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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO MARIA RAMILLES GOMES DE OLIVEIRA FRANÇA CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO PALMEIRA DOS INDIOS - AL 2019/2

CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE …...CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO Maria Ramilles Gomes de Oliveira França Discente do curso de Enfermagem [email protected]

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

MARIA RAMILLES GOMES DE OLIVEIRA FRANÇA

CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO

PALMEIRA DOS INDIOS - AL 2019/2

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

MARIA RAMILLES GOMES DE OLIVEIRA FRANÇA

CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO

Artigo de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Bacharel em Enfermagem-Faculdade CESMAC do Sertão, sob a orientação da Profa. Dra. Yolanda Karla Cupertino da Silva e coorientação da Profa. Jaqueline Maria da Silva.

PALMEIRA DOS INDIOS - AL 2019/2

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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO

MARIA RAMILLES GOMES DE OLIVEIRA FRANÇA

CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO

Artigo de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Bacharel em Enfermagem-Faculdade CESMAC do Sertão, sob a orientação da Profa. Dra. Yolanda Karla Cupertino da Silva e coorientação da Profa. Dra. Jaqueline Maria da Silva.

APROVADO EM: ___/___/______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________

Prof.(a) Me.(a)... Orientador(a)

______________________________________

Prof.(a) Me.(a)... Avaliador(a) externo

______________________________________

Prof.(a) Me.(a)... Avaliador(a) interno

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AGRADECIMENTOS

A Deus todo o meu amor e agradecimento, pois sem ele na minha vida nada seria permitido e eu não estaria realizando o meu sonho. Aos meus pais Maria Aparecida Gomes de Oliveira França e José Oliveira França por confiarem na minha capacidade e não me deixar desistir de concluir meu curso, por me ensinar a ter calma nas tribulações da vida, por ser persistente e por estarem ao meu lado em todas as circunstâncias. A minha avó Maria de Lourdes Lima por me ajudar com a minha filha Maria Cecília, por abandonar a sua casa e viver em função da sua bisneta, que eu sempre tenha comigo sua persistência, sua força e coragem para viver. Ao meu esposo José Aloísio Taveira Neto por me apoiar em toda a minha trajetória, por sempre segurar a minha mão e por nunca me deixar desanimar. A minha cunhada, irmã e amiga Andréia Pinheiro Taveira Maia Florentino por tanta ajuda e dedicação, por sempre está ao meu lado, por não me deixar desistir, por tanto amor com nossa FILHA MARIA CECÍLIA, sou eternamente grata a você. Aos meus sogros Elisângela Pinheiro Taveira Maia e André Ferreira Maia pelo incentivo e por me acolherem como uma filha. A minha orientadora Professora Dra. Yolanda Karla e co-orientadora Professora Dra. Jaqueline Maria por tanto esforço, paciência e carinho para que se tornasse possível a conclusão deste trabalho de conclusão de Curso. E por fim, ao meu grande amor Maria Cecília Oliveira Taveira Maia, por me ensinar o real sentido da vida, por me mostrar que mesmo sendo tão pequena é persistente, forte e audaciosa. Por você filha, faço até o impossível.

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CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO

Maria Ramilles Gomes de Oliveira França Discente do curso de Enfermagem

[email protected]

Yolanda Karla Cupertino da Silva

[email protected] Bacharel em Farmácia. Doutora em Biotecnologia. Professora da Faculdade CESMAC do Sertão.

Jaqueline Maria da Silva [email protected]

Doutora em Biotecnologia. Pós Doc em química e biotecnologia. Professora adjunto III da Faculdade CESMAC do Sertâo.

