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Claudia Cappelli Aló Uma Abordagem para Transparência em Processos Organizacionais Utilizando Aspectos Tese de Doutorado Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Informática do Departamento de Informática da PUC-Rio como parte dos requisitos parciais para obtenção do título de Doutor em Ciências - Informática. Orientador: Julio Cesar Sampaio do Prado Leite Rio de Janeiro Agosto de 2009

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Claudia Cappelli Aló

Uma Abordagem para Transparência em Processos Organizacionais Utilizando Aspectos

Tese de Doutorado

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Informática do Departamento de Informática da PUC-Rio como parte dos requisitos parciais para obtenção do título de Doutor em Ciências - Informática. Orientador: Julio Cesar Sampaio do Prado Leite

Rio de Janeiro

Agosto de 2009

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Claudia Cappelli Aló

Uma Abordagem para Transparência em Processos Organizacionais Utilizando Aspectos

Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Informática do Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada.

Julio Cesar Sampaio do Prado Leite Orientador

Departamento de Informática – PUC-Rio

Prof. Rubens Nascimento Melo

Departamento de Informática – PUC-Rio

Prof. Luis Carlos de Sá Carvalho Departamento de Administração – PUC-Rio

Profa. Vera Maria Benjamim Werneck Departamento de Informática - UERJ

Profa. Thais Vasconcelos Batista Departamento de Informática - UFRN

Prof. José Eugenio Leal Coordenador Setorial do Centro

Técnico Científico

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2009.

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Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização do autor, do orientador e da universidade.

Claudia Cappelli Aló

Graduou-se em Informática na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 1985. Obteve o título de Mestre em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ) em 2000. É pesquisadora associada no Núcleo de Pesquisa e Prática de Tecnologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Integrou o quadro de pesquisadores do Laboratório de Engenharia de Software (LES) da PUC-Rio, atuando na área de Engenharia de Requisitos.

Ficha Catalográfica

CDD: 004

Aló, Claudia Cappelli Uma abordagem para transparência em processos organizacionais utilizando aspectos / Claudia Cappelli Aló; orientador: Julio Cesar Sampaio do Prado Leite. - 2009. 328 f. : il.; 30 cm Tese (Doutorado em Informática) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. Inclui bibliografia 1. Informática – Teses. 2. Transparência. 3. Transparência Organizacional. 4. Modelagem de Processos Orientada a Aspectos. 5. Aspectos de Transparência. 6. Transparência em Processos Organizacionais. Leite, Julio Cesar Sampaio do Prado. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Informática. III. Título.

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Ao meu filho Ugo, minha mãe Maria e meu pai Antonio (em memória),

por todo amor, ajuda e incentivo.

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Agradecimentos

Florianópolis, 30/12/2004. Viagem de férias. Passagem de ano. Ligo para

casa para saber como estão as coisas e para falar com minha mãe Maria,

companheira e amiga de todas as horas. Recebo a notícia de que chegou uma

correspondência da PUC-Rio. Peço que ela abra e que me diga o que está escrito.

Fico nervosa. Afinal, estava esperando a resposta do processo de seleção para o

Doutorado. Ela lê e me diz que fui aprovada. Estava no quarto do hotel. Olhei pela

janela e vi um pôr do sol lindo. Agradeci a Deus que sempre guiou meus caminhos

colocando neles oportunidades como esta. Chorei. Queria abraçar todo mundo.

Compartilhar com todos a minha felicidade. Ao meu lado no quarto estava

Agostinho, meu companheiro que certamente viria a me ajudar muito nesta nova

jornada com sua compreensão e apoio. Abracei-o ainda chorando um pouco e

contei o que havia acontecido. Ele ficou feliz.

Logo depois, olhando pela sacada, avistei meu filho Ugo voltando da praia.

Saí do quarto, desci as escadas. Queria abraçá-lo e contar a novidade. Ele, quando

soube, me deu todo apoio e disse que poderia contar com ele em todas as horas. Eu

certamente iria precisar. E durante todo o meu percurso foi o que aconteceu. Mas

ainda precisava falar com mais uma pessoa. Renata, minha querida amiga e

companheira que me incentivou muito a enfrentar este novo desafio na minha vida.

Liguei. Ela atendeu. Contei a novidade e senti que ela ficou muito feliz. Certamente

dali para frente nós estaríamos ainda mais próximas. Veio o dia seguinte. Ano Novo.

E naquele ano realmente vida nova. Afinal só se inicia um Doutorado uma vez.

Voltei ao Rio e não via a hora de fazer a matrícula e começar o curso.

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Finalmente o dia chegou. Novo curso, novos professores, novos amigos.

Viterbo, Marcia, Luciana e Tanara, pessoas maravilhosas com quem pude

conviver ao longo do curso e com quem, apesar de áreas e orientadores diferentes,

criei uma grande amizade. Mas nem tudo são flores. Matérias difíceis, porém

obrigatórias, tinham que ser cumpridas. O primeiro ano, um desafio conseguir

permanecer no curso. Nestas horas a ajuda das amigas Flávia, Fernanda, Renata,

Andrea, Vanessa, Hadeliane foi vital. Minhas queridas amigas que durante toda a

jornada do curso me ajudaram muito, pois estávamos todas envolvidas em projetos

de trabalho e eu precisaria me ausentar muitas vezes. A elas o meu muito obrigada.

Sem elas certamente não teria sido possível. Mas isso era só o começo. Afinal

ainda tinha alguns anos pela frente. Nos dois primeiros anos ainda trabalhei

fortemente nos projetos em que eu estava envolvida. Estes me eram muito

enriquecedores, pois me davam experiência e material que certamente seriam úteis

no trabalho do Doutorado. Nestes também tive a oportunidade de contato com

diversas pessoas em universidades distintas, uma delas a Profa. Thais Batista, que

conheci em um destes projetos e hoje também está presente em minha banca. A ela

o meu muito obrigada pelo incentivo e apoio.

A partir do segundo ano passei a ter contato mais direto com meu orientador,

pessoa que aprendi a admirar por seu conhecimento e novas ideias e que sempre

apoiou as minhas escolhas, Prof. Julio Leite. Foi ele que me mostrou o caminho a

ser seguido e, juntos, escolhemos o tema do meu trabalho. Durante o segundo ano

continuei cursando algumas matérias, porém já me aprofundava no tema escolhido.

Tive a oportunidade de estudar em outros Departamentos da Universidade e

conheci outros professores, entre eles o Prof. Sá Carvalho, com quem discuti muito

sobre organizações e processos e que hoje está presente na minha banca. Agradeço

a ele pelos ensinamentos. Neste ano também foi reativado o Grupo de Engenharia

de Requisitos. Nele conheci pessoas muito interessantes como Pádua, Eduardo,

Filipe, Herbet e Elizabeth, que me ajudaram e com quem discuti muitas vezes

sobre o tema escolhido. Agradeço a todos pela colaboração. Além deles a Profa.

Vera Werneck, que faz parte do grupo e que hoje está presente na minha banca,

também merece meu agradecimento .

O trabalho começou a tomar corpo. Tivemos as primeiras publicações. Estava

tudo indo bem e eu estava radiante. Acreditava no tema escolhido, na importância

de meu estudo para a comunidade acadêmica e na sua aplicação no contexto das

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organizações. Precisava me dedicar mais ao Doutorado, mas neste período, meu pai,

Antonio, adoeceu. Foi difícil, pois sabia que era uma doença terminal. Queria ficar

com ele o máximo de tempo possível, mas isso me faria muitas vezes relegar o

estudo ao segundo plano. O tempo passou muito rápido. O final do terceiro ano

chegou e meu pai se foi. Sinto muito sua falta, mas tenho certeza de que está feliz

por saber que consegui chegar ao fim deste trabalho. Ele sempre me apoiou muito.

Finalmente o quarto ano. Precisava correr, pois os prazos finais começavam a

dar sinais. Pesquisa para terminar, estudos de caso para fazer, artigos para publicar,

projetos para participar.Faltava muito e o tempo era pouco. Esforcei-me. Aumentei

muito minha dedicação. Trabalhei. Atrasei um pouquinho, mas finalmente, cheguei

ao final do trabalho. Agora faltavam os preparativos para a defesa. Fechar o

trabalho, revisar, escolher a banca. Nesta fase conheci o Prof. Rubens que hoje está

fazendo parte da minha banca. A ele meus agradecimentos. Tudo pronto. Gostei

muito do que fiz. Tenho planos para o futuro. Espero ter novas oportunidades. Mas

por hora só tenho mesmo a agradecer a todos por tudo e esperar que tudo dê certo.

Agradecimento especial ao CNPq pela bolsa concedida para apoio ao

desenvolvimento deste trabalho.

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Resumo

Aló, Claudia Cappelli; Leite, Julio Cesar Sampaio do Prado. Uma Abordagem para Transparência em Processos Organizacionais Utilizando Aspectos. Rio de Janeiro, 2009. 328 p. Tese de Doutorado – Departamento de Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Transparência tem sido por tempos um anseio das sociedades democráticas.

O direito de ser informado e de ter acesso à informação tem sido um problema

importante nas sociedades modernas. A demanda por verdades baseadas na

transparência tem aumentado no contexto das transformações globais. A

importância da abertura do fluxo de informações está criando uma sociedade aberta

na qual o objetivo é o estabelecimento de uma sociedade democrática com cidadãos

engajados capazes de entender e acessar as informações disponíveis (Holzner,

2006). Entretanto, não é suficiente para uma organização desejar ser transparente.

As organizações precisam saber o que é transparência e como elas podem inserir

este conceito no seu negócio. Esta tese define transparência e a forma de aplicá-la

aos processos de negócio utilizando-os como meio de explicitar a transparência

dentro de organizações. Para isso, propõe uma abordagem orientada a aspectos que

permita introduzir características de transparência nos processos organizacionais

através da construção de políticas e padrões, e da inserção de elementos nos

modelos de processos organizacionais com uso de um catálogo de transparência.

Para validar a proposta da definição de transparência, foi conduzida uma análise de

processos organizacionais através de dois levantamentos utilizando questionários.

Para a validação da abordagem proposta, foi realizado um estudo de caso a partir de

processos de negócio de uma organização real. Este estudo de caso permitiu a

obtenção de alguns resultados preliminares sobre a aplicabilidade e viabilidade do

uso desta abordagem.

Palavras-chave

Transparência, Transparência Organizacional, Modelagem de Processos

Orientada a Aspectos, Aspectos de Transparência, Transparência em Processos

Organizacionais.

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Abstract

Aló, Claudia Cappelli; Leite, Julio Cesar Sampaio do Prado (Advisor). An approach for Business Processes Transparency Using Aspects. Rio de Janeiro, 2009. 328 p. Doctoral Thesis – Departamento de Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Transparency has been a desire of democratic societies for a long time. The

right to be informed and have access to information has been a major problem in

modern societies. The demand for truth based on transparency has increased in the

context of global change. The importance of openness in the flow of information is

creating an open society in which the very idea is to establish a democratic society

with engaged citizens able to understand and use the information that is accessible

to them (Holzner, 2006). However, it is not sufficient for an organization to wish to

be transparent. Organizations need to know what transparency is and how they can

apply this concept to their business. This thesis defines transparency and a way of

using it in business processes, using these processes as a means of making explicit

the transparency within organizations. An aspect oriented approach is proposed in

order to allow the introduction of transparency characteristics into business

processes. Policies and standards are proposed as well as a technique for inserting

new elements into the business processes using a transparency catalog. In order to

validate the proposed definition of transparency, an analysis of organizational

processes, using two surveys, was performed. A case study, using the business

processes from of a real organization, was performed to validate the proposed

approach. This case study produced some preliminary results on the applicability

and feasibility of using this approach.

Keywords

Transparency, Organizational Transparency, Aspect Oriented Business

Process Model, Transparency Aspects, Business Process Transparency.

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Sumário

1. Introdução 16

1.1 Motivação 16

1.2 Caracterização do Problema 19

1.3 Enfoque da Solução 20

1.4 Organização da Tese 21

2. Transparência 23

2.1 Características Gerais de Transparência 23

2.2 Organização das características 24

2.3 Graus de Transparência 30

2.4 O levantamento realizado 33

2.5 A versão final do SIG 34

3. Transparência Organizacional 37

3.1 Trabalhos Relacionados - Transparência no contexto das organizações 37

3.2 Definição de Transparência Organizacional 45

3.3 O Catálogo de Transparência 46

3.4 Classificando as operacionalizações 67

3.5 Aplicação das operacionalizações a processos na web 72

3.6 Análise das contribuições – Uso do PCT 74

4. Inserção de práticas de transparência em processos organizacionais 86

4.1 Transparência - Uma Característica Transversal 86

4.2 O Paradigma de Aspectos 89

4.3 Trabalhos Relacionados 90

4.4 Processos Organizacionais Orientados a Aspectos 95

4.5 Aplicando o modelo apresentado para a inserção de características de transparência em modelos de processos organizacionais 112

5. Estudo de Caso 124

5.1 Objetivos 124

5.2 Etapas do Estudo de Caso 124

5.3 Formulação do Problema 125

5.4 Definição da Unidade-Caso 125

5.5 Determinação do número de casos 126

5.6 Elaboração do Protocolo 126

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5.7 Operacionalização das características de transparência nos modelos de processo (unidades-caso) 132

5.8 Respostas às questões elaboradas 152

6. Conclusão 155

6.1 Contextualização 155

6.2 Resumo 155

6.3 Trabalhos relacionados em transparência 157

6.4 Estudos relacionados para a sistematização da definição de transparência 158

6.5 Trabalhos relacionados em aspectos 160

6.6 A avaliação da definição de transparência através de levantamentos 161

6.7 O Estudo de Caso – aplicação da abordagem de modelagem de processos orientada a aspectos 162

6.8 Contribuições 163

6.9 Limitações 164

6.10 Trabalhos Futuros 165

7. Referências 168

Apêndice A Levantamento Baseado em Revisão Sistemática 179

Apêndice B Revisão do SIG de transparência junto ao Grupo de Engenharia de Requisitos da PUC 189

Apêndice C Levantamento para validação do SIG e dos Graus de Transparência 193

Apêndice D Questionário para verificação da Transparência de Processos Organizacionais através de sites da Web 204

Apêndice E Questionário para verificação da Transparência em Processos Organizacionais 258

Apêndice F Símbolos do Léxico relacionados à transparência organizacional 303

Anexo I Modelos de Processos utilizados no Estudo de Caso 304

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Lista de Figuras

Figura 2.1 - Identificação de interdependências implícitas de softgoals (Chung, 2000) 26 Figura 2.2 - O SIG de transparência – Versão 1 (Cappelli, 2007) 28 Figura 2.3 – O SIG de transparência – Versão 2 30 Figura 2.4 - Degraus da Transparência (Cappelli, 2008; Leite, 2008) 31 Figura 2.5 – O SIG de transparência – Versão 3 (Cappelli, 2008) 34 Figura 2.6 - – O SIG de Transparência – Versão Final 36 Figura 3.1 – Notícias de transparência coletadas na web entre 12/05 e 23/05/2009 38 Figura 3.2 - – Transparência Organizacional 49 Figura 3.3 - – Acessibilidade 50 Figura 3.4 – Acurácia 50 Figura 3.5 – Adaptabilidade 51 Figura 3.6 – Amigabilidade 51 Figura 3.7 – Atualidade 52 Figura 3.8 – Auditabilidade 52 Figura 3.9 – Clareza 53 Figura 3.10 – Comparabilidade 53 Figura 3.11 – Completeza 54 Figura 3.12 – Composição 54 Figura 3.13 – Concisão 55 Figura 3.14 – Consistência 55 Figura 3.15 – Controle 56 Figura 3.16 – Corretude 56 Figura 3.17 – Dependência 57 Figura 3.18 – Desempenho 57 Figura 3.19 – Detalhamento 58 Figura 3.20 – Disponibilidade 58 Figura 3.21 – Divisibilidade 59 Figura 3.22 – Entendimento 59 Figura 3.23 – Explicação 60 Figura 3.24 – Informativo 61 Figura 3.25 – Integridade 61 Figura 3.26 – Intuitividade 62 Figura 3.27 – Operabilidade 62 Figura 3.28 – Portabilidade 63 Figura 3.29 – Publicidade 63 Figura 3.30 – Rastreabilidade 64 Figura 3.31 – Simplicidade 65 Figura 3.32 – Uniformidade 65 Figura 3.33 – Usabilidade 66 Figura 3.34 – Validade 66 Figura 3.35 – Verificabilidade 67 Figura 3.36 – SIG de Transparência com contribuições em rede entre características 75 Figura 3.37 - Fórmulas para comparar os construtos 77 Figura 3.38 - SIG de Transparência (Final) com contribuições entre critérios 84 Figura 3.39 – Léxico do relacionamento entre uniformidade e clareza 84

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Figura 3.40 – Léxico do relacionamento entre simplicidade, completeza e concisão 85 Figura 3.41 – Léxico do relacionamento entre concisão e completeza 85 Figura 3.42 – Léxico do relacionamento entre corretude e integridade 85 Figura 3.43 – Léxico do relacionamento entre dependência e rastreabilidade 85 Figura 4.1 – Abordagem tradicional de modelagem 88 Figura 4.2 - Metamodelo de integração de características transversais (Silva, 2006) 96 Figura 4.3 – Componentes usados para integrar relacionamentos transversais em modelos de processos (adaptado de Silva (Silva, 2006)) 97 Figura 4.4 – Sintaxe de LMPOA (adaptado de Silva (Silva, 2006)) 98 Figura 4.5 – Modelo conceitual da linguagem de modelagem de processos orientada a aspectos (adaptado de Silva (Silva, 2006)) 99 Figura 4.6 – Sintaxe do Relacionamento Transversal 101 Figura 4.7 – Características transversais e seus relacionamentos com demais elementos 106 Figura 4.8 – Exemplo de Aspecto – Obter Formulário Solicitação Mudança 107 Figura 4.9 – Exemplo de Aspecto – Enviar Solicitação de Mudança 107 Figura 4.10 – Exemplo de Aspecto – Formulário Solicitação Mudanças 107 Figura 4.11 – Exemplo de Aspecto – Dados Requisição 108 Figura 4.12 – Composição das características transversais (Cappelli, 2009b) 109 Figura 4.13 – Composição das características transversais – Formato Texto (Cappelli, 2009b) 109 Figura 4.14 – Visão de Documentos – As atividades que utilizam o documento 110 Figura 4.15 – Visão de Dados – As atividades que utilizam um conjunto de informações 110 Figura 4.16 – Visão de Atividades – Repetição 111 Figura 4.17 – Visão de Atividades Principais 111 Figura 4.18 – Processo “Inserir Aspectos de Transparência em Processos” 113 Figura 4.19 – Componentes usados para integrar transparência em modelos de processos (adaptado de Silva (Silva, 2006)) 114 Figura 4.20 – Processo Genérico de Contratação de Software (adaptado de (Magdaleno, 2006)) 115 Figura 4.21 – Aspectos Transversais do Processo “Gerir Contratação de Software” 117 Figura 4.22 – Processo Genérico de Gerir Contratação de Software com elementos de transparência 121 Figura 4.23 – Controlabilidade - Visualização dos pontos de controle no processo 122 Figura 4.24 – Integridade - Visualização dos pontos de uso das fontes de informação do processo 122 Figura 4.25 – Explicação - Visualização dos pontos de tomada de decisão no processo e suas justificativas 123 Figura 5.1 – Processo “Levantar Informações do Estudo de Caso” 130 Figura 5.2 – Processo Preparar Intervenção de Manutenção com aspectos 141 Figura 5.3 – Processo Preparar Intervenção de Investimento com aspectos 146 Figura 5.4 – Processo Acompanhar Intervenção com aspectos 151

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Lista de Tabelas e Quadros

Tabela 2.1 - Características Transparência X Lista Características NFR 27 Tabela 2.2 - Definições das características do NFR Framework – Versão 1 27 Tabela 2.3 – Definições das características do NFR Framework – Versão 2 29 Tabela 2.4 – Definições das características do NFR Framework – Versão Final 35 Tabela 3.1 – Implementação das Operacionalizações – parte 1 69 Tabela 3.2 – Implementação das Operacionalizações – parte 2 70 Tabela 3.3 – Implementação das Operacionalizações – parte 3 71 Tabela 3.4 - Resultado da aplicação do questionário sobre sites na web – parte 1 72 Tabela 3.5 - Resultado da aplicação do questionário sobre sites na web – parte 2 73 Tabela 3.6 - Um exemplo de repertory grid (Ford, 1991) 76 Tabela 3.7 - Respostas do melhor caso em cada uma das características 78 Tabela 3.8 - Respostas do pior caso em cada uma das características 79 Tabela 3.9 - Respostas do melhor caso em cada uma das características – Binário 80 Tabela 3.10 - Respostas do pior caso em cada uma das características - Binário 80 Tabela 3.11 – Relacionamentos entre construtos do melhor caso 81 Tabela 3.12 – Relacionamentos entre construtos do pior caso 82 Tabela 4.1 – Regras de Composição do Relacionamento Transversal 104 Tabela 4.2 – Parâmetros de Visualização 104 Tabela 4.3 – Relacionamento entre os elementos do modelo 105 Tabela 5.1 – Perfil dos entrevistados no estudo de caso 128 Tabela 5.2 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 1 133 Tabela 5.3 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 2 134 Tabela 5.4 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 3 134 Tabela 5.5 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 1 135 Tabela 5.6 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 2 135 Tabela 5.7 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 3 136 Tabela 5.8 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 1 136 Tabela 5.9 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 2 137 Tabela 5.10 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 3 137 Tabela 5.11 – Mecanismos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Manutenção 139 Tabela 5.12 – Elementos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Manutenção 139 Tabela 5.13 – Mecanismos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Investimento 144 Tabela 5.14 – Elementos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Investimento 144 Tabela 5.15 – Mecanismos ausentes no Processo Acompanhar Intervenção 149 Tabela 5.16 – Elementos ausentes no Processo Acompanhar Intervenção 149

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Lista de Abreviaturas e Siglas

ADL – Arquitectural Description Language

AO – Aspect Oriented

AO-BPM – Aspect Oriented Business Process Model

BASEL - Basel Committee on Banking Supervision

BPM – Business Pross Management

BPMN – Business Process Modeling Language

CGU - Corregedoria Geral da União

CMMI - Capability Maturity Model Integration

DSOA - Desenvolvimento de Software Orientado a Aspectos

EITI – Extractive Industries Transparency Initiative

EPC – Event Process Chain

EROA - Engenharia de Requisitos Orientada a Aspectos

FoIA - Freedom of Information Act

IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

LMPOA – Linguagem de Modelagem de Processos Orientada a Aspectos

LMROA – Linguagem de Modelagem de Requisitos Orientada a Aspectos

NFR – No Functional Requirement

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

PCT - Personal Construct Theory

POA - Programação Orientada a Aspectos

SOX - Sarbanes-Oxley

TB – Transparência Brasil

TCC – Transparência, Consciência e Cidadania

TI - Transparency International

Web – World Wide Web

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1. Introdução

Este trabalho apresenta uma definição de transparência no contexto social, a

instanciação deste conceito para o domínio das organizações, uma proposta para

avaliação de características de transparência em processos organizacionais, e

uma abordagem para inserção destes aspectos em processos organizacionais.

Neste capítulo, expõe-se a motivação deste trabalho, citam-se problemas

relacionados à transparência e à sua identificação frente aos processos

organizacionais, descreve-se genericamente a solução proposta, apresentam-se,

de forma sucinta, suas contribuições para finalmente definir-se a organização da

tese.

1.1 Motivação

A crescente demanda por verdades baseadas na transparência tem aumentado

no contexto das transformações globais. A importância da abertura do fluxo de

informações está criando uma sociedade aberta na qual o objetivo é o

estabelecimento de uma sociedade democrática com cidadãos engajados capazes de

entender e acessar as informações disponíveis (Holzner, 2006). Muitos organismos

ao longo do tempo têm aprovado leis e acordos em busca de garantir transparência

através dos mais diversos tipos de organizações. Iniciativas como a Lei

Sarbanes-Oxley (SOX, 2002), o acordo da Basiléia - Basel Committee on Banking

Supervision (BASEL, 1988) e a iniciativa EITI – Extractive Industries

Transparency Initiative (EITI, 2002) demonstram a intenção dos governos e das

sociedades civis em obter esta transparência.

A Lei Sarbanes-Oxley, conhecida também como SOX (SOX, 2002) é uma lei

americana promulgada em 30/06/2002, de autoria dos senadores Paul Sarbanes e

Michael Oxley. Ela afeta as empresas que possuem capital aberto e ações na Bolsa

de Nova York e Nasdaq, pois para manterem suas ações nestas bolsas precisam

cumprir esta lei. O motivo que a fez entrar em vigor foi a onda de escândalos

corporativo-financeiros envolvendo principalmente as empresas Eron (do setor de

energia) e Worldcom (do setor de telecomunicações), que provocaram prejuízos

financeiros a milhares de investidores (Zhang, 2007b). O objetivo desta lei é

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aperfeiçoar os controles financeiros das empresas e apresentar eficiência na

governança corporativa através da transparência na gestão financeira das

organizações, credibilidade na contabilidade, auditoria e segurança das

informações para que sejam realmente confiáveis, evitando-se assim fraudes, fuga

de investidores e novos escândalos e prejuízos.

O Basel Committee on Banking Supervision (BASEL, 1988) é um acordo

internacional firmado por 55 países, inclusive o Brasil, em 1988 que define

princípios fundamentais de supervisão bancária, adicionados de diretrizes, padrões

e recomendações. Atualmente é regido por 25 princípios essenciais que servem

como referência básica para órgãos supervisores e outras autoridades públicas em

todos os países. Os princípios que evidenciam a transparência foram definidos para

serem aplicados por todos os países, na supervisão dos bancos de suas jurisdições.

A EITI – “Extractive Industries Transparency Initiative” (EITI, 2002) busca

resolver problemas entre mineradoras e empresas petrolíferas rivais que, apoiadas

pelos seus governos, frequentemente estão dispostas a tratar com quem quer que

lhes assegure uma concessão, criando governos corruptos e repressores, e conflitos

armados. O movimento começou há poucos anos com a campanha "Publish What

You Pay" (Divulguem o que Vocês Pagam), que exigiu que empresas petrolíferas e

mineradoras revelassem pagamentos efetuados a governos. Em resposta, o governo

britânico lançou a "Extractives Industries Transparency Initiative (EITI)"

(Iniciativa para a Transparência das Indústrias de Extração). A maioria das

empresas de extração mineral atualmente faz parte desta iniciativa e já reconhece o

valor e a necessidade de maior transparência neste setor.

Além disso, alguns outros organismos vêm se constituindo através de

iniciativas independentes. O “Transparency International” (TI, 1993), que busca

discutir o tema da transparência e criar redes de conhecimento neste assunto, é um

exemplo. No Brasil, já existem afiliados a esta rede como o TCC – Transparência,

Consciência e Cidadania (TCC, 1996) e o TB – Transparência Brasil (TB, 2000). O

Transparência, Consciência e Cidadania tem como principal objetivo a ampliação

do conhecimento científico e das medidas práticas utilizadas no combate à

corrupção, a promoção da transparência e da probidade administrativa, a

conscientização ética e democrática, assim comoa construção da cidadania no

Brasil e em outros países. Além disso, realiza estudos das relações entre

“accountability” e democracia. O Transparência Brasil atua basicamente em

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levantamentos empíricos sobre a incidência do problema da corrupção em

diferentes esferas no Brasil. Para isso criou alguns instrumentos na internet para

propiciar o monitoramento do fenômeno da corrupção junto aos órgãos públicos.

Podemos ainda citar a OCDE - Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OECD, 1961), agência internacional e

intergovernamental, que congrega a maior parte dos países industrializados. Esta

agência estabelece, entre outras coisas, que o governo e as empresas devem garantir

a disseminação de informação oportuna, regular, confiável e de excelência sobre

suas atividades, estrutura, situação financeira e desempenho, além de propiciar a

auditoria. Organizações como a Transparency International (TI, 1993), a CGU -

Corregedoria Geral da União (CGU, 2001) e o Transparência Brasil (TB, 2000),

entre outras, têm apresentado intenções para solucionar problemas da falta de

transparência no setor público e, consequentemente,combater a corrupção.

Outro órgão diretamente envolvido com o tema da transparência é o IBGC

(IBGC, 1994). No código sobre governança corporativa deste instituto,

transparência é citada como sendo “mais do que a obrigação de informar", neste é

dito que a administração deve “cultivar o desejo de informar", sabendo que quando

há boa comunicação interna e externa, particularmente espontânea, franca e rápida,

o resultado é um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da

empresa com terceiros.

No Brasil, já existem leis estabelecidas e projetos tramitando no Congresso

Nacional que explicitam as intenções do governo quanto à questão de transparência

das organizações públicas e privadas. O Código de Defesa do Consumidor (Collor,

1990) advoga normas de proteção e defesa do consumidor, entre eles o direito de

obter informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, bem

como a eficiente prestação dos serviços públicos em geral, obrigando organizações,

governamentais ou privadas, a demonstrar aos seus clientes como os seus produtos

e serviços são gerados e como funcionam. Mais recentemente, em 27/05/2009, foi

aprovada também a Lei Complementar (Lei 131, 2009), que estabelece normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal a fim de

determinar a disponibilização, em tempo real, de informações sobre as execuções

orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios. Além disso, tramita no Congresso Nacional um projeto de Lei (Projeto

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de Lei, 2009) que regula o acesso às informações e sua divulgação assim como

define os procedimentos para acesso às mesmas e suas restrições.

Observando os exemplos citados, é notório o crescimento de movimentos,

fazendo com que cada vez mais organizações públicas e privadas necessitem

demonstrar transparência, uma vez que a sociedade, apoiada por leis, acordos e

iniciativas de vários grupos, dia a dia aumenta esta demanda. Esta realidade impõe

às organizações a necessidade do estabelecimento de mecanismos que demonstrem

transparência de suas informações e processos. Porém, para que estas organizações

se tornem transparentes, é necessário um real entendimento por parte de todos do

que é transparência e de como institucionalizá-la numa organização.

1.2 Caracterização do Problema

Transparência, de acordo com as ciências físicas (Wikipedia (optics), 2009),

é dita como algo através do qual se pode ver, ou seja, algo que pode permitir ou

melhorar a visão sobre determinado objeto. No contexto das organizações, é algo

que pode permitir ou melhorar a visão sobre os processos e as informações de uma

organização ao dar oportunidade de conhecimento sobre a mesma, reduzir a

possibilidade de omissão entre os dados dos processos, possibilitar o controle sobre

os produtos e serviços prestados, facilitar a investigação, e aumentar a confiança

entre as organizações e a sociedade.

Porém, para que se tenha qualquer iniciativa no sentido de atender às

necessidades de tornar informações e processos de uma organização transparentes,

faz-se necessário a resposta a algumas perguntas como:

• O que é informação transparente?

• O que é processo organizacional transparente?

• Como identificar se o processo e as informações são transparentes?

• Como explicitar transparência através de processos e informações?

Percebe-se então que para a institucionalização da transparência das

informações e dos processos em uma organização, faz-se necessário o

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entendimento comum sobre o conceito de transparência, a existência de uma

abordagem que possa identificar a aderência deste conceito à organização e uma

estratégia de implementação deste conceito nos processos organizacionais.

1.3 Enfoque da Solução

Na intenção de se tornar uma organização transparente, algumas empresas

têm realizado iniciativas de explicitação de seus processos recentemente, de forma

a permitir um melhor entendimento e análise dos mesmos, através de uma atividade

denominada Modelagem de Processos de Negócio (Kettinger, 1997). Algumas

organizações também utilizam a modelagem dos processos para construção de

aplicações aderentes ao negócio que forneçam aos interessados as informações

adequadas sobre estes. Esta abordagem, orientada à modelagem de processos como

potencial para provisionar transparência do processo e de informações, foi citada

também recentemente por Klotz (Klotz, 2008).

A modelagem de processos de negócio fornece à organização conhecimento

sobre si mesma e sobre a forma como seus produtos e serviços são gerados. Além

disso, permite a explicitação da tecnologia e das aplicações que apoiam a execução

dos processos e dos dados que trafegam entre estes sistemas, dando visibilidade

sobre as aplicações e sobre os controles exercidos por estes. No contexto da

Engenharia de Software, a atividade de modelagem de processos de negócio

também já figura como um importante ponto de partida para a identificação de

requisitos de sistemas (Mac Knight, 2004; Santander, 2000), pois permite a

rastreabilidade entre os processos e as aplicações que os apóiam, assim como as

instâncias dos processos que geram as informações.

Com base nestas abordagens, que indicam os modelos de processos de

negócio como uma ferramenta para tornar as organizações mais transparentes e

para rastrear os processos e as aplicações que os apoiam, dando transparência

também às informações geradas, entende-se que esta é uma abordagem bastante

adequada para auxiliar a institucionalização de transparência nas organizações.

Sendo assim, nossa hipótese pode ser resumida na forma abaixo:

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A construção de uma definição de transparência de processos organizacionais e o

estabelecimento de uma abordagem para sua inserção nestes processos

contribuem para a transparência organizacional.

No intuito de apoiar a institucionalização da transparência em organizações,

pretende-se tratar o problema com a construção de uma definição para

transparência no contexto social, sua sistematização no domínio de processos

organizacionais através da construção de um catálogo de transparência, e a

definição de uma abordagem para estabelecimento da transparência nos processos

organizacionais.

Transparência, por se tratar de uma característica de qualidade, foi

sistematizada através da utilização do formalismo do NFR Framework (Chung,

2000) da Área de Engenharia de Requisitos. O NFR Framework foi escolhido por

permitir representar relacionamentos entre características, as contribuições

negativas e positivas entre elas e o nível de satisfação destas características.

Quanto à abordagem de implementação deste conceito no processo

organizacional, decidiu-se utilizar o paradigma de orientação a aspectos (Kiczales,

1997). Este paradigma foi escolhido por entender a transparência como uma

característica que pode estar entrelaçada e espalhada nos modelos de processo e

também por não necessariamente fazer parte do processo fim da organização,

assemelhando-se ao conceito de aspecto.

1.4 Organização da Tese

O capítulo 2 apresenta a construção da definição de transparência no contexto

social, os graus de transparência que uma organização pode alcançar e o

levantamento realizado para confirmação da definição de transparência proposta. O

objetivo do capítulo 3 é apresentar um levantamento de trabalhos relacionados à

transparência, a definição da mesma no domínio de processos organizacionais, o

Catálogo de Transparência contendo as operacionalizações de cada uma de suas

subcaracterísticas, a definição de mecanismos para operacionalização das

características de transparência em modelos de processos organizacionais, e a

derivação de relacionamentos de contribuição positiva e negativa entre as

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características e subcaracterísticas de transparência através do PCT (Personal

Construct Theory). O capítulo 4 descreve a abordagem construída para inserção de

características de transparência nos processos organizacionais, trabalhos

relacionados e a demonstração desta abordagem através de um exemplo. No

capítulo 5 é descrito o estudo de caso realizado a partir de um questionário aplicado

aos modelos de processos de negócio de uma organização real, com o objetivo de

avaliar a abordagem proposta. Por último, o capítulo 6 apresenta as conclusões

obtidas com este trabalho, descreve os relacionamentos com trabalhos apresentados

nos capítulos 3 e 4, enumera as contribuições obtidas e oferece perspectivas para

pesquisas futuras.

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2. Transparência

Este capítulo descreve o processo de construção da definição de transparência no

contexto social. Apresenta o SIG de transparência composto por suas

características e subcaracterísiticas e identifica graus de transparência. Ao final,

apresenta o levantamento realizado para confirmação da definição de

transparência e dos graus identificados.

2.1 Características Gerais de Transparência

Como dito no Capítulo 1 desta tese, torna-se fundamental a definição de

transparência para que este termo possa ter entendimento comum no contexto

social e, consequentemente, no contexto das organizações. Objetivando esta

definição, foi realizado um levantamento bibliográfico baseado na técnica de

Revisão Sistemática (Biolchini, 2005; Kitchenham, 2004; Mafra, 2006), cujo

protocolo utilizado e resultados obtidos estão apresentados mais detalhadamente no

Apêndice A desta tese.

Como resultado deste levantamento identificou-se que o termo transparência

pode ter diversos significados em domínios diferentes e até no mesmo domínio. No

setor público, segundo a OCDE – Organização de Cooperação para o

Desenvolvimento Econômico (OECD, 1961), transparência é um fator vital para o

fortalecimento das relações entre o governo e o cidadão. Tal fator pode ser

viabilizado através de informação completa, objetiva, confiável, relevante e de fácil

acesso e compreensão. Outra definição encontrada e que muito se assemelha à

nossa intenção foi encontrada na área de comunicação (Barbosa, 2002): “Condição

de abertura total dos canais de comunicação de uma organização (empresa,

instituição, governo) para o público, sem qualquer cerceamento de informações”.

Encontrou-se ainda a definição feita nas áreas humanas e de negócios no contexto

das ciências humanas (Wikipedia (humanities), 2009), em que transparência

implica abertura, comunicação e prestação de contas, sendo assim uma metáfora do

significado na física, em que um objeto transparente é aquele através do qual

podemos ver. Na indústria de software o termo transparência qualifica o software

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que trabalha muito bem e que, portanto, se torna transparente para o usuário

(Microsoft, 2002) não havendo necessidade deste entender o que o software está

fazendo durante sua execução. Neste caso, o termo transparência indica algo que

não precisa ser visto ou entendido, o que é uma definição oposta ao que estamos

buscando.

Analisando estas definições, observamos em praticamente todas elas

expressões como: informações completas, informações objetivas, informações

confiáveis, informação de qualidade, acesso fácil à informação, compreensão da

informação, canais totalmente abertos de comunicação, algo através do qual se

permite ver. Todas se mostram com potencial em auxiliar a caracterização da

definição de transparência. Assim, para cada uma destas características encontradas

foi identificada uma definição como apresentado a seguir:

a) Informação completa: Todas as informações estão disponíveis sem

restrição;

b) Informação objetiva: A informação responde diretamente às perguntas

feitas;

c) Informação confiável: A informação é correta, consistente e precisa;

d) Informação de qualidade: A informação é correta, íntegra, consistente e

precisa;

e) Acesso fácil à informação: O mecanismo usado para acessar tem tempo de

resposta e funcionalidades adequadas;

f) Compreensão da informação: A informação não causa dúvidas. Todos

podem compreender;

g) Canais totalmente abertos de comunicação: Acesso livre e fácil às

informações.

2.2 Organização das características

Observando estas definições identificamos que em sua maioria referem-se a

características de qualidade sobre as informações. A partir daí fomos buscar na

literatura um aprofundamento sobre o tema qualidade de informação (Buckland,

1991; Casanova, 1990; Cole, 1994; Wormell, 1990) de forma a poder defini-la e

estruturá-la. Além disso, buscamos também na área de Engenharia de Software,

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mais especificamente na área de Bancos de Dados, trabalhos que tratassem do tema

de organização de características de qualidade de informação (Jarke, 1997;

Simmhan, 2007). A maioria destes trabalhos define características de qualidade

para as informações mas não propõe uma estrutura formal de organização para estas

características. Continuando a busca, encontramos na área de Engenharia de

Requisitos um trabalho bastante apropriado para apoiar a construção da definição

de transparência, pois este apresenta um método de estruturação de características

de qualidade, além de formas de interpretação dos relacionamentos entre elas.

Trata-se do NFR (Non-Funcional Requirements) Framework (Chung, 2000). O

framework proposto por Chung define uma forma sistemática para decompor

requisitos não funcionais (características de qualidade), priorizar, operacionalizar e

tratar interdependências entre elas, independentemente de quais sejam. O

NFR-Framework é composto basicamente por três elementos. São eles: o

NFR-softgoal que representa o objetivo de qualidade que se quer atingir, a

operacionalização que representa as ações a serem realizadas para

institucionalização de determinado NFR-softgoal e as contribuições que mapeiam

os relacionamentos entre os outros dois elementos. Estes conceitos são

representados em uma estrutura denominada Softgoal Interdependency Graph

(SIG). O SIG é a estrutura proposta no framework para representar e registrar as

dependências entre as características de qualidade e suas operacionalizações

através de um grafo, permitindo a identificação das relações de dependências entre

seus elementos e suas contribuições. Um exemplo de SIG pode ser visto na Figura

2.1. Nesta estrutura também são representados os tipos de contribuição entre os

elementos. Estes tipos de contribuição podem ser de “BREAK”, “HURT”,

“UNKNOWN”, “HELP” e “MAKE”. Cada um destes tipos representa

respectivamente:

a) BREAK - Provê contribuição negativa suficiente para que a característica

superior não seja atendida;

b) HURT - Provê contribuição negativa parcial para não atendimento da

característica superior;

c) UNKNOWN - Provê contribuição porém não se sabe se negativa ou positiva;

d) HELP - Provê contribuição positiva parcial para atendimento da

característica superior;

e) MAKE - Provê contribuição positiva suficiente para que a característica

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superior seja atendida;

Figura 2.1 - Identificação de interdependências implícitas de softgoals (Chung, 2000)

No trabalho de Chung (Chung, 2000), além de uma organização para

estruturação de características de qualidade, encontramos uma lista bastante vasta

de termos que as representam e que continham a maioria das características

encontradas nos demais trabalhos sobre qualidade de informação. Dentre estes,

várias características identificam-se, ou através de sua definição ou de sua

contribuição, com as encontradas na literatura de transparência, podendo se

relacionar diretamente com elas. Com base nesta lista, realizou-se o relacionamento

destes termos encontrados na literatura de qualidade da informação com as

características encontradas no levantamento bibliográfico sobre o termo

transparência. Na Tabela 2.1 apresentamos estes relacionamentos.

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Tabela 2.1 - Características Transparência X Lista Características NFR

Além dos relacionamentos, foram documentadas as definições para cada uma

das características relacionadas. As características e suas definições podem ser

vistas na Tabela 2.2.

Tabela 2.2 - Definições das características do NFR Framework – Versão 1

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A partir da definição das características o primeiro SIG de transparência,

apresentado na Figura 2.2, foi construído . Para sua construção as características

identificadas foram agrupadas através de afinidades entre seus significados. Por

exemplo, verificar, validar, rastrear, controlar e explicar são capacidades que em

princípio parecem contribuir para auditabilidade (ter capacidade de exame

analítico). Ou seja, para se fazer um exame analítico de um elemento é necessário

que se possa fazer validação e verificação, além de ter rastreabilidade, controle e

explicações sobre o elemento. O mesmo foi feito, para as outras características,

gerando o agrupamento apresentado na Figura 2.2 (Cappelli, 2007).

Figura 2.2 - O SIG de transparência – Versão 1 (Cappelli, 2007)

Para validar o agrupamento realizado e as características sugeridas, foi

realizada uma reunião do Grupo de Engenharia de Requisitos da PUC-RJ e nesta

reunião foi entregue aos participantes a lista de características apresentadas na

Tabela 2.2. O levantamento realizado junto a este grupo para validação do SIG está

detalhado no Apêndice B desta tese.

O grupo, formado por sete pesquisadores da área de Engenharia de Requisitos,

após a leitura do documento contendo as características de transparência e suas

definições, indicaram individualmente se concordavam ou não com as

características identificadas e sugeriam um agrupamento para as mesmas. As

opiniões foram coletadas e analisadas. O critério utilizado foi o de maioria, ou seja,

se a maioria concordava com a existência da característica ou se a maioria agrupava

da mesma forma. Caso contrário, a característica ou o relacionamento seriam

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retirados. Além disso, havia a possibilidade de inserção de novas características ou

relacionamentos.

No resultado deste trabalho cinco principais grupos de características foram

obtidos: Acessibilidade, Usabilidade, Informativo, Entendimento e Auditabilidade,

em contraponto aos quatro anteriormente propostos. Isso ocorreu pelo fato de o

grupo sugerir a inserção da característica de entendimento e reorganizar algumas

outras características para comporem-na. Além disso, a característica de divulgação

veio substituir a de visibilidade por ser entendida pelo grupo como mais abrangente.

Outro ponto importante na análise do grupo foi a discussão sobre uma mesma

característica estar representada (duplicada) em dois agrupamentos. Foi consenso

no grupo que cada característica deveria ser representada no SIG somente uma vez.

Caso exista uma característica que possa contribuir com mais de outra característica,

esta representação deve ser feita somente através de relacionamentos, sem

necessidade de repetição do elemento. Este trabalho deu origem a uma nova tabela

de definições (Tabela 2.3) e a um novo SIG de transparência (Figura 2.3).

