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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010. ISSN 1415-6326 CIÊNCIA VETERINÁRIA NOS TRÓPICOS

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

ISSN 1415-6326

CIÊNCIA VETERINÁRIA NOS TRÓPICOS

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CIÊNCIA VETERINÁRIA NOS TRÓPICOS

Volume 13, Suplemento 2, setembro, 2010

INFORMAÇÕES GERAIS

A revista Ciência Veterinária nos Trópicos é editada quadrimestralmente pelo

Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco - CRMV - PE, e destina-se a

divulgação de trabalhos técnico-científicos (trabalhos originais de interesse na área de

ciência veterinária, ainda não publicados, nem encaminhados a outra revista para o

mesmo fim) e de notícias de cunho profissional, ligadas a área de ciência veterinária.

Reconhecida como veículo de divulgação técnico-científica pelo Conselho Federal de

Medicina Veterinária (Resolução no 652, de 18 de novembro de 1998).

Endereço para Assinatura e correspondência:

Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco - CRMV - PE

Rua Conselheiro Theodoro, 460 - Zumbi. CEP 50711-030 Recife, PE, Brasil.

Telefone: (081) 3227.2517 - Fax: (081) 3227.2092.

Informações a respeito do Regulamento Editorial e Normas de Estilo poderão ser obtidas

através do site: http://www.crmvpe.com.br/revista.htm e do e-mail:

[email protected] ou [email protected]

Os artigos publicados nesta Revista são indexados nas bases de dados:

CABI ABSTRACTS, AGRIS E AGROBASE

Ciência Veterinária nos Trópicos, v. 1, n.1 (1998) - Recife: CRMV - PE, 1998 Quadrimestral

ISSN 1415-6326 1. Veterinária - Ciência - Periódico I. Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco, Recife, PE.

CDD 636.08905

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

ANAIS IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS VETERINÁRIOS

DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE 24 a 26 de setembro de 2010 - Praia de Portos de Galinhas, Ipojuca-PE

SUMÁRIO

Pag.

CARIELI, E.P.O.; LIRA, L.B. ; VAZ, S.G.; RÊGO,

E.W.; MENDES, S.K.M.; MANSO FILHO, H.C.

Cavalo de cavalgada: bioquímica sanguínea em

diferentes grupos de idade...................................9

LIMA, M.C.; COSTA NETO, J.N. Displasia fiseal

(epifisite) em potro quarto de milha....................10

BRANDÃO, R.R.G.; SILVA, B.C.; VALENÇA,

S.R.F.A.; CAJÚ, F.M. Frequência de afecções

distribuídas por aparelho dos equideos atendidos

no hospital veterinário cesmac...........................11

PIMENTEL, M.M.L.; CÂMARA, F.V.; FREITAS,

Y.B.N.; CATUNDA NETO, A.; FERREIRA, A.L.;

AGUIAR, K.K.; FONTES, M.D.P.; DIAS, R.V.C.;

SOUZA, M.V.. Biometria em equinos mestiços de

vaquejadas no Rio Grande do Norte, Brasil.......12

LOUREIRO, A.B.; SILVA, A.E.; DUARTE, T.L.;

LEAL, L.D.; CARDOSO, E.A.; BATISTA, N.M.;

MANSO FILHO, H.C. Curva glicêmica após a

suplementação com farelo de vagem de algaroba

(Prosopis juliflora) em cavalos............................13

ALMEIDA, T.L.A.C.; MELO, S.K.M.; SANTIAGO,

T.A.; WILLCOX, E.; MANSO, H.E.C.C.C.;

MANSO FILHO, H.C. Mortalidade em equinos em

Pernambuco: estudo de caso.............................14

Pag.

SILVA, D.G.B.; TORRES, S.M.; MOTA, A.E.

Ehrlichiose e leptospirose em equino: relato de

caso....................................................................15

CARDOSO, E.A.; CARDOSO, F.S.; MELO,

D.P.B.B.; FERREIRA, L.M.C.; MANSO,

H.E.C.C.C.; MANSO FILHO, H.C. Frequência

cardíaca em cavalos marchadores durante teste

de simulação de marcha.....................................16

LIRA, L.B.; VAZ, S.G.; ALMEIDA, T.L.A.C.;

CARIELI, E.P.O.; MANSO FILHO, H.C.;

TEIXEIRA, M.N. Amplitude de tamanho dos

eritrócitos em cavalos de cavalgada...................17

ALMEIDA, L.E.; ALMEIDA, R.D.; BASSO, K.M.;

OLIVEIRA, L.A.; ROLIM, R.D.; YAMASAKI, L.;

Miopatia fibrótica em equino: relato de caso......18

SILVA, A.E.M.; MELO, D.P.B.B.; PEREIRA, V.C.;

WILLCOX, E.; CARDOSO, E.A.; MANSO,

H.E.C.C.C.; FERREIRA, L.M.C.; MANSO FILHO,

H.C. Hematócrito e proteínas plasmáticas totais

em equinos suplementados com milho

submetidos a diferentes processamentos..........19

COSTA, M.S.; TINOCO, A.A.C.; LEANDRO,

E.E.S.; MASCARENHAS M.N.; PALMA, V.A.;

RIZZO D.A. Hematoma etmoidal progressivo em

cavalo de vaquejada - relato de caso................20

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

SILVA, R.J.; OLIVEIRA, K.P.; MESQUITA, E.P.;

FAGUNDES, R.H.S.; VAZ, B. B. D.; SANTOS,

B.M. Gel de Aloe vera (babosa) in natura na

cicatrização de ferida cutânea em equino: relato

de caso...............................................................21

BROMERSCHENKEL, I.; FERREIRA, L.;

OLIVEIRA NETO, C.R.; COSTA, M.N.C.;

MARTINS, C.B. Intussuscepção de jejuno em

potro - relato de caso..........................................22

VELOSOS NETO, H.F.; SOUZA, M.I.;

COUTINHO, L.T.; QUIMARÃES, J.A.; RIET-

CORREA, F.; FERREIRA, L.E.P.A. Papilomatose

em equinos: relato de caso.................................23

SILVA, K.M.G..; SILVA, M.A.R.; SANTOS, F.L.;

VIEIRA, R.T.A.; ANDRADE, R.L.F.S.; FREITAS,

A.C. Presença do Papilomavirus bovino tipos 1 e

2 e expressão gênica em sangue periférico de

equinos do Brasil................................................24

SIQUEIRA, C.C.; GRAÇA FILHO, U.C. Acidente

botrópico em equino no Recôncavo Baiano: relato

de caso...............................................................25

LEAL, L.D.; MANSO, H.E.C.C.C.; GOUVEIA,

A.B.; REGIS, B.A.; BATISTA, N.M.; CUNHA,

S.C.F.G.; MANSO FILHO, H.C. Enfermidade

ocular congênita em cavalos Campolina............26

PINHEIRO, L. M.; MAIA, A.P.L.; FRAGOMENI,

B.O. Efeito do Promater® no desempenho

reprodutivo de doadoras de embrião equino da

raça Mangalarga Marchador...............................27

MELO, J.M.; MANSO, H.E.C.C.C.; DUARTE, T.L.;

MARTINS NETO, J.C.; ALMEIDA, T.L.A.C.;

CARDOSO, F.S.; MANSO FILHO, H.C. Hérnia

escrotal congênita associada ao

criptorquidismo...................................................28

ARAÚJO, I.G.R.; BEZERRA, K.B.; DORNBUSCH,

P.T. Uso de neurolítico em deformidade flexural

cárpica em potro.................................................29

CARDOSO, F.S.; SANTIAGO, T.A.;

MAGALHÃES, F.J.R.; MARTINS NETO, J.C.;

MANSO, H.E.C.C.C.; MANSO FILHO, H.C.

Biometria corporal e testicular em cavalos.........30

MELO, L.C.S.; MANSO FILHO, H.C.;

REVORÊDO, R.G.; SILVA, E.R.R.; FAGUNDES,

R.H.S.; SILVA, R.J.; VAZ, B.B.D. Fixação dorsal

patelar em equino – relato de caso....................31

BELLI, G.S.; CARRARA, C.H.; CASALECCHI,

F.L.; VITORINO, A.S. Mastite em potra: relato de

caso....................................................................32

COSTA, M.N.C.; BROMERSCHENKEL, I.;

FERREIRA, L.; MARTINS, C.B. Distocia fetal

versus laminite aguda em égua - relato de

caso....................................................................33

MELO, S.K.M.; ALMEIDA, T.L.A.C.; SANTIAGO,

T.A.; MELO, R.E.; SILVA, A.E.; MANSO,

H.E.C.C.C.; FERREIRA, L.M.C.; VAZ, S.G.

Metabolismo proteico sanguíneo após a

suplementação com farelo de vagem de algaroba

(Prosopis juliflora) em equinos...........................34

CÂMARA, F.V.; PIMENTEL, M.M.L.; DANTAS,

R.A.; PEDROZA, H.P.; PESSOA, H.F.;

GRAMELEIRA, J.S.; AGUIAR, K.C.S.; DIAS,

R.V.C.; SOUZA, M.V. Biometria de equinos da

raça Paint Horse em vaquejadas no Rio Grande

do Norte, Brasil...................................................35

SANTOS, F.C.O; SOUZA, M.I.; DANTAS, A.C.;

RIET-CORREA, F.F.; REGO, R.O.; SILVA,

M.L.C.R.. Raiva equina – relato de caso............36

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

MELO, M.M.O.; MANSO FILHO, H.C.; ABREU,

J.M.G. “Custo cavalo” na cavalaria da Polícia

Militar (EPMONT-CE) no período de maio/2009 a

abril/2010............................................................37

REGIS, B.A.; MELO, J.M.; MANSO, H.E.C.C.;

MAGALHÃES, F.J.R.; CARDOSO, F.S.; MANSO

FILHO, H.C. Tratamento de contratura dos

tendões flexores digitais congênita com

oxitetraciclina......................................................38

SILVIA, K.M.G; SANTOS, F.L.; ANDRADE,

R.L.F.S.; VIEIRA, R.T.A.; MENDONÇA, L.B.R.;

TORRES, S.M.; KORINFSKY, E.W.. Redução de

carcinoma espinocelular em equinos utilizando

sulfato de cobre..................................................39

RIBEIRO, D.B.; FERREIRA, P.S.S.; OLIVEIRO,

R.M.R.; COELHO, M.O. ; BENTES, M.E.A.;

SILVA, J.S.; FIGUEIREDO, H.F.; MANGAS, T.P.

Perfil sócio-econômico do serviço de tração

animal em Belém-Pará.......................................40

CHAGAS, C.A.; MOTA, A.E.; TORRES, S.M.;

SILVA, D.G.B.; LIMA, P.F. Indução de ovulação

em éguas: uso comparativo da gonadotrofina

coriônica humana e do acetato de deslorelina..41.

ALMEIDA NETO, J.B.; SÁ, F.B.; LAGUNA

LEGORRETA, G.G.; RIBEIRO, M.L.A.

Hemorragia pulmonar induzida por exercício em

cavalos de vaquejada.........................................42

PORTO, R.A.N.; HENRIQUES, M.O.; CAMPOS,

C.H.C.; OLIVEIRA, E.P.; COLLODEL, T.;

SOARES, O.A.B.. Uso tópico de metronidazol em

cancro da ranilha em equino militar da Academia

Militar das Agulhas Negras: relato de caso........43

ANDRADE, A.T.; MELLO, A.J.; TUNON, G.I.L..

Pitiose equina tratada com iodeto de sódio: relato

de caso ..............................................................44

SANTIAGO, T.A; MANSO FILHO, H.C.; MANSO,

H.E.C.C.C.; ALMEIDA, T.L.; SILVA, F.S.;

MAGALHÃES, F.J.R.; SANTOS, F. L.

Concentração de aminoácidos no plasma em

cavalos “de esteira” após simulação de prova de

vaquejada...........................................................45

BOAKARI, Y. L.; ARRIVABENE, M.; MARQUES,

A.L.A.; LEAL, A.B.G.; LOPES, J.B. Ocorrência de

tenossinovite em equinos de vaquejada nos

estados do Piauí e Maranhão.............................46

CÂMARA, F.V.; PIMENTEL, M.M.L.; DANTAS,

R.A.; PEDROZA, H.P.; PESSOA, H.F.;

GRAMELEIRA, J.S.; AGUIAR, K.C.S.; DIAS,

R.V.C.; SOUZA, M.V.. Biometria de equinos da

raça Paint Horse em vaquejadas no Rio Grande

do Norte, Brasil...................................................47

CÂMARA, F.V.; PIMENTEL, M.M.L.; CATUNDA

NETO, A.; FERREIRA, A.L.; PEDROZA, H.P.;

PESSOA, H.F.; AGUIAR, K.K.; DIAS, R.V.C.;

SOUZA, M.V.. Biometria em cavalos Quarto de

Milha de vaquejada no Rio Grande do Norte,

Brasil...................................................................48

FAGUNDES, R.H.S.; SILVA, R.J.; D’ULTRA VAZ,

B.B.; ALBUQUERQUE, R.F.. Sarcóide equino:

relato de caso....................................................49

ALBUQUERQUE, R. F., FAGUNDES, R.H.S.,

SILVA, R.J., SILVA, E.R.R., D'UTRA VAZ, B.B..

Casuística de atendimentos realizados na Clínica

de Grandes Animais no Hospital Veterinário da

Universidade Federal Rural de Pernambuco,

Recife-PE, no período de janeiro de 2000 à junho

de 2010...............................................................50

RIZZO, D.A.; BROMERSCHENKEL, I.; COSTA,

M.N.C.; FERREIRA, L.; ARÊAS, V.S.; BARROS,

R.J.; SILVEIRA, T.L.; GUIMARÃES, L.C.; LUCAS,

F.L.; PORFÍRIO, L.C.; MARTINS, C.B.

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

Concentrações sanguíneas de lactato em éguas

submetidas ao concurso de marcha...................51

MARINHO, A.P.; FINGER, M.A.P.; DECONTO,I..;

DORNBUSCH, P.T.; ULLMANN, L.S.; LANGONI,

H.; BARRROS FILHO, I.R.; BARROS, C.C.;

PAMPUSCH, R.; BONANCIN, J.;

MORIKAWA,V.M.; BIONDO, A.W. Leptospirose

em cavalos carroceiros de Curitiba-PR e Região

Metropolitana......................................................52

SILVA, C.M.S.L., SANTANA, V.L.A., SOUZA,

M.M.A., SILVA, J.C., SILVA, H.V., SANTOS, F.L.

Ocorrência de casos de mormo no ano de 2008 e

2009 em propriedades submetidas a um regime

de vigilância sanitária no Estado de

Pernambuco.......................................................53

REVORÊDO, R.G.; MELO, L.C.S.; MANSO

FILHO, H.C.; SILVA, D.D.; SILVA, E.R.R.;

FAGUNDES, R.H.S.; SILVA, R.J.; MELO, L.E.H.;

VAZ, B.B.D.. Má-oclusão dentária em equinos –

relato de caso.....................................................54

MELO, R.E.; SILVEIRA, P.P.M.; MACHADO,

M.B.; SILVEIRA, A.V.M.; MANSO FILHO, H.C.

Mormo nos equideos em

Pernambuco.......................................................55

BARBOSA, F.P.S.; SOUZA, M.I.; COUTINHO,

L.T.; DANTAS, A.C.; SOUTO, R.J.C.; SILVA

FILHO, A.P.; FREITAS, B.C.. Obstrução esofágica

equina: relato de 06 casos..................................56

MONTE, G.M.S.; PESSOA, R.S.N.; PEREIRA,

M.F.; SANTOS, F.L.. Avaliação dos registros de

necropsias em equídeos entre 2000 e 2010 no

Hospital Veterinário da UFRPE..........................57

PESSOA, R.S.N.; MONTE, G.M.S.; OLIVEIRA,

K.P.; SANTOS, J.A.M.; SOUZA, J.H.;

FAGUNDES, R.H.S.; MENEZES, M.M.; SANTOS,

F.L. Botulismo equino: relato de caso................58

KIEVITSBOSCH, T.; MELO, C.M.; PAPA, F.O.;

MAGALHÃES, L.C.; MARTIN, I.; GUASTI, P.N.;

ROCHA, A.S.; DELL’AQUA JR, J.A.; MONTEIRO,

G.A.. Criopreservação de sêmen de epidídimo

garanhões utilizando diferentes metodologias de

congelação.........................................................59

PALMEIRA, R.B.; ASSIS A.C.O.; MEDEIROS,

J.M.A.; BACALHAO, M.B.M.; LIMA, S.M..

Avaliação enzimática muscular em equinos

(Equus caballus, Linnaeus, 1758) em treinamento

para vaquejada, sob repouso e pós - atividade

física...................................................................60

GOBESSO, A.A.O.; WAJNSZTEJN, H.;

GONZAGA, I.V.F.; ETCHICHURY, M.; TARAN,

F.M.P; MOREIRA, C.G.; CAULA, E.S. Minerais

orgânicos na prevenção de hiperparatireoidismo

nutricional secundário equino.............................61

NÓBREGA, S.M.D.; GONZAGA, I.V.F.; TARAN,

F.M.P; WANSZTEJN, H.; ETCHICHURY, M.;

GOBESSO, A.A.O.. Suplementação mineral de

potros criados em regiões com alta concentração

de minerais na água...........................................62

SEIDEL, S.R.T.; MARCHESAN, A.L.; SOUSA,

M.G; SILVA, M.A.G.. Estudo eletrocardiográfico

em equinos de tração no município de Araguaína

– TO....................................................................63

MEDEIROS, J.M.A.; MIRANDA NETO, E.G.;

ASSIS, A.C.O.; MEDEIROS J.M.; SILVA T.R.;

NÓBREGA NETO, P.I.; LIMA, S.M.. Estudo

retrospectivo de casos de síndrome cólica

diagnosticados no Hospital Veterinário da

Universidade Federal de Campina Grande, Patos,

Paraíba...............................................................64

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

PALMEIRA, R. B.; LIRA, M.A.A.; SOUZA, J.P.O.;

SILVA, T.R.; MIRANDA NETO, E.G.; NÓBREGA

NETO, P.I. Mastite em égua causada por Pythium

insidiosum...........................................................65

RIET-CORREA, B.; PIMENTEL, L.A.; DANTAS,

A.F.M.; MIRANDA NETO, E.G.; MAIA, L.A..

Encefalopatia hepática em equinos intoxicados

por Crotalaria retusa...........................................66

MELO, D.B.; PORTELA, R.A.; GALIZA, G.J.N.;

MEDEIROS, J.M.; NOBREGA NETO, P.I.; RIET-

CORREA, F. Amiloidose em equino...................67

SILVA, C.M.B.A.S.; MEDEIROS, J.M.A.; MELO,

D.B.; PALMEIRA, R.B.; SANTOS, E.D.; SOUZA,

J.P.O.; MIRANDA NETO, E.G..Laminite crônica

em equino...........................................................68

AGUIAR, G.M.N.; MELO, D.B.; PALMEIRA, R.B.;

LIRA, M.A.A.; SILVA, C.M.B.A.; MIRANDA NETO,

E.G. Ruptura do músculo gastrocnêmio em

equinos – relato de casos...................................69

MELLO, S.A.X.; SILVA, J.H.C.; MONTE, G.M.S.;

MELO, L.C.S.; XAVIER, G.A.A.. Identificação das

bases anatômicas correspondentes ao exterior do

corpo dos equídeos............................................70

LIRA, M.A.A; RIET–CORREA, B.; SANTOS, E.V.;

MIRANDA NETO, E.G.; SILVA, C.M.B.A.;

DANTAS, A.F. M.; GARINO JR., F.; MEDEIROS,

J.M.. Infecção por Aspergillus sp. na cavidade

nasal de um asinino: relato de caso...................71

SILVA, T.R.; ASSIS, A.C.O.; MEDEIROS, J.M.A.;

MELO, D.B.; MIRANDA NETO, E.G.; NÓBREGA

NETO, P.I.. Distocia em eqüídeos.....................72

CAMPÊLO COSTA, P.; ABREU, J.M.G.

Intoxicação natural por selênio em equinos no

Estado do Ceará.................................................73

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EDITORIAL

Mais uma vez a revista Ciência Veterinária nos Trópicos publica, em

suplemento “on line”, uma edição especial que contempla os resumos apresentadas

no IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS VETERINÁRIOS

DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE realizado, nesta ocasião, em IPOJUCA –

PE, nos dias 24, 25 e 26 de Setembro de 2010 no centro de convenções do Hotel

Armação na Praia de Porto de Galinhas.

A programação do evento conta com palestras e mesas-redondas, onde

atuarão palestrantes brasileiros e estrangeiros, versando sobre temas como

reprodução, claudicação, neonatologia, preparação do cavalo atleta, abdome agudo,

feridas, ortopedia, encelopatias, oftalmologia e empreendedorismo.

Esta edição visa dar maior divulgação ao conteúdo dos resumos, permitindo o

acesso àqueles que eventualmente não tiveram a oportunidade de participar do

simpósio.

Parabéns aos organizadores do Simpósio, pelo evento de alto nível.

Aurea Wischral

Editora

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9 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CAVALO DE CAVALGADA: BIOQUÍMICA SANGUÍNEA EM DIFERENTES GRUPOS DE IDADE

BLOOD BIOCHEMISTRY IN PLEASURE HORSES IN DIFFERENT AGE GROUPS

Carieli, E.P.O. 1; Lira, L.B. 2; Vaz, S.G. 2; Rêgo, E.W.4; Mendes, S.K.M.5 ; Manso Filho, H.C. 3

1. Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE. Av. Dom Manoel de Medeiros, S/n, Dois Irmãos -

PE.CEP: 52171-030. E-mail: [email protected]; 2. Médica Veterinária Residente,

DMV/UFRPE. 3. Professor, DZ/UFRPE.; 4. Professora, DMV/UFRPE; 5. Médica Veterinária

Autônoma.

A criação de cavalos de raças nacionais atualmente está associada a utilização desses

animais em passeios e cavalgadas em diferentes regiões do Brasil. As raças mais utilizadas,

Mangalarga, Mangalarga-Marchador e Campolina, representam mais de 500 mil animais

registrados. Esses cavalos iniciam sua participação em cavalgadas após serem domados, por

volta dos 3 anos, indo até os 20 anos ou mais. Ainda há poucos dados sobre o efeito do

envelhecimento e adaptações do metabolismo proteico do ponto de vista da bioquímica

sanguínea. Avaliou-se alguns compostos bioquímicos no sangue de cavalos de cavalgada de

acordo com diferentes grupos etários. Foram colhidas amostras de sangue de 46 cavalos, adultos,

de ambos os sexos da raça Mangalarga-Marchador, que realizam exercício de longa duração e

baixa intensidade pelo menos 3 vezes por semana. Todos com manejo nutricional e sanitário

similares. Os animais foram agrupados em 3 grupos etários: grupo I <5 anos (n=18), grupo II entre

5 e 10 anos (n=18), e grupo III > 10 anos (n=10). Exames bioquímicos realizados por técnicas de

espectrofotometria com kits comerciais, determinaram as seguintes concentrações nas amostras:

proteínas plasmáticas totais ([PPT]), fibrinogênio ([FIB]), uréia ([URE]), creatinina ([CRET]), e

ácido úrico ([AcUR]). Os resultados foram submetidos a análise da variância e ao teste de Tukey,

com P estabelecido em 5%. Os resultados demonstram que não ocorreram variações

significativas (P>0,05) nos parâmetros analisados quando os animais são agrupados nos

diferentes grupos etários e sexuais utilizados nesse trabalho. As concentrações médias

encontradas, quando os animais estão reunidos, foram: [PPT] 69,16+7,36 g/L, [FIB] 38,12+3,85

g/L, [URE] 23,30+2,03 mg/dL, [CREAT] 1,07+0,03 mg/dL, [AcUR] 0,527+0,0265 mg/dL. Dentro da

população estudada não foi observada variação significativa nos parâmetros bioquímicos

avaliados, quando os animais foram comparados conforme três diferentes grupos etários. Todavia

esses resultados servem para que os envolvidos com esses animais possam utilizar tais valores

como parâmetros médios para avaliações clínicas e de performance.

Palavras-chave: equino, bioquímica, exercício

Key words: equine, biochemistry, exercise

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10 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

DISPLASIA FISEAL (EPIFISITE) EM POTRO QUARTO DE MILHA

PHYSEAL DYSPLASIA (EPIPHYSITIS) IN A QUARTER HORSE FOAL

Lima, M.C.1; Costa Neto, J.N.2

1- Médica Veterinária autônoma – NL Horse, Pernambuco. Rua Gonçalves Ledo, 935, Ap: 201, CEP: 55.014-350, Caruaru – PE; email: [email protected]; 2 – Médico Veterinário autônomo

– NL Horse, Pernambuco. A displasia fiseal (DF) é uma síndrome ortopédica do desenvolvimento que atinge,

principalmente, cavalos de 4 a 8 meses de idade ou no início da fase de condicionamento, 12 a 24

meses. Nos casos mais severos, esta patologia pode deixar seqüelas que, no futuro,

comprometam a vida atlética do animal. Um potro da raça quarto de milha, do sexo masculino,

com 6 meses de idade, foi encaminhado com o histórico de aumento de volume na região dos

boletos dos membros torácicos, observado há 7 dias, quando foi apartado. Ao exame clínico este

aumento era consistente, com temperatura elevada na região medial de ambos os boletos,

sensibilidade à palpação e claudicação grau I. O estudo radiológico das articulações

metacarpofalangeanas revelou proliferação óssea na região do platô de crescimento. Foi prescrito

tratamento a base de AINEs – Meloxicam (0,6mg/Kg/VO/SID/10 dias); instituída alimentação

balanceada; e repouso em baia. A DF é uma doença óssea generalizada cuja causa exata é

desconhecida, porém o mais provável é que seja multifatorial, podendo ser de origem nutricional

(alimentação inadequada e/ou excessiva), traumática e claudicação severa. É caracterizada por

um distúrbio na ossificação da cartilagem endocondral de crescimento da fise, acarretando um

aumento do eixo transversal das fises no aspecto distal dos ossos afetados (formato de

ampulheta), além dos sinais de inflamação (calor, dor e aumento de volume) ao redor da fise

afetada, motivo pelo qual alguns utilizam os termos epifisite e fisite, e claudicação leve à severa

pode estar presente. Deformidades angulares ou flexurais dos membros podem estar associadas.