RESUMO

A Cistinose Nefropática Infantil é uma doença rara, genética, autossômica recessiva, caracterizada pelo acúmulo de cistina no interior das células, na organela lisossomo, ocorre devido a mutações do gene CTNS que é responsável pela codificação da proteína transportadora cistinosina, acomete principalmente os rins, olhos e tireoide, sua incidência é de 1/100.00-200.00 nascidos vivos. As manifestações clinicas são variantes, destacando-se a mais grave a síndrome de fanconi que aparece por volta dos seis meses, as crianças apresentam, perda de eletrólitos, baixo peso, baixa estatura e fotobofia devido o acúmulo de cristais de cistina na córnea. Se não tratada a doença pode evoluir para doença renal crônica terminal e acometimento extrarrenal. Objetivo: produzir um relato de caso com uma paciente portadora de cistinose nefropática infantil. Metodologia: realizou-se um relato de caso em uma paciente portadora de cistinose nefropática infantil, nas instalações do Hospital Universitário Alberto Antunes- HUPPA, com revisão do prontuário, após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos responsáveis do paciente em questão, no período de julho de 2019 a dezembro de 2019. Resultado: foram feitas várias análises laboratoriais, exames de imagem e por fim o sequenciamento completo do exoma que diagnosticou a cistinose nefropática infantil, com o relato de caso espera-se que mais pacientes com cistinose nefropática infantil sejam diagnosticados previamente para melhor tratamento e qualidade de vida e que seja aprimorado o conhecimento científico. Conclusão: diante dos dados apresentados pode-se dizer que a paciente apresenta cistinose nefropática infantil, sendo necessário o uso de alguns medicamentos, e utilização de uma equipe multidisciplinar para o manejamento da doença, pois a mesma afeta todo o organismo dos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: Cistinose. Síndrome de fanconi. Mutação. Fotofobia. Diagnóstico. Cisteanima.

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ABSTRACT

Infantile nephropathic cystinosis is a rare, genetic, autosomal recessive disease characterized by the accumulation of cystine inside the cells in the lysosome organelle. It occurs due to mutations of the CTNS gene that is responsible for coding the cystinosine carrier protein, mainly affecting the kidneys. eyes and thyroid, its incidence is 1 / 100.00-200.00 live births. Clinical manifestations are variant, with the most severe being the fanconi syndrome that appears around six months, children have electrolyte loss, low weight, short stature and photobophy due to the accumulation of cystine crystals in the cornea. If left untreated, the disease may progress to chronic end-stage renal disease and out of the kidneys involvement. Objective: To produce a case report with a patient with childhood nephropathic cystinosis. Methodology: a case report was performed on a patient with infantile nephropathic cystinosis, at the facilities of the Alberto Antunes-HUPPA University Hospital, with a review of the medical records, after signing the free and informed consent form by the responsible patients. from July 2019 to December 2019. Result: Several laboratory tests, imaging studies and finally sequencing of the exome that diagnosed childhood nephropathic cystinosis were performed, with the case report hoping that more patients with childhood nephropathic cystinosis will be diagnosed early for better cysteamine treatment, improving the prognosis, increasing the quality of life and thus improving the scientific knowledge. Conclusion: Given the data presented, it can be said that the patient has childhood nephropathic cystinosis, requiring the use of some drugs, and the use of a multidisciplinary team to manage the disease. KEYWORDS: Cystinosis. Child Fanconi syndrome. Mutation. Photophobia. Diagnosis. Cysteamine.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 08

2 MATERIAL E MÉTODO ....................................................................................... 10

2.1 COLETA DE DADOS ........................................................................................ 11

3 RELATO DE CASO CLÍNICO .............................................................................. 11

4 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 15

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 16

ANEXO..................................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 21

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1INTRODUÇÃO

A Cistinose Nefropática é uma doença rara, genética autossômica recessiva,

caracterizada pelo acúmulo do aminoácido cistina no interior das células, levando a

uma grande concentração de cristais de cistina em vários órgãos, principalmente

rins, olhos e tireóide. Isso acontece devido a mutações no gene CTNS que codifica a

proteína transportadora cistinosina responsável por levar a cistina do lisossomo para

o citosol das células, tendo ocorrência de 1:100.00-200.00 nascidos vivos

(VAISBICH et al., 2019).

A forma mais grave de cistinose nefropática é a infantil, crianças nascem com

peso e estatura normal e por volta dos seis meses manifesta-se a síndrome de

fanconi, uma tubulopatia renal proximal que afeta a reabsorção de sódio, potássio,

cloro, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, glicose e aminoácidos. Devido a esse

déficit, as crianças apresentam baixos peso e estatura, raquitismo hipofosfatêmico,

sede excessiva, desidratação intensa, vômitos constantes, proteinúria, poliúria,

desequilíbrio hidroeletrolítico, acidose metabólica hiperclorêmica por conta da má

absorção de bicarbonato nos túbulos proximais dos néfrons e por um nível

aumentado de cloreto no sangue, sendo essencial para o equilíbrio ácido-base do

organismo (SILVA et al., 2007). Há também acometimento ocular onde os pacientes

apresentam fotofobia, e se não tratar corretamente pode evoluir para cegueira e

despigmentação da retina. A tireóide também pode ser comprometida e quando

houver hipotireoidismo, inicia-se a reposição do hormônio e monitoramento da TSH

e T4 livre (VAISBICH et al., 2019).