Tabela 2.3 – Definições das características do NFR Framework – Versão 2

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Figura 2.3 – O SIG de transparência – Versão 2

2.3 Graus de Transparência

Durante a construção do SIG, percebeu-se certo grau de dependência entre os

grupos criados (acessibilidade, usabilidade, informativo, entendimento e

auditabilidade). Isso significa que, para características de um determinado grupo

serem institucionalizadas, há necessidade de que outras, de outros grupos já tenham

sido antes, ficando muitas vezes como pré-condição. Exemplificando esta

afirmação, o que se percebe é que para que se consiga verificar ou validar (tornar

auditável) determinado processo organizacional é necessário primeiramente que

possamos compreendê-lo (tornar entendível). Por sua vez, para que possamos ter

entendimento sobre este processo precisamos que ele esteja correto, completo, seja

consistente (informativo) e, para isso, sua representação precisa ser uniforme,

simples, fácil (usável). Além disso, nada seria possível se estes processos

organizacionais não estivessem disponíveis e fossem do conhecimento de todos

(acessível).

Em diferentes domínios, inclusive na área de Gestão de Processos (Fisher

2004; Rosemann, 2004; Rosemann, 2005), modelos de maturidade têm sido

propostos como forma de institucionalizar práticas e avaliar as organizações. Um

modelo bastante difundido na área de Engenharia de Software é o Capability

Maturity Model Integration (CMMI), que foi desenvolvido para avaliar a

maturidade ou capacidade dos processos de desenvolvimento de software das

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organizações. O CMMI é um modelo que organiza conjuntos de práticas de

engenharia de software por áreas de conhecimento, para melhoria de processos de

desenvolvimento. Além disso, estabelece duas formas (continuada e por nível) para

se atingir um determinado padrão de qualidade nos produtos e serviços gerados

pelo processo de desenvolvimento (Paulk, 1993; CMU-SEI, 2001; Fiorini, 1998;

Spanyi, 2004). A organização por níveis promove a ideia de uma sequência entre a

institucionalização das práticas, de modo que a organização possa atingir o mais

alto grau de maturidade através de institucionalizações gradativas.

Estas relações de dependência entre os cinco grupos criados nos fizeram

comparar esta estrutura aos níveis de modelos de maturidade. Porém, esta estrutura

não preconiza a necessidade de alcance completo de todas as características de um

determinado grau para que se possa passar para um próximo, como preconizam

alguns modelos de maturidade. Explicita apenas que há forte dependência entre os

grupos de características, indicando que algumas características podem

impossibilitar o alcance de outras caso não sejam estabelecidas.

Baseado na identificação destas dependências construiu-se o que chamamos

de “Degraus da Transparência” (Cappelli, 2008), apresentados na Figura 2.4.

Figura 2.4 - Degraus da Transparência (Cappelli, 2008; Leite, 2008)

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Cada um dos graus de transparência pode então ser estabelecido através da

institucionalização do conjunto de suas características. Assim, podemos definir os

graus como:

GRAU 1 – Acessibilidade

A transparência é realizada através da capacidade de acesso. Esta capacidade

é identificada através da aferição de práticas que implementam características de

portabilidade, operabilidade, disponibilidade, divulgação e desempenho.

GRAU 2 – Usabilidade

A transparência é realizada através das facilidades de uso. Esta capacidade é

identificada através da aferição de práticas que implementam características de

uniformidade, intuitividade, simplicidade, amigabilidade e compreensibilidade.

GRAU 3 – Informativo

A transparência é realizada através da qualidade da informação. Esta

capacidade é identificada através da aferição de práticas que implementam

características de clareza, acurácia, completeza, corretude, consistência e

integridade.

GRAU 4 – Entendimento

A transparência é realizada através do entendimento. Esta capacidade é

identificada através da aferição de práticas que implementam características de

composição, concisão, divisibilidade, dependência, adaptabilidade e

extensibilidade.

GRAU 5 - Auditabilidade

A transparência é realizada através da auditabilidade. Esta capacidade é

identificada através da aferição de práticas que implementam características de

explicação, rastreabilidade, verificabilidade, validade e controlabilidade.

Similar ao que é feito com os modelos de maturidade, uma possível aplicação

para esta estrutura é seu uso para identificação da institucionalização das

características apresentadas num determinado domínio. Para tal se faz necessária a

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definição das práticas para cada uma das características de transparência. Tais

práticas são sistematizadas dentro do contexto de processos organizacionais no

Capítulo 3 desta tese.

2.4 O levantamento realizado

Com o objetivo de validar o SIG de Transparência (Figura 2.3) e os Degraus

de Transparência (Figura 4), foi realizado um levantamento apresentado em

detalhes no Apêndice C desta tese. Este levantamento foi proposto através da

resposta a questionários elaborados com perguntas diretas sobre as duas figuras e

aplicados a dois grupos de profissionais (pesquisadores do IFIP W.G. 2.9 e do 3º

Workshop Internacional de i* em 2008). As questões elaboradas intencionavam

validar se havia concordância das duas comunidades sobre a relevância das

características e seu agrupamento que constituíam a definição de transparência, e

sobre a organização dos graus de transparência.

O resultado obtido com esta pesquisa demonstrou que a maioria dos

participantes concordou com os grupos criados e com os níveis estabelecidos e,

sendo assim, quanto a estes itens o SIG e os graus não foram alterados. Porém,

quanto às características, algumas proposições foram feitas. Em primeiro lugar, foi

sugerido por vários participantes que as características de desempenho e

operabilidade deixassem de compor acessibilidade para compor usabilidade. Em

segundo lugar, foi proposta a retirada da característica de extensibilidade por se

entender que seria sinônimo de adaptabilidade. Uma última sugestão foi que as

contribuições do grafo não fossem de “AND” e sim de “HELP”, pois por serem

características de qualidade, não podemos dizer que são somente estas as

suficientes para compor a definição de transparência (AND). O que podemos

afirmar é que cada uma delas ajuda a satisfazer a característica de transparência

(HELP). Outras colocações também foram feitas, mas estas não diziam respeito às

características ou aos níveis, como por exemplo, que os relacionamentos entre

características de grupos diferentes também deveriam ser representados. Não houve

sugestão de inserção de novas características no SIG. O resultado do SIG após a

pesquisa está apresentado na Figura 2.5 (Cappelli, 2008).

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Figura 2.5 – O SIG de transparência – Versão 3 (Cappelli, 2008)

2.5 A versão final do SIG

Durante a construção desta tese, novas publicações sobre o tema foram feitas.

Algumas delas continham definições para o termo transparência, vindo inclusive a

confirmar muitas das características que definimos. Holzner (Holzner, 2006) afirma

que a transparência é "o valor social aberto, público e / ou individual de acesso às

informações detidas e divulgadas por centros de autoridade.", cita que "a ideia de

uma sociedade aberta é de uma democracia com cidadãos alertas, engajados e

capazes de entender e usar as informações que estão acessíveis para eles ". Lord

(Lord, 2006) diz: "A transparência é uma condição na qual as informações sobre as

prioridades, capacidades e comportamentos de poderosas organizações estão

amplamente disponíveis para o público mundial".

Além destas, outra publicação que nos chamou bastante atenção foi o Livro

“Full Disclosure” de Fung (Fung, 2007). Neste livro, Fung analisa oito políticas

elaboradas em diferentes domínios para garantir transparência, como políticas para

finanças corporativas, higiene em restaurantes, seguros de vida, rótulos de

alimentos, entre outras. Neste trabalho estas políticas são julgadas de acordo com

critérios que ele acredita serem necessários para que as mesmas sejam implantadas

e tenham a efetividade desejada. Dentre os critérios definidos por Fung estão

características que buscam garantir padrões de formatação da informação,

identificação da localização da informação, qualidades que permitam

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compreender as informações e interpretá-las corretamente, formas de

comparação com parâmetros previamente definidos e atualidade da informação.

Comparando as características agrupadas para definição de transparência às

apresentadas nestas novas referências, percebeu-se que apenas duas destas

características não faziam parte do SIG (Versão 3) elaborado. São elas:

Comparação e Atualidade. Submeteu-se a possibilidade de inclusão destas

características à análise do Grupo de Engenharia de Requisitos da PUC-RJ,

participante do primeiro levantamento deste trabalho, que julgou por unanimidade

que as duas características eram de extrema relevância para o conceito e que

deveriam ser incorporadas, pertencendo ao grupo informativo. Estas características

foram incorporadas à tabela de definições resultando na Tabela 2.4 e ao SIG

apresentado em sua nova versão na Figura 2.6.

Tabela 2.4 – Definições das características do NFR Framework – Versão Final

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Figura 2.6 - – O SIG de Transparência – Versão Final

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3. Transparência Organizacional

Este capítulo sistematiza a definição de transparência no contexto organizacional.

Apresenta o Catálogo de Transparência através das operacionalizações das

características que formam o SIG de transparência e da construção do Léxico de

transparência. Define mecanismos para inserção das operacionalizações de

transparência em processos organizacionais e relata a verificação destas

operacionalizações em processos realizados através de sites na Web. Ao final

constrói, a partir da técnica de PCT (Personal Construct Theory), os

relacionamentos existentes entre as características do SIG, baseado nas respostas

obtidas através dos questionamentos realizados nos sites.

3.1 Trabalhos Relacionados - Transparência no contexto das organizações

A crescente demanda por verdades baseadas na transparência tem aumentado

no contexto das transformações globais. A importância da abertura do fluxo de

informações está criando uma sociedade aberta na qual o objetivo é o

estabelecimento de uma sociedade democrática com cidadãos engajados com

capacidade de entender e acessar esta informação disponível (Holzner, 2006).

Transparência, ou a falta dela, tem estado no topo das agendas públicas em diversos

aspectos. Simples notícias presentes nas mais diversas mídias, como as

apresentadas na Figura 3.1, podem demonstrar isso.

A fim de garantir transparência em diversos tipos de organizações, várias

iniciativas e leis têm sido definidas e postas em prática. Um primeiro exemplo é a

Lei Sarbanes-Oxley, conhecida também como SOX (SOX, 2002). É uma lei

americana promulgada em 30/06/2002 de autoria dos senadores Paul Sarbanes e

Michael Oxley. Esta lei afeta as empresas que possuem capital aberto e ações na

Bolsa de NY e Nasdaq, pois para manterem-nas nestas bolsas precisam cumprir a

lei. Várias empresas brasileiras estão se adequando à Lei por possuírem ações

nestas bolsas também. O motivo que a fez entrar em vigor foi a onda de escândalos

corporativo-financeiros envolvendo principalmente as empresas Eron (do setor de

energia) e Worldcom (do setor de telecomunicações) que provocaram prejuízos

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financeiros a milhares de investidores (Zhang, 2007b).

Figura 3.1 – Notícias de transparência coletadas na web entre 12/05 e 23/05/2009

O objetivo desta lei é aperfeiçoar os controles financeiros das empresas e

apresentar eficiência na governança corporativa, a fim de evitar, através da

transparência na gestão financeira das organizações, outros escândalos e prejuízos

como estes, dando credibilidade na contabilidade, auditoria e segurança nas

informações para que tornando-as confiáveis, evite-se o esvaziamento dos

investimentos financeiros e a fuga dos investidores causada pela aparente

insegurança a respeito da governança adequada das empresas. Esta lei visa garantir

a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas,

incluindo regras para a criação de comitês encarregados de supervisionar suas

atividades e operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência

de fraudes ou assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrerem. Uma de

suas principais seções é a seção 404, que determina uma avaliação anual dos

controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros. Além

disso, o auditor independente da companhia deve emitir um relatório distinto, que

ateste a asserção da administração sobre a eficácia dos controles internos e dos

procedimentos executados para a emissão dos relatórios financeiros. Alguns de

seus principais requisitos são:

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• Controlar a criação, edição e versionamento dos documentos em um

ambiente de acordo com os padrões ISO, para os documentos relativos à

seção 404;

• Cadastrar os riscos associados aos processos de negócios e armazenar os

desenhos de processo;

• Utilizar ferramentas como editor de texto e planilha eletrônica para criação

e alteração dos documentos da seção 404;

• Publicar em múltiplos websites os conteúdos previstos na seção 404;

• Gerenciar todos os documentos, controlando seus períodos de retenção e

distribuição;

• Digitalizar e armazenar todos os documentos ligados à seção 404 que

estejam em papel.

Um segundo exemplo é o Basel Committee on Banking Supervision (BASEL,

1988). Trata-se de um acordo internacional firmado por 55 países em 1988,

inclusive o Brasil, que define princípios fundamentais de supervisão bancária,

adicionados de diretrizes, padrões e recomendações para aplicação na supervisão

bancária dos bancos nos países signatários. Apesar de este acordo ter como objetivo

a criação de exigências mínimas de capital, que devem ser respeitadas por

bancos comerciais, como precaução contra o risco de crédito, ele não conseguiu

evitar várias falências bancárias. Em detrimento deste fato, recentemente foi feito

um novo acordo conhecido como Basileia II que determina as regras de gestão de

risco que os bancos têm adotado de forma a conseguirem acompanhar as mudanças

operadas pelas entidades reguladoras. Estas regras visam limitar a possibilidade de

ocorrência de uma crise bancária internacional, assegurando para isso que cada

banco disponha de níveis de capital suficientes para realizarem as atividades que

compreendem algum risco. As empresas que fornecerem mais e melhor informação,

demonstrarem capacidade adequada à satisfação dos seus compromissos e

apresentarem garantias adequadas serão mais bem classificadas, resultando daí

poupança de capital para o banco e spreads mais baixos para as empresas.

Este novo acordo é baseado em 25 princípios essenciais apresentados como

referência básica para órgãos supervisores e outras autoridades públicas em todos

os países e internacionalmente. Os princípios foram definidos para serem aplicados

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por todos os países, na supervisão dos bancos de suas jurisdições. O objetivo destes

princípios é aprofundar e tornar mais transparente o seu relacionamento com as

Instituições Financeiras. Dentre estes princípios, podemos citar:

• Fornecer informação contábil e financeira de qualidade às Instituições

Financeiras;

• Divulgar e atualizar regularmente informação sobre a sua atividade;

• Complementar a informação contábil com informação que permita a

avaliação do potencial de desenvolvimento e de resultados futuros;

• Introduzir mecanismos de controle interno e governança eficientes.

Outra iniciativa que se apresenta para a promoção da transparência, esta entre

governo e organizações extrativistas, é a EITI – “Extractive Industries

Transparency Initiative” (EITI, 2002). Esta Iniciativa é uma iniciativa voluntária,

apoiada por uma coligação de empresas, governos, investidores e organizações da

sociedade civil. Apoia os esforços de países ricos em recursos, para uma melhor

administração, através da publicação completa e da verificação dos pagamentos das

empresas e dos rendimentos do governo nos setores do petróleo, gás e outros

minerais. Muitos países são ricos em petróleo, gás e minerais, e estudos

demonstram que quando a administração é adequada, tais recursos podem gerar

grandes rendimentos que contribuem para o crescimento econômico e para a

redução da pobreza no país detentor dos recursos. Porém, quando a administração é

fraca, estes poderão contrariamente causar mais pobreza, corrupção e conflito – por

isso também chamados “recursos da maldição”. A EITI tem como objetivo

principal desafiar esta “maldição” melhorando a transparência e a

responsabilização. Os principais beneficiários da EITI são os governos e os

cidadãos de países ricos nestes recursos. Conhecer o que os governos recebem e o

que as empresas pagam é um passo importante para responsabilizar os autores de

políticas para o uso dos respectivos rendimentos. Os países ricos em recursos que

implementam a EITI podem se beneficiar com um melhor clima de investimentos,

fornecendo um sinal mais claro aos investidores e às instituições financeiras

internacionais. Os benefícios para a sociedade civil derivam do maior volume de

informação no domínio público sobre as receitas que os governos geram em nome

dos cidadãos, colocando maior responsabilidade sobre os governos. Para quem

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desejar implementá-la, foi elaborado um Livro de Referência com orientação aos

países e empresas. Foi criado também um Grupo Internacional de Conselheiros

para assegurar o futuro da EITI. O grupo é liderado por Peter Eigen, fundador e

CEO da organização Transparency International, e consiste em um pequeno

número de representantes de países, empresas, grupos da sociedade civil,

investidores e doadores que implementam a EITI. Dentre os princípios básicos da

EITI, estão alguns diretamente ligados à transparência. São estes:

• Compreensão pública das questões das receitas e despesas do governo, de

forma a ajudar no debate público e a informar a escolha de opções

apropriadas e realistas para o desenvolvimento sustentável;

• Importância da transparência por parte dos governos e das empresas nas

indústrias extrativas;

• Alcance de maior transparência através do respeito pelos contratos e pela

legislação;

• Transparência financeira, que proporciona um melhor ambiente interno e

externo para o investimento direto;

• Princípio e prática de responsabilidade governamental pela tutela dos

fluxos de receitas e pelas despesas públicas perante todos os cidadãos;

• Estímulo a elevados níveis de transparência e responsabilidade na vida

pública, na administração e no comércio;

• Necessidade de uma abordagem globalmente consistente e prática para a

divulgação de pagamentos e receitas, que seja simples de executar e utilizar.

Além destes, alguns outros organismos vêm se constituindo através de

iniciativas independentes. O “Transparency International” (TI, 1993), que busca

discutir o tema da transparência e criar redes de conhecimento neste assunto, é um

exemplo. Este se apresenta como uma sociedade civil global na luta contra a

corrupção cuja missão é criar um mundo livre de corrupção. Foi fundada em 1993 e

desde então tem desempenhado um papel de liderança na busca da melhoria de

vidas das pessoas em todo o mundo através da construção do movimento

anticorrupção. É uma rede global, incluindo mais de 90 países. Estes organismos

reúnem diversos atores, dentre eles governo, sociedade civil e empresas. É uma

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organização não partidária que não se compromete com investigações de corrupção

ou exposição individual de casos, mas às vezes trabalha em colaboração

com organizações que as fazem.

No Brasil, redes similares a esta como o TCC – Transparência, Consciência e

Cidadania (TCC, 1996) e o TB – Transparência Brasil (TB, 2000) já começam a

existir. O TCC é uma entidade não governamental, apartidária, independente, sem

fins lucrativos, fundada em 1996 e sediada em Brasília. Seu objetivo central é

realizar pesquisas, estudos e ações que contribuam para o combate à corrupção,

promoção da transparência e da probidade administrativa, conscientização ética e

democrática, e construção da cidadania no Brasil e em outros países. Para tanto,

realiza e promove a pesquisa científica, dissemina conhecimentos através de

publicações e estimula o intercâmbio entre pesquisadores. Procura também

subsidiar a atuação de movimentos anticorrupção, a formulação de políticas

públicas que privilegiem a responsabilidade com os gastos públicos e o apoio a

todas as ações destinadas a fortalecer a conscientização da cidadania.

O Transparência Brasil (TB, 2000) é uma organização independente e

autônoma, fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações

não-governamentais comprometidos com o combate à corrupção. Suas ações se

impõem através da realização de levantamentos empíricos sobre a incidência do

problema da corrupção em diferentes esferas e da criação de instrumentos para

propiciar o monitoramento do fenômeno da corrupção. Atualmente esta

organização promove a publicação de diversas informações através dos seguintes

mecanismos:

• Excelências. Históricos da vida pública de todos os parlamentares federais e

estaduais. Noticiário sobre corrupção que os envolve, processos a que

respondem na Justiça, multas recebidas por Tribunais de Contas, declarações

de bens, padrões de financiamento eleitoral, frequência ao trabalho, entre

outros;

• Às Claras. Banco de dados com informações e análises sobre o

financiamento eleitoral;

• Deu no Jornal. Banco de dados com noticiário sobre corrupção e controle,

publicado em 63 jornais e revistas de todo o país, atualizado diariamente;

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• Assistente Interativo de Licitações. Aplicativo que permite comparar um

edital de licitação àquilo que é exigido nas leis, de forma a identificar desvios.

Realizado em parceria com o Tribunal de Contas de Santa Catarina.

• Desempenho em Licitações nos Municípios de Santa Catarina. Análise

das aquisições realizadas por todos os 293 municípios de Santa Catarina

desde 1997. Realizado em parceria com o Tribunal de Contas do estado.

Podemos ainda citar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico - OCDE (OECD, 1961), agência internacional e intergovernamental,

que reúne a maior parte dos países industrializados. Esta agência estabelece, entre

outras coisas, que o governo e as empresas devem garantir a disseminação de

informação oportuna, regular, confiável e de excelência sobre suas atividades,

estrutura, situação financeira e desempenho, além de propiciar a auditoria. A

OCDE (OECD, 1961) influencia a política econômica e social de seus membros.

Entre os objetivos está o de ajudar o desenvolvimento econômico e social no

mundo inteiro, estimulando investimentos nos países em desenvolvimento. Foi

criada em 1961, sucedendo a Organização para a Cooperação Econômica Europeia,

criada em 1948.

Outro órgão que, entre outras coisas, é diretamente envolvido com o tema da

transparência é o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC,

1994). No código sobre governança corporativa do Instituto Brasileiro de

Governança Corporativa (IBGC, 1994), transparência é citada como sendo “mais

do que a obrigação de informar", a administração deve “cultivar o desejo de

informar", sabendo que quando há boa comunicação interna e externa,

particularmente espontânea, franca e rápida, o resultado é um clima de confiança,

tanto internamente, quanto nas relações da empresa com terceiros. A comunicação

não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, mas deve contemplar

também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e

que conduzem à criação de valor.

O FoIA (Freedom of Information Act) (FoIA, 1974) é uma lei americana que

prevê liberdade de informação, representando o direito de saber e indicando como

os requerentes podem solicitar informações ao Governo. Mais de 85 países em todo

o mundo já implementam esta legislação de alguma forma. Segundo disposto na

Seção 552 desta lei, todos os cidadãos têm o direito de requerer acesso às

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informações das agências federais. Todas as agências são obrigadas a apresentar as

informações solicitadas desde que recebam por escrito esta solicitação. Isso só não

é valido para informações sigilosas. O 22 Code of Federal Regulations (CFR)

171 (22 Code, 1974) define os procedimentos de acesso e diretrizes para

disponibilidade dos registros das informações ao público.

No Brasil, além do Código Civil (Civil, 2002), existe também o Código de

Defesa do Consumidor estabelecido através da lei. n º 8.078, de 11 de setembro de

1990 (Collor, 1990), que define normas de proteção e defesa do consumidor

estabelecendo seus direitos fundamentais, entre eles o de obter informação

adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, bem como a eficiente

prestação dos serviços públicos em geral. Estas normas buscam fazer com que

organizações, governamentais ou privadas, tenham que demonstrar aos seus

clientes como os seus produtos e serviços são gerados e como funcionam, trazendo

para estas organizações a obrigação de apresentar com extrema clareza, ou

podemos dizer com "transparência", seus processos e informações, a fim de garantir

lisura na produção de seus produtos e serviços.

Recentemente duas notícias reforçaram ainda mais este cenário de interesse

por transparência organizacional no Brasil e no mundo. A primeira delas aconteceu

no Brasil em dois momentos. O primeiro em 13/05/2009, quando foi enviado ao

Congresso Nacional um projeto de Lei (Projeto de Lei, 2009) que regula o acesso às

informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do parágrafo 3º do art.

37 e no parágrafo 2º do art. 216 da Constituição. Este projeto regula o acesso às

informações e sua divulgação, os procedimentos de acesso e as restrições de acesso.

O projeto define a forma como o cidadão poderá exercer seu direito de receber dos

órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou

geral, desde que elas não sejam sigilosas. O segundo ocorreu em 27/05/2009,

quando foi aprovada a Lei Complementar nº. 101 (Lei 131, 2009), que estabelece

normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá

outras diretrizes, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de

informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A segunda notícia trata de uma iniciativa do Governo dos Estados Unidos que

prevê que dados produzidos por agências governamentais sejam publicados em

formatos abertos para utilidade pública. Para isso foi criada em 21/05/2009 uma

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plataforma (Datagov, 2009) que fornece acesso a dados federais através de um

catálogo de dados pesquisáveis, de modo que o cidadão comum possa ter acesso aos

dados através de ferramentas em variados formatos. Além disso, algumas empresas

estão promovendo, junto ao governo americano, um concurso onde os cidadãos

serão capazes de criar novas aplicações (sistemas de informação) que possam

ajudar os indivíduos, comunidades e empresas a acessar, classificar, visualizar e

compreender os dados públicos.

3.2 Definição de Transparência Organizacional

Observando as iniciativas apresentadas, é notório o crescimento de

movimentos que fazem com que cada vez mais organizações públicas e privadas

necessitem demonstrar transparência, uma vez que a sociedade, apoiada por leis,

acordos e iniciativas de alguns grupos, dia a dia aumenta esta demanda. Esta

realidade impõe às organizações a necessidade do estabelecimento de mecanismos

que demonstrem transparência. Através de uma das metáforas de Morgan (Morgan,

1996), uma organização pode ser vista como uma máquina que se materializa em

processos através de suas políticas, padrões e procedimentos. Podemos dizer que,

para o estabelecimento da transparência organizacional, faz-se necessário

estabelecermos a transparência das políticas, padrões e procedimentos que em geral

se traduzem nos processos organizacionais e nas informações geradas através da

execução e instanciação destes processos.

Processos de negócio podem ser representados através de modelos. Estes

modelos contêm informações que descrevem o funcionamento de uma organização

(o que é feito, onde é feito, como é feito, quando é feito, por que é feito e quem faz).

Tal descrição pode ser instrumento para o entendimento e aumento da visibilidade

organizacional, sobretudo das necessidades de apoio ao fornecimento de

informação. Além disso, a execução destes processos provoca a construção das

informações pertinentes a suas instâncias.

Neste cenário, utilizando as características de transparência apresentadas no

Capítulo 2, e o fato de os processos organizacionais e suas execuções fornecerem

conhecimento sobre a operação da organização e sobre suas informações, já que

segundo Gonçalves (Gonçalves, 2000) empresas são grandes coleções de processos,

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podemos sumarizar a definição de transparência organizacional como sendo “a

existência de políticas, padrões e procedimentos que visam fornecer aos

interessados informações sobre a organização segundo características gerais

de acesso, uso, qualidade de conteúdo, entendimento e auditabilidade”

adaptado de (Cappelli, 2008). Seguindo esta definição pode-se dizer que

transparência do processo é “a característica que possibilita ao cidadão acesso,

facilidade de uso, qualidade de conteúdo, entendimento e auditoria aos/dos

processos que tratam de informações de seu interesse, sob a tutela de centros

de autoridade”, e que transparência da informação é “a característica que

possibilita ao cidadão acesso, facilidade de uso, qualidade de conteúdo,

entendimento e auditoria às/das informações de seu interesse, sob a tutela de

centros de autoridade”.

3.3 O Catálogo de Transparência

Apenas a definição de transparência apresentada não é suficiente para auxiliar

a organização na institucionalização da transparência. É necessário que as

organizações saibam como inserir práticas em suas políticas, padrões e

procedimentos que venham a permitir o estabelecimento das características de

transparência durante a execução de seus processos e geração de informações.

Neste ponto retornamos ao NFR Framework (Chung, 2000). Como já explicamos

anteriormente, esta estrutura de organização de características de qualidade permite

a definição das operacionalizações de cada um dos elementos do SIG. Uma

operacionalização é uma ação a ser implementada para que o elemento do grafo

seja institucionalizado de acordo com o nível de satisfação desejado. Este conjunto

de operacionalizações gera como resultado um Catálogo de Transparência

(Webster, 2005; Cysneiros, 2003; Cysneiros; 2005) que vem a fornecer às

organizações formas de implementar transparência em seus processos, cabendo à

organização escolher a mais apropriada. O NFR-framework organiza características

de qualidade em catálogos, de forma hierárquica.

Os catálogos são instrumentos de armazenamento de conhecimento

disponíveis para reutilização e acréscimo de novos conhecimentos. Indicam

alternativas de operacionalização e como muitas dessas alternativas impactam

outras características (Webster; 2005; Cysneiros; 2003; Cysneiros, 2005). O

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conhecimento representado em um catálogo pode ser inerente a um domínio

específico, mas não impede sua adoção para análise de outros domínios. O objetivo

do catálogo é auxiliar a avaliação das qualidades necessárias para o domínio em

estudo. Foi usada para a elaboração desta documentação a ferramenta OME

apresentada na tese de doutorado de Erik Yu (Yu; 1994). Os catálogos não são

exaustivos. São estruturas para serem continuamente alimentadas de modo a

conterem o maior número possível de operacionalizações para uma característica

de qualidade.

Além disso, cada operacionalização teve sua noção e impactos definidos

através do Léxico. O Léxico auxilia a edição de elementos descritos em linguagem

natural semi-estruturada (C&L – PUC-Rio). Os termos utilizados no Léxico são

descritos de maneira a retratar dois aspectos: a noção, i.e., denotação e o impacto,

i.e., conotação. A noção representa o significado do termo e o impacto representa

como o termo exerce influência no contexto em que está inserido. O Léxico

também permite que cada termo tenha um ou mais sinônimos. Cada sinônimo tem

sua noção e seus impactos iguais, respectivamente, à noção e aos impactos de seu

termo sinônimo, mas são nomeados diferentemente. Outro elemento importante do

Léxico é o princípio da circularidade pois permite um total relacionamento entre as

noções e impactos dos diversos termos. Para utilização deste princípio de forma

plena todos os termos utilizados para descrição da noção e dos impactos devem ter

suas definições também inseridas no Léxico. Nesta trabalho, a noção de cada

elemento do Léxico não foi explorada quanto à circularidade, ou seja, cada um de

seus termos não foi descrito no próprio Léxico. Nossa intenção com o uso desta

ferramenta foi somente construir um repositório para complementação do SIG de

transparência dado que neste não há como descrever a noção de cada termo e

também como se perceber os relacionamentos entre cada um dos impactos. Para a

elaboração desta documentação foi utilizada a ferramenta C&L (C&L – PUC-Rio).

Além dos símbolos definidos no Léxico para descrever as características do

SIG de transparência no contexto organizacional, suas operacionalizações e seus

relacionamentos, foram definidos outros símbolos que fazem parte deste contexto e

que têm relacionamento circular com as características e operacionalizações. Estes

símbolos estão apresentados no Apêndice F desta tese.

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Aqui apresentamos o SIG e as operacionalizações de cada uma das

características que compõem o SIG de transparência aplicado ao contexto de

transparência organizacional (Figura 3.3 até 3.35). Todas estão presentes na versão

final do SIG de transparência (Figura 2.6). As características estão dispostas em

ordem alfabética, e não na forma como aparecem organizadas no SIG de

transparência de modo a facilitar a leitura. Para cada uma delas, além do SIG com

as operacionalizações foi construído também o Léxico de forma a organizar de

maneira estruturada todas as informações e relacionamentos entre as características

e operacionalizações. No Léxico, o campo Noção contém a definição de cada uma

das características que compõem o SIG de transparência e o campo Impacto contém

as contribuições entre as características e operacionalizações de cada uma delas no

contexto organizacional. Por estarmos tratando de transparência no contexto

organizacional, foram também definidos os termos “transparência organizacional”,

“transparência de processo” e “transparência da informação” (Figura 3.2).

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Figura 3.2 - – Transparência Organizacional

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Figura 3.3 - – Acessibilidade

Figura 3.4 – Acurácia

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Figura 3.5 – Adaptabilidade

Figura 3.6 – Amigabilidade

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Figura 3.7 – Atualidade

Figura 3.8 – Auditabilidade

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Figura 3.9 – Clareza

Figura 3.10 – Comparabilidade

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Figura 3.11 – Completeza

Figura 3.12 – Composição

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Figura 3.13 – Concisão

Figura 3.14 – Consistência

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Figura 3.15 – Controle

Figura 3.16 – Corretude

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Figura 3.17 – Dependência

Figura 3.18 – Desempenho

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Figura 3.19 – Detalhamento

Figura 3.20 – Disponibilidade

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Figura 3.21 – Divisibilidade

Figura 3.22 – Entendimento

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Figura 3.23 – Explicação

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Figura 3.24 – Informativo

Figura 3.25 – Integridade

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Figura 3.26 – Intuitividade

Figura 3.27 – Operabilidade

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Figura 3.28 – Portabilidade

Figura 3.29 – Publicidade

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Figura 3.30 – Rastreabilidade

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Figura 3.31 – Simplicidade

Figura 3.32 – Uniformidade

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Figura 3.33 – Usabilidade

Figura 3.34 – Validade

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Figura 3.35 – Verificabilidade

3.4 Classificando as operacionalizações

Segundo a definição de transparência apresentada anteriormente neste

Capítulo, transparência de processos organizacionais pode ser representada através

de um conjunto de políticas, padrões e procedimentos definidos pela organização.

Para tal é necessário que as operacionalizações sejam classificadas de modo que as

organizações possam definir que mecanismos utilizar para sua implementação.

Nesta tese chamamos de políticas um sistema de regras respeitantes à direção do

negócio, ou seja, um conjunto de objetivos que conformam um determinado

programa de ação e condicionam sua execução. Chamamos de padrões os modelos

oficiais da organização, o que serve de norma para avaliação. E finalmente

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chamamos de procedimentos as práticas estabelecidas e executadas ao longo dos

processos organizacionais para atendimento aos padrões e políticas da organização.

Entendemos que as políticas e os padrões são um conjunto de conceitos definidos

pelas organizações e utilizados como regras para construção de seus processos, e

que procedimentos são partes dos modelos de processos executados pelas

organizações.

A partir destas definições dividimos a implementação das operacionalizações

em duas classes: (i) DPP – Definida através de políticas e padrões e (ii) IEP –

Inserida na execução do processo. Na Tabela 3.1, 3.2 e 3.3 apresentamos para cada

uma das operacionalizações definidas no Catálogo de Transparência as respectivas

classificações. Para auxiliar ainda mais as organizações, dentro da categoria DPP

dividimos políticas e padrões em alguns tipos , a saber: (i) Políticas e Padrões de

Modelagem de Processos; (ii) Políticas e Padrões de Tecnologia; (iii) Políticas e

Padrões de Comunicação; (iv) Políticas e Padrões de Gerência de Configuração; (v)

Políticas e Padrões de Armazenamento e Disponibilização de Informação. Nos

Capítulos a seguir, estas categorias serão utilizadas para definirmos a abordagem de

inserção destas políticas, padrões e procedimentos na organização.

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Tabela 3.1 – Implementação das Operacionalizações – parte 1

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Tabela 3.2 – Implementação das Operacionalizações – parte 2

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Tabela 3.3 – Implementação das Operacionalizações – parte 3

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3.5 Aplicação das operacionalizações a processos na web

Como citado anteriormente, o trabalho de definição das operacionalizações

ocorreu em paralelo à construção do grafo e a cada alteração que o grafo sofria, as

operacionalizações acompanhavam esta evolução. Porém, durante este trabalho,

foi elaborado um questionário sobre uma versão intermediária do grafo e das

operacionalizações (Transparência – PUC-Rio 08), para ser aplicado em processos

organizacionais que estivessem disponíveis através de sites da web. A intenção era

adequar as operacionalizações que estavam sendo definidas. Este trabalho foi fruto

de um projeto elaborado junto ao grupo de Engenharia de Requisitos durante o

curso da disciplina Transparência de Software. O processo de aplicação do

questionário está descrito no Apêndice D. Este trabalho teve como resultado as

Tabelas 3.4 e 3.5.

Tabela 3.4 - Resultado da aplicação do questionário sobre sites na web – parte 1

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Tabela 3.5 - Resultado da aplicação do questionário sobre sites na web – parte 2

As Tabelas 3.4 e 3.5 apresentam as respostas dadas por cada um dos

participantes da pesquisa. Estão organizadas através da lista de subcritérios, que se

agrupam dentro dos 5 principais critérios (acessibilidade, usabilidade, informativo,

entendimento, auditabilidade). Para cada um dos subcritérios foi feito (no

questionário apresentado no Apêndice D) um número de perguntas variável

baseadas nas possíveis formas de operacionalização de cada um deles. A intenção

deste questionário não foi atribuir ao site um grau de transparência, mas sim

analisá-lo para identificar principais pontos em que a transparência não estivesse

sendo atendida. Indícios dos pontos fracos quanto à transparência destes sites são as

notas 4 e 5 dadas pelos participantes. Notas 1 e 2 em geral demonstram que os

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observadores conseguiram com determinado grau de satisfação ter suas

necessidades atendidas quanto à transparência. As respostas 3 (média) teriam que

ser analisadas caso a caso, porém não houve possibilidade de contato com os

entrevistados para isso, uma vez que a pesquisa foi aberta na web. As respostas 6

indicam desconhecimento por parte do entrevistado, e não podem ser vistas como

indicativo de falta de transparência, devendo, portanto, ser ignoradas.

3.6 Análise das contribuições – Uso do PCT

Além de ajudar a adequar as operacionalizações definidas, a elaboração deste

questionário, apresentado no Apêndice D, nos permitiu uma análise através da qual

pudemos identificar, além dos relacionamentos hierárquicos entre as características

e subcaracterísticas, relacionamentos (positivos e negativos) em forma de rede

entre os elementos do SIG de transparência. A realização desta análise surgiu por

sugestões de alguns dos participantes do levantamento para validação do conceito

de transparência (Apêndice C).

Anteriormente à análise das respostas do questionário apresentado no

Apêndice D, baseando-se nas definições dadas e nas perguntas elaboradas,

percebeu-se algumas contribuições (positivas e negativas) em rede entre as

características e subcaracterísticas de transparência. Por exemplo, a característica

de Completeza é definida como a “capacidade de não faltar nada do que deve ter”.

A característica de Concisão é definida como a “capacidade de ser resumido”.

Analisando estas duas definições, podemos inferir que algo resumido tem chances

de não ser completo, ou seja, que Concisão pode contribuir negativamente para a

Completeza. Outro exemplo seria entre as características de Dependência e

Rastreabilidade. Neste caso, observando suas definições que correspondem

respectivamente à “capacidade de identificar a relação entre as partes de um todo”

e “capacidade de seguir o desenvolvimento de um processo ou a construção de uma

informação, suas mudanças e justificativas”, percebemos que a existência do

conhecimento da dependência entre artefatos da organização pode ajudar na

rastreabilidade dos mesmos. O mesmo raciocínio foi feito para todas as demais

características dando origem a um novo SIG (Figura 3.36), agora representando

também as possíveis contribuições negativas e positivas entre as características e

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subcaracterísticas do SIG de Transparência.

Figura 3.36 – SIG de Transparência com contribuições em rede entre características

A partir desta identificação de possíveis contribuições em rede entre as

características e subcaracterísticas, buscou-se uma técnica que pudesse ajudar na

verificação da veracidade destes possíveis relacionamentos. Foi utilizada a técnica

do PCT (Personal Construct Theory), já utilizada na área de Engenharia de

Software por outros pesquisadores (Gonzalez-Baixauli, 2006), que tem como

principal objetivo encontrar relacionamentos entre atributos dados a determinados

elementos. O PCT é uma teoria da psicologia construtivista proposta por Kelly (Kelly,

1955) que tenta explicar a visão do mundo de uma pessoa através de construtos. Um

construto é um elemento do conhecimento com dois pólos opostos. Para Kelly

(Kelly, 1955), o conjunto de construtos de uma pessoa e os relacionamentos entre

eles resultam nos pensamentos e comportamentos desta pessoa, já que eles

oferecem a possibilidade de construir hipóteses e conclusões. O avanço mais

importante desta teoria se comparada a outras é que esta permite obter parte do

conhecimento construído na mente das pessoas através de uma teoria com algum

rigor. Sendo assim, esta teoria pode ser vista como mais precisa e as conclusões

obtidas não são afetadas por pessoas externas. Kelly desenvolveu uma técnica

chamada Repertory Grid baseada nesta teoria. Esta técnica permite elicitar

conhecimento através da explicitação da relação entre os construtos. A técnica do

Repertory Grid consiste em uma entrevista em que o sujeito da entrevista avalia um

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ou mais elementos, cada um tendo uma coleção de construtos atribuídos a eles.

Estes elementos podem ser abstratos ou concretos e serão julgados sob os critérios.

O resultado é dado através de uma matriz em que os construtos são as linhas e os

elementos são as colunas, que permite que dois elementos sejam comparados por

semelhança. A Tabela 3.6 (Ford, 1991) mostra um exemplo.

Tabela 3.6 - Um exemplo de repertory grid (Ford, 1991)

O Repertory Grid possibilita a manipulação do conhecimento através do uso

de estatística. A técnica que vamos utilizar é a abordagem utilizada em Ford (Ford,

1991), a qual usa lógica de confirmação para prover relacionamentos assimétricos

entre construtos da matriz de dados. O processo de análise é simples:

primeiramente a matriz é separada em várias matrizes binárias de acordo com os

possíveis valores atribuídos aos construtos. As células destas matrizes valem 1 se

este for o seu valor na matriz inicial e 0 se a célula tiver qualquer outro valor.

Segundo, a partir destas matrizes binárias, os construtos existentes nas mesmas são

comparados através das fórmulas 1 a 3 (Figura 3.37), em que a variável x na

fórmula 1 é o vetor do construto e o valor binário do elemento j. O ψ é o valor do

construto como “extremely generous”. Note que ele inclui o construto (generous) e

seu valor (extremely). A função (i(ψ)) (ocorrência) retorna o número de ocorrências

de ψ no vetor i.

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Ψ

=ΨΨotherwise

aisxifiofincidence

j

j 0

1)(

(1)

))(()( ΨΨΨ iocciinofocurrence (2)

))((

))()(()(

:"'"

Ψ

Π∩Ψ=ΨΠ

ΠΨ

iocc

iioccP

aresAllofonConfirmatiofgreede

(3)

Figura 3.37 - Fórmulas para comparar os construtos

Com esta abordagem podemos relacionar construtos com valores diferentes

usando regras como: (Valor do Construto 1) Construto 1 implica (Valor Construto

2) Construto 2 (grau de confirmação), em que o grau de confirmação é um valor de

0 a 1 usado como indicador de veracidade da regra. Este grau de confirmação indica

quantos elementos atendem à regra contra o total geral. Então pode ser usado para

avaliar a validade de uma regra e identificar se deve ser considerada ou não. Se o

grau de confirmação for muito alto (perto de 100%) temos fortes evidências de que

existe um relacionamento entre os construtos, mas se o grau de confirmação for

muito baixo (perto de 0%), teremos fortes evidências de que não há relacionamento

entre os construtos. Pode haver também uma comparação através de visualização

direta. Caso duas linhas sejam exatamente iguais após a conversão para binário,

sem a aplicação das fórmulas, podemos dizer que há um relacionamento direto

entre os construtos.

Como citado anteriormente, foi realizado um levantamento cujo elemento a

ser julgado era um site com seus processos e informações. Utilizamos este trabalho

com o objetivo de encontrar relações entre as características que compõem o

conceito de transparência, já que neste tínhamos o elemento sendo julgado (site) e

os construtos (características de transparência).

Na técnica do PCT temos o julgamento de um ou mais elementos através de

gradações para os construtos. Para cada construto há apenas uma nota a ser

atribuída. No caso deste levantamento, foi construída mais de uma questão para

uma mesma característica, o que resulta em mais de uma avaliação para cada

construto. Aqui precisamos fazer uma adaptação. Poderíamos usar o valor médio

entre as respostas dadas por cada entrevistado para as perguntas referentes a um

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mesmo construto ou poderíamos trabalhar com os extremos. No caso do PCT,

precisamos dos extremos, pois são eles que nos dão os indicativos de concordância

e discordância. Sendo assim, extraímos das respostas dadas os dois extremos para

cada construto: o melhor e o pior caso. A Tabela 3.7 apresenta as respostas dadas

para o melhor caso em cada uma das características. A Tabela 3.8 apresenta as

respostas dadas para o pior caso em cada uma das características. Ambas foram

extraídas diretamente da Tabela 3.4 e 3.5, apresentadas anteriormente.

Tabela 3.7 - Respostas do melhor caso em cada uma das características

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Tabela 3.8 - Respostas do pior caso em cada uma das características

Para cada uma destas tabelas (tabelas 3.7 e 3.8) foi aplicada a primeira etapa

da técnica do PCT. Nesta, o resultado é transformado em uma tabela contendo

apenas 0’s (zeros) e 1’s (uns). Isso é feito para que se possa fazer a segunda etapa,

que é de comparação dos resultados e identificação das semelhanças e

antagonismos, seja diretamente ou com a aplicação das fórmulas. Na tabela de

melhor caso, as respostas “1” foram mantidas e as demais foram zeradas. Na tabela

de pior caso, as respostas “5” foram transformadas em “1” e as demais foram

zeradas. Os resultados da transformação das Tabelas 3.7 e 3.8 em binárias estão

apresentados nas Tabelas 3.9 e 3.10.

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Tabela 3.9 - Respostas do melhor caso em cada uma das características – Binário

Tabela 3.10 - Respostas do pior caso em cada uma das características - Binário

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Em seguida foram analisadas as duas tabelas, buscando-se identificar

semelhanças e antagonismos entre construtos. O resultado desta identificação é

apresentado nas Tabelas 3.11 e 3.12.

