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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Circular nº 07 21. 05. 2012 VINHA Com a subida de temperatura registada nas últimas semanas, as vinhas responderam com francos crescimentos, estando as mais adiantadas em evolução para a floração. De forma geral, a Vinha apresenta um desenvolvimento que a torna sensível às infecções de míldio. MÍLDIO Já observámos manchas de míldio esporuladas, na casta “Loureiro”, resultantes de infecções ocorridas em Abril. Estas manchas eram em reduzido número; contudo, o micélio apresentava uma grande expansão. O aparecimento de novas manchas provenientes das infecções ocorridas no início de Maio, devem ter começado a surgir a partir de 19 de Maio. Durante o fim-de-semana podem ter ocorrido condições favoráveis para que se dessem infecções secundárias. Recomenda-se, para todas as vinhas que não se encontram protegidas, a realização de um tratamento, até ao dia 24 de Maio. Deve dar-se preferência à utilização de um fungicida com acção curativa+preventiva. (Consulte a tabela de fungicidas anexa à Circular nº6 ) OÍDIO Nas vinhas que se aproximam da floração, deverá ser feito um tratamento, podendo ser aplicado enxofre em pó. No caso de não utilizar o enxofre polvilhável, pode dar preferência à utilização de um fungicida sistémico, por ser esta a fase de desenvolvimento da vinha mais indicada para esta utilização. PODRIDÃO NEGRA OU BLACK-ROT Já observámos a presença de manchas desta doença nas folhas, na casta “Loureiro”na região de Amares. Nas vinhas onde em anos anteriores apareceram sintomas de ataque da doença, deverá ser feita nesta altura uma selecção dos fungicidas a utilizar no combate ao míldio ou ao oídio, dando preferência à utilização de um que combata em simultâneo a podridão negra. Deve acrescentar-se à lista de produtos já divulgada para o combate ao black-rot, o CABRIO TOP (metirame+piraclostrobina) recentemente autorizado para esta finalidade. FLAVESCÊNCIA DOURADA Nesta altura já são visíveis os sintomas desta doença, nas castas de desenvolvimento mais precoce. Nos locais onde foi confirmada a presença da doença e em que já sejam evidentes os sintomas, recomenda-se que seja feito o arranque e queima das cepas doentes. Em caso de dúvidas, deverá recorrer aos técnicos da organização de produtores ou do Ministério da Agricultura. DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, 11 846 4460 281 SENHORA DA HORA Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029 E-mail: [email protected] © Reprodução sujeita a autorização Realização técnica: J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola) Versão em papel impressa na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Impressão e expedição: L. Monteiro

Circular nº 07 21. 05. 2012 VINHA - drapn.min-agricultura.pt · DIPEL, PRESA, BELTHIRUL), spinosade (SPINTOR), vírus da granulose de Cydia ... escaravelho - deixando os tratamentos

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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

Circular nº 07 21. 05. 2012

VINHA

Com a subida de temperatura registada nas últimas semanas, as vinhas responderam com francos crescimentos, estando as mais adiantadas em evolução para a floração. De forma geral, a Vinha já apresenta um desenvolvimento que a torna sensível às infecções de míldio.

MÍLDIO

Já observámos manchas de míldio esporuladas, na casta “Loureiro”, resultantes de infecções ocorridas em Abril. Estas manchas eram em reduzido número; contudo, o micélio apresentava uma grande expansão. O aparecimento de novas manchas provenientes das infecções ocorridas no início de Maio, devem ter começado a surgir a partir de 19 de Maio. Durante o fim-de-semana podem ter ocorrido condições favoráveis para que se dessem infecções secundárias.