As regiões afetadas ficam mais susceptíveis ao trauma e consequentes fraturas. As fises

metacárpica, metatársica, radial e tibial distais são as mais frequentemente afetadas. O

diagnóstico é confirmado radiograficamente pela observação de espessura irregular e

neoformação óssea na metáfise e epífise distais. O tratamento consiste na correção dos

desequilíbrios nutricionais (relação energia x proteína), feno de boa qualidade, redução no peso

ou na razão de crescimento, AINEs (alívio da dor), confinamento em baia e correção das

deformidades nos membros. É de extrema importância o acompanhamento do desenvolvimento

dos animais em crescimento, para que se detecte qualquer alteração em fase inicial, evitando

assim que venham a apresentar problemas que possam causar transtornos à sua vida atlética.

Palavras-chave: Epifisite, displasia fiseal, potro Key words: Epiphysitis, fiseal dysplasia, foal

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

FREQUÊNCIA DE AFECÇÕES DISTRIBUÍDAS POR APARELHO DOS EQUIDEOS

ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO CESMAC

FREQUENCY OF EQUINE DISORDERS ACCORDING TO SYSTEM IN VETERINARY

HOSPITAL

Brandão, RR.G1; Silva, B.C.1; Valença, S.R.F.A2; Cajú, F.M3

1 Acadêmico de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac; 2 Professora do Centro

Universitário CESMAC; 3 Médica Veterinária Mestranda- UFRPE. 1 [email protected]

Além da utilização do cavalo em diferentes formas de atividades como tração, transporte,

na segurança pública e no tratamento de doenças humanas através da Equoterapia, o número de

animais destinados ao lazer e ao esporte tem aumentado consideravelmente. Dentre as inúmeras

utilizações do cavalo, uma das mais populares e difundidas na região Nordeste é a vaquejada.

Nesse esporte, os cavalos são extremamente exigidos necessitando assim de um atendimento

especializado a estes animais. Há poucos estudos sobre a frequência de doenças de equídeos

atendidos em Instituições de Ensino Superior no Nordeste, especialmente no Estado de Alagoas,

o qual vem apresentando forte potencial de desenvolvimento no setor. O objetivo desse

levantamento é descrever as principais afecções desses animais, atendidos no período de janeiro

de 2004 a dezembro de 2009 no Setor de Grandes Animais da Clínica Escola de Medicina

Veterinária do Centro Universitário CESMAC, sendo este relevante uma vez que o Hospital é

considerado referência no Nordeste. Os dados dos atendimentos realizados foram obtidos nos

arquivos de fichas de atendimento de equídeos, realizado no setor da Clínica-Escola. Todos os

casos clínicos receberam classificação conforme o sistema orgânico acometido. Foram atendidos

um total de 608 equídeos no período correspondente (janeiro de 2004 a dezembro de 2009) e

dentre as afecções, as osteomusculares apresentaram-se mais freqüentes com 247 animais

(40,63%), seguida das afecções digestivas com 139 casos (22,86%), tegumentares 89 animais

(14,64%), reprodutivas 31 (5,10%), infecciosas 28 (4,61%), respiratórias 26 (4,28%), circulatórias

16 (2,63%), neurológicas 18 (2,96%), oculares 12 (1,97%) e do aparelho urinário 2 casos (0,33%).

Estudos como esse, expõem a real situação da região facilitando o direcionamento de pesquisas

específicas aumentando a eficiência dos atendimentos à espécie.

Palavras chave: equídeos, afecções locomotor

Key Words: equids, locomotor diseases

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

BIOMETRIA EM EQUINOS MESTIÇOS DE VAQUEJADAS NO RIO GRANDE DO NORTE,

BRASIL

BIOMETRICS OF “VAQUEJADA” CROSSBRED HORSES IN RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Pimentel1, M.M.L.; Câmara1, F.V.; Freitas1, Y.B.N.; Catunda Neto1, A.; Ferreira1, A.L.; Aguiar1,

K.K.; Fontes1, M.D.P; Dias2, R.V.C.; Souza3, M.V.

1.Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA; 2. Prof.(a). Msc. Departamento de Ciências Animais – UFERSA; 3.Prof.(a). Dra.

Departamento de Veterinária – UFV A vaquejada é um esporte característico do nordeste brasileiro que vem ganhando mais

adeptos por todo o país. A profissionalização do esporte, aliada ao aumento do número de

eventos e competidores, requer uma maior exigência física dos cavalos mestiços a provas

extenuantes. Porém, pouco se sabe a respeito destes animais utilizados para prática de

vaquejada, assim, foram realizadas avaliações biométricas de 1289 eqüinos sendo que destes

338 (26,2%) foram mestiços, com 254 machos (75,1%) e 84 fêmeas (24,9%), através de

medições realizadas com o auxílio de fitas métricas metálicas para a obtenção do diâmetro

torácico e do comprimento corporal, em vaquejadas no estado do Rio Grande do Norte no período

de Agosto de 2009 a Abril de 2010. A partir das análises dos dados do perímetro torácico e do

comprimento corporal foram obtidos os seguintes dados: fêmeas de 0-5 anos apresentaram

diâmetro torácico ( 1, 76 ± 0,06), comprimento corporal ( 1,45 ±0,09), índice corporal (

82,72±4,30) e peso vivo ( 394,52±140,94), 6-10 anos, ( 1,76 ±0,07), ( 1,49 ±0,06),(

84,8±3,84) e ( 435±96,42), 11 – 15 anos, ( 1,68 ±0,06), ( 1,46 ±0,08), ( 86,83±4,2) e (

386,93±96,42), respectivamente. Os machos de 0-5 anos apresentaram diâmetro torácico ( 1,71

± 0,09), comprimento corporal ( 1,46 ±0,10), índice corporal ( 85,83± 11,56) e peso vivo (

404,47±60,83), 6-10 anos, ( 1,737±0,07),( 1,483±0,09),( 85,46±11,56) e ( 415,49±48,45),

11-15, ( 1,72 ±0,07),( 1,46 ±0,07),( 83,95±3,50) e ( 413,75±48,45), 16 – 20, ( 1,8 ±0,06),

( 1,53 ±0,06), ( 85,42±0,07) e ( 468,90±0,07). 21 – 25 anos, ( 1,72 ±0,07),( 1,48 ±0,06),(

86,14±0,04) e ( 413,10±0,05). Podemos concluir que os eqüinos da mestiços utilizados nas

provas de vaquejada visitadas no estado do Rio Grande do Norte, no período de Agosto de 2009

a Abril de 2010, são longilíneos, com idade e peso influenciando nos parâmetros biométricos

avaliados. Aprovado dentro das normas de condutas para o uso de animais, pela comissão de

ética do DVT/UFV (proc. 32/2008

Palavras-chave: biometria, mestiços, vaquejada

Key words: biometrics, crossbred, vaquejada

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CURVA GLICÊMICA APÓS A SUPLEMENTAÇÃO COM FARELO DE VAGEM DE ALGAROBA

(Prosopis juliflora) EM CAVALOS

GLICEMIC CURVE AFTER SUPPLEMENTATION WITH MESQUITE (Prosopis juliflora) POD

MEAL IN HORSES

Loureiro, A.B. 1; Silva, A.E. 2; Duarte, T.L. 2; Leal, L.D. 2; Cardoso, E.A. 4; Batista, N.M. 2; Manso Filho, H.C. 3

1.Graduanda em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco. E-mail: [email protected]; 2. Graduando em Zootecnia/UFRPE; 3. Professor, Núcleo de Pesquisa

Equina/UFRPE; 4. Médico Veterinário Autônomo. Os alimentos concentrados energéticos produzem diferentes variações na concentração

plasmática da glicose, e por conseguinte, na insulina. Alimentos que produzem concentrações de

glicose e insulina elevadas por longos períodos de tempo tem sido relacionados com o

aparecimento de laminites e síndrome metabólica nos equinos. Esse trabalho teve como objetivo

avaliar a variação da concentração da glicose plasmática ([Glic]) em equinos após a ingestão do

farelo vagem de algaroba (FVA). Foram utilizados quatro animais da raça puro-sangue árabe, que

receberam uma quantidade de FVA equivalente a 3,8 Mcal de energia digestível. Após um

período de adaptação de 15 dias, os animais foram submetidos a colheita de sangue, pela

venopunção em tubos contendo fluoreto de sódio, antes do fornecimento do FVA (T0), após jejum

alimentar de 12 horas. Em seguida foram colhidas amostras de sangue nos seguintes tempos:

0,5h (T1), 1,0h (T2), 2,0h (T3), 3,0h (T4), 4,0h (T5), 5,0h (T6), e 6,0h (T7) após a ingestão do

FVA. Os resultados foram avaliados pelo ANOVA, com P estabelecido em 5%, e o teste post doc

foi o Tukey (P<0,05). Todos os animais consumiram seus concentrados energéticos em menos de

0,5h após fornecimento do alimento. Os animais apresentavam a [Glic] em jejum dentro da

normalidade (T0 ~4,6 mmol/L) e os resultados demonstraram que o FVA produziu rápida elevação

na [Glic] (P<0,05) nas horas seguintes a ingestão do FVA. A elevada [Glic] manteve-se bastante

elevada em até 6 horas após a ingestão do suplemento (T7 ~6,8 mmol/L), mesmo com os animais

em jejum alimentar durante todo o período. No Nordeste há relatos de ocorrência de laminite em

animais atletas que consomem grandes quantidades de FVA, já que esse alimento é

reconhecidamente de elevado valor energético, mas até então não haviam estudos que

demonstrassem o efeito da FVA sobre a curva glicêmica de cavalos. A resistência à insulina ou

manutenção da [Glic] elevada por longos períodos tem sido incriminada na patogenia da laminite

em cavalos e em pôneis, então o uso excessivo do FVA pode estar associado ao aparecimento

dessas enfermidades. O FVA produz significativas modificações na [Glic] em equinos após a

ingestão de quantidade equivalente a 3,8 Mcal ED, sendo que essas modificações persistem por

até 6 horas após a ingestão desse alimento.

Palavras-chave: Curva glicêmica, algaroba, cavalo. Key words: glicemic índice, mesquite, horse

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MORTALIDADE EM EQUINOS EM PERNAMBUCO: ESTUDO DE CASO

LARGE MORTALITY IN EQUINE IN PERNAMBUCO: CASE REPORT.

Almeida, T.L.A.C.1; Melo, S.K.M.2; Santiago, T.A. 2; Willcox, E. 3; Manso, H.E.C.C.C.4;

Manso Filho, H.C.4

1 Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias/UFRPE; 2 Médico Veterinário

Autônomo; 3 Professor, Departamento de Medicina Veterinária/UFRPE; 4 Professor, Núcleo de

Pesquisa Equina/UFRPE;

Nos últimos anos têm ocorrido surtos de enfermidade digestiva em equinos associadas à

ingestão de forragens, principalmente durante o período de transição do período seco para o

período chuvoso do ano. Esses surtos ocorreram em diferentes partes do estado de Pernambuco.

Relatar surto de mortalidade em equinos associadas à ingestão de forragens. No recente surto,

ocorrido em maio, em Carpina-PE, a propriedade contava com 29 animais de idade e manejo

nutricional variados. Foram afetados 16 animais (10 adultos [>4 anos] e 6 jovens [<24 meses]) e

13 faleceram. Os animais que sobreviveram foram os únicos com dor abdominal irregular e algum

grau de diarréia. Nos animais enfermos observou-se estupor, disfagia e relaxamento da cauda,

frequência cardíaca elevada (>90 bpm), respiração rápida e superficial, mucosas muito congestas

e tempo de preenchimento capilar >5 segundos, atonia intestinal em ambos os flancos sem

refluxo gástrico, desidratação grave, ausência de sinais de enfermidade neurológica. Os que

faleceram apresentaram [Uréia], [CK] e [TGO] mais elevadas do que o grupo enfermo que

sobreviveu (P<0,05). Os demais parâmetros analisados (CGV, Ht, CGB, PPT, Fibinogênio), foram

semelhantes entre os sobreviventes e os que faleceram (P>0,05). Um animal, que sobreviveu

após 5 dias foi sacrificado pois desenvolveu uma laminite aguda com exungulação dos cascos

nos membros posteriores e na necropsia foi encontrado uma reduzida área de lesões de

duodeno-jejunite. Os demais animais necropsiados apresentavam extensa duodeno-jejunite,

acometendo todo intestino delgado. Nessa propriedade foi incriminado o capim conhecido na

região como paraguai branco (Echinochloa polystachya), pois todos os animais do haras tinham

manejos nutricionais diferentes e o único ponto em comum entre todos os enfermos foi a ingestão

desse capim picado na forrageira. O quadro clínico, os exames laboratorias e o levantamento

epidemiológico no rebanho sugerem ingestão de toxina butolínica através dos alimentos

fornecidos no cocho. Os sinais clínicos descritos e os achados nas necropsias não indicam uma

enfermidade específica, necessitando de estudo mais aprofundados para que se possa obter o

diagnóstico mais preciso e se possa estabelecer programas de prevenção a esse tipo de

problema como os cavalos em Pernambuco.

Palavras-chave: cavalos, enfermidade, forragem

Key-words: equine, disease, grass

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EHRLICHIOSE E LEPTOSPIROSE EM EQUINO: RELATO DE CASO

EHRLICHIOSIS AND LEPTOSPIROSIS IN A HORSE: CASE RELATE REPORT

Silva, D.G.B.!; Torres, S.M.!; Mota, A.E.! 1Departamento de Medicina Veterinária, UFRPE. R. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos,

Recife/PE. [email protected]

A Ehrlichiose nos equinos pode ocorrer na forma monocítica, cuja etiologia é a riquétsia

Neorickettsia risticii transmitida pela transfusão sanguínea, infecções por via cutânea, intradérmica

e oral, por intermédio de trematódeos aquáticos. Há ainda a forma granulocítica, que é uma

zoonose transmitida pelo carrapato, tendo como agente biológico o Anaplasma phagocytophila

que possui tropismo por células granulocíticas. A Leptospirose equina pode ser causada por

diversos tipos de sorovares, cujos sinais clínicos são uveíte, aborto, fetos natimortos, fetos

prematuros, disfunção renal e hepática, hematúria, febre, anorexia, icterícia e angústia

respiratória. A transmissão da Leptospirose pode ser direta através de urina e fluídos placentários

ou indireta por contaminação ambiental. Dois equinos (A1 e A2) machos, adultos foram atendidos

no Haras Aparthorse com sinais clínicos de apatia, anorexia, icterícia, febre, dispnéia, freqüências

cardíaca e respiratória aumentadas e desidratação. No A2, além destes sintomas, observou-se

também diarréia profusa e fétida. Foram solicitados hemogramas, imunofluorescência indireta

para pesquisa de Ehrlichiose e soro aglutinação microscópica para Leptospirose. Em ambos

hemogramas não foram observados alterações. No A1 foi confirmada à presença de (anticorpos

contra? –esclarecer-) Neoickttsia risticii e Anaplasma phagocytophila e os sorovares de Leptospira

Ballum, Copenhageni, Bataviae. A2 foi positivo para Anaplasma phagocytophila e o sorovar

Canicola. Instituiu-se tratamento de suporte nos dois animais, com fluidoterapia (Ringer lactato

20L/animal/dia) e antibioticoterapia (oxitetraciclina 6,6mg/kg/dia) diariamente por via endovenosa,

por aproximadamente 30 dias. Após este período A1 recuperou-se completamente, enquanto A2

não respondeu ao tratamento e veio a óbito. A ocorrência de Ehrlichiose associada à Leptospirose

em equino se diagnosticada no início pode favorecer o tratamento com a reversão do quadro

clínico. (esta conclusão está inadequada, tentar realizar outra destacando a importância destas

enfermidades, pois são pouco diagnosticas no país). È fundamental incluir no texto a região

(cidade, estado) onde ocorreram as enfermidades.

Palavras-chave: erliquiose, leptospirose, equino.

Key words: ehrlichiosis, leptospirosis, horse.

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FREQUÊNCIA CARDÍACA EM CAVALOS MARCHADORES DURANTE TESTE DE

SIMULAÇÃO DE MARCHA

HEART RATE IN GAITED HORSES DURING SIMULATION MARCHA TEST

Cardoso, E.A. 1; Cardoso, F.S. 2; Melo, D.P.B.B. 3; Ferreira, L.M.C. 4; Manso, H.E.C.C.C. 4;

Manso Filho, H.C.4 1 Médico Verterinário Autônomo; 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias/UFRPE;

3Aluno graduação em Zootecnia/UFRPE; 3 Professor, Departamento de Zootecnia, Núcleo de

Pesquisa Equina/UFRPE;

A marcha é utilizada para a seleção de raças nacionais, como Campolina e Mangalarga-

Marchador, mas há poucos relatos da frequência cardíaca (FC) durante os exercícios. Avaliar

tipos de FC de cavalos marchadores no teste de simulação de marcha. Utilizaram-se 31 animais

das raças Campolina e Mangalarga-Marchador, todos com registro definitivo, adultos e

condicionados. Os animais se locomoveram em seus andamentos naturais. Foram avaliadas: FC

máxima (FCmax; batimentos por minuto=bpm), FC em repouso com animal selado (FCsela), FC

após 15 minutos de recuperação (FC+15), velocidade média (m/s) e distância percorrida (km). O

teste de simulação de marcha (TSM) consiste em um prova com 15 minutos de aquecimento, 30

minutos na marcha e mais 15 minutos de recuperação, em uma pista plana de areia firme. Todas

as medidas foram anotadas com os animais montados e com seus arreios de condução e

montaria utilizando-se um frequenciômetro acoplado a uma aparelho de GPS (Polar RS800CX).

Todos os animais completaram a simulação sem maiores dificuldades. O peso médio dos cavalos

foi de 436,3+9,4Kg, a FCmax 183,0+3,3 bpm, a FCsela 64,9+3,6bpm e a FC+15 106,8+4,4 bpm.

A velocidade média e a distância percorrida pelos animais foi de 3,6+0,07m/s e 6,2+0,1 Km.

Esses resultados demonstram que os marchadores apresentam FCMax pouco acima do limite do

exercício aeróbico, que está por volta dos 150-170 bpm, mas deve-se observar que a FCmax não

representa a FC média durante o TSM. A FCmédia durante um TSM deverá estar abaixo desse

valor da FCmax e com isso fica claro que durante o TSM os cavalos desenvolvem exercícios

tipicamente aeróbicos, como já foi demonstrado em outros estudos. Também a FCsela está

dentro do limite fisiológico no qual os equinos podem elevar ou baixar a sua FC de acordo com os

estímulos externos. Também observou-se que FC+15 está elevada, mas deve-se considerar que

os cavalos estavam montados. Concluindo a FCmax nos cavalos marchadores está pouco acima

dos valores da FC para exercício aeróbico, e as FCsela e FC+15 estão dentro do esperado para

cavalo com seus arreios em locais de competição. A velocidade média está dentro da variação

para animais marchadores.

Palavras chaves: equinos, macha, exercicio

Key words: equine, four-beat gait, exercise

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AMPLITUDE DE TAMANHO DOS ERITRÓCITOS EM CAVALOS DE

CAVALGADA

RED BLOOD CELL WIDTH DISTRIBUTION IN PLEASURE HORSES

Lira, L.B. 1; Vaz, S.G. 1; Almeida, T.L.A.C.3; Carieli, E.P.O. 4; Manso Filho, H.C. 5; Teixeira,

M.N.6

1. Médica Veterinária Residente, DMV/UFRPE. Av. Dom Manoel de Medeiros, S/n, Dois Irmãos -

PE.CEP: 52171-030. E-mail: [email protected]: 3. Mestranda, Programa de Pós Graduação

em Ciência Veterinária, UFRPE; 4. Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE; 5. Professor,

DZ/UFRPE; 6. Professora, DMV/UFRPE.

Em diferentes áreas do Brasil, a cavalgada estimula a criação do cavalo de sela brasileiro,

que está representada por diferentes raças nacionais, como o Campolina e Mangalarga-

Marchador. Todavia, ainda se conhece pouco sobre os parâmetros hematimétricos desses

animais que realizam exercícios de baixa intensidade e longa duração, e com isso dependem

bastante do transporte de oxigênio entre os tecidos. De acordo com o sexo, avaliou-se a variação

da amplitude do tamanho dos eritrócitos (RDW) e outros índices hematimétricos em cavalos de

cavalgada. Foram colhidas amostras de sangue venoso em 46 cavalos, adultos, (masculino n=32;

feminino n= 14) da raça Mangalarga-Marchador, que realizam exercício de longa duração e baixa

intensidade pelo menos 3 vezes por semana. As amostras de sangue foram avaliadas em

equipamento automatizado, no contador eletrônico Symex Poch 100 iV (Roche Diagnóstica do

Brasil) determinando-se os seguintes parâmetros: contagem de glóbulos vermelhos (CGV),

concentração da hemoglobina (HB), percentagem do hematócrito (HT), volume corpuscular médio

(VCM), coeficiente de variação da amplitude da distribuição do tamanho do eritrócito (RDW).

Também foi determinado o índice de escore corporal (IEC), sendo 1 caracteriza o animal

caquético e 7 o obeso. Os resultados demonstram que não ocorreram variações significativas

quando se comparou os animais pelos sexos no valor do RDW (P>0,05), com os machos

(19,90+0,20) apresentando valores equivalentes aos das fêmeas (19,70+0,30). A determinação do

RDW pode ser importante na caracterização do tipo de anemia nos animais. Em outros tipos de

cavlaos tmabém não foram observadas diferenças entre machos e fêmeas para o RDW. Para os

demais parâmetros analisados não foram observadas diferenças (P>0,05) e os valores médios

encontrados foram: IEC 4,1+0,8; CGV 8,1+0,2. 1012/L; HB 150+24 g/L; HT 0,352+0,007 L/L; VCM

43,9+0,4 fL; RDW 19,80+0,16. Esses valores encontram-se dentro da variação da normalidade

para os cavalos de sela.

Palavras-chave: equinos, eritrograma, exercício.

Key words: equine, red cell count, execise

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

MIOPATIA FIBRÓTICA EM EQUINO: RELATO DE CASO

FIBROTIC MYOPHATY IN A HORSE: CASE REPORT

Almeida2, L.E.; Almeida3, R.D.; Basso2, K.M.; Oliveira3, L.A.; Rolim1, R.D.; Yamasaki1, L.;

1 – Prof. Clínica Cirúrgica de Grandes Animais - UNOESTE, Prof. Patologia Geral - UNOESTE.; 2-

Residentes do HV – UNOESTE; 3 – Estagiários do setor de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais

– UNOESTE.

Miopatia fibrótica e/ou ossificante é uma enfermidade que acomete principalmente equinos

da raça Quarto de Milha, que resulta em uma fibrose ou ossificação dos músculos, principalmente,

semimembranoso, semitendíneo e, menos frequente o grácil e bíceps femoral. Na maioria dos

casos ocorre uma aderência entre estes músculos ocasionando em uma restrição do movimento

do membro afetado. Geralmente as lesões são unilaterais, mas podendo também desenvolver-se

bilateralmente. São relatadas na literatura miopatia fibróticas congênitas. Em muitos equinos a

etiologia desta doença é o trauma, podendo este trauma ser provido de diversas formas, desde

estiramento da musculatura, injeções e traumas diretos sobre a musculatura. Em alguns casos a

etiologia permanece desconhecida. O diagnóstico é realizado através do histórico, exame clínico e

exames complementares, assim como o raio – x e o ultrassom. O diagnóstico definitivo pode ser

obtido a partir de biopsia, na qual se observa edema entre a fáscia e a musculatura, além de

degeneração das fibras musculares, associada a proliferação de tecido conjuntivo denso e

proliferação óssea. Relato de caso: um equino da raça Quarto de Milha de 12 anos foi atendido no

dia 26 de abril de 2010 no Hospital Veterinário da UNOESTE, apresentando encurtamento da fase

cranial do passo do membro posterior direito, sendo esta não dolorosa. Durante a palpação do

músculo semitendinoso foi notado uma rigidez do tecido muscular com característica de fibrose

com ausência de pontos dolorosos. A confirmação do diagnóstico foi realizada através do exame

ultrassonográfico do membro acometido e do membro contralateral. O tratamento instituído foi a

miectomia associada à tenectomia do músculo semitendinoso. O procedimento cirúrgico foi

realizado com o animal sobre anestesia geral inalatória em decúbito lateral direito. Foi realizada

uma incisão de pele na região caudal do membro de 25 cm, divulsão dos tecidos perimusculares

até o isolamento completo do músculo semitendinoso. Foi feita a tenectomia e em seguida a

miectomia deste músculo. O sucesso, bem como o prognóstico da cirurgia depende da técnica

utilizada para o tratamento, sendo que neste caso a técnica utilizada foi um sucesso, pois o

animal voltou a suas atividades atléticas normais.

Palavras-chave: equinos, claudicação, Miopatia ossificante,

Key words: horses, lameness, Fibrotic Myophaty

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

HEMATÓCRITO E PROTEÍNAS PLASMÁTICAS TOTAIS EM EQUINOS SUPLEMENTADOS

COM MILHO SUBMETIDOS A DIFERENTES PROCESSAMENTOS

HEMATOCRIT AND TOTAL PLASMA PROTEIN IN HORSES SUPPLEMENTED WITH DIFFERENT TYPES OF PROCESSED CORN

Silva, A.E.M. 1; Melo, D.P.B.B. 1; Pereira, V.C.1; Willcox, E. 2 ; Cardoso, E.A. 3 ; Manso, H.E.C.C.C. 4; Ferreira, L.M.C. 4; Manso Filho, H.C.M 4

1 Aluno graduação em Zootecnia/UFRPE, [email protected]; 2 Professor, Departamento de Med. Veterinária, UFRPE; 3 Médico Veterinário Autónomo; 4 Professor,

Departamento de Zootecnia, Núcleo de Pesquisa Equina/UFRPE;

O processamento do milho facilita a digestão pré-cecal desse alimento, reduzindo a

possibilidade de modificação no pH cecal, entretanto poderia provocar adaptações no volume

plasmático devido à rápida absorção de glicose. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a

percentagem do HT e a [PPT] em equinos suplementados com milho submetidos a diferentes

tipos de processamentos. Foram utilizados quatro animais da raça puro-sangue árabe, adultos e

em manutenção. Os animais foram distribuídos de forma aleatória e as variações analisadas pelo

quadrado latino, com P estabelecido em 5% tanto para a ANOVA como no teste post doc (Tukey).