Tabela 3.11 – Relacionamentos entre construtos do melhor caso

Na Tabela 3.11, estão marcados com asteriscos os construtos que

apresentaram relacionamento direto entre si. A partir das respostas do melhor caso,

foi encontrada contribuição positiva entre: Simplicidade e Concisão (*), Corretude

e Integridade (**), Dependência e Rastreabilidade (***), e Uniformidade e Clareza

(****). Esta se identifica através das séries binárias iguais para cada um dos pares

de construtos. Foi encontrada também uma contribuição negativa entre

Simplicidade e Completeza, e Concisão e Completeza. Esta se identifica através de

composições binárias opostas para cada um dos pares de construtos. Os construtos

marcados com “X” significam que a resposta dada era de falta de conhecimento por

parte do entrevistado, e, por isso, ficaram de fora da análise. Aplicando-se as

fórmulas do PCT, foram encontrados relacionamentos próximos entre

Verificabilidade, Validação e Amigabilidade, todos com somente um “1” na

avaliação, e entre Divulgação, Disponibilidade e Intuitividade, todos com um único

“0”. Estes poderiam ser indicadores de contribuições positivas entre eles. Por outro

lado, estes dois grupos de construtos podem ser observados se analisarmos cada par

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entre eles (Verificabilidade e Divulgação, Verificablidade e Disponibilidade,

Verificabilidade e Intuitividade, Validação e Divulgação, Validação e

Disponibilidade, Validação e Intuitividade, Amigabilidade e Divulgação,

Amigabilidade e Disponibilidade, Validação e Amigabilidade) como contribuições

negativas, já que o primeiro de cada par possui um único “1” na avaliação e o

segundo de cada par possui um único “0” na avaliação.

Tabela 3.12 – Relacionamentos entre construtos do pior caso

Na Tabela 3.12 também estão marcados com asteriscos os construtos que

apresentaram relacionamento direto entre si. A partir das respostas do pior caso, foi

encontrada contribuição positiva entre: Simplicidade e Concisão (*), Corretude e

Integridade (**), e Dependência e Rastreabilidade (***). Esta se identifica através

das séries binárias iguais para cada um dos pares de construtos. Foi encontrada

também uma contribuição negativa entre Simplicidade e Completeza, e Concisão e

Completeza. Esta se identifica através de composições binárias opostas para cada

um dos pares de construtos. Na análise do pior caso não foi identificada

contribuição entre Uniformidade e Clareza. Os construtos marcados com “X”

significam que a resposta dada era de falta de conhecimento por parte do

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entrevistado, e, por isso, estes construtos foram excluídos da análise. Aplicando-se

as fórmulas do PCT, foram encontrados relacionamentos próximos entre

Divulgação, Disponibilidade, Desempenho, Uniformidade, Intuitividade,

Compreensibilidade e Acurácia, todos com somente um “1”. Neste não foram

encontrados construtos com um único “0”. Os encontrados poderiam ser

indicadores de contribuições positivas entre eles.

Comparando o que foi identificado através do uso da técnica do PCT ao que

foi identificado anteriormente através de método de observação e comparação das

descrições e perguntas feitas sobre cada construto, reparamos que algumas se

confirmaram. São elas:

a) Existe contribuição positiva entre Uniformidade e Clareza, porém esta

contribuição é fraca, pois não se confirma na tabela do pior caso;

b) Existe contribuição positiva entre Corretude e Integridade e esta é forte,

pois acontece tanto no melhor caso como no pior caso;

c) Existe contribuição positiva entre Dependência e Rastreabilidade e esta é

forte, pois acontece tanto no melhor caso como no pior caso;

d) Existe contribuição positiva entre Simplicidade e Concisão e esta é forte,

pois acontece tanto no melhor caso como no pior caso;

e) Existe contribuição negativa entre Simplicidade e Completeza e esta é forte,

pois acontece tanto no melhor caso como no pior caso;

f) Existe contribuição negativa entre Concisão e Completeza e esta é forte,

pois acontece tanto no melhor caso como no pior caso.

A afirmação de contribuição positiva entre Intuitividade e Clareza, e negativa

entre Concisão e Clareza, não se confirmaram. Quanto às outras possíveis

contribuições que se apresentaram através da aplicação das fórmulas, por se

apresentarem como mais fracas (incidência de 75% ou 25%), não foram

representadas no grafo. Representamos aqui apenas as características que se

apresentaram como contribuições negativas e positivas diretas (100%), ou seja,

através de séries binárias idênticas. Como resultado desta fase, foi obtido um SIG

de Transparência com a representação das contribuições positivas e negativas entre

subcritérios de diferentes grupos.

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Figura 3.38 - SIG de Transparência (Final) com contribuições entre critérios

Após a realização desta análise, incluímos as novas contribuições

encontradas no Catálogo de Transparência. Como a implementação do Catálogo de

Transparência foi feita com a utilização do Léxico (C&L – PUC-Rio), incluímos no

Impacto de cada uma das características afetadas este novo tipo de relacionamento.

Os itens alterados no Léxico são apresentados nas figuras 3.39 até 3.43.

Figura 3.39 – Léxico do relacionamento entre uniformidade e clareza

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Figura 3.40 – Léxico do relacionamento entre simplicidade, completeza e concisão

Figura 3.41 – Léxico do relacionamento entre concisão e completeza

Figura 3.42 – Léxico do relacionamento entre corretude e integridade

Figura 3.43 – Léxico do relacionamento entre dependência e rastreabilidade

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4. Inserção de práticas de transparência em processos organizacionais

Este capítulo apresenta a transparência como uma característica transversal e

como ela pode ser introduzida na organização através de políticas, padrões e

procedimentos organizacionais. Introduz o conceito de aspectos e apresenta

trabalhos relacionados ao paradigma de aspectos em áreas da Engenharia de

Software e sua possível extensão para a área de processos de negócio. Ao final,

sugere uma abordagem orientada a aspectos para modelagem de processos

organizacionais que torna viável a inserção de características de transparência

nos mesmos.

4.1 Transparência - Uma Característica Transversal

Segundo Cruz (Cruz, 2000; Cruz, 2003), as organizações em geral possuem

dois tipos de processos: os primários e os secundários. Processos primários são

todos aqueles que estão diretamente ligados à fabricação do produto que a

organização tem por objetivo disponibilizar para seus clientes. Processos

secundários, também chamados de processos de suporte, são todos que, como o

próprio nome diz, suportam os processos primários e os próprios secundários,

dando-lhes apoio para que possam existir. Carvalho (Carvalho. 1989) aborda os

processos organizacionais com outra visão. Classifica os processos segundo os

tipos de atividades que executam, podendo estas ser de tratamento de informação

ou substantivas. As atividades de tratamento de informação são aquelas em que há

consumo e/ou geração de informação, e as atividades substantivas são aquelas que

tem como objetivo principal a geração de produtos físicos e que, apesar de gerarem

informação de controle, são executadas com fim produtivo.

Apesar da existência de diversos tipos de classificação para processos

organizacionais, todos podem ser representados através de modelos de processo

construídos através de linguagens de modelagem que contêm elementos como

atores, atividades, fluxos de informação, regras de negócio, eventos, documentos,

entre outros. Os modelos de processo são constituídos por um conjunto de

atividades ou tarefas essenciais que servem para atingir seus objetivos. Porém,

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junto a estes processos podem estar entrelaçadas ou espalhadas atividades,

informações, atores ou outros elementos do modelo que sejam pertencentes

também a outros processos. Neste caso, estes elementos, apesar de participarem do

processo, não necessariamente fazem parte de seus elementos essenciais. Estas

atividades, informações, atores e outros elementos do processo poderiam ser vistos

como ortogonais a estes processos e portanto ser isolados dos mesmos.

Considere, como exemplo, um processo para realização de atividades de

gestão de mudanças dentro do contexto do desenvolvimento de software. Neste

processo existem elementos (atividades, dados, documentos) que se repetem. Na

Figura 4.1, representamos este processo em BPMN, sem utilizar ainda a abordagem

construída. Neste exemplo usamos BPMN (BPMN, 1997) como linguagem de

modelagem. Os componentes da BPMN (BPMN, 1997) utilizados neste modelo

são: eventos (representados por círculos), atividades e informações (representadas

por retângulos diferenciados somente pelas cores), relacionamentos (representados

por fluxos), conectores lógicos (representados por um losango), e raias (onde estão

definidos os atores responsáveis pelas atividades).

Neste modelo, podemos observar que as atividades “Obter Formulário de

Solicitação de Mudança”, “Enviar Solicitação de Mudança”, o documento

“Formulário de Solicitação de Mudanças” e os dados “Dados de Requisição”

aparecem em vários momentos do processo. Estas redundâncias em geral poluem o

modelo, dificultando seu entendimento e visualização, e têm que ser analisadas e

mantidas quando o modelo sofre alterações.

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Figura 4.1 – Abordagem tradicional de modelagem

Transparência, como foi visto nos capítulos anteriores, é uma característica

de qualidade que, através de diversas iniciativas se quer inserida no contexto das

organizações através de suas operacionalizações. Na verdade, tais

operacionalizações farão parte das políticas, padrões e procedimentos da

organização, como dito na definição de transparência apresentada no Capítulo 2, e

como apresentado na classificação das operacionalizações no Capítulo 3. As

operacionalizações tratadas como DPP (Definição de Políticas e Padrões) podem

ser inseridas nas organizações através de políticas e padrões, como o próprio nome

diz, a serem elaboradas e seguidas pelas organizações. Já no caso de

operacionalizações classificadas como IEP (Inserção Elementos no Processo),

temos a necessidade de definir uma abordagem de como estas operacionalizações

seriam inseridas nos modelos de processo de negócio.

Ter ou não ter transparência não impacta a essência do que o processo

organizacional executa, podendo a transparência ser dita como uma característica

transversal. Chamamos em geral de característica transversal aquela que pode ser

separada do modelo do processo, ser reutilizada em outros processos ou em outros

pontos do mesmo processo. São características que estão espalhadas e entrelaçadas

nos processos organizacionais. Esta característica de espalhamento e

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entrelaçamento de um conceito em um determinado domínio foi estruturada na

Engenharia de Software pelo Paradigma de Aspectos.

4.2 O Paradigma de Aspectos

Nos últimos anos, o problema do entrelaçamento e do espalhamento de

características tem sido tratado na comunidade de Engenharia de Software através

do paradigma de Desenvolvimento de Software Orientado a Aspectos (DSOA)

(Filman, 2005), que é baseado nos conceitos da Programação Orientada a Aspectos

(POA) (Kiczales, 1997). O paradigma propõe um novo tipo de abstração –

denominado aspecto – e novos mecanismos de composição que permitem a

descrição modular e a composição de características que geralmente se encontram

espalhadas e entrelaçadas (características transversais) em vários pontos de um

sistema de software. Essas abordagens objetivam, sobretudo, a modularização de

características transversais que dificultam as atividades de reuso e manutenção do

software. Assim, DSOA (Desenvolvimento de Software Orientado a Aspectos) é

uma área de pesquisa que tem como objetivo promover a separação destas

características ao longo de todas as fases do desenvolvimento de software. A

importância de DSOA no contexto da Engenharia de Software tem se mostrado

evidente. DSOA vem obtendo atenção crescente da indústria (Sabbah, 2004; Zhang

2007a) e alcançando maior maturidade após cerca de uma década de pesquisas.

Aspecto é a abstração utilizada nesta abordagem para centralizar uma

determinada característica que em geral está dispersa em diversos processos.

Aspectos, em geral, representam características específicas que se distinguem de

funcionalidades essenciais. Nos processos que não exploram o conceito de aspectos,

não há essa distinção e as características transversais definidas por Eaddy (Eaddy,

2008) ficam entrelaçadas às funcionalidades essenciais do processo. Isto torna o

processo complexo, difícil de compreender e adaptar, e compromete o reuso das

partes.

Existem atualmente diversas abordagens orientadas a aspectos associadas a

diferentes atividades do processo de desenvolvimento de software, como na área de

engenharia de requisitos, arquitetura, desenho, implementação. Durante a

construção desta tese foi elaborada uma proposta para uso desta abordagem em

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processos de negócio (Cappelli, 2009), pois não foi encontrada qualquer proposição

explícita e consolidada em termos da aplicação desta ideia de modularização de

conceitos transversais no contexto de processos organizacionais. Essa proposta é

uma necessidade iminente, uma vez que: (i) características necessitam ser inseridas

nos processos organizacionais sem que venham a interferir no alcance do objetivo

do processo, (ii) uma mesma característica pode ser aplicada a diferentes processos

organizacionais (reuso), (iii) operacionalizações de características transversais

podem ser pensadas independentemente dos processos organizacionais

(modularidade), (iv) atualizações podem ser feitas em um único ponto do processo

organizacional com reflexo nos demais, (v) a visualização de modelos de processos

de forma parcial, ou seja, sob o ponto de vista de um determinado aspecto, pode

auxiliar em muito as análises do processo, (vi) processos organizacionais são

suportados por aplicações desenvolvidas para atender às características dos

processos, e (vii) o desenvolvimento de software orientado a aspectos é uma

realidade atual, indicando que os processos devem seguir o mesmo paradigma

utilizado para o desenvolvimento de software.

Portanto, partindo da premissa de que a separação de conceitos é um princípio

de fundamental importância para tratar características transversais em processos de

negócio, e que a idéia proposta pelo desenvolvimento orientado a aspectos provê

separação de conceitos, promovendo reusabilidade, manutenibilidade e facilitando

a compreensão e visualização, buscamos agregar o conceito de aspectos aos

conceitos de processos de negócio.

4.3 Trabalhos Relacionados

Na área de processos organizacionais, especificamente, não foram

encontrados trabalhos associados ao paradigma de modelagem a aspectos, porém o

trabalho de Charfi (Charfi, 2007), realizado no contexto de ferramentas de

workflow, nos chamou a atenção. O trabalho apresenta um estudo de modularidade

em workflows, mais especificamente sobre aspectos transversais e mudanças em

fluxos de trabalho. O objetivo principal é a construção de uma linguagem de

workflow que apóie a modularização dos aspectos transversais. O trabalho

identifica limitações nas linguagens correntes de workflow para modularização de

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aspectos transversais e propõe uma linguagem orientada a aspectos. Nesta proposta,

outros elementos, além das atividades, como participantes, sistemas e dados de

entrada e saída são considerados na separação de conceitos transversais, apesar de

não serem tratados em separado na implementação da linguagem. Esta proposta

reforça nosso trabalho, uma vez que ferramentas de workflow são construídas à

imagem e semelhança dos processos organizacionais e para tanto necessitam que os

elementos do modelo do processo em ferramentas de modelagem tenham um

tratamento semelhante aos elementos do processo na ferramenta de workflow. Isso

indica ainda que as atividades, os atores, os sistemas e os dados muito

provavelmente serão tratados como aspectos na modelagem de processos.

Na área de Engenharia de Requisitos e Arquitetura, encontramos trabalhos

que, acreditamos, possam contribuir com nossa proposta. Em especial, a

Engenharia de Requisitos pode nos ajudar na extensão dos conceitos de aspectos

para a modelagem de processos por já citar a modelagem de processos como

ferramenta fundamental para entendimento do domínio e conseqüente elicitação de

requisitos (MacKnight, 2004; Fiorini, 1996).

A Engenharia de Requisitos Orientada a Aspectos (EROA) representa a

identificação, análise e tratamento de requisitos transversais durante a elicitação,

modelagem e análise de requisitos. Nesta abordagem, o modelo de requisitos passa

a ter um padrão modular adequado, evitando que características transversais fiquem

espalhadas, o que facilitará a implementação em ambientes orientados a aspectos.

A separação de conceitos transversais no levantamento de requisitos facilitará o

rastreamento entre documentos de requisitos, arquitetura e o código,

principalmente quando se utiliza orientação a aspectos em todas as fases do

desenvolvimento de software. Para identificar as contribuições desta área e a forma

como estas podem ser estendidas para a área de modelagem de processos, foi

realizado um levantamento dos principais trabalhos já realizados.

Nos trabalhos de Rashid (Rashid, 2002; Rashid, 2003) e de Sampaio

(Sampaio, 2005), fala-se da importância de se identificar e tratar aspectos já na fase

de análise de requisitos, separando requisitos aspectuais, requisitos não aspectuais e

regras de composição. Os autores afirmam que essa modularização no início do

processo de engenharia de software permite mudanças em aspectos mais cedo,

facilitando a tomada de decisão pelos envolvidos durante o processo de negociação.

A definição de requisitos transversais também facilita o mapeamento e a

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determinação dos componentes aspectuais nos demais estágios do processo de

desenvolvimento. Os trabalhos apresentam ainda um modelo genérico para

identificação e especificação de requisitos aspectuais e seu mapeamento e

influência nos demais estágios de desenvolvimento. Os mesmos autores

apresentaram outro trabalho (Moreira, 2005), no qual comentam que as abordagens

de desenvolvimento mais modernas estão propondo mecanismos de decomposição

e composição, pois a maioria delas utiliza uma dimensão dominante como base

para decomposição e outras como transversais. Neste trabalho, apresentam

discussões sobre a característica de transversalidade e demonstram que ela não

acontece somente para o caso dos requisitos não-funcionais como na maioria das

abordagens. Requisitos funcionais também podem ser vistos como características

transversais de partes dos sistemas. Porém, a natureza bi-dimensional das

decomposições existentes não dá suporte suficiente para esta evolução. Para isso,

os autores propõem um modelo de decomposição de requisitos de uma maneira

uniforme, não levando em consideração sua natureza funcional ou não-funcional,

podendo apoiar uma separação multidimensional. Esta abordagem trata de

relacionamentos entre as características transversais. Ambas as propostas

mostram-se importantes para nosso trabalho, uma vez que indicam que a descoberta

e uso precoces de componentes aspectuais em requisitos facilita o uso nos demais

estágios do desenvolvimento. Podemos, neste caso, instanciar para o nível de

processos ao dizer que a descoberta e uso de componentes aspectuais em modelos

de processos podem facilitar o uso em requisitos que, por sua vez, facilitam nos

demais estágios do desenvolvimento.

Sutton (Sutton, 2003) é um dos primeiros a tratar do que, na comunidade de

orientação a aspectos, convencionou-se chamar de “early aspects” ou aspectos

iniciais. Neste tipo de abordagem, o objetivo é identificar aspectos antes da

programação do software. Outra proposta (Yu, 2004) apresenta um processo

sistemático para descoberta de aspectos durante o refinamento de metas no

contexto de engenharia de requisitos intencional. Alencar (Alencar, 2006)

apresenta em seu trabalho uma série de regras para sistematizar a identificação de

características transversais em modelos i* (Yu, 2004) e modularizá-las através de

aspectos na intenção de reduzir complexidade.

Porém, uma das propostas mais completas encontradas na literatura nesta

área é o trabalho desenvolvido por Silva (Silva, 2006) em sua tese de doutorado.

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Neste, a autora defende a importância de trabalhos que permitam a separação, a

composição e a visualização de características durante a modelagem de requisitos.

Estes mecanismos funcionam com base em uma linguagem de modelagem

(LMROA) que permite a descrição antecipada de como as características estão

entrelaçadas e espalhadas. Dessa forma, oferece um modelo conceitual que define

um novo tipo de relacionamento, denominado relacionamento transversal, que

poderá ser utilizado por diversas linguagens de modelagem de requisitos para

resolver os problemas de espalhamento e entrelaçamento de características

transversais. Esta abordagem apresenta um metamodelo para integração de

características transversais que inclui as atividades de separação, composição e

visualização como importantes para a abordagem dos problemas de espalhamento e

entrelaçamento de características durante a modelagem de requisitos. Este

metamodelo pode ser utilizado como base em outras fases do desenvolvimento,

para definição de mecanismos práticos de redução dos danos causados pelos

problemas de espalhamento e entrelaçamento. Esta proposta está diretamente

ligada ao nosso trabalho, pois nossa intenção também é construir uma abordagem

para integração de características transversais, só que no nível de modelos de

processos organizacionais.

Outra área que tem trazido contribuições para o paradigma de aspectos é a

Arquitetura. Dentro desta área, pesquisadores têm estudado a integração de

características transversais e linguagens de descrição arquitetural (ADL) com o

objetivo de construir conhecimento sobre a modularização de aspectos arquiteturais

através de extensões das ADL’s. Para identificar as contribuições desta área e como

estas podem ser estendidas para a área de modelagem de processos, foi obtido um

levantamento dos principais trabalhos já realizados. Dois destes com contribuições

importantes que poderiam ser utilizadas na extensão do conceito de aspectos para

processos organizacionais.

Os trabalhos de Chavez (Chavez, 2009) e Garcia (Garcia, 2006a; Garcia,

2006b) propõem que linguagens de descrição de arquitetura orientadas a aspectos

passem a utilizar uma descrição de conexão menos dependente de marcações nos

componentes. Ou seja, ao invés de buscar padrões sintáticos baseados na descrição

dos componentes, procuram-se padrões de nível mais alto sem dependência

sintática. Estes trabalhos abordam um tema importante no contexto de orientação a

aspectos por tratarem de como obter maior flexibilidade na identificação de onde os

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aspectos devem incidir nos componentes. Esta abordagem se aplica ao nosso

trabalho uma vez que estamos trabalhando com modelos de processos, conjunto de

seqüências de atividades, nos quais teremos que identificar onde os componentes

incidirão.

Em outro trabalho, anterior a este, Batista (Batista, 2006) faz uma reflexão

sobre sete questões importantes que surgem quando estudamos a integração de

características transversais e linguagens de descrição arquitetural (ADL). O

objetivo é apresentar o ponto de vista dos autores sobre a exigência de extensões

das ADL’s existentes na modularização desses aspectos transversais. Para isso são

levantadas sete questões sobre aspectos e ADL’s. São elas: (i) Quais elementos em

ADL podem ter características transversais – em que discute quais elementos da

descrição arquitetural (componentes, conectores, configurações e interfaces)

podem ser afetados por características transversais; (ii) Como deve ser feita a

composição – em que discute a conexão entre dois componentes básicos e a

conexão entre um componente básico e um transversal e como esta segunda deve

ser representada em uma especificação arquitetural; (iii) Quantos pontos de junção

podem ser referenciados em uma declaração – em que discute quantos pontos de

junção podem existir em uma declaração, sendo necessário um mecanismo de

quantificação da ADL que possa unificar os pontos de junção afetados por um

aspecto sem a necessidade de citar um a um; (iv) De que precisam as interfaces de

aspectos – em que discute se as questões (ii) e (iii) são suficientes para representar

os aspectos ou se as interfaces dos componentes aspectuais também precisam de

informações extras para suportar essas conexões; (v) Como devem ser as interfaces

dos pontos de junção – em que discute se as interfaces dos componentes afetados

por aspectos necessitam ser estendidas para explicitar os “join points” que

permitem a conexão com componentes aspectuais; (vi) Como são declaradas as

mudança em interfaces – em que trata da adoção do conceito de “inter-type

declarations” no nível da especificação arquitetural, e da necessidade de especificar,

no nível de arquitetura, atributos e serviços que um aspecto pode introduzir nos

elementos básicos do sistema, e (vii) Como representar aspectos – em que discute a

questão da abstração de um aspecto, se uma nova abstração é necessária para

representar um aspecto transversal ou se este aspecto pode ser representado pelas

estruturas existentes para abstração dos componentes básicos na ADL em questão.

Este trabalho também nos pareceu bastante importante, pois algumas destas

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questões, como principalmente as (i), (ii), (iii) e (vii), deverão ser discutidas nesta

tese.

4.4 Processos Organizacionais Orientados a Aspectos

Processos de negócios (Ould, 2005) são constituídos a partir das políticas que

definem diretrizes e objetivos da organização, padrões que definem as normas, e os

conjuntos de procedimentos que definem os fluxos de trabalho existentes em uma

organização e suas execuções, envolvendo as atividades realizadas, os atores que os

executam, os sistemas computacionais que os apoiam e as informações que

consomem e geram. Propomos o uso do paradigma de aspectos para tratarmos

principalmente dos procedimentos que podem ser explicitados através de modelos

de processo, ou seja, das operacionalizações classificadas no Capítulo 3 como IEP

(Inseridas na Execução do Processo). As operacionalizações classificadas como

DPP (Definição de Políticas e Padrões) em geral são apresentadas através de

documentos que representam as políticas e padrões, e servem de apoio para

definição ou execução do processo.

Na literatura há várias linguagens propostas para modelagem de processos de

negócio, como BPMN (BPMN, 1997), EPC (Scheer, 1990), e i* (Yu, 1994). Em

geral, a maioria das notações utilizadas por estas linguagens segue alguns

princípios básicos, como decomposição funcional e separação de conceitos.

Segundo o princípio da decomposição funcional, a modelagem deve mapear as

funções da empresa de forma hierárquica, partindo de funções macroscópicas e

decompondo-as em subfunções. O princípio da separação de conceitos, por sua vez,

enfatiza a necessidade de modelar o processo compondo-o a partir de elementos

menores, em que cada elemento representa uma parte do domínio do problema.

A fim de trazer o conceito da orientação a aspectos para processos de negócio,

utilizaremos uma abordagem muito similar à que foi construída por Silva (Silva,

2006), pois entendemos que esta possui uma abordagem bastante genérica que

poderia ser reutilizada em grande parte no contexto de processos. Esta abordagem

consiste na construção de um metamodelo para integração das características

transversais. Este metamodelo define um conjunto mínimo de atividades

objetivando a inserção de características transversais e mecanismos para efetivá-las.

A integração é centrada na definição de um elemento de modelagem que permite a

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descrição explícita de como as características estão entrelaçadas e espalhadas. Este

elemento é definido como parte de uma linguagem de modelagem, que pode ser

instanciada para a utilização de diferentes métodos de modelagem. No caso de

Silva (Silva, 2006), tanto a linguagem de modelagem quanto os métodos referem-se

a requisitos. No nosso caso faremos referência a linguagens e métodos relacionados

a processos organizacionais.

O metamodelo proposto por Silva (Silva, 2006) para integração de

características transversais é uma estratégia para modelagem de requisitos que

provê elementos para registrar, controlar e analisar a interação transversal entre eles.

A estratégia consiste em três atividades, respectivamente denominadas Separar,

Compor e Visualizar, apresentadas na Figura 4.2. Estas três atividades são

apresentadas como essenciais durante o processo de modelagem de requisitos

porque possibilitam, respectivamente, a modularização, a junção das partes

modularizadas para formar o modelo e a análise de visões (opiniões, serviços e

modelos) dos módulos e do sistema inteiro. Nossa proposta é que esta mesma

abordagem possa ser usada para aspectos em processos organizacionais. Na

verdade, nesta outra área, o objetivo é que estes aspectos possam ser identificados e

separados, depois combinados novamente aos processos e por fim visualizados da

forma mais interessante para a organização.

Figura 4.2 - Metamodelo de integração de características transversais (Silva, 2006)

Para Separar, esta estratégia provê linguagem e diretrizes para que a

modelagem dos elementos seja feita levando-se em consideração sua natureza

transversal, ou seja, explicitando quais e de que forma alguns requisitos têm

tendência a estar espalhados ou entrelaçados aos outros. Esta informação sobre

transversalidade é registrada em um novo tipo de relacionamento, adicionado como

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uma extensão ao modelo. Compor é um processo que combina os requisitos

inicialmente modelados de maneira separada aos demais requisitos. Esta

combinação é realizada pela interpretação da informação contida no

relacionamento transversal e pela aplicação de regras de composição. As regras de

composição definem como os elementos do relacionamento transversal são

transformados, por exemplo, em sua semântica, propagando a informação nele

contida. Vizualizar é uma atividade que provê alguns modelos parciais do modelo

integrado, de maneira a facilitar o entendimento das características do sistema e da

composição delas.

De maneira semelhante à estratégia apresentada por Silva (Silva, 2006),

nossa abordagem define: uma linguagem de modelagem de processos orientada a

aspectos (LMPOA), diretrizes de como utilizá-la, um mecanismo de composição e

um mecanismo de visualização (Cappelli, 2009), apresentada na Figura 4.3. Os

mecanismos utilizam regras de composição e de transformação que dependem dos

construtos da linguagem. Desta forma, a separação, a composição e a visualização

são centradas na linguagem de modelagem de processos orientada a aspectos.

Figura 4.3 – Componentes usados para integrar relacionamentos transversais em modelos de processos (adaptado de Silva (Silva, 2006))

LMPOA é composta por qualquer linguagem de modelagem de processos

(modelo de componentes), tais como BPMN (BPMN, 1997), EPC (Scheer, 1990) e

i* (Yu, 1994), um relacionamento transversal (modelo núcleo), e um modelo de

joinpoints que define como os modelos de componentes e núcleo estão

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relacionados. LMPOA e as diretrizes para sua utilização constituem a

infra-estrutura necessária para a atividade de separação, na qual as atividades de

composição e visualização são baseadas. A seguir explicamos detalhadamente cada

um dos elementos da estratégia.

Linguagem de Modelagem de Processos Orientada a Aspectos

A estratégia proposta por Silva (Silva, 2006) em muito se assemelha à

abordagem desta tese. Na forma estrutural, a diferença se apresenta basicamente no

fato de esta abordagem utilizar linguagens de modelagem de processos ao invés de

linguagens de modelagem de requisitos, e no fato de os mecanismos de composição

e visualização, suas respectivas regras e parâmetros, e o modelo de componentes

serem diferentes. A linguagem de modelagem de processos orientada a aspectos

(LMPOA) consiste nas seguintes partes: 1) a definição dos elementos da linguagem

de modelagem de processos, por exemplo, o modelo de componentes da linguagem

de modelagem de processos; 2) a definição dos elementos do modelo núcleo, neste

caso, retratados pelo relacionamento transversal; 3) o modelo de joinpoints,

conjunto de elementos da linguagem de modelagem de processos que podem ser

afetados por um relacionamento transversal. Na Figura 4.4 e Figura 4.5, ilustramos

os detalhes da sintaxe da linguagem de modelagem de processos e do modelo

conceitual desta linguagem. Os elementos em cinza representam os pontos fixos da

linguagem, enquanto os elementos em branco representam pontos a serem

instanciados.

Figura 4.4 – Sintaxe de LMPOA (adaptado de Silva (Silva, 2006))

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Figura 4.5 – Modelo conceitual da linguagem de modelagem de processos orientada a aspectos

(adaptado de Silva (Silva, 2006))

Modelo de Componentes

No modelo conceitual de LMPOA (Figura 4.3), o modelo de componentes

representa uma linguagem de modelagem de processos descrita por componentes e

relacionamentos (linhas 1 e 2 da Figura 4.3). Desta forma, relationship e

component são elementos que devem ser instanciados (linhas 3 e 4 da Figura 4.3) de

acordo com o modelo de processos a ser adotado, para dar origem a uma nova

linguagem de modelagem de processos orientada a aspectos. Em modelagem de

processos, os elementos que em geral compõem as linguagens são processos,

atividades, eventos, atores, sistemas, regras de negócio ou informações.

Modelo de Joinpoints

Joinpoints são elementos do modelo de componentes que podem ser afetados

por aspectos (Chavez, 2003; Chavez, 2004). Em linguagens de implementação, eles

podem ser estáticos ou dinâmicos: um joinpoint estático é uma localização na

estrutura de um elemento, enquanto um joinpoint dinâmico é uma localização na

execução de um programa. Visto que na maioria das vezes linguagens de

modelagem de processos são especificações não executáveis, i.e., estáticas,

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utilizamos apenas joinpoints estáticos. Na Figura 4.3, o construto joinpoint (linha 5)

não tem valor definido porque depende do modelo de componentes a ser utilizado.

O modelo de joinpoints na abordagem proposta será composto pelos elementos da

linguagem sobre os quais poderão incidir os aspectos, ou seja, processos, atividades,

eventos, atores, sistemas, regras de negócio ou informações.

Modelo Núcleo: Relacionamento Transversal

O relacionamento transversal representa, na linguagem de Silva (Silva,

2006), o que o aspecto representa em AspectJ. É um novo tipo de relacionamento a

ser adicionado ao modelo de componentes (linha 3 da Figura 4.3). Para ser usado

junto a linguagens de modelagem de processos, outro modelo núcleo foi criado.

Este relacionamento herda as informações de origem e destino (pointcuts) de

relacionamento, assim como as informações de tipo e dono da origem. Dentro das

linguagens de modelagem de processos, os elementos modelados têm um tipo

(atividade, dado, documento, entre outros), e este é um conhecimento necessário no

momento da composição dos elementos, pois indica a forma de ser inserido no

processo. O mesmo acontece com o dono do elemento pois, em geral, nas

linguagens de modelagem de processo os elementos são de responsabilidade de um

determinado ator do processo, que deve ser representado. O label do

relacionamento (cross) não deve ser fixo. O label deve ter um nome que o relacione

à sua origem. Sendo assim este é colocado como uma variável a ser composta no

momento da modelagem. Uma regra para nomeá-lo poderia ser sempre colocar os

três primeiros caracteres da característica transversal, por exemplo. Como a

intenção desta abordagem é somente separar características transversais e depois

compô-las novamente com o modelo, sem que sejam feitas modificações, apenas a

primitiva “include” faz parte do modelo núcleo. Na figura 4.6 apresentamos a

sintaxe do relacionamento transversal de LMPOA.

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Figura 4.6 – Sintaxe do Relacionamento Transversal

Esta sintaxe, construída especificamente para linguagens de modelagem de

processo, não foi adaptada de Silva (Silva, 2006), pois entendemos que por

existirem muitas diferenças entre a representação dos elementos que compõem as

linguagens de modelagem de processos dos elementos e os elementos que

compõem as linguagens de requisitos, seria mais interessante definir uma nova

sintaxe, obviamente utilizando os construtos do modelo núcleo. As linguagens de

modelagem de requisitos são compostas por elementos que permitem construir um

modelo de representação dos cenários de execução de uma aplicação de software,

por exemplo, enquanto um modelo de processo permite representar a execução de

um processo organizacional.

A seguir detalhamos cada um dos construtos deste relacionamento. Os nomes

pointcut e advice foram usados para ajudar o leitor a fazer uma associação direta a

elementos conhecidos no nível de desenho e implementação. Entretanto, para esta

abordagem, a semântica destes elementos foi adaptada para que eles representem a

transversalidade de características no nível de modelos de processos.

Pointcut

Pointcuts indicam os elementos afetados por uma determinada característica.

Cada pointcut é definido por um nome e uma expressão (linhas 6 e 7 da Figura 48).

Expressões consistem em sentenças que usam operandos, operadores e primitivas

(linhas 8 e 9). Os operandos são elementos cujos tipos estão associados aos

joinpoints (linha 7). Os operadores são utilizados para agrupar um ou mais

joinpoints, são eles OR, AND e NOT. As primitivas definem uma ação a ser

realizada no pointcut (linha 9). No caso de modelagem de processos, definiu-se

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somente a primitiva include que adiciona um ou mais elementos ao local

especificado.

Advice

Um advice define quais elementos do modelo de origem espalham-se ou

entrelaçam-se nos pointcuts. Ele registra o conjunto de elementos que representa

um comportamento ou estrutura que se repete. Cada advice é formado por um tipo

(after, before e around) que indica a maneira como ele afeta os pointcuts; uma

expressão de pointcuts indica quais são os pointcuts em que o advice será aplicado;

e o corpo define o conjunto de elementos que se espalha ou se entrelaça nos

pointcuts.

Diretrizes para Separação de Características Transversais

A identificação de características transversais é, na maioria das vezes,

realizada com base na experiência e intuição dos profissionais de modelagem da

organização, tanto durante a definição de processos quanto nas atividades de

desenho. Nesta tese, como em Silva (Silva, 2006), consideramos que qualquer

característica pode ou não “estar” transversal. Não é necessário saber disto com

antecedência porque elas são modeladas da mesma maneira, utilizando os

elementos do modelo de componentes. O necessário é saber quando separá-las e

quando utilizar o relacionamento transversal:

• Quando separá-las? – qualquer característica que atenda a pelo menos uma das

propriedades a seguir pode ser modelada separadamente:

• Ela está repetida muitas vezes no modelo;

• Ela pode ou não estar presente no processo, sem impedir a realização de seu

objetivo global;

• Ela não faz parte do contexto do processo, é apenas uma qualidade do

modelo;

• Ela pode ser reutilizada em outros domínios;

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• Ela é muito complexa, estando associada a muitos elementos do processo;

• Ela não se repete no modelo, mas se repete em outros modelos;

• Ela é independente das demais, representando um conceito bem delimitado;

• Quando utilizar o relacionamento transversal? – de maneira geral, nos casos

apresentados é recomendado o uso de relacionamentos transversais. Contudo, nossa

abordagem considera que estas situações surgem durante o processo de modelagem,

conforme a informação sobre o domínio e os processos é adquirida.

Composição de Características Transversais

Segundo Silva (Silva, 2006), nos modelos de requisitos a utilização do

relacionamento transversal reduz a quantidade de relacionamentos nos mesmos,

porque “modulariza” muitas interações em poucos relacionamentos transversais.

Esta modularização é possível porque muitas vezes um conjunto de

relacionamentos é repetido para associar uma característica (origem) a muitos

elementos (destino). Isto por si só diminui a complexidade do modelo ou, pelo

menos, aumenta a visibilidade de seus elementos. No caso de modelos de processos,

o que reduz é a quantidade de elementos representados nos modelos, facilitando a

visualização dos elementos essenciais ao processo e permitindo a visualização de

diversas dimensões. Visto que conseguimos extrair do modelo os elementos

considerados características transversais, faz-se necessário um mecanismo de

composição para inseri-los nos pontos necessários do modelo. Pointcuts

representam os elementos atingidos pelo mesmo relacionamento transversal,

enquanto advices são elementos que se repetem. Assim, esta abordagem permite

representar novas maneiras de modularização de elementos espalhados e

entrelaçados devido à decomposição dominante do modelo de componentes. Porém,

para a realização da composição, faz-se necessária a definição de um conjunto de

regras. As regras de composição indicam como transformar o modelo e as

características transversais em um modelo integrado; elas representam a semântica

dos construtos do relacionamento transversal e podem variar de acordo com o

modelo de componentes utilizado. Na Tabela 4.1, apresentamos as regras gerais de

composição.

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Tabela 4.1 – Regras de Composição do Relacionamento Transversal

Visualização de Características Transversais

A atividade de visualização limita-se à escolha através de parâmetros

aplicados aos modelos de processos, de modo que estes sejam capazes de

apresentar o que for interessante para a organização. Para isso são necessárias

informações sobre o que se quer visualizar, ou parâmetros de visualização. Em

vários momentos da gestão de processos, como durante a análise e investigação de

problemas, é importante que a organização possa ter diferentes visões dos modelos,

analisando-se por diferentes ângulos a solução que será dada aos problemas. No

caso da modelagem de processos, os parâmetros devem ser definidos de acordo

com o interesse da organização no momento da construção ou análise do processo.

Para que o mecanismo de visualização possa ser ativado, é necessário ter informado

os parâmetros apresentados na tabela 4.2. A partir destas informações, é possível

construir diversos tipos de modelos que atendam às necessidades da organização.

Tabela 4.2 – Parâmetros de Visualização

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105

A seguir apresentamos um exemplo para ilustrar as atividades de Separação,

Composição e Visualização, e o uso das diretrizes para utilização da linguagem,

regras de composição e parâmetros de visualização.

Exemplo

Aplicando a abordagem apresentada sobre o exemplo citado no início deste

Capítulo (Figura 4.1), foi realizada a primeira atividade, que é de separação dos

elementos. Nesta, o primeiro passo foi a identificação de que elementos se

caracterizam como aqueles que poderiam ser “separados” do modelo básico. Nesta

separação, utilizando os critérios definidos nas diretrizes para separação,

identificamos como características transversais os seguintes elementos: (i)

Atividade – “Obter Formulário de Solicitação de Mudança”; (ii) Atividade –

“Enviar Solicitação de Mudança”; (iii) Documento – “Formulário de Solicitação de

Mudanças”; (iv) Informação – “Dados de Requisição”. O segundo passo, ainda

dentro da atividade de separação, foi identificar com que outro elemento do modelo

cada uma destas características estava relacionada. Neste levantamento verificamos

a existência das relações apresentadas na tabela 4.3.

Tabela 4.3 – Relacionamento entre os elementos do modelo

Ao final da atividade de separação, temos a identificação de todos os

elementos aspectuais (a serem suprimidos do modelo) e a lista de com que outros

elementos cada um se relaciona. Esta lista de características transversais e de seus

relacionamentos com diversos outros elementos são apresentados graficamente na

Figura 4.7.

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106

Figura 4.7 – Características transversais e seus relacionamentos com demais elementos

Iniciando a atividade de composição, foram construídos os relacionamentos

transversais para cada uma das características transversais identificadas. Estes

relacionamentos estão apresentados nas Figuras 4.8, 4.9, 4.10 e 4.11. Os

relacionamentos criados apresentam o nome do aspecto a ser inserido, os tipos de

elementos da linguagem de modelagem, o nome do relacionamento transversal a

ser criado, o local em que este aspecto será inserido no modelo do processo (antes,

depois ou entorno de que elemento), e a ação a ser realizada para que este faça parte

do modelo do processo. Nestes relacionamentos também pode-se perceber que o

construto Owner não aparece. O Owner, na verdade, é o responsável pela

característica transversal que, nas linguagens de modelagem de processos, se

materializa na figura de um ator. Este construto será utilizado para nomear a raia da

característica transversal. No caso deste exemplo, mais de um ator será responsável

por uma única característica transversal, fazendo com que seja necessária a criação

de um novo papel para representar este grupo de atores. Este grupo, no exemplo

composto pelo Engenheiro de Software e pelo Gerente de Configuração, é

representado pelo Grupo de Configuração e Software.

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Figura 4.8 – Exemplo de Aspecto – Obter Formulário Solicitação Mudança

Figura 4.9 – Exemplo de Aspecto – Enviar Solicitação de Mudança

Figura 4.10 – Exemplo de Aspecto – Formulário Solicitação Mudanças

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Figura 4.11 – Exemplo de Aspecto – Dados Requisição

Em seguida, as características transversais indicadas para serem retiradas do

modelo são substituídas por uma única de cada tipo/elemento, e os relacionamentos

com os demais elementos são substituídos pelos relacionamentos transversais

definidos. Para a execução destas atividades, deve ser utilizada a semântica de cada

um dos elementos descritos no relacionamento transversal apresentada na Tabela

de Regras de Composição (Tabela 4.1) da abordagem construída. Este novo modelo

é apresentado na figura 4.12. Para a representação do relacionamento transversal e

consequente implementação da AO-BPMN, esta abordagem utiliza linhas

pontilhadas. As características transversais são representadas com os mesmos

elementos da linguagem de modelagem de processos escolhida, porém, estão

presentes em raias ortogonais às raias do processo.

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Figura 4.12 – Composição das características transversais (Cappelli, 2009b)

Se substituirmos as características transversais e seus relacionamentos por

suas definições, teremos o que se apresenta na Figura 4.13. Nesta, os aspectos são

substituídos nas raias ortogonais pela descrição do relacionamento transversal, não

havendo necessidade de sua representação gráfica através de linhas pontilhadas.

Figura 4.13 – Composição das características transversais – Formato Texto (Cappelli, 2009b)

A partir deste ponto, com características transversais e relacionamentos

transversais definidos, podemos identificar várias formas de visualização dos

modelos. Através da visualização, podem-se extrair visões parciais ou totais do

modelo integrado, como visões de dados (como um determinado conjunto de

informação se espalha ou se entrelaça às atividades), visões de documentos (em que

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atividades os documentos são utilizados), visões de atividades que se repetem em

um mesmo processo ou em processos diferentes, visão das atividades básicas do

processo, dentre outras. Para isso, bastaria definir os parâmetros existentes na

Tabela de Parâmetros de Visualização (Tabela 4.2). Algumas destas visões podem

estão representadas nas Figuras 4.14, 4.15, 4.16, 4.17.

Figura 4.14 – Visão de Documentos – As atividades que utilizam o documento

Figura 4.15 – Visão de Dados – As atividades que utilizam um conjunto de informações

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Figura 4.16 – Visão de Atividades – Repetição

Figura 4.17 – Visão de Atividades Principais

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112

4.5 Aplicando o modelo apresentado para a inserção de características de transparência em modelos de processos organizacionais

No caso deste trabalho, trata-se da identificação e inserção de características

de transparência em processos organizacionais. Como citado anteriormente neste

Capítulo, transparência é apresentada como uma característica transversal. Nesta

tese apresenta-se uma definição de transparência através da construção de um

catálogo que nos indica as operacionalizações, ou seja, os procedimentos, padrões e

políticas que, uma vez inseridas nos processos organizacionais, contribuem para a

transparência do mesmo. Apresenta-se também o paradigma de aspectos aplicado a

modelos de processos. A intenção é utilizar o paradigma de aspectos apresentado

em modelos de processos para inserir as características de transparência nos

processos organizacionais.