Ainda na infância inicia-se a síndrome de fanconi que é caracterizada por um

déficit na produção de energia proveniente da degradação de ATP em ADP e fosfato

inorgânico, transportando íons de sódio e potássio que altera o funcionamento da

bomba sódio potássio (Na/k+APTase), que consequentemente pode ocorrer as

alterações patológicas em algumas organelas específicas como, os lisossomos que

sofrem disfunções metabólicas provenientes da cistinose nefropática infantil (SILVA

et al., 2017).

A forma intermediária ou juvenil é mais lenta, com manifestações típicas da

cistinose nefropática infantil, mas com o início mais tardio, por volta dos 15 a 25

anos. Na forma ocular a única manifestação é a fotofobia resultante do acúmulo de

cristais de cistina na córnea (CELSI et al., 2017).

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O diagnóstico da cistinose nefropática infantil é feito por suspeita clínica de

síndrome de fanconi, pelos achados nos exames laboratoriais como perda de sódio,

potássio, cloro, magnésio, glicose e proteína, acúmulo de cristais de cistina na

córnea detectada pelo exame de lâmpada de fenda feito por um oftalmologista,

identificação de concentração de cistina em leucócitos polimorfonucleares, pois

essas células acumulam preferencialmente a cistina no sangue (ELMONEM et al.,

2016).

O estudo genético é necessário para um diagnóstico preciso, sendo realizado

um sequenciamento completo do exoma que é um conjunto de aproximadamente

180.000 ÉXONS que codificam os genes que, por sua vez, determinam a produção

das proteínas, responsáveis pelo funcionamento correto do organismo, no caso da

cistinose que tem padrão de herança mendeliano, é possível verificar uma deleção

de 57kb, que abrange os 10 primeiros éxons do gene CTNS, mutação mais

frequente associada à cistinose nefropática infantil, motivando a expressão de

proteína nula (LEVTCHENKO et al., 2014 ;KRALL et al., 2018).

O tratamento para a cistinose nefropática infantil começa com a intervenção

da síndrome de fanconi corrigindo os distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos

apresentados pelos pacientes. Faz-se o uso de bicarbonato de sódio, citrato de

potássio para correção da acidose metabólica, reposição de fósforo, reposição de

magnésio, calcitriol (com monitoramento dos níveis de paratormônio-PTH),

reposição de cálcio, o uso do colírio de cisteamina que ameniza a fotofobia sendo

usado 4 vezes ao dia (VAISBICH et al., 2019).

Para o tratamento específico da cistinose nefropática infantil existem duas

formulações de cisteamina, a de liberação lenta PROCYSBI (administrada a cada 12

horas) e cisteamina de liberação rápida CYSTAGON (administrada a cada 6 horas).

As duas formulações são depletoras dos estoques de cistina; sendo usadas por

tempo indeterminado e quando iniciada, permite atraso para o estágio de doença

renal crônica terminal, que possibilita um melhor prognóstico e uma sobrevida maior

para os pacientes, melhora o desenvolvimento da estatura e ganho de peso para a

idade, também se observa menor acometimento extra renal (VAISBICH et al., 2019).

Na segunda década de vida os pacientes apresentam perda da função

glomerular, evolução para doença renal crônica terminal-DRCT, chegando a fazer

diálise peritoneal e consequentemente evoluindo para um transplante renal. Todavia,

os cristais de cistina não irão mais se aglomerar nos rins, porém continuam com

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acometimento em outros órgãos como fígado e baço, causando insuficiência

hepática e pancitopenia, no pâncreas causa insuficiência exócrina e endócrina,

levando a diabetes mellitus; dificuldade para deglutição, hipogonadismo masculino,

acometimento muscular com atrofia e perda da força muscular distal devido a

miopatia vacuolar e comprometimento ocular levando a cegueira total (ROYERO e

MORALES, 2018).

Pacientes com cistinose nefropática infantil são mais susceptíveis a estresse

oxidativo, sob condições de stress no equilíbrio redox provoca a produção de

peróxidos e radicais livres danificando os componentes celulares. O glutationa

oxidase (GSSG) ou a relação glutationa/glutationa oxidado são ótimos indicadores

de estresse oxidativo e podem ser usados na eficácia da N-acetilcisteína um ótimo

antioxidante, preservando a função renal glomerular, avaliado pelos níveis séricos

de creatinina, cisteina c e clearance de creatinina (GUIMARAES., 2014 ;

GUIMARÃES et al., 2014).