Os animais receberam milho processado de quatro formas diferentes (triturado (MT), umedecido

em água potável por 12 horas (MU), extrusado (ME) e floculado (MF)) em quantidades

isocalóricas. O experimento teve quatro rodadas, sendo que em cada uma os animais tiveram um

período de adaptação a dieta de 15 dias antes da colheita de sangue, e com intervalo de 1

semana entre cada rodada. No dia anterior a colheita de sangue, pela venopunção e em tubos a

vácuo contendo heparina, os animais foram submetidos a um jejum alimentar de 12 horas, mas

com livre acesso a água. No dia da colheita foi colhida uma amostra de sangue com os animais

em jejum (T0) e em seguida os animais receberam o equivalente em quilograma a 3,8 Mcal de

energia digestível de cada tipo de milho processado. Então, novas amostras de sangue foram

colhidas em: +0,5h (T1), +1,0h (T2), +2,0h (T3), +3,0h (T4), +4,0h (T5), +5,0h (T6), e +6,0h (T7)

após a ingestão do alimento. As amostras de sangue foram imediatamente processadas para

determinação do HT e da [PPT]. Observou-se que todos os animais consumiram seus

concentrados em menos de 0,5h após fornecimento. Os valores do HT não se modificaram ao

longo da avaliação em todos os tipos de processamento (P>0,05), mas a [PPT] modificou-se em

todos os tratamentos (P>0,05), sendo os valores mais elevados observados no T0 e os mais

baixos no T7. Os valores do HT e da [PPT] ficaram dentro dos valores da normalidade. Os

animais não tiveram acesso a forragens ou concentrados durante do dia de colheita, mas livre

acesso à água, o que pode ter influenciado na redução do [PPT] observado nas fases finais da

experimentação. Concluiu-se que o fornecimento do milho, submetido a diferentes tipos de

processamentos, modificou a [PPT], mas não o HT nas horas seguintes a ingestão de milho

submetido a diferentes tipos de processamentos.

Palavras-chaves: cavalo, grãos, sangue Key words: horse, grains, blood

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HEMATOMA ETMOIDAL PROGRESSIVO EM CAVALO DE VAQUEJADA - RELATO DE CASO

PROGRESSIVE ETHMOIDAL HAEMATOMA IN VAQUEJADA HORSE - CASE REPORT

Costa, M.S.1 ; Tinoco, A.A.C.1 ; Leandro, E.E.S.1 ; Mascarenhas M.N.1 ; Palma, V.A.1 ; Rizzo

D.A.2

1. Médico Veterinário – Clinica do Rancho; 2. Discente de Medicina Veterinária da Universidade

Federal do Espirito Santo, Estrada do coco, Km 9,5, Condominio Vale Verde 34, Catu de

Abrantes, Camaçari – BA [email protected]

O hematoma etmoidal progressivo (HEP) é uma patologia de etiologia desconhecida que

provoca frequentemente epistaxe, porém, dispnéia e ruídos respiratórios também podem ser

encontrados. É caracterizado por formar uma massa angiomatosa encapsulada, de tendência

expansiva, originado na submucosa do turbinado etmoidal crescendo rostralmente na cavidade

nasal, contudo, dependendo da localização de origem podem atingir os seios paranasais mais

próximos. O presente relata um caso de HEP em um equino de vaquejada da raça Appaloosa, de

oito anos de idade, que apresentava secreção serossanguinolenta, de odor fétido, proveniente da

narina esquerda, respiração irregular (dispnéia) e estertores respiratórios evidentes. À percussão

evidenciou-se som maciço na região do seio paranasal maxilar caudal esquerdo. O animal foi

submetido ao exame endoscópico, no qual se observou uma neoformação de coloração

amarelada e enegrecida ao centro, próxima a região das conchas etmoidais. O estudo

radiográfico apresentou uma massa radiopaca na região caudal da cavidade nasal. Na citologia

aspirativa por agulha fina obteve-se presença de células sem características de malignidade,

macrófagos e cristais de hemossiderina. O tratamento foi realizado por meio de ablação química

com injeções intralesional de 40 a 60 mL de formaldeído a 4%, inicialmente por meio de

sinusotomia do seio frontal e posteriormente transendoscópica. A sinusotomia foi mantida por um

período de um mês, após isto as aplicações passaram a ser transendoscópicas, realizadas

quinzenalmente, totalizando seis aplicações. Não foi observada qualquer alteração neurológica

durante ou após o tratamento. Após três meses de terapia com o animal mantido repouso, o HPE,

havia regredido e apresentava-se com tamanho reduzido de característica necrótica, a secreção

serossanguinolenta havia cessado e não havia mais ruídos estertorosos durante a respiração.

Palavras-chave: Hematoma etmoidal, formaldeído, equino

Key-words: Ethmoidal haematoma, formaldehyde, equine

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GEL DE ALOE VERA (BABOSA) IN NATURA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDA CUTÂNEA EM

EQUINO: RELATO DE CASO

ALOE VERA GEL (ALOE) IN NATURE IN THE HEALING OF SKIN WOUNDS IN HORSES: CASE

REPORT

Silva, R.J.1; Oliveira, K.P.2; Mesquita, E.P.2; Fagundes, R.H.S.1; Vaz, B. B. D.4; Santos, B.M.5

1 Médico Veterinário Residente, Clínica de Animais de Grande Porte/UFRPE. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE. [email protected]; 2 Graduandos em Medicina

Veterinária, UFRPE; 3 Profa. Dra. da Disciplina de Clínica de Eqüídeos, UFRPE; 4 Médico Veterinário Residente, Clínica de Animais de Pequeno Porte/UFRPE.

Inúmeras medicações tópicas estão disponíveis no momento, porém, poucos têm sido avaliados

nos eqüinos. Foi atendido na Clínica de Grandes animais da UFRPE, um eqüino, fêmea, sem raça

definida, de pelagem baia, sete anos de idade, pesando 300 kg, proveniente da cidade de Recife-

PE, apresentando áreas de laceração extensas na região ventral do pescoço no antímero

esquerdo, e da região peitoral a região axilar, de aproximadamente 20 cm e 50 cm de

comprimento, respectivamente, segundo o proprietário, devido a um acidente automobilístico

ocorrido 24 horas antes. Ambas regiões apresentando anfractuosidades, bordas afastadas,

contendo pêlos e borra de café. Ao exame clínico, observou-se os parâmetros vitais dentro da

normalidade. Foram realizados exames parasitológico de fezes e hemograma cujos resultados

revelaram parasitose intensa e anemia. O tratamento instituído foi à base de ivermectina gel (via

oral, repetição após 20 dias); A limpeza da ferida era realizada com água corrente, sabão e, após,

secava-se a ferida com compressa. Posteriormente, foi aplicada no local a mistura, composta por

50g de gel de Aloe vera, 200g de açúcar comum e 250g de nitrofurazona, manipulado em

laboratório específico para o fim. O Aloe vera apresenta no parênquima de suas folhas um gel

com ação cicatrizante, antimicrobiana, anestésica e ação antiinflamatória que diferentemente dos

esteróides, ao mesmo tempo em que bloqueiam a inflamação, favorecem o crescimento dos

fibroblastos e a aceleração da cicatrização que estimula a produção de anticorpos e a varredura

dos radicais livres produzidos pelos neutrófilos. A nitrofurazona é uma substância bacteriostática,

empregada topicamente no tratamento de feridas superficiais contaminadas e abscessos. Já o

açúcar possui ação bacteriostática, devido ao seu poder hiperosmótico somente à bactéria, mas

também desidrata células epiteliais, macrófagos e fibroblastos nas margens da ferida, podendo

retardar a cicatrização. O animal ficou internado por 55 dias, sendo alcançado excelente resultado

na cicatrização tecidual, com diminuição significativa da extensão da lesão, concluindo-se que a

mistura utilizada contribui e estimula a cicatrização tecidual, sendo recomendada a utilização no

tratamento de feridas cutâneas em eqüinos.

Palavras-chave: Aloe vera, equino, ferida Key words: Aloe vera, horse, skin wound

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INTUSSUSCEPÇÃO DE JEJUNO EM POTRO - RELATO DE CASO

JEJUNUM INTUSSUSCEPTION IN A FOAL - CASE REPORT

Bromerschenkel, I.; Ferreira, L.; Oliveira Neto, C.R.; Costa, M.N.C.; Martins, C.B.

Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo. Alto Universitário, s/n,

Guararema, Alegre, ES. [email protected]

Uma potra Mangalarga Marchador de 60 dias de idade com síndrome cólica foi atendida

em um haras situado em Alegre-ES. Foi relatado que o animal apresentava sinais de desconforto

abdominal pela manhã. O proprietário aplicou duas doses de 1,1 mg/kg de flunixim meglumine em

intervalo de duas horas e 1L de ringer lactado. Relatou-se ainda, que houve mudança no manejo

alimentar devido a troca de funcionário. O animal demonstrava dor intensa rolando

frequentemente, apresentava escaras de decúbito, tempo de perfusão capilar (TPC) cinco

segundos, enoftalmia, temperatura 38°C, frequência cardíaca 90 batimentos por minuto,

hipomotilidade intestinal. Realizou-se a sondagem nasogástrica que resultou em refluxo escasso

com odor e coloração normais; enema comercial (fleet enema) com eliminação de apenas duas

cíbalas; a palpação digital da ampola retal mostrou que a mesma estava vazia; fluidoterapia

enteral por meio de sonda nasogástrica administrando 400 mL de soro caseiro morno, não

havendo aumento da motilidade intestinal. A suspeita foi obstrução estrangulante de intestino

delgado indicando-se o tratamento cirúrgico. Devido à inexistência de local apropriado para a

realização do tratamento, o animal foi deixado em observação. Após 6 horas de evolução, o

animal apresentava-se apático, rolando frequentemente, frequência cardíaca 112 batimentos por

minuto, ausência de movimentos intestinais, abaulamento abdominal, temperatura 38,5°C,

extremidades frias, TPC seis segundos, mucosas cianóticas e halo cianótico. As 19h (mesmo

raciocínio anterior) realizou-se a eutanásia do animal após a sedação com xilazina. À necropsia

observou-se intussuscepção de intestino delgado, na região do jejuno afetando 180 centímetros.

A mucosa intestinal apresentava degeneração e áreas de necrose. A porção intestinal anterior a

intussuscepção apresentava-se repleta de líquido e gás, o estômago repleto de líquido,

apresentando torção e deslocamento e a ampola retal vazia. Através da necropsia foi possível

concluir o diagnóstico e que o tratamento seria estritamente cirúrgico.

Palavras chaves: potro, intussuscepção, jejuno

Key words: foal, intussusception, jejunum

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23 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

PAPILOMATOSE EM EQUINOS: RELATO DE CASO

PAPILLOMATOSIS IN EQUINE: CASE REPORT

Velosos Neto, H.F 2., Souza, M.I. 1, Coutinho, L.T.1, Quimarães, J.A1., Riet-Correa, F.3,

Ferreira, L.E.P.A2.

1. Méd. Vet. Clínica de Bovinos Campus Garanhuns – UFRPE; 2. Méd. Vet., Residente, Clínica de

Bovinos Campus Garanhuns – UFRPE ([email protected]); 3. Prof. Universidade Federal

de Campina Grande

Em eqüinos os papilomas são as formas mais comuns de neoplasias de tecido epitelial

induzida por vírus, apresentando comportamento benigno. A papilomatose é transmitida

diretamente ou indiretamente através de fômites, onde a infecção natural requer dano à pele.

Suspeita-se que simulídeos ou outros artrópodes, por promoverem lesões cutâneas pela picada

ou por atuarem como vetor mecânico do vírus, participem da patogênese da doença. Nos cavalos

as lesões são geralmente pequenas e provocam o inconveniente estético, podendo interferir nas

vendas e exposições por causa do aspecto desagradável. Não existe predileção por raça ou sexo

e ocorre mais comumente em animais jovens por volta de 1-3 anos. As lesões geralmente

acometem o focinho e lábios, menos comumente as pálpebras, genitália externa e parte distal dos

membros podem ser solitárias ou múltiplas e no início são pequenas (1 mm), em relevo, com

pápulas de coloração variando do cinza ao branco. A remissão espontânea da lesão pode ocorrer

de um a nove meses. A eficácia da vacina autógena não está devidamente comprovada. A

excisão cirúrgica e a criocirurgia são considerados efetivos. O presente trabalho refere-se a um

potro, macho, quarto de milha, de aproximadamente 1,5 anos, criado em regime semi-intensivo e

atendido na Clínica de Bovinos da UFRPE. O proprietário relatou que há dois meses começaram

a aparecer pequenas verrugas em uma narina, sendo que as mesmas foram progressivamente se

espalhando por toda a região do focinho e dos lábios. Ao exame clínico e laboratorial, o animal

não apresentou nenhuma alteração exceto pequenas lesões cutâneas de aproximadamente 1

mm, de coloração cinza e características de hiperqueratose. Foi colhido material para exame

histopatológico obtendo-se diagnóstico. Foi realizado um tratamento com autohemoterapia, que

consistiu da retirada de 10 ml de sangue venoso do animal em questão e inoculação por via

intramuscular. O procedimento foi repetido três vezes com intervalo de oito dias entre cada

aplicação. Após um mês da última aplicação não houve regressão significativa das lesões,

optando-se por aguardar alguns meses na tentativa de haver regressão espontânea. Conclui-se

que, neste caso, a autohemoterapia não foi eficaz.

Palavras-chave: eqüino, papilomas

Key words: equine, sink diesase

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

PRESENÇA DO PAPILOMAVIRUS BOVINO TIPOS 1 E 2 E EXPRESSÃO GÊNICA EM

SANGUE PERIFÉRICO DE EQUINOS DO BRASIL

BOVINE PAPILOMAVIRUS TYPES 1 AND 2 PRESENCE AND GENIC EXPRESSION IN

PERIPHERAL BLOOD OF EQUINES FROM BRAZIL

Silva, K.M.G.1,2; Silva, M.A.R.2; Santos, F.L.1; Vieira, R.T.A. 3; Andrade, R.L.F.S.3; Freitas,

A.C.2

1-UFRPE; 2-UFPE-LEMTE; 3-Faculdade Pio Décimo; 1- Av. Boa Viagem, 5554/602, Boa Viagem,

Recife-PE, 51030-000, [email protected]

O papilomavírus bovino (BPV) é estritamente espécie-específico e os tipos 1 e 2 (BPV 1/2)

estão envolvidos na patogenia do sarcóide equino. Este corresponde a um terço de todos os

tumores de eqüinos descritos; não sofrem metástase, mas tendem a crescer a depender do

tratamento e nos tipos agressivos, podem comprometer a utilização e o bem estar do animal. O

sarcóide equino difere da papilomatose bovina por esta se resolver espontaneamente. O objetivo

desse estudo foi analisar a expressão de BPV-2 em sangue de equino apresentando sarcóide e

em sangue de animais assintomáticos. Foi coletado sangue de quatro cavalos de uma mesma

propriedade sendo que apenas um dos animais apresentava sarcóide, confirmado pelo exame

histopatológico. Foi realizada a extração do DNA e RNA do sangue total e posteriormente, foi

realizada uma PCR para detecção da presença de BPV 1/2 com primers que amplificaram um

fragmento dos genes E5 e L2. Após a detecção, a expressão foi verificada por meio de RT-PCR,

utilizando primers para E5 e E2 de BPV-2. A expressão do E2, proteína que desempenha papel

crucial no ciclo de vida viral e serve como reguladora de transcripção, replicação e segregação do

genoma viral nas células, foi verificada no sangue de dois animais. A expressão de E5, que é a

menor oncoproteína que orquestra a transformação celular, foi verificada no sangue de 3 animais

– um deles apresentou o tumor. Isso reforça a hipótese de que a corrente sanguínea pode

trabalhar como reservatório e transporte do BPV. Maiores estudos nessa área são necessários

para descobrir a forma de transmissão do sarcóide.

Palavras-chave: sarcóide equino, papilomavírus bovino, sangue.

Key words: equine sarcoid, bovine papillomavirus, blood.

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ACIDENTE BOTRÓPICO EM EQUINO NO RECÔNCAVO BAIANO: RELATO DE CASO

SNAKE BITE IN HORSE ON RECÔNCAVO BAIANO: CASE REPORT

Siqueira, C.C. 1 ; Graça Filho, U.C.2

1. Mestranda em Saúde Animal/ UFBA; Rua Itatuba, 201/ sala 909, Parque Bela Vista,

Salvador/ Bahia; câ[email protected]. 2. Médico Veterinário, Diretor Laboratório

CLINILAB; [email protected].

Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua frequência e gravidade

representando um problema de saúde pública nos países tropicais. A maioria dos acidentes é

causada pelos gêneros Bothrops e Crotalus, sendo o primeiro responsável pela maioria dos

acidentes ofídicos nos animais domésticos. Em equinos, uma menor percentagem dos acidentes

ocorre nos membros e no tronco do animal, e a maioria das picadas ocorre no focinho ou próximo

a ele, resultando em destruição tissular local grave, e consequentemente, tumefação cefálica e

obstrução das vias aéreas, devendo-se instituir um diagnóstico rápido e um tratamento adequado,

imprescindíveis para um prognóstico favorável. Descreve-se um caso de ofidismo em uma égua

de cinco anos de idade, raça Campolina, em Santo Amaro da Purificação e foi realizado

diagnóstico sintomático de envenenamento por picada de serpente do gênero Bothrops sp. À

inspeção clínica o animal apresentou picada na face palmar da quartela do membro anterior

esquerdo, edema generalizado da coroa do casco ao antebraço e peito, sangramento local,

petéquias na mucosa vaginal e gengivorragia moderada. O tratamento emergencial foi a

aplicação de soro antiofídico (Master Soro Plus/ Soro Antiofídico Polivalente®) dose de 300 mg,

via endovenosa lenta; soro anti-tetânico em dose única, via intra-muscular; corticosteróide,

diurético e e fluidoterapia via endovenosa. Nos cinco dias consecutivos manteve-se a

corticoterapia e fluidoterapia, além de ducha de água no membro afetado por trinta minutos duas

vezes ao dia. Alterações hematológicas, bioquímicas e urinárias, nas primeiras 24 horas,

demonstraram anemia hemolítica, leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda, plaquetopenia,

hematúria, insuficiência renal aguda e injúria muscular como conseqüências das ações

hemorrágica, coagulante, proteolítica e necrosante do veneno botrópico. O completo

restabelecimento do animal ocorreu após sete dias do acidente ofídico. Na literatura nacional, não

há descrições de ofidismo eqüino no Nordeste do Brasil, concluindo que a falta uma notificação

obrigatória na Medicina Veterinária tem como conseqüência, informações epidemiológicas

equivocadas sobre a ocorrência de envenenamentos ofídicos em animais de grande porte.

Palavras-chave: Bothrops sp. , equino, acidente botrópico

Key words: Botrhrops sp., equine, snake bit

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ENFERMIDADE OCULAR CONGÊNITA EM CAVALOS CAMPOLINA

CONGENITAL OCULAR DISEASE IN CAMPOLINA HORSES

Leal, L.D. 1; Manso, H.E.C.C.C.2; Gouveia, A.B. 3; Regis, B. A. 3; Batista, N.M. 1; Cunha,

S.C.F.G. 1; Manso Filho, H.C.2

1 Aluno graduação em Zootecnia/UFRPE; 2 Professor Adjunto, Departamento de Zootecnia, Núcleo de Pesquisa Equina/UFRPE; 3 Aluno graduação em Medicina Veterinária/UFRPE

Diferentes enfermidades congênitas acometem os cavalos. Dentre esse grupo de

enfermidades, as que acometem a visão são importantes porque podem não se manifestar com

gravidade no nascimento mas se tornar um grande problema com o desenvolvimento dos animais.

Descreve-se a ocorrência de enfermidade ocular congênita em três equinos da raça Campolina.

Animal I (fêmea, 320kg, nascido em 2009), Animal II (fêmea, 480kg, nascimento 2005) e Animal

III (fêmea, 520kg, nascimento 2004) nasceram aparentemente normais mas com o avançar da

idade os problemas de visão foram sendo notados pelos cavalariços. Esses animais

demonstravam claras dificuldades em ver objetos, tanto ao entardecer como ao amanhecer com o

envelhecimento. Animal I: não tinha lesões aparentes em ambos os olhos, mas durante o

entardecer e durante a noite não se deslocava no pasto sem se chocar com diferentes tipos de

objetos ou com outros animais; não havia sinais de uveites. Animal II: com sérios problemas de

visão ao entardecer e a noite, chocava-se com objetos frequentemente; havia cataratas em

ambos os olhos dificultando a visão diurna. Animal III: acometido de graves uveites recorrentes

que, mesmo quando tratadas, deixaram graves sequelas; esse animal já perdeu por completo a

visão do olho esquerdo e ~ 80% da visão do olho direito; ele também passou toda a estação de

monta 2007/2008 e 2008/2009 com ambos os ovários pequenos (20x20x20mm) e lisos, sem

atividade folicular. Os animais descritos possuem elevado grau de parentesco com o animal Gás

Rex (RG 03/308; animal morto) (animal I:25,0%; animal II: 31,26%; animal III: 12,50%), que foi

importante reprodutor da raça com muitos filhos e netos campeões nacionais, e com isso é

facilmente encontrado no pedigree de animais dessa raça. Todos aos animais enfermos citados

ainda não haviam recebido os registros definitivos, que é emitido pela Associação Brasileira dos

Criadores do Cavalo Campolina (ABCCC), mas devido ao grau de disfunção da visão que

apresentam não deverão receber esse registro, caso seja detectado pelo avaliador. Todavia o

reconhecimento precoce da enfermidade e/ou o afastamento dos programas de reprodução dos

portadores e enfermos deve ser uma meta dos criadores de equinos de diferentes raças. Conclui-

se que enfermidades oculares nos animais da raça Campolina podem ter carácter genético, como

acontece com outras raças equinas. Com isso deve-se sugerir a ABCCC que inclua exames

oculares dos animais da raça Campolina que serão destinados à reprodução.

Palavras-Chave: potro, olho, genética Key words: foal, eye, genetic

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27 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

EFEITO DO PROMATER® NO DESEMPENHO REPRODUTIVO DE DOADORAS DE

EMBRIÃO EQUINO DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR

EFFECT OF PROMATER ® ON THE REPRODUCTIVE PERFORMANCE OF EQUINE

EMBRYO DONORS MANGALARGA MARCHADOR

Pinheiro, L.M.1; Maia, A.P.L.2; Fragomeni, B.O3

1MUNDO VET Centro Veterinário;2Haras EAO;3Mestrando em Zootecnia UFMG;

[email protected]

A reprodução equina é influenciada por diversos fatores intrínsecos a espécie, bem como a

nutrição. Sendo esta um fator dominante para que o animal possa alcançar todo o seu potencial

reprodutivo. A deficiência de minerais e vitaminas na dieta têm sido relacionados ao aumento da

incidência de problemas reprodutivos como o atraso da idade a puberdade, a redução das taxas

de concepção e prenhez, o período de serviço elevado, bem como, o alto índice de repetição de

cio e abortos. A suplementação com micro nutrientes mais diretamente ligados com as funções

reprodutivas pode melhorar os índices reprodutivos das fêmeas sendo importante a utilização das

Vitaminas A, E e B12, Selênio, L-Carnitina, Zinco, Beta caroteno e os ômegas 3 e 6 na dieta. Com

o objetivo de avaliar o incremento reprodutivo destes micro minerais na reprodução equina

utilizamos o Promater®(Laboratório VETNIL SP-Brasil) suplemento vitamínico mineral aminoácido

para alimentação, que compõem todos os elementos nutricionais que atuam diretamente na

reprodução animal. Este estudo avaliou a taxa de recuperação embrionária de 21 doadoras de

embrião da raça M. Marchador, entre 3 e 24 anos de idade, mantidas na central de reprodução

do Haras EAO durante as estações de monta 2007/2008 e 2008/2009. As mesmas éguas foram

acompanhadas na primeira estação, quando não foram suplementadas e na seguinte, quando

foram suplementadas diariamente com o nutraceutico Promater® (Laboratório VETNIL SP-Brasil),

seguindo as recomendações do fabricante. Comparou-se o número médio de embriões por coleta

nos grupos sem suplementação e com suplementação, que tiveram médias de 0,3610 ± 0,2450 e

0,6410 ± 0,2203 embriões por coleta respectivamente. Houve diferença significativa entre os

grupos (p<0,05), usando o teste t de student para dados pareados. Desta forma, pode-se concluir

que a administração do nutraceutico Promater® influenciou a taxa média de recuperação

embrionária das éguas e pode ser usado como forma de incrementar a taxa de recuperação

embrionária de éguas doadoras.

Palavras Chaves: égua, promater ®, reprodução

Keywords: mare, promater ®, reproduction

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28 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

HÉRNIA ESCROTAL CONGÊNITA ASSOCIADA AO CRIPTORQUIDISMO

CONGENITAL SCROTAL HERNIA ASSOCIATED WITH LATE CRIPORQUIDISM

Melo, J.M.1; Manso, H.E.C.C.C.2; Duarte, T.L.3; Martins Neto, J.C.4; Almeida, T.L.A.C.4;

Cardoso, F.S.4; Manso Filho, H.C.2 1Graduanda em Medicina Veterinária/UFRPE, [email protected]; 2Professor,

Núcleo de Pesquisa Equina/UFRPE; 3 Graduando em Zootecnia/UFRPE; 4Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias/UFRPE.

Enfermidades congênitas são regularmente associadas a algum tipo de defeito congênito e

com isso animais portadores desses tipos de problemas devem ser excluídos dos programas de

reprodução ou do registro definitivo das associações de criadores. Hérnias escrotais congênitas

tem sido relatadas em animais das raças marchadoras, como Campolina e Mangalarga-

Marchador, assim como em animais “Pacers” Standardbred. Relata-se um caso de hérnia escrotal

bilateral associada ao criporquidismo unilateral na idade adulta. Um potro da raça Campolina

apresentou, dois dias após o nascimento, um aumento de volume na bolsa escrotal e no prepúcio,

associados a dificuldade de urinar. Examinando-se o animal observou-se, respectivamente, à

palpação e à auscultação a presença de alças e sons intestinais na bolsa escrotal que foi

confirmada pela ultrassonografia da região. O animal foi colocado em decúbito dorsal e a hérnia

reduzida manualmente, com facilidade. Nos dias que se seguiram a redução, o animal

permaneceu no pasto, realizando exercícios livres para melhorar a musculatura abdominal. A

hérnia não teve recidiva nos dias seguintes a redução. Passados 3 anos do nascimento do

animal, ele foi submetido à orquiectomia total pelo método do testículo descoberto, pois além dos

problemas apresentados ao nascimento ele não apresentava o testículo direito na cavidade

escrotal. Após a tranquilização e colocação do animal na posição de decúbito lateral esquerdo,

pode-se palpar o testículo criptorquídico no canal inguinal. Inicialmente o testículo esquerdo foi

extirpado e logo se observou que a cauda do epidídimo desse testículo encontrava-se a cerca de

10,0cm do local normal, junto ao testículo. Já o testículo direito foi removido com dificuldade do

canal inguinal pois apresentava o cordão espermático e o cremaster bastante curtos, dificultando

a emasculação. O pós-cirúrgico seguiu a rotina de aplicação de antibióticos, soro antitetânico,

medicação cicatrizante local e exercícios leves acompanhados.. A descrição desse caso

demonstra a existência da possibilidade de associação entre problemas congênitos, como a

hérnia escrotal, e ausência do posicionamento correto do testículo na cavidade escrotal no animal

adulto. Todavia devido esse ser um único caso, os autores sugerem o acompanhamento de um

número maior de animais, mesmo sabendo das dificuldades desse tipo de acompanhamento a

longo prazo.