Recomenda-se, para todas as vinhas que não se encontram protegidas, a realização de um tratamento, até ao dia 24 de Maio. Deve dar-se preferência à utilização de um fungicida com acção curativa+preventiva. (Consulte a tabela de fungicidas anexa à Circular nº6)

OÍDIO

Nas vinhas que se aproximam da floração, deverá ser feito um tratamento, podendo ser aplicado enxofre em pó. No caso de não utilizar o enxofre polvilhável, pode dar preferência à utilização de um fungicida sistémico, por ser esta a fase de desenvolvimento da vinha mais indicada para esta utilização.

PODRIDÃO NEGRA OU BLACK-ROT

Já observámos a presença de manchas desta doença nas folhas, na casta “Loureiro”na região de Amares.

Nas vinhas onde em anos anteriores apareceram sintomas de ataque da doença, deverá ser feita nesta altura uma selecção dos fungicidas a utilizar no combate ao míldio ou ao oídio, dando preferência à utilização de um que combata em simultâneo a podridão negra. Deve acrescentar-se à lista de produtos já divulgada para o combate ao black-rot, o CABRIO TOP (metirame+piraclostrobina) recentemente autorizado para esta finalidade.

FLAVESCÊNCIA DOURADA

Nesta altura já são visíveis os sintomas desta doença, nas castas de desenvolvimento mais precoce. Nos locais onde foi confirmada a presença da doença e em que já sejam evidentes os sintomas, recomenda-se que seja feito o arranque e queima das cepas doentes. Em caso de dúvidas, deverá recorrer aos técnicos da organização de produtores ou do Ministério da Agricultura.

DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029 E-mail: [email protected]

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Realização técnica:

J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo)

Carlos Coutinho (Ag. Técnico Agrícola)

Versão em papel impressa na Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Impressão e expedição:

L. Monteiro

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POMÓIDEAS

PEDRADO

SITUAÇÃO

Observámos o aparecimento recente de novas manchas de pedrado, tanto em pomares tratados como em árvores sem tratamento, sendo nestas com muita severidade.

RECOMENDAÇÕES

Perante a elevada humidade que se tem registado, o risco de contaminações é muito alto. Recomenda-se que mantenha o pomar protegido. (Consulte a tabela anexa à Circular Nº 3).

Consulte a ficha técnica nº 41

BICHADO

Já observámos posturas em desenvolvimento, induzidas artificialmente, em cilindros de postura, colocados nas condições naturais. Se não realizou o tratamento recomendado na circular anterior, poderá ainda realizá-lo esta semana, utilizando um insecticida com acção larvicida alfa-

cipermetrina (FASTAC), beta-ciflutrina (BULLDOCK), ciflutrina (CIFLUMAX), clorantraniliprol (CORAGEN), clorpirifos (PYRINEX 250 ME, DURSBAN 4, CORTILAN, CYREN 48 EC, CICLONE 48 EC, NUFOS 48 EC, CLORFOS 48, PIRIFOS 48, PYRINEX 48 EC, CLORMAX, RISBAN 48 EC, DESTROYER 480 EC), deltametrina (DECIS, DECIS EXPERT, DELTAPLAN), emamectina (AFFIRM), fosmete (IMIDAN 50 WP), indoxacarbe (STEWARD, EXPLICIT WG), lambda-cialotrina (KARATE ZEON , KARATE+, NINJA with ZEON technology, JUDO, ATLAS, KARATE ZEON 1.5 CS), tau-fluvalinato (KLARTAN, MAVRIK), tebufenozida (MIMIC), tiaclopride (CALYPSO) insecticidas autorizados em modo de produção biológico azadiractina (ALIGN, FORTUNE AZA), Bacillus thuringiensis (TUREX, SEQURA, DIPEL WP, DIPEL, PRESA, BELTHIRUL), spinosade (SPINTOR), vírus da granulose de Cydia pomonella (MADEX).

Consulte a ficha técnica nº 37

COCHONILHA OU PIOLHO DE S. JOSÉ

Ainda não observámos as larvas móveis desta cochonilha, nem os cálculos das somas de temperaturas atingiram os valores necessários, o que poderá ocorrer no intervalo de duas semanas. Não trate ainda. Aguarde novas informações.