Desse modo, é de suma importância a descrição deste relato de caso para

ampliar o conhecimento científico sobre cistinose nefropática infantil e prevenir suas

complicações que podem ser irreversíveis e fatais.

O presente trabalho teve como objetivo geral produzir um relato de caso de

uma paciente portadora de cistinose nefropática infantil, e como específicos:

identificar através do sequenciamento completo do exoma a organização gênica

ligada ao desenvolvimento da cistinose nefropática infantil, e esclarecer a

comunidade acadêmica e científica sobre a cistinose nefropática infantil.

2 METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de um relato de caso em uma paciente portadora de

cistinose nefropática infantil, realizado nas instalações do Hospital Universitário

Professor Alberto Antunes- HUPPA, no período de abril de 2019 a setembro de

2019.

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2.1 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada no Hospital Universitário Professor Alberto

Antunes- HUPPA, com revisão de prontuário da paciente e anotação de todos os

exames necessários para produção do relato. Para o exame do sequenciamento

Completo do Exoma, o mesmo foi realizado em casa, feito através de um kit (um

coletor swab, um cartão de instruções, um saquinho vedável e documentação

necessária) para a coleta de amostras de DNA das células da mucosa bucal dos

genitores e da paciente, orientados para não comer ou beber, escovar os dentes,

não usar chupeta ou qualquer outro objeto nos 30 minutos antes da coleta, lavar

bem as mãos, certificar que a esponja não toque em nada a não ser na boca,

esfregar a esponja nos dois lados internos da bochecha 10 vezes para cima e para

baixo, depois colocar dentro do swab fechar bem virar o tubo de ponta cabeça por

15 vezes, após colocar o tubo dentro do saco transparente e depois colocar

novamente dentro da caixa do kit, com todos os documentos preenchidos, colocar

dentro do envelope e dentro da caixa do kit com o pedido médico para realização do

exame.

3. RELATO DE CASO CLÍNICO

M.C.O.T.M, lactente feminina com 6 meses de vida, procedente de Major

Isidoro-AL, natural de Palmeira dos Índios-AL foi hospitalizada no Setor de Pediatria

Clínica do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes com história de refluxo-

gastroesofágico, intolerância a lactose e vômitos recorrentes. Gestação e parto sem

intercorrência. Realizou pré-natal dentro do preconcebido, filha de pais hígidos e não

consanguíneos, sem casos semelhantes na família. Nasceu pesando 3,255 Kg e

49,5 cm, Aleitamento exclusivo até os cinco meses de vida. Nos exames

admissionais complementares pré-internação, havia um hemograma IGE específico

para soro de leite: 0,1 KU/L e para soro de soja: 0,1 KU/L. Uma ultrassonografia de

abdômen total que diagnosticou sinais de refluxo gastroesofágico.

Após a internação da paciente foram feitos exames de Elementos anormais

do sedimento (EAS) onde evidenciou proteinúria e glicosúria, presentes na tabela

01. No mesmo período foi realizado a proteinúria 24h com resultado de 1028

mg/24h.

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Tabela 01- Exames laboratoriais de Elementos Anormais do Sedimento

coletados da paciente no ano de 2018.

Também foram realizadas gasometrias mostrando quadro de acidose

metabólica, onde a paciente começou fazer reposição de bicarbonato de sódio via

oral- 4g/dia de 6/6H e citrato de potássio via oral 3 ml de 4/4h. A paciente foi

avaliada pela Nefrologia Pediátrica, suspeitando de acidose tubular causada pela

síndrome de fanconi. A equipe multiprofissional do hospital iniciou a investigação de

causas secundárias, além disso, seguiu com o uso de enalapril 5 mg ao dia para

melhorar a proteinúria presente nos resultados, domperidona 1,5 ml de 8/8h, 30

minutos antes das refeições indicada para o uso do tratamento do refluxo

gastroesofágico e ondasetrona via oral para controlar os episódios de vômitos e

náuseas.

Do dia da internação 05 de fevereiro de 2017 ao processo de alta foram

realizados exames bioquímicos a cada dois dias, dos seguintes parâmetros: sódio,

magnésio, cloro, potássio, creatinina, uréia, fósforo, albumina, fosfatase alcalina,

flúor. Tendo alterações significativas nos eletrólitos sódio e potássio. Durante a

internação fez o uso de cateter venoso central para reposição dos eletrólitos

perdidos na urina.