Palavras-chave: hérnia escrotal, testículo, potro Key-words: escrotal hernia, testicol, foal

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

USO DE NEUROLÍTICO EM DEFORMIDADE FLEXURAL CÁRPICA EM POTRO

USE OF NEUROLYTIC IN CARPAL FLEXURAL DEFORMITY IN FOAL

Araújo, I.G.R.1; Bezerra, K.B.2; Dornbusch, P.T.3

1 Prof. Msc. UFMA. [email protected]; 2 Residente do HOVET – FMVZ/USP ; 3 Prof. Dr. UFPR

As deformidades flexurais são problemas comuns em potros, e podem estar presentes

desde o nascimento ou ser adquiridas durante a vida. As deformidades flexurais adquiridas têm

maior ocorrência em raças de crescimento rápido, como os Quarto de Milha, raça mais numerosa

no Brasil e de maior uso em vaquejadas. Os animais acometidos podem ser submetidos à terapia

clínica ou cirúrgica, ou ainda a associação destas modalidades. Foi atendido um potro, macho,

Quarto de Milha, de 23 meses de idade, que apresentava deformidade flexural cárpica adquirida

em ambos os membros. À avaliação clínica notou-se um desvio flexural menor que 20º. No exame

radiográfico apresentava reação periosteal na região de inserção do ligamento acessório do

tendão flexor digital superficial. Diante desde quadro, seguiu-se uma investigação semiológica

minuciosa antes da indicação de uma desmotomia bilateral, procedimento que requeria estrutura

hospitalar mínima, inexistente no local. No decorrer da avaliação clínica foi procedido bloqueio

anestésico com objetivo de isolar o foco de dor, tendo resultado positivo quando feito sobre o

ligamento suspensor superior. Diante disso, optou-se pela administração de um neurolítico

(cloridrato de amônia 3%) na região de inserção do check superior para inibir a sensação dolorosa

e proporcionar bem-estar ao animal, além de evitar lesões complementares. Inicialmente tal

conduta tinha como objetivo a estabilização do quadro de deformidade até que se viabilizasse a

opção cirúrgica, em caso de insucesso da terapia conservativa. Passados 20 dias, o animal

apresentou melhora significativa na postura e deambulação, encorajando o início do

casqueamento corretivo até que se atingisse uma conformação anatômica aceitável. Com o

controle da dor através da infiltração do neurolítico, além de terapêutica auxiliar (hidroterapia,

casqueamento e ferrageamento), foi possível reverter o quadro de deformidade flexural do animal,

com perfeito alinhamento rádio-metacárpico, suprimindo a necessidade cirúrgica e reduzindo os

custos de tratamento.

Palavras-chaves: deformidade flexural, equino, neurolítico

Key words:flexural deformity, equine, neurolytic

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

BIOMETRIA CORPORAL E TESTICULAR EM CAVALOS

CORPORAL AND TESTICULAR BIOMETRICS MEASUREMENTS IN HORSES

Cardoso, F.S. 1; Santiago, T.A. 1; Magalhães, F.J.R 1; Martins Neto, J.C. 1; Manso, H.E.C.C.C.2; Manso Filho, H.C. 2.

1 Mestrando, Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária/UFRPE, 2 Professor, Departamento de Zootecnia, Núcleo de Pesquisa Equina/UFRPE

A avaliação biométrica e testicular ainda são importantes características a serem

analisadas durante o registro definitivo das raças nacionais. Diferentes estudos têm demonstrado

que há uma relação entre idade e tamanho testicular mas pode não haver entre o tamanho

corporal e o tamanho testicular. O tamanho testicular nos equinos é avaliado através da

mensuração do comprimento, largura e altura do testículo e com isso pode-se determinar o

volume testicular. Para avaliar a relação da biometria corporal e testicular de cavalos com o grupo

etário, foram utilizados 76 animais que foram agrupados nos seguintes grupos etários: jovem

(<5 anos), adultos (entre 5 e 15 anos) e idosos (>15 anos). Em seguida foram analisadas a

medidas de altura da cernelha, com um hipômetro, e perímetro torácico, com uma trena métrica

flexível. Já o comprimento, a largura e a altura testicular através do uso do paquímetro. Os

resultados foram analisados pelo ANOVA (P <0,01), e o teste Holm-Sidak utilizado para

caracterização das diferenças entre os grupos e com P estabelecido em 1%. Não

ocorreram variações na altura a cernelha e no perímetro torácico (P>0,01), conforme o grupo

etário. Essa ausência de variação pode estar associada ao fato que todos os animais avaliados já

possuíam os testículos na bolsa escrotal, e com isso já estavam com a idade de 30 meses,

quando os equinos diminuem bastante, a velocidade de crescimento. Foram observadas

variações no comprimento, largura e altura do testículo direito (P<0,01). Já para o testículo

esquerdo foram observadas diferenças no comprimento e largura dos testículos (P<0,01). Nesses

casos o grupo de animais adultos apresentou medidas significativamente maiores quando

comparado com os grupos jovem e idoso. Não ocorreram diferenças nas medidas entre os grupos

jovens e idosos (P>0,01). A ausência de diferenças entre os grupos jovens e idosos devem-se a

dois fatores distintos entre os grupos, pois os animais jovens ainda não completaram o seu

desenvolvimento, principalmente o reprodutivo, enquanto que os animais idosos estão reduzindo

a capacidade reprodutiva, e com isso a produção espermática. Essas avaliações podem ajudar no

melhor entendimento das adaptações da capacidade reprodutiva com o desenvolvimento e

senilidade dos animais. Conclui-se que na espécie eqüina não há variação nas medidas

biométricas corporais em animais adultos longo da idade e que a biometria testicular está

relacionada com a atividade reprodutiva dos animais.

Palavras-chaves: biometria, equino, reprodução Key words: biometric, equine, reproduction

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

FIXAÇÃO DORSAL PATELAR EM EQUINO – RELATO DE CASO

DORSAL PATELLAR FIXATION ON EQUINE – CASE REPORT

Melo, L.C.S.!; Manso Filho, H.C."; Revorêdo, R.G.#; Silva, E.R.R.4; Fagundes, R.H.S.5; Silva,

R.J.5; Vaz, B.B.D.6

!Graduando em Medicina Veterinária, UFRPE [email protected]; "Professor Adjunto

DZ/UFRPE; #Graduanda em Medicina Veterinária, UFRPE; 4 Mestranda, Programa em Pós-

Graduação em Ciência Veterinária, UFRPE; 5Médico Veterinário residente da Clínica de Grandes

Animais, UFRPE ; 6 Professora Associada do DMV/UFRPE

A fixação dorsal ou luxação de patela é o deslocamento ou a lesão da mesma. Os fatores

predisponentes incluem o aumento do ângulo fêmoro-tibial, diminuição do tônus muscular do

quadríceps e hiperextensão traumática dos membros posteriores, comprometendo a função

atlética do cavalo. O primeiro episódio é acompanhado por dor e incapacidade de andar, mas com

a cronicidade esses sintomas podem desaparecer. Essa enfermidade pode aparecer

temporariamente, com uma extensão drástica do membro no sentido caudal, ou permanente,

onde a patela fica impossibilitada de retornar à posição normal. Em eqüinos, o membro afetado

parecerá mais longo que o normal, com a pinça do casco arrastando no chão. Esse realto de caso

tem como objetivo descrever o caso de fixação de paleta em um equinos. O animal foi

encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco por

aprsentar uma postura anormal do membro posterior. Ele era do sexo feminino, da raça Palomina,

com 12 a 14 meses de idade, apresentando emboletamento do membro posterior direito, com

desgaste de muralha do casco deste e claudicação grau três, tipo elevação. O proprietário relatou

que esse problema já havia ocorrido outras vezes, sem motivo aparente. No exame ainda

observou-se que quando o animal recuava o membro afetado não voltava ao normal. Foi realizada

uma radiografia do membro posterior direito, revelando uma fixação dorsal da patela, confirmando

a suspeita. O proprietário preferiu não realizar a desmotomia mesmo após o diagnóstico da

enfermidade, já que para a função que ele desempenhava no haras esse não havia sido um

problema sério até o momento

Palavras-chave: fixação patelar; equino; desmotomia.

Key words: patellar fixation; equine; desmotomy.

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

MASTITE EM POTRA: RELATO DE CASO

MASTITIS IN FILLY: A CASE REPORT

Belli, G.S.1, Carrara, C.H.2, Casalecchi, F.L.3, Vitorino, A.S.4

1Médico Veterinário Autônomo – Pós Graduando em Medicina Veterinária , E-mail para contato:

vet.guilherme @yahoo.com 2,3Docentes de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais,

UNIPINHAL 4 Graduanda em Medicina Veterinária, UNIPINHAL

Define-se mastite como a inflamação da glândula mamária. Na espécie equina a mastite

tem uma incidência menor do que na bovina devido a algumas particularidades anatômicas como

o tamanho inferior e posição mais oculta da glândula mamária, tetos menores com menor

exposição a traumas e a infecção. A glândula mamária da égua possui capacidade de

armazenamento lácteo menor, considerando que os potros se nutrem varias vezes por hora,

garantindo o frequente esvaziamento. Os sinais clínicos mais comuns são: tamanho anormal ou

tumefação da glândula mamária, calor e dor associados à palpação local, secreção mamária

serosa, purulenta ou com presença de sangue, febre, edema ventral e claudicação dos membros

posteriores.O diagnóstico é realizado através de anamnese, exame físico, cultura e citologia das

secreções mamarias e do leite. O tratamento local é o mais importante, consistindo em ordenhar

os lobos acometidos para remoção do patógeno e células inflamatórias, compressa quente,

hidroterapia, exercício leve para diminuir o edema e o uso de antibióticos e antinflamatórios

sistêmico depende da gravidade da mastite. Foi encaminhado ao Hospital Veterinário do

UNIPINHAL um equino fêmea, Quarto de Milha, 3 meses de idade, apresentando aumento de

volume evidente da glândula mamária esquerda e claudicação do membro posterior esquerdo, no

exame clínico não se observou nenhuma alteração de FC, FR e temperatura, ao exame da

glândula mamária observou-se dor a palpação,calor, edema, e ao ordenhar notou-se presença

de secreção purulenta, foi realizada a higienização rigorosa do úbere e após desprezar as

primeiras gotas da secreção, coletou-se em tubo estéril uma amostra que foi enviada ao

laboratório para realização de cultura e antibiograma, também foi coletado sangue para realização

de hemograma e dosagem de fibrinogênio porém não houve alterações. Enquanto aguardava o

resultado do exame a potra foi medicada com ceftiofur e meloxican e antinflamatório local e

mantida em piquete com a mãe, sem apresentar melhora. Na cultura bacteriana foi diagnosticado

Corynebacterium spp, e o antibiograma revelou-se sensível a amicacina, foi instituído o

tratamento com amicacina na dose de 25mg/kg, IM, SID, durante 10 dias, aplicação local de

pomada a base de beladona e como antinflamatório sistêmico permaneceu-se com o meloxican

havendo melhora do quadro após três dias.

Palavras chaves: mastite, potra, glândula mamaria.

Key words: foal, mammary gland, infection

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DISTOCIA FETAL VERSUS LAMINITE AGUDA EM ÉGUA - RELATO DE CASO

FETAL DYSTOCIA VERSUS ACUTE LAMINITIS IN MARE - CASE REPORT

Costa, M.N.C.1; Bromerschenkel, I.1; Ferreira, L.1; Martins, C.B.1

1 Universidade Federal do Espírito Santo. Alto Universitário, s/n, Guararema, Alegre, ES.

[email protected]

A distocia é considerada dificuldade no parto em decorrência de alterações de origem

materna e/ou fetal. Como resultado pode ocorrer morte da mãe e/ou produto. Pode ocorrer a

retenção placentária e laminite aguda como consequência. Este trabalho tem por objetivo relatar

um caso de distocia com retenção de placenta, evoluindo para laminite e óbito. Uma égua da raça

Mangalarga Marchador foi encontrada com o feto morto insinuado na vulva, com cabeça

edematosa e perda tecidual na região do focinho decorrente de mordedura de cão. Ao exame

clínico, apresentou frequências cardíaca e respiratória de 80 bpm e 60 mpm, respectivamente e

mucosas rósea claro. Observou-se edemaciação da vulva e região perineal. Na palpação

transvaginal constatou-se que o feto encontrava-se em apresentação longitudinal anterior, posição

dorsosacral e desvio dorsal dos membros torácicos. Realizou-se a correção da estática fetal com

manobras obstétricas seguida de tração sob intensa lubrificação. Foi realizada lavagem uterina

com solução fisiológica; fluidoterapia com gluconato de cálcio intravenoso; antibioticoterapia a

base de penicilina procaína, penicilina benzatina, penicilina potássica e estreptomicina; flunixim

meglumine em dose anti toxêmica e ocitocina. Após 24 horas, procedeu-se nova lavagem uterina,

administração de ocitocina e ducha nos quatro membros preventiva à laminite. Após 48 horas da

distocia, o animal apresentou sintomas característicos de laminite: alternância constante de apoio,

dificuldade de locomoção, “andar pisando em ovos” e aumento do pulso nas artérias digital palmar

e plantar. Iniciou-se a crioterapia, com imersão dos quatro membros em gelo duas vezes ao dia;

flunixim meglumine em dose antitoxêmica e dipirona dódica como analgésico. No dia seguinte, o

animal apresentava hiporexia, apatia, dor intensa, decúbito lateral, frequências cardíaca e

respiratória aumentadas. Cinco dias após, a égua veio a óbito. É importante que os partos na

espécie eqüina sejam assistidos na tentativa de prevenir e/ou corrigir complicações, aumentando

assim, a probabilidade de sobrevivência da mãe e do produto.

Palavras chaves: distocia, laminite, equinos.

Key words: dystocia, laminitis, horses.

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METABOLISMO PROTEICO SANGUÍNEO APÓS A SUPLEMENTAÇÃO COM FARELO DE

VAGEM DE ALGAROBA (Prosopis juliflora) EM EQUINOS

BLOOD PROTEIN METABOLISM AFTER SUPPLEMENTATION WITH MESQUITE (Prosopis

juliflora) POD MEAL IN HORSES

Melo, S.K.M.1; Almeida, T.L.A.C.2; Santiago, T.A. 2; Melo, R.E. 3; Silva, A.E. 4 ; Manso,

H.E.C.C.C. 5; Ferreira, L.M.C. 5; Vaz, S.G.6.

1- Médica Veterinária Autônoma/UNISA. [email protected]; 2- Mestranda do Programa

de Pós-Graduação em Ciência Veterinária/UFRPE; 3-Graduanda em Medicina

Veterinária/UFRPE; 4-Graduanda em Zootecnia/UFRPE; 5- Professora, DZ/UFRPE, 6- Residente

em Patologia Clínica no Programa de Pós-Graduação/UFRPE.

O farelo da vagem de algaroba é reconhecidamente um alimento energético, rico em

carboidratos solúveis, todavia também tem sido utilizado como fonte proteica para diferentes

espécies domésticas. Esse alimento possui grande disponibilidade na região Nordeste mas ainda

enfrenta um certo preconceito na sua utlização para os cavalos por parte dos criadores e técnicos.

Esse trabalho teve como objetivo avaliar as concentração da creatinia ([CREAT]), uréia ([UREIA])

e ácido úrico ([AcURI]) no sangue de equinos após a ingestão do farelo da vagem de algaroba

(FVA). Foram utilizados quatro animais da raça puro-sangue árabe, que após um período de

adaptação de 15 dias com FVA (1,3 Kg/animal/dia; 9,31% PB, 1,30% EE, 25,12% FDN) foram

submetidos a colheita de sangue, pela venopunção, para as análises. Foram colhidas amostras

antes do fornecimento do FVA (T0), após jejum alimentar de 12 horas, e em seguida amostras

nos seguintes tempos: 0,5h (T1), 1,0h (T2), 2,0h (T3), 3,0h (T4), 4,0h (T5), 5,0h (T6), e 6,0h (T7).

Os resultados foram avaliados pelo ANOVA, com P estabelecido em 5%. Foram utilizado kits

comerciais para o diagnóstico dos metabólitos associados ao metabolismo proteico. Os resultados

demonstraram que não ocorrerem variações significativas (P>0,05) na [CREAT], [UREIA] e

[AcURI] no sangue de equinos após a ingestão do FVA. A [CREAT], [UREIA] e [AcURI], média, foi

de 5,30+0,16 mmol/L, 116,50+2,61 mmol/L, e 0,024+0,0022 mmol/L, respectivamente, e estavam

dentro dos valores da normalidade para a espécie equina. Também foi observado que todos os

animais consumiram o FVA em menos de 0,5h após fornecimento do alimento, demonstrando a

boa palatabilidade do alimento. A ausência na variação das concentrações sanguíneas não era

esperada pois o FVA possui elevada concentração de proteínas, o que poderia modificar algum

desses metabólitos. Finalmente, concluí-se que a ingestão do FVA, na quantidade acima, não foi

capaz de modificar a concentração de metabólitos ligados ao metabolismo das proteínas.

Palavras chave: nutrição, equino, sangue

Key words: nutrition, equine, blood

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35 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

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BIOMETRIA DE EQUINOS DA RAÇA PAINT HORSE EM VAQUEJADAS NO RIO GRANDE DO

NORTE, BRASIL

BIOMETRICS OF “VAQUEJADA” PAINT HORSES IN RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

Câmara, F.V.1; Pimentel, M.M.L.1; Dantas, R.A.1; Pedroza, H.P.1; Pessoa, H.F.1; Grameleira,

J.S.1; Aguiar, K.C.S.1; Dias, R.V.C.2; Souza, M.V.3

1- Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –

UFERSA; 2-Prof.(a). Msc. Departamento de Ciências Animais – UFERSA; 3- Prof.(a). Dra.

Departamento de Veterinária – UFV

A raça Paint horse de origem norte – americana, é um cavalo versátil, usado tanto para

lazer, como para corridas, provas de obstáculos, etc. É, sobretudo usado para a lida do gado.

Porém, pouco se sabe a respeito destes animais utilizados para prática de vaquejada, assim,

foram realizadas avaliações biométricas de 1289 eqüinos sendo que destes 50 (3,87%) foram da

raça Paint Horse, 35 machos (70%) e 15 fêmeas (30%), através de medições realizadas com o

auxílio de fitas métricas metálicas para a obtenção do diâmetro torácico e do comprimento

corporal, em vaquejadas no estado do Rio Grande do Norte no período de Agosto de 2009 a Abril

de 2010. A partir da análise dos dados do diâmetro torácico e do comprimento corporal pôde-se

obter o índice corporal e o peso vivo dos animais que foram divididos por faixa etária. Fêmeas

com idade de 0 -5 anos apresentaram diâmetro torácico ( 1,78±0,07), comprimento corporal (

1,51± 0,06), índice corporal ( 85,03± 3,60) e peso vivo ( 454,75±53,69). De 6 –10 anos (

1,73±0,04), ( 1,50±0,07), ( 86,60±3,06) e ( 420,60±31,28), respectivamente. Os machos com

idade de 0–5 anos apresentaram diâmetro torácico ( 1,77±0,07), comprimento torácico ( 1,43±

0,07), índice corporal ( 35,72±42,38) e peso vivo ( 400,37±154,98), de 6 – 10 ( 1,77±0,08),

( 1,50±0,08), ( 85,16±18,56) e ( 446,24±110,55), respectivamente. Portanto, os eqüinos da

raça Paint Horse utilizados nas provas de vaquejada visitadas no estado do Rio Grande do Norte,

no período de Agosto de 2009 a Abril de 2010, são longilíneos, com idade e peso influenciando

nos parâmetros biométricos avaliados. Aprovado dentro das normas de condutas para o uso de

animais, pela comissão de ética do DVT/UFV (proc. 32/2008).

Palavras Chave: biometria, Paint Horse, vaquejada.

Key words: biometrics, Paint Horse, “vaquejada”.

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36 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

RAIVA EQUINA – RELATO DE CASO

EQUINE RABIES – CASE REPORT

Santos, F.C.O1; Souza, M.I. 2; Dantas, A.C. 2; Riet-Correa, F.F. 3; Rego, R.O. 1; Silva, M.L.C.R.4

1Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária, UFRPE, E-mail:

[email protected] ; 2Méd. Vet. Clínica de Bovinos- Campus Garanhuns, UFRPE; 3Prof.

Universidade Federal de Campina Grande; 4Doutoranda em Medicina Veterinária UFCG/CSTR.

A raiva é uma virose pouco comum em equinos, mas em razão do seu potencial zoonótico,

deve ser considerada no diagnóstico diferencial dos quadros neurológicos. No Brasil a raiva tem

sido pouco estudada nos equinos. O vírus da raiva é transmitido pela saliva contaminada em

ferimentos, sendo que no equino o método mais comum de infecção é a mordida de um carnívoro

selvagem ou de morcegos hematófagos que transportam o vírus. Cães, gatos domésticos, além

de outros cavalos podem transmitir a raiva através de mordeduras e lambeduras. Em eqüinos a

clínica é muito variável, tanto na forma paralítica quanto a forma furiosa da enfermidade. Os sinais

incluem posturas anormais, relinchos frequentes, agressividade, mordidas, ataxia, cegueira,

claudicação, cansaço, passando posteriormente para decúbito esternal e posteriormente decúbito

lateral, seguido por convulsões com pateamento e paralisia terminal. A raiva é uma doença de

difícil diagnóstico, como na maioria dos casos existe probabilidade de exposição humana, a falha

na identificação da doença pode colocar a vida humana em risco. Qualquer animal sob suspeita

de raiva deve ser isolado e manipulado o menos possível. O presente estudo analisa um caso de

raiva em um equino, mestiço, de oito meses de idade, criado em regime extensivo, não vacinado

contra raiva que foi atendido na Clínica de Bovinos Campus Garanhuns-UFRPE. O proprietário

relatou que no período da manhã o animal estava bem e no meio da tarde foi encontrado com

incoordenação motora e logo depois veio ao decúbito. Ao exame clínico estava em decúbito

lateral, bastante agitado e com movimentos de pedaladas ou pedalagem e ao amanhecer o

animal veio a óbito. Na necropsia não foi encontrada nenhuma alteração macroscópica, sendo

enviado material do sistema nervoso central formolizado para análise no setor de histopatologia,

no qual, não foi observada a presença de Corpúsculo de Negri, porém a inoculação intracerebral

em camundongos e a reação em cadeia de polimerase foram positivos para raiva. Após a

confirmação do diagnóstico, o proprietário foi orientado quanto à necessidade de vacinação dos

animais e esclarecimento da enfermidade como zoonose. Apesar da baixa ocorrência em equinos

no estado de Pernambuco, devem-se tomar as medidas preventivas desta zoonose. Neste caso, o

uso da inoculação intracerebral em camundongos e a reação em cadeia de polimerase foram

fundamentais para o diagnóstico.

Palavras-chave: raiva, equino, morcegos Key words: rabies, equine, bats

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“CUSTO CAVALO” NA CAVALARIA DA POLÍCIA MILITAR (EPMONT-CE) NO PERÍODO DE

MAIO/2009 A ABRIL/2010

MAINTENANCE COSTS AT HORSE CAVALRY OF MILITARY POLICE IN THE PERIOD FROM

MAY/2009 TO APRIL/2010

Melo1, M.M.O.; Manso Filho2, H.C.; Abreu3, J.M.G, 1-EPMont – CE; 2-UFRPE; 3-FAVET/UECE, [email protected]

Diversos empreendimentos contribuem para o chamado “custo cavalo” na eqüinocultura

moderna, uma variável desconhecida pela maioria dos criadores que permite a visualização dos

gastos reais realizados nos haras e planejamento de medidas econômicas. Utilizou-se um plantel

de 162 animais (machos e fêmeas em diversas fases de desenvolvimento). Os animais recebiam

4 refeições/dia e sal mineral. O manejo sanitário consistia em vermifugações trimestrais,

vacinações, exames para o diagnóstico de AIE e mormo semestrais e hemogramas anuais. Para

os custos fixos, considerou que 80% da água e 20% da energia destinados ao criatório. Foram

considerados os custos com pessoal (serviços de enfermeiros, baieiros e veterinários). O presente

trabalho propõe as percentagens discriminadas para um haras controlado. A alimentação

contribuiu com 50,45% dos custos totais. De acordo com os objetivos e condições locais de

produção de verde, este é um índice que pode ser melhorado colocando-se os animais que

estejam somente em manutenção com pouco ou nenhum concentrado. O custo com

medicamentos de 12,66% parece estar apropriado para uma propriedade com os problemas

clínicos controlados, sendo a intervenção veterinária diária de fundamental importância para a

minimização destes valores. Os exames sanitários contribuíram com 1,62% dos custos e

resultaram em certificação da propriedade pelo Ministério da Agricultura como livre para AIE e

mormo. Os custos fixos (água e energia) com 8,22% podem ser avaliados como aceitáveis. É

possível diminuí-los ainda mais com providências de perfuração de poços profundos, pois a água

utilizada advém de empresa privada. O custo com pessoal (27,06%) apresenta um impacto no

qual podem-se lançar estratégias para minimizá-lo com uma distribuição mais racional das

atividades. No presente trabalho, um custo agregado nos valores de todas as variáveis deveu-se

a permanência de vários animais idosos que já cumpriram suas campanhas ou com problemas

clínicos não recuperáveis e que recebem manejo igual aos animais que estão trabalhando

normalmente. O conhecimento de custos em criatórios eqüinos é de fundamental importância para

fins de programação de despesas. De acordo com o impacto de cada variável no custo cavalo,

compreendendo-se ponto a ponto os investimentos, podem-se programar estratégias para

manutenção de patamares quando aceitáveis e diminuir outros quando se julga que ultrapassam o

bom senso. CEUA-UECE n° 41/2009

Palavras-chave: eqüino, custo, equinocultura key words: horse, cost, breeding

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TRATAMENTO DE CONTRATURA DOS TENDÕES FLEXORES DIGITAIS CONGÊNITA COM

OXITETRACICLINA

CONGENITAL CONTRACTURE OF DIGITAL FLEXOR TENDONS TREATMENT WITH

OXYTETRACYCLINE

Regis, B.A.1; Melo, J.M. 1; Manso, H.E.C.C. 2; Magalhães, F.J.R. 3; Cardoso, F.S.3; Manso Filho, H.C. 2

1 Aluno graduação em Medicina Veterinária/UFRPE; 2 Professor, Departamento de Zootecnia, Núcleo de Pesquisa Equina/UFRPE; 3 Programa de Pós-Graduação em Ciências

Veterinárias/UFRPE

Diferentes enfermidades acometem os recém-nascidos, e entre uma das mais frequentes

está a contractura dos tendões flexores digitais. A causa dessa enfermidade não está clara, mas

acometem animais que nascem com tamanho acima do esperado para determinada raça. Vários

métodos têm sido empregados para o tratamento dessa enfermidade, como o uso de

imobilizadores, o gesso e o tratamento com medicamento como a tetraciclina, ou mais

recentemente a oxitetraciclina. Esses medicamentos atuam competindo com o cálcio nas ligações

entre os tendões e os ossos, sendo o relaxamento do tendão um efeito colateral do medicamento.