Consulte a ficha técnica nº 38

PRUNÓIDEAS

CEREJEIRA

MOSCA DA CEREJA

Já registámos capturas de mosca na nossa rede de armadilhas. Nas variedades de cereja de maturação mais tardia, deve ser feita a protecção, à medida que os frutos começam a amarelecer, fase em que a mosca realiza as posturas. Deve respeitar rigorosamente o intervalo de segurança do insecticida que utilizar. Os insecticidas autorizados para este efeito são à base de azadiractina (ALIGN, FORTUNE AZA), em modo de produção biológica e deltametrina (DECIS, DELTAPLAN) e acetamiprida (EPIK SG) nos outros modos de produção.

BATATEIRA

MÍLDIO

No passado dia 12 de Maio, observámos manchas de míldio na s folhas da batateira. As condições de elevada humidade na atmosfera e a subida da temperatura aumentaram o risco de infecção de míldio. As chuva caída no fim-de-semana, favoreceu a ocorrência de novas contaminações. Recomenda-se para todos os batatais, que sejam mantidos protegidos. (Consulte a tabela de fungicidas anexa à Circular Nº 4).

TRAÇA DA BATATEIRA

Continuamos a registar capturas na rede de armadilhas. Para controlar o aumento da população, nos batatais que já entraram na fase de formação de tubérculos, recomenda-se a realização de um primeiro tratamento contra esta praga. Os insecticidas autorizados para combate a esta praga, no campo, são à base de Bacillus thuringiensis (DIPEL 8 L, TUREX, DIPEL WP, DIPEL, SEQURA, PRESA, BELTHIRUL), beta-ciflutrina (BULLDOCK) e ciflutrina (CIFLUMAX).

ESCARAVELHO DA BATATEIRA Já observámos a presença de escaravelhos adultos e de posturas em alguns batatais. Normalmente a presença de adultos não justifica a realização de um tratamento de imediato, mas sim ao aparecimento das primeiras larvas, do que daremos informação.

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DIVULGAÇÃO

A TRAÇA DA BATATA (Phthorimaea operculella (Zeller))

Esta praga é há muito observada na região de Entre Douro e Minho. Nos últimos anos, as populações têm vindo a aumentar, causando elevados prejuízos. Praga de difícil controlo, contra ela podem ser tomadas algumas medidas preventivas, quer no

campo, quer nos armazéns, para diminuir a importância dos ataques. É também possível o combate químico com recurso a algumas especialidades homologadas.

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Sintomas de traça da batata na rama da batateira

Batatas mostrando sintomas de ataque de traça (excrementos

das larvas acumulam-se nos orifícios de saída das galerias).

Durante o armazenamento das batatas, ocorrem frequentemente importantes prejuízos provocados por pequenas lagartas que vivem no interior dos tubérculos. Trata-

se de um inimigo duplamente perigoso, pois, além de se desenvolver nos armazéns, vive também no campo, onde ataca as plantas desde o início do Verão. A traça da batata existe nos cinco continentes, sobretudo nas regiões temperadas e sub-tropicais.

Aspecto exterior de batata atacada pelas larvas da traça

Aspecto dos estragos no interior da batata

É uma praga também observada há longos anos na região de Entre Douro e Minho. Nos últimos anos, as populações têm vindo a aumentar, causando elevados prejuízos, devido a factores não totalmente esclarecidos, mas que podem estar ligados ao uso crescente de insecticidas específicos para o escaravelho - deixando os tratamentos contra esta praga de ter acção complementar contra a traça -, com a crescente importação de batatas dos mais diversos países, etc..Diversos

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estudos têm mostrado que esta traça tem preferência pela batateira, embora possa também atacar muitas outras plantas da família das solanáceas, cultivadas como o tomateiro, a beringela, o pimento e o tabaco ou espontâneas como a erva-moira. No entanto, é na cultura da batata, tanto no campo como no armazenamento, que se registam os mais avultados prejuízos. BREVE DESCRIÇÃO DO INSECTO