Apresentou edema, dor e calor em joelho direito e ombro ipslateral, sendo

suspeitado quadro de artrite séptica, fez então uso de antibacteriano

piperacilina+tazobactam por 10 dias, via endovenonosa (E.V). Após hemocultura de

ponta de cateter fez o uso de vancomicina E.V. por 10 dias. Apresentou também

candidíase oral, fazendo uso de nistatina via oral durante 8 dias e fluconazol E.V.

11mg/kg/dia por 10 dias.

Seguiu aos cuidados da pediatria e da nefropediatria, foi avaliada pela

oftalmologia do HU após onze dias de internação por suspeita de cistinose, sendo

descartada, pois no resultado oftalmológico não foi diagnosticado a presença dos

cristais de cistina. Foi então solicitado exame do erro inato do metabolismo e teste

do pezinho máster com resultado normal em todos os ensaios.

05/02 08/08 10/02 11/02 15/02 06/03

PROTEÍNA + +++ --- AUSENTE AUSENTE AUSENTE

GLICOSE +++ --- +++ +++ AUSENTE

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A criança evoluiu com melhora do estado geral e do quadro de vômitos.

Apresentou melhora gradativa e constante na aceitação de fórmulas lácteas,

fazendo o uso de neocate, alfarrè e, por fim, nam supreme. Nas últimas duas

semanas não apresentou febre e seus episódios de vômitos tornaram-se

esporádicos. Expressou boa aceitação de reposição de bicarbonato por via oral há

cinco dias. Discutindo com a equipe de pediatria e nefropediatria decidido alta com

acompanhamento ambulatorial.

Em outubro de 2018 foi realizado uma radiografia de mãos e punhos para

idade óssea, observando estruturas ósseas integras, superfícies e espaços

articulares conservados, idade óssea compatível com cerca de 10 meses, conforme

tabela de GreulichPyle, demonstrando um atraso no desenvolvimento em relação a

estatura.

No mês de dezembro de 2018, a criança apresentou episódios constantes de

diarréia e vômitos. Foi diagnosticada com gastroenterite, desidratação grave,

tubulopatia renal em investigação, desnutrição secundária, anemia com posterior

tratamento farmacológico e insuficiência pré-renal. Após ser realizado um

hemograma foi observado baixo concentrado de hemoglobina (5,8 g/dL),

necessitando assim de hemotransfusão: concentrado de hemácias 15 ML/K. Foi

utilizado ciprofloxacino para a gastroenterite, ajustado para a insuficiência renal por

4 dias. Melhorando o quadro foi orientada a fazer exames de controle, com 15 dias

após a alta.

Em fevereiro de 2019 a paciente foi submetida a uma cintilografia renal/

DMSA, o exame foi realizado após a administração venosa de Tc99M-DMSA. As

imagens cintilográficas mostraram rins tópicos: rim esquerdo diminuído de volume,

morfologia alterada, contornos irregulares, concentrando o traçador de forma

difusamente pobre e heterogênea. Rim direito de volume normal, concentrando

heterogeneamente o traçador. Nota-se atividade extra renal aumentada do

radiofármaco, em grau acentuado, sugerindo déficit de função renal. Foi analisado o

índice de função renal relativa (semi-quantitativo) que se apresentou no valor de Rim

Esquerdo (34,70%) e Rim Direito (65,30%).

A paciente foi avaliada por uma geneticista onde a criança estava

apresentando um atraso no desenvolvimento motor, com um ano e seis meses de

idade, no entanto não houve comprometimento na linguagem, em que as primeiras

palavras foram pronunciadas após os 6 meses. Após a extensa avaliação de

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exames complementares, foi indicado a realização de sequenciamento completo do

exoma, que detectou duas mutações patogênicas no g5ene CTNS: Chr17: 3560018

AACG>A e deleção dos éxons 1 ao 10. Mutações patogênicas no gene CTNS levam

ao quadro de cistinose nefropática, condição genética de herança autossômica

recessiva, compatível com o quadro clínico apresentado pela paciente, com risco de

recorrência na futura prole do casal de 25%.

Foi realizado ainda a construção de um heredograma para estudar os

mecanismos de transmissão das características dentro da família da paciente

(Figura 1).