Primeiramente, para definir como utilizar a abordagem proposta sobre o

paradigma de aspectos em modelagem de processos para inserção de características

de transparência, é preciso identificar como cada uma destas características é

operacionalizada e através de que mecanismo pode ser implementada na

organização. Para isso utilizam-se as Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3 apresentadas no

Capítulo 3 desta tese. A partir das informações contidas nestas tabelas pode-se

identificar através de que mecanismo organizacional a implementação da

operacionalização da transparência deve ser feita. Entendemos que caso esta seja

indicada para ser inserida como uma política ou padrão (DPP), bastaria que estas

políticas ou padrões fossem definidos pela organização e que passassem a ser um

elemento representável nos modelos de processo quando sua explicitação ligada

especificamente a uma determinada parte do processo fosse necessária. Caso fosse

definida como um procedimento/prática (IEP), se converteria em uma atividade ou

em algum outro elemento pertencente à linguagem de modelagem a ser inserido no

modelo do processo.

Outro ponto a ser citado no caso do uso da abordagem orientada a aspectos

para inserção de transparência em processos organizacionais, é o fato de neste caso

específico de transparência, as características a serem trabalhadas não estarão

somente espalhadas e entrelaçadas no processo, mas definidas no catálogo de

transparência. Sendo assim, além de identificar e separar características que estão

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entrelaçadas e espalhadas no modelo do processo, outras atividades devem ser

feitas, como: (i) identificar no Catálogo de Transparência as características a serem

inseridas no modelo; (ii) identificar no Catálogo de Transparência as possíveis

operacionalizações de cada uma das características escolhidas; (iii) definir que

elementos devem ser inseridos no processo para atender à implementação das

operacionalizações selecionadas; (iv) identificar se não há qualquer contribuição

negativa entre elas e, caso haja, definir qual delas será implementada; (v) definir

que elementos do processo serão afetados por estes elementos transversais; (vi)

definir os relacionamentos transversais. Este processo está representado na Figura

4.18.

Figura 4.18 – Processo “Inserir Aspectos de Transparência em Processos”

Outro ponto importante diz respeito à abordagem propriamente dita. No caso

de seu uso para inserção de características de transparência, um novo elemento se

apresenta: O Catálogo de Transparência. Este elemento deve ser representado como

parte da atividade de separação. A representação deste elemento pode ser vista na

Figura 4.19.

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Figura 4.19 – Componentes usados para integrar transparência em modelos de processos (adaptado de

Silva (Silva, 2006))

Exemplo de inserção de características de transparência em modelos de processo utilizando LMPOA

Utilizou-se como exemplo um processo genérico de Gerir Contratação de

Software. As atividades existentes neste modelo são apresentadas na Figura 4.20.

Nesta, representou-se o processo modelado ainda sem as práticas que promovem

transparência inseridas. Este processo foi modelado utilizando a notação BPMN

(BPMN, 1997).

Imagine que este processo seja pertencente a uma organização e esta deseja

dar mais transparência ao mesmo. Neste caso, o primeiro passo da abordagem é a

Separação das Características. O detalhamento de como realizar este primeiro passo

está definido na Figura 4.18. Neste processo, a primeira atividade a ser realizada é a

análise do processo quanto à transparência, identificando as características ausentes

no mesmo e, em seguida, a definição de que características de transparência se

deseja inserir no processo. Em seguida é necessário utilizarmos o Catálogo de

Transparência, formado pelo SIG de Transparência (Figura 2.6 apresentada no

Capítulo 2), suas operacionalizações e léxicos (Figuras 3.2 a 3.35 apresentadas no

Capítulo 3), as contribuições positivas e negativas entre as características (Figura

3.39 apresentada no Capítulo 3) e os mecanismos de implementação das

operacionalizações (Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3 apresentadas no Capítulo 3) para

identificar possíveis conflitos entre as características escolhidas a serem inseridas.

Neste exemplo não há conflitos. As características escolhidas foram:

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Controlabilidade, através das operacionalizações de: registrar início das atividades,

registrar término das atividades e registrar responsável pela atividade; Explicação,

através das operacionalizações de: registrar decisões tomadas e justificar decisões

adotadas; e Integridade, através das operacionalização de: apresentar fontes das

informações. Todas estas operacionalizações relacionadas às características

escolhidas têm como forma de implementação a criação de elementos no modelo do

processo, ou seja, a inserção de novas informações, atividades, atores, entre outros

elementos (tipo IEP). Não foram escolhidas operacionalizações através de

Definição de Políticas e Padrões (DPP) por se tratar de um exemplo genérico sobre

o qual não se tem conhecimento do contexto organizacional.

Figura 4.20 – Processo Genérico de Contratação de Software (adaptado de (Magdaleno, 2006))

Escolhidas as operacionalizações, é necessário definir, através de que

elemento da linguagem de modelagem estas serão inseridas no modelo do processo.

No caso da linguagem BPMN (BPMN, 1997), os elementos pertencentes à

linguagem são: atividades, eventos, decisões, fluxos, artefatos (dados, anotações,

grupos) e raias. Neste caso teremos que:

oRegistrar início das atividades – Elemento Atividade por se tratar de

uma ação;

oRegistrar término das atividades – Elemento Atividade, por se tratar

de uma ação;

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oRegistrar responsável pela atividade – Elemento Atividade, por se

tratar de uma ação;

oRegistrar decisões tomadas – Elemento Atividade, por se tratar de

uma ação;

oJustificar decisões tomadas – Elemento Atividade, por se tratar de

uma ação;

oApresentar fontes das informações – Elemento Artefato (dado), por

se tratar de uma informação.

Em seguida, é necessário identificar quais as atividades do modelo serão

afetadas por cada uma destas características. Neste caso teremos:

A - Registrar início das atividades – Afeta todos os elementos Atividade (1 a 10)

B - Registrar término das atividades – Afeta todos os elementos Atividade (1 a 10)

C - Registrar responsável pela atividade – Afeta todos os elementos Atividade (1 a

10)

D - Registrar decisões tomadas – Afeta os elementos Atividade 1, 2, 5 e 6, já que

nestas atividades decisões são tomadas.

E - Justificar decisões tomadas – Afeta os elementos Atividade 1, 2, 5 e 6, já que

nestas atividades decisões são tomadas.

F - Apresentar fontes das informações – Afeta os elementos Atividade 1, 2, 4, 5, 6,

8 e 9, já que nestas atividades são utilizados conjuntos de informações.

Em seguida devem ser construídos os relacionamentos transversais que,

juntamente com os novos elementos, serão inseridos no modelo do processo.

Utilizando a abordagem orientada a aspectos para modelagem de processos, estas

características transversais ficam representadas como apresentado na Figura 4.21.

Como já explicado na construção de nossa abordagem de modelagem de processos

orientada a aspectos no Capítulo 4 desta tese, elencamos todas as características de

transparência nas raias ortogonais ao processo e para cada uma delas definimos um

tipo de relacionamento transversal.

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Figura 4.21 – Aspectos Transversais do Processo “Gerir Contratação de Software”

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Os relacionamentos apresentados na Figura 4.21 estão descritos a seguir:

Aspecto: Registrar Início Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegIniAti Onde: Before [[Elaborar Requisição de Software] AND [Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND

[Enviar a Requisição de Software para os Candidatos] AND

[Receber Propostas] AND [Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato] AND [Comunicar o Resultado ao Vencedor] AND [Elaborar o Contrato] AND [Assinar o Contrato] AND [Dar início ao trabalho]] Ação: Include [Registrar (data e hora) início atividade] Aspecto: Registrar Fim Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegFimAti Onde: After [[Elaborar Requisição de Software] AND [Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND

[Enviar a Requisição de Software para os Candidatos] AND

[Receber Propostas] AND [Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato] AND [Comunicar o Resultado ao Vencedor] AND [Elaborar o Contrato] AND [Assinar o Contrato] AND [Dar início ao trabalho]] Ação: Include [Registrar (data e hora) fim atividade] Aspecto: Registrar Executor Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegExeIdeAti Onde e: After [[Elaborar Requisição de Software] AND [Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND

[Enviar a Requisição de Software para os Candidatos] AND

[Receber Propostas] AND

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[Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato] AND [Comunicar o Resultado ao Vencedor] AND [Elaborar o Contrato] AND [Assinar o Contrato] AND [Dar início ao trabalho]] Ação: Include [Registrar executor identificação atividade] Aspecto: Registrar Decisões Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegDecTom Onde: After [[Elaborar Requisição de Software] AND [Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND [Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato]] Ação: Include [Registrar decisões tomadas] Aspecto: Justificar Decisões Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: JusDecTom Onde: After [[Elaborar Requisição de Software] AND [Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND [Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato]] Ação: Include [Justificar decisões tomadas] Aspecto: Requisição Software Tipo: Dado Declaração Transversalidade: Relacionamento: ReqSof Onde: Around [[Elaborar Requisição de Software] Ação: Include [Requisição de software] Aspecto: Critérios Avaliação Tipo: Dado Declaração Transversalidade: Relacionamento: CriAva Onde: Around [[Fazer Pré-Seleção dos Candidatos] AND [Avaliar Candidato] AND [Escolher Candidato]] Ação: Include [Critérios de Avaliação] Aspecto: Proposta Tipo: Dado

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Declaração Transversalidade: Relacionamento: Pro Onde: Around [Receber Propostas] Ação: Include [Proposta] Aspecto: Contrato Tipo: Dado Declaração Transversalidade: Relacionamento: Con Onde: Around [[Elaborar o Contrato] AND [Assinar o Contrato]] Ação: Include [Contrato]

Voltando à abordagem proposta no Capítulo 4 desta tese, o passo seguinte é a

Composição, em que todas as características necessárias ao modelo são inseridas no

mesmo. Esta atividade é realizada através da identificação do ponto de inserção de cada

elemento no modelo descrito na linguagem do pointcut na definição de cada aspecto.

Esta composição pode ser vista na Figura 4.21. Nossa intenção neste trabalho é

justamente mostrar que a Composição, como apresentada na Figura 4.22, não é

interessante, por dois principais motivos: (i) inclui no processo uma série de atividades

repetidas que não fazem parte das atividades essenciais; (ii) não permite que as

características transversais sejam observadas parcialmente por observadores e usuários

com objetivos diferenciados.

A terceira parte da abordagem nos apoia justamente no sentido de exercitar

visões deste modelo. No caso desta tese o interesse é mostrar que estas são as visões

dos aspectos. Nosso objetivo é que estes aspectos de transparência não venham a

interferir no modelo do processo organizacional, principalmente na visão de sua

operação. Exemplos destas visões são apresentados nas Figuras 4.23, 4.24 e 4.25. Na

Figura 4.23, pode ser analisado como os aspectos de controlabilidade inseridos no

modelo atuam nas atividades. Na Figura 4.24 pode ser visto onde ocorrem decisões no

processo e o registro sobre estas decisões, assim como suas justificativas. Na Figura

4.25 podem ser observados itens de integridade do processo, através da apresentação

das fontes de informação de cada atividade. Cada uma destas visões pode ser

necessária para diferentes interessados e participantes do processo.

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Figura 4.22 – Processo Genérico de Gerir Contratação de Software com elementos de transparência

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Figura 4.23 – Controlabilidade - Visualização dos pontos de controle no processo

Figura 4.24 – Integridade - Visualização dos pontos de uso das fontes de informação do processo

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Figura 4.25 – Explicação - Visualização dos pontos de tomada de decisão no processo e suas justificativas

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5. Estudo de Caso

Esta tese propõe um estudo de caso exploratório como estratégia para investigar a

potencialidade das questões elaboradas e da abordagem de implementação em fornecer

respostas para o que se pretende pesquisar. Neste capítulo, a partir da hipótese, são

definidos as questões que a pesquisa necessita avaliar, as variáveis e a coleta de

informações para sua medição através de itens a serem observados e os questionários

destinados aos participantes dos estudos de caso. É apresentado um planejamento do

que se pretende executar, servindo como instrumento para a condução das constatações,

interpretação dos resultados e conclusões.

5.1 Objetivos

Esta pesquisa tem como meta propor uma definição de transparência

organizacional através de características de qualidade, e sugerir uma abordagem de

inserção destas características através de suas operacionalizações nos modelos de

processo das organizações. Para a confirmação da definição elaborada, foram

realizados dois levantamentos apresentados anteriormente nesta tese. Para a

investigação da aplicabilidade e efetividade da abordagem proposta, utilizaremos

um estudo de caso como estratégia.

5.2 Etapas do Estudo de Caso

As etapas seguidas para construção deste estudo de caso exploratório foram

baseadas nos trabalhos de Robert K. Yin (Yin, 1984) e Robert E. Stake (Stake,

2000). Segundo suas definições, um estudo de caso exploratório, em que se busca

validar o que foi feito, pode ser conduzido através do seguimento dos passos

abaixo:

• formulação do problema � Escolher um tema para se avançar na pesquisa;

• definição da unidade-caso � Indicar os critérios de seleção dos casos de

acordo com o propósito da pesquisa;

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• determinação do número de casos � Definir e justificar se os estudos de

caso serão constituídos de um único ou de múltiplos casos;

• elaboração do protocolo � Construir o documento que contém o

instrumento de coleta de dados e que define a conduta a ser adotada para sua

aplicação;

• coleta de dados � Obter dados mediante procedimentos para garantir a

qualidade dos resultados obtidos de modo a tornar possível a conferência da

validade ao estudo, evitando que ele fique subordinado à subjetividade do

pesquisador;

• avaliação e análise dos dados � Analisar e interpretar os dados coletados;

Apresentamos a seguir todas as etapas para os casos escolhidos.

5.3 Formulação do Problema

Neste trabalho foi construído o conceito de Transparência do Processo

Organizacional. Este conceito define um conjunto de características que permite

identificar se um determinado processo organizacional está de acordo com as

mesmas, podendo denominar-se transparente. Além disso, foi definida uma

abordagem para implementação das operacionalizações através de políticas,

padrões e procedimentos inseridos na organização por meio de definições e da

inserção de elementos nos modelos de processos organizacionais. Baseados nestas

definições, nossa intenção neste estudo de caso é investigar a aplicabilidade e a

efetividade da abordagem apresentada para inserção de características de

transparência em processos organizacionais.

5.4 Definição da Unidade-Caso

As unidades-caso utilizadas neste trabalho são modelos de processo. Estes

modelos referem-se a três processos (Preparar Intervenção de Manutenção,

Preparar Intervenção de Investimento e Acompanhar Intervenção) executados

atualmente em uma empresa petrolífera localizada no estado do Rio Grande do

Norte, no Brasil. Estes processos fazem parte de um processo maior chamado

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“Intervir em Poços”, que visa prestar serviços integrados em perfuração, avaliação

e restauração de poços de petróleo em produção. Estes modelos tiveram suas

representações de processo construídas em uma ferramenta de modelagem de

processos (ARIS Toolset), que utiliza como representação de modelos de processos

o Diagrama EPC (Event Process Chain), e seguiram a metodologia de modelagem

de processos da própria organização.

Estas unidades-caso podem ser classificadas como instrumentais, pois serão

desenvolvidas com o propósito de auxiliar no conhecimento ou redefinição do

problema. Não há, por parte desta pesquisa, interesse específico no caso, mas o

mesmo se mostra útil para alcançarmos os objetivos definidos.

5.5 Determinação do número de casos

Os estudos de caso podem ser constituídos tanto por um único, quanto por

múltiplos casos. Neste nosso estudo teremos três casos, pois por proporcionarem

evidências em vários modelos, apesar de incluídos em um mesmo contexto, podem

prover uma pesquisa de melhor qualidade.

Iniciaremos o estudo com três casos, mas ao longo do trabalho, caso

necessário, poderemos adicionar mais algum. A inserção de novos casos pode ser

feita até que novas observações não conduzam a um aumento significativo de

informações.

5.6 Elaboração do Protocolo

O protocolo contém os procedimentos de coleta de dados e a definição da

conduta a ser adotada para sua aplicação. De acordo com Yin (Yin, 1984), este deve

incluir as seguintes seções: (i) visão geral do projeto do estudo de caso; (ii)

procedimentos de campo; (iii) questões do estudo de caso e (iv) relato do estudo de

caso.

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Visão Geral do Projeto do Estudo de Caso

Conforme citado no Capítulo 1, transparência, de acordo com as ciências

físicas (Wikipédia (optics), 2008), é dita como algo através do qual se pode ver, ou

seja, algo que pode permitir ou melhorar a visão sobre um determinado objeto, e no

nosso contexto, algo que pode permitir ou melhorar a visão sobre os processos e as

informações da organização, criando oportunidade de conhecimento sobre a

organização, reduzindo a possibilidade de omissão entre os dados dos processos,

possibilitando o controle sobre os produtos e serviços prestados, facilitando a

investigação e aumentando a confiança entre as organizações e a sociedade.

Na intenção de se tornarem uma organização transparente, algumas empresas

têm realizado iniciativas de explicitação de seus processos, de forma a permitir um

melhor entendimento e análise dos mesmos, através de uma atividade denominada

Modelagem de Processos de Negócio (Kettinger, 1997). Além disso, apoiam a

construção de aplicações aderentes ao negócio que forneçam aos interessados as

informações adequadas sobre os processos. A abordagem de modelagem de

processos já começa a ser citada como uma ferramenta potencial para prover

transparência aos processos da organização (Klotz, 2008).

A modelagem de processos de negócio fornece à organização conhecimento

sobre si mesma e sobre a forma como seus produtos e serviços são gerados. Além

disso, permite a explicitação da tecnologia e das aplicações que apóiam a execução

dos processos e dos dados que trafegam entre estes sistemas, dando visibilidade

sobre as aplicações e os controles exercidos por estes. No contexto da Engenharia

de Software, a atividade de modelagem de processos de negócio já figura como um

importante ponto de partida para a identificação de requisitos de sistemas (Mac

Knight, 2004; Santander, 2000), pois permite a rastreabilidade entre os processos e

as aplicações que os apoiam.

Baseados nestas abordagens, que indicam os modelos de processos de

negócio como uma importante ferramenta para tornar as organizações mais

transparentes e para a rastreabilidade entre os processos e as aplicações que os

apoiam, entendemos que esta também seria uma abordagem bastante adequada para

auxiliar a implementação de transparência nas organizações, pois para termos

transparência nos processos organizacionais, acreditamos que é necessária a

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transparência dos modelos dos processos e das informações geradas pelas

instâncias de execução destes modelos.

O objetivo deste estudo de caso é investigar a aplicabilidade e a efetividade da

abordagem para inserção de características de transparência apresentadas em

processos organizacionais e, como conseqüência, identificar o aumento ou não da

transparência do processo organizacional.

Procedimentos de Campo

Os processos utilizados como unidades-caso foram obtidos junto aos

representantes legais da organização onde estes estão implementados. Estes

processos foram cedidos em meio magnético no formato da ferramenta em que

foram modelados e no formato impresso, não sendo permitida pelos responsáveis

qualquer incursão na organização. Sendo assim, o estudo de caso foi realizado à

distância. Para tanto, houve necessidade de que os envolvidos no estudo de caso

tivessem acesso a um microcomputador para visualização dos processos e das

questões a serem respondidas. Caso fosse necessária orientação para a realização do

estudo de caso, os participantes poderiam enviar um e-mail para o responsável pela

pesquisa. O perfil dos entrevistados se compõe como disposto na Tabela 5.1.

Tabela 5.1 – Perfil dos entrevistados no estudo de caso

Os participantes do estudo de caso exploratório receberam explicação sobre o

conceito de transparência organizacional antes do início da pesquisa. Para isso, foi

enviado a eles, juntamente com o questionário e os modelos de processo, material

explicativo sobre o tema de transparência, basicamente os artigos já publicados no

assunto (Cappelli, 2007; Cappelli, 2008; Leite; 2008).

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129

Primeiramente, os representantes receberam um e-mail com um convite

perguntando sobre a disponibilidade para participação na pesquisa. Foram

enviados convites para 22 pessoas, das quais somente 12 responderam de forma

afirmativa. Em seguida, para estes 12, foram enviados os modelos dos 3 processos

(unidades-caso) e suas descrições, que podem ser vistos no Apêndice D desta tese.

Juntamente com os modelos de processos, foi enviado o questionário a ser

respondido sobre cada um deles. O questionário enviado pode ser visto no

Apêndice E desta tese. Os participantes tinham como atividade analisar os

processos recebidos de acordo com cada questão, e dar sua opinião em cada uma

delas. Poderiam também fazer comentários livres sobre cada questão. Caso os

participantes não tivessem conhecimento sobre o que lhes foi perguntado em

alguma questão, estava prevista em todas as questões a resposta “Não tenho

conhecimento sobre a questão”. Caso o entrevistado entendesse que a questão não

se aplicava ao processo, também poderia responder “Não se aplica”. Ao final, as

respostas às questões foram enviadas por e-mail ao responsável pela pesquisa. O

grupo que responde ao questionário é composto por profissionais e pesquisadores

nas áreas de Engenharia de Software, Administração de Empresas e Engenharia de

Produção. Ao término da resposta aos questionários estes foram retornados e sobre

estes foi aplicada a estratégia de inserção de aspectos de transparência apresentada

no Capítulo 4 desta tese. Após a integração das características de transparência

apontadas como inexistentes nos processos, estes foram reenviados aos

entrevistados de modo que pudessem, comparando aos primeiros modelos

analisados, identificar o aumento da transparência e fazer seus comentários sobre

as questões do estudo de caso. Estas perguntas-alvo do estudo de caso foram

envidas aos participantes por e-mail juntamente com os novos modelos de

processo. Este processo está apresentado na Figura 5.1.

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130

Figura 5.1 – Processo “Levantar Informações do Estudo de Caso”

Questões do Estudo de Caso

A partir do estudo de caso exploratório realizado, nossa intenção foi obter

respostas que pudessem verificar nossa hipótese apresentada no Capítulo 1 desta

tese e a aplicabilidade da abordagem apresentada:

Questões sobre aplicabilidade:

1) A abordagem apresentada permite inserir aspectos de transparência

nos processos sem muitas dificuldades?

Objetivo: Identificar itens que dificultam a modelagem de processos

com aspectos

Dados a serem coletados: - Problemas apontados

2) A abordagem apresentada é viável de ser utilizada pelas

organizações?

Objetivo: Identificar itens que impediriam o uso desta abordagem

pelas organizações

Dados a serem coletados: - Itens apontados

3) A abordagem poderia ser implementada por ferramentas de BPM

existentes atualmente?

Objetivo: Identificar se a proposta contém elementos que poderiam

ser implementados em ferramentas de BPM

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Dados a serem coletados: - Número de respostas afirmativas

4) A abordagem apresentada contribui positivamente para a

visualização e entendimento dos modelos de processo?

Objetivo: Identificar itens que possam contribuir negativamente para

a visualização/entendimento dos modelos de processo

Dados a serem coletados: - Itens apontados

Questões para verificação da hipótese:

5) Os processos ficaram mais transparentes de acordo com a definição

de transparência?

Objetivo: Identificar se os itens incluídos contribuíram para atingir a

definição de transparência de processos organizacionais

Dados a serem coletados: - Número de respostas afirmativas

6) A existência de uma definição de transparência contribui para a

transparência organizacional?

Objetivo: Identificar se a existência de uma definição de

transparência de processos organizacionais contribui para o

estabelecimento da transparência organizacional

Dados a serem coletados: - Número de respostas afirmativas

7) A existência de uma abordagem para inserção de características de

transparência em modelos de processos organizacionais contribui

para a transparência organizacional?

Objetivo: Identificar se a existência de uma abordagem para inserção

de transparência em processos organizacionais contribui para o

estabelecimento da transparência organizacional

Dados a serem coletados: - Número de respostas afirmativas

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132

Relato do estudo de caso

O relato deste estudo de caso exploratório é composto pelos seguintes

elementos: (i) Apresentação dos Processos (unidades-caso) – Anexo I; (ii)

Apresentação do Questionário para verificação das características de transparência

presentes/ausentes nos processos – Apêndice E; (iii) Respostas dadas ao

questionário sobre transparência dos processos – Apêndice E; (iv) Identificação das

operacionalizações a serem implementadas nos processos organizacionais para

aumento da transparência dos processos (unidades-caso) – Apêndice E; (v)

Modelos de processos contendo as operacionalizações implantadas – Capítulo 5;

(vi) Respostas às questões do estudo de caso – Capítulo 5; (vii) Conclusões do

estudo de caso – Capítulo 5.

5.7 Operacionalização das características de transparência nos modelos de processo (unidades-caso)

Para a execução deste estudo de caso exploratório foi utilizado o Processo

“Inserir Aspectos de Transparência em Processos”, que faz parte da abordagem

definida no Capítulo 4 desta tese. O processo tem início com a necessidade de

avaliação dos processos por parte dos entrevistados com vistas à transparência dos

processos. Para isso, foram enviados os processos de negócio a serem avaliados e

um questionário contendo perguntas sobre uma série de operacionalizações para

transparência destes processos. Neste caso, os participantes não receberam o

Catálogo de Transparência com as operacionalizações, suas contribuições positivas

e negativas e classificações quanto a políticas padrões e procedimentos. As

atividades de identificação das contribuições conflitantes e a definição sobre a

prática ser inserida no processo através de uma DPP ou de uma IEP foram feitas

pelo papel do pesquisador. Com as respostas recebidas a partir da aplicação do

questionário aos processos, foram construídas as Tabelas 5.2, 5.3, 5.4, 5.5, 5.6, 5.7,

5.8, 5.9 e 5.10 compostas pelas seguintes informações: nome do processo avaliado;

nome do subcritério avaliado; critério/subcritério/questão respondida; número

correspondente à resposta dada pelo participante; indicação de se o participante

conhece ou não a organização e a pior nota atribuída entre as respostas dadas pelos

participantes a uma mesma questão. A coluna “subcritérios” elenca todas as folhas

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133

ou características de segundo nível do SIG de Transparência. A coluna

“critério/subcritério/questão” refere-se aos 5 critérios principais ou de primeiro

nível do SIG de Transparência (Acessibilidade, Usabilidade, Informativo,

Entendimento e Auditabilidade). Os subcritérios, como já dito, referem-se a todas

as folhas ou características de segundo nível do SIG de Transparência que estão

dispostas na primeira coluna da tabela. As questões referem-se às perguntas

descritas no questionário enviado (Apêndice E). As demais colunas são as respostas

dadas pelos entrevistados às questões do questionário. As 5 primeiras colunas (A, B,

C, D e E) referem-se a entrevistados que conhecem a organização. As 7 outras

colunas (F, G, H, I, J, K e L) referem-se a entrevistados que não conhecem a

organização. A maioria das questões permitia 5 opções de resposta sobre o processo

ou (resposta de número 6) que o entrevistado dissesse que não tinha conhecimento

sobre aquela questão na organização ou que a questão não se aplicava àquele

processo. Os processos julgados, “Preparar Intervenção de Manutenção”, “Preparar

Intervenção de Investimento” e “Acompanhar Intervenção”, são apresentados no

Anexo I desta tese.

Tabela 5.2 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 1

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Tabela 5.3 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 2

Tabela 5.4 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Manutenção – parte 3

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Tabela 5.5 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 1

Tabela 5.6 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 2

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Tabela 5.7 – Avaliação Processo Preparação Intervenção de Investimento – parte 3

Tabela 5.8 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 1

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Tabela 5.9 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 2

Tabela 5.10 – Avaliação Processo Acompanhar Intervenção – parte 3

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Em seguida foram utilizadas as Tabelas de Operacionalizações (Tabela 3.1,

3.2 e 3.3), construídas no Capítulo 3 desta tese, para identificar os mecanismos e as

operacionalizações a serem implementados nos processos em cada uma das

características, de modo a torná-los mais transparentes. Nesta tabela os mecanismos

podem ser DPP – Definição de Políticas e Padrões e EIP – Elementos Inseridos no

Processo. Isso significa que as operacionalizações podem ser definidas através da

inserção de elementos nos modelos de processos organizacionais ou através de

definição de políticas e padrões que, em alguns casos, podem também ser inseridos

como elementos do modelo do processo. Em seguida foram definidos os elementos

a serem inseridos de acordo com as operacionalizações, os elementos afetados de

acordo com o que foi indicado pelos entrevistados, os relacionamentos transversais

entre estes elementos foram construídos e, finalmente, foram inseridos os

elementos nos modelos. A seguir demonstraremos como estas atividades foram

realizadas para cada um dos casos estudados.

Processo Preparar Intervenção de Manutenção

Para o processo “Preparar Intervenção de Manutenção”, foi identificada

ausência total ou parcial de características de Portabilidade (Tabela 5.2),

Publicidade (Tabela 5.2), Uniformidade (Tabela 5.2), Intuitividade (Tabela 5.2),

Simplicidade (Tabela 5.2), Desempenho (Tabela 5.3), Adaptabilidade (Tabela 5.3),

Integridade (Tabela 5.3), Atualidade (Tabelas 5.3 e 5.4), Concisão (Tabela 5.4),

Divisibilidade (Tabela 5.4), Dependência (Tabela 5.4), Rastreablidade (Tabela 5.4),

Operabilidade (Tabela 5.2), Clareza (Tabela 5.2), Completeza (Tabela 5.2),

Verificabilidade (Tabela 5.3) e Controlabilidade (Tabela 5.3). A partir desta

identificação, buscou-se o mecanismo de operacionalização através das Tabelas de

Operacionalizações (Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) construídas no Capítulo 3 desta tese.

Para algumas características, os mecanismos indicados são do tipo DPP e para

outras, do tipo IEP. Para os mecanismos do tipo DPP foram indicados Políticas e

Padrões a serem definidos. Para os mecanismos do tipo IEP foram identificadas as

operacionalizações a serem inseridas no modelo do processo. As Tabelas 5.11 e

5.12 apresentam as operacionalizações para cada uma das características ausentes

nos modelos.

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Tabela 5.11 – Mecanismos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Manutenção

Tabela 5.12 – Elementos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Manutenção

Ao final desta etapa do trabalho identificamos as políticas e os padrões a

serem definidos pela organização e as operacionalizações a serem inseridas nos

modelos de processo. Quanto às políticas e padrões, a organização deverá definir

como atuar para atendimento das mesmas. Nossa intenção neste trabalho foi

somente identificá-las. Na parte de inserção de elementos nos modelos de processo,

nossa proposta é que a mesma seja feita através da abordagem construída no

Capítulo 4 desta tese, sendo variável apenas a escolha dos elementos a serem

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inseridos em cada organização.

Neste exemplo, é proposta a inserção dos seguintes elementos no modelo do

processo: (i) Atividade registrar responsável data e hora; (ii) Software de

acompanhamento do processo; (iii) Regras de priorização; (iv) Lista de condições

de locação; (v) Padrão de Preenchimento da ordem de intervenção; (vi) Regras de

avaliação; (v) Regras de empenho. Estes elementos foram definidos a partir das

deficiências indicadas pelos entrevistados e das operacionalizações propostas

(Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) para cada uma das características.

Além destes elementos, que cobrem as necessidades de Rastreabilidade,

Verificabilidade e Controlabilidade, temos ainda a definição de objetivos, que

abrange as necessidades de Operabilidade, Clareza e Completeza. Entendemos que

estes, assim como os demais, são aspectos relacionados a cada uma das atividades,

pois toda atividade tem um objetivo. Neste estudo de caso eles não serão

representados, pois estamos trabalhando com a Ferramenta ARIS, que possui um

tipo de diagrama diferente do diagrama de processos (EPC) para construção de

modelos de objetivos. Estes modelos não nos foram fornecidos pela organização.

Outros aspectos (regras, atividades, padrões) que já existem no processo se

repetem em várias atividades, mas não foi foco deste trabalho remodelar o processo

para retirar repetições ou explicitar todos os aspectos transversais. Nosso enfoque é

usar a abordagem orientada a aspectos para inserir características de transparência

sem que estas venham a interferir no modelo existente ou apareçam repetidas vezes

neste modelo.

Aplicando a abordagem definida no capítulo 4 desta tese ao modelo do

processo de “Preparação Intervenção de Manutenção”, obtivemos então o modelo

apresentado na Figura 5.2. Os relacionamentos transversais referentes à Figura

estão definidos após a mesma.

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Figura 5.2 – Processo Preparar Intervenção de Manutenção com aspectos

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Aspecto: Regra Empenho Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegEmp Onde: Around [Empenhar material para intervenção] Ação: Include [Regra de Empenho] Aspecto: Regra Avaliação Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegAva Onde: Around [Avaliar condições de alocação para

intervenção] Ação: Include [Regra de Avaliação] Aspecto: Padrão Ordem Tipo: Padrão de Preenchimento Declaração Transversalidade: Relacionamento: PadPreOrdInt Onde: Around [Abrir ordem de Intervenção de manutenção]

AND [Editar ordem de Intervenção de manutenção] Ação: Include [Padrão Preenchimento Ordem Intervenção] Aspecto: Condições Locação Tipo: Informação Declaração Transversalidade: Relacionamento: LisConLoc Onde: Around [Verificar Condições da Locação] Ação: Include [Lista de Condições de Locação] Aspecto: Regras Priorização Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegPri Onde: Around [[Verificar urgência da intervenção] AND [ Priorizar Intervenção]] Ação: Include [Regras Priorização] Aspecto: Registrar Atividade Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegResDatHor Onde: After [[Abrir ordem de Intervenção de manutenção]

AND [Editar ordem de Intervenção de manutenção] AND [Empenhar material para intervenção] AND [Solicitar verificação das condições de locação] AND

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[Informar condições da locação] AND [Priorizar Intervenção] AND

[Liberar instalação da sonda]] Ação: Include [Registrar responsável, data e hora] Aspecto: Software Workflow Tipo: Aplicação Declaração Transversalidade: Relacionamento: SofAcoPro Onde: Around [[Verificar urgência da intervenção] AND [Solicitar verificação das condições de locação] AND [Avaliar condições de locação para intervenção] AND [Informar condições da locação] AND [Priorizar Intervenção] AND [Liberar instalação da sonda]] Ação: Include [Software de Acompanhamento do Processo]

Processo Preparar Intervenção de Investimento

Para o processo “Preparar Intervenção de Investimento”, foi identificada

ausência total ou parcial de características de Portabilidade (Tabela 5.5),

Publicidade (Tabela 5.5), Uniformidade (Tabela 5.5), Intuitividade (Tabela 5.5),

Simplicidade (Tabela 5.5), Desempenho (Tabela 5.6), Adaptabilidade (Tabela 5.6),

Integridade (Tabela 5.6), Atualidade (Tabelas 5.6 e 5.7), Concisão (Tabela 5.7),

Divisibilidade (Tabela 5.7), Dependência (Tabela 5.7), Rastreablidade (Tabela 5.7),

Operabilidade (Tabela 5.5), Clareza (Tabela 5.5), Completeza (Tabela 5.5),

Verificabilidade (Tabela 5.6) e Controlabilidade (Tabela 5.6). A partir desta

identificação, buscou-se o mecanismo de operacionalização através das Tabelas de

Operacionalizações (Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) construídas no Capítulo 3 desta tese.

Para algumas características, os mecanismos indicados são do tipo DPP e para

outras, do tipo IEP. Para os mecanismos do tipo DPP foram indicados Políticas e

Padrões a serem definidos. Para os mecanismos do tipo IEP foram identificadas as

operacionalizações a serem inseridas no modelo do processo. As Tabelas 5.13 e

5.14 apresentam as operacionalizações para cada uma das características ausentes

nos modelos.

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Tabela 5.13 – Mecanismos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Investimento

Tabela 5.14 – Elementos ausentes no Processo Preparar Intervenção de Investimento

Ao final desta etapa do trabalho, temos identificados políticas e padrões a

serem definidos pela organização e as operacionalizações a serem inseridas nos

modelos de processo. Quanto às políticas e padrões, a organização deverá definir

como atuar para atendimento das mesmas. Nossa intenção neste trabalho foi

somente identificá-las. Na parte de inserção de elementos nos modelos de processo,

nossa proposta é que a mesma seja feita através da abordagem construída no

Capítulo 4 desta tese, sendo variável apenas a escolha dos elementos a serem

inseridos em cada organização.

Neste exemplo, é proposta a inserção dos seguintes elementos no modelo do

processo: (i) Atividade registrar responsável data e hora; (ii) Software de

acompanhamento do processo; (iii) Regras de priorização; (iv) Lista de condições

de locação; (v) Regras de avaliação; (vi) Regras de empenho. Estes elementos

foram definidos a partir das deficiências indicadas pelos entrevistados e das

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operacionalizações propostas (Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) para cada uma das

características.

Além destes elementos, que abrangem as necessidades de Rastreabilidade,

Verificabilidade e Controlabilidade, temos ainda a definição de objetivos, que

cobre as necessidades de Operabilidade, Clareza e Completeza. Entendemos que

estes, assim como os demais, são aspectos relacionados a cada uma das atividades,

pois toda atividade tem um objetivo. Neste estudo de caso eles não serão

representados, pois estamos trabalhando com a Ferramenta ARIS, que possui um

tipo de diagrama diferente do diagrama de processos (EPC) para construção de

modelos de objetivos. Estes modelos não nos foram fornecidos pela organização.

Outros aspectos (regras, atividades, padrões) que já existem no processo se

repetem em várias atividades, mas não foi foco deste trabalho remodelar o processo

para retirar repetições ou explicitar todos os aspectos transversais. Nosso enfoque é

usar a abordagem orientada a aspectos para inserir características de transparência

sem que estas venham a interferir no modelo existente ou apareçam repetidamente

neste modelo.

Aplicando a abordagem definida no capítulo 4 desta tese ao modelo do

processo de “Preparação Intervenção de Investimento”, obtivemos o modelo

apresentado na Figura 5.3. Os relacionamentos transversais referentes à Figura

estão definidos após a mesma.

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Figura 5.3 – Processo Preparar Intervenção de Investimento com aspectos

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Aspecto: Regras Empenho Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegEmp Onde: Around [Empenhar material para intervenção] Ação: Include [Regra de Empenho] Aspecto: Regras Avaliação Tipo: Regra Declaração Transversalidade ration: Relacionamento: RegAva Onde: Around [Avaliar condições de alocação para

intervenção] Ação: Include [Regra de Avaliação] Aspecto: Condições Locação Tipo: Informação Declaração Transversalidade: Relacionamento: LisConLoc Onde: Around [Verificar Condições da Locação] Ação: Include [Lista de Condições de Locação] Aspecto: Regras Priorização Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegPri Onde: Around [[Verificar urgência da intervenção] AND [ Priorizar Intervenção]] Ação: Include [Regras Priorização] Aspecto: Registrar Atividade Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegResDatHor Onde: After [[Informar período da intervenção] AND [Informar condições da locação] AND [Solicitar Limpeza da locação] AND [Solicitar recuperação da locação] AND [Solicitar verificação das condições da locação] AND [Informar equipamentos desejados no poço]] Ação: Include [Registrar responsável, data e hora] Aspecto: Software Workflow Tipo: Aplicação Declaração Transversalidade: Relacionamento: SofAcoPro Onde: Around [[Informar equipamentos desejados no poço] AND [Informar período da intervenção] AND [Avaliar condições de locação para intervenção] AND [Solicitar Limpeza da locação] AND

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[Solicitar recuperação da locação] AND [Informar condições da locação] AND [Liberar instalação da sonda]] Ação: Include [Software de Acompanhamento do Processo]

Processo Acompanhar Intervenção

Para o processo “Acompanhar Intervenção” foi identificada ausência total ou

parcial de características de Portabilidade (Tabela 5.8), Publicidade (Tabela 5.8),

Uniformidade (Tabela 5.8), Intuitividade (Tabela 5.8), Simplicidade (Tabela 5.8),

Desempenho (Tabela 5.9), Adaptabilidade (Tabela 5.9), Integridade (Tabela 5.9),

Atualidade (Tabela 5.9 e 5.10), Concisão (Tabela 5.10), Divisibilidade (Tabela

5.10), Dependência (Tabela 5.10), Rastreablidade (Tabela 5.10), Operabilidade

(Tabela 5.8), Clareza (Tabela 5.9), Completeza (Tabela 5.9), Verificabilidade

(Tabela 5.9) e Controlabilidade (Tabela 5.9). A partir desta identificação buscou-se

o mecanismo de operacionalização através das Tabelas de Operacionalizações

(Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) construídas no Capítulo 3 desta tese. Para algumas

características, os mecanismos indicados são do tipo DPP e para outras, do tipo

IEP. Para os mecanismos do tipo DPP foram indicados Políticas e Padrões a serem

definidos. Para os mecanismos do tipo IEP foram identificadas as

operacionalizações a serem inseridas no modelo do processo. As Tabelas 5.15 e

5.16 apresentam as operacionalizações para cada uma das características ausentes

nos modelos.

Ao final desta etapa do trabalho identificamos as políticas e os padrões a

serem definidos pela organização e as operacionalizações a serem inseridas nos

modelos de processo. Quanto às políticas e padrões, a organização deverá definir

como atuar para atendimento das mesmas. Nossa intenção neste trabalho foi

somente identificá-las. Na parte de inserção de elementos nos modelos de processo,

nossa proposta é que a mesma seja feita através da abordagem construída no

Capítulo 4 desta tese, sendo variável apenas a escolha dos elementos a serem

inseridos em cada organização.

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Tabela 5.15 – Mecanismos ausentes no Processo Acompanhar Intervenção

Tabela 5.16 – Elementos ausentes no Processo Acompanhar Intervenção

Neste exemplo é proposta a inserção dos seguintes elementos no modelo do

processo: (i) Atividade registrar responsável data e hora; (ii) Software de

acompanhamento do processo; (iii) Regras Tipos de Problemas x Soluções. Estes

elementos foram definidos a partir das deficiências indicadas pelos entrevistados e

das operacionalizações propostas (Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3) para cada uma das

características.

Além destes elementos, que cobrem as necessidades de Rastreabilidade,

Verificabilidade e Controlabilidade, temos a definição de objetivos, que abrange as

necessidades de Operabilidade, Clareza e Completeza. Entendemos que estes,

assim como os demais, são aspectos relacionados a cada uma das atividades, pois

toda atividade tem um objetivo. Neste estudo de caso eles não serão representados,

pois estamos trabalhando com a Ferramenta ARIS, que possui um tipo de diagrama

diferente do diagrama de processos (EPC) para construção de modelos de objetivos.

Estes modelos não nos foram fornecidos pela organização.

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Outros aspectos (regras, atividades, padrões) que já existem no processo se

repetem em várias atividades, mas não foi foco deste trabalho remodelar o processo

para retirar repetições ou explicitar todos os aspectos transversais. Nosso enfoque é

usar a abordagem orientada a aspectos para inserir características de transparência

sem que estas venham a interferir no modelo existente ou apareçam repetidamente

neste modelo.

Aplicando a abordagem definida no capítulo 4 desta tese ao modelo do

processo “Acompanhar Intervenção”, obtivemos o modelo apresentado na Figura

5.4. Os relacionamentos transversais referentes à Figura estão definidos após a

mesma.

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Figura 5.4 – Processo Acompanhar Intervenção com aspectos

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Aspecto: Regra Problemas Soluções Tipo: Regra Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegTipProSol Onde: Around [Verificar necessidade de auxílio técnico] Ação: Include [Regra Tipos de Problemas X Soluções] Aspecto: Registrar Atividade Tipo: Atividade Declaração Transversalidade: Relacionamento: RegResDatHor Onde: After [[Elaborar planejamento diário] AND [Executar intervenção] AND [Prover auxílio ao grupo de execução da intervenção] AND [Gerar boletim diário da operação] AND [Solicitar auxílio à mesa de operações] AND [Verificar necessidade de auxílio técnico] AND [Avaliar boletim diário de operação] AND [Enviar boletim diário de operação]] Ação: Include [Registrar responsável, data e hora] Aspecto: Software Workflow Tipo: Aplicação Declaração Transversalidade: Relacionamento: SofAcoPro Onde: Around [[Elaborar planejamento diário] AND [Solicitar auxílio à mesa de operações] AND [Avaliar auxílio solicitado na intervenção] AND [Solicitar auxílio à Gerência de Engenharia de Poços] AND [Executar intervenção] AND [Enviar boletim diário de operação]] Ação: Include [Software de Acompanhamento do Processo]

5.8 Respostas às questões elaboradas

Para que pudéssemos identificar se a abordagem definida nesta tese, aliada à

definição de transparência, possui mecanismos capazes de permitir a inserção da

transparência nos processos organizacionais e, por conseqüência, o aumento do

grau de transparência organizacional, os modelos de processo, após a inserção de

aspectos, foram enviados aos participantes da pesquisa. Foi pedido que os

entrevistados comparassem os modelos de processos anteriormente recebidos a

estes agora enviados. Juntamente com estes foram enviadas as questões do estudo

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de caso. Para estas questões as respostas obtidas (de forma sumarizada) foram as

seguintes:

1) A abordagem apresentada permitiu inserir aspectos de transparência nos

processos com mais facilidade?

• 50% dos participantes disseram considerar a abordagem

simples para inserção de aspectos, apesar de não terem

realizado esta atividade diretamente.

2) A abordagem apresentada é viável de ser utilizada pelas organizações?

• 75% dos participantes disseram considerar a abordagem

bastante viável de ser implementada pelas organizações, por

parecer de fácil aplicação.

3) A abordagem poderia ser implementada por ferramentas de BPM existentes

atualmente?

