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Ciência Política e Economia Política Internacional: redesenhando (e transpassando) fronteiras Lourdes Sola [email protected] Simpósio Desafios para a Ciência e Tecnologia no Brasil FAPESPABC 23 de novembro de 2016

Ciência Política e Economia Política Internacional: redesenhando (e

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Ciência Política e Economia Política

Internacional: redesenhando

(e transpassando) fronteiras

Lourdes [email protected]

Simpósio Desafios para a Ciência e Tecnologia no Brasil

FAPESP–ABC

23 de novembro de 2016

CP-EPI : em vias de implantação?

CP-EPI – razões do interesse

O estado das artes : doméstico x internacional

Vários déficits x oportunidades e impacto

potencial.

1. crises duais – economia/política

2. inserção sistema internacional

3. ciências sociais – inward looking mas

building blocks, em vias de implantação.

Perspectivas: multidisciplinaridade e

internacionalização.

Questões Estratégicas

Em que sentido é subdisciplina e tributária de

quais outras?

Em que sentido é um campo globalizado?

Em que pé estamos no Brasil?

Os paradoxos.

O “estado das artes”.

Condições de breakthrough e iniciativas.

EPI: um centro gravitacional e uma fronteira móvel

O Estado das artes nas fronteiras avançadas

As características distintivas, relativa convergência:

Núcleo analítico – disciplinas das quais é tributária

Desafio comum para além das diferenças de tradição: a

interação entre doméstico e internacional pressupõe

building blocks

Forma de inserção do Estado na geografia de poder

econômico internacional – condiciona a formulação das

agendas de pesquisa (EE,UK, etc., emergentes).

EPI na fronteira, um ponto de chegada:

estado das artes – confluência

Por que uma fronteira móvel: redesenhos cooperativos.

As condições e pressupostos básicos

Estudo das interações dinâmicas entre os

fatores doméstico e internacional, depende:

da qualidade da scholarship acumulada sobre

cada dimensão.

linha divisória entre normatividade/positividade.

Transdisciplinaridade – uma perspectiva

pluralista: paralelo com ciências ambientais ?

O Estado das artes nas fronteiras:

“outside in”, “inside out”

Maturidade da subdisciplina

Redesenho da EPI aponta para a transdisciplinaridade

Proliferação de issue areas nas quais os fatores econômicos

internacionais e relações de poder se entrelaçam (segurança,

terrorismo, justiça distributiva)

Difusão de poder internacional e processos de “emergência”

Globalização e mudança nas estruturas poder internas: a

emergência da autoridade privada

Refinamento dos métodos qualitativos e quantitativos: por

onde passa

Dois paradoxos

Crises “duais” – econômica e política com contexto

internacional em transformação;

Pontos-chave de confluência: instituições;

Transdisciplinaridade: movimento inverso;

Os building blocks? Estado das artes

1. CP (interesses, instituições, processos de

agregação/delegação) –

2. RI-EPI é periférica – dispersa e rarefeita.

3. Implantação pós-graduação: nas últimas décadas: 47

cursos de CP e RI.

CP e EPI no Brasil

EPI no Brasil: desafios e limitações

Dificuldade de converter o campo em um “hub” a partir do

qual se articulam diferentes disciplinas em torno a agendas

de pesquisa issue areas delimitadas.

Inward looking – dupla dificuldade combinar

1. inside out, outside in simultaneamente;

2. uma transição incompleta: disputa em torno a

paradigmas.

Campo “desigual e combinado” – disperso e rarefeito.

Pesquisadores sediados nas instituições privadas e think

tanks (PUC-Rio, FGV-Rio, FGV-SP, Insper e COPPE) e

públicas (USP, Unicamp, UFRJ, UFSC e IESP).

EPI no Brasil: para um breakthrough

A implantação em países de desenvolvimento tardio tem

características distintivas: forma de inserção, cenário

internacional em formação afeta as formas de interação

dinâmica entre fatores domésticos/internacionais.

Por uma estratégia de desenvolvimento à la Hirschman:

1. implantação passa por um duplo movimento: a

nacionalização dos “setores” com maior efeito

multiplicador (forward/backward linkages) –

simultaneamente à internacionalização

2. Maior consenso sobre a linha divisória entre

normatividade/positividade.

3. Escola de Verão IPSA-USP

Um Experimento de internacionalização bem sucedido

Escola de Verão sobre conceitos e métodos em CP-RI:

parceria entre IPSA-DCP-IRI/USP.

Características: unificação Europa e EUA – ensino e

pesquisa “globalizados”.

Oferece treinamento avançado em métodos

qualitativos e quantitativos de Ciências Sociais

(parceria entre a IPSA, o DCP e o IRI-USP)

Por que um experimento bem sucedido: a maior

escola IPSA do Sul Global.

Pluralismo e multi-métodos

Impacto

IPSA-USP Summer School

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2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

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IPSA-USP Summer School 2010-2016

Argentina

Brazil

Cameroon

Canada

Ecuador

France

Germany

Israel

Mexico

Portugal

Switzerland

Tanzania

Turkey

United States

United Kingdom

Uruguay

225 student-modules from 43 institutions and 16 countries

Um experimento em vias de implantação:

Research Committee on IPE – IPSA

O Comitê de Economia Política Internacional da IPSA (RC

51) foi criado em dezembro de 2012.

O objetivo do RC 51 é avançar, teoricamente e a partir de

estudos empíricos, na análise das transições de poder

econômico e das transformações na geografia do poder,

internacionais e domésticas , e seu impacto no processo

de "rebalancing” da economia mundial.

Tem por foco as formas de inserção das democracias de

mercado emergentes; as variações na resposta às crises

internacionais e na forma participação nos processos de

governança global.