No estado adulto, a traça é uma pequena borboleta de cor cinzenta, com 7 a 9 mm de comprimento. No campo, a fêmea põe os ovos sobre os talos e as folhas da batateira ou sobre os tubérculos à superfície, junto dos gomos (“olhos”). No armazém, os ovos são depositados sobre as batatas, isolados ou em grupos, junto dos gomos dos tubérculos. Do ovo nasce uma pequena larva que começa de imediato a roer a casca da batata, geralmente junto dos gomos, por ser aí mais tenro o tecido vegetal, procurando penetrar na polpa do tubérculo. Aí irá abrir galerias para se alimentar. Ao princípio, as galerias são superficiais, mas à medida que a lagarta cresce, vai perfurando galerias cada vez mais fundas, inutilizando por completo a batata para a alimentação humana. A traça também pode desenvolver-se nos caules da batateira, abrindo galerias no seu interior e provocando frequentemente a murchidão da planta. Terminado o seu desenvolvimento, a larva evolui para crisálida e dá origem a nova geração de borboletas. No campo, a traça passa o Inverno no estado de crisálida, emergindo o adulto na Primavera para reiniciar o ciclo. Nos armazéns, pode reproduzir-se durante todo o ano, excepto nas câmaras frigoríficas. IMPORTÂNCIA DOS PREJUÍZOS

A traça ataca os órgãos aéreos da batateira no campo, sucedendo-se as gerações até à colheita, quando atingem o máximo da sua importância. Para os prejuízos contribuem não só os estragos directos que as larvas fazem ao abrir as galerias nos tubérculos, como os fungos que aí se desenvolvem, causando o apodrecimento da batata. MEIOS DE LUTA

A traça da batata é de difícil combate. Podem ser tomadas algumas medidas preventivas, quer no campo, quer nos armazéns, para diminuir a importância dos ataques: Manter o terreno e as imediações limpas de restos de cultura e de ervas infestantes.

Em campos com infestação de traça em anos anteriores, plantar a batata um pouco mais fundo que o habitual (se a “semente” não ficar suficientemente enterrada, os tubérculos filhos de variedades que tuberizam à superfície ficarão mais expostos às larvas eclodidas dos ovos depositados nas fissuras do solo ou que migram a partir da folhagem).

Proceder à amontoa o mais cedo possível, chegando a terra para junto do pé das plantas de modo a impedir as larvas de entrarem através de fendas no solo e as borboletas de porem os ovos nas batatas a descoberto;

Mesmo com uma amontoa bem feita, a terra pode abrir fendas. Nesse caso uma rega, mantendo a terra húmida e as batatas cobertas, dificulta a postura e a progressão das larvas.

A manutenção dos tubérculos na terra por tempo desnecessário antes da colheita, favorece a traça. Logo que as batatas estejam prontas, devem ser colhidas.

Cortar a rama das batateiras antes da colheita, mesmo alguns dias, logo que as batatas estejam formadas - as batatas poderão ainda ficar na terra, a acabar de “encascar” - a rama deve ser queimada de imediato, destruindo-se assim grande quantidade de ovos e até de lagartas da traça que aí se encontrem; Não deixar as batatas amontoadas nos campos depois da colheita, pois é uma das práticas que favorecem a propagação da traça;

Os armazéns, sobretudo os que no ano anterior tenham tido ataques de traça, devem ser muito bem limpos, varridos e desinfectados, nas vésperas da entrada da nova colheita. A desinfecção pode fazer-se, por exemplo, queimando enxofre em pó à razão de 30 gramas por metro cúbico de volume do armazém, depois deste muito bem fechado e vedado. O armazém deve ficar fechado durante dois dias após a queima do enxofre e só depois de bem ventilado se armazenam as batatas. As portas e janelas devem ser isoladas com uma rede plástica ou metálica muito fina, que impeça a entrada de borboletas da traça e a reinfestação do armazém.