• 40% dos participantes (todos da área de Engenharia de

Software) disseram considerar a abordagem bastante simples e

que certamente poderia ser implementada pelas ferramentas

de BPM existentes atualmente no mercado.

4) A abordagem apresentada contribui positivamente para a visualização e

entendimento dos modelos de processo?

• 66% dos participantes comentaram que a existência do

relacionamento transversal auxilia na não poluição do modelo

do processo com elementos que se repetem.

5) Os processos ficaram mais transparentes de acordo com a definição de

transparência?

• 85% dos participantes concordam que os processos ficaram

mais transparentes, pois passaram a possuir mais informações

sobre regras de negócio, padrões de preenchimento de

documentos e atividades de registro de informações de

controle.

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6) A existência de uma definição de transparência contribui para a transparência

organizacional?

• 90% dos participantes concordam que a existência de uma

definição para transparência contribui para a transparência

organizacional.

7) A existência de uma abordagem para inserção de características de

transparência em modelos de processos organizacionais contribui para a

transparência organizacional?

• 80% dos participantes concordam que a existência de uma

abordagem de inserção de transparência em processos

organizacionais contribui para a transparência organizacional.

Além das respostas dadas, algumas outras considerações e comentários feitos

pelos participantes foram identificados:

1. 50% dos participantes comentaram que a inserção de um software para

acompanhamento do processo melhora a transparência do mesmo.

2. 25% dos participantes comentaram que o desenho dos processos com os

aspectos é um pouco confuso quando se apresentam os relacionamentos

transversais. Estes mesmos participantes comentaram que acharam

interessante a representação das raias ortogonais para os aspectos.

3. 33% dos participantes que já modelaram utilizando a ferramenta ARIS e se

utilizam de outros diagramas para inserção de regras e sistemas acreditam

que a maior vantagem está na não inserção de atividades transversais.

4. 33% dos participantes comentaram que o ARIS não possui features de

visualização. Ele trabalha apenas com listas para indicar qual elemento

aparece em cada processo e que, portanto, esta abordagem poderia ajudar na

visualização.

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6. Conclusão

Este capítulo faz um resumo deste trabalho, compara trabalhos relacionados, descreve as

contribuições obtidas, apresenta as limitações e sugere trabalhos futuros.

6.1 Contextualização

De modo geral, as organizações vêm sendo obrigadas a dar transparência de

seus negócios a fim de fornecer à sociedade conhecimento que possa apoiar os

cidadãos em suas ações e decisões. Para isso, existem diversas iniciativas sendo

colocadas em prática, como as citadas no Capítulo 3 desta tese, para garantir a

transparência ao cidadão, Porém, percebe-se que ainda não há, seja por parte destas

iniciativas, ou por parte de outros órgãos regulamentadores, uma definição do que é

exatamente transparência organizacional. Tal fato aumenta a dificuldade das

organizações em colocar em prática este conceito. Para tanto, se faz necessário o

desenvolvimento de mecanismos que possam suportar sua institucionalização nas

organizações. Além disso, também não existem normas ou modelos que definam

práticas ou procedimentos de como estabelecer a transparência.

6.2 Resumo

Ao longo do desenvolvimento desta tese percebeu-se uma forte expectativa

da sociedade quanto às questões de transparência nas organizações. Por isso foi

identificada a necessidade de uma definição sistematizada de transparência, de

modo que as organizações pudessem identificar o quanto este conceito estava sendo

aplicado em seus respectivos contextos.

Apesar de transparência possuir diversas definições em diversos contextos,

no contexto social, e mais especificamente no contexto organizacional, não foi

encontrada uma definição que permitisse atender a todas as exigências atuais para o

termo. Além disso, investigou-se a possibilidade de explicitar a transparência nas

organizações, adotando uma abordagem orientada aos processos de negócio.

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Apesar de ser uma área antiga, ainda há grande interesse das organizações

pela modelagem e gestão de processos. Desta forma, sugerimos como enfoque de

solução o uso da abordagem orientada a processos de negócio para introduzir

transparência no contexto das organizações. O objetivo é usar a iniciativa das

organizações em pensar em processos como uma oportunidade para introduzir

nestes a transparência de forma explícita. Por ser a transparência uma característica

ortogonal aos processos, nossa abordagem não interfere diretamente no processo

organizacional, apenas permite sua inserção quando necessária. Este enfoque de

solução deu origem a uma proposta composta por quatro partes: a construção de

uma definição para transparência no contexto social, mais especificamente no

contexto de processos organizacionais; a organização de práticas para sua

implementação nas organizações; um modelo que define graus de transparência; e

uma abordagem orientada a aspectos que promove a identificação da existência de

características de transparência na organização e sua integração nos modelos de

processos organizacionais.

A definição de transparência foi construída de forma empírica, tendo como

inspiração definições de outros domínios. O objetivo foi apresentar e organizar as

principais características existentes na literatura e adotadas pelas demais definições

que pudessem ser agrupadas, tornando a definição a mais completa possível. A

definição de práticas teve como objetivo a construção de um Catálogo de

Transparência contendo a organização e as dependências entre as características de

transparência, as contribuições positivas e negativas entre as características, as

práticas (operacionalizações) para implementação de transparência nas

organizações e os mecanismos de implementação para cada uma das práticas. Os

graus de transparência foram definidos a partir da organização e das dependências

entre as características que compõem a definição de transparência, com a intenção

de permitir que as organizações pudessem identificar de forma gradativa suas

práticas. O uso do paradigma de orientação a aspectos para apoiar a inserção de

transparência no contexto organizacional se deu devido à sua característica

transversal. A partir de uma estratégia construída para modelagem de requisitos, foi

elaborada a abordagem deste trabalho para o uso deste paradigma na modelagem de

processos.

A sistematização da definição de transparência construída nesta tese foi

submetida à apreciação de diversos grupos para validação. Para a avaliação da

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abordagem construída, foi realizado um estudo de caso no qual se obteve, como

resposta, a verificação da hipótese apresentada dentro do enfoque de solução deste

trabalho. Esta confirmação foi feita através da identificação das respostas dos

participantes do estudo de caso que confirmaram que a existência de uma

sistematização para a definição do que é transparência organizacional e a existência

de uma abordagem para inserção desta definição nos processos organizacionais

contribuem para a transparência organizacional.

6.3 Trabalhos relacionados em transparência

Todos os trabalhos a que se teve acesso, relacionados ao tema de

transparência, foram apresentados no início do Capítulo 3 desta tese. Grande parte

destes trabalhos relacionavam o termo transparência a conjuntos de outras

características ou a definiam como um conjunto de outras características. No setor

público, segundo a OCDE – Organização de Cooperação para o Desenvolvimento

Econômico (OECD, 1961), transparência significa um fator vital para o

fortalecimento das relações entre o governo e o cidadão. Tal fator pode ser

viabilizado através de informação completa, objetiva, confiável, relevante e de fácil

acesso e compreensão. Na área de comunicação, Barbosa (Barbosa, 2002) cita

transparência como: “Condição de abertura total dos canais de comunicação de

uma organização (empresa, instituição, governo) para o público, sem qualquer

cerceamento de informações”. Na área das ciências humanas (Wikipedia

(humanities), 2009), transparência implica abertura, comunicação e prestação de

contas, sendo assim uma metáfora de seu significado na física, em que um objeto

transparente é aquele através do qual podemos ver. A partir destas definições,

foram recolhidas características que nos auxiliaram na construção da definição de

transparência apresentada nesta tese.

Após a definição do SIG de transparência, com o acesso a referências

bibliográficas mais recentes sobre o tema, algumas definições para o termo foram

encontradas e vieram a confirmar as características que foram organizadas para

compor a sistematização da definição de transparência. Holzner (Holzner, 2006)

afirma que a transparência é "o valor social aberto, público e / ou individual de

acesso às informações detidas e divulgadas por centros de autoridade", e que

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“sociedade aberta é uma democracia com cidadãos alertas, engajados e capazes de

entender e usar as informações que estão acessíveis para eles”. Lord (Lord, 2006)

diz que "A transparência é uma condição na qual as informações sobre as

prioridades, capacidades e comportamentos de poderosas organizações estão

amplamente disponíveis para o público mundial". Nestes trabalhos, palavras como

entendimento, uso e acesso são apresentadas como características do conceito de

transparência e foram contempladas neste trabalho.

Além destas, outra publicação que nos chamou bastante atenção foi o Livro

“Full Disclosure”, de Fung (Fung, 2007). Neste livro, Fung analisa oito políticas

elaboradas em diferentes domínios para garantir transparência. Neste trabalho

julga-as de acordo com critérios que acredita serem necessários para que as mesmas

sejam implantadas e tenham a efetividade desejada. Dentre os critérios definidos

por Fung estão características que buscam garantir padrões de formatação da

informação, identificação da localização da informação, qualidades que permitam

compreender as informações e interpretá-las corretamente, formas de comparação

com parâmetros previamente definidos, e atualidade da informação. Apesar do de

este trabalho ter a intenção de estabelecer políticas para possibilitar a verificação da

transparência, as características apresentadas pelo autor foram contempladas no

conceito de transparência definido nesta tese.

6.4 Estudos relacionados para a sistematização da definição de transparência

Nos Capítulos 2 e 3 desta tese, vários trabalhos relacionados com métodos e

modelos para organização de características foram identificados. A intenção nestes

estudos foi buscar uma forma de sistematização das características encontradas, a

construção do SIG e dos graus de transparência. Na área de Engenharia de

Requisitos, o NFR (Non-Funcional Requirements) Framework (Chung. 2000) se

apresentou como um modelo para estruturação de características que possuem

relacionamento entre si. O trabalho de Chung (Chung. 2000) define uma forma

sistemática para decompor requisitos não funcionais (características de qualidade),

priorizar, operacionalizar e tratar interdependências e contribuições entre elas. O

autor trabalha com os conceitos de softgoal, que representa o objetivo de qualidade

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que se deseja atingir e de softgoal de operacionalização, que representa as ações a

serem realizadas para institucionalização de determinado softgoal. Estes conceitos

são representados em uma estrutura denominada Softgoal Interdependency Graph

(SIG). O SIG permite representar e registrar as dependências entre os softgoal’s

através de um grafo, possibilitando a identificação das relações de dependência

entre seus elementos. No trabalho de Chung (Chung, 2000) encontramos também

uma vasta lista de termos que representam características de qualidade. Este

método de estruturação foi utilizado neste trabalho para organização dos termos

que compõem o conceito de transparência, assim como seus relacionamentos,

operacionalizações e contribuições positivas e negativas.

Ainda na área de Engenharia de Requisitos, foi estudado o Léxico da

Linguagem. O léxico auxilia a edição de elementos descritos em linguagem natural

semi-estruturada (C&L – PUC-Rio). Os termos utilizados no léxico são descritos de

maneira a retratar dois aspectos: a noção, i.e., denotação e o impacto, i.e., conotação.

A noção representa o significado do termo e o impacto representa como o termo

exerce influência no contexto em que está inserido. Este trabalho foi usado como

apoio para construção do Catálogo de Transparência de forma a organizar, de

maneira estruturada, todas as informações e relacionamentos entre as

características.

Outro estudo importante realizado se insere na área de modelos de

maturidade em Gestão de Processos (Fisher, 2004; Rosemann, 2004; Rosemann,

2005). Em diferentes domínios, modelos de maturidade têm sido propostos como

forma de institucionalizar práticas e avaliar as organizações. Um modelo bastante

difundido na área de Engenharia de Software é o Capability Maturity Model

Integration (CMMI), que foi desenvolvido para avaliar a maturidade ou capacidade

dos processos de desenvolvimento de software das organizações, estabelecendo

duas formas (continuada e por nível) para se atingir um determinado padrão de

qualidade nos produtos e serviços gerados pelo processo de desenvolvimento

(Paulk, 1993; CMU-SEI, 2001; Fiorini, 1998; Spanyi, 2004). Estes estudos

serviram de base para a construção dos Graus de Transparência que representam

dependências existentes entre os grupos de características criados (acessibilidade,

usabilidade, informativo, entendimento e auditabilidade), assim como uma

estruturação referencial para indicação do grau de transparência.

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6.5 Trabalhos relacionados em aspectos

Todos os trabalhos a que se teve acesso, relacionados ao paradigma de

orientação a aspectos, foram apresentados no início do Capítulo 4 desta tese. Na

área de processos organizacionais, especificamente, não foram encontrados

trabalhos associados ao paradigma de modelagem a aspectos. O trabalho mais

próximo encontrado foi o de Charfi (Charfi, 2007), realizado no contexto de

ferramentas de workflow. O trabalho apresenta um estudo de modularidade em

workflows, mais especificamente, sobre aspectos transversais e mudanças em

fluxos de trabalho. Esta proposta, apesar de reforçar nosso trabalho, já que

ferramentas de workflow são construídas à imagem e semelhança dos processos

organizacionais, não tem como foco a modelagem do workflow e sim a linguagem

com que o mesmo é construído.

A área de Engenharia de Requisitos já cita a modelagem de processos como

ferramenta fundamental para entendimento do domínio e consequente elicitação de

requisitos (Mac Knight, 2004; Fiorini, 1996). Os trabalhos de Rashid (Rashid,

2002; Rashid, 2003) e de Sampaio (Sampaio, 2005) falam da importância de se

identificar e tratar aspectos já na fase de análise de requisitos, separando requisitos

aspectuais, requisitos não-aspectuais e regras de composição. Moreira (Moreira,

2005) comenta que as abordagens de desenvolvimento mais modernas propõem

mecanismos de decomposição e composição, apresentando discussões sobre a

característica de transversalidade e demonstrando que ela não ocorre somente para

o caso dos requisitos não-funcionais, ao contrário da maioria das abordagens.

Sutton (Sutton, 2003) aborda o que, na comunidade de orientação a aspectos,

convencionou-se chamar de “early aspects” ou aspectos iniciais, cujo objetivo é

identificar aspectos antes da programação do software. A proposta de Alencar

(Alencar, 2006) apresenta uma série de regras para sistematizar a identificação de

características transversais em modelos i* e modularizá-los através de aspectos

com o objetivo de reduzir sua complexidade. Estes trabalhos demonstram que cada

vez mais cedo deve-se pensar de forma orientada a aspectos. Além disso, como o

modelo de processo já é citado por estes como uma ferramenta essencial para

elicitação de requisitos, a ideia de abordar aspectos no nível de modelagem se

mostra promissora.

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Na linha de como implementar aspectos em requisitos, Silva (Silva, 2006)

define uma estratégia que permite a separação, a composição e a visualização de

características durante a modelagem de requisitos. Estes mecanismos funcionam

com base em uma linguagem de modelagem (LMROA) que permite a descrição

antecipada de como as características estão entrelaçadas e espalhadas, e constrói

um metamodelo para integração destas características transversais. Esta abordagem

para implementação do conceito de aspectos em requisitos apresentou grande

potencial para ser estendida ao domínio de processos de negócio.

Outra área que nos trouxe contribuições foi o estudo de aspectos em

Arquitetura de Software. Os trabalhos de Chavez (Chavez, 2009) e Garcia (Garcia

2006a; Garcia, 2006b) abordam um tema importante no contexto de orientação a

aspectos por tratarem de como obter maior flexibilidade na identificação de onde os

aspectos devem incidir nos componentes. Outro trabalho (Batista, 2006) anterior a

este traz uma reflexão sobre questões importantes que surgem quando estudamos a

integração de características transversais e linguagens de descrição arquitetural

(ADL) como: (i) Quais elementos podem ter características transversais; (ii) Como

deve ser feita a composição; (iii) Quantos pontos de junção podem ser

referenciados em uma declaração; (iv) De que precisam as interfaces de aspectos;

(v) Como devem ser as interfaces dos pontos de junção; (vi) Como são declaradas

as mudança em interfaces e (vii) Como representar aspectos. Reflexões

semelhantes a estas foram feitas neste trabalho para que pudéssemos definir os

critérios de separação e mecanismos de composição e visualização.

6.6 A avaliação da definição de transparência através de levantamentos

Para avaliação da definição de transparência construída e dos graus de

transparência sugeridos, foram realizados dois levantamentos e um trabalho em

grupo. Os resultados mostraram que existe uma concordância quanto à definição de

transparência construída nesta tese e reforçaram sua maior abrangência se

comparada às demais definições encontradas na literatura. Houve concordância

também quanto aos graus de transparência sugeridos.

A primeira avaliação foi realizada através de uma reunião do Grupo de

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Engenharia de Requisitos da PUC-RJ. O grupo analisou as características e cada

participante indicou se concordava ou não com as características identificadas,

sugerindo um agrupamento para as mesmas. As opiniões foram coletadas e

analisadas. Como resultado deste trabalho, foram obtidos cinco principais grupos

de características: Acessibilidade, Usabilidade, Informativo, Entendimento e

Auditabilidade. As proposições feitas foram incorporadas ao SIG de transparência

construído.

A segunda avaliação foi realizada com três grupos distintos através das

respostas a questionários elaborados com perguntas diretas sobre as características

do SIG de transparência. As questões elaboradas tinham como objetivo identificar

se havia concordância com a existência e a ordem dos graus de transparência e com

os agrupamentos e características que constituíam a definição de transparência.

Nesta pesquisa, a maioria dos participantes concordou com os grupos criados e com

os níveis estabelecidos, não havendo alteração dos grupos de características do SIG.

Porém, quanto às características, algumas proposições foram feitas. Todas foram

atendidas com a criação de um novo SIG de transparência.

Outro trabalho foi realizado sobre o SIG de transparência. Este partiu da

sugestão de alguns participantes às respostas dos questionários na segunda

avaliação realizada. A sugestão tratava-se de indicar, também no SIG,

relacionamentos de contribuição entre os elementos de cada agrupamento e

investigar se além de contribuições positivas poderiam existir contribuições

negativas entre eles. Este trabalho foi realizado através do uso do PCT e foram

incorporados ao SIG os relacionamentos encontrados.

6.7 O Estudo de Caso – aplicação da abordagem de modelagem de processos orientada a aspectos

Buscando validar a abordagem proposta para inserção de características de

transparência definidas no SIG em processos organizacionais através de aspectos,

foi desenvolvido um estudo de caso em ambiente real que permitiu avaliar a

aplicabilidade e efetividade do uso da abordagem proposta. Os resultados do estudo

de caso demonstraram que é possível aplicar a abordagem em cenários reais,

obtendo um modelo de processos de negócio com características de transparência.

A efetividade da abordagem pôde ser avaliada com a conclusão dos estudos e a

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indicação por parte dos participantes de que os processos de negócio estudados

ficaram mais transparentes depois da aplicação da abordagem. Este estudo de caso

não previa a execução do trabalho de modelagem das características transversais

por parte dos participantes, pois a intenção era avaliar somente se a inserção das

características tornava o processo mais transparente e se a forma de realizar esta

inserção era aplicável. Não foi finalidade deste trabalho definir métodos de

modelagem orientada a aspectos.

De fato, estes resultados são evidências iniciais positivas da melhoria da

transparência dos modelos de processos organizacionais através da inserção dos

mecanismos apresentados (DPP e IEP) nesta tese, mas ainda não garantem que a

execução dos processos dará realmente mais transparência aos interessados no

processo quanto as informações geradas durante a instanciação dos mesmos. Esta

confirmação só poderá ser obtida em pesquisas posteriores com a implantação e

execução real do processo.

6.8 Contribuições

Do ponto de vista da pesquisa em transparência, este trabalho define, no

Capítulo 2, um conceito de transparência no contexto social. Este conceito

apresenta e organiza as principais características existentes na literatura,

fornecendo a definição da forma mais completa possível, de modo a atender às

exigências feitas ao termo no contexto atual. Além disso, estas características foram

organizadas em grupos chamados de “graus de transparência”, que podem permitir

à organização identificar e organizar melhor suas práticas quanto à transparência.

Outra contribuição importante, apresentada no Capítulo 3, é a construção de

um Catálogo de Transparência contendo as características que formam este

conceito, um conjunto de práticas (operacionalizações) que podem guiar as

organizações na implementação de transparência em seus processos, os

relacionamentos entre estas características e as contribuições positivas e negativas

entre elas. Este catálogo também possui associado a ele um Léxico do domínio, o

que permite o conhecimento sobre a noção, tipo e impacto de cada uma das

características utilizadas para compor a definição de transparência apresentada

nesta tese.

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Ao longo deste trabalho foi construído um site (Transparência – PUC-Rio 08),

que está disponível e pode ser utilizado por organizações que tenham seus

processos veiculados através da web para identificação de atendimento ou não às

práticas de transparência propostas nesta tese.

Para a pesquisa em processos de negócio, foi identificada a orientação a

aspectos como uma maneira de prover transparência a processos de negócio. A

abordagem apresentada promove a separação, composição e visualização de

características transversais em processos organizacionais. Além disso, separa

elementos que não fazem parte das atividades essenciais do processo e que se

repetem, tratando-os de forma ortogonal ao processo, fazendo com que o processo

possa ser entendido de maneira mais fácil e possa ser visto através de diversas

“lentes”, dependendo da necessidade do interessado. Outro diferencial é o fato de

este trabalho ser genérico o suficiente para ser implementado em qualquer

linguagem de modelagem de processos com qualquer notação.

Além das contribuições citadas, diversos artefatos foram construídos ao

longo do desenvolvimento da tese, como o SIG de Transparência, o Catálogo de

Transparência (características, operacionalizações e contribuições), o LEL

Transparência (noção, impacto, relacionamentos), os Graus de Transparência e o

Questionário para identificação de transparência em processos organizacionais,

todos com potencial para serem utilizados em outros trabalhos.

Todas as contribuições e os artefatos citados acima consolidam um

referencial teórico na área de transparência, pois grande parte da literatura atual

sobre transparência em processos organizacionais é fruto do relato das experiências

de empresas e organizações.

6.9 Limitações

Para utilização da abordagem apresentada, faz-se necessária a existência de

ferramentas para apoio computacional, pois a etapa de inserção de características

transversais em raias ortogonais, e principalmente de visualização, seriam muito

difíceis de serem realizadas manualmente.

Outra limitação encontrada foi quanto aos estudos de caso. A abordagem de

identificação de critérios de transparência em processos organizacionais é bastante

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extensa devido ao grande número de características que necessitam ser

identificadas através das questões elaboradas.

6.10 Trabalhos Futuros

Para a continuação dos estudos são apresentadas sugestões de temas para

trabalhos futuros.

A primeira possibilidade é o aprofundamento das avaliações dos modelos de

processo através de novos estudos de caso que analisem outras variáveis

consideradas relevantes, principalmente com a participação dos executores dos

processos. Além disso, poderíamos investigar os efeitos colaterais da proposta na

execução das instâncias dos novos processos no cotidiano de trabalho e observar se

as informações geradas pelos mesmos também atendem às características de

transparência.

Outra possibilidade de trabalho futuro é a validação da dificuldade do uso da

estratégia de orientação a aspectos. Para isso, no estudo de caso, deveria ser

solicitado aos envolvidos que além de verificarem a aderência do processo aos

conceitos de transparência também fizessem a modelagem dos mesmos inserindo

os novos aspectos, permitindo análise completa do uso da abordagem .

Em relação aos graus de transparência, pode-se investir na formalização das

práticas da mesma forma que temos hoje em outros modelos de maturidade ou até

mesmo no desenvolvimento de uma norma que pudesse ser um referencial para as

organizações identificarem seu nível de transparência e se estão de acordo com os

critérios estabelecidos pelo governo. Esta norma pode ser referencial também para

avaliações de transparência nas organizações.

Com relação ao Catálogo de Transparência, este poderia ser enriquecido com

características antagônicas à transparência, como por exemplo, confidencialidade.

Este tipo de característica sempre se apresenta nas discussões sobre transparência e

muitas vezes é colocado como empecilho para o estabelecimento da transparência.

Um estudo mais aprofundado entre os conflitos com este tipo de característica pode

vir a mostrar exatamente o que uma contrapõe à outra. Além disso, ainda dentro do

tema, no que se refere às contribuições positivas e negativas entre as características,

o estudo de caso realizado poderia contribuir para a reavaliação das contribuições,

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em uma forma de enriquecimento da mesma, confirmação dos resultados obtidos e

até descoberta de possíveis contribuições entre as características.

O Léxico de transparência nos deixa também oportunidades de

aprofundamento e contribuições para construção de uma Ontologia de

transparência que permita definir todos os relacionamentos entre todas as

características pertencentes ao SIG de transparência.

Outra possibilidade é o aprofundamento da pesquisa em modelagem de

processos orientada a aspectos. Esta área é bastante nova e mostrou-se de muito

interesse com as publicações realizadas ao longo deste trabalho. Nesta área ainda

necessitam ser definidas heurísticas mais detalhadas para identificação de aspectos,

assim como há lugar para a definição de métodos para utilização da abordagem

proposta.

O estudo de caso foi realizado utilizando a ferramenta ARIS. Desta, apenas

foi utilizada a facilidade de uso de raias ortogonais em um EPC (Event Process

Chain). Para representação de aspectos, outras funcionalidades se fazem

necessárias, como a implementação do relacionamento transversal tanto semântica

quanto sintaticamente. Além disso, poderiam existir funcionalidades mais

avançadas para apoiar a visualização dos modelos criados para melhorar

entendimento (ex: algoritmos que permitem focar em um ponto específico sem

perder de vista o modelo global), tornando possível a visualização por tipo de

aspecto, interesse, contexto, entre outros. Esta necessidade de implementação abre

espaço também para a implementação dos mecanismos propostos na abordagem

deste trabalho em ferramentas de código aberto, permitindo realizar estudos de caso

com outras linguagens de modelagem.

Relacionado à Área de Requisitos não funcionais, uma possível extensão

deste trabalho poderia ser feita quanto à construção de métricas para verificação dos

graus de atendimento de cada uma das características que compõem o SIG de

transparência. Neste caso poderiam ser estabelecidas métricas para cada um dos

cinco graus identificados ou ainda mais detalhadamente, para cada

característica/operacionalização do SIG.

Analisar o custo de implementação da característica de transparência nas

organizações também é um trabalho futuro bastante relevante, de modo a se definir

parâmetros que possam indicar até que ponto esta característica deve ser

implementada sem pôr a organização em risco.

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167

Por último, mas não menos importante, destacamos que os processos de

negócio foram utilizados para potencializar a inserção do conceito de transparência

nas organizações, mas que também é possível imaginar a adoção de outros recursos

organizacionais para inserção de transparência. Software transparente é um

exemplo.

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Apêndice A Levantamento Baseado em Revisão Sistemática

Este apêndice apresenta os dados referentes ao planejamento e à execução de um

levantamento bibliográfico baseado em revisão sistemática, visando identificar um

conceito para Transparência. Parte do resultado obtido com este estudo pode ser

visto no Capítulo 2 desta tese.

Introdução

Várias iniciativas têm abordado o conceito de transparência de modo a exigir

que organizações se tornem transparentes. Esta tese teve como objetivo propor uma

abordagem para inserção de características de transparência em processos

organizacionais, de forma a contribuir para o estabelecimento da transparência

organizacional. Devido a isso, foi necessária a identificação de um conceito que

definisse transparência para ser tomado como base para o trabalho. Como ponto de

partida para definição deste conceito, foi realizado um levantamento bibliográfico

baseado em revisão sistemática. O uso dessa técnica se deu com a intenção de

procurar reduzir os riscos de uma revisão informal.

Segundo Mafra e Travassos (Mafra, 2006), uma revisão da literatura só pode

dizer que seu resultado possuirá valor científico se conduzida de forma confiável e

abrangente através de um planejamento prévio que contenha a seleção dos critérios

a serem utilizados na busca.A revisão sistemática é um tipo de estudo secundário

(Kitchenham, 2004), cujo processo de pesquisa segue um conjunto de passos

metodologicamente bem definidos de acordo com um protocolo prévio (Biolchini,

2005) e cuja adoção procura reduzir o viés inerente a uma revisão informal (Silva

Filho, 2006).

Devem-se levar em consideração algumas possíveis limitações dos

mecanismos de busca como: falta de recursos bibliográficos, problemas com as

ferramentas de busca, falha em reconhecimento de plural e impossibilidade de

acesso a conteúdos completos, tendo acesso somente aos resumos.

Dieste (Dieste, 2007) recomenda, dentre outras coisas, que se a revisão

sistemática deve ser exaustiva e encontrar todos os experimentos em um

determinado domínio, não se deve limitar a busca apenas a publicações de renome;

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dependendo do tópico ou tecnologia de interesse, publicações de outras áreas

devem ser exploradas.

Protocolo do Levantamento

O protocolo utilizado para o estudo foi derivado dos trabalhos produzidos por

Mafra (Mafra, 2006) e Silva Filho (Silva Filho, 2006). As subseções abaixo

descrevem o conteúdo utilizado no levantamento. 1. Contexto

Várias iniciativas têm abordado o conceito de transparência de modo a exigir que

organizações se tornem transparentes. Por sua vez, estas organizações necessitam

saber o que fazer para se tornarem transparentes e cumprirem as exigências da

sociedade em geral. Portanto é de interesse que se identifique um conceito de

transparência de modo que as organizações e a sociedade possam trabalhar na

mesma direção.

2. Objetivo e Questões da Pesquisa

• Objetivo: Analisar publicações científicas através de um levantamento

bibliográfico com o propósito de identificar conceitos de transparência nos

contextos acadêmico e industrial.

• Questão de Pesquisa: Quais são os conceitos de transparência existentes na

literatura?

• Intervenção: Definições do conceito de transparência.

• População: Livros e trabalhos publicados em conferências e periódicos com a

definição do termo transparência.

• Resultado: A partir da identificação dos diversos conceitos de transparência, realizar

um levantamento de forma a identificar as características de qualidade que os

compõem.

3. Escopo da Pesquisa

Para delinear o escopo da pesquisa, foram estabelecidos critérios para

garantir a viabilidade da execução (custo, esforço e tempo), acessibilidade aos

dados e abrangência do estudo. A pesquisa dar-se-á a partir de bibliotecas digitais

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181

através dos seus respectivos engenhos de busca e, quando os dados não estiverem

disponíveis eletronicamente, através de consultas manuais.

• Critérios adotados para seleção de fontes

1. Possuir engenho de busca que permita o uso de expressões lógicas ou

mecanismo equivalente;

2. Incluir em sua base publicações que possuam relação direta com o tema a

ser pesquisado;

3.Permitir, no caso dos engenhos de busca, acesso ao texto completo das

publicações;

4. Ser uma biblioteca credenciada à PUC-RJ.

• Restrições

A pesquisa está restrita à análise de publicações obtidas, exclusivamente, a

partir das fontes selecionadas a partir dos critérios supracitados. Não haverá

restrições de datas.

4. Idiomas

Para realização da pesquisa foram selecionados dois idiomas: inglês e

português. A escolha do idioma inglês deve-se à sua adoção pela grande maioria

das publicações de livros, conferências e periódicos.

5. Métodos de Busca de Publicações

As fontes digitais serão acessadas via Web, através de expressões de busca

pré-estabelecidas. Caso não seja possível obter o artigo completo através dos sites

de busca, os autores dos artigos poderão ser contatados via e-mail. As publicações

das fontes não-digitais serão analisadas manualmente, quando disponíveis,

considerando a expressão de busca definida.

• Expressão de Busca

Para as publicações em inglês utilizar a expressão de busca abaixo:

(transparency OR transparent OR transparentness OR transparence) AND (definition OR concept) Para as publicações em português utilizar a expressão de busca abaixo:

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(transparência OR transparente) AND (definição OR conceito)

• Busca Manual

Quando a consulta for manual, deve-se procurar as palavras-chave presentes na

expressão de busca nos títulos e resumos das publicações. No caso de livros,

buscar na introdução e nos resumos de cada capítulo, além do índice remissivo.

• Máquinas de Busca

No caso das buscas na Web foram utilizadas as seguintes máquinas de busca:

Citeseer - http://citeseer.ist.psu.edu/ Editora Springer - http://www.springer.com/ Scopus - http://www.scopus.com Google Scholar Portal da Association for Computing Machinery - http://portal.acm.org/dl.cfm Portal da IEEE - http://www.ieee.org/portal/site

6. Procedimentos de seleção e critérios

A estratégia de busca será aplicada por um pesquisador para identificar as

publicações em potencial. As publicações identificadas serão selecionadas através

da verificação dos critérios de inclusão e exclusão e de qualidade estabelecidos.

• Seleção e catalogação preliminar dos dados coletados

A seleção dos estudos dar-se-á em 2 etapas:

a) Seleção e catalogação preliminar dos dados coletados: A seleção

preliminar das publicações será feita a partir da aplicação da expressão

de busca às fontes selecionadas. Cada publicação será catalogada em um

banco de dados criado especificamente para este fim e armazenada em

um repositório para análise posterior;

b) Seleção dos dados relevantes (filtro): A seleção preliminar com o uso da

expressão de busca não garante que todo o material coletado seja útil no

contexto da pesquisa, pois a aplicação das expressões de busca é restrita

ao aspecto sintático. Dessa forma, após a identificação das publicações

através dos mecanismos de buscas, deve-se ler os resumos/abstracts e

analisá-los seguindo os critérios de inclusão e exclusão identificados a

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seguir. Na impossibilidade de classificar a publicação quanto a um dos

critérios abaixo, o pesquisador deverá definir um novo critério de

inclusão ou exclusão.

Devem ser excluídas as publicações contidas no conjunto preliminar em

que:

CE-01 - As palavras-chave não estejam presentes na publicação e não

haja variações destas palavras-chave (exceto plural).

CE-02 - As palavras-chave da busca não apareçam no título, resumo e/ou

texto da publicação (exclui-se daí o campo ‘palavras-chave’, as seções

agradecimentos, biografia dos autores, referências bibliográficas e os

anexos).

CE-03 - Descrevam e/ou apresentem ‘keynote speeches’, tutoriais,

cursos, workshops e similares.

Podem ser incluídas apenas as publicações contidas no conjunto

preliminar que:

CI-01 – Sejam livros disponíveis nas bibliotecas da PUC-RJ.

CI-02 – Apresentem uma definição ou explicação para o termo

transparência.

7. Procedimentos para Extração dos Dados

• Na seleção e catalogação preliminar dos dados coletados

Armazenamento das referências completas selecionadas a partir da fonte

consultada no repositório de dados do estudo.

• Na seleção dos dados relevantes

Cada referência catalogada deve ser examinada com o objetivo de ser

submetida aos critérios de seleção dos filtros identificados. Os dados que

atenderem aos critérios de seleção deverão ser marcados como “passou no

filtro ”. Do contrário, o registro deverá ser marcado como “não passou no

filtro - critério [número do critério]”.

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• Extração de Dados

Os dados extraídos das publicações selecionadas deverão ser armazenados

em um banco de dados e devem conter: (i) o Título; (ii) o(s) Autor(es); (iii) a

Data de publicação; (iv) o Veículo de publicação; (v) Indicação da existência

da definição para o conceito de transparência; (vi) Lista de características de

transparência.

• Sumarização dos resultados

Os resultados serão tabulados, devendo gerar uma lista completa de todas as

características de transparência citadas no material levantado.

8. Procedimentos para Análise

• Análise quantitativa

A análise quantitativa dar-se-á pela extração direta dos dados a partir do

banco de dados com os registros dos achados. A análise quantitativa consiste

em fornecer o número de publicações selecionadas para fazerem parte do

estudo;

• Análise qualitativa

A análise qualitativa deverá utilizar como base os dados quantitativos e

realizar considerações com o intuito de discutir os achados com relação às

questões de pesquisa declaradas.

Execução

O protocolo descrito na seção anterior foi a base para a execução do

levantamento bibliográfico. Para a execução do planejamento realizado foram

utilizadas algumas atividades propostas por Montoni (Montoni, 2007), que

consistem nas seguintes atividades: Executar a Pesquisa e Analisar Resultados da

Pesquisa.

Os testes começaram com a expressão de busca: (transparency OR

transparent OR transparentness OR transparence) e (transparência OR

transparente).

Em todos os instrumentos de busca foi possível rodar o protocolo definido

não havendo necessidade de adaptação, e obtendo-se o resultado apresentado nas

Tabelas A.1, A.2 e A.3.

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Tabela A.1 – Resultado Buscas Revisão Bibliográfica – parte 1

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Tabela A.2 – Resultado Buscas Revisão Bibliográfica – parte 2

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Tabela A.3 – Resultado Buscas Revisão Bibliográfica – parte 3

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Dos artigos selecionados, somente um continha efetivamente um conjunto de

características que contribuem para a definição do termo transparência. O artigo

citado é o “Technological Support for e-Democracy: History and Perspectives”

(Gross, 2000).

Além dos artigos encontrados, foram selecionados sites. Nesta busca foram

encontrados três que contribuíram para uma definição do conceito de transparência.

São eles:

http://amazinnggg.blogspot.com/2006/05/what-is-5w1h-or-5w2h-framework.html

(Leite, 2006), Wikipedia: Transparency (Optics) (Wikipedia (optics) 2009),

Wikipedia: Transparency (humanities) (Wikipedia (humanities), 2009).

Por último foi feito um levantamento presencial na Biblioteca Central da

PUC-RJ. Nesta foram encontrados cinco livros que citavam o termo transparência e

que de alguma forma o conceituavam. Os livros encontrados foram:

1) Dicionário de Computação da Microsoft (Microsoft, 2002);

2) Enciclopédia New Caxton (Caxton, 1969);

3) Dicionário de Comunicação (Barbosa, 2002);

4) O discurso cinematográfico – A opacidade e a transparência (Xavier, 1977);

5) Transparência e Responsabilização no Setor Público: Fazendo Acontecer

(Kondo, 2002);

6) Perspectivas para o Controle Social e a Transparência da Administração

Pública (TCU, 2002);

7) O revisionismo e a relação entre fato e interpretação (Gomes, 1999).

Análise dos resultados

O resultado sobre o levantamento feito para o conceito de transparência

identificou que este termo pode ter diversos significados em domínios diferentes, e

até no mesmo domínio. Outro ponto importante foi a identificação de que todas as

definições encontradas eram sempre um conjunto de características que, juntas,

contribuem para o alcance da transparência. Não foi encontrada qualquer definição

para o termo Transparência Organizacional.

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Apêndice B Revisão do SIG de transparência junto ao Grupo de Engenharia de Requisitos da PUC

Este apêndice apresenta os dados referentes ao planejamento e à execução de uma

revisão do SIG de transparência junto a um grupo de entrevistados com o objetivo

de confirmar a organização das características de transparência elencadas e

organizadas no SIG. Parte do resultado obtido com este estudo pode ser visto no

Capítulo 2.

Introdução

São três os principais caminhos para compreender o comportamento humano

no contexto das ciências sociais empíricas (Fink, 1985): Observação: observar o

comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; Experimento: criar

situações artificiais e observar o comportamento das pessoas perante tarefas

definidas para essas situações; Survey: perguntar às pessoas o que fazem (fizeram)

e pensam (pensaram).

Fink (Fink, 1985) define survey como “método para coletar informação de

pessoas acerca de suas ideias, sentimentos, planos, crenças, bem como origem

social, educacional e financeira”. O instrumento utilizado no survey, o

questionário, pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um

determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua

opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação biográfica”

(Yaremko, 1986).

Este trabalho trata do desenvolvimento de um questionário para levantamento

de informações. Estuda-se a ideia de transparência de processos. A abordagem é

que transparência de processos é um requisito de qualidade (não funcional).

Baseado nisso, este conceito foi sistematizado através de uma árvore de requisitos

não funcionais e seus ramos foram organizados em conjuntos, estabelecendo níveis

para eles. A seguir são definidos o problema e os objetivos desta pesquisa, a

hipótese da pesquisa, a base populacional pesquisada, o contexto da pesquisa, a

estrutura do questionário, o questionário aplicado, as respostas obtidas, as análises

realizadas e as conclusões.

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Objetivo da Pesquisa

O objetivo desta pesquisa é coletar opiniões acerca dos requisitos não

funcionais selecionados para compor o conceito de transparência de processos e sua

organização em diferentes níveis.

Hipótese

A definição de transparência pode ser sistematizada através do conjunto de

características apresentadas.

Base Populacional

A pesquisa foi aplicada ao grupo de Pesquisadores em Engenharia de

Requisitos da PUC-RJ, que contém:

• Grupo 1 - Professores Pesquisadores

• Grupo 2 - Doutorandos

• Grupo 3 - Mestrandos

Cada uma das amostras tinha o seguinte tamanho:

• Grupo 1 – 2 participantes – 2 questionários respondidos

• Grupo 2 – 3 participantes – 3 questionários respondidos

• Grupo 3 – 2 participantes – 2 questionários respondidos

Total: 7 questionários respondidos

Contexto da Pesquisa

Foi realizada uma reunião na qual os três grupos receberam uma lista com as

características. O propósito era que indicassem se estavam de acordo ou não com a

existência de cada uma das características e que propusessem um agrupamento para

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as mesmas. Por tratar-se de um trabalho presencial, todos os participantes foram

identificados.

Estrutura A lista elaborada continha:

a) Nome da característica;

b) Definição da característica;

c) Espaço para indicação da concordância com a existência ou não da

característica;

d) Espaço para indicação do agrupamento da característica.

Resultado da Votação

A Tabela a seguir apresenta o resultado da votação. Para cada uma das

características, há a indicação do agrupamento escolhido por cada pesquisador

participante.

Legenda:

Indica o pesquisador que votou de forma diferenciada dos demais

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Análise dos resultados

Como resultado deste trabalho, obtivemos cinco grupos principais de

características: Acessibilidade, Usabilidade, Informativo, Entendimento e

Auditabilidade, em oposição aos quatro anteriormente propostos. Foi sugerida, pelo

grupo, a inserção da característica de entendimento. A característica de divulgação

veio a substituir a característica de visibilidade por ser entendida pelo grupo como

mais abrangente. Houve discussão sobre uma mesma característica estar

representada (duplicada) em dois agrupamentos. Houve consenso no grupo de que

cada característica deveria ser representada no SIG somente uma vez. Caso exista

uma característica que possa contribuir com mais de um grupo, esta representação

deve ser feita somente através de relacionamentos, sem necessidade de repetição do

elemento característica. Este trabalho permitiu verificar que a definição de

transparência pode ser sistematizada através de um conjunto de características.

Este trabalho deu origem a uma nova tabela de definições (Tabela 2.3) e a um

novo SIG de transparência (Figura 2.3), apresentados no Capítulo 2 desta tese.

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Apêndice C Levantamento para validação do SIG e dos Graus de Transparência

Este apêndice apresenta os dados referentes ao planejamento e à execução da

aplicação de um questionário sobre o SIG de transparência com o objetivo de

confirmar as características definidas junto a dois grupos de entrevistados para

compor o conceito de transparência e a organização destas em grupos, indicando a

existência de graus de transparência. Parte do resultado obtido com este estudo

pode ser visto no Capítulo 2.

Introdução

São três os principais caminhos para compreender o comportamento humano

no contexto das ciências sociais empíricas (Fink, 1985): Observação: observar o

comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; Experimento: criar

situações artificiais e observar o comportamento das pessoas ante tarefas definidas

para essas situações; Survey: perguntar às pessoas o que fazem (fizeram) e pensam

(pensaram). Fink (Fink, 1985) define survey como “método para coletar informação de

pessoas acerca de suas ideias, sentimentos, planos, crenças, bem como origem

social, educacional e financeira”. O instrumento utilizado no survey, o

questionário, pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um

determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua

opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação biográfica”

(Yaremko, 1986).

Neste trabalho tratamos do desenvolvimento de um questionário para

levantamento de informações. Estamos estudando a ideia de transparência de

processos. Nossa abordagem é que transparência de processos é um requisito de

qualidade (não funcional). Baseados nisso, mapeamos este conceito como uma

árvore de requisitos não funcionais e organizamos seus ramos em conjuntos,

estabelecendo níveis para eles. A seguir são definidos o problema e os objetivos

desta pesquisa, a hipótese da pesquisa, a base populacional pesquisada, o contexto

da pesquisa, a estrutura do questionário, o questionário aplicado, as respostas

obtidas, as análises realizadas e as conclusões.

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Objetivo da Pesquisa

O objetivo desta pesquisa é coletar opiniões acerca das características

selecionadas para compor o conceito de transparência de processos e sua

organização em diferentes níveis. Hipótese

O conceito de transparência de processos pode ser definido através do

conjunto de características apresentadas.

Há certo nível de dependência entre as características de qualidade que

formam o conceito de transparência, podendo estas ser agrupadas em níveis.

Base Populacional

A pesquisa foi aplicada a grupos de Pesquisadores em Engenharia de

Requisitos e Engenharia de Software, divididos em três grupos (tipo da amostra):

• Grupo 1 – Pesquisadores em i* (istar) – presentes no 3º Workshop

Internacional de i*

• Grupo 2 – Pesquisadores em Engenharia de Requisitos – Membros do IFIP

W 2.9

• Grupo 3 - Pesquisadores em Engenharia de Software

Cada uma das amostras tinha o seguinte tamanho:

•Grupo 1 – 30 participantes – 10 questionários respondidos

•Grupo 2 – 8 participantes – 2 questionários respondidos

•Grupo 3 – 6 participantes – 4 questionários respondidos

Total: 16 questionários respondidos

Cada uma das amostras teve respectivamente 10 (dez), 2 (dois) e 4 (quatro)

questionários respondidos, com um total de 16 (dezesseis) respostas.