Objetivamos descrever o tratamento de dois potros com emboletamento congênito bilateral, com a

oxitetraciclina. Dois potros de raças diferentes (animal I: quarto-de-milha, 12 horas de vida,

macho; animal II: campolina, 24 horas de vida, fêmea) nasceram emboletados com o eixo canela-

quartela completamente linear e com a perda da angulação natural. Detectado o problema, cada

animal recebeu 2,4g de oxitetraciclina base (Tetrabac®, BAYER), por via intravenosa. Não

ocorreram reações adversas após 2 horas de aplicação do medicamento, já que o mesmo não é

indicado para equinos. Os animais foram medicados com a autorização dos proprietários. Todos

os dois potros estavam com menos de 48 horas de vida, seguindo essa indicação original para a

tetraciclina, que não está disponível no mercado nacional sem ser combinada com outros

produtos. Cerca de 7 dias após a aplicação da oxitetraciclina, os animais estavam normais, com

visível angulação no eixo canela-quartela, que deve ser semelhante a angulação da paleta como

o piso. Esse efeito do medicamento deve-se basicamente a competição entre o princípio do

produto e o cálcio em ponto da junção dos tendões e os ossos, produzindo a redução da

contratura do tendão e com isso, o emboletamento. Todavia o criador deve ser alertado pelo

médico veterinário que esse é um efeito colateral do medicamento e a aplicação desses

medicamentos não está livre de reações secundárias. A aplicação de oxitetraciclina pode ser

empregada nos casos de emboletamento congênito bilateral, nas primeiras horas de vida do

neonato, como método alternativo para correção da perda da angulação cogênita nessa região.

Palavras-Chave: Emboletamento Bilateral; Oxitetraciclina; enfermidade congênita Key words: tendon contracture, oxytretracyclin, congenital disease

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REDUÇÃO DE CARCINOMA ESPINOCELULAR EM EQUINOS UTILIZANDO SULFATO DE

COBRE

EQUINE SPINOCELLULAR CARCINOMA REDUCTION USING COPPER SULPHATE

Silvia, K.M.G1A; Santos, F.L 1; Andrade, R.L.F.S 2; Vieira, R.T.A 2; Mendonça, L.B.R.3 ; Torres,

S.M.!; Korinfsky, E.W.4

1-UFRPE, A- Av.Boa Viagem, 5554/602, Boa Viagem, Recife-PE, 51030-000,

[email protected] 2-Faculdade Pio Décimo; 3-Médica Veterinária; 4-CESMAC,

Maceió-AL.

Carcinoma espinocelular (CEC) é uma neoplasia maligna, localmente invasiva comum em

eqüinos, principalmente os de pelagem clara, ocorrendo sobretudo nas junções mucocutâneas,

em especial nas pálpebras. Esse tipo de neoplasia ocular geralmente é proliferativo e ulcerado,

podendo estar associado à conjuntivite purulenta. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica

total da massa neoplásica, sendo que a enucleação transpalpebral deve ser considerada a

depender da extensão da lesão. Utiliza-se o sulfato de cobre nas feridas de eqüinos quando há

grande exacerbação de tecido de granulação, pois a exposição da pele de forma prolongada a

sais de cobre pode causar necrose tissular. Égua mestiça, 6 anos, Palomino, prenhe de 6 meses,

com aumento de volume (5 cm) na pálpebra inferior do olho direito com evolução de mais de 4

meses. Cavalo mestiço, 10 anos, Branco de Pampo, com aumento de volume (4,5 cm) na

pálpebra inferior do olho direito, com edema na região da pálpebra superior e evolução de mais de

3 meses. Ambos apresentaram conjuntivite purulenta e úlcera de córnea. Os exames

histopatológicos confirmaram CEC bem diferenciado. A terapia constou de lavagem do olho e do

tumor com solução fisiológica e aplicação BID de Epitezan® pomada oftálmica no olho por 10 dias

e aplicação tópica no tumor de sulfato de cobre (CuSO4) adicionado ao Ungüento Pearson® a

uma solução de 20% a cada 24 horas. Acompanhamento do tratamento na égua durou três

meses, onde houve regressão significativa do tumor e o potro não apresentou nenhuma

anormalidade após nascimento. No cavalo iniciou-se tratamento tópico idêntico ao da égua por 15

dias e posterior excisão cirúrgica de grande parte do tumor. Complementou-se com terapêutica

tópica. Houve diminuição significativa do tumor com, aproximadamente, 2 meses desde o início do

tratamento. Podemos concluir que a utilização de sulfato de cobre para terapia tópica no CEC

evita enucleação transpalpebral com redução do tumor.

Palavras-chave: Carcinoma espinocelular, equino, sulfato de cobre.

Key words: Spinocellular carcinoma, equine, copper sulphate.

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PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DO SERVIÇO DE TRAÇÃO ANIMAL EM BELÉM-PARÁ

PROFILE SOCIO ECONOMIC OF THE ANIMAL TRACTIVE SERVICE IN BELÉM-PARÁ

Ribeiro, D.B.1; Ferreira, P.S.S.2; Oliveiro, R.M.R.2; Coelho, M.O. 2; Bentes, M.E.A. 2; Silva, J.S.

2; Figueiredo, H.F,3; Mangas, T.P.4

1 Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA e Coordenador do Projeto

Carroceiro,2 Bolsista PROBEX/PROPED/REUNI do Projeto Carroceiro, 3 Médico

Veterinário/Projeto Carroceiro. 4 Médico Veterinário Residente/Projeto Carroceiro. Av. Pres.

Tancredo Neves, 2501, Montese, CEP 66077-530, CP 917 [email protected].

A problemática envolvendo a violência e os maus tratos em animais de tração nos centros

urbanos, tem sido continuamente debatida nas principais cidades brasileiras. Em Belém, Pará,

principalmente nos bairros mais populosos e carentes, constantemente vimos animais mal

nutridos, mal tratados, com excesso de carga e de serviço, isso quando não são abandonados

nas ruas promovendo sofrimento e acidentes de trânsito. Objetivando cadastrar e conhecer o

perfil sócio-econômico do carroceiro, realizamos coleta de dados através de Diagnóstico Rápido

Participativo (DRP), por questionário estruturado, contendo 34 perguntas envolvendo temas

relacionados aos aspectos sociais, familiares, econômicos, educacionais e de maus tratos. Foram

entrevistadas 36 famílias de carroceiros, residentes nos 04 bairros mais carentes e com maior

numero de animais de tração de Belém. Dentre os dados mais relevantes estão: 58,30% são

casados; 30,50% tem no mínimo 04 filhos; 52,80% trabalha há mais de 10 anos na profissão; 50%

tem somente primeiro grau; 91,70% tem acesso somente a televisão como fonte de informação;

50% ganha até 1 salário mínimo; 86,10% não possui outra fonte de renda; 83,30% tem casa

própria, mesmo vivendo em condições precárias e em invasões; 30,60% residem mais de 06

pessoas na mesma residência; Quanto aos animais 55,60% trabalham mais de 06 horas

ininterruptas e 33,30% em até 09 horas; 11,10% não tem intervalo para descanso e/ou

alimentação; 100% comem somente farelo de soja, grãos de milho e gramínea de má qualidade.

O carroceiro do município de Belém tem baixa escolaridade e renda, também carece de atenção

através de projetos sociais, não somente de educação ambiental, mas de novas oportunidades de

emprego e renda, assim como, cursos técnicos e serviço Médico Veterinário à atual fonte de

renda.

Palavras chave: animais de tração, maus tratos, perfil sócio-econômico.

Key words: working animals, misuse, sócio-economic profile

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INDUÇÃO DE OVULAÇÃO EM ÉGUAS: USO COMPARATIVO DA GONADOTROFINA

CORIÔNICA HUMANA E DO ACETATO DE DESLORELINA

INDUCTION OF OVULATION IN MARES: COMPARATIVE USE OF hCG AND DESLORELIN

ACETATE

Chagas, C. A.1; Mota, A. E.1; Torres, S. M.1; Silva, D. G. B.2; Lima, P. F.3 1Médica Veterinária Autônoma; 2Graduando em Medicina Veterinária da Universidade Federal

Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife- PE. 3Professor Adjunto do Departamento de Medicina

Veterinária – DMV, UFRPE. E-mail: [email protected]

A utilização de novas biotécnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial com

sêmen refrigerado e transportado, sêmen congelado e transferência de embriões, leva à

necessidade de um conhecimento específico da duração dos componentes do ciclo estral, bem

como do momento exato de ovulação e da época ideal de inseminar a égua. O acompanhamento

folicular através do auxílio da ultrassonografia permite o uso de drogas cuja finalidade é aumentar

a eficiência reprodutiva. Através de algumas destas drogas podemos induzir a ovulação,

ferramenta importante para reduzir o número de inseminações necessárias por ciclo, resultando

em um programa reprodutivo mais eficiente. O objetivo do presente estudo foi comparar o uso e

eficácia da gonadotrofina coriônica humana (hCG) e um análogo do GnRH, a deslorelina, ambas

com propriedades indutoras de ovulação. Para tanto utilizou-se 33 ciclos ovulatórios de 18 éguas

sem raça definida, com idade entre 3 e 15 anos, com peso entre 300 e 400 kg e boa condição

corporal, localizadas no Estado de São Paulo, Brasil (Latitude 22°52’S, Longitude 48°27’W, e

temperatura média de 22°C). Todas as éguas estavam em diestro e tiveram o estro sincronizado

com Dinoprost trometamina na dose de 5mg via intramuscular. As éguas foram monitoradas

diariamente, sendo palpadas e ultrassonografadas via retal. Os animais foram monitorados com

intervalo de 24 horas até que o diâmetro folicular mínimo para ovulação atingisse 35mm. A partir

de então, foram procedidos os respectivos tratamentos e após 12 horas dos tratamentos, os

animais passaram a ser monitorados a cada 6 horas até que a ovulação fosse detectada. As

fêmeas foram aleatoriamente divididas em dois grupos experimentais: o G1, no qual 13 ciclos

ovulatórios foram tratados com 2.500 UI de hCG intravenoso; e o G2, no qual 20 ciclos ovulatórios

foram tratados com 1mg de acetato de deslorelina intramuscular. Os resultados foram

estatisticamente analisados e constatou-se que não houve diferença significativa entre o tempo de

ovulação após o uso de cada uma destas drogas, já que o tempo médio de ovulação do G1 foi de

40,7 ± 11,66 horas e do G2 foi de 43,25 ± 12,82 horas, sendo portanto, ambas as drogas eficazes

na indução da ovulação em éguas.

Palavras-chave: Indução de ovulação, gonadotrofina coriônica humana (hCG), deslorelina. Key words: Induction of ovulation, hCG, deslorelin

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HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR EXERCÍCIO EM CAVALOS DE

VAQUEJADA

EXERCISE-INDUCED PULMONARY HAEMORRHAGE IN VAQUEJADA HORSES

Almeida Neto, J.B.1; Sá, F.B.2; Laguna Legorreta, G.G.3; Ribeiro, M.L.A.4 1 Médico Veterinário Autônomo. R. Nilo Peçanha, 78 – centro, Garanhuns – PE.

[email protected]; 2Professor Adjunto DMFA - UFRPE; 3 Médico Veterinário Autônomo. São

Paulo, SP, Brasil; 4Médica Veterinária Autônoma. Maceió, AL, Brasil.

A Hemorragia Pulmonar Induzida pelo Exercício (HPIE), definida como a presença de

sangue na árvore traqueobronqueal proveniente dos capilares alveolares, por sua alta incidência é

uma das mais importantes patologias respiratórias do eqüino atleta. Porém não se tem referências

na literatura científica sobre sua ocorrência em cavalos de vaquejada, atividade eqüestre de maior

importância socioeconômica no Nordeste. Este trabalho tem por objetivo relatar sua primeira

observação em animais destinados a esta prática eqüestre. Durante uma etapa do Campeonato

Pernambucano de Vaquejada, 15 cavalos, machos, com idade entre cinco e 12 anos, da raça

Quarto de Milha, utilizados para puxar o boi, foram submetidos ao exame endoscópico do trato

respiratório cranial e traquéia. A competição se deu em uma pista de areia fofa com 140m de

comprimento. Nenhum animal apresentou alteração física antes do exame ou houve relatos de

diminuição de rendimento. A avaliação endoscópica em repouso foi realizada por um único

examinador, cerca de 30 minutos após o término do exercício (três corridas em seqüência).

Utilizou-se um fibrocolonoscópio flexível, com 1,60 m de comprimento útil e 14 mm de diâmetro, e

uma fonte de luz halógena de 15 v / 250W, com uma câmera de vídeo específica para endoscopia

acoplada e imagens visualizadas em uma tela de televisão. Observaram-se três (20%) animais

positivos, sendo um dos casos graduado como hemorragia de grau IV e os outros como grau II.

Pelo fato da HPIE ser uma afecção até então desconhecida entre os cavalos de vaquejada, é

necessário que estudos mais aprofundados, visando um melhor entendimento sobre suas

particularidades nesta atividade eqüestre, sejam realizados, além de um trabalho de divulgação e

conscientização junto a vaqueiros e proprietários, com o intuito de estabelecer condições mais

racionais para a utilização dos animais sangradores.

Palavras Chave: endoscopia respiratória, hemorragia pulmonar, vaquejada.

Key words: respiratory endoscopy, pulmonary hemorrhage, vaquejada.

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USO TÓPICO DE METRONIDAZOL EM CANCRO DA RANILHA EM EQUINO MILITAR DA

ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS: RELATO DE CASO

TOPIC USAGE OF METRONIDAZOL IN MILITARY EQUINE FROG CANKER OF AGULHAS

NEGRAS MILITARY ACADEMY: CASE REPORT

Porto, R.A.N.1; Henriques, M.O.1 2; Campos, C. H.C.1 2; Oliveira, E. de P. 2 ; Collodel, T. 3;

Soares, O.A.B.1 2. 1Academia Militar das Agulhas Negras, Rod. Pres. Dutra Km 306, Hospital Veterinário AMAN.

[email protected]; 2 Fundação Educacional Dom André Arcoverde (FAA); 3Universidade de

Barra Mansa (UBM).

No presente trabalho foi descrito um caso de dermovilite exsudativa vegetante crônica

(DEVC) ou cancro de ranilha, em eqüino militar da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN),

Exército Brasileiro, localizada no município de Resende no Estado do Rio de Janeiro, fêmea, com

oito anos de idade, da raça Brasileiro de Hipismo, mantida em regime de semi-estabulação,

utilizada em instruções militares e hipismo clássico, a qual apresentou lesões na ranilha e casco

dos membros posteriores e anterior direito, com aspecto infiltrativo na região da ranilha e sola,

caracterizado por crescimento rápido e desordenado, de aspecto papiliforme, de coloração

esbranquiçada na raiz e escura nas pontas, com secreção necrótica e de odor fétido. Bactérias

gram-negativas, má higiene e excesso de umidade no casco são considerados fatores etiológicos

e predisponentes para o desenvolvimento da enfermidade. O tratamento instituído incluiu

debridamento cirúrgico parcial da massa invasiva e posterior aplicação diária de metronidazol gel

à 10%, que juntamente com a correção do manejo e o diagnóstico precoce, obteve resultaram em

recuperação satisfatória do quadro nosológico descrito.

Palavras- chave: Cancro, secreção necrótica, metronidazol.

Key words: frog canker, necrotic secretion, metronidazol

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

PITIOSE EQUINA TRATADA COM IODETO DE SÓDIO: RELATO DE CASO

EQUINE PYTHIOSIS TREATED WITH SODIUM IODIDE: CASE REPORT

Andrade, A.T.1*; Mello, A.J.2; Tunon, G.I.L.3

1 Graduanda em Medicina Veterinária, Faculdade Pio Décimo. [email protected]; 2

Médica Veterinária Autônoma; 3 Laboratório de Bacteriologia, DMO/Universidade Federal de

Sergipe

A pitiose equina é uma enfermidade piogranulamatosa com distribuição mundial, causada

pelo oomiceto Pythium insidium, presente em água parada e utiliza plantas aquáticas em seu ciclo

biológico. Nos equinos, a doença é caracterizada por intenso prurido e formação de úlceras

granulomatosas de evolução rápida e de difícil tratamento, sendo o mesmo influenciado pelo

tamanho, duração, local das lesões e estado fisiológico do animal (esta frase está sem sentido). O

presente trabalho relata a ocorrência de pitiose em um equino da raça Mangalarga Marchador, do

município de São Domingos-SE. A queixa do proprietário era a presença de feridas nos membros

anteriores. Ao exame clínico foram observadas lesões com aspecto granulomatoso, exsudativo,

secreção serossanguinolenta, com áreas de necrose e intenso prurido. O animal apresentou

parâmetros clínicos normais. O diagnóstico inicial foi de habronemose cutânea, no entanto, com o

aparecimento dos “kunkers”, suspeitou-se de pitiose. Foram realizados exames de cultivo

microbiológico e de histopatologia processado com hematoxilina e eosina e com coloração pela

prata. Confirmado o diagnóstico de pitiose, foi iniciada a imunoterapia com a vacina Pythium-

Vac®, sendo administrada com intervalo entre aplicações de 14 dias, totalizando 13 doses.

Associado à vacina, utilizou-se a anfotericina B tópica com DMSO 20% em penso úmido trocado

diariamente, assim como, a administração de iodeto de potássio na dose de 40 mg/kg por via oral

(durante quantos dias?). Com a falta de resultados expressivos, optou-se pela remoção cirúrgica

de todo o tecido de granulação e limpeza diária com água e iodo degermante. O iodeto de

potássio oral foi substituído por iodeto de sódio a 10% endovenoso na dosagem diária de 20 ml,

com aplicação lenta, por 10 dias consecutivos e no final deste período diminuía-se 1 ml ao dia,

totalizando 30 dias de tratamento, com a manutenção da vacina. Após 15 dias de tratamento,

houve recidiva das secreções, levando o clínico a optar por mais 30 dias de iodeto de sódio a 10%

endovenoso. Finalizado esse período de 30 dias, continuou-se com a limpeza diária da lesão que

cicatrizou bem, podendo o animal ficar solto em piquete sem risco de automutilação, estando sem

recidiva e até o presente momento. Apesar da associação de fármacos e a excisão cirúrgica

promoverem resultado satisfatório no caso apresentado, o diagnóstico precoce aumenta a chance

de cura.

Palavras-chave: Pythium insidium,, Dermatopatias, oomiceto Key words: Pythium insidium, skin diseases, fungal hyphae

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CONCENTRAÇÃO DE AMINOÁCIDOS NO PLASMA EM CAVALOS “DE ESTEIRA” APÓS

SIMULAÇÃO DE PROVA DE VAQUEJADA

PLASMA AMINOACIDS CONCENTRATION AFTER VAQUEJADA SIMULATION IN “ESTEIRA”

HORSES

Santiago, T.A!; Manso Filho, H.C."; Manso, H.E.C.C.C."; Almeida, T.L.!; Silva, F.S.!;

Magalhães, F.J.R.!; Santos, F. L".

!Aluno da pós-graduação em ciência veterinária UFRPE, "Professor da UFRPE.

[email protected]

A vaquejada é o esporte equestre que movimenta o maior número de cavalo no Brasil.

Com isso o mercado de nutrição animal tem desenvolvido inúmero produtos nutricionais para

melhorar a performance desse grupo de animais. Esse trabalho tem como objetivo as

concentrações de glutamina ([GLN]), alanina ([ALA]) e glutamato ([GLU]) nos cavalos de “esteira”

numa simulação de prova de vaquejada (TSV).

Foram utilizados quatro cavalos de “esteira”, da raça Quarto de Milha, com peso variando entre

450 a 550 kg e idade entre cinco e dez anos. Todos os animais eram arraçoados com capim

elefante (Penisetum purpureum; ~10 kg/animal/dia) e concentrado comercial (5,0kg /animal/dia;

níveis de garantia do concentrado: proteína bruta 14%, extrato etéreo 4%, fibra bruta 12,0%). Os

animais correram seis vezes, a 7,0 m/s, numa pista de areia fofa com 90m de comprimento foram

feitas coletas por meio de venopunção da veia jugular, no: pré teste (T jejum), após as três

primeiras corridas (T0 C1), após as três últimas corridas (T0 C2) e, logo em seguida, em 15

(T+15), 30 (T+30) e 240 minutos (T+240). As [ALA] e de [GLU] não variam após TSV (P>0,05).

Todavia a [GLN] modificou-se significativamente (P<0,05) após o TSV, sendo que a [GLN]

observado em T0-C1 (~179,0 #mol/L), foi diferente dos valores em T+30 (~324 #mol/L) T+15

(~301 #mol/L) e T jejum (~290 #mol/L). Tanto a alanina como a glutamina são aminoácidos

produzidos e liberados pelo tecido muscular em grandes quantidades, principalmente durante e

após o exercício físico. Nos cavalo de esteira observou que a [GLN] ficou bastante reduzida o que

poderia comprometer a recuperação energética desses animais, já que tanto a GLN como a ALA

são aminoácidos gluconeogênicos. A [ALA] não variou durante o TSV, todavia a [ALA]

imediatamente após a corrida do sexto boi foi cerca de 75% maior que o valor observado com os

animais em jejum, com isso favorecendo a reconstituição energética mesmo com a grande

redução na [GLN]. Nos animais “de esteira”, foram registradas variações estatísticas

significativas nos níveis de glutamina (P<0,05), indicando a necessidade de dieta especial para

esse tipo de cavalo de vaquejada e que favoreça o bem-estar do atleta.

Palavras chave: alanina, glutamina, exercício anaeróbico. Key words: alanine, glutamine, aerobic exercise.

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

OCORRÊNCIA DE TENOSSINOVITE EM EQUINOS DE VAQUEJADA NOS ESTADOS DO

PIAUÍ E MARANHÃO

OCCURRENCE OF TENOSYNOVITIS IN EQUINES IN THE STATES OF PIAUÍ AND

MARANHÃO

Boakari, Y. L.1; Arrivabene, M.2; Marques, A.L.A.1. ; Leal, A.B.G. 1; Lopes, J.B.2

1 Graduanda em Medicina Veterinária. Universidade Federal do Piauí; 2 Profa. Dra. Centro de

Ciências Agrárias. Universidade Federal do Piauí; Av. Mal. Castelo Branco, 611. T- 2. Apt-502.

Bairro Porenquanto. CEP- 64.000-810. Teresina, PI. [email protected]

A vaquejada é o esporte eqüestre mais praticado no Nordeste e tem uma enorme

importância econômica. Como este esporte exige muito do sistema locomotor dos eqüinos resulta

em patologias, sendo a tenossinovite uma das mais comuns. É uma inflamação da membrana

sinovial da bainha tendínea com uma maior secreção de líquido sinovial, geralmente devido a

trabalhos exagerados e exercícios inadequados. Geralmente não resulta em calor, dor ou

claudicação. Deve-se deixar o animal em repouso, usar hidroterapia além de antiinflamatórios

como a fenilbutazona e dimetilsulfóxido. Nos casos crônicos não se obtêm resultados eficazes

com os tratamentos de rotina, portanto é indicada a cauterização. Nesta pesquisa foram

utilizados 61 equinos, dos estados do Piauí e Maranhão que estavam em treinamento para o

esporte de vaquejada. Para a identificação da patologia foi realizado exame do aparelho

locomotor, composto de anamnese, exame visual, seguido por um método sistemático de

palpação direta, iniciado pela porção proximal de cada membro. Dos eqüinos examinados

81,97% se mostraram positivos, destes 69,93%, foram machos. Sendo a incidência mais alta nos

membros pélvicos (p<0,05), 36,89% e 16,39% nos membros anteriores. Embora não tenha

havido uma diferença estatisticamente significativa em relação à idade dos animais, aqueles

entre 3 e 8 anos apresentaram a maior porcentagem, 60,66%. Nenhum destes apresentou

claudicação. De acordo com os resultados obtidos, nota-se que a tenossinovite é uma afecção

muito freqüente em eqüinos que praticam vaquejada, evidenciando uma realização de esforços

físicos exagerados. Como a afecção não é acompanhada de claudicação os animais continuam a

competir e não recebem tratamento.

Palavras chave: Cavalo, aparelho locomotor, líquido sinovial

Key words: Horse, locomotor system, synovial fluid.

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BIOMETRIA DE EQUINOS DA RAÇA PAINT HORSE EM VAQUEJADAS NO RIO GRANDE DO

NORTE, BRASIL

BIOMETRICS OF “VAQUEJADA” PAINT HORSES IN RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

Câmara, F.V.1; Pimentel, M.M.L.1; Dantas, R.A.1; Pedroza, H.P.1; Pessoa, H.F.1; Grameleira,

J.S.1; Aguiar, K.C.S.1; Dias, R.V.C.2; Souza, M.V.3.

Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –

UFERSA; 2- Prof.(a). Msc. Departamento de Ciências Animais – UFERSA; 3 - Prof.(a). Dra.

Departamento de Veterinária – UFV

A raça Paint horse, de origem norte – americana, é um cavalo versátil, usado tanto para

lazer, como para corridas, provas de obstáculos, etc. É, sobretudo usado para a lida do gado.