Figura 01- Heredograma dos descendentes da paciente, Palmeira dos Índios-

AL, março de 2019.

Fonte: Autor, 2019.

A cistinose nefropática infantil é uma doença recessiva rara com mutações no

gene CTNS. Assim, o heredograma exposto acima inicia-se pela primeira linhagem

dos bisavôs maternos da paciente, sendo eles não consanguíneos, que tiveram 5

filhos, que estão enumerados por ordem de nascimento, o primeiro aborto

espontâneo de gêmeos, uma menina de 3 anos que faleceu sem saber a causa na

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década de 50, segundo relato da bisavô, ela apresentava vômitos sanguinolentos

que causou o óbito, e todos os outros filhos tiveram um desenvolvimento normal. Os

avôs maternos da criança afetada tiveram apenas uma filha que nunca apresentou

sintomas e teve um desenvolvimento saudável, que é mãe da criança em questão.

Os avós paternos não são consanguíneos, tiveram 2 filhos, sendo uma menina que

aos 18 anos foi diagnosticada com endometriose e um menino saudável que nunca

apresentou problemas de saúde, pai da criança afetada. O casal, pais da criança

afetada com cistinose nefropática, não são consaguineos e não tem nenhum tipo de

parentesco, tiveram apenas 1 filha.

Em abril de 2019 foi realizada uma avaliação oftalmológica onde foram

observados infiltrados de cistina no estroma da córnea, de caráter evolutivo desde o

início do acompanhamento clínico. Sendo prescrito pelo médico, cisteamina em gel

oftálmico 0,55% com posologia de 4x ao dia.

No mês de maio de 2019 a paciente foi internada por episódios de vômitos/

hipopotassemia, sendo realizada a com correção dos níveis de potássio. Teve alta

hospitalar com orientação para seguir observações da nutricionista que a

acompanha e da nefrologista.

Atualmente a criança faz uso dos seguintes medicamentos: omeprazol 10 mg

v.o 1x ao dia, citrato de potássio vo- 4 ml de 4/4 h, bicarbonato de sódio 4g/ dia,

ferropolimaltose, 9 gotas 2x ao dia + vitamina C, hidroclorotiazida 25 mg ¼ do

comprimido, Completo vitamínico infantil (Zirvit kids), Própolis, Calcitriol e

eritropoietina, carbonato de cálcio 2 ml duas vezes ao dia. Em exames mais

recentes a paciente já exibe perda de função renal.

4. DISCUSSÃO A cistinose nefropática infantil é uma doença rara que gera especialmente

acometimento renal, mas também acúmulos de cistina extrarrenais favorecendo o

aparecimento de lesões crônicas no trato gastrintestinal, tireóide e córnea. O padrão

ouro no seu diagnóstico é o sequenciamento do exoma que avaliam as mutações no

gene CTNS. Além do sequenciamento do exoma, são necessários exames

laboratoriais e de imagem para avaliação da evolução do quadro clínico dos

pacientes com a doença.

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Por ser uma doença com comprometimento de diversos sistemas, faz

necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar para manejar e favorecer uma

maior aderência aos tratamentos a serem realizados e a qualidade de vida dos

envolvidos. Essa equipe multidisciplinar deve ser composta por pediatra, nefrologista

pediatra, enfermeiro, nutricionista, endocrinologista, hematologista, neurologista,

oftalmologista e psicólogo. A atuação do Enfermeiro na doença é fundamental para

propiciar maior adesão familiar, esclarecimentos em relação a doença e tratamentos

a serem realizados. O enfermeiro tem excelente atuação nos procedimentos

ambulatoriais e de internação nos pacientes cistinóticos. A enfermagem atuará

também nos pacientes que evoluem para diálise fortalecendo na educação familiar

sobre a cistinose (VAISBICH et al., 2019).

Diante disso, é de competência do enfermeiro a intervenção, o planejamento

e execução dos cuidados, proporcionando assistência continuada ao paciente,

visando assim, os resultados de enfermagem almejados (FREITAS; MENDONÇA,

2011).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos dados, pode-se dizer que a paciente apresenta cistinose

nefropática infantil, sendo necessária a utilização de alguns medicamentos e o

acompanhamento com uma equipe multidisciplinar para realizar o manejamento da

doença, garantindo assim uma boa qualidade de vida e um bom prognóstico.

