam-se para a história natural, que parecia ser o paradigma científico da época. Junto a isso,verificou-se uma tendência do século XIX de aplicar a ciência às ações humanas, contexto no qualdesenvolvem-se a economia, a sociologia e a ciência política como ciências autônomas. Ainda nesse contexto, ouristas passaram a ser chamados a colaborar na tarefa de administrar cientificamente a sociedade, e o direito

    passou a ser visto como um dos seus instrumentos de direção. [4]

    Abordagens

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Moralhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Pura_do_Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cient%C3%ADficahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Observa%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Verifica%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Falseabilidadehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADficohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Kelsenhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Pura_do_Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Moralhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/John_Austin_(jurista)https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Humanidadeshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cient%C3%ADficahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Falseabilidadehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Verifica%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Observa%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Geral_do_Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_do_direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Moralhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Valorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Fatohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Positivismo_jur%C3%ADdicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cient%C3%ADficahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Falseabilidadehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Verifica%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Observa%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmahttps://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADficohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Direito

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    Há duas grandes vertentes de abordagem científica do fenômeno jurídico. Uma é fundada nas ciências sociais,como a sociologia jurídica, antropologia jurídica e psicologia jurídica. Outra é fundamentada que o direito umavez posto já se torna um fenômeno examinável em sim, sem levar em conta valores ou elementos extrínsecos aesse direito positivado. Nessa abordagem, aparece a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen.

    O direito como ciência na Teoria Pura do Direito

    Logo no segundo parágrafo da Teoria Pura do Direito, Kelsen afirma ser ela "ciência jurídica e não política do

    Direito" [5] Ou seja, o que o autor buscou nela foi criar uma teoria que explicasse o Direito positivo em geral e

    que, ao mesmo tempo, "libertasse a ciência jurídica de todos os elementos que lhe são estranhos" [6] Assim, oobjeto da ciência jurídica são as normas jurídicas (e a conduta humana, porém apenas na medida em queconstitui conteúdo de normas jurídicas). Além disso, trata-se ela de uma ciência normativa, pois limita-se aoconhecimento e descrição das normas e às relações entre fatos constituídas pelas próprias normas. Opõe-se,assim, às ciências da natureza, que visam o conhecimento, informado pela lei da causalidade, de processosreais.

    Kirchmann e a possibilidade de uma ciência jurídica

    Kirchmann contrapõe o caráter individual do direito frente à generalidade própria aos demais objetoscientíficos, pois o modelo científico de seu tempo era o das ciências naturais, com um método fundado naobservação neutra. Isto é, o direito pertence à categoria das coisas irredutíveis a uma esquematização em umalei geral, porque é essencialmente mutável e, portanto, torna-se impossível uma ciência cujo objeto escaparia

    sempre de seus juízos de generalização. [7]

    Referências1. DOUZINAS; GEAREY, 2005

    2. DOUZINAS; GEAREY, 20053. MARKBY, 1886.4. LOPES, 2006.5. KELSEN, 2009. P. 1.6. KELSEN, 2009, p. 1.7. NOVELLI, 2006.

    BibliografiaDOUZINAS, Costas; GEAREY, Adam. Critical jurisprudence. The political philosophy of justice. Oxford:

    Hart, 2005.KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito / Hans Kelsen ; tradução João Baptista Machado. - 8a. ed. - EditoraWMF Martins Fontes, 2009.

    LOPES, José Reinaldo de Lima. Curso de História do Direito/ José Reinaldo de Lima Lopes, Ragael MafeiRabelo Queiroz, Thiago dos Santos Acca - São Paulo: Método, 2006.

    MARKBY, William. Elements of law considered with reference to principles of general jurisprudence. Oxford:Clarendon, 1886.

    NOVELLI, Mariano Horacio. Las ideas de Kirchmann acerca de la ciencia jurídica. Consideraciones sobreEpistemología y Derecho. Revista del Centro de Investigaciones en Filosofia Juridica y Filosofia Social, Vol 29(2006). Disponível em:http://www.cartapacio.edu.ar/ojs/index.php/centro/article/view/907. Acesso: 04/04/2012.

    http://www.cartapacio.edu.ar/ojs/index.php/centro/article/view/907https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Pura_do_Direitohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Kelsenhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_jur%C3%ADdicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_jur%C3%ADdicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia_jur%C3%ADdica

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