Estão homologados em Portugal para o combate à primeira geração desta praga, que normalmente ocorre no campo Bacillus thuringiensis (DIPEL 8 L, TUREX, DIPEL WP, DIPEL, SEQURA, PRESA, BELTHIRUL); beta-ciflutrina (BULLDOCK) e ciflutrina (CIFLUMAX).

Pode ser aplicado um insecticida apropriado sobre as batatas armazenadas, que destrua as lagartas provenientes de ovos que tenham vindo do campo em algumas batatas. Estão homologadas em Portugal especialidades, à base de deltametrina (JACKPOT, PODRINA).

Actualmente, uma alternativa autorizada para o combate em armazém é a captura massiva de machos adultos, utilizando armadilhas tipo “delta” ou armadilhas de funil e feromonas sexuais. Diversas empresas comercializam estes materiais na Região.

É absolutamente contra-indicada a pulverização directa

das batatas armazenadas com caldas contendo insecticidas não autorizados para este efeito, dados os perigos que podem acarretar para a saúde humana e animal.

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Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 6/ 2012 (II Série) Maio (Reedição revista) Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/

Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Estrada Exterior da Circunvalação, 11846 4460–281 SENHORA DA HORA

22 957 40 10 22 957 40 16 22 957 40 19 [email protected]

________________________________________________________________________________________________________ Texto: J. F. Guerner Moreira (Eng.º Agrónomo) & C. Coutinho (Agente técnico) Bibliografia: Garcia-Tejero, Francisco Dominguez,

Plagas y Enfermedades de las Plantas Cultivadas, Madrid, 2004, pp. 385-389.

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DIVULGAÇÃO

A Mosca da Cereja (Rhagoletis cerasi L.)

O insecto adulto é uma pequena mosca, com 3 a 5 mm. As moscas emergem do solo, onde passaram o Inverno na forma de pupa, entre o fim de Maio e o princípio de Julho, conforme o clima e a exposição do pomar. Os primeiros ovos são postos 1 a duas semanas após o início do vôo. A fêmea introduz o ovo sob a casca da cereja logo que esta começa a passar de verde a amarelo. (Acima: imagem próximo do tamanho natural de mosca da cereja capturada em armadilha).

A pequena larva nasce no interior da cereja,

passados 6 a 12 dias e abre uma galeria em direcção ao caroço, alimentando-se da polpa à volta deste. (Imagem muito ampliada; imagem sobreposta em tamanho natural).

3 a 4 semanas mais tarde, a larva completa o desenvolvimento e abandona o fruto, deixando-se caír no solo, onde se enterra a alguns centímetros de profundidade para hibernar sob a forma de pupa, donde no ano seguinte nascerão novas moscas.

(Pupas - Imagem muito ampliada; imagem em tamanho

natural sobreposta no canto inferior esquerdo). Os ataques de mosca levam à desvalorização da cereja, tanto para consumo em fresco como para conserva. A mosca ataca sobretudo as variedades semi-tardias e tardias.

O período favorável para tratar com um insecticida depende das condições climáticas, da exposição das árvores e da data previsível de colheita. As variedades semi-tardias e tardias devem ser tratadas separadamente, até três semanas antes da colheita. Os tratatmentos podem ter por alvo as moscas adultas, os ovos e as larvas, conforme o tipo de insecticida autorizado para o efeito. As medidas de luta colectivas, organizadas ao nível de regiões produtoras dão resultados mais seguros.

Para a previsão de ataques de mosca, podem

colocar-se armadilhas adesivas cromotrópicas amarelas. As moscas atraídas pela cor ficam aí coladas, o que permite fazer uma previsão do início dos ataques e proceder aos tratamentos necessários.

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Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 7/ 2012 (II Série) Maio Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/

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