Este estudo é de extrema importância na área acadêmica e científica, para

ampliar o conhecimento quanto a essa doença rara assim, fazendo com que mais

pessoas a conheça e consigam prevenir suas consequências que podem ser fatais.

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ANEXO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (T.C.L.E.)

“O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após o consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”

Eu, Maria Ramilles Gomes de Oliveira França, brasileira, casada, tendo sido convidada a participar como voluntária do estudo “CISTINOSE NEFROPÁTICA INFANTIL: RELATO DE CASO”, que será realizado nas instalações do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes- HUPPA. Recebi Sra. Dra. Yolanda Karla Cupertino da Silva, Farmacêutica. Doutora em Biotecnologia em Saúde, e Docente da Faculdade CESMAC do Sertão, responsável por sua execução, das seguintes informações que me fizeram entender sem dificuldades e sem dúvidas os seguintes aspectos:

I. Que o estudo se destina a realizar um relato de caso com uma paciente portadora de cistinose nefropática infantil, identificar através do sequenciamento completo do exoma a organização gênica ligada ao desenvolvimento da cistinose nefropática infantil, demonstrar o papel da equipe multidisciplinar, especialmente do enfermeiro, e esclarecer a comunidade acadêmica e científica sobre a cistinose nefropática infantil;

II. Que este estudo iniciará em abril de 2019 e previsto o encerramento em

setembro de 2019;

III. O estudo será realizado em uma paciente portadora da cistinose nefropática infantil, lactente com seis meses de vida.

IV. O instrumento se dará por meio de um relato de caso, abordando os sinais e sintomas da doença, exames necessários para o diagnóstico e tratamento da cistinose nefropática infantil.

V. Serão dados como participante da pesquisa a paciente portadora de cistinose

nefropática infantil; VI. Onde os possíveis riscos a participante da pesquisa referem-se a possível

identificação dos respondentes e a forma de apresentação dos resultados da

participante da pesquisa (a aluna). Para minimiza-lo relato de caso será

identificado somente pelas inicias da paciente.

VII. Que os pesquisadores adotarão as seguintes medidas para minimizar os

riscos: serão tomados todos os cuidados para que a identidade dos participantes da pesquisa não seja revelada garantindo a privacidade e confidencialidade das informações, fazendo uso e considerando ainda a

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Resolução 466/12, com ênfase no artigo XIII.3, que reconhece as especificidades éticas das pesquisas nas Ciências Humanas e Sociais e de outras que se utilizam de metodologias próprias dessas áreas, dadas suas particularidades; Considerando que a produção científica deve implicar benefícios atuais ou potenciais para o ser humano, para a comunidade na qual está inserido e para a sociedade, possibilitando a promoção de qualidade digna de vida a partir do respeito aos direitos civis, sociais, culturais e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Associaremos a Resolução 510/16, que preconiza autonomia em uma sociedade opressiva e repleta de desigualdades, que restringe o entendimento de autonomia à assinatura de um termo de consentimento para revelar sua participação voluntária, além da relativização do que se considera bem e mal e que apresenta variações entre indivíduos e grupos, não podendo ser definida exclusivamente pelo Estado, além disso, só será iniciada a pesquisa após aprovação do Comitê de Ética;

VIII. A participante da pesquisa terá como benefícios diretos a possibilidade de

uma assistência especializada e objetiva, durante esse estudo, que fornecerá subsídios para compreender melhor o contexto da cistinose nefropática infantil por meio do relato de caso. Essa pesquisa traz como benefício indireto o conhecimento prévio, e o despertar de uma carreira profissional para essa participante da pesquisa;

IX. Os pesquisadores se responsabilizam pelo atendimento às complicações e danos decorrentes direta ou indiretamente do estudo, bem como por atendimento de cunho emergencial. Sendo assim, com assistência INTEGRAL GRATUITA, devido a danos diretos/ indiretos e imediatos/ tardios, PELO TEMPO QUE FOR NECESSÁRIO ao sujeito da pesquisa (Resolução CNS nº 466 de 2012, itens II.3.1 e II.3.2);

X. Que, sempre que o participante da pesquisa desejar serão fornecidos

esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo;

XI. Que, a qualquer momento, o participante da pesquisa poderá se recusar a continuar participando do estudo e, também, que eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso me traga qualquer penalidade ou prejuízo;

XII. Que as informações conseguidas através de minha participação não

permitirão a identificação da minha pessoa, exceto aos responsáveis pelo estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto;

XIII. Que o participante da pesquisa deverá ser ressarcido por qualquer despesa

que venha a ter com a minha participação nesse estudo e, também, indenizado por todos os danos que venha a sofrer pela mesma razão, sendo que, para estas despesas foi-me garantida à existência de recursos;

XIV. CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA: A pesquisa

será suspensa, caso não houvesse autorização da responsável da menor.