Porém, pouco se sabe a respeito destes animais utilizados para prática de vaquejada, assim,

foram realizadas avaliações biométricas de 1289 eqüinos sendo que destes 50 (3,87%) foram da

raça Paint Horse, 35 machos (70%) e 15 fêmeas (30%), através de medições realizadas com o

auxílio de fitas métricas metálicas para a obtenção do diâmetro torácico e do comprimento

corporal, em vaquejadas no estado do Rio Grande do Norte no período de Agosto de 2009 a Abril

de 2010. A partir da análise dos dados do diâmetro torácico e do comprimento corporal pôde-se

obter o índice corporal e o peso vivo dos animais, que foram divididos por faixa etária. Fêmeas

com idade de 0 -5 anos apresentaram diâmetro torácico ( 1,78±0,07), comprimento corporal (

1,51± 0,06), índice corporal ( 85,03± 3,60) e peso vivo ( 454,75±53,69). De 6 –10 anos (

1,73±0,04), ( 1,50±0,07), ( 86,60±3,06) e ( 420,60±31,28), respectivamente. Os machos com

idade de 0–5 anos apresentaram diâmetro torácico ( 1,77±0,07), comprimento torácico ( 1,43±

0,07), índice corporal ( 35,72±42,38) e peso vivo ( 400,37±154,98), de 6 – 10 ( 1,77±0,08),

( 1,50±0,08), ( 85,16±18,56) e ( 446,24±110,55), respectivamente. Portanto, os eqüinos da

raça Paint Horse utilizados nas provas de vaquejada visitadas no estado do Rio Grande do Norte,

no período de Agosto de 2009 a Abril de 2010, são longilíneos, com idade e peso influenciando

nos parâmetros biométricos avaliados. Aprovado dentro das normas de condutas para o uso de

animais, pela comissão de ética do DVT/UFV (proc. 32/2008).

Palavras Chave: biometria, Paint Horse, vaquejada.

Key words: biometrics, Paint Horse, “vaquejada”.

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BIOMETRIA EM CAVALOS QUARTO DE MILHA DE VAQUEJADA NO RIO GRANDE DO

NORTE, BRASIL.

BIOMETRICS OF “VAQUEJADA” AMERICAN QUARTER HORSES IN RIO GRANDE DO

NORTE, BRASIL.

Câmara, F.V.1; Pimentel, M.M.L.1; Catunda Neto, A.1; Ferreira, A.L.1; Pedroza, H.P.1; Pessoa,

H.F.1; Aguiar, K.K.1; Dias, R.V.C.2; Souza, M.V.3.

Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –

UFERSA; 2 - Prof.(a). Msc. Departamento de Ciências Animais – UFERSA; 3 - Prof.(a). Dra.

Departamento de Veterinária – UFV

A raça Quarto de Milha é tida como “a mais popular do mundo" e no nordeste brasileiro é a

mais utilizada em vaquejadas devido a sua docilidade, robustez, velocidade, partidas e voltas

rápidas e paradas curtas.Porém, pouco se sabe a respeito destes animais utilizados para prática

de vaquejada, assim, foram realizadas avalições biométricas de 1289 equinos sendo que destes

866 (67,2%) da raça Quarto de Milha, 268 fêmeas (31%) e machos 598 (69%), através de

medições realizadas com o auxílio de fitas métricas metálicas para a obtenção do diâmetro

torácico e do comprimento corporal, em vaquejadas no estado do Rio Grande do Norte no período

de Agosto de 2009 a Abril de 2010.Fêmeas com idade de 0 -5 anos apresentaram diâmetro

torácico ( 1.77±0,07), comprimento corporal ( 1,45 ± 0,10), índice corporal ( 81.96± 5,57) e

peso vivo verdadeiro ( 425,54±110,65). De 6 – 10 anos ( 1,77±0,08), ( 1,51±0,09), (

85,42±4,01) e ( 446,08±68,16), de 11 – 15 anos ( 1,78±0,06), ( 1,54±0,08), ( 86,55±3,96) e

( 454,15± 42,59), respectivamente. Machos com idade de 0 – 5 anos apresentaram diâmetro

torácico ( 1,76±0,09), comprimento corporal ( 1,42± 0,17), índice corporal ( 52,01±40,39) e

peso vivo verdadeiro ( 442,42±61,83). De 6 -10 anos ( 1,77±0,06), ( 1,49±0,08), (

84,20±4,59) e ( 442,95±58,00), de 11 – 15 anos ( 1,79±0,08), ( 1,53±0,08), ( 85,32±4,59) e

( 467,94±58,00), de 16 – 20 aos ( 1,80±0,06), ( 1,53±0,04), ( 85,21±3,70) e ( 472,51±

44,01), respectivamente. Concluindo que os animais da raça Quarto de milha utilizados em

vaquejadas no estado do Rio Grande do Norte representaram a maioria dos animais encontrados

nas vaquejadas visitadas no período de Agosto de 2009 a Abril de 2010. Além disso, são eqüinos

longilíneos e selecionados para provas de corrida que exijam partidas rápidas, como no caso das

vaquejadas. Aprovado dentro das normas de condutas para o uso de animais, pela comissão de

ética do DVT/UFV (proc. 32/2008).

Palavras Chave: biometria, Quarto de Milha, vaquejada.

Key words: biometrics, American Quarter Horse, “vaquejada”.

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SARCÓIDE EQUINO: RELATO DE CASO

EQUINE SARCOIDE: CASE REPORT

Fagundes, R. H. S.1; Silva, R. J.1; d’Ultra Vaz, B. B.2; Albuquerque, R.F.3

1 - Médico Veterinário Residente, Clínica de Animais de Grande Porte da UFRPE. Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE. [email protected]; 2 -Profa.

Associada da área de Clínica do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE; 4- Discente do curso de Medicina Veterinária da UFRPE.

O sarcóide é uma neoplasia cutânea bastante comum de eqüinos, podendo acometer

cavalos, jumentos e mulas. Provavelmente é causado pela infecção com o vírus do papiloma

bovino (VPB) tipo 1 ou 2, caracterizando-se pela presença de protuberâncias cutâneas de

diversos tamanhos e localizadas em qualquer parte do corpo, sendo bem semelhantes à

papilomatose bovina. Suas lesões têm sido classificadas em: verrucosa, fibroblástica e mista. Na

forma verrucosa as lesões apresentam superfície seca, plana e córnea, podendo ser sésseis ou

pedunculadas. O tipo fibroblástico apresenta lesões com aspectos variados, algumas como

nódulos fibrosos bem circunscritos e recobertos com epiderme intacta e outras se apresentam

como grandes massas ulceradas, muitas vezes recobertas por tecido necrótico. O tipo misto é

menos freqüente e é classificado como uma forma tumoral de transição. Um sarcóide verrucoso

pode se transformar em fibroblástico em resposta a traumatismos ou a uma biópsia cirúrgica. Esta

neoplasia é muito rara nos eqüinos com menos de um ano de idade, e a prevalência do

acometimento aumenta conforme o animal fica mais velho, sendo que a idade média para o

aparecimento desses tumores é de sete anos. Chegou ao hospital veterinário da UFRPE, um

eqüino, macho, castrado, 8 anos de idade, raça campolina e pelagem castanha, onde o

proprietário percebeu o surgimento de uma pequena verruga na região abdominal direita, próximo

a região ingnal, onde foi realizado um procedimento de excisão daquela lesão, onde, este tecido

ressurgiu de forma rápida e com presença de secreção sero purulenta. Optou-se por coletar

amostra do tecido pra exame de histopatológico, onde foi observado algumas áreas de hiperplasia

de cristas dermais, enquanto outras áreas há ulceração do epitélio com reação inflamatória

constituída em sua maioria por neutrófilos. Mais internamente percebe-se proliferação fibroblástica

cujas células possuem arranjo indefinido, e figuras de mitoses sejam freqüentes, fechando assim

o diagnostico de sarcóide eqüino. Foi feita a extirpação cirúrgica da massa tumoral e em seguida

foi feita hemostasia com nitrogênio liquido. Foi estabelecido um tratamento sistêmico com

fenilbutazona (2,2mg/kg, IV, durante 3 dias) e um tratamento imunoterapico com aplicações

intralesional de onco –BCG(bacillus Calmette-guerin), com repetição após 21 dias, onde, foi

observada cicatrização da ferida com presença de tecido de granulação exuberante, fazendo-se

assim o debridamento da mesma. Após as 2 aplicações a lesão reduziu consideravelmente de

tamanho. A prática de procedimentos realizados empiricamente por pessoas não habilitadas

podem agravar as lesões, dificultando assim a terapêutica indicada, porem ainda conseguiu-se

boa resposta do organismo com a terapêutica instituída pela equipe de médicos veterinários. Palavras Chaves: Sarcóide, eqüino, onco-BCG. Key words: Sarcoide, equine, onco-BCG

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CASUÍSTICA DE ATENDIMENTOS REALIZADOS NA CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO/UFRPE, RECIFE-PE, NO PERÍODO DE JANEIRO/2000

À JUNHO/2010

CASUISTRY OF CLINICAL SERVICES MADE AT THE LARGE ANIMALS CLINIC OF THE

VETERINARIAN HOSPITAL/UFRPE, RECIFE-PE, IN THE PERIOD OF JANUARY/2000

TO JUNE/2010

Albuquerque, R. F.1, Fagundes, R. H. S.2, Silva, R. J.2, Silva, E. R. R.3, d'Utra Vaz, B. B.4

Discente em Medicina Veterinária - Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE; 2 -

Residente do Ambulatório de Grandes Animais, DMV/UFRPE; 3 - Mestranda do Programa de

Pós-Graduação em Ciência Veterinária – UFRPE; 4 - Professora Associada, DMV/UFRPE,

[email protected]

Os atendimentos a equinos realizados no Setor de Clínica de Grandes Animais (CGA)

constituem parte da rotina clínica do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de

Pernambuco (HOVET-DMV-UFRPE), apresentando algumas das principais enfermidades

ocorrentes nesta espécie. O objetivo do presente estudo é descrever a casuística de

atendimentos prestados a equinos pela CGA, nos períodos de janeiro de 2000 a junho de 2010,

somente fazendo referência às possíveis localidades e/ou cidades de origem. Os dados de

atendimentos prestados e internações foram obtidos nas fichas de atendimentos arquivadas da

CGA. No período acima citado, 924 cavalos, oriundos da Região Metropolitana do Recife, Litoral,

Zona da Mata e Agreste foram encaminhados para a CGA. De todos os animais atendidos,

146(15,78%) apresentaram afecções nos aparelhos locomotor, 65(7,02%) reprodutor e 43(4,64%)

respiratório; 79(8,54%) no trato digestório; 177(19,13%) nos sistemas tegumentar, 30(3,24%)

nervoso e 31(3,35%) cárdio-circulatório; 28(3,02%) oftálmicas; 67(7,24%) parasitoses e

258(27,89%) diagnósticos indefinidos. No sistema locomotor as principais afecções foram

laminites, fraturas de ossos longos, osteoartrites, tendinites, exostoses, artrites e distensões

musculares, provocadas por trabalho excessivo e acidentes. Quanto aos casos que envolveram o

trato gastrintestinal, as cólicas foram frequentes, sendo desecadeadas em geral por erros de

manejo nutricional. Broncopneumonias, garrotilho e mormo foram as principais afecções que

acometeram o aparelho respiratório. Entre os equinos encaminhados a CGA, as feridas

contribuíram para o maior número de atendimentos dos problemas relacionados ao sistema

tegumentar, sendo em grande parte, ocasionadas por acidentes ocorridos pelo alojamento em

locais inadequados, choques com automóveis e brigas entre animais.

Palavras chave: equinos, casuística, atendimentos

Key words: equine, frequency,

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CONCENTRAÇÕES SANGUÍNEAS DE LACTATO EM ÉGUAS SUBMETIDAS AO CONCURSO

DE MARCHA

BLOOD LACTATE CONCENTRATION IN MARES SUBMITTED TO CONTEST START

Rizzo, D.A.; Bromerschenkel, I.; Costa, M.N.C.; Ferreira, L.; Arêas, V.S.; Barros, R.J.;

Silveira, T.L.; Guimarães, L.C.; Lucas, F.L.; Porfírio, L.C.; Martins, C.B.

Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito SantoAlto Universitário, s/n,

Guararema, Alegre, ES. [email protected]

Ao atingir determinada intensidade de esforço ocorre repentina elevação do lactato

sanguíneo, formando um ponto de inflexão na curva lactato velocidade. Este ponto é referido

como limiar anaeróbio, e geralmente ocorre quando a concentração atinge de 2 a 4mmol/L. O

limiar anaeróbio tem sido utilizado para a determinação da intensidade do exercício em programas

de treinamento e avaliação do condicionamento de cavalos atletas. Dessa forma, o presente

estudo teve o objetivo mensurar a concentração de lactato sanguíneo (LS) em éguas da raça

Mangalarga Marchador antes e após o concurso de marcha da Copa Capixaba do Mangalarga

Marchador. O estudo foi realizado no município de Alegre, Espírito Santo utilizando 8 éguas com

idade de 3 a 9 anos e peso corporal de 380 a 450 Kg. Amostras de 10 mL de sangue venoso

foram colhidas por venopunção jugular às 7 horas da manhã (colheita basal) e após o término da

prova. Imediatamente após a colheita, as amostras foram submetidas à dosagem de lactato em

aparelho portátil (Accutrend Lactate®). Os resultados foram submetidos à análise de média e

desvio padrão. A média ± desvio padrão do LS basal foi 2,31±0,38 mmol/L. Após a prova a média

± desvio padrão do LS foi 3,41±1,74 mmol/L. Não houve diferença significativa entre os

momentos. No entanto, dois animais, pertencentes à mesma propriedade, apresentaram

concentração de LS acima do limiar de anaerobiose (6,0 e 5,5 mmol/L). Provavelmente esses

animais não estavam aptos ao esforço realizado, necessitando de maior condicionamento físico.

Os demais animais apresentaram concentrações abaixo do limiar de anaerobiose sendo

considerados aptos a tal prova e não tiveram desgaste físico excessivo durante o esforço.

Treinadores, proprietários e veterinários podem dispor dessa eficiente ferramenta para decidir

qual o melhor método e intensidade de treinamento que os animais devem ser submetidos a fim

de exercer um desempenho desejável.

Palavras chaves: lactato, equinos, exercício.

Key words: lactate, horses, exercise.

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LEPTOSPIROSE EM CAVALOS CARROCEIROS DE CURITIBA-PR E REGIÃO

METROPOLITANA

LEPTOSPIROSIS IN CART-HORSES OF CURITIBA AND METROPOLITAN REGION

Marinho, A.P.!; Finger, M.A.P."; Deconto,I..#; Dornbusch, P. T. #; Ullmann, L.S. 4; Langoni,

H.5; Barrros Filho, I.R. 3; Barros, C.C6.; Pampusch, R6.; Bonancin, J7.; Morikawa8,V.M.;

Biondo, A.W3.

1. Acadêmica de Medicina Veterinária-UFPR; 2. Mestranda de Ciências Veterinárias-UFPR; 3. Docente DMV -UFPR; 4. Pós-Graduação SASPVSA-UNESP Botucatu; 5. Docente DHVSP-FMVZ-UNESP Botucatu; 6. Médica Veterinária do CCZ de Pinhais; 7. Médico Veterinário do CCZ de São

José dos Pinhais; 8. Médica veterinária do CCZ de Curitiba; [email protected]

A leptospirose equina se manifesta principalmente de forma subclínica ou por abortos e/ou

uveíte recorrente. Os cavalos podem eliminar leptospiras na urina, atuando como disseminadores

do agente. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento sorológico para leptospirose em

cavalos de tração utilizados na coleta de material reciclável em Curitiba-PR e região

metropolitana. Foram coletadas 115 amostras de sangue da veia jugular de cavalos carroceiros

dos municípios de São José dos Pinhais, Pinhais e Curitiba (Bairro Vila Pantanal) em atividades

pontuais denominadas “Dia do Carroceiro”. O soro dos cavalos foi enviado para o laboratório de

Zoonoses – DHVSP - FMVZ - UNESP Campus Botucatu para pesquisa de aglutininas anti-

Leptospira frente a 16 diferentes sorovares, pela soroaglutinação microscópica (SAM),

considerado o método ouro para diagnóstico da doença. Considerou-se amostra reagente aquela

que apresentou título ! 100. Dos 55 cavalos de São José dos Pinhais, 29% (16) foram reagentes

sendo 3 para o sorovar Hardjo bovis, 3 para o sorovar Canicola, um para o sorovar Bratislava, um

para o sorovar Gryppothiphosa, 2 para o sorovar Pomona e 9 para o sorovar

Icterohaemorrhagiae. Dos 40 cavalos de Pinhais, 25% (10) foram reagentes, sendo 10 para o

sorovar Icterohaemorrhagiae e um para o sorovar Canicola. Das 20 amostras da Vila Pantanal,

60% (12) foram positivas, sendo 10 para o sorovar Icterohaemorrhagiae, um para o sorovar

Gryppothiphosa, um para o sorovar Canicola e um para o sorovar Bratislava. Animais que vivem

em áreas urbanas, cujas condições sanitárias e de infra-estrutura são precárias, como os cavalos

carroceiros se constituem numa população de risco. Os resultados são preocupantes no aspecto

de saúde pública, pois se trata de uma zoonose e os cavalos de tração, por serem ferramentas de

trabalho, circulam por todo o centro urbano e estão em contato íntimo com o homem e outras

espécies animais, podendo contribuir na disseminação da doença e ter um papel importante no

ciclo epidemiológico da leptospirose.

Palavras-chave: Leptospira sp., sorologia, equino Key-words: Leptospira sp., serology, equine

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

OCORRÊNCIA DE CASOS DE MORMO NO ANO DE 2008 E 2009 EM PROPRIEDADES

SUBMETIDAS A UM REGIME DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

OCCURENCE OF GLANDERS DISEASE BETWEEN 2008 AND 2009 ON PROPERTIES UNDER

HEALTH SURVEILLANCE IN PERNAMBUCO STATE

Silva, C.M.S.L.1, Santana, V.L.A.2, Souza, M.M.A.2, Silva, J.C.3, Silva, H.V3, Santos, F.L1. 1UFRPE, [email protected]; 2Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;3

Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco;4DMV/FRPE

O Mormo, doença da lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conhecido na

zona da mata do nordeste do Brasil como “catarro de burro”, constitui-se em uma doença infecto-

contagiosa causada pela Burkholderia mallei acometendo burros, mulas e cavalos e,

incidentalmente humanos e felinos. Os sinais clínicos observados são corrimento nasal,

abscessos cutâneos e broncopneumonia piogranulomatosa. O diagnóstico oficial da enfermidade

é baseado na reação a teste de Fixação do Complemento ou teste da Maleína, segundo a OIE. A

maleína quando utilizada é aplicada por via intradermo-palpebral, onde é verificada uma reação

inflamatória edematosa, com secreção purulenta ou não em um período de até 48 horas. A OIE

também prescreve métodos alternativos de ensaios, porém a sensibilidade, especificidade, e

precisão dos testes ainda não foram validados. Foram analisadas, resultante da vigilância

passiva, no ano de 2008 um total de 2829 amostras entre eqüinos, asininos e muares, em que 58

(2,1%) foram positivas, 2665 (94,2%) foram negativas e 106 (3,7%) inconclusivas. No ano de

2009 foram analisadas 6220 amostras sendo 144 (2%) positivas, 5888 (95%) negativas e 188

(3%) inconclusivas. Apesar da prevalência baixa, os animais positivos são provenientes de áreas

endêmicas do Estado de Pernambuco. Existe a possibilidade dos animais negativos serem falsos

negativos, pois quando animais com sintomatologia clínica e até cronicidade da doença podem

não apresentar anticorpos IgG detectáveis na prova sorológica. O diagnóstico precoce de mormo

constitui uma das mais importantes e difíceis tarefas que enfrentam médicos e médicos

veterinários no trabalho sanitário. Nas propriedades onde ocorrem casos, há interdição da

propriedade e saneamento do foco pelo serviço de defesa sanitária animal do Estado. Os cavalos

infectados com a forma subclínica, são, sem dúvida, grandes fatores na propagação do agente.

As medidas de controle e erradicação envolvem a investigação sorológica e o sacrifício dos

animais positivos seguida de incineração dos cadáveres; desinfecção das instalações e de todo

material que esteve em contato com os animais doentes.

Palavras-chave: Fixação do Complemento, mormo, erradicação

Key-words: Complement fixation, glanders disease, eradication

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MÁ-OCLUSÃO DENTÁRIA EM EQUINOS – RELATO DE CASO

BAD TEETH OCCLUSION ON EQUINE – CASE REPORT

Revorêdo, R.G.!; Melo, L.C.S.1; Manso Filho, H.C."; Silva, D.D.3; Silva, E.R.R.4; Fagundes,

R.H.S.5; Silva, R.J.5; Melo, L.E.H.6; Vaz, B.B.D.6

1 - Graduando em Medicina Veterinária, UFRPE; [email protected].; 2- Professor,

DZ/UFRPE; 3- Graduando em Zootecnia, UFRPE; 4 – Mestranda em Ciência Veterinária,

UFRPE; 5 – Medico Veterinário Residente, DMV/UFRPE; 6 – Professor, DMV/UFRPE

A má-oclusão dentária é uma enfermidade caracterizada pelo assentamento inadequado

dos dentes superiores sobre os inferiores, e tem como fatores predisponentes a alimentação

inadequada, com dieta rica em fibras e outros tipos de alimentos, que exijam do animal um maior

esforço no ato de mastigação, comprometendo a arcada dentária; certos vícios como roer

paredes, cercas e portas, também podem levar a este quadro. No Ambulatório de Grandes

Animais da UFRPE foram atendidos dois equinos, masculinos, SRD, pertencentes ao mesmo

proprietário, que apresentavam como queixa principal diminuição na ingestão alimentar, por parte

dos animais, os quais se alimentavam de ração à base de milho, soja, trigo, cálcio e água à

vontade, além de sal mineral. O primeiro animal, com 16 anos de idade, ao ser examinado

apresentou atitude de estação, comportamento ativo, condição nutricional regular e mucosas

normocoradas. O referido equino, na observação da cavidade oral, apresentava molares

superiores pontiagudos, presença de dente de lobo e úlceras. No segundo animal atendido, com

três anos e meio de idade, foi observado atitude de estação, comportamento ativo e bom estado

nutricional. Porém, durante a observação da cavidade oral, foi identificado o mesmo quadro que

apresentava o equino anterior. Como tratamento, foram encaminhados para cirurgia, onde foram

extraídos os dentes de lobo. Houve também nivelamento dos dentes molares para um melhor

assentamento da mesa dentária. Para os equinos a dentição é um importante instrumento para

avaliação da idade e para a manutenção da saúde. Alterações no hábito alimentar dos cavalos

como a adição de rações concentradas e menor oferta de forragem diminuem o tempo de

ingestão e estimulam a ocorrência de movimentos mastigatórios mais verticais, predispondo a

alterações de desgaste dentário, podendo ocasionar até uma síndrome secundária, como a cólica.

Não houve retorno dos animais à clínica após o tratamento e o proprietário não informou como

estavam os animais, mas a literatura fala que há melhora significativa no quadro do animal, sendo

considerado um prognóstico bom, podendo voltar aos hábitos e apetite normais.

Palavras-chave: má-oclusão, alimentação, equino.

Key words: Bad occlusion, feeding, equine.

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MORMO NOS EQUIDEOS EM PERNAMBUCO

GLANDERS IN HORSES IN PERNAMBUCO

Melo, R.E.1; Silveira, P.P.M.2; Machado, M.B.3; Silveira, A.V.M.4; Manso Filho, H.C.5 (1) Graduanda em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,PE

Email: [email protected], (2) Fiscal Federal Agropecuário MAPA, Recife, PE (3)

Coordenador do Programa de Sanidade dos Equídeos ADAGRO, Recife, PE, (4) Professora,

DTA/UFRPE (5) Professor, DZ/UFRPE.

O mormo, importante zoonose que acomete os equídeos, tem sido combatido no Estado de

Pernambuco desde o início do anos 2000. Todavia ainda há poucos estudos que demonstrem os

resultados das medidas sanitárias tomadas pelo serviço de defesa oficial nesse estado. Os dados

foram analisados com o intuito de demonstrar os resultados do acompanhamento do trânsito de

animais com exames para o diagnóstico do mormo em Pernambuco entre os anos de 2007 e

2009. Foram avaliados todos os resultados de exames para o trânsito de animais realizados nos

laboratórios credenciados no Estado de Pernambuco nos anos de 2007, 2008 e 2009, assim

como as medidas seguintes a esse diagnóstico. As avaliações (informações) demonstraram que

foram realizados nos anos de 2007, 2008 e 2009 um total de 13.407, 14.612 e 15.576 exames,

respectivamente. Apresentaram resultados positivos, pelo teste oficial, os seguintes números: 9

(0.07%) em 2007, 4 (0.03%) em 2008 e 17 (0.11%) em 2009. Todos os animais positivos foram

sacrificados e os focos, detectados a partir dos casos positivos, foram sanados seguindo as

regras preconizadas pelo serviço oficial. O que indica um aumento gradativo do número de

animais examinado para o trânsito, colaborando assim para o controle dessa enfermidade no

Estado de Pernambuco. As informações do último censo agropecuário do IBGE (2006)

demonstraram que a população de equídeos em Pernambuco é de aproximadamente 190 mil

animais, sendo a maior parte composta de equinos (~114 mil animais). Tomando-se os números

de exames realizados no triênio 2007-2009, observa-se que em Pernambuco mais de 7,0% da

população de equídeos esta sendo submetida ao teste para o diagnóstico do mormo anualmente

e de forma aleatória, levando em consideração que alguns animais são retestados. Deve-se

observar que os animais que transitam são os mais expostos ao contato com animais de outros

rebanhos, que podem ser ou não testados, por isso estes animais servem de sentinela e são de

grande importância para o programa de controle da enfermidade. O dados discutidos ainda são

poucos para o Estado de Pernambuco, porém os laboratórios credenciados nesse estados só

passaram a funcionar a partir de 2005, logo esses dados preliminares podem ser utilizados para

melhorar o combate a essa importante zoonose.

Palavras chave: Zoonose; Equino; Diagnóstico Key words: zoonotic disease, equine, dianostic.