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Contexto da Pesquisa

A pesquisa foi realizada com dois grupos de pesquisadores em eventos

acadêmicos, e um grupo de alunos de mestrado de universidades diversas. Os

questionários foram distribuídos presencialmente e por e-mail. A identificação não

foi colocada como obrigatória. Alguns pesquisadores que enviaram resposta por

e-mail e, por consequência, foram identificados.

O questionário foi aplicado em inglês, pois os dois primeiros grupos eram

compostos por pesquisadores que fazem parte de grupos acadêmicos

internacionais.

Estrutura

O questionário elaborado foi formado pelas seguintes partes:

a) Introdução – Explanação sobre o estudo realizado;

b) Objetivo – Intenção do questionário;

c) Definição do conceito de transparência – Apresentação do conceito de

transparência e sua composição;

d) Definição dos níveis de transparência – Apresentação dos níveis de

transparência e de sua formação;

e) Questões – Perguntas objetivas e discursivas para validação do

conceito e dos níveis de transparência definidos.

O Questionário

O questionário elaborado em inglês para atingir um número maior de

pesquisadores continha o seguinte conteúdo:

1) Introduction:

We have been studying the idea of software transparency. It posits that software

transparency must be based on non functional requirements. As of now, we

have mapped a network of non functional requirements and organized them into

groups and established steps for them.

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2) Objective:

The objective of this questionnaire is to collect opinions about non functional

requirements selected to compose software transparency concept and their

presentation as different levels.

3) The Transparency Concept:

Software is deemed transparent if it makes the information it deals with

transparent (information transparency) and if it, itself, is transparent, that is, it

informs about itself, how it works, what it does and why (process transparency).

We tackle the problem of software transparency using the idea of requirements

that are readable for both general stakeholders as developers’ stakeholders.

Figure 1 depicts out transparency network.

Fig. 1. Transparency Network

From the transparency network we have posit an initial “transparency ladder”,

which must be climbed as to achieve transparency. Figure 2 shows such ladder.

This ladder is composed by 5 (five) steps: 1 - Accessibility, 2 - Usability, 3 -

Informativeness, 4 - Understandability, 5 - Auditability.

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Fig. 2. Transparency Ladder

We would appreciate your effort in answering this questionnaire, since we

believe it will help the better understanding of software transparency.

4) Questionnaire:

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Resultados Obtidos

A seguir apresentamos a sumarização das respostas obtidas com os

questionários entregues pelos grupos participantes da pesquisa:

Questão 1

Questão 2

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Questão 3

Questão 4

Questão 5

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Questão 6

Questão 7

Questão 8

Questão 9

Questão 10

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Análise dos Resultados

O objetivo deste trabalho foi coletar opiniões acerca dos requisitos não

funcionais selecionados para compor o conceito de transparência de processos, e

sua organização em diferentes níveis, de modo a comprovar as duas hipóteses

colocadas inicialmente. O quadro abaixo apresenta um resumo geral das respostas

dadas pelos participantes.

Baseados neste resumo, podemos concluir que o conceito de transparência

pode ser definido através de características de qualidade. Além disso, verificamos

que há concordância sobre a existência de dependência entre os conceitos

utilizados para representar transparência de processos, gerando então

agrupamentos e níveis entre eles. Isso nos leva a confirmar a hipótese apresentada.

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Apêndice D Questionário para verificação da Transparência de Processos Organizacionais através de sites da Web

Este apêndice apresenta os dados referentes ao planejamento e à execução da

aplicação de um questionário sobre o SIG de transparência com o objetivo

confirmar as operacionalizações definidas para implementar o conceito de

transparência organizacional em sites da Web. Parte do resultado obtido com este

estudo pode ser visto no Capítulo 3.

Introdução

São três os principais caminhos para compreender o comportamento humano

no contexto das ciências sociais empíricas (Fink, 1985): Observação: observar o

comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; Experimento: criar

situações artificiais e observar o comportamento das pessoas ante as tarefas

definidas para essas situações; Survey: perguntar às pessoas o que fazem (fizeram)

e pensam (pensaram). Fink (Fink, 1985) define survey como “método para coletar informação de

pessoas acerca de suas ideias, sentimentos, planos, crenças, bem como origem

social, educacional e financeira”. O instrumento utilizado no survey, o

questionário, pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um

determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua

opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação biográfica”

(Yaremko, 1986).

Neste trabalho tratamos do desenvolvimento de um questionário para

levantamento de informações. Estamos estudando a ideia de transparência de

processos. Nossa abordagem é que transparência de processos é um requisito de

qualidade (não funcional). Baseados nisso, mapeamos este conceito como uma

árvore de requisitos não funcionais e organizamos seus ramos em conjuntos,

estabelecendo níveis para eles. A seguir são definidos o problema e os objetivos

desta pesquisa, a hipótese da pesquisa, a base populacional pesquisada, o contexto

da pesquisa, a estrutura do questionário, o questionário aplicado, as respostas

obtidas, as análises realizadas e as conclusões.

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Objetivo da Pesquisa

O objetivo desta pesquisa é coletar opiniões acerca da transparência das

organizações que disponibilizam seus processos através de sites na Web. Hipótese

A transparência de processos apresentados através de sites na Web pode ser

analisada através da identificação das operacionalizações das características de

transparência existentes nos seus processos organizacionais.

Base Populacional

A pesquisa foi aplicada a grupos de profissionais em Engenharia de Software,

divididos em dois grupos (tipo da amostra):

• Grupo 1 – profissionais que atuam no mercado de desenvolvimento de

software

• Grupo 2 - profissionais que atuam no mercado de desenvolvimento de

software e são pesquisadores

Cada uma das amostras tinha o seguinte tamanho:

•Grupo 1 – 9 participantes – 6 questionários respondidos integralmente

•Grupo 2 – 7 participantes – 4 questionários respondidos integralmente

Total: 10 questionários respondidos

Contexto da Pesquisa

A pesquisa foi realizada com dois grupos de pesquisadores e profissionais à

distância. Foi enviado um e-mail aos participantes solicitando sua resposta e

informando o site em que estava disponível o questionário a ser respondido. A

pesquisa não solicitava identificação. O questionário foi aplicado em português. Foi

pedido que todos os participantes analisassem o mesmo site, apesar de ser possível

a análise de vários.

O convite para participação continha o seguinte texto:

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Convite para participação em pesquisa:

UMA ABORDAGEM PARA MODELAGEM DE ASPECTOS DE TRANSPARÊNCIA EM PROCESSOS ORGANIZACIONAIS

O presente convite visa obter sua colaboração no estudo relacionado à Tese de

Doutorado sendo realizada no Programa de Pós Graduação em Informática da PUC-RJ,

da aluna Claudia Cappelli, orientada pelo professor Julio Cesar Sampaio do Prado

Leite.

Esta pesquisa visa construir uma abordagem para a modelagem de aspectos de

transparência em processos organizacionais. Nosso objetivo neste questionário é obter

uma compreensão mais ampla quanto à transparência dos processos realizados por

organizações através de sites disponibilizados na web.

Solicito também o seu auxílio na divulgação da pesquisa em sua rede de contatos. O

tempo de resposta das questões é de aproximadamente 60 minutos. O questionário

está disponível no seguinte endereço:

http://pes.inf.puc-rio.br/questionario/

Ao entrar na pesquisa escolha o site “Mercado Livre” para analisar.

Sua resposta será confidencial. Somente o sumário das informações de todos os

respondentes será incluído no relatório final.

Em caso de dúvida, estou disponível para contato através do seguinte e-mail:

[email protected].

Agradeço antecipadamente a sua colaboração.

Claudia Cappelli

Estrutura

O questionário elaborado é formado pelas seguintes partes:

a) Introdução – Explanação sobre o conceito de transparência

b) Informações complementares – Explanação sobre o conceito de processo e

alguns exemplos

c) Questões – Perguntas com respostas objetivas para verificação de

transparência nos processos apresentados no site. Além das respostas

objetivas, é permitida a inclusão de comentários em cada uma das respostas.

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O Questionário

O questionário elaborado contém o seguinte conteúdo:

Questionário sobre Transparência de Software

“Transparência tem sido, por muito tempo, um requisito geral para sociedades

democráticas. O direito de ser informado e de ter acesso à informação tem sido uma

consideração importante nas sociedades modernas. As pessoas querem ser

informadas de maneira apropriada. Dessa forma, transparência é uma característica

muito bem vista para organizações. Entretanto, como o software permeia vários

aspectos da nossa sociedade, em algum ponto no futuro, engenheiros de software

terão que dar conta de mais uma demanda: Transparência. Neste ambiente

vislumbrado, engenheiros terão que possuir métodos, técnicas e ferramentas para

ajudar a fazer software transparente”.

LEITE, J. C. S. P. “Sistemas de Software Transparentes” Palestra convidada

do 20º Simpósio Brasileiro de Engenharia de Software, Outubro 2006.

Disponível em:

http://www.di.inf.puc-rio.br/~julio/Slct-pub/transp-sbes.pdf

Esse questionário visa a análise da transparência de sites de acordo com

critérios específicos: Acessibilidade, Usabilidade, Informativo, Entendimento e

Auditabilidade. Para respondê-lo, basta escolher a alternativa desejada, dentre as

especificadas para cada pergunta, marcando-a com um X. Caso as alternativas não

contemplem o desejado, é possível escolher a opção “nda” (nenhuma das

anteriores) e, se necessário, justificar essa escolha no campo “OBS”.

Agradecemos muito a sua colaboração.

Informações Complementares importantes

Um processo é um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica com

o objetivo de produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo

específico de clientes (Hammer, 1994).

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208

No nosso contexto, o termo “Processo” é utilizado como sinônimo de

simulação, cálculo ou qualquer sequência de ações que permita ao cidadão atingir

seus objetivos. Um processo comumente é caracterizado por permitir interatividade

com o usuário (ex. processo de busca por palavras-chave, em que o usuário precisa

digitar a palavra desejada e clicar em “ok” ou “buscar”). Entretanto, um processo

pode também ser entendido como uma informação. Nesse sentido, um site pode

optar por apenas descrever a sequência de ações através de textos e imagens (ex. um

passo-a-passo do processo) sem necessariamente implementar sua execução.

Na análise do site em relação ao processo, verifique as sequências de ações

interativas e se este oferece uma descrição das sequências, ilustrando o processo a

ser seguido e orientando adequadamente o usuário na execução do mesmo. Seguem

alguns exemplos de processos de acordo com ambas as conotações: (i) baseados em

interações e (ii) vistos como informações.

Exemplo 1. Transações bancárias: Processos Interativos Processos vistos como Informação − Permitir identificação do usuário;

− Consultar o saldo da conta;

− Realizar depósito bancário;

− Realizar transferência de dinheiro; e

Exemplo 2: Compra e venda de produtos: Processos Interativos Processos vistos como Informação − Cadastrar dados pessoais;

− Procurar pelo produto a ser comprado;

− Calcular preço do frete e total da compra; e

− Acompanhar andamento da compra.

Exemplo 3: Busca por arquivos de interesse:

− Descrição passo-a-passo de

como proceder na

identificação do usuário.

− Descrição passo-a-passo de

como proceder na compra

e venda de produtos.

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209

Processos Interativos Processos vistos como Informação − Cadastrar os dados pessoais para acesso

aos arquivos; − Realizar Download de arquivos.

Questões:

1 – Critério Acessibilidade: Capacidade de acesso.

1.1.Subcritério Portabilidade: Capacidade de ser usado em diferentes ambientes.

Questão 1: O site pode ser acessado por diferentes browsers? Ex: O site das lojas

Americanas pode ser acessado via Mozilla Firefox, Internet Explorer, dentre

outros.

� Objetivo: Investigar se o site está preparado para ser acessado a partir de

qualquer browser, seja através de plugins ou outras tecnologias apropriadas.

� Justificativa: Garantir a portabilidade em diferentes browsers para facilitar o

acesso aos conteúdos oferecidos pelo site.

( ) POR TODOS OS BROWSERS QUE CONHEÇO

( ) PELA MAIORIA DOS BROWSERS QUE CONHEÇO

( ) PELA MINORIA DOS BROWSERS QUE CONHEÇO

( ) PELO PRINCIPAL BROWSER QUE CONHEÇO

( ) POR NENHUM DOS BROWSERS QUE CONHEÇO

( ) NDA

Se possível, especifique quais browsers: ___________________________

Comentários: _____________________________________________

Questão 2: É possível salvar a informação usando diferentes formatos? Ex: No

caso do download de um vídeo específico, posso salvar o mesmo em .avi, .mpeg

e .mov.

� Objetivo: Investigar se o site possibilita salvar as informações em formatos que

sejam compatíveis com as preferências de cada usuário.

� Justificativa: Garantir maior flexibilidade e portabilidade através do

salvamento das informações em diferentes formatos, de acordo com as

necessidades e preferências do usuário.

− Descrição passo-a-passo de

como proceder na busca e

no download de arquivos.

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210

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA

DOWNLOAD

( ) PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA NENHUMA DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA

DOWNLOAD

( ) NDA

Se possível, especifique quais formatos são suportados pelo site: __________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: É possível salvar a informação usando formatos abertos? Ex: Formatos

abertos como .mp3 e .jpg.

� Objetivo: Investigar se o site oferece aos usuários opções para trabalhar com

formatos abertos, não proprietários.

� Justificativa: Garantir compatibilidade com as tecnologias e softwares

normalmente usados pelos usuários, salvando as informações em formatos

abertos.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA

DOWNLOAD

( ) PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA DOWNLOAD

( ) PARA NENHUMA DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS PARA

DOWNLOAD

( ) NDA

Se possível, especifique quais formatos abertos são suportados pelo site: _____

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O site oferece diferentes plugins que podem ser usados por outros sites?

Ex: A consulta de CEP, oferecida pelo site dos Correios, é usada em diferentes sites

comerciais (ex. Americanas e Submarino) para facilitar a especificação do endereço

para entrega de encomendas.

� Objetivo: Investigar se o site oferece serviços, através de plugins, que possam

ser usados em outros sites.

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211

� Justificativa: Garantir que os serviços do site sejam oferecidos através de

plugins, disponíveis em outros sites, facilitando o acesso aos serviços por parte

dos usuários.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA ALGUNS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA POUCOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA NENHUM PROCESSO OFERECIDO PELO SITE

( ) NDA

Se possível, especifique alguns desses plugins: _________________________

Comentários: ___________________________________________________

1.2. Subcritério Operabilidade: Capacidade de ser executado.

Questão 1: O site oferece um overview dos principais processos que se propõe a

realizar? Ex: O site oferece um passo-a-passo de como proceder para realizar

determinada seqüência de ações.

� Objetivo: Investigar se o site auxilia o usuário, oferecendo um guia ou pelo

menos uma descrição clara de como realizar determinadas ações.

� Justificativa: Garantir que os processos oferecidos pelo site sejam descritos

previamente e de forma apropriada, facilitando a operabilidade dos mesmos por

parte dos usuários.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA ALGUNS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA POUCOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA NENHUM PROCESSO OFERECIDO PELO SITE

( ) NDA

Se possível, especifique alguns desses processos: _______________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site oferece recursos para mudar as informações e/ou processos? Ex:

O site permite que determinadas informações e/ou processos sejam modificados de

acordo com as necessidades específicas do usuário. É possível acrescentar etapas a

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212

um processo ou otimizá-lo pulando etapas que podem não ser relevantes para as

necessidades do usuário.

� Objetivo: Investigar se o site oferece recursos para acrescentar, modificar ou

excluir informações e processos.

� Justificativa: Garantir maior adaptabilidade e operabilidade do site,

oferecendo ao usuário ajustes (e.g. recursos para manipulação de dados) que

viabilizam ainda mais o uso das informações e processos disponíveis no site.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES E TODOS OS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES E DOS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES E ALGUNS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES E POUCOS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA NENHUMA INFORMAÇÃO E NENHUM PROCESSO OFERECIDO

( ) NDA

Se possível, especifique alguns desses recursos: _________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: A navegabilidade proposta pelo site facilita a operação das informações

e/ou processos? Ex: O site orienta o usuário, através dos seus links, em situações

como cadastro de informações pessoais, acesso à determinada informação ou

cálculo de frete.

� Objetivo: Investigar se o site facilita a operabilidade das informações e

processos usando uma navegação intuitiva e lógica.

� Justificativa: Garantir uma navegabilidade adequada no site, ajudando o

usuário no uso dos processos e no acesso às informações oferecidas no site.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? __________________________________

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213

Comentários: ___________________________________________________

1.3. Subcritério Divulgação: Capacidade de ser conhecido.

Questão 1: O endereço do site (URL) é direto, intuitivo e fácil de ser lembrado? Ex:

O site das lojas Americanas pode ser acessado através da URL:

www.americanas.com.br, que é intuitiva e direta.

� Objetivo: Investigar se a URL do site é fácil de ser lembrada e acessada.

� Justificativa: Garantir que o site seja acessado através de uma URL adequada,

intuitiva e direta, facilitando o acesso às informações e processos, uma vez que

o endereço pode ser facilmente lembrado pelos usuários.

( ) TOTALMENTE DIRETO E INTUITIVO

( ) MUITO DIRETO E INTUITIVO

( ) RAZOAVELMENTE DIRETO E INTUITIVO

( ) POUCO DIRETO E INTUITIVO

( ) NÃO É DIRETO E INTUITIVO

( ) NDA

Se possível, sugira uma URL adequada para o site: ______________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Existem muitos sites que citam (referenciam) o site em questão, seja

através de hiperlinks ou banners? Ex: O site da Receita Federal é citado por vários

sites (ex. Folha Online, UOL e Yahoo) que informam detalhes específicos (ex. data

limite para entrega do imposto de renda) sobre o imposto de renda de pessoa física

ou jurídica.

� Objetivo: Investigar se o site é conhecido e referenciado.

� Justificativa: Garantir que o site analisado é conhecido e referenciado por

outros sites. Sites conhecidos costumam ser mais acessados. Exemplos são os

sites do YouTube e do Google.

( ) MUITOS

( ) A MAIORIA

( ) ALGUNS

( ) POUCOS

( ) NENHUM

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( ) NDA

Se possível, cite alguns sites que referenciam o site analisado: ______________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: É comum encontrar plugins que usam esse site? Ex: O serviço de busca

de CEP, oferecido pelo site dos Correios, é comumente usado em outros sites

através de plugins.

� Objetivo: Investigar se outros sites usam plugins para os serviços oferecidos

pelo site analisado.

� Justificativa: Garantir que as informações e processos do site sejam bem

divulgados através de plugins encontrados em outros sites, facilitando o acesso

por parte dos usuários no momento em que os mesmos necessitam dos serviços.

( ) MUITOS

( ) NA MAIORIA

( ) EM ALGUNS

( ) EM POUCOS

( ) EM NENHUM

( ) NDA

Se possível, cite alguns sites que usam plugins oferecidos no site analisado: __

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O responsável pelo site investe em publicidade visando maior

divulgação do mesmo? Ex: Sites de compra e venda (ex. Americanas e Submarino)

investem em banners associados a diferentes sites de busca (ex. UOL e BuscaPé),

motivando o usuário a clicar em promoções e estimulando o consumo.

� Objetivo: Investigar se o site busca o apoio da mídia, investe em publicidade e

anuncia seus serviços e conteúdos.

� Justificativa: Garantir que o site investe em publicidade para divulgação dos

seus serviços e conteúdos, pois, normalmente sites muito acessados são os mais

conhecidos, mais divulgados pela mídia ou por anúncios em outros sites.

( ) INVESTE MUITO

( ) INVESTE RAZOAVELMENTE

( ) INVESTE POUCO

( ) NDA

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Se possível, cite algum evento, propaganda, anúncio ou site que

caracterize/evidencie o investimento desse site em publicidade: ____________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 5: Você já conhecia ou tinha ouvido falar do site que está sendo

analisado?

� Objetivo: Investigar o quanto o site é realmente conhecido considerando os

próprios voluntários que o estão analisando.

� Justificativa: Obter mais informações que reforçam ou refutam o fato de o site

ser conhecido.

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NDA

Se possível, cite uma referência: _____________________________________

Comentários: ___________________________________________________

1.4. Subcritério Disponibilidade: Capacidade de aceitar solicitações.

Questão 1: O site está sempre no ar? Ex: O site das lojas Americanas pode ser

considerado um site que está sempre disponível.

� Objetivo: Investigar se o site está sempre disponível para consulta e acesso

online por parte dos usuários.

� Justificativa: Garantir que o site esteja sempre disponível, aumentando o

acesso às suas informações e processos por parte dos usuários.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? __________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Os processos existentes no site estão disponíveis? Ex: Se o site solicita

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216

que o usuário esteja cadastrado para acessar determinado conteúdo, o site deve

deixar disponíveis os recursos que viabilizem a realização deste cadastro.

� Objetivo: Investigar com que frequência o site disponibiliza os processos por

ele oferecidos.

� Justificativa: Garantir que os processos oferecidos no site estejam sempre

disponíveis, permitindo maior acesso aos conteúdos do tipo processo e obtendo

maior satisfação dos usuários.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? __________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: As informações que o site oferece estão disponíveis? Ex: O site do

YouTube normalmente disponibiliza os arquivos (ex. diferentes vídeos) desejados

para download.

� Objetivo: Investigar com que frequência o site disponibiliza as informações

por ele oferecidas.

� Justificativa: Garantir que as informações oferecidas no site estejam sempre

disponíveis, permitindo maior acesso aos conteúdos do tipo informação e

obtendo maior satisfação dos usuários.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

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1.5. Subcritério Desempenho: Capacidade de operar adequadamente.

Questão 1: O tempo de resposta do site é adequado ao clicar em um link? Ex: O site

do Google é comumente usado como “homepage” por ser um site leve e que

rapidamente pode ser aberto, independentemente de a rede estar lenta ou não.

� Objetivo: Investigar se o site é rápido, de acordo com a noção de desempenho e

tolerância de cada usuário.

� Justificativa: Garantir que o site tenha uma boa performance, agradando mais

seus usuários e, consequentemente, aumentando o acesso às suas informações e

processos.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O tempo de espera para realizar downloads de arquivos no site é

adequado? Ex: Considerando que o arquivo desejado é pequeno, esse site demora

muito para baixá-lo (em relação ao que você está acostumado e conhece)? O

mesmo conteúdo, em outro site (ex. Site “x”), pode ser adquirido mais

rapidamente?

� Objetivo: Investigar se o site é rápido quando o usuário deseja fazer downloads

de diferentes conteúdos.

� Justificativa: Garantir a satisfação do usuário e a boa performance do site,

disponibilizando downloads rápidos dos conteúdos oferecidos e,

consequentemente, motivando o acesso por parte dos usuários.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

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218

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: O tempo de feedback do processo é adequado? Ex: O site envia

rapidamente um e-mail, torpedo ou ligação confirmando determinado

procedimento?

� Objetivo: Investigar se o site envia uma resposta o mais rápido possível,

informando: (i) como proceder nos próximos passos, (ii) dados cadastrais, (iii)

senhas, (iv) disponibilidade de produtos; (v) status da encomenda; (vi) dentre

outras informações.

� Justificativa: Garantir a satisfação do usuário e a boa performance através de

feedbacks rápidos e do uso de diferentes formas de contato com os usuários (ex.

correio eletrônico, telefone, torpedo, dentre outros).

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários:____________________________________________________

Questão 4: Caso o site ofereça atendimento online, o tempo de espera na “fila” é

adequado? Ex: O site do Submarino tem atendimento online. Normalmente, o

tempo de espera é apropriado, ou seja, não demora muito e eu sou atendido.

� Objetivo: Investigar se o tempo de espera do serviço de atendimento online é

adequado (rápido) e agrada o usuário.

� Justificativa: Garantir o acesso ao site, evidenciando o bom desempenho do

mesmo no atendimento ao usuário.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

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( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

2 - Critério Usabilidade: Capacidade de uso.

2.1. Subcritério Uniformidade: Capacidade de manter uma única forma.

Questão 1: Todos os processos oferecidos pelo site são executados seguindo mais

ou menos o mesmo padrão? Ex: Todos os menus sempre ficam numa mesma

posição em todas as páginas do site, o carrinho de compras sempre pode ser

encontrado no mesmo local em todas as páginas do site.

� Objetivo: Identificar se o site usa uma representação padronizada para oferecer

adequadamente seus processos.

� Justificativa: A padronização de processos do site impacta diretamente a

uniformidade do mesmo.

( ) TODOS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCOS

( ) NENHUM

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site fica trocando os principais frames de posição?

� Objetivo: Identificar se o site padroniza a disposição dos seus frames,

facilitando o uso dos processos e informações oferecidas.

� Justificativa: Verificar a uniformidade da disposição das informações no site.

( ) NUNCA TROCA

( ) RARAMENTE TROCA

( ) REGULARMENTE TROCA

( ) QUASE SEMPRE TROCA

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( ) SEMPRE TROCA

( ) NDA

Isso o desagrada?_______________________________________________

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: Os processos oferecidos podem ser realizados integralmente online?

Objetivo: Identificar se existem processos que não podem ser realizados em

sua íntegra pelo site.

� Justificativa: A completude dos processos oferecidos no site interfere

diretamente na uniformidade do mesmo.

( ) TODOS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCOS

( ) NENHUM

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: As informações são salvas sempre no mesmo formato/extensão? Ex: Se

o site oferece vários vídeos, sempre os mesmos são baixados usando a mesma

extensão (ex. avi)?

� Objetivo: Identificar se o site permite salvar suas informações usando formatos

padronizados.

� Justificativa: Verificar a uniformidade dos formatos dos arquivos

disponibilizados pelo site.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

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2.2. Subcritério Intuitividade: Capacidade de ser utilizado sem aprendizado

prévio.

Questão 1: Existe uma sequência ou passos bem definidos (objetivos, lógicos) para

a realização dos processos oferecidos pelo site?

� Objetivo: Identificar o uso intuitivo de processos do site.

� Justificativa: Processos realizados através de passos bem definidos contribuem

para que os usuários usem adequadamente os processos oferecidos pelo site.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS

( ) PARA A MAIORIA DOS PROCESSOS

( ) PARA APROXIMADAMENTE METADE DOS PROCESSOS

( ) PARA POUCOS PROCESSOS

( ) PARA NENHUM PROCESSO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Os nomes dos processos indicam claramente o que será realizado? Ou

seja, os nomes dos processos condizem com as ações que serão realizadas?

� Objetivo: Identificar o uso intuitivo de processos do site.

� Justificativa: Verificar a intuitividade com base nos nomes dos processos e nas

respectivas ações realizadas pelos mesmos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: Os nomes utilizados fazem parte de um domínio cognitivo comum? Ou

seja, o site usa um vocabulário adequado ao domínio?

� Objetivo: Identificar se o site usa um vocabulário intuitivo que condiz com o

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222

seu domínio cognitivo.

� Justificativa: Verificar a intuitividade com base no uso de um vocabulário

adequado ao domínio cognitivo do site.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: ________________________________________________________

Comentários: __________________________________________________

Questão 4: A forma de executar os processos virtualmente é similar à execução do

processo no mundo real? Ex: É possível acompanhar o andamento de um processo

pelo site ou pelo 0800 da empresa.

� Objetivo: Verificar junto ao mundo real o uso intuitivo de processos do site.

� Justificativa: Comparar a intuitividade no uso de processos disponíveis no

mundo real e no site.

( ) É SEMPRE IDÊNTICA AO MUNDO REAL

( ) É MUITO SIMILAR AO MUNDO REAL

( ) É SIMILAR AO MUNDO REAL

( ) É POUCO SIMILAR AO MUNDO REAL

( ) NÃO, É TOTALMENTE DIFERENTE DO MUNDO REAL

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 5: O site oferece mecanismos tais como: página 1 de 10; produto 1 de 3,

etc.?

� Objetivo: Identificar mecanismos no site que tornem os processos oferecidos

pelo mesmo mais intuitivos.

� Justificativa: Informar ao usuário o total de opções disponíveis no site durante

o processo.

( ) SEMPRE

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( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 6: As principais informações podem ser acessadas logo na página

principal do site?

� Objetivo: Identificar se o site disponibiliza as informações necessárias

(principais) logo na primeira página, facilitando o acesso às mesmas por parte

dos usuários.

� Justificativa: Disponibilizar as principais informações logo na primeira página

contribui positivamente para o uso intuitivo do site por parte dos usuários.

( ) SIM. TODAS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCAS

( ) NENHUMA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 7: E os principais processos, podem ser acessados logo na página

principal do site?

� Objetivo: Identificar se o site disponibiliza os processos necessários

(principais) logo na primeira página, facilitando o acesso aos mesmos por parte

dos usuários.

� Justificativa: Disponibilizar os principais processos logo na primeira página

contribui positivamente para o uso intuitivo do site por parte dos usuários.

( ) SIM. TODOS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCOS

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( ) NENHUM

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

2.3. Subcritério Simplicidade: Capacidade de não apresentar dificuldades ou

obstáculos.

Questão 1: Qual foi a sua primeira impressão em relação ao site?

� Objetivo: Identificar se o site é simples de utilizar.

� Justificativa: Verificar a primeira impressão do usuário no que diz respeito à

simplicidade do site.

( ) MUITO SIMPLES

( ) SIMPLES

( ) COMPLEXIDADE REGULAR

( ) UM POUCO COMPLEXO

( ) COMPLEXO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site possui propagandas (ex. banners e anúncios)?

� Objetivo: Identificar se o site é simples de utilizar.

� Justificativa: Sites com um número grande de propagandas são mais

complexos e menos intuitivos de utilizar.

( ) NENHUMA PROPAGANDA

( ) POUCAS PROPAGANDAS

( ) QUANTIDADE RAZOÁVEL DE PROPAGANDAS

( ) MUITAS PROPAGANDAS

( ) QUANTIDADE EXCESSIVA DE PROPAGANDAS

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

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Questão 3: O site está organizado de forma lógica e adequada? Ex:

Funcionalidades similares ficam agrupadas e as mais importantes são colocadas no

menu principal.

� Objetivo: Identificar se o site é simples de utilizar.

� Justificativa: Verificar se a organização lógica das informações do site

influencia na simplicidade do mesmo.

( ) MUITO BEM ORGANIZADO

( ) BASTANTE ORGANIZADO

( ) RAZOAVELMENTE ORGANIZADO

( ) POUCO ORGANIZADO

( ) MUITO POUCO ORGANIZADO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O site usa cores ou símbolos para classificações? Ex: O uso de estrelas

em sites de venda de produtos para classificar se o produto é bom ou não de acordo

com a opinião de vários clientes que já adquiriram o produto.

� Objetivo: Identificar o site é simples de utilizar.

� Justificativa: O uso de símbolos, cores ou classificações auxilia o usuário e

aumenta a usabilidade do site.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 5: O site faz uso de contraste de cores para facilitar a leitura? Ex: teclado

virtual no site do Banco do Brasil

� Objetivo: Identificar se o site é simples de utilizar.

� Justificativa: Verificar se a otimização na visualização das informações do site

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226

influencia na simplicidade do mesmo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

Essa prática o agrada?____________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 6: Usando poucas ações, é possível executar vários processos? Ex: No site

da Ingresso.com, TAM e GOL bastam apenas três telas para adquirir um

ingresso/passagem com lugar marcado e impressão.

� Objetivo: Identificar a simplicidade na execução de processos do site.

� Justificativa: Verificar se a execução de processos do site é realizada de forma

simples e em poucos passos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

2.4. Subcritério Amigabilidade: Capacidade de uso fácil.

Questão 1: O site oferece wizards para orientar os principais processos?

� Objetivo: Identificar se os processos presentes no site são intuitivos e

amigáveis (user friendly).

� Justificativa: Verificar se o site dispõe de mecanismos amigáveis para ajudar a

utilizar os processos disponíveis pelo mesmo.

( ) TODOS OS PROCESSOS POSSUEM WIZARD

( ) A MAIORIA DOS PROCESSOS POSSUI WIZARD

( ) APROXIMADAMENTE METADE DOS PROCESSOS POSSUI WIZARD

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( ) POUCOS PROCESSOS POSSUEM WIZARD

( ) NENHUM PROCESSO POSSUI WIZARD

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Quando você está realizando um determinado procedimento e encontra

um problema (ex. falta de documento) que o impede de dar continuidade ao mesmo,

o site permite que o procedimento seja realizado, em outro momento, a partir do

ponto em que o mesmo foi interrompido?

� Objetivo: Identificar se os processos presentes no site são intuitivos e

amigáveis (user friendly).

� Justificativa: Verificar se o site dispõe de mecanismos amigáveis para ajudar a

solucionar problemas ocorridos durante a execução de processos disponíveis

pelo mesmo.

( ) PERMITE PARA TODOS OS PROCEDIMENTOS

( ) PERMITE PARA A MAIORIA DOS PROCEDIMENTOS

( ) PERMITE PARA APROXIMADAMENTE METADE DOS

PROCEDIMENTOS

( ) PERMITE PARA POUCOS PROCEDIMENTOS

( ) NÃO PERMITE

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: O site oferece mecanismos básicos como: VOLTAR, PRÓXIMO,

RETORNAR À PÁGINA PRINCIPAL?

� Objetivo: Identificar se o site é intuitivo e amigável .

� Justificativa: Verificar se o site dispõe de mecanismos básicos para tornar sua

navegação mais amigável.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

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( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O site oferece opção de login por um tempo determinado? Ex: O site do

Yahoo oferece uma opção que permite que o usuário acesse seu e-mail sem fazer

login durante duas semanas.

� Objetivo: Identificar o site é intuitivo e amigável.

� Justificativa: O mecanismo de login por tempo determinado ajuda ao site a

tornar seu acesso, uso e navegação mais amigáveis, contribuindo para a

satisfação do usuário.

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 5: O site oferece sugestões/recursos/informações para os próximos passos

de um processo?

� Objetivo: Identificar se o site oferece recursos intuitivos e amigáveis.

� Justificativa: Verificar se o site dispõe de recursos, mecanismos e/ou sugestões

para ajudar a tornar os processos disponíveis pelo mesmo mais amigáveis.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS

( ) PARA A MAIORIA DOS PROCESSOS

( ) PARA APROXIMADAMENTE METADE DOS PROCESSOS

( ) PARA POUCOS PROCESSOS

( ) PARA NENHUM PROCESSO

( ) NDA

OBS: ________________________________________________________

Comentários: __________________________________________________

Questão 6: O site oferece a função de auto-completar informações enquanto o

usuário digita?

� Objetivo: Identificar o site é intuitivo e amigável.

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� Justificativa: O mecanismo de auto-completar auxilia o usuário a navegar pelo

site e contribui, positivamente, para sua satisfação.

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 7: O site oferece a função de texto-preditivo enquanto o usuário digita?

Ex: No site YouTube, durante a busca de um vídeo, o mesmo oferece sugestões de

nomes para a busca enquanto o usuário digita.

� Objetivo: Identificar o site é intuitivo e amigável (user friendly).

� Justificativa: O mecanismo de texto-preditivo é eficiente para navegação em

um site, mais amigável e intuitivo.

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

2.5. Subcritério Compreensibilidade: Capacidade de ser entendido.

Questão 1: Você teve dúvidas de como proceder, em um primeiro momento, para

realizar o que desejava? Ou seja, você teve dúvidas de como começar um

determinado processo?

� Objetivo: Identificar se os processos presentes no site são compreensíveis.

� Justificativa: Verificar se o usuário teve dúvidas ao utilizar os principais

processos disponíveis no site ajuda a avaliar a compreensibilidade.

( ) NUNCA

( ) RARAMENTE

( ) REGULARMENTE

( ) QUASE SEMPRE

( ) SEMPRE

( ) NDA

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OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: A linguagem e o vocabulário usados pelo site estão de acordo com o

domínio do problema?

� Objetivo: Identificar se as informações disponíveis pelo site são

compreensíveis.

� Justificativa: Verificar se a linguagem e o vocabulário disponíveis pelo site

estão de acordo com o domínio do problema ajuda a avaliar a

compreensibilidade.

( ) TOTALMENTE DE ACORDO

( ) PARCIALMENTE DE ACORDO

( ) RAZOAVELMENTE DE ACORDO

( ) POUCO

( ) MUITO POUCO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: A linguagem e o vocabulário usados pelo site estão de acordo com o

público alvo do mesmo?

� Objetivo: Identificar se as informações disponíveis pelo site são

compreensíveis.

� Justificativa: No que tange à compreensibilidade, é importante utilizar uma

linguagem e um vocabulário de acordo com os usuários que terão acesso ao site.

( ) TOTALMENTE DE ACORDO

( ) PARCIALMENTE DE ACORDO

( ) RAZOAVELMENTE DE ACORDO

( ) POUCO

( ) MUITO POUCO

( ) NDA

OBS: _________________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

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3 – Critério Informativo: Capacidade de prover informações com qualidade.

3.1. Subcritério Clareza: Capacidade de prover informações com nitidez.

Questão 1: O vocabulário do site é intuitivo, natural e adequado? Ex:

Considerando um site tipicamente de transações bancárias, o site do Banco do

Brasil oferece, na maioria das vezes, informações usando linguagem natural

adequada que indicam de certa forma a operação que será realizada: (i) consulta de

saldo, (ii) depósito bancário e (iii) pagamento de conta.

� Objetivo: Investigar se o site usa um vocabulário adequado ao seu público alvo

e domínio.

� Justificativa: Garantir que o vocabulário usado no site esteja de acordo com o

público alvo e o domínio, facilitando o entendimento e tornando mais clara a

exposição das informações e dos processos.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Existem definições dos processos que podem ser realizados no site?

Ex: O site da Sony oferece um passo-a-passo que guia o processo de configuração

de produtos eletrônicos (ex. notebook Sony Vaio) utilizando menus, abas,

descrições, imagens e simulações.

� Objetivo: Investigar se o site explique os processos que podem ser realizados.

� Justificativa: Garantir que o site explique adequadamente seus processos,

descrevendo claramente suas sequências de ações e facilitando o uso por parte

dos usuários.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA ALGUNS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

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( ) PARA POUCOS PROCESSOS OFERECIDOS PELO SITE

( ) PARA NENHUM PROCESSO OFERECIDO PELO SITE

( ) NDA

Se possível, especifique alguns desses processos: _______________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: O site oferece fontes alternativas (complementares) caso o usuário

deseje saber mais detalhes sobre uma determinada informação ou processo? Ex:

Notícias apresentadas na Folha Online usam links que referenciam (i) matérias

anteriores e relacionadas; (ii) páginas pessoais das pessoas citadas no texto; e (iii)

páginas das empresas que oferecem maiores detalhes sobre determinado produto

anunciado.

� Objetivo: Investigar se o site oferece recursos (fontes alternativas e

informações complementares) que ajudam a esclarecer dúvidas sobre

determinadas informações ou processos disponíveis no site.

� Justificativa: Garantir que o site seja explicativo, intuitivo, verdadeiro e ético,

permitindo ao usuário esclarecer suas dúvidas usando fontes alternativas e

tornando mais claro como proceder para atingir determinados objetivos.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES E TODOS OS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES E DOS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES E ALGUNS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES E POUCOS PROCESSOS

OFERECIDOS

( ) PARA NENHUMA INFORMAÇÃO E NENHUM PROCESSO OFERECIDO

( ) NDA

Se possível, especifique um caso em que isso ocorre: _____________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O site é focado em temas bem definidos/relacionados? Ex: O site da

Receita Federal é um exemplo de site focado em informações pertinentes para

pessoas físicas e jurídicas no que diz respeito ao imposto de renda (ex. cálculo de

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cotas, consulta a declarações entregues anteriormente, regularizações de débitos

junto ao governo, dentre outros).

� Objetivo: Investigar se o site tem um propósito bem definido, sem gerar

dúvidas sobre seus serviços e conteúdos.

� Justificativa: Garantir que o conteúdo do site esteja de acordo com o domínio,

contemplando informações e processos que condizem com esse domínio.

( ) TOTALMENTE FOCADO

( ) MUITO FOCADO

( ) RAZOAVELMENTE FOCADO

( ) POUCO FOCADO

( ) NÃO É FOCADO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 5: Existe lógica na organização das informações? Ex: No site dos

Correios, a organização das informações que orientam o processo de rastreamento

de encomendas é adequada, permitindo que o processo seja realizado facilmente. O

site oferece um passo-a-passo, explicando que o número do código a ser digitado no

campo especificado deve conter 13 caracteres (ex: SS987654321BR). As

informações surgem à medida que o usuário precisa delas, exatamente acima da

combo a ser selecionada ou da caixa de edição em que o código da encomenda é

solicitado.

� Objetivo: Investigar se o site oferece recursos (ex. abas, descrições,

passo-a-passo, wizards) que facilitam o uso e o acesso às informações e

processos.

� Justificativa: Garantir que o site seja auto-explicativo e fácil de ser usado por

parte dos usuários.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES OFERECIDAS NO SITE

( ) PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS NO SITE

( ) PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS NO SITE

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS NO SITE

( ) PARA NENHUMA DAS INFORMAÇÕES OFERECIDAS NO SITE

( ) NDA

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Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 6: O site oferece acesso às políticas usadas no mesmo? Ex. No site do

Yahoo, para alguns processos (ex. armazenamento de fotos, e-mails e construção de

páginas), o usuário tem acesso às políticas de privacidade e de acesso.

� Objetivo: Investigar se o site deixa explícito o acesso às normas, políticas de

privacidade e de acesso.

� Justificativa: Garantir que o site seja ético, correto e digno de credibilidade por

parte dos usuários, deixando seus usuários cientes das políticas usadas no site,

evitando descontentamento de ambas as partes (usuários e responsáveis pelo

site).

( ) PARA TODOS OS CASOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS CASOS

( ) PARA OS PRINCIPAIS CASOS

( ) PARA ALGUNS CASOS (NÃO PRINCIPAIS)

( ) PARA POUCOS CASOS ( ) PARA NENHUM DOS CASOS

( ) O SITE NÃO OFERECE ACESSO ÀS POLÍTICAS

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 7: Caso exista um fórum/lista de discussão/serviços específicos no site, há

uma organização pré-definida da estrutura desses recursos? O site explica como o

fórum/lista/serviço funciona; como está organizado(a); se existe uma forma de

buscar informações aplicando filtros; como ser membro desse fórum (ou dessa lista,

ou desse serviço); dentre outras informações? Ex: No site dos Correios, existe um

serviço oferecido logo na página principal, denominado “Exporta Fácil”. O site dos

Correios oferece um link “Conheça nosso serviço”. Através desse link o usuário

obtém explicações de como o serviço funciona, como adquiri-lo, antes mesmo de

propriamente usá-lo.

� Objetivo: Investigar se o site oferece adequadamente informações sobre como

funcionam os seus serviços.

� Justificativa: Garantir que o site seja organizado, bem-estruturado, intuitivo e

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235

claro quando o mesmo se propõe a expor suas informações e processos,

permitindo ao usuário proceder mais adequadamente para atingir seus

objetivos.

( ) PARA TODOS OS CASOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS CASOS

( ) PARA OS PRINCIPAIS CASOS

( ) PARA ALGUNS CASOS (NÃO PRINCIPAIS)

( ) PARA POUCOS CASOS ( ) PARA NENHUM DOS CASOS

( ) O SITE NÃO OFERECE FÓRUM/LISTA DE DISCUSSÃO/SERVIÇO

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

3.2. Subcritério Acurácia: Garantia da ausência de erros.

Questão 1: Existem ambiguidades nas informações ou processos? Ex: Existem

sites que usam o mesmo termo para descrever processos diferentes. Sensações

típicas: dificuldade, confusão e dúvida (ex. Qual dos processos realiza o que eu

realmente quero e preciso?).

� Objetivo: Investigar se o site não usa o mesmo termo para tratar diferentes

processos.

� Justificativa: Garantir que o site não seja ambíguo, evitando confundir o

usuário.

( ) O SITE NÃO É AMBÍGUO

( ) O SITE É POUCO AMBÍGUO

( ) O SITE É RAZOAVELMENTE AMBÍGUO

( ) O SITE É MUITO AMBÍGUO

( ) O SITE É TOTALMENTE AMBÍGUO

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo de ambiguidade encontrado no site: _________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Existe redundância nos processos? Ex: Existem sites em que dois

processos, com nomes diferentes, realizam as mesmas sequencias de atividades.

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236

Sensações típicas: dificuldade, confusão e dúvida (ex. Qual deles é o correto?

Tenho de fazer os dois?).

� Objetivo: Investigar se o site usa nomes diferentes para tratar o mesmo

processo.

� Justificativa: Garantir que o site não seja redundante, evitando confundir o

usuário.