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XV. Este documento será disponibilizado em duas vias, uma para o participante da pesquisa e outra para o pesquisador responsável;

XVI. O Comitê de Ética em Pesquisa é um colegiado (grupo de pessoas que se reúnem para discutir assuntos em benefício de toda uma população), interdisciplinar (que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou áreas de conhecimento) e independente (mantém-se livre de qualquer influência), com dever público (relativo ao coletivo, a um país, estado ou cidade), criado para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade, dignidade e bem-estar. É responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos. São consideradas pesquisas com seres humanos, aquelas que envolvam diretamente contato com indivíduo (realização de diagnóstico, entrevistas e acompanhamento clínico) ou aquelas que não envolvam contato, mas que manipule informações dos seres humanos (prontuários, fichas clínicas ou informações de diagnósticos catalogadas em livros ou outros meios);

XVII. Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha participação no mencionado estudo e, estando consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em dela participar e, para tanto eu DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO FORÇADO OU OBRIGADO.

Ciente, ______________________________________________________ DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO FORÇADO OU OBRIGADO.

Endereço do(a) participante voluntário(a): Residência:(rua)..............................................................................................................Bloco:.........Nº:.............,complemento:.......................................................Bairro:..........Cidade..................................................CEP.:...........................Telefone:..................... Ponto de referência: ................................................................................ Nome e Endereço do Pesquisador Responsável: Yolanda Karla Cupertino da Silva Residência: Rua João Neves Barbosa Nº 259 Bairro: Itapoã Cidade: Arapiraca – AL CEP:57.314-110 Telefone: 082-9-8818-7227 E-mail: [email protected] Instituição: Faculdade CESMAC do Sertão, Rua Bráulio Montenegro - Vila Maria, Palmeira dos Índios - AL, 57607-520

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ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas, dirija-se ao Comitê de Ética em Pesquisa e Ensino (COEPE), pertencente ao Centro Universitário Cesmac: Rua Cônego Machado, 918. Farol, CEP.: 57021-060. Telefone: 3215-5062. Correio eletrônico: [email protected] Horário de funcionamento: diariamente no horário de 8:00 às 12:00h e 13:00 às 18:00 horas, exceto as quartas-feiras com horário das 8:00 às 12:00h e das 17:00 às 18:00h. Palmeira dos Índios, _________ de ______________________ de _________

Assinatura ou impressão datiloscópica da voluntário(a) ou responsável legal

Assinatura do responsável pelo Estudo: Yolanda Karla Cupertino da silva. CPF 044703109-09

Assinatura do responsável pelo Estudo: Jaqueline Maria da Silva. CPF 058809544-39

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REFERÊNCIAS

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ELMONEM, Mohamed A. et al. Cystinosis: a review. Orphanet Journal of Rare Disiases. V. 11, n. 47-53, April. 2016.

GUIMARÃES, Luciana, et al. N-acetyl.cysteine is associated to renal function improvement in patients with nephpathic cystinosis. Pediatr Nephrol. v. 29, n.6, o. 1097-1102, june. 2014.

KRALL, Paola; NUALART, Daniela; GRANDY, Jean. Cistinosis nefropática: caso clínico que ilustra diagnóstico molecular. Rev. méd. Chile, Santiago , v. 146, n. 1, p. 111-115, jan. 2018 .

ROYERO A, MORALES I. cristales oportunos: cistinosis nefropatica. Reporte de caso. Rev SCO. v. 51, n.1, p.86-91, 2018. SANTOS, Vera, et al. Cistinose nefropática juvenil- Importância de um diagnóstico precoce. Acta Pediátrica Portuguesa. v. 46, n.6, p. 274-276, 2011.

SILVA, Amina Regina, et al. Acidose Tubular Renal em Pediatria, J. BRAS. NEFROL. v. 29. n.1, p. 38-47, 2007.

VAISBICH, Maria Helena et al . Abordagem multidisciplinar para pacientes com cistinose nefropática: modelo para atendimento em uma doença renal rara e crônica. J. Bras. Nefrol., São Paulo , v. 41, n. 1, p. 131-141, Mar. 2019 .

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