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OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA EQUINA: RELATO DE 06 CASOS

EQUINE ESOPHAGEAL OBSTRUCTION: REPORT OF 06 CASES

Barbosa, F.P.S.2, Souza, M.I.1, Coutinho, L.T.1, Dantas, A.C.1, Souto, R. J. C2. , Silva Filho,

A.P.3, Freitas, B.C.2

1 – Medico Veterinário Residente, Clinica de Bovinos/UFRPE; 2 – Médico Veterinário, Clínica de

Bovinos/UFRPE; 3 – Aluno, Programa de Pós-graduação em Ciência Veterinária/UFRPE

A obstrução do esôfago quase sempre se constitui de um quadro de emergência, demandando

intervenção imediata. Os alimentos armazenados constituem causas comuns de obstruções em

eqüinos que se alimentam logo após uma corrida ou treinamento, já alimentos cortados em cubos

ou peletizados são perigosos quando ingeridos vorazmente e deglutidos em grandes bolos sem

salivação. Dentre os sinais clínicos observados destacam-se a desidratação, sialorréia abundante,

angústia, dificuldade de deglutição, desequilíbrio hidro-eletrolítico e pneumonia aspirativa e em

casos extremos ruptura esofágica. Em se tratando de obstrução por alimentos secos e grosseiros

pode-se através de sonda nasogástrica realizar lavagem com água e óleo mineral, objetivando

umectação e deslizamento do material. Realizou-se um estudo retrospectivo dos casos clínicos de

eqüídeos do arquivo da Clínica de Bovinos-UFRPE, referente ao período de junho de 2009 a

junho de 2010, dentro do qual ocorreram seis casos de obstrução do esôfago. Foram avaliados

dados referentes ao tipo de material ingerido, localização da obstrução, principais sintomas,

procedimentos realizados, ocorrência de pneumonia por aspiração e resposta ao tratamento. Em

todos os casos o material ingerido foi ração concentrada, sendo dois casos com ração farelada e

quatro com ração granulada. Em dois casos havia histórico de adição de óleo a ração. Os animais

eram de idades variadas e a maioria passava o dia no piquete e a noite na baia. Dentre os

achados mais comuns cita-se a presença de ingesta obstruindo o esôfago desde a região do

cárdia, sialorréia abundante que em alguns casos fluía pelas narinas misturada a ingesta. Dois

animais se apresentavam apáticos e os demais angustiados e aflitos. A desidratação variou de

grau um a três e os animais também apresentavam sensibilidade no terço final do esôfago,

dificuldade de deglutição, tosse esporádica e nos quatro casos onde houve aspiração auscultou-

se crepitações pulmonares bilaterais. Em dois casos houve resolução somente com a passagem

da sonda nasogástrica, entretanto nos demais foi necessária a lavagem com água, dos quais foi

retirada grande quantidade de material ingerido. Quatro animais ficaram internados para

tratamento da pneumonia por aspiração, tendo recuperação significativa a partir do quarto dia,

porém o tratamento persistiu até o oitavo. Medidas preventivas da ocorrência de obstrução

esofágica devem ser repassadas pelo veterinário aos criadores e, em casos de ocorrência, a

sondagem nasogástrica com lavagem esofágica é segura e eficaz. Porém, o exame detalhado do

pulmão para observação de pneumonia por aspiração e posterior tratamento é fundamental.

Palavras-chave: obstrução, esôfago, engasgo Key words: shoke, esophageal obstruction,

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AVALIAÇÃO DOS REGISTROS DE NECROPSIAS EM EQUÍDEOS ENTRE 2000 E 2010 NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFRPE.

EVALUATION OF THE REGISTERS OF AUTOPSIES IN EQUIDS BETWEEN 2000 AND 2010 AT

THE HOSPITAL VETERINARIAN OF THE UFRPE.

Monte, G.M.S.1; Pessoa, R.S.N. 1; Pereira, M.F.2; Santos, F.L. 2

1 - Graduanda em Medicina Veterinária- UFRPE, Avenida Presidente Costa e Silva, 325,

Paudalho-PE, CEP: 55825-000. E-mail: [email protected], UFRPE; 2 - Professor,

DMV/UFRPE.

Os laudos de necropsia podem fornecer importantes dados que vão desde os

epidemiológicos relativos as doenças em geral até informações sobre ocorrência de zoonoses.

Eles também podem auxiliar na detecção de fraudes, classificando a morte de um animal de

grande valor zootécnico como natural, acidental ou induzida. O objetivo desse trabalho é relatar

as informações colhidas a partir dos arquivos de necropsias realizadas no Hospital Veterinário do

DMV/UFRPE. Coletou-se informações do Anuário de Necropsia, no período de Janeiro de 2000,

até Julho de 2010. Considerou-se os dados dos equídeos, que ainda foram subdivididos quanto

ao sexo e faixa etária. Durante esse período 1.407 animais de diferentes espécies foram

submetidos à necropsia, sendo destes 65 equídeos (4,62%). Realizando a distribuição da

freqüência observa-se que desses, 64 eram equinos (98,46%) e apenas 1 muar (1,54%). Entre os

equídeos havia 33 machos (50,77%) e 29 fêmeas (44,62%), entretanto 3 animais (4,61%) não

tinham registro do sexo. Ainda observou-se a faixa etária dos animais: 29 jovens (44,61%), 22

adultos (33,85%) e 1 senil (1,54%), no entanto sobre 13 animais (20,00%) não continha tal

informação. Os laudos estão distribuídos pelos sistemas orgânicos quanto a causa mortis.

Observa-se o seguinte: Digestório - 30 animais (46,15%); Respiratório - 13 animais (20,00%);

Nervoso - 1 animal (1,54%); Cardiovascular - 4 animais (6,15%); Aparelho Locomotor - 7 animais

(10,77%); Urinário - 1 animal (1,54%); achados insuficientes para determinação do sistema - 9

animais (13,85%). Conclui-se que menos de 5% das necropsias realizadas no departamento são

em eqüídeos e a maior parte das necropsias resultou no diagnostico de enfermidade do Sistema

Digestório, seguido pelo Sistema Respiratório.

Palavras chave: cavalo, doença,epidemiologia

Key words: equine, disease, epidemiology

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BOTULISMO EQUINO: RELATO DE CASO

EQUINE BOTULISM: A CASE REPORT

Pessoa, R.S.N.1; Monte, G.M.S.1; Oliveira, K.P.1; Santos, J.A.M.1; Souza, J.H.1;

Fagundes, R.H.S.2; Menezes, M.M.3; Santos, F.L.3

1 - Graduando em Medicina Veterinária - UFRPE, Rua Alcides Codeceira, 115, Iputinga. Recife,

PE, CEP 50800-090. E-mail: [email protected]; 2 - Médico Veterinário Residente da

Clínica de Grandes Animais - UFRPE; 3 - Professor, DMV/UFRPE

Os casos de botulismo em equídeos podem ser associados à ingestão da toxina pré-

formada ou não, sendo mais frequente a primeira. A toxina botulínica liga-se a receptores no

Sistema Nervoso Periférico, bloqueando a síntese e liberação de acetilcolina, que atua como

mediadora do impulso nervoso, e por isso causa elevada mortalidade por paralisia flácida dos

músculos, inclusive o diafragma. Esse trabalho visa relatar um acaso de toxi-infecção por toxina

botulínica em um equino. Animal do sexo feminino, gestante (~5 meses), adulto (~6 anos) em boa

condição corporal e que recebia capim elefante (Pennisetum purpureum), apresentou à Clinica de

Grandes Animais do DMV/UFRPE com sinais de cólicas (FC 60bpm; atonia intestinal, dores

discretas, mucosas congestas). Examinando-se o animal, no dia seguinte a internação, observou-

se atonia intestinal: freqüência cardíaca elevada (>80bpm), mucosas congestas. Exames

laboratoriais revelaram: Ht 39,0% [PPT] 8,2mg/dL, [Uréia] 162,0mg/dL, [Creatinina] 4,43mg/dL. O

líquido peritoneal era avermelhado, turvo e com proteína de 4,5mg/dL. Também foi observado

ausência de movimentação da cauda e leve torpor. No terceiro dia de internação, o quadro

agravou-se (FC 100bpm, Ht 47,0%, [PPT]6,8mg/dL, [Uréia] 168,0mg/dL, [Creatinina] 2,9mg/dL) e

a ausência de movimentação da cauda continua seguida de paralisia dos beiços. O torpor

agravou-se. O animal morreu ao quarto dia de internação e foi realizada a necropsia. Ao exame

externo o cadáver apresentava dilatação da região abdominal e os achados na necropsia foram:

edema e enfisema pulmonar; grande volume de líquido sanguino-purulento na cavidade

abdominal; amolecimento hepático e renal; sinais de grave enterite e congestão acentuada nas

serosas das alças intestinais (delgado e grosso). O diagnóstico final foi o de toxi-infecção

botulínica e peritonite, pois há clara associação entre o quadro clínico, os sintomas nervosos e a

necropsia.

Palavras chave: cavalo, doença, toxina

Key words: equine, disease, toxine

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN DE EPIDÍDIMO GARANHÕES UTILIZANDO DIFERENTES

METODOLOGIAS DE CONGELAÇÃO

CRYOPRESERVATION OF STALLION EPIDIDYMAL SPERM USING DIFFERENT FREEZING

METHODS

Kievitsbosch, T., Melo, C.M., Papa, F.O., Magalhães, L.C., Martin, I., Guasti, P.N., Rocha, A.S.,Dell’Aqua Jr, J.A., Monteiro, G.A.

DRARV- FMVZ – UNESP– Botucatu – SP – [email protected]

Acidentes inesperados como traumas e cólicas podem precocemente acabar com a vida

reprodutiva de um garanhão. Sabe-se que há elevada quantidade de espermatozóides férteis

armazenados no epidídimo. Isto assegura aos proprietários a opção de uma colheita final de

sêmen em condições inesperadas e, associada à técnicas de criopreservação, permite a

propagação de material genético de qualidade.O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de três

curvas de congelação sobre a viabilidade de sêmen obtido da cauda do epidídimo de garanhões.

Foram castrados 6 animais da raça Brasileiro de Hipismo pertencentes ao Instituto de Zootecnia

(IZ-Colina/SP), com idade de 2,5 anos. Os epidídimos foram dissecados de modo a separar a

cauda da cabeça e do corpo. A recuperação dos espermatozóides da cauda se deu através do

fluxo retrógrado com o diluente comercial Botu-Turbo® (BT). Após a recuperação, as amostras

foram mantidas por 15 min à temperatura de 25ºC e então centrifugadas à 2200 rpm/10 minutos.

O sobrenadante foi dispensado e os pellets ressuspendidos com o diluente de congelação Botu-

Crio®. Em seguida, as amostras foram envasadas em palhetas de 0,5 mL e mantidas à 05ºC por

20 minutos. A congelação do sêmen se deu através de três curvas diferentes: A) -15ºC/min em

caixas isotérmicas de 40L (CAX), sendo mantidas a 6cm do nível líquido do nitrogênio durante 20

minutos, B) -40ºC/min em máquina TK 4000 (MAQ) e C) -50ºC/min em máquina Mini-digiticool

1400 (BIO). As palhetas foram descongeladas à 46 ºC/20” e avaliadas através da análise

computadorizada (CASA – HTM IVOS 12) e com o uso de sondas fluorescentes (CFDA and PI)

para avaliar a integridade da membrana plasmática. Os dados foram analisados através do

ANOVA seguidos pelo teste de Tukey (P<0,05). Os valores médios (±DP) de Motilidade Total

(MT), Motilidade Progressiva (MP) e Integridade de Membrana Plasmática (IMP) pós

descongelação das amostras foram, respectivamente em CX, MAQ e BIO: 33,8±19,55; 39,2

±21,95; 42,3±23,07; 17±12,33; 17±14,91; 19±13,01 e 45±13,69; 46±8,03; 48±13,10. Os resultados

obtidos nas três curvas de congelação foram similares embora os obtidos na BIO foram

numericamente superiores aos da CAX e MAQ. Verifica-se, portanto, que a criopreservação de

sêmen de epidídimo de garanhões pode ser perfeitamente aplicada em programas comerciais.

Diferentes metodologias estão disponíveis com comprovada eficácia, mas ainda são necessários

mais estudos para otimizar o uso do sêmen congelado de epidídimo nestes programas e

associado a outras biotécnicas da reprodução como a ICSI, por exemplo. Suporte financeiro

FAPESP, Proc Nº 2009/53396-3 Palavras chave: sêmen, epidídimo, garanhões Key words: semen, epididymis, stallions

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

AVALIAÇÃO ENZIMÁTICA MUSCULAR EM EQÜINOS (Equus caballus, Linnaeus, 1758) EM

TREINAMENTO PARA VAQUEJADA, SOB REPOUSO E PÓS - ATIVIDADE FÍSICA

ENZYMATIC EVALUATION MUSCLE IN HORSE (Equus caballus, Linnaeus, 1758) IN TRAINING

FOR VAQUEJADA, UNDER REST AND POST PHYSICAL ACTIVITY

Palmeira, R.B.1; Assis A.C.O.1; Medeiros, J.M.A.1; Bacalhao, M.B.M.2; Lima, S.M.3 1Médico(a) Veterinário(a), PPGMV, CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB.:

[email protected] ; 2 -Médico Veterinário Autônomo.; 3 - Médica Veterinária,

professora, UAMV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB.

Eqüinos de vaquejada são extremamente exigidos, realizando esforço físico de alta

intensidade e de curta duração, exigindo elevada força física. Essas exigências estão comumente

associadas a esforço muscular intenso e as alterações da função muscular podem ser verificadas

através da aferição da atividade sérica da Creatinafosfoquinase (CPK), Aspartato

Aminotransferase (AST) e da Lactatodesidrogenase (LDH). A determinação destas enzimas

possibilita estabelecer um perfil confiável da condição funcional muscular quanto à diminuição ou

queda do desempenho durante treinamento ou competição e, especialmente, concernente a

miopatia. Com objetivo de avaliar a atividade sérico-enzimática muscular de eqüinos utilizados em

vaquejadas, sob condição de repouso e pós atividade física foi realizado estudo, no período de

agosto a setembro/ 2008, em dez eqüinos do Centro de Treinamento Joames Bacalhau, Município

de Ingá – PB, com faixa etária de dois a 13 anos de idade, da raça Quarto de Milha e

mestiçagens, sob sistema de criação semi-intensivo, dieta alimentar constituída de pastagem

nativa, Brachiara spp e capim grama (Cynodon spp) e, ofertas de concentrado industrial

peletizado de acordo com o regime de treinamento. As amostras sangüíneas para as dosagens

bioquímicas foram coletadas a cada 12 horas e enviadas ao Laboratório de Patologia Clínica do

Hospital Veterinário/ CSTR /UFCG, Patos – PB, onde foram mensuradas as taxas séricas

enzimáticas através de kits comerciais (LABTEST), em Analisador semi-automático - Bioplus

2000. Verificando-se sob condição de repouso, valores médios e desvio padrão de

Creatinafosfoquinase (CPK), Aspartato aminotransferase (AST), Lactato desidrogenase (LDH),

respectivamente, de 267,50±45,14 U/L, 164,75±111,23 U/L e 609,50±216,18 U/L; enquanto que,

as verificações de CPK (489,2±180,47 U/L), AST (190,1±168,28 U/L) e de LDH (814,85±215,77

U/L) registradas pós - atividades físicas foram marcadamente superiores. Conclui-se que os

valores sérico-enzimáticos musculares de eqüinos utilizados em vaquejada são mais elevados em

contingências preponderantes pós - atividade física, com marcante interação entre dieta alimentar

e atividade física intensa.

Palavras chave: Equinos, miopatias, enzimas

Key words: Horse, miopathies, enzymes

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61 ANAIS DO IV SIMPÓSIO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO MÉDICOS

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

MINERAIS ORGÂNICOS NA PREVENÇÃO DE HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL

SECUNDÁRIO EQUINO

PREVENTION OF SECONDARY NUTRITIONAL HYPERPARATHYROIDISM IN HORSES USING

ORGANIC MINERALS

Gobesso1, A.A.O.; Wajnsztejn1, H.; Gonzaga1, I. V. F.; Etchichury1, M.; Taran1, F. M. P;

Moreira,2 C.G.; Caula3, E. S. 1FMVZ/USP, 2 FZEA/USP, 3 UNIFEOB. Av. Duque de Caxias Norte 225, Pirassununga SP, CEP:

13630-000. E-mail: [email protected]

Não é rara a criação de equinos em áreas onde o baixo teor de fósforo (P), a

indisponibilidade de cálcio (Ca) e o teor de oxalato nas plantas podem levar a desequilíbrios

resultando em hiperparatireoidismo nutricional secundário (HNS). Este estudo foi desenvolvido no

LABEQUI- FMVZ/USP, e teve por objetivos avaliar o efeito da adição de ácido oxálico na dieta,

causando desequilíbrio entre Ca e P, e analisar a possibilidade de prevenção do HNS através de

suplementação com minerais orgânicos. Foram utilizados 24 potros, SRD, com idades entre 18 e

24 meses, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com medidas repetidas no

tempo, e arranjo fatorial 2x2. Os dados foram analisados pelo PROC MIXED do SAS (2004),

utilizando 5% como nível de significância. Os animais foram divididos em 4 grupos (3 machos e 3

fêmeas em cada) e foram adicionadas cápsulas de oxalato de potássio (OP) a 2,5% ao

concentrado (CONC), de acordo com o peso e tratamentos, sendo: T1= CONC com minerais

orgânicos, sem OP; T2= CONC com minerais orgânicos + OP; T3= CONC com minerais

inorgânicos, sem OP; e T4= CONC com minerais inorgânicos + OP. A cada 30 dias foram

colhidas amostras de sangue para dosagem de paratormônio (PTH) e calcitonina, e mensurada a

densidade mineral óssea da metáfise dos III metacarpianos direitos. A cada 75 dias foram

colhidas amostras ósseas para dosagem de Ca, P e magnésio (Mg). Os resultados demonstraram

diferença no PTH plasmático entre o T4 em relação aos outros tratamentos. O hormônio

calcitonina não diferiu entre tratamentos e durante períodos. Quanto à densidade mineral óssea,

não foi observada diferença entre tratamentos, nem entre sexos. Foi observado efeito de período

na mobilização de Ca, P e Mg nos ossos, independente dos tratamentos. A partir dos resultados

desse estudo, pode-se concluir que a suplementação mineral é capaz de aumentar a densidade

mineral óssea, em potros, independente da fonte e do sexo. O desequilíbrio mineral induzido

através da inclusão de OP diminui as concentrações de Ca, P e Mg nos ossos, independente da

fonte suplementada. Potros suplementados com minerais orgânicos, mesmo quando desafiados

com a inclusão de OP na dieta, mantém níveis de PTH plasmáticos estáveis, demonstrando

melhor resistência ao desequilíbrio entre Ca e P e evitando o desenvolvimento do HNS. Comissão

de Bioética FMVZ/USP 1365/2008

Palavras chave: cálcio. fósforo. osteodistrofia. Key words: calcium, osteodistrophy. phosphorus.

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

SUPLEMENTAÇÃO MINERAL DE POTROS CRIADOS EM REGIÕES COM ALTA

CONCENTRAÇÃO DE MINERAIS NA ÁGUA

MINERAL SUPPLEMENTATION OF FOALS IN REGIONS WITH HIGH CONCENTRATION OF

MINERALS IN THE WATER

Nóbrega1, S.M.D.; Gonzaga2, I.V.F.; Taran3, F.M.P; Wansztejn3, H.; Etchichury4, M.;

Gobesso4, A.A.O 1Zootecnista – UFPB - E-mail: [email protected] ; 2-Doutoranda do Programa de Pós-

Graduação em Nutrição e Produção Animal – FMVZ/USP; 3-Mestrando do Programa de Pós-

Graduação em Nutrição e Produção Animal – FMVZ/USP; 4-Professor Doutor do Departamento

de Nutrição e Produção Animal – FMVZ/USP

Os minerais têm grande importância na nutrição animal, por participarem em diversas

funções vitais do organismo. A salinização da água pode influenciar a absorção intestinal de

diversos elementos, resultando em deficiências dos minerais que compõem a estrutura óssea. Os

minerais orgânicos, por usarem outra via de absorção, escapam a esta interação. Para verificar a

eficiência da suplementação com minerais orgânicos em equinos criados em regiões com alta

concentração de minerais na água, foram utilizados seis potros da raça quarto de milha, com

aproximadamente seis meses de idade, pesando 183 ± 21 kg, pertencentes a um criatório

particular localizado em Serrinha, Rio Grande do Norte. Os animais foram igualmente divididos em

três lotes: sem suplementação mineral (controle); com suplementação mineral à vontade

(Kromium® - Companhia Agrozootécnica Tortuga); e com ingestão forçada de 50 gramas por dia

do mesmo suplemento mineral. Amostras de pêlo foram retiradas 60 dias após o inicio do

tratamento para mensuração de minerais através de mineralograma capilar. Os resultados

observados indicaram maior concentração de cálcio e fósforo no pêlo dos animais suplementados

ad libitum, quando comparados aos animais que receberam suplementação forçada e sem

suplementação. Durante a sua formação, a fixação de determinado mineral no pêlo tem uma

relação direta com a sua concentração sanguínea. A conclusão deste estudo é que nestas

condições, a suplementação ad libitum de cálcio e fósforo orgânicos aumenta os níveis

sanguíneos destes elementos, favorecendo um bom desenvolvimento das estruturas ósseas.

Palavras chave: equino, minerais, água

Key words: equine, minerals, water

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ESTUDO ELETROCARDIOGRÁFICO EM EQUINOS DE TRAÇÃO NO MUNICÍPIO DE

ARAGUAÍNA – TO

ELECTROCARDIOGRAPHIC STUDY IN DRAFT HORSES IN THE CITY OF ARAGUAÍNA – TO

Seidel, S.R.T.1; Marchesan, A.L.! ; Sousa, M.G3; Silva, M.A.G".

!Graduando, Universidade Federal do Tocantins, [email protected] ; 2 Professor,

Universidade Federal do Tocantins.

A técnica eletrocardiográfica é um procedimento pouco oneroso, não invasivo, facilmente

executável a campo, configurando um exame complementar de importante auxílio ao diagnóstico

de doenças cardíacas. O sistema mais utilizado em equinos é a derivação ápice-base, devido à

praticidade na fixação dos eletrodos e fornecimento de traçados regulares com complexos de

grande amplitude. O objetivo desse trabalho foi estudar e traçar o perfil eletrocardiográfico de

equinos utilizados para tração de carroças na cidade de Araguaína – TO. Foram utilizados 20

animais, sendo 7 machos e 13 fêmeas. As coletas foram realizadas todas no período da manhã.

Para o exame eletrocardiográfico, utilizou-se um aparelho Eletrocardiógrafo Computadorizado

(modelo ECG-PC - TEB®) com traçado registrado em velocidade de 25 mm e sensibilidade de

1mV=1cm. A derivação escolhida foi a ápice-base e os eletrodos foram fixados à pele por meio de

clipes tipo “jacaré” e umedecidos com álcool nos pontos de fixação. O eletrodo negativo foi fixado

no sulco da veia jugular, o positivo sobre a superfície torácica, próximo ao olécrano e o terra

fixado na região da cernelha do animal. Os parâmetros avaliados foram: duração e amplitude da

onda P (PmS e PmV, respectivamente), intervalo entre as ondas P e R (P-R), duração do

complexo QRS (QRS), amplitude da onda R (RmV), intervalo entre as ondas Q e T (Q-T),

amplitude da onda S (SmV), amplitude da onda T (TmV), ritmo e frequência cardíaca (FC). Os

exames foram realizados com o animal em estação e o traçado, registrado e armazenado em

mídia digital para posterior leitura e interpretação dos dados. O ritmo sinusal foi encontrado em

100% dos animais avaliados, sendo considerado normal para a espécie. A FC manteve-se na

média de 60 bpm, possivelmente devido alguns animais terem sido avaliados após atividade

física. Verificou-se ainda a ocorrência de 4 ondas T bifásicas, sendo 3 positivas e 1 negativa.

Quanto à onda P, no parâmetro PmS, foram registradas duas ondas bifásicas. Referente a onda P

e intervalo P-R observou-se valores menores aos encontrados em literaturas, enquanto os valores

do complexo QRS e intervalo P-R estão dentro da normalidade. Apesar da divergência dos

valores referentes à onda P e intervalo QRS quando em comparação ao da literatura consultada,

acredita-se que as causas sejam devido a características individuais dos animais, sendo

recomendável a realização de exames complementares para um diagnóstico mais assertivo.

Palavras-chave: eletrocardiografia, derivação ápice-base, ritmo sinusal. Key words: electrocardiophic, cardiac frequency,

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ESTUDO RETROSPECTIVO DE CASOS DE SÍNDROME CÓLICA DIAGNOSTICADOS NO

HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, PATOS,

PARAÍBA.

RETROSPECTIVE STUDY OF COLIC SYNDROME DIAGNOSED AT THE VETERINARY

HOSPITAL OF THE FEDERAL UNIVERSITY OF CAMPINA GRANDE, PATOS, PARAÍBA.

Medeiros, J.M.A.1*; Miranda Neto, E.G.4; Assis, A.C.O.1; Medeiros J.M.3; Silva T.R.2;

Nóbrega Neto, P.I.4; Lima, S.M.4 1Médico(a) Veterinário(a), PPGMV, HV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB. *Av. Universitária,

s/n, Santa Cecília, Cep: 58708-110, Patos-PB. E-mail: [email protected] ; 2-Médica

Veterinária, PPGCV, UFRPE, Recife, PE.; 3-Médico Veterinário, HV/CSTR/UFCG, Campus de

Patos-PB.; 4 Médico(a) Veterinário(a), professor(a), UAMV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB.

Embora a etiopatogenia da síndrome cólica seja relativamente bem estabelecida, a natureza

múltipla dessa síndrome é bastante controversa. Objetivou-se com este estudo estabelecer-se

uma fonte informativa, como detectar fatores predisponentes ao desencadeamento da síndrome

cólica. Um estudo foi desenvolvido mediante levantamento realizado nas fichas clínicas dos

eqüídeos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, no

período de janeiro de 2000 a julho de 2010. Foram verificados 55 casos, sendo 50 (90,90%) em

eqüinos, três (5,45%) em muares e dois (3,63%) em asininos, com idades entre oito meses e 16

anos e de ambos os sexos. Os eqüinos eram da raça Quarto de Milha e treinados para vaquejada,

os muares e os asininos eram de tração, sem raça definida e da raça de jumento Nordestino,

respectivamente. Esses animais tinham manejo semi-intensivo, com dieta alimentar constituída de

farelos de trigo e milho, vagens e farelo de algaroba (Prosopis juliflora) e forragens, como o capim

elefante (Pennisetum purpureum). O tempo para o atendimento dos animais variou de seis horas

até cinco dias. No tratamento clínico de 46 (83,63%) animais, 41 (74,45%) obtiveram alta e cinco

(9,09%) foram a óbito, destes, dois muares sendo um com ruptura na porção final do cólon maior

dorsal direito causada por um enterólito constituído de brita e areia, e três eqüinos com

compactação do cólon maior ventral por capim elefante maduro. Nove (16,36%) eqüinos foram

submetidos à laparotomia, um com obstrução intestinal por sacola plástica e outro com fecaloma,

os dois tiveram alta; e sete foram a óbito, três com obstrução intestinal causada por vagens de

algaroba. Conclui-se que a ocorrência do abdome agudo está relacionada principalmente a erros

de manejo alimentar e o prognóstico está relacionado ao tempo decorrido entre os sintomas

iniciais e o atendimento do animal.