( ) O SITE NÃO É REDUNDANTE

( ) O SITE É POUCO REDUNDANTE

( ) O SITE É RAZOAVELMENTE REDUNDANTE

( ) O SITE É MUITO REDUNDANTE

( ) O SITE É TOTALMENTE REDUNDANTE

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo de redundância encontrado no site: _________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: Caso o site defina determinado processo, o mesmo é realizado de

acordo com a sua definição? Ex: No site das lojas Americanas são descritos,

previamente, os cartões aceitos no pagamento das compras. No ato da compra, os

cartões são realmente aceitos.

� Objetivo: Investigar se o site informa adequadamente detalhes sobre os seus

processos, como definições que condizem com as sequências de ações

realizadas ao longo dos processos.

� Justificativa: Garantir que o site seja informativo, claro e de fácil uso por parte

dos usuários.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo: ______________________________________

Comentários: ___________________________________________________

3.3. Subcritério Completeza: Capacidade de não faltar nada do que pode ou deve

ter.

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Questão 1: Em relação aos outros sites de mesmo domínio, o site em questão

possui as funcionalidades necessárias (principais)? Ex: No site do Banco do Brasil,

na maioria dos casos, o usuário consegue realizar as operações esperadas para o

domínio de transações bancárias, tais como: consulta de saldo, extrato bancário,

pagamento de conta e transferência de dinheiro. Essas mesmas funcionalidades

costumam ser encontradas em outros sites bancários.

� Objetivo: Investigar se o site oferece as funcionalidades necessárias e

esperadas pelos usuários em comparação a outros sites do mesmo domínio.

� Justificativa: Garantir que o site ofereça as funcionalidades básicas e esperadas

pelos usuários.

( ) TODAS AS FUNCIONALIDADES

( ) A MAIOR PARTE DAS FUNCIONALIDADES

( ) ALGUMAS FUNCIONALIDADES

( ) POUCAS FUNCIONALIDADES

( ) NENHUMA FUNCIONALIDADE

( ) NDA

Se possível, cite uma funcionalidade que você acredita ser importante e que não

foi tratada no site: _______________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: De acordo com o domínio, o site possui as informações necessárias?

Ex: No caso da Livraria Saraiva, o site oferece consulta ao CEP de acordo com o

nome da Rua/Avenida/Alameda/Outros, da cidade e do estado. Entretanto, os CEPs

oferecidos como resposta não distinguem adequadamente os números pares e

ímpares (lado esquerdo e direito da Rua/Avenida/Alameda/Outros), forçando o

usuário a optar pelo mais próximo.

� Objetivo: Investigar se o site oferece as informações necessárias e esperadas

pelos usuários de acordo com o seu domínio.

� Justificativa: Garantir que o site seja completo em termos de informações e,

consequentemente, mais informativo.

( ) TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS INFORMAÇÕES

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( ) POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NENHUMA INFORMAÇÃO

( ) NDA

Se possível, cite uma informação que você acredita ser importante e que não foi

tratada no site: __________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: De acordo com o domínio, o site possui os processos necessários? Ex:

Existem sites de compra e venda que oferecem formas de buscar um determinado

produto. Essa funcionalidade é essencial, desejada e facilita muito a localização do

produto desejado.

� Objetivo: Investigar se o site oferece os processos necessários e esperados

pelos usuários de acordo com o domínio.

� Justificativa: Garantir que o site seja completo em termos de processos e,

consequentemente, mais informativo.

( ) TODOS OS PROCESSOS

( ) A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS

( ) ALGUNS PROCESSOS

( ) POUCOS PROCESSOS

( ) NENHUM PROCESSO

( ) NDA

Se possível, cite um processo que você acredita ser importante e que não foi

tratado no site: ___________________________________________________

Comentários: ___________________________________________________

3.4. Subcritério Corretude: Capacidade de ser isento de erros.

Questão 1: As informações oferecidas pelo site estão corretas? Isso pode ser

verificado no próprio site ou a partir de outros. Ex: Sites de notícias (ex. UOL,

Yahoo e Folha Online) costumam divulgar determinados acontecimentos

fornecendo as fontes para maiores detalhes e que, de certa forma, dão credibilidade

ao que está sendo anunciado.

� Objetivo: Investigar se o site disponibiliza informações condizentes com as

fontes originais.

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� Justificativa: Garantir que o site seja ético e digno de credibilidade por parte

dos usuários, através da disponibilização de informações condizentes com as

fontes originais.

( ) TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

( ) AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS INFORMAÇÕES (NÃO PRINCIPAIS)

( ) POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NENHUMA INFORMAÇÃO

( ) NÃO FOI POSSÍVEL ANALISAR

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Os processos oferecidos pelo site estão corretos? Isso pode ser

verificado no próprio site ou a partir de outros. Ex: Quando um site simula o cálculo

de uma taxa extra. Esse processo pode ser considerado correto? Ou seja, a cotação

do dólar está correta, o imposto está correto, o cálculo está baseado em leis

municipais, os valores usados respeitam o código do consumidor, dentre outros.

� Objetivo: Investigar se o site disponibiliza seus processos com base em leis,

normas, direitos dos consumidores, direitos humanos, dentre outras boas

condutas.

� Justificativa: Garantir que o site seja ético e digno de credibilidade por parte

dos usuários, disponibilizando seus processos com base em leis, normas e

outras boas condutas.

( ) TODOS OS PROCESSOS

( ) A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS

( ) OS PRINCIPAIS PROCESSOS

( ) ALGUNS PROCESSOS (NÃO PRINCIPAIS)

( ) POUCOS PROCESSOS

( ) NENHUM PROCESSO

( ) NÃO FOI POSSÍVEL ANALISAR

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: ___________________________________________________

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Questão 3: Os links, quando clicados, direcionam para as páginas corretas? Ex: No

site dos Correios, todos os links da primeira página (ex. “busca CEP”,

“rastreamento de objetos”, “envie seu telegrama” e “preços e tarifas”) permitem

acessar corretamente as páginas desejadas com base nos nomes dados aos

processos.

� Objetivo: Investigar se o site se preocupa com a satisfação do usuário,

guiando-o através de links que condizem com os conteúdos apresentados nas

páginas de origem.

� Justificativa: Garantir a satisfação do usuário e o acesso às informações e

processos oferecidos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo: ______________________________________

Comentários: ___________________________________________________

3.5. Subcritério Consistência: Capacidade de resultado aproximado de várias

medições de um mesmo item.

Questão 1: Tudo que o site se propõe a realizar, seja através de simulação, cálculo

ou busca, oferece o mesmo resultado? Ex: O site dos Correios, quando a busca por

um CEP é solicitada, passando as mesmas informações (UF, localidade, tipo e

logradouro e nº), sempre oferece os mesmos resultados.

� Objetivo: Investigar se os processos oferecidos pelo site podem ser dignos de

credibilidade por parte dos usuários.

� Justificativa: Garantir credibilidade ao site no diz respeito aos processos

oferecidos pelo mesmo, seja através de simulações, cálculos ou buscas por

informações. Ou seja, para os mesmos valores de entrada, esperam-se os

mesmos resultados sempre.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

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( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo: _____________________________________

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Um determinado link, quando clicado, sempre direciona para a mesma

página (mesmo que errada)? Ex: É comum encontrarmos sites na Internet nos quais

determinados links direcionam sempre para uma página que não condiz com o que

esperávamos. Entretanto, sempre acontece da mesma forma.

� Objetivo: Investigar se os links do site sempre direcionam para as mesmas

páginas, mesmo que sejam páginas que não condizem com o esperado.

� Justificativa: Garantir que o site seja consistente. Um erro que sempre ocorre

da mesma maneira caracteriza, mesmo que de forma não apropriada, um site

consistente.

( ) SEMPRE

( ) ALGUMAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NDA

Se possível, cite um exemplo: ______________________________________

Comentários: ___________________________________________________

3.6. Subcritério Integridade: Capacidade de ser preciso e rigoroso.

Questão 1: No caso de sites que manipulam informações públicas, estas são

oferecidas de forma imparcial?

� Objetivo: Investigar se o site é ético, imparcial, íntegro e verdadeiro.

� Justificativa: Garantir que o site seja verdadeiro, informativo e transparente,

pois o mesmo procura revelar a verdade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

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( ) NDA

Na sua opinião, esse site é imparcial? _______________________________

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O site oferece mecanismos que garantem a integridade das informações

armazenadas? Ex: O site oferece formas de visualização para confirmação das

informações cadastradas pelo usuário. Ou seja, o site permite que o usuário

visualize as informações que foram cadastradas e solicita uma confirmação dos

dados.

� Objetivo: Investigar se o site oferece recursos que propiciam ao usuário a

visualização e a confirmação dos dados que estão sendo armazenados.

� Justificativa: Garantir a integridade das informações armazenadas no site,

tornando transparente o processo de cadastramento, armazenamento,

gerenciamento e manipulação dos dados dos usuários.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS

( ) PARA A MAIORIA DAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS

( ) PARA ALGUMAS DAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS

( ) O SITE NÃO OFERECE MECANISMOS

( ) NDA

Na sua opinião, poderia ser melhor? _________________________________

Comentários: __________________________________________________

4 – Critério Entendimento: Capacidade de ter seus processos e informações

entendidos.

4.1. Subcritério: Compositividade: Capacidade de construir ou formar a partir de

diferentes partes.

Questão 1: Quando é necessária uma determinada informação ou operação, o site

oferece suporte para obtê-la sem ter de recorrer a outro site (ex. usando um plugin

no mesmo site)? Ex: Na Americanas.com podemos consultar o valor do Sedex sem

precisar entrar na página dos Correios.

� Objetivo: Investigar se o site possui alguma funcionalidade que permita acessar

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243

informações de outra organização sem necessariamente ter que entrar em outro

site.

� Justificativa: Garantir a possibilidade de acesso a informações de outros

domínios a partir do próprio site.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL ACESSAR INFORMAÇÕES EXTERNAS

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL ACESSAR INFORMAÇÕES

EXTERNAS

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL ACESSAR INFORMAÇÕES EXTERNAS

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL ACESSAR INFORMAÇÕES EXTERNAS

( ) NUNCA É POSSÍVEL ACESSAR INFORMAÇÕES EXTERNAS

( ) NDA

Se possível, indique que informações externas podem ser acessadas: ________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site oferece mecanismos para compor uma nova informação a partir

de outras? Ex: Acesso à base de dados.

� Objetivo: Investigar se o site possui alguma funcionalidade que permite compor

informações a partir de outras existentes.

� Justificativa: Garantir a possibilidade de composição de informações a partir de

outras existentes.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL AGRUPAR INFORMAÇÕES

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL AGRUPAR INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL AGRUPAR INFORMAÇÕES

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL AGRUPAR INFORMAÇÕES

( ) NUNCA É POSSÍVEL AGRUPAR INFORMAÇÕES

( ) NDA

Se possível, indique que informações podem ser agrupadas: ______________

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: O site oferece mecanismos para composição de um novo serviço a

partir de outros serviços já existentes? Ex: Personalização, hiperlinks.

� Objetivo: Investigar se o site possui alguma funcionalidade que permita compor

serviços partir de outros já existentes.

� Justificativa: Garantir a possibilidade de composição de serviços a partir de

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244

outros já existentes.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL COMPOR SERVIÇOS

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL COMPOR SERVIÇOS

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL COMPOR SERVIÇOS

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL COMPOR SERVIÇOS

( ) NUNCA É POSSÍVEL COMPOR SERVIÇOS

( ) NDA

Se possível, indique que serviços podem ser agrupados: __________________

Comentários: ___________________________________________________

4.2. Subcritério: Concisão: Capacidade de ser resumido.

Questão 1: O site oferece uma forma de ver apenas o que é desejado? Ex:

Customização de página, customização de processos.

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que suporte resumir ou

customizar as funcionalidades oferecidas, de modo que o usuário tenha apenas

disponível o que é de seu interesse.

� Justificativa: Garantir a capacidade de resumir processos através de escolhas

do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NDA

Se possível indique o que foi possível customizar ______________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site permite resumir as informações apresentadas? Ex: Em um

relatório ou documento apresentado, é possível ver somente a parte interessante

para o usuário?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permita resumir ou

customizar as informações oferecidas, de modo que o usuário tenha disponível

apenas o que é de seu interesse.

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245

� Justificativa: Garantir a capacidade de resumir informações através de escolhas

do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NDA

Se possível, indique o que foi possível customizar: _____________________

Comentários: __________________________________________________

4.3. Subcritério: Divisibilidade: Capacidade de ser particionado.

Questão 1: É possível detalhar uma determinada informação? Ex: Em um relatório

ou documento apresentado, é possível detalhar alguma informação que seja

interessante para o usuário?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permita detalhar

informações em unidades menores.

� Justificativa: Garantir a capacidade de detalhar informações em unidades

menores através de escolhas do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NDA

Se possível, indique o que foi possível detalhar: _________________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: É possível detalhar determinado processo?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permita detalhar processos

em unidades menores.

� Justificativa: Garantir a capacidade de detalhar processos em unidades menores

através de escolhas do usuário.

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246

( ) SEMPRE É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NDA

Se possível, indique o que foi possível detalhar: _________________________

Comentários: ___________________________________________________

4.4. Subcritério: Dependência: Capacidade de identificar a relação entre as partes

de um todo.

Questão 1: O site permite relacionar as informações e/ou processos? Ex:

Referência circular através de hiperlinks.

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que apóie a indicação de

relacionamentos entre informações e/ou processos.

� Justificativa: Garantir a capacidade de detalhar e relacionar informações e/ou

processos através de escolhas do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL ENCONTRAR OS RELACIONAMENTOS

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR OS

RELACIONAMENTOS

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR OS

RELACIONAMENTOS

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR OS RELACIONAMENTOS

( ) NUNCA É POSSÍVEL ENCONTRAR OS RELACIONAMENTOS

( ) NDA

Se possível, indique o que foi possível verificar: ______________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Para a realização dos processos oferecidos pelo site ou para o

entendimento das informações disponibilizadas, é necessário utilizar processos ou

informações de outras fontes? Ex: No site, há algum tipo de cálculo com moeda

estrangeira e este não apresenta a cotação atualizada destas moedas?

� Objetivo: Identificar se existe necessidade de buscar informações em outros

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247

sites para realização dos processos propostos pelo site em análise.

� Justificativa: Garantir que não seja necessário buscar informações externas

para a realização dos processos do site.

( ) NUNCA É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES FORA DO SITE

( ) POUCAS VEZES É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES FORA DO

SITE

( ) ALGUMAS VEZES É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES FORA DO

SITE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES

FORA DO SITE

( ) SEMPRE É NECESSÁRIO BUSCAR INFORMAÇÕES FORA DO SITE

( ) NDA

Se possível, indique o que foi necessário buscar fora do site: ______________

Comentários: ___________________________________________________

4.5. Subcritério: Extensibilidade: Capacidade de utilização em mais de um caso.

Questão 1: O site permite acrescentar novos plugins (desejados pelo usuário)? Ex:

Widgets.

� Objetivo: Identificar se o site permite a inclusão de funções ou programas que

sejam necessários ao usuário de forma a generalizar o uso.

� Justificativa: Garantir a capacidade de inclusão de funções ou programas

através de escolhas do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL INCLUIR NOVOS PLUGINS

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR NOVOS PLUGINS

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR NOVOS PLUGINS

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR NOVOS PLUGINS

( ) NUNCA É POSSÍVEL INCLUIR NOVOS PLUGINS

( ) NDA

Se possível, indique plugins que poderiam ser acrescentados: ______________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: O site permite a generalização de relatórios/telas através da mudança

no formato de campos ou inclusão de informações existentes em outras fontes?

� Objetivo: Identificar se o site possui mecanismos que tornem seus processos

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248

genéricos (usados em mais de um caso).

� Justificativa: Garantir a existência de mecanismos de generalização através de

escolhas do usuário.

( ) OS PROCESSOS SEMPRE ATENDEM A TODOS OS CASOS

( ) OS PROCESSOS NA MAIORIA DAS VEZES ATENDEM A TODOS OS

CASOS

( ) OS PROCESSOS ALGUMAS VEZES ATENDEM A TODOS OS CASOS

( ) OS PROCESSOS POUCAS VEZES ATENDEM A TODOS OS CASOS

( ) OS PROCESSOS NUNCA ATENDEM A TODOS OS CASOS

( ) NDA

Comentários: ___________________________________________________

4.6. Subcritério: Adaptabilidade: Capacidade de mudar de acordo com as

circunstâncias e necessidades.

Questão 1: É possível alterar ou incluir novos valores em pontos específicos do

processo? Ex: No site do Currículo Lattes, quando a combo “Profissões” não

oferece o cargo desejado, o usuário pode incluir um novo item no cadastro de

profissões. Este novo item passa a fazer parte da base de dados, podendo ser

utilizado por outro usuário.

� Objetivo: Identificar se o site permite a inclusão de informações que se tornem

parte do processo.

� Justificativa: Garantir a capacidade de adaptação das informações.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL INCLUIR INFORMAÇÕES

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR INFORMAÇÕES

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL INCLUIR INFORMAÇÕES

( ) NUNCA É POSSÍVEL INCLUIR INFORMAÇÕES

( ) NDA

Se possível, indique que informações puderam ser incluídas: ______________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: É possível personalizar o site para adaptá-lo às necessidades de

entendimento dos processos e informações? Ex: Pedir para exibir uma lista de

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249

atores do processo que se está executando, de modo que o usuário possa identificar

em quantas partes está envolvido diretamente.

� Objetivo: Identificar se o site permite a inclusão de funcionalidades que o

tornem personalizado para o usuário, de modo que este possa ter um melhor

entendimento sobre os processos e informações disponíveis.

� Justificativa: Garantir a capacidade de adaptação do site para um melhor

entendimento sobre os processos e informações disponibilizadas.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NDA

Se possível, indique que informações puderam ser personalizadas: __________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 3: É possível personalizar o site para destacar as funções que você mais

usa nesse site? Ex: No Wordpress, é possível acrescentar calendários e

disponibilizar os arquivos mais recentes na página principal.

� Objetivo: Identificar se o site permite identificar as funcionalidades mais usadas

pelo usuário, de modo que este possa ter conhecimento sobre o que mais utiliza.

� Justificativa: Garantir a capacidade de adaptação do site para um melhor

entendimento sobre os processos e informações disponibilizadas.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL PERSONALIZAR

( ) NDA

Se possível, indique que informações puderam ser personalizadas: __________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: O site permite realizar um determinado processo de forma diferente?

Ex: O site solicita um documento de identificação fixo (ex. identidade) para acesso

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a uma determinada informação. Suponhamos que o usuário não possua esse

documento. Ele poderia informar o CPF ou outro documento que o identifique da

mesma forma (ex. carteira de motorista).

� Objetivo: Identificar se o site permite adaptar um processo ou o fornecimento de

uma informação em tempo real.

� Justificativa: Garantir a capacidade de adaptação do site para facilitação do

uso.

( ) TODOS OS PROCESSOS PERMITEM ADAPTAÇÃO

( ) A MAIORIA DOS PROCESSOS PERMITE ADAPTAÇÃO

( ) ALGUNS PROCESSOS PERMITEM ADAPTAÇÃO

( ) POUCOS PROCESSOS PERMITEM ADAPTAÇÃO

( ) NENHUM PROCESSO PERMITE ADAPTAÇÃO

( ) NDA

Se possível, indique que adaptações puderam ser feitas: __________________

Comentários: ___________________________________________________

5 – Critério Auditabilidade: Capacidade de exame analítico.

5.1. Subcritério: Explicável: Capacidade de explicar as ações (processos) e

informações.

Questão 1: O site oferece help online ou manual?

� Objetivo: Identificar se o site fornece informações sobre suas funcionalidades,

facilitando o uso das mesmas por parte dos usuários.

� Justificativa: Garantir a capacidade de explicação dos processos e informações

existentes no site.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL ENCONTRAR AS INFORMAÇÕES

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR AS

INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR AS INFORMAÇÕES

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL ENCONTRAR AS INFORMAÇÕES

( ) NUNCA É POSSÍVEL ENCONTRAR AS INFORMAÇÕES

( ) NDA

Comentários: ___________________________________________________

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Questão 2: O site oferece dúvidas frequentes? O site da Receita Federal oferece

esse recurso para esclarecer dúvidas sobre o imposto de renda de pessoa física e

jurídica.

� Objetivo: Identificar se o site fornece informações sobre dúvidas já conhecidas.

� Justificativa: Garantir a capacidade de explicação dos processos e informações

existentes no site.

( ) OFERECE RESPOSTAS A QUASE TODAS AS DÚVIDAS FREQUENTES

( ) OFERECE RESPOSTAS A MUITAS DÚVIDAS FREQUENTES

( ) OFERECE RESPOSTAS A ALGUMAS DÚVIDAS FREQUENTES

( ) OFERECE RESPOSTAS A POUCAS DÚVIDAS FREQUENTES

( ) NÃO OFERECE RESPOSTAS A DÚVIDAS FREQUENTES

( ) NDA

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: O site oferece fórum?

� Objetivo: Identificar se o site fornece espaço para discussão entre os usuários.

� Justificativa: Garantir a capacidade de discussão sobre os processos e

informações existentes no site.

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NDA

Comentários: __________________________________________________

5.2. Subcritério: Rastreabilidade: Capacidade de seguir o desenvolvimento de

um processo ou a construção de uma informação, suas mudanças e justificativas.

Questão 1: O processo pode ser acompanhado e/ou monitorado? Ex: O site dos

Correios oferece o rastreamento da encomenda através de um número.

� Objetivo: Identificar se o site permite rastrear as informações sobre um

determinado processo.

� Justificativa: Garantir a capacidade de acompanhar o andamento de um

processo.

( ) TODOS OS PROCESSOS PODEM SER ACOMPANHADOS

( ) A MAIORIA DOS PROCESSOS PODE SER ACOMPANHADA

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( ) ALGUNS PROCESSOS PODEM SER ACOMPANHADOS

( ) POUCOS PROCESSOS PODEM SER ACOMPANHADOS

( ) NENHUM PROCESSO PODE SER ACOMPANHADO

( ) NDA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O site explicita as fontes das informações apresentadas? Ex: No site da

Receita Federal (em alguns itens), temos links para o Diário Oficial.

� Objetivo: Identificar se o site permite obter a origem dos processos e

informações.

� Justificativa: Garantir a capacidade de conhecimento sobre a origem dos

processos e informações.

( ) SEMPRE SÃO EXPLICITADAS AS FONTES

( ) A MAIORIA DAS FONTES SÃO EXPLICITADAS

( ) ALGUMAS FONTES SÃO EXPLICITADAS

( ) POUCAS FONTES SÃO EXPLICITADAS

( ) NENHUMA FONTE É EXPLICITADA

( ) NDA

Se possível, indique que fontes foram explicitadas: _____________________

Comentários: __________________________________________________

5.3. Subcritério: Verificabilidade: Capacidade de ser legitimado. Permite

identificar se o que está sendo feito é o que deve ser feito.

Questão 1: Existem formas de se legitimar a informação oferecida pelo site? Ex:

Em vários sites é possível, através de comando, ver o código fonte da página.

� Objetivo: Identificar se o site oferece mecanismos que permitam legitimar as

informações disponibilizadas pelo site.

� Justificativa: Garantir a capacidade de conhecimento sobre as informações

oferecidas pelo site.

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR A MAIORIA DAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR ALGUMAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NÃO É POSSÍVEL LEGITIMAR INFORMAÇÃO ALGUMA

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( ) NDA

Comentários: __________________________________________________

5.4. Subcritério: Validação: Capacidade de ser testado por experimento ou

observação. Permite identificar se o que está sendo feito é correto.

Questão 1: Existem formas de se legitimar o processo oferecido pelo site? É

possível verificar se o processo executado é realmente o que acontece no mundo

real? Ex: É possível verificar se as etapas apresentadas no processo de

encaminhamento e postagem da Amazon realmente acontecem na prática?

� Objetivo: Identificar se a organização faz na prática o que o processo

explicitado no site diz que faz.

� Justificativa: Garantir que a prática do processo seja exatamente como está

sendo informado para o usuário no site.

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR TODOS OS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR A MAIORIA DOS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR ALGUNS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL LEGITIMAR POUCOS PROCESSOS

( ) NÃO É POSSÍVEL LEGITIMAR PROCESSO ALGUM

( ) NDA

Se possível, indique processos puderam ser legitimados: _________________

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Existem formas de se garantir as informações oferecidas pelo site

através de testes? Ex: Ferramentas, softwares, testes de caixa-preta.

� Objetivo: Identificar através de testes se as informações oferecidas são

verdadeiras.

� Justificativa: Garantir que as informações apresentadas podem ser verificadas.

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR TODOS AS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR A MAIORIA DAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR ALGUMAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NÃO É POSSÍVEL VERIFICAR INFORMAÇÃO ALGUMA

( ) NDA

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Se possível, indique informações que puderam ser verificadas: ____________

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: Existem formas de se garantir o processo oferecido pelo site usando

testes? Ex: Através de testes com o usuário.

� Objetivo: Identificar, através de testes, se os processos oferecidos são

verdadeiros.

� Justificativa: Garantir que os processos apresentados possam ser verificados.

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR TODOS OS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR A MAIORIA DOS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR ALGUNS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR POUCOS PROCESSOS

( ) NÃO É POSSÍVEL VERIFICAR PROCESSO ALGUM

( ) NDA

Se possível, indique processos que puderam ser verificados: _______________

Comentários: ___________________________________________________

5.5. Subcritério: Controlabilidade: Capacidade de ser controlado.

Questão 1: O site mantém log dos acessos? Ex: O site do CNPQ informa qual foi o

seu último acesso a cada nova entrada.

� Objetivo: Identificar se todos os acessos ao site têm mecanismos para controle

de forma a identificar quem acessou e quando.

� Justificativa: Garantir que todos os acessos ao site sejam identificados.

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR TODOS OS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR A MAIORIA DOS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR ALGUNS PROCESSOS

( ) É POSSÍVEL VERIFICAR POUCOS PROCESSOS

( ) NÃO É POSSÍVEL VERIFICAR PROCESSO ALGUM

( ) NDA

Se possível, indique processos que puderam ser verificados: ______________

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O site oferece mecanismos que garantem o controle sobre as

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informações armazenadas? Ex: O site pode oferecer formas de visualização para

confirmação de informações cadastradas pelo usuário.

� Objetivo: Identificar se todas as informações armazenadas foram verificadas e

validadas pelo usuário.

� Justificativa: Garantir controle sobre as informações armazenadas.

( ) TODAS AS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS SÃO CONTROLADAS

( ) A MAIORIA DAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS É CONTROLADA

( ) ALGUMAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS SÃO CONTROLADAS

( ) POUCAS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS SÃO CONTROLADAS

( ) NÃO HÁ CONTROLE SOBRE AS INFORMAÇÕES ARMAZENADAS

( ) NDA

Se possível, indique informações que não são controladas: _______________

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: O site oferece mecanismos para conferências parciais dos processos?

Ex: Suponhamos que você esteja se cadastrando através de um processo dividido

em quatro partes. A cada parte desse processo poderia haver uma verificação dos

dados já informados até aquele momento.

� Objetivo: Identificar se o site oferece mecanismos de conferência parcial de

processos.

� Justificativa: Garantir controle sobre cada fase realizada do processo.

( ) TODOS OS PROCESSOS PODEM SER CONFERIDOS PARCIALMENTE

( ) A MAIORIA DOS PROCESSOS PODE SER CONFERIDA

PARCIALMENTE

( ) ALGUNS PROCESSOS PODEM SER CONFERIDOS PARCIALMENTE

( ) POUCOS PROCESSOS PODEM SER CONFERIDOS PARCIALMENTE

( ) NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE CONFERÊNCIA PARCIAL DE

PROCESSOS

( ) NDA

Se possível, indique processos que não podem ser conferidos parcialmente: ___

Comentários: ___________________________________________________

Apresentação dos resultados obtidos

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A seguir, apresentamos as respostas obtidas através dos questionários submetidos

aos grupos participantes da pesquisa. A coluna “subcritérios” elenca todas as folhas

ou características de segundo nível do SIG de Transparência. A coluna

“critério/subcritério/questão” refere-se aos cinco critérios principais ou de primeiro

nível do SIG de Transparência (Acessibilidade, Usabilidade, Informativo,

Entendimento e Auditabilidade). Os subcritérios, como já dito referem-se a todas as

folhas ou características de segundo nível do SIG de Transparência dispostas na

primeira coluna da tabela. As questões referem-se às perguntas elaboradas descritas

no questionário apresentado anteriormente neste apêndice. As demais colunas são

as respostas dadas pelos entrevistados às questões do questionário. A maioria das

questões permitia cinco opções de resposta ou NDA (Nenhuma das Anteriores).

Para as que possuíam três opções (somente 2 questões) não houve possibilidade de

resposta 2 e 4. Para as que tinham 7 opções (apenas uma questão), esta foi adaptada

para uma escala de 1 a 5 por aproximação. Com este trabalho pode-se analisar,

através da identificação das operacionalizações das características de transparência

existentes nos seus processos organizacionais, a transparência dos processos

apresentados através de sites na Web.

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258

Apêndice E Questionário para verificação da Transparência em Processos Organizacionais

Este apêndice apresenta os dados referentes ao planejamento e à execução da

aplicação de um questionário sobre o SIG de transparência com o objetivo de

confirmar as operacionalizações definidas para implementar o conceito de

transparência organizacional em processos de produção de uma empresa real.

Este estudo é parte do resultado do estudo de caso realizado que pode ser visto no

Capítulo 5.

Introdução

São três os principais caminhos para compreender o comportamento humano

no contexto das ciências sociais empíricas (Fink, 1985): Observação: observar o

comportamento que ocorre naturalmente no âmbito real; Experimento: criar

situações artificiais e observar o comportamento das pessoas ante tarefas definidas

para essas situações; Survey: perguntar às pessoas o que fazem (fizeram) e pensam

(pensaram).

Fink (Fink, 1985) define survey como “método para coletar informação de

pessoas acerca de suas ideias, sentimentos, planos, crenças, bem como origem

social, educacional e financeira”. O instrumento utilizado no survey, o

questionário, pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um

determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua

opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação biográfica”

(Yaremko, 1986).

Neste trabalho tratamos do desenvolvimento de um questionário para

levantamento de informações. Estamos estudando a ideia de transparência de

processos. Nossa abordagem é que transparência de processos é um requisito de

qualidade (não funcional) que pode ser inserido no contexto das organizações

através de definições e inserção de novos elementos em seus processos. A seguir,

são definidos o problema e os objetivos desta pesquisa, a hipótese da pesquisa, a

base populacional pesquisada, o contexto da pesquisa, a estrutura do questionário,

o questionário aplicado, as respostas obtidas, as análises realizadas e as conclusões.

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As questões aqui apresentadas foram em boa parte adaptadas do primeiro

questionário realizado para verificação de transparência em organizações que

apresentam seus processos através de sites na Web, apresentado no Apêndice D.

Objetivo da Pesquisa

O objetivo desta pesquisa é coletar opiniões acerca da transparência de

processos organizacionais cedidos para esta pesquisa por uma organização real.

Hipótese

Transparência pode ser analisada em processos através da identificação das

operacionalizações das características de transparência existentes nos processos

organizacionais.

Base Populacional

A pesquisa foi aplicada a grupos de profissionais em Engenharia de

Software, divididos em dois grupos (tipo da amostra):

• Grupo 1 – profissionais que atuam no mercado de desenvolvimento de

software e que conhecem a organização detentora dos processos

• Grupo 2 – profissionais que atuam no mercado de desenvolvimento de

software e que não conhecem a organização detentora dos processos

Cada uma das amostras tinha o seguinte tamanho:

•Grupo 1 – 10 participantes – 5 questionários respondidos integralmente

•Grupo 2 – 12 participantes – 7 questionários respondidos integralmente

Total: 12 questionários respondidos

Contexto da Pesquisa

A pesquisa foi realizada com dois grupos de pesquisadores e profissionais à

distância. Foi enviado um e-mail aos participantes solicitando sua resposta ao

questionário sobre os processos apresentados enviado. A pesquisa não solicitava

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260

identificação. O questionário foi aplicado em português. Foi pedido que todos os

participantes analisassem os mesmos três processos. Os processos analisados,

“Preparar Intervenção de Manutenção”, “Preparar Intervenção de Investimento” e

“Acompanhar Intervenção”, fazem parte dos processos de Exploração e Produção

de Petróleo de uma empresa brasileira localizada no estado do Rio Grande do

Norte e estão descritos no Anexo I desta tese.

O convite para participação continha o seguinte texto:

Convite para participação em pesquisa:

UMA ABORDAGEM PARA INSERÇÃO DE ASPECTOS DE TRANSPARÊNCIA EM PROCESSOS ORGANIZACIONAIS

O presente convite visa obter sua colaboração no estudo relacionado à Tese de

Doutorado sendo realizada no Programa de Pós Graduação em Informática da

PUC-RJ, da aluna Claudia Cappelli, orientada pelo professor Julio Cesar Sampaio do

Prado Leite.

Esta pesquisa visa construir uma abordagem para a modelagem de aspectos de

transparência em processos organizacionais. Nosso objetivo neste questionário é obter

uma compreensão mais ampla quanto à transparência dos ?? enviados juntamente

com este questionário.

Solicito também o seu auxílio na divulgação da pesquisa em sua rede de contatos. O

tempo de resposta das questões é de aproximadamente 60 minutos. O questionário

está em anexo junto aos modelos de processos para serem avaliados.

Sua resposta será confidencial. Somente o sumário das informações de todos os

respondentes será incluído no relatório final.

Em caso de dúvida, estou disponível para contato através do seguinte e-mail:

[email protected].

Agradeço antecipadamente a sua colaboração.

Claudia Cappelli

Estrutura

O questionário elaborado é formado pelas seguintes partes:

a) Introdução – Explanação sobre o conceito de transparência e de processos

b) Objetivo – Explanação sobre os objetivos da aplicação deste questionário

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c) Questões – Perguntas objetivas para verificação de transparência nos

processos apresentados no site.

O Questionário

O questionário elaborado contém o seguinte conteúdo:

Introdução

Um processo é um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica

com o objetivo de produzir um bem ou serviço que tem valor para um grupo

específico de clientes (Hammer, 1994). O termo “Processo” pode ser usado como

sinônimo de uma sequência de ações que permita aos participantes atingir seus

objetivos.

Atualmente muito se tem falado sobre o termo TRANSPARÊNCIA. Existem

atualmente diversas leis e acordos criados com o intuito de aprimorar e garantir a

TRANSPARÊNCIA ORGANIZACIONAL. A sociedade em geral, com seus

cidadãos e organizações, também vem se mostrando muito interessada na

possibilidade de possuir acesso às mais diversas informações.

Entendemos que a TRANSPARÊNCIA ORGANIZACIONAL está em

grande parte baseada na TRANSPARÊNCIA DOS PROCESSOS

ORGANIZACIONAIS, que por sua vez pode ser estabelecida através da

TRANSPARÊNCIA DOS MODELOS DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS,

e das INFORMAÇÕES que estes geram através de suas instâncias de execução.

Neste trabalho utilizamos o conceito de TRANSPARÊNCIA DO

PROCESSO ORGANIZACIONAL como “a existência de políticas

organizacionais que visam fornecer aos interessados informações sobre a

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262

organização segundo características gerais de acesso, uso, apresentação,

entendimento e auditabilidade” (Cappelli, 2008).

Objetivo

Este questionário visa verificar, em uma determinada organização, através de

seus processos e informações, a presença de características de TRANSPARÊNCIA

DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS. Esta verificação é feita através da

análise de características específicas de: Acessibilidade, Usabilidade, Informação,

Entendimento e Auditabilidade.

Questões

1 – Característica Acessibilidade: Capacidade de obtenção.

1.1. Subcaracterística Portabilidade: Capacidade de ser usado em diferentes

ambientes.

Questão 1: Os processos podem ser acessados por diferentes meios de

comunicação? Ex: Através de acesso a uma base de processos com uso de

ferramenta de BPM, através de material impresso, através de uma base de

documentos, através de publicações na Web, através de aplicações de software,

entre outros.

� Objetivo: Investigar se os processos estão preparados para serem acessados

usando diversos meios de comunicação da organização.

� Justificativa: Processos preparados para serem acessados usando diversos

meios de comunicação da organização ajudam a garantir sua acessibilidade.

( ) PELOS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

( ) POR ALGUNS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

( ) POR POUCOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

( ) POR UM ÚNICO MEIO DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

( ) POR NENHUM MEIO DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

_______________________________________________________

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263

Questão 2: É possível obter informações sobre os processos em diferentes

formatos? Ex: Posso obter as informações dos processos em diferentes formatos

(através de modelos ou em formato descritivo)? Posso gerar um relatório a partir

dos modelos de processos?

� Objetivo: Investigar se as formas de armazenamento das informações sobre os

processos possibilitam obtê-las em formatos que sejam compatíveis com as

preferências de cada usuário.

� Justificativa: Formas de armazenamento das informações sobre os processos

que possibilitam obtê-las em formatos que sejam compatíveis com as

preferências de cada usuário ajudam a garantir maior acessibilidade.

( ) É POSSÍVEL PARA TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL PARA POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NÃO É POSSÍVEL PARA INFORMAÇÃO ALGUMA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

________________________________________________________

Questão 3: É possível obter, em diferentes formatos, informações geradas

durante a execução das instâncias dos processos? Ex: Posso exportar as

informações das aplicações que apoiam o processo, caso existam? Posso exportar

as informações da ferramenta de workflow que suporta o processo, caso exista?

Posso disponibilizar em diferentes formatos os registros feitos sobre as

informações geradas durante a execução do processo?

� Objetivo: Investigar se as formas de armazenamento das informações

registradas durante a execução do processo possibilitam obtê-las em formatos

que sejam compatíveis com as preferências/necessidades de cada usuário.

� Justificativa: Formas de armazenamento das informações registradas

durante a execução do processo que possibilitam obtê-las em formatos

compatíveis com as preferências/necessidades de cada usuário ajudam a

garantir a acessibilidade do processo.

( ) É POSSÍVEL PARA TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL PARA A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

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264

( ) É POSSÍVEL PARA ALGUMAS INFORMAÇÕES

( ) É POSSÍVEL PARA POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NÃO É POSSÍVEL PARA INFORMAÇÃO ALGUMA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

______________________________________________________

Questão 4: Caso os processos sejam apoiados por aplicações para sua execução, é

possível executar estas aplicações em diferentes plataformas? Ex: É possível

executar as aplicações que suportam o processo em Linux ou Windows? Caso seja

uma aplicação Web, pode ser executada em diferentes browsers?

� Objetivo: Investigar se as formas de acesso às aplicações que apoiam a

execução dos processos, caso existam, podem ser executadas em diferentes

ambientes.

� Justificativa: Formas de acesso às aplicações que apoiam a execução dos

processos em diferentes ambientes ajudam a garantir maior acessibilidade.

( ) É POSSÍVEL PARA TODAS AS APLICAÇÕES QUE OS APOIAM

( ) É POSSÍVEL PARA A MAIOR PARTE DAS APLICAÇÕES QUE OS APOIAM

( ) É POSSÍVEL PARA ALGUMAS APLICAÇÕES QUE OS APOIAM

( ) É POSSÍVEL PARA POUCAS APLICAÇÕES QUE OS APOIAM

( ) NÃO É POSSÍVEL PARA QUALQUER DAS APLICAÇÕES QUE OS APOIAM

( ) NÃO EXISTEM APLICAÇÕES PARA APOIO DO PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

_______________________________________________________

1.2. Subcaracterística Publicidade: Capacidade de se tornar público.

Questão 1: O local em que os processos e as informações geradas por eles se

encontram disponíveis é veiculado pela organização? Ex: São enviados e-mails

publicando informações sobre a localização dos processos? Caso não esteja

disponível em formato eletrônico, é divulgada sua localização física? Mudanças

de localização para acesso aos processos são informadas?

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� Objetivo: Investigar se as informações sobre a localização dos processos são

veiculadas.

� Justificativa: Localização dos processos e informações veiculadas na

organização periodicamente ajudam a garantir maior acessibilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

__________________________________________________________

Questão 2: Os Gestores dos processos divulgam os processos sob sua

responsabilidade? Ex: Há comunicação periódica sobre a execução dos processos?

Há comunicação sobre mudanças realizadas nos processos?

� Objetivo: Investigar se os gestores dos processos buscam divulgar os

processos sob sua responsabilidade.

� Justificativa: Gestores de processos que buscam divulgar processos sob sua

responsabilidade ajudam a garantir a acessibilidade dos mesmos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

________________________________________________________

1.3. Subcaracterística Disponibilidade: Capacidade de ser utilizado no momento

em que for necessário.

Questão 1: Os processos estão sempre disponíveis para acesso e uso? Ex: Toda vez

que se busca o acesso aos processos e às suas informações, é possível obtê-lo? Ex:

É possível utilizar-se do processo toda vez que é necessário?

� Objetivo: Investigar se os processos estão sempre disponíveis para consulta e

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266

acesso por parte dos usuários.

� Justificativa: Processos que estão sempre disponíveis para consulta e acesso

por parte dos usuários ajudam a garantir maior acessibilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Caso existam aplicações que apóiem os processos, estas estão

sempre disponíveis para execução? Ex: Os sistemas de informação que apoiam

os processos estão sempre on-line?

� Objetivo: Investigar se as aplicações que viabilizam a execução dos

processos estão disponíveis com a frequência necessária.

� Justificativa: Aplicações que viabilizam a execução dos processos e estão

disponíveis com a frequência necessária ajudam a garantir acessibilidade dos

mesmos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO EXISTEM APLICAÇÕES PARA APOIO DO PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

__________________________________________________

2 – Característica Usabilidade: Capacidade de uso.

2.1. Subcaracterística Uniformidade: Capacidade de manter uma única forma.

Questão 1: Todos os processos e informações possuem um padrão quando

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267

apresentados? Ex: Todos os modelos de processos sempre usam a mesma

notação e os mesmos tipos de diagramas para representar os mesmos

conceitos? Todos os documentos que por ventura descrevem processos

utilizam um mesmo padrão para elaboração? Informações são apresentadas

sempre no mesmo formato, por exemplo, datas são sempre apresentadas no

formato dd/mm/aa?

� Objetivo: Identificar se os modelos dos processos e as informações usam

representações padronizadas.

� Justificativa: Modelos de processo e informações que usam representações

padronizadas ajudam a garantir a usabilidade dos mesmos.

( ) TODOS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCOS

( ) NENHUM

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

__________________________________________________

Questão 2: O processo possui um glossário/léxico/ontologia com a definição de

seus termos?

� Objetivo: Identificar se o processo padroniza os termos que referencia.

� Justificativa: Processos que padronizam os termos que referencia ajudam a

garantir maior usabilidade.

( ) POSSUI PARA TODOS OS TERMOS

( ) POSSUI PARA A MAIORIA DOS TERMOS

( ) POSSUI PARA ALGUNS TERMOS

( ) POSSUI PARA POUCOS TERMOS

( ) NÃO POSSUI PARA TERMO ALGUM

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

___________________________________________________

Questão 3: Os processos utilizam um padrão de descrição? Ex: Existem padrões

para elaboração da descrição dos processos?

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� Objetivo: Garantir uma forma única de descrição dos processos.

� Justificativa: A existência de um padrão de descrição ajuda a garantir a

usabilidade do processo.

( ) TODOS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCOS

( ) NENHUM

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

___________________________________________________

Questão 4: Caso existam aplicações que apóiem os processos, estas possuem

interface padrão? Ex: As aplicações têm o mesmo formato para suas telas? As

aplicações têm os menus organizados de forma semelhante? Os relatórios gerados

têm cabeçalho padronizado (sempre apresentam origem, data e hora da informação

gerada)?

� Objetivo: Identificar se as aplicações fazem uso de interface padrão.

� Justificativa: A existência de um padrão de interfaces auxilia na usabilidade do

processo.

( ) TODAS

( ) A MAIORIA

( ) APROXIMADAMENTE METADE

( ) POUCAS

( ) NENHUMA

( ) NÃO EXISTEM APLICAÇÕES PARA APOIO DO PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

2.2. Subcaracterística Intuitividade: Capacidade de ser utilizado sem

aprendizado prévio.

Questão 1: A representação dos processos é feita através de uma sequência bem

definida com conteúdo adequado? Ex: É possível identificar os passos anteriores e

os posteriores ao que se está executando? É possível ter conhecimento das regras

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que regem o processo? É possível saber os sistemas usados para execução do

processo?

� Objetivo: Verificar se é possível identificar a sequência de passos e o conteúdo

do processo.

� Justificativa: Poder identificar a sequência de passos e o conteúdo do processo

ajuda a garantir a usabilidade do processo.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Os nomes e descrições dos processos permitem fácil entendimento do

que será realizado? Ex: O usuário do processo tem capacidade de, através da leitura

dos nomes das atividades e de suas descrições, executar os passos do processo?