Palavras-chave: Equino, abdome, laparotomia, Prosopis juliflora. Key words: Equine, abdomen, laparotomy, Prosopis juliflora

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

MASTITE EM ÉGUA CAUSADA POR Pythium insidiosum

MASTITIS IN MARE CAUSED BY Pythium insidiosum

Palmeira, R. B.1; Lira, M. A. A.1; Souza, J. P. O.2; Silva, T. R.3; Miranda Neto, E. G.4; Nóbrega

Net, P. I.4 1-Médico Veterinário, PPGMV/CSTR/UFCG, [email protected]; 2-Médico(a)

Veterinário, PAMV HV/CSTR/UFCG; 3- Medica Veterinária, PPGCV/UFRPE.; 4-Médico(a)

Veterinário(a), professor(a), UAMV/CSTR/UFCG.

A pitiose é uma enfermidade de freqüente diagnóstico em equinos, apresentando um

aspecto de piogranuloma cutâneo, podendo ocorrer de outras formas clínicas, como forma

intestinal e a metastática que atingem vários órgãos, sendo uma zoonose. O agente Pythium

insidiosum causador da pitiose é um pseudofungo de habitat aquático, termofílico, que se

reproduz assexuadamente através de zoósporos biflagelados contidos em zooesporângios, que

aderem em plantas aquáticas ou em vegetais em decomposição. O homem e os animais são

hospedeiros casuais não tendo importância no ciclo evolutivo do microrganismo. Quando os

equinos são colocados em contatos nestas áreas contaminadas, os zoósporos são atraídos para

o pêlo, onde liberam uma substância adesiva, permitido uma melhor fixação e a formação de

filamentos com poder invasivo. No tecido subcutâneo o P. insidiosum prolifera formando

piogranuloma eosinofílico e é envolto por uma massa necrótica chamada de “kunker”.

Macroscopicamente caracterizar-se pela presença de grande quantidade de tecido fibroso,

esbranquiçado e brilhante, com galerias preenchidas pelos “kunker”, que se constituem em

material necrótico, firme, rugoso, ramificado e amarelado de desprendimento fácil. Este trabalho

tem a finalidade de relatar a ocorrência de mastite provocada pelo Pythium insidiosum. Um eqüino

fêmea, com três anos de idade, 270 Kg de peso vivo, sem raça definida e criada extensivamente,

alimentando-se de pasto nativo e bebendo água de açude, foi encaminhada para o Hospital

Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos - PB, com um

aumento de volume na região inguinal de aproximadamente cinqüenta centímetros de diâmetro,

com consistência firme, drenando secreção mucopurulenta, acometendo o lado esquerdo da

glândula mamária e com ausência de secreção láctea. Apresentava escore corporal ruim,

desidratação, apetite caprichoso e relutância em andar. O animal foi submetido à mastectomia

total para remoção do tecido fibrótico exuberante e dos “kunker”. O diagnostico de pitiose foi

confirmado pelo exame hispatológico. Após a cirurgia o animal foi a óbito.

Palavra chave: Equino, Mastite, Pythium insidiosum.

Key Word: Horse, Mastitis, Pythium insidiosum

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

ENCEFALOPATIA HEPÁTICA EM EQUINOS INTOXICADOS POR Crotalaria retusa

HEPATIC ENCEPHALOPATHY IN HORSES POISONED BY Crotalaria retusa

Riet- Correa, B1.; Pimentel, L.A1.; Dantas, A.F.M2.; Miranda Neto2, E.G.; Maia, L.A3. 1 Médico(a) Veterinário(a), PAMV, HV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB. *Av. Universitária, s/n,

Santa Cecília, Cep: 58708-110, Patos-PB. E-mail: [email protected]; 2- Médico Veterinário,

professor, UAMV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB 3 Aluna graduação UFCG

Dentre as doenças do sistema nervoso central (SNC) dos eqüídeos, a encefalopatia

hepática causada pela intoxicação por Crotalaria retusa é a mais freqüente no semi-árido da

Paraíba. O quadro clínico se caracteriza por anorexia, emagrecimento progressivo, pressão da

cabeça contra objetos, ataxia, andar em círculos, andar a esmo, incoordenação, e, posteriormente

decúbito seguido de morte. Alguns animais apresentam fotossensibilização. Descreve-se os casos

de intoxicação por C. retusa em eqüinos diagnosticados no período de janeiro de 1993 a junho de

2010, diagnosticados no Hospital Veterinário e Laboratório de Patologia Veterinária da UFCG,

Patos-PB. Durante esse período foram diagnosticados 39 casos de intoxicação crônica por C.

retusa em eqüinos, correspondendo a aproximadamente 16% das necropsias em eqüinos. Os

sinais clínicos incluíram depressão, andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos e galopes

sem rumo. Os animais intoxicados permaneceram em decúbito e morreram entre 12 e 20 dias

após o aparecimento das alterações clínicas. Macroscopicamente, o fígado apresentava-se com a

superfície capsular irregular e com acentuação do padrão lobular. Ao corte, o fígado apresentava-

se firme. Os pulmões estavam não colapsados, mais pesados e brilhantes, e ao corte, fluía

bastante sangue e líquido espumoso. Microscopicamente, em todos os casos havia fibrose

hepática, vacuolização do citoplasma de hepatócitos, necrose e hemorragia centrolobular a

mediozonal e necrose individual de hepatócitos. Verificou-se moderada megalocitose, proliferação

de células epiteliais de ductos e estase biliar. Nos pulmões observou-se congestão, edema e

hemorragias. No encéfalo verificaram-se astrócitos tumefeitos com cromatina dispersa,e astrócitos

Alzheimer tipo II localizados, principalmente, no córtex cerebral e núcleos da base. Havia

moderada gliose e hemorragia perivascular. A intoxicação por C. retusa em eqüinos no semi-árido

da Paraíba se destaca na região como sendo a principal doença do SNC de eqüinos. Isso se deve

provavelmente, pela planta ser resistente a longos períodos de seca que ocorre na região,

permanecendo verde nesse período, favorecendo sua ingestão pelos eqüinos.

Palavras-chave: Crotalaria retusa, eqüinos, encefalopatia hepática.

Key words: Crotalaria retusa, horses, hepatic encephalophaty.

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AMILOIDOSE EM EQUINO

AMYLOIDOSIS IN HORSE

Melo, D.B. 1; Portela, R.A.1; Galiza, G.J.N. 1; Medeiros, J. M. 2; Nobrega Neto, P.I. 3; Riet-

Correa, F3.

1- Médico(a) Veterinário (a) PPGMV/HV/UFCG/CSTR - Campus de Patos-PB, Av.

Universitária, s/n, Santa Cecília, Cep: 58708-110, Patos-PB. E-mail:

[email protected] ; 2-- Médico Veterinário - HV/UFCG/CSTR - Campus de Patos-

PB; 3-- Professor - UAMV/ UFCG/CSTR , Campus Patos-PB.

Amiloidose é um grupo de doenças do metabolismo protéico caracterizada por deposição

nos tecidos de proteína amilóide extracelular, podendo ser primária ou secundária à outra

patologia e é classificada em diferentes tipos, dependendo da proteína formadora do

amilóide. Em eqüinos a amiloidose pode ser sistêmica, ou localizada e esta é a mais

comumente encontrada, sendo rara nesta espécie. O amilóide se deposita no tecido

conjuntivo, vasos sanguíneos e membrana basal das glândulas submucosas, associada à

presença de células gigantes, linfócitos e macrófagos. O objetivo deste trabalho é relatar um

caso de amiloidose nasal em um eqüino, quarto de milha, de 16 anos de idade, admitido no

Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, campus Patos - PB em

abril de 2009, com episódios recorrentes de epistaxe há cerca de um ano. Clinicamente, o

animal apresentou dispnéia mista; narinas dilatadas; intolerância ao exercício; frequência

respiratória durante o repouso de 32 movimentos por minuto; uma massa irregular

multinodular, lisa, brilhante, avermelhada, superfície não ulcerada, firme, consistência

elástica e bilateral localizada na porção rostral da cavidade nasal, causando estenose

parcial das vias aéreas anteriores. Grande parte da massa foi removida cirurgicamente para

melhorar a condição respiratória do animal e realização de biópsia. No exame histológico

observou-se dilatação dos vasos linfáticos e das glândulas nasais por material amorfo e

eosinofílico com presença de áreas com centro calcificado, circundadas por infiltrado

inflamatório mononuclear e células gigantes. Esse material eosinofílico corou-se de

vermelho-laranja pela coloração de Vermelho Congo, confirmando amiloidose. O diagnóstico

foi baseado na história clínica e confirmado pela histopatologia. O exame histológico foi

conclusivo para o diagnóstico de amiloidose nasal. Também neste caso, a lesão estava

localizada na cavidade nasal anterior favorecendo a sobrevivência do animal. Mesmo um

ano após a remoção cirúrgica de parte da lesão o animal encontra-se em condição estável,

mas não é mais utilizado para práticas esportivas.

Palavras-chave: Amilóide, cavidade nasal, eqüino. Key words: Amyloidosis, nasal cavity, horse

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VETERINÁRIOS DE EQUÍDEOS - ABRAVEQ - NORDESTE

Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

LAMINITE CRÔNICA EM EQUINO

CHRONIC LAMINITIS IN EQUINE

Silva, C.M.B.A.S.!; Medeiros, J.M.A."; Melo, D.B."; Palmeira, R.B."; Santos, E.D.!.; Souza,

J.P.O.!; Miranda Neto, E.G3.

Médico Veterinário, PAMV/HV/UFCG/Campus de Patos-PB. Av. Universitária, s/n, Santa Cecília,

Cep: 58708-110. Patos-PB. E-mail: [email protected]; 2 Médico Veterinário,

PPGMV/UFCG/Campus de Patos-PB; 3 Médico Veterinário, UAMV/UFCG/Campus de Patos-PB.

A laminite é um processo inflamatório das lâminas sensíveis do casco provocando a

diminuição na adesão e sustentação da parede interna com a falange distal na cápsula do casco.

Na maioria dos casos acomete os membros torácicos, embora, possa acometer qualquer membro

e evoluir para rotação da falange distal. Um equino, fêmea, Quarto de Milha, pesando 430 Kg,

sete anos de idade foi encaminhada ao Hospital Veterinário da UFCG/Campus de Patos - PB com

queixa de há 15 dias o animal ter apresentado quadro de síndrome cólica, no qual permaneceu

por dois dias, em seguida apresentou dificuldade no apoio dos membros pélvicos, passando

grande parte do dia em decúbito. Ao exame clínico foi observado presença de edemas nas

regiões ventral e vulvar, hiperemia ocular bilateral e escaras difusas decorrentes do decúbito,

pulso digital aumentado, desprendimento do casco posterior esquerdo, temperatura corpórea

elevada, relutância a movimentos e incapacidade de manter-se em estação. De acordo com o

histórico e sinais clínicos foi diagnosticado o quadro de laminite crônica e através do exame

radiográfico observou-se rotação de falange nos quatro membros com maior intensidade nos

membros pélvicos. O tratamento inicial foi fluidoterapia, analgésicos, antitérmicos, antibióticos,

inibidores da secreção gástrica, benzodiazepínicos e ducha fria, posteriormente, compressa

morna, perfusão regional com antibiótico e antiinflamatório, limpeza e desinfecção local,

bandagens diárias e suplementos minerais. Houve uma melhora no estado geral do animal,

porém, devido o descolamento dos cascos dos membros posteriores após 21 dias de tratamento

foi instituído a eutanásia do animal.

Palavras-chaves: Rotação de falange, casco, decúbito.

Key words: Rotation phalanx, hoof, decubitus

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

RUPTURA DO MÚSCULO GASTROCNÊMIO EM EQUINOS – RELATO DE CASOS

RUPTURE OF THE GASTROCNEMIUS MUSCLE IN HORSE – CASES REPORT

Aguiar, G.M.N.1; Melo, D.B. 1; Palmeira, R.B. 1;Lira, M.A.A. 1; Silva, C.M.B.A.2; Miranda Neto,

E.G. 3

1- Médico(a) Veterinário (a) PPGMV/HV/UFCG/CSTR - Campus de Patos-PB, Av. Universitária,

s/n, Santa Cecília, Cep: 58708-110, Patos-PB. E-mail: [email protected] ; 2- Médico

Veterinário – PAMV/HV/UFCG/CSTR - Campus de Patos-PB; 3- Professor - UAMV –

UFCG/CSTR , Campus Patos-PB.

A ruptura do músculo gastrocnêmio é relativamente rara, podendo ocorrer em potros com

menos de três semanas de vida devido a debilidade ou por excesso de esforço ao levantar-se. Em

adultos o trauma é a causa principal. As manifestações clínicas mais comuns são incapacidade de

sustentar o peso, perda da integridade do aparelho recíproco (flexão do jarrete e extensão do

joelho), há edema na região caudal da coxa, rotação lateral do calcâneo e desvio medial do

membro afetado. O tratamento baseia-se na sustentação do membro e repouso do animal

facilitando a fibrose no ponto de ruptura. Foram atendidos dois eqüinos no Hospital Veterinário da

Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos – PB, um macho de oito anos, sem

raça definida, no ano de 2006 (Animal 1) e um potro da raça Quarto de Milha, de dois anos e meio

em 2009 (Animal 2). O Animal 1 apresentou uma claudicação de apoio de grau IV no membro

posterior esquerdo após trauma. Observou-se edema na região da coxa, não havia sensibilidade

dolorosa aos movimentos de flexão, extensão, abdução e adução do membro. O Animal 2

apresentava claudicação no membro posterior esquerdo, com características semelhantes ao

Animal 1, evidenciada após queda durante o período de doma. A sensibilidade a palpação estava

ausente, exceto na articulação fêmuro-tibio-patelar. Não foram observadas alterações nos exames

radiográficos.. Aos dois animais foi recomendado repouso, ducha fria e antiinflamatório tópico. No

Animal 2, foi sugerido, além destes, o uso de fenilbutazona (4,4 mg/kg IV) e dexametasona (0,1

mg/kg IV). O diagnóstico da ruptura do músculo gastrocnêmio foi baseado nos sinais clínicos e na

ausência de alterações radiográficas. Após um ano de repouso o Animal 2 retornou a atividade

esportiva, contudo, ainda apresenta claudicação leve durante o exercício. Assegurar o repouso

aos animais acometidos é extremamente importante para determinar o sucesso do tratamento,

entretanto, o desempenho das funções atléticas ainda é desconhecido.

Palavras-chaves: Claudicação, músculo gastrocnêmio, equino

Key words: Lameness, gastrocnemius muscle, equine

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Ciência Veterinária nos Trópicos, volume 13, Suplemento 2, Setembro, 2010.

IDENTIFICAÇÃO DAS BASES ANATÔMICAS CORRESPONDENTES AO EXTERIOR DO

CORPO DOS EQUÍDEOS

IDENTIFICATION OF ANATOMICAL BASES RELATED TO THE EXTERIOR OF THE BODY OF

EQUIDAE

Mello, S.A.X.1; Silva, J.H.C. 1; Monte, G.M.S.1; Melo, L.C.S. 1; Xavier, G.A.A.2 1Graduando em Medicina Veterinária – UFRPE, Rua Visconde de Barbacena, 223/01,

Várzea, 50.740-445, Recife-PE. E-mail: <[email protected]>; 2Professor do

DMFA/UFRPE.

A gênese do saber interdisciplinar repousa na idéia de relação entre as partes de um dado

conhecimento. A interdisciplinaridade é um tipo de abordagem e conduz a uma ordenação

específica do processo ensino-aprendizagem, no plano dos conteúdos e das atividades. Os

professores proporcionam aos alunos uma aprendizagem simultânea dos saberes e dos métodos

comuns a várias disciplinas. Reordena conhecimentos diversos e provoca um conhecimento novo.

A anatomia funcional é a ciência que, em cada nível de organização, relaciona a estrutura com

suas funções e para ser eficaz, deve ser ensinada e aprendida como uma disciplina

tridimensional, para que o praticante seja capaz de visualizar as modificações que se realizam no

corpo com vida. O estudo do exterior dos animais domésticos ou Ezoognósia, constitui a parte da

Zootecnia que trata da conformação e do aspecto, que permite a avaliação do animal, servindo-se

de princípios fundamentais de anatomia, fisiologia, mecânica e patologia, tendo em vista sua

aplicação funcional, o julgamento de suas aptidões, e consequentemente, sua importância

econômica. O presente trabalho objetivou correlacionar a osteologia, com a nomenclatura do

exterior dos equídeos, em aulas práticas de anatomia. Para isso, foi realizada pesquisa da

nomenclatura do exterior do corpo do animal, em tratados de ezoognósia, foram feitas as devidas

correlações entre as delimitações das mesmas e suas respectivas estruturas ósseas. Executou-se

um exercício prático no qual os alunos identificaram as bases anatômicas correspondentes ao

exterior do corpo do animal, com auxílio de um esqueleto montado e ilustrações. Observaram-se

dificuldades na identificação quanto às regiões da cabeça, visto que esta é uma parte do corpo do

equino que apresenta regiões com nomenclaturas do exterior mais diferenciadas em relação

àquelas estudadas na osteologia. Para facilitar, foram fornecidos crânios com seus respectivos

ossos coloridos previamente, nos quais foi possível identificar as regiões do exterior, sobre os

ossos cranianos. Esta nova proposta promoveu uma maior motivação por parte dos alunos e sua

aplicação rotineira em aulas práticas da disciplina de anatomia animal.

Palavras chave: Anatomia, Interdisciplinaridade, Nomenclatura.

Key words: Anatomy, Interdisciplinarity, Nomenclature.

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INFECÇÃO POR ASPERGILLUS SP. NA CAVIDADE NASAL DE UM ASININO: RELATO DE

CASO

INFECTION BY ASPERGILLUS SP.IN THE NASAL CAVITY OF A DONKEY: A CASE REPORT

Lira, M. A. A!*; Riet–Correa, B." ; Santos, E.V.# ; Miranda Neto, E.G."; Silva, C.M.B.A.4;

Dantas, A.F.M."; Garino Jr., F.5; Medeiros, J.M6.

1.Médica Veterinária- HV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB.*Av.Universitária, s/n, Santa

Cecília, Cep:58708-110, Patos-PB. E-mail: [email protected]; 2.Médico Veterinário-

UAMV/CSTR/UFCG; 3. Médico Veterinário –PAMV, HV/CSTR/UFCG; 4. Médico Veterinário-

UAMV/CSTR/UFCG; 5. Pós–Doutorando em Microbiologia; 6. Médico Veterinário-

UAMV/CSTR/UFCG

Infecções fúngicas do trato respiratório superior incluem infecções primárias por

determinadas espécies de fungos, como criptococose, rinosporidiose, ficomicose e

coccidioidomicose. Rinite micótica causada por Aspergillus sp. em muitos casos, é considerada

como sendo uma infecção secundária oportunista. A infecção por Aspergillus sp. é comum após

cirurgias da cavidade nasal ou secundária a outras condições supurativas, como abscedação

dentária. O modo de infecção usual é por inalação com produção de lesões granulomatosas e

nódulos no trato respiratório, a partir do qual pode se disseminar para outros tecidos e órgãos. O

tratamento com cetaconazol é efetivo, porém, o tratamento é demorado e o alto custo se torna um

fator limitante. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande,

Campus de Patos-PB, um asinino, fêmea, com 9 anos de idade, prenhe, sem raça definida, cujo

histórico relatava que o animal apresentava uma verruga no interior da narina direita que

apareceu após sangramento na cavidade nasal. Durante o exame físico foi observado

crescimento exagerado da mucosa nasal direita com nodulação de aproximadamente 4cm de

diâmetro, com aspecto de papiloma, obstruindo parcialmente o fluxo de ar da narina direita, com

presença de secreção sanguinolenta. A nodulação foi retirada cirurgicamente e encaminhada para

exames microbiológico e histopatológico . No pós-operatório foi realizada a limpeza da narina com

água, clorexidina a 2% e aplicação tópica de oxitetraciclina e hidrocortisona. Após a confirmação

do diagnóstico iniciou-se o tratamento com infusão de chá de camomila (Matricaria recutita,

Chamomilla recutita, Matricaria chamomilla) (5g/l) por 20 dias, porém, não houve uma completa

cicatrização da lesão. O tratamento com chá de camomila á 5% não foi efetivo para Aspergilose

desse asinino, ao contrário do que foi descrito em eqüinos. Esse fato pode estar relacionado à

interrupção do tratamento.

Palavras- chaves: Papiloma, cavidade nasal, camomila. Key Word: Papilloma, nasal cavity, chamomile.

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DISTOCIA EM EQUÍDEOS

DYSTOCIA IN HORSES

Silva, T. R.1; Assis, A. C. O.2; Medeiros, J. M. A.2; Melo, D. B.2; Miranda Neto, E. G.3;

Nóbrega Neto, P. I.3

1Médica Veterinária, PPGCV, UFRPE, Campus de Recife-PE. *Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/PE. Email: [email protected]; 2 Médico(a) Veterinário, PPGMV, CSTR/UFCG,

Campus de Patos-PB; 3Médico Veterinário, professor, UAMV/CSTR/UFCG, Campus de Patos-PB.

Este trabalho objetiva relatar a ocorrência de dois casos de distocia em equídeos na

Clínica Médica de Grandes Animais da Universidade Federal de Campina Grande, Patos/PB. O

primeiro caso ocorreu em um asinino sem raça definida e o segundo caso em uma égua da raça

quarto de milha, ambas tinham quatro anos de idade e eram primíparas. No primeiro caso, a

fêmea foi encontrada em trabalho de parto e no exame clínico o animal apresentava um bom

quadro geral. Ao exame específico do sistema reprodutivo foram constatadas contrações

abdominais fortes, presença de parte da placenta pendular na vulva de aspecto enegrecido e

friável, região da base da cauda edemaciada e secreção uterina sanguinolenta e fétida. À

palpação retal pôde-se observar estática fetal longitudinal, dorsal, com desvio lateral esquerdo da

cabeça e flexão dos membros anteriores. Foi feita a correção da distocia, lubrificação do canal

materno e tração do feto morto. Realizado antibioticoterapia com penicilina benzantina, soro

antitetânico e antiinflamatório. O animal recebeu alta no mesmo dia do atendimento e foi

recomendado repouso durante 30 dias. No segundo caso, o animal foi encaminhado para realizar

cesariana, pois já havia sido feito fetotomia parcial por um Médico Veterinário. O feto apresentava-

se enfisematoso e a égua não tinha abertura suficiente de cérvix, resultando no insucesso do

procedimento. Ao exame físico do animal verificou-se taquicardia, mucosas congestas e

desidratação moderada. Foi feito a cesariana imediatamente após a realização do exame clínico,

sob anestesia geral e com acesso pela linha alba. No pós-cirúrgico utilizou-se antibioticoterapia,

antiinflamatório e fluidoterapia. O animal veio a óbito no dia seguinte a cirurgia e durante a

necropsia observou-se corno direito do útero aumentado de tamanho, com coloração vermelho

enegrecido externamente e internamente, enfisema pulmonar subpleural e intesticial com

presença de petéquias, congestão difusa no intestino e na região glandular estômago. O

prognóstico para éguas cesariadas é reservado e mesmo quando sobrevivem podem apresentar

distúrbios reprodutivos e laminite. Vale ressaltar que a taxa de mortalidade de potros é muito alta.

Existe uma escassez de dados acerca do assunto e há necessidade de maiores estudos e

notificações sobre o tema.

Palavras-chaves: Parto distócico, tração fetal, cesariana. Key words: Dystocia, fetal traction, cesarean.

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INTOXICAÇÃO NATURAL POR SELÊNIO EM EQUINOS NO ESTADO DO CEARÁ

NATURAL SELENIUM INTOXICATION IN HORSES IN CEARÁ STATE.

Campêlo Costa, P.1; Abreu, J.M.G.2

1 - Médico Veterinário Autônomo, Av. Santos Dumont 5500 Aptº 22-A-Papicu-Fortaleza-Ceará,

Cep- 60.150.160, [email protected]; 2 - Faculdade de Veterinária-Universidade

Estadual do Ceará.

A intoxicação por selênio em animais, tem sido descrita em diversos países em três

síndromes clínicas; uma aguda de evolução rápida e duas crônicas conhecidas como Blind

Staggers e Alkali Diserse. Em pesquisas científicas feitas no Brasil, tem sido relatado que o solo

brasileiro é pobre em selênio e que só existe em pequena concentração em uma região do estado

do Acre e ainda afirmando que não existem plantas acumuladoras de selênio no Brasil. Oito

eqüinos, quarto de micha, adultos, no litoral leste do estado do ceará, apresentaram anorexia,

emagrecimento progressivo, esfacelamento dos cascos seguido de aumento dos sulcos, alopecia

de pelos longos (cauda e crina), despigmentação de pelos (mudança de cor), desidratação

severa, anemia grave, cólica, decúbito prolongado, arritmia cardíaca, taquipnéia e temperatura de

41°C. Os animais estavam em semiconfinamento, com acesso a pasto de Cynodon spp,

Penissetum purpureum e Brachiaria mútica. Anteriormente, há seis anos passados, treze animais

eqüinos, em cidade circunvizinha apresentaram os mesmos sinais, sendo atendidos e registrado o

óbito de nove animais no dia seguinte e quatro dias após o óbito dos outros quatro. O estado

estava muito avançado. Dos oito animais transcritos acima foram colhidas amostras de pelos,

raspas de cascos, amostras do solo, capim e água do haras, é enviada ao laboratório da

faculdade de zootecnia e engenharia de alimentos-USP de Pirassununga SP, que constatou altas

concentrações em todas amostras, principalmente no capim Brachiaria mútica. Os animais foram

confinados em baias e mudado suas dietas. Foram tratados com cobre quelato, drogas arsenicais,

vitaminas do complexo B, drogas hematínicas, fluidoterapia intensa, aminoácidos sulfonados,

diuréticos,o que levou a completa recuperação em um prazo de 9 meses de tratamento. Estudos

adicionais são necessários para verificação da composição do solo e plantas nacionais como

também uma revisão nas formas controversas da síndrome Blind Staggers e Alkali Disease. O

estudo das concentrações de selênio no solo brasileiro é importante devido ao risco de seres

humanos se contaminem ao se alimentarem do leite,carne bovina,ovina,caprina,aves e ovos de

animais contaminados transformando em problema de saúde pública e sanidade animal. O relato

desse caso é em primeira edição na América Latina. Protocolo comitê de ética- nº 065 41563-9

Palavras-chave: Equino- selênio – saúde pública.

Key Word: equine, selenium, public health