� Objetivo: Verificar se os nomes e descrições dos processos permitem fácil

entendimento do que será realizado.

� Justificativa: Nomes e descrições que permitem fácil entendimento do que será

realizado ajudam a garantir a usabilidade dos processos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: Os nomes utilizados fazem parte de um domínio cognitivo comum? Ex:

Os processos usam um vocabulário adequado ao domínio? Os termos são de

conhecimento dos usuários do processo?

� Objetivo: Identificar se os processos usam um vocabulário intuitivo que condiz

com o seu domínio cognitivo.

� Justificativa: Um vocabulário comum adequado ao domínio cognitivo dos

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270

processos contribui para a usabilidade dos processos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: A notação utilizada para a representação dos processos traduz o

significado do elemento representado? Ex: Cada figura que representa um elemento

no processo tem um símbolo que o traduz visualmente? O elemento equipamento

poderia ser representado pela figura de uma engrenagem, o elemento sistema

poderia ser representado pela figura de um computador, o elemento informação

poderia ser representado pela figura de um banco de dados, o elemento risco

poderia ser representado pela figura de um raio, por exemplo.

� Objetivo: Garantir o fácil entendimento dos elementos dos processos.

� Justificativa: Elementos que representam graficamente seu significado

contribuem para a usabilidade dos processos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 5: Caso existam aplicações que apóiem os processos, a simbologia

utilizada por elas traduz o significado das ações a serem executadas? Ex: Cada

figura que representa uma funcionalidade do software tem um símbolo que a traduz

visualmente? O carrinho de compras, por exemplo, executa a ação de aquisição de

um bem ou serviço.

� Objetivo: Garantir o uso intuitivo das funcionalidades das aplicações que

apoiam os processos.

� Justificativa: Simbologia aplicada às funcionalidades das aplicações que

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271

apoiam os processos contribui para a sua usabilidade.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO EXISTEM APLICAÇÕES QUE APOIAM OS PROCESSOS

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 6: Os símbolos utilizados para representar os elementos contidos nos

modelos de processo usam cores padrão legendadas para facilitar a identificação?

Ex: Atividades sempre usam cor verde, eventos sempre cor branca, atores sempre

amarelo.

� Objetivo: Facilitar a identificação dos elementos na leitura dos processos.

� Justificativa: O uso de cores aumenta a usabilidade dos modelos de processo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

2.3. Subcaracterística Simplicidade: Capacidade de não apresentar dificuldades

ou obstáculos.

Questão 1: Os processos possuem muitos handoff’s (passagens de bastão entre os

atores)? Ex: Para aprovação de um documento o processo envolve os mesmos

atores em vários estágios diferentes, quando estas atividades poderiam ser

agrupadas e realizadas de uma só vez por cada um dos atores? Existe muita troca de

informação entre os mesmos atores de forma sequencial?

� Objetivo: Identificar se o processo é simples de utilizar.

� Justificativa: Processos com pequeno número de handoff’s aumentam sua

usabilidade.

( ) NUNCA

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272

( ) RARAMENTE

( ) REGULARMENTE

( ) QUASE SEMPRE

( ) SEMPRE

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: As atividades dos processos estão organizadas em uma sequência

lógica? Ex: Todos os elementos necessários para a execução das atividades estão

definidos e organizados de forma a estarem disponíveis no momento de sua

execução? Atividades que dependam de recursos gerados por atividades anteriores

só acontecem depois da finalização destas?

� Objetivo: Identificar se o processo é simples através de sua sequência lógica.

� Justificativa: A organização lógica das informações dos processos influencia

na usabilidade do mesmo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

_________________________________________________________

Questão 3: Os procedimentos utilizados para execução de processos com a mesma

finalidade possuem um padrão? Ex: Todas as requisições de compras são

elaboradas através de um mesmo procedimento independente do objeto da compra?

Todas as solicitações de viagem utilizam o mesmo processo e formulários,

independente do tipo e do motivo da viagem?

� Objetivo: Identificar se o processo é simples através da padronização de seus

procedimentos.

� Justificativa: A padronização de procedimentos reduz a complexidade e

aumenta a usabilidade do processo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

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273

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

Questão 4: As informações utilizadas no processo têm uma única fonte para cada

uma delas? Ex: A mesma informação utilizada em pontos diferentes do processo

tem origem na mesma fonte?

� Objetivo: Identificar se o processo é simples através do uso de informações de

fontes únicas.

� Justificativa: O armazenamento em fonte única para cada informação do

processo reduz a complexidade e aumenta a usabilidade do mesmo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 5: Os processos possuem muitos níveis de subprocessos aninhados? Ex:

Na sequência principal de um processo chama-se outro processo que por sua vez

chama um próximo e assim sucessivamente, com muitos níveis de chamada?

� Objetivo: Identificar se o processo é simples através de um número reduzido de

chamadas sucessivas a outros processos.

� Justificativa: Poucos processos aninhados aumentam sua usabilidade.

( ) NUNCA

( ) RARAMENTE

( ) REGULARMENTE

( ) QUASE SEMPRE

( ) SEMPRE

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

2.4. Subcaracterística Amigabilidade: Capacidade de uso sem esforço.

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Questão 1: Os processos são representados através de um diagrama? Ex: O

processo é representado através de um EPC ou BPMN ou UML ou I*, ao invés de

descrito através de texto?

� Objetivo: Identificar se os processos são representados através de diagramas.

� Justificativa: A forma gráfica para representação dos processos aumenta sua

usabilidade.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Os processos permitem ser interrompidos durante sua execução e

retomados no mesmo ponto em que se parou em um momento seguinte? Ex:

Quando você está realizando um determinado procedimento e falta um determinado

documento que o impede de dar continuidade à execução do processo, este

processo permite que o procedimento seja realizado em outro momento, a partir do

ponto que o mesmo foi interrompido sem que se tenha que retornar ao início do

mesmo?

� Objetivo: Identificar se os processos permitem ser interrompidos durante sua

execução e retomados no mesmo ponto em que se parou em um momento

seguinte.

� Justificativa: Processos que permitem ser interrompidos durante sua execução

e retomados no mesmo ponto em que se parou em um momento seguinte

aumentam sua usabilidade.

( ) PERMITEM PARA TODOS OS PROCEDIMENTOS

( ) PERMITEM PARA A MAIORIA DOS PROCEDIMENTOS

( ) PERMITEM PARA QUASE METADE DOS PROCEDIMENTOS

( ) PERMITEM PARA POUCOS PROCEDIMENTOS

( ) NÃO PERMITEM

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

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Questão 3: Os processos oferecem sugestões/recursos/informações para cada

passo dos processos? Ex: Existem helps para apoio à execução dos processos?

Existem documentos de apoio para execução dos processos? Os formulários

eventualmente necessários ao processo possuem detalhamento e exemplos para seu

preenchimento?

� Objetivo: Identificar se os processos oferecem sugestões/recursos/informações

para cada passo dos processos.

� Justificativa: Os processos que dispõem de recursos, mecanismos e/ou

sugestões de uso ajudam a aumentar sua usabilidade.

( ) PARA TODOS OS PASSOS DOS PROCESSOS

( ) PARA A MAIORIA DOS PASSOS DOS PROCESSOS

( ) PARA QUASE METADE DOS PASSOS DOS PROCESSOS

( ) PARA POUCOS PASSOS DOS PROCESSOS

( ) PARA NENHUM DOS PASSOS DOS PROCESSOS

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:___________________________________________________

2.5. Subcaracterística Operabilidade: Capacidade de estar operacional.

Questão 1: O processo apresenta descrição de seus objetivos e dos produtos a

serem gerados? Ex: O processo oferece uma descrição do que será gerado e do

objetivo a que se propõe atender? Sabe-se exatamente o resultado que será obtido

com a execução do processo?

� Objetivo: Investigar se o processo apresenta descrição de seus objetivos e das

principais funções que se propõe a realizar.

� Justificativa: Processos sobre os quais se consegue identificar objetivos e

produtos ajudam a garantir sua usabilidade.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

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Questão 2: O processo possui definição dos elementos que manipula? Ex: O

processo possui descrição para as informações, atores, documentos, produtos?

� Objetivo: Investigar se o processo possui informações sobre os elementos que

estão associados a ele.

� Justificativa: Possuir definição dos elementos que estão associados a ele

ajuda a garantir maior usabilidade do processo.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:___________________________________________________

______

2.6. Subcaracterística Desempenho: Capacidade de operar adequadamente.

Questão 1: O tempo de resposta para o acesso aos modelos de processos é adequado?

Ex: Caso se use uma ferramenta de BPM para armazenamento dos modelos de

processo, uma base de documentos sobre o processo, o tempo de resposta no acesso a

Questão 3: Existem características de navegabilidade nos modelos de processo? Ex: Os

processos orientam o usuário, através de suas interfaces ou através de suas

decomposições?

� Objetivo: Investigar se o processo facilita a operabilidade das informações e

processos usando uma navegação intuitiva e lógica.

� Justificativa: Uma navegabilidade adequada no processo ajuda o usuário no uso dos

processos e no acesso às informações oferecidas.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _______________________________________________________

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277

estas é adequado?

� Objetivo: Investigar se existe infra-estrutura com desempenho adequado para

acesso aos processos.

� Justificativa: Processos acessados em tempo adequado para o usuário ajudam a

garantir sua usabilidade.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ______________________________________________________

Questão 2: O tempo de resposta para acessar informações sobre a execução do

processo é adequado? Ex: Caso o processo seja apoiado por aplicações, o tempo

de respostas destes softwares é adequado? Caso as informações sobre a execução

do processo estejam em papel ou em poder de algum ator, o tempo de resposta é

adequado?

� Objetivo: Investigar se o acesso às informações sobre o processo é rápido.

� Justificativa: Bom desempenho no acesso às informações do processo

melhora a usabilidade do processo.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ______________________________________________________

Questão 3: O tempo de execução dos processo é adequado? Ex: Para se executar

da primeira até a última atividade, o tempo necessário é razoável para o processo?

� Objetivo: Investigar se o tempo total de execução do processo é adequado.

� Justificativa: Bom desempenho na execução total do processo melhora sua

usabilidade.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

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278

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários:

______________________________________________________

2.7. Subcaracterística Adaptabilidade: Capacidade de mudar de acordo com

as circunstâncias e necessidades.

Questão 1: Existem definições de como proceder caso seja necessário mudar

o processo de acordo com necessidades específicas de um determinado

contexto de execução do mesmo? Ex: Sabe-se como inserir uma nova

atividade no processo no momento de sua execução? Sabe-se como mudar a

ordem de execução das atividades? Sabe-se como mudar os atores do processo

no momento de sua execução?

� Objetivo: Identificar se os processos possuem definição de como

adaptá-los através da inclusão/alteração/exclusão de

elementos/informações do processo.

� Justificativa: Identificar como adaptar para inclusão/alteração/exclusão

de elementos/informações do processo ajuda a garantir a capacidade de

usabilidade dos processos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

Questão 2: Caso o processo seja apoiado por aplicações, é possível personalizar

estas aplicações para adaptá-las às necessidades das diversas execuções dos

processos? Ex: Nos sites bancários é possível indicar o que se quer ver na tela. No

site do Google pode-se confeccionar uma página pessoal.

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279

� Objetivo: Identificar se as aplicações que apoiam os processos permitem a

adaptação de funcionalidades que os tornem personalizados para o usuário, de

modo que este possa ter melhor usabilidade sobre os processos e informações

disponíveis.

� Justificativa: Processos que permitem a adaptação de funcionalidades ajudam

a garantir a sua usabilidade.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO EXISTEM APLICAÇÕES QUE APOIAM OS PROCESSOS

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ___________________________________________________

3 – Característica Informativo: Capacidade de prover informações.

3.1. Subcaracterística Clareza: Capacidade de nitidez e compreensão.

Questão 1: O vocabulário dos processos é intuitivo, natural e adequado? Ex:

Considerando um processo de transações bancárias, os bancos costumam oferecer,

na maioria das vezes, informações usando linguagem natural adequada que indicam

de certa forma a operação que será realizada: (i) consulta de saldo, (ii) depósito

bancário e (iii) pagamento de conta.

� Objetivo: Investigar se os processos usam vocabulário adequado ao seu

público alvo e domínio.

� Justificativa: Um vocabulário de acordo com o público alvo e o domínio

facilita o entendimento e torna mais clara a exposição das informações e dos

processos.

( ) TOTALMENTE ADEQUADO

( ) MUITO ADEQUADO

( ) RAZOAVELMENTE ADEQUADO

( ) POUCO ADEQUADO

( ) NÃO É ADEQUADO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

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280

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O processo apresenta descrição de seus objetivos e das principais

funções que se propõe a realizar? Ex: O processo oferece uma descrição para o

que deve ser utilizado e do objetivo a que se propõe atender?

� Objetivo: Investigar se o processo auxilia o usuário, oferecendo uma

descrição clara sobre suas ações.

� Justificativa: Processos descritos previamente e apropriadamente facilitam a

clareza sobre os mesmos por parte dos usuários.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ________________________________________________

Questão 3: Existem fontes complementares caso o usuário deseje saber mais

detalhes sobre uma determinada informação ou processo? Ex: Existe histórico de

execução dos processos, documentos relacionados ao processo, informações sobre

pessoas que participam do processo, empresas que também executam o mesmo

processo?

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem fontes alternativas e

informações complementares que ajudam a esclarecer dúvidas sobre os

processos.

� Justificativa: Processos que possuem fontes alternativas permitem ao usuário

esclarecer suas dúvidas tornando mais claro como proceder para atingir seus

objetivos.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Page 281: Claudia Cappelli Aló Uma Abordagem para Transparência em ...julio/tese-cappelli.pdf · Ao meu filho Ugo, minha mãe Maria e meu pai Antonio (em memória), por todo amor, ajuda e

281

Questão 4: Os processos são bem focados, tratam de um tema bem definido? Ex: O

processo trata somente de informações e atividades pertinentes ao processo? Em

um processo de execução de um procedimento existem somente os passos para

execução? As atividades de gestão deste processo estão definidas e organizadas em

um processo separado, tendo apenas interfaces entre eles, por exemplo?

� Objetivo: Investigar se os processos têm um propósito bem definido, não

gerando dúvidas sobre seus serviços e conteúdos.

� Justificativa: Processos com escopo bem definido tornam-se mais claros.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 5: O processo oferece acesso às políticas usadas para sua confecção? Ex.

A política de organização que define a forma e o conteúdo do processo pode ser

acessada facilmente?

� Objetivo: Investigar se os processos deixam explícito o acesso às normas e

políticas sob as quais foram construídos.

� Justificativa: Políticas que podem ser conhecidas permitem que os processos

sejam mais claros para os usuários.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 6: Existe um fórum/lista de discussão sobre os processos? Ex: A

organização possui interface com o cliente e há espaço para tirar dúvidas sobre o

processo? Existe serviço de helpdesk sobre o processo?

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282

� Objetivo: Investigar se as organizações oferecem informações sobre como

funcionam os seus serviços.

� Justificativa: Possuir um fórum/lista e discussão sobre os processos auxilia a

torná-los mais claro.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS

( ) PARA OS PRINCIPAIS PROCESSOS

( ) PARA ALGUNS PROCESSOS (NÃO PRINCIPAIS)

( ) PARA POUCOS PROCESSOS

( ) PARA NENHUM PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 7: Existem sistemas que geram histórico das informações sobre as

execuções das instâncias dos processos? Ex: O processo é apoiado por um software

de workflow? O processo é apoiado por vários sistemas integrados que possuem

histórico de informações?

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem informações sobre o que ocorreu

em outras instâncias de sua execução.

� Justificativa: Fatos sobre a execução dos processos em outros momentos

ajudam a tornar os processos mais claros para seus usuários.

( ) PARA TODOS OS PROCESSOS

( ) PARA A MAIOR PARTE DOS PROCESSOS

( ) PARA ALGUNS PROCESSOS

( ) PARA POUCOS PROCESSOS

( ) PARA NENHUM PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 8: Existem ambiguidades nos processos? Ex: Existem processos que têm

descrições muito parecidas gerando confusão e dúvida do tipo: Qual dos processos

realiza o que eu realmente quero e preciso?

� Objetivo: Investigar se os processos não usam a mesma descrição para definir

atividades diferentes.

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283

� Justificativa: Processos sem ambiguidade são mais claros e informativos.

( ) NUNCA

( ) POUCAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) SEMPRE

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 9: Existe redundância nos processos? Ex: Existem dois processos, com

nomes diferentes, realizando as mesmas sequências de atividades, gerando

confusão e dúvidas como: Qual deles é o correto? Tenho de fazer os dois?

� Objetivo: Investigar se os processos usam nomes diferentes para tratar o

mesmo processo.

� Justificativa: Processos sem redundância evitam confundir o usuário.

( ) NUNCA

( ) POUCAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) SEMPRE

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

3.2. Subcaracterística Acurácia: Capacidade de execução isenta de erros

sistemáticos.

Questão 1: Existe tratamento para todas as situações que possam acontecer durante

a execução dos processos? Ex: Há indicação, no processo, de como atuar toda vez

que uma situação de decisão aparece?

� Objetivo: Investigar se os processos possuem tratamento para as situações de

decisão.

� Justificativa: Processos que possuem tratamento para as situações de decisão

ajudam na exatidão de sua execução.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

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284

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ________________________________________________

Questão 2: Existem mecanismos para verificação de erros ao longo do processo a

fim de evitá-los? Ex: Existem atividades inseridas no processo para verificar se

erros são possíveis de acontecer que possam atuar antes disso?

� Objetivo: Investigar se os processos possuem controles e correções para não

comprometerem seus resultados.

� Justificativa: Garantir que os processos sejam exatos na sua execução.

( ) SEMPRE

( ) QUASE SEMPRE

( ) REGULARMENTE

( ) RARAMENTE

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

3.3. Subcaracterística Completeza: Capacidade de não faltar nada do que pode ou

deve ter.

Questão 1: Em relação a processos similares realizados em outras

organizações/domínios com o mesmo objetivo, os processos em questão possuem

as atividades necessárias (principais)? Ex: No caso de um processo de saque de

dinheiro no banco todos os bancos praticamente fazem os processos da mesma

forma, mudando apenas algumas características de qualidade que não interferem no

objetivo principal de entregar o dinheiro ao cliente.

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem as atividades necessárias e

esperadas pelos usuários em comparação a outros processos do mesmo

domínio.

� Justificativa: Oferecer as atividades necessárias e esperadas pelos usuários em

comparação a outros processos do mesmo domínio ajuda a identificar a

completeza do processo.

( ) TODAS AS ATIVIDADES

( ) A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES

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285

( ) ALGUMAS ATIVIDADES

( ) POUCAS ATIVIDADES

( ) NENHUMA ATIVIDADE

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O processo possui as informações necessárias para sua execução? Ex:

Para a execução das atividades do processo, todas as informações necessárias estão

disponíveis e fazem parte do processo?

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem as informações necessárias e

esperadas pelos usuários.

� Justificativa: Informações necessárias sobre o processo ajudam a garantir sua

completeza.

( ) TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) A MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

( ) ALGUMAS INFORMAÇÕES

( ) POUCAS INFORMAÇÕES

( ) NENHUMA INFORMAÇÃO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: O processo possui as atividades necessárias para atingir seus objetivos?

Ex: Para atingir seus objetivos os processos necessitam executar várias atividades.

Todas fazem parte do processo.

� Objetivo: Investigar se os processos possuem todas as atividades necessárias

para alcance de seus objetivos.

� Justificativa: Possuir todas as atividades necessárias para atingimento de seus

objetivos ajuda a garantir a completeza dos processos em termos de atividades.

( ) POSSUI TODAS AS ATIVIDADES

( ) POSSUI A MAIOR PARTE DAS ATIVIDADES

( ) POSSUI ALGUMAS DAS ATIVIDADES

( ) POSSUI POUCAS DAS ATIVIDADES

( ) NÃO POSSUI QUALQUER DAS ATIVIDADES

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

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286

3.4. Subcaracterística Corretude: Capacidade de ser isento de erros.

Questão 1: As informações armazenadas sobre a execução dos processos refletem

a realização dos mesmos? Ex: No acesso às aplicações que apoiam a execução das

atividades, caso existam, pode ser verificado se os dados armazenados

correspondem exatamente às instâncias de execução do processo?

� Objetivo: Investigar se os processos possuem informações condizentes com

sua definição de execução.

� Justificativa: Processos com informações sobre suas instâncias condizentes

com sua definição ajudam a garantir sua corretude.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Os processos cumprem as normas e leis que os suportam? Ex: O

processo de cálculo do IR segue os procedimentos da Receita Federal?

� Objetivo: Investigar se os processos atendem às normas e leis que os regem.

� Justificativa: Processos que fazem cumprir as normas e leis que os regem

ajudam a garantir sua corretude.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 3: A navegação através dos modelos/documentos de processos direciona

para os locais/diagramas/funções/sistemas corretos? Ex: A ferramenta de BPM da

organização permite acessar corretamente as páginas desejadas com base no nome

dos processos?

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� Objetivo: Investigar se as indicações de sequência dos processos condizem

com o caminho seguido por eles quando estas sequências são seguidas.

� Justificativa: Indicações de sequência dos processos condizendo corretamente

com o caminho seguido por eles durante sua execução ajudam a garantir a

corretude dos processos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 4: O processo possui controles estabelecidos ao longo de sua execução

para evitar erros? Ex: Ao longo dos passos do processo, encontram-se atividades de

controle para prevenção de erros?

� Objetivo: Investigar se os processos possuem atividades para redução de erros

sobre o que está sendo realizado.

� Justificativa: A existência de atividades para redução de erros sobre o que está

sendo realizado ajuda a garantir a corretude do processo.

( ) AO LONGO DE TODO O PROCESSO

( ) NA MAIOR PARTE DO PROCESSO

( ) EM ALGUMAS PARTES DO PROCESSO

( ) EM POUCAS PARTES DO PROCESSO

( ) EM NENHUMA PARTE DO PROCESSO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

3.5. Subcaracterística Consistência: Capacidade de resultado aproximado de

várias medições de um mesmo item.

Questão 1: Caso existam processos que apresentem os mesmos resultados de

formas diferentes ou através de diferentes meios, estes resultados são os mesmos?

Ex: Um processo realizado diretamente e sua simulação têm o mesmo resultado?

� Objetivo: Investigar se processos diferentes que têm o mesmo resultado são

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288

consistentes entre si.

� Justificativa: Processos diferentes que têm o mesmo resultado ajudam a

garantir a consistência das informações.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Um determinado processo, que executa uma mesma atividade em

vários momentos, o faz da mesma forma? Ex: Os processos que executam uma

mesma atividade ao longo de seu desenvolvimento usam os mesmos artefatos,

geram os mesmos produtos?

� Objetivo: Investigar se os processos que executam uma mesma atividade em

vários momentos o fazem da mesma forma.

� Justificativa: Processos que executam uma mesma atividade em vários

momentos e o fazem da mesma forma ajudam a garantir a consistência de sua

execução.

( ) SEMPRE

( ) ALGUMAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 3: As informações armazenadas correspondem às instâncias de execução

do processo? Ex: Um processo realizado diretamente através de um workflow pode

ter sua execução verificada através da leitura dos dados armazenados nas bases de

dados desta aplicação?

� Objetivo: Investigar se as instâncias dos processos, quando executadas, geram

as informações existentes na base de dados das aplicações que os apoiam.

� Justificativa: Processos que, quando executados, geram as informações

existentes na base de dados das aplicações que os apoiam ajudam a garantir

consistência dos processos com suas informações.

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( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

3.6. Subcaracterística Integridade: Capacidade de ser correto e imparcial.

Questão 1: As informações do processo são oferecidas para todos os participantes

com o mesmo perfil, da mesma forma? Ex: Todos os envolvidos com o mesmo

perfil no processo podem ter acesso às mesmas informações?

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem as mesmas informações para

todos os participantes com o mesmo perfil,.

� Justificativa: Processos que oferecem as mesmas informações para todos os

participantes com o mesmo perfil ajudam a garantir a imparcialidade dos

processos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Os processos possuem mecanismos que garantem a imparcialidade

nas informações obtidas? Ex: O processo tem mecanismos para que o usuário

possa verificar se informações obtidas são as mesmas obtidas por outros usuários

com o mesmo perfil?

� Objetivo: Investigar se os processos oferecem recursos que propiciam ao

usuário a confirmação da imparcialidade nos dados manipulados.

� Justificativa: Processos que oferecem recursos que propiciam confirmação da

imparcialidade nos dados manipulados ajudam a garantir a integridade.

( ) PARA TODAS AS INFORMAÇÕES

( ) PARA A MAIORIA DAS INFORMAÇÕES

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( ) PARA ALGUMAS DAS INFORMAÇÕES

( ) PARA POUCAS INFORMAÇÕES

( ) PARA NENHUMA INFORMAÇÃO

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

3.7. Subcaracterística Atualidade: Capacidade de estar no estado atual.

Questão 1: Existem mecanismos que permitam verificar a atualização dos

processos? Ex: existe controle de versão dos documentos pertencentes aos

processos? Existe controle de versão dos modelos do processo? Existe controle de

versão das aplicações que apoiam os processos?

� Objetivo: Investigar se o acesso está sendo feito na versão mais atualizada do

processo.

� Justificativa: Acesso à versão mais atualizada do processo ajuda a garantir

que se tem a informação mais atualizada.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 2: Existem mecanismos que permitem verificar a atualização das

informações geradas pelas instâncias dos processos? Ex: Existe controle de versão

das informações geradas na execução dos processos?

� Objetivo: Investigar se o acesso está sendo feito na versão mais atualizada das

informações.

� Justificativa: Acesso à versão mais atualizada das informações ajuda a garantir

que se tem o estado atual das informações.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

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291

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

3.8 Subcaracterística Comparabilidade: Capacidade de ser comparado.

Questão 1: É possível comparar uma determinada informação a um parâmetro

padrão? Ex: Em uma informação sobre exames médicos em geral, se tem os limites

para cada um dos resultados.

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permite comparar

informações a padrões.

� Justificativa: Mecanismos que permitem comparar informações a padrões

ajudam a garantir a capacidade de entendimento do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: É possível comparar processos a padrões de processos? Ex: Existe

uma base de informações com padrões e indicadores sobre execução dos

processos, de modo que se possa avaliar seu desempenho a cada instância de

execução?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permite comparar

processos a padrões de processo.

� Justificativa: Mecanismos que permitem comparar processos a padrões de

processo ajudam a garantir a capacidade de entendimento.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL COMPARAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

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292

4 – Característica Entendimento: Capacidade de alcançar o significado e o

sentido.

4.1. Subcaracterística Compositividade: Capacidade de construir ou formar a

partir de diferentes partes.

Questão 1: É possível compor processos de maior nível de granularidade a partir

de processos de menor granularidade? Ex: É possível identificar a cadeia de valor

da organização a partir dos seus modelos de processos.

� Objetivo: Investigar se os processos possuem algum tipo de relacionamento

que permite identificar de que parte da estrutura deriva o processo em questão.

� Justificativa: Processos que possuem algum tipo de relacionamento que

permite identificar seus antecedentes ajudam a garantir a possibilidade de

compor processos maiores a partir de suas partes.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL

( ) NUNCA É POSSÍVEL

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 2: É possível compor novas informações a partir de outras? Ex: Pode-se

ter acesso direto à base de dados das aplicações que apoiam os processos e

identificar como cada informação é formada, e a partir destas produzir outras?

� Objetivo: Investigar se os processos permitem compor informações a partir de

outras.

� Justificativa: Processos que permitem compor informações a partir de outras já

existentes ajudam a garantir a possibilidade de compor informações a partir de

outras.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL

( ) NUNCA É POSSÍVEL

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293

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

4.2. Subcaracterística Concisão: Capacidade de ser resumido.

Questão 1: Os processos podem ser customizados de modo que se extraia somente

o que se tem interesse neles? Ex: Podem ser identificadas atividades que tenham

risco financeiro associado e se resumir o processo somente a estas atividades?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que suporte resumir ou

customizar as atividades, de modo que o usuário tenha apenas disponível o que

é de seu interesse.

� Justificativa: Mecanismos que suportem resumir ou customizar as atividades

de modo a deixar disponível o que é de interesse ajudam a garantir a capacidade

de resumir processos através de escolhas do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 2: É possível resumir as informações existentes de modo que se possa

extrair somente o que for de interesse? Ex: Em um relatório ou documento

apresentado é possível ver somente a parte interessante para o usuário?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permite resumir ou

customizar as informações oferecidas de modo que o usuário tenha apenas

disponível o que é de seu interesse.

� Justificativa: Mecanismos que suportem resumir ou customizar as informações

de modo a deixar disponível o que é de interesse ajudam a garantir a capacidade

de resumir processos através de escolhas do processo.

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294

( ) SEMPRE É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL CUSTOMIZAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

4.3. Subcaracterística Divisibilidade: Capacidade de ser particionado.

Questão 1: É possível dividir as informações em partes? Ex: Podem ser

recuperadas as regras de formação das informações de modo que se possa dividi-la

e reutilizá-la?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permita particionar

informações em grupos menores.

� Justificativa: Mecanismos que permitem particionar informações em grupos

menores ajudam a garantir a capacidade de entendimento do processo.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL

( ) NUNCA É POSSÍVEL

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ________________________________________________

Questão 2: É possível dividir um determinado processo em partes menores? Ex: É

possível separar o fluxo em partes menores?

� Objetivo: Identificar se é possível separar o processo em unidades menores.

� Justificativa: Separação do processo em unidades menores ajuda a garantir a

capacidade de entendimento.

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295

( ) SEMPRE É POSSÍVEL

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL

( ) NUNCA É POSSÍVEL

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ________________________________________________

4.4. Subcaracterística Dependência: Capacidade de identificar a relação entre as

partes de um todo.

Questão 1: Existem mecanismos que permitem identificar as relações entre os

processos? Ex: Interfaces entre processos são representadas explicitamente?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que identifica os

relacionamentos entre processos.

� Justificativa: Mecanismos que identificam os relacionamentos entre processos

ajudam a garantir o entendimento do processo.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _______________________________________________

Questão 2: Existem mecanismos que permitem identificar as relações entre as

informações dos processos? Ex: Existe uma ontologia ou modelos ER que reflitam

as bases de dados das aplicações que apoiam os processos?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que apóie a identificação de

relacionamentos entre informações.

� Justificativa: Mecanismos que apoiam a identificação de relacionamentos

entre informações ajudam a garantir a capacidade de relacionar informações.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

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296

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

4.5 Subcaracterística Detalhamento: Capacidade de descrever em minúcias.

Questão 1: É possível detalhar uma determinada informação? Ex: Em um relatório

ou documento apresentado, é possível detalhar alguma informação que venha a

melhorar o entendimento do usuário?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permita detalhar

informações em unidades menores.

� Justificativa: Mecanismos que permitem detalhar informações em unidades

menores ajudam a garantir a capacidade de entendimento do usuário.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: É possível detalhar um determinado processo? Ex: Para cada

macroprocesso existe seu detalhamento em fluxos de atividades, e para cada

atividade existe seu detalhamento de execução? Para uma determinada atividade

pode-se obter seu detalhamento (elementos e descrição)?

� Objetivo: Identificar se existe algum mecanismo que permite detalhar

processos em unidades menores.

� Justificativa: Mecanismos que permitem detalhar processos em unidades

menores ajudam a garantir a capacidade de entendimento.

( ) SEMPRE É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NA MAIORIA DAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) ALGUMAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) POUCAS VEZES É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NUNCA É POSSÍVEL DETALHAR

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

5 – Característica Auditabilidade: Capacidade de exame analítico.

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297

5.1. Subcaracterística Explicação: Capacidade de informar a razão de algo.

Questão 1: O processo possui descrição sobre cada uma de suas atividades? Ex:

Cada atividade possui uma descrição e identificação de todos os elementos que usa

para sua execução?

� Objetivo: Identificar se os processos possuem descrição sobre todas as suas

atividades e cada elemento que as compõe.

� Justificativa: Processos que possuem descrição sobre todas as suas atividades e

cada elemento que as compõe ajudam a garantir a capacidade de auditabilidade

destes processos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O processo armazena as principais dúvidas e respostas a estas dúvidas

em uma base de conhecimento? Ex: Existe uma base de conhecimento sobre o

processo? Existe uma comunidade de práticas sobre o processo?

� Objetivo: Identificar se o processo fornece informações sobre dúvidas já

conhecidas.

� Justificativa: Processos que fornecem informações sobre dúvidas já

conhecidas ajudam a garantir a capacidade de auditabilidade dos processos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

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298

5.2. Subcaracterística Rastreabilidade: Capacidade de seguir o desenvolvimento

de um processo ou a construção de uma informação, suas mudanças e justificativas.

Questão 1: É possível saber se as mudanças realizadas no processo, através do

conhecimento de quem, quando, onde, por que e como estas mudanças ocorreram?

Ex: Há registro das mudanças feitas ao longo do processo?

� Objetivo: Identificar se o processo permite rastrear as informações sobre suas

atividades.

� Justificativa: Processos que permitem rastrear as informações sobre suas

atividades ajudam a garantir sua auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 2: É possível ter conhecimento sobre as fontes das informações utilizadas

no processo? Ex: Há referência sobre a origem de cada informação?

� Objetivo: Identificar se os processos possuem a origem das informações.

� Justificativa: Processos que possuem a origem das informações ajudam a

garantir a sua auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

5.3. Subcaracterística Verificabilidade: Capacidade de identificar se o que está

sendo feito é o que deve ser feito.

Questão 1: Existem formas de identificar se o que está sendo feito é o que deveria

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ser feito no processo? Ex: Existe uma lista dos requisitos do software que apoiam o

processo versus as atividades do processo? As regras e leis que apoiam os processos

podem ser acessadas para identificação da aderência do processo a estas?

� Objetivo: Identificar se existem mecanismos que permitem identificar se o que

está sendo feito é o que deveria ser feito no processo.

� Justificativa: Mecanismos que permitem identificar se o que está sendo feito é

o que deveria ser feito no processo ajudam a garantir a sua auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: O processo ao ser executado faz efetivamente o que sua

documentação diz que deve ser feito? Ex: Em um processo de compra pela

internet, o site informa as formas de pagamento. No momento da compra, todas

as formas devem estar disponíveis.

� Objetivo: Investigar se os processos fazem efetivamente o que sua

documentação diz que deve ser feito.

� Justificativa: Processos que fazem efetivamente o que sua documentação diz

que deve ser feito ajudam a garantir a auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: ________________________________________________

5.4. Subcaracterística Validade: Capacidade de ser testado por experimento ou

observação para identificar se o que está sendo feito é correto.

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300

Questão 1: Existem formas de se legitimar o processo? Ex: É possível testar o

processo?

� Objetivo: Identificar se o processo tem capacidade de ser executado e obter um

resultado.

� Justificativa: Processos que têm capacidade de ser executados e obter um

resultado ajudam a garantir a auditabilidade do processo.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 2: Existem formas de se garantir as informações oferecidas através de

testes? Ex: Ferramentas, softwares, testes de caixa-preta.

� Objetivo: Identificar através de testes se as informações oferecidas são

verdadeiras.

� Justificativa: Testes de informações para verificar sua veracidade ajudam a

garantir a auditabilidade do processo.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO

Comentários: _________________________________________________

5.5. Subcaracterística Controlabilidade: Ato ou poder de domínio.

.

Questão 1: Os processos possuem sua execução acompanhada? Ex: Todas as

informações trocadas entre os atores do processo têm registro de usuário, data e

hora? Todos os atores são conhecidos? Todas as decisões tomadas e os recursos

utilizados são identificados?

� Objetivo: Identificar se toda a execução é acompanhada.

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301

� Justificativa: A execução ser acompanhada ajuda a garantir a auditabilidade

dos processos.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: _________________________________________________

Questão 2: Os processos possuem mecanismos de identificação de estimado X

realizado? Ex: Os processos possuem atividades que comparam os valores

realizados em uma determinada atividade aos previstos e indicam a diferença? Os

processos podem ser simulados de forma a identificar como se comportariam com

outras variáveis?

� Objetivo: Acompanhar o realizado versus estimado dos resultados do processo.

� Justificativa: O acompanhamento do realizado versus estimado dos resultados

do processo ajuda a garantir sua auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Questão 3: Os processos possuem mecanismos para conferências parciais? Ex:

Suponhamos que você tenha um processo de cadastramento dividido em quatro

etapas. A cada etapa deste processo poderia haver uma verificação dos dados já

informados até aquele momento.

� Objetivo: Identificar se o processo possui mecanismos de conferência parcial

de processos.

� Justificativa: Processos com mecanismos de conferência parcial ajudam a

garantir sua auditabilidade.

( ) SEMPRE

( ) NA MAIORIA DAS VEZES

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302

( ) ALGUMAS VEZES

( ) POUCAS VEZES

( ) NUNCA

( ) NÃO POSSUO ESTA INFORMAÇÃO / NÃO SE APLICA

Comentários: __________________________________________________

Apresentação dos resultados obtidos

As respostas obtidas foram reunidas e organizadas em uma tabela com o

seguinte conteúdo: A coluna “subcritérios” elenca todas as folhas ou características

de segundo nível do SIG de Transparência. A coluna “critério/subcritério/questão”

refere-se aos cinco critérios principais ou de primeiro nível do SIG de

Transparência (Acessibilidade, Usabilidade, Informativo, Entendimento e

Auditabilidade). Os subcritérios, como já dito, referem-se a todas as folhas ou

características de segundo nível do SIG de Transparência dispostas na primeira

coluna da tabela. As questões referem-se às perguntas elaboradas descritas no

questionário apresentado anteriormente neste apêndice. As demais colunas são as

respostas dadas pelos entrevistados às questões do questionário. As cinco primeiras

colunas (A, B, C, D e E) referem-se a entrevistados que conhecem a organização.

As sete outras colunas (F, G, H, I, J, K e L) referem-se a entrevistados que não

conhecem a organização. A maioria das questões permitia cinco opções de resposta

sobre o processo ou então que o entrevistado dissesse que não tinha conhecimento

sobre aquela questão na organização. As tabelas geradas são utilizadas no estudo de

caso apresentado no Capítulo 5 desta tese. Através deste questionário, foi possível a

análise da transparência de processos pela identificação das operacionalizações das

características de transparência existentes nos processos organizacionais.

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Apêndice F Símbolos do Léxico relacionados à transparência organizacional

Este apêndice apresenta os demais elementos do léxico criados nesta tese para

apoiar a construção do léxico de transparência organizacional . Este conteúdo é

resultado da construção do Catálogo de Transparência que pode ser visto no

Capítulo 3.

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Anexo I Modelos de Processos utilizados no Estudo de Caso

Este anexo apresenta os dados referentes aos processos enviados aos

participantes para serem analisados no estudo de caso apresentado no Capítulo 5

desta tese.

Introdução

O objetivo deste documento é apresentar a modelagem de processos de

Intervenção em Poços realizado por uma empresa de exploração de petróleo

localizada no Estado do Rio Grande do Norte.

Notação

Esta seção apresenta a notação utilizada na modelagem dos processos de

negócio nesta organização. O principal objetivo da tabela abaixo é auxiliar na

leitura dos modelos representados.

Nome Semântica Sintaxe

(Link para outro modelo)

Este símbolo está associado a qualquer elemento que possua um modelo associado a ele.

Objetivo Objetivo associado ao processo ou à atividade.

Unidade organizacional

Representa uma área da organização.

Posto de trabalho

Representa o posto de trabalho responsável pela execução ou apoio a uma atividade.

Posto de trabalho externo

Representa um posto de trabalho (papel/função) de unidade organizacional externa.

Grupo Grupo, comitê ou célula de pessoas e/ou unidades responsáveis pela execução de uma tarefa no processo.

Localização Local ou ambiente onde está situada uma unidade organizacional.

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Nome Semântica Sintaxe

Processo Inicial

Representa um processo inicial de uma sequência da cadeia de valor. Pode representar também um processo superior, a partir do qual existe uma sequência de processos a ele subordinados.

Processo Representa um processo intermediário ou final de uma sequência da cadeia de valor.

Atividade Constitui uma etapa de uma sequência que precisa ser executada para que um processo seja realizado.

Interface de processo

Representa uma ligação entre dois processos.

Evento inicial Representa uma circunstância ou status que propicia o início do processo.

Evento intermediário

Representa uma circunstância ou status relevante para o entendimento do processo.

Evento final Representa a circunstância ou status final do processo.

E

Operador lógico que representa:

- quando dividir o fluxo: que todos os caminhos precisam ser percorridos, ou seja, todas as atividades destino devem ser executadas;

- quando unir o fluxo: que todos os caminhos devem ser percorridos antes de iniciar a atividade seguinte, ou seja, todas as atividades origem devem ser executadas.

Ou exclusivo

Operador lógico que representa:

- quando dividir o fluxo: que apenas um dos caminhos será percorrido, ou seja, apenas um dos eventos destino ocorrerá;

- quando unir o fluxo: que apenas um dos caminhos percorridos é suficiente para iniciar a atividade seguinte, ou seja, apenas um dos eventos origem precisa ocorrer.

Ou

Operador lógico que representa:

- quando dividir o fluxo: que pelo menos um dos caminhos precisa ser percorrido, ou seja, no mínimo um dos eventos destino deve ocorrer, porém podem ocorrer outros;

- quando unir o fluxo: que pelo menos um dos caminhos percorridos é suficiente para iniciar a atividade seguinte, ou seja, no mínimo um dos eventos origem deve ocorrer.

Informação Representa um conjunto de dados (digitais) consumidos ou gerados por uma atividade

Documento

Representa uma informação (documento, relatório, planilha, etc..) disponibilizada em arquivo físico ou impressa em papel, gerada ou utilizada em uma atividade.

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Nome Semântica Sintaxe

Documento eletrônico

Representa uma informação (documento, relatório, planilha, etc..) disponibilizada em arquivos armazenados em meio eletrônico, gerada ou utilizada em uma atividade.

Sistema Representa um sistema de informação que apoia a execução ou executa uma atividade.

Termo Descreve uma expressão que necessita de explicação.

Equipamento Representa um equipamento físico utilizado na execução de uma atividade.

Generalresource

Indicador de desempenho

Representa um indicador de desempenho para avaliar a atividade.

Regra de negócio

Diretiva destinada a influenciar ou guiar o comportamento do negócio, como suporte à política de negócio que é formulada em resposta a uma oportunidade.

Requisito de negócio

Requerimentos provenientes do negócio que irão definir ou restringir aspectos dos sistemas de informação.

Requisito deNegócio

Processos

Esta seção apresenta os processos enviados aos participantes para serem

analisados de acordo com as questões apresentadas no Apêndice E desta tese. Os

resultados desta análise estão presentes no Capítulo 5. Macroprocesso: Intervir em poços

O macroprocesso “Intervir em poços” visa prestar serviços integrados em

perfuração, avaliação, completação e restauração de poços em produção, agregando

valor aos processos dos clientes e contribuindo para a maximização do resultado da

área de Exploração e Produção. Seus principais subprocessos são: “Preparar

Intervenção de Manutenção”, “Preparar Intervenção de Investimento” e

“Acompanhar Intervenção”.

Preparar Intervenção de Manutenção

O objetivo desse processo é preparar o local para uma intervenção de

manutenção. O processo tem início quando a área de operação identifica a

necessidade de limpeza em um poço e faz uma solicitação de limpeza, ou quando a

área de serviço faz uma solicitação de intervenção de restauração ou avaliação. A

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partir daí, a área de intervenção em poços consulta o esquema mecânico do poço e

os Boletins Diários de Produção das intervenções anteriores. Em seguida, verifica a

disponibilidade de material para realizar a intervenção. Se o material necessário não

estiver disponível em estoque, a área de Intervenção em poços tenta substituir o

material em falta por outro disponível. Em ambos os casos, o técnico empenha o

material necessário para a intervenção. No próximo passo, a área de intervenção em

poços faz uma vistoria na locação, preenchendo um checklist com as condições da

locação. Dependendo das condições, a área de operação responsável pelo poço

solicita às gerências competentes a adequação da locação. Se houver necessidade

de limpeza nas proximidades da locação, a área de serviços gerais deve ser

informada. No caso de recuperação da locação, será solicitado serviço da área de

construção e montagem. Em seguida, a área de intervenção em poços prioriza a

intervenção, definindo quando a mesma será realizada. Ao final da execução do

processo, a instalação da sonda no local da intervenção é liberada.

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Consultar disponibilidade de material para intervenção

A área de intervenção em poços consulta a disponibilidade do material

necessário para realizar a intervenção no poço. A informação necessária é a

quantidade de itens necessários para realizar a intervenção que está disponível

no estoque. O sistema A fornece a quantidade do material em estoque.

Verificar possibilidade de substituir material

A área de intervenção em poços verifica a possibilidade de substituir um

material que está em falta no estoque por outro disponível. A informação

necessária é a quantidade de itens necessários para realizar a intervenção

disponível no estoque,

Empenhar material para intervenção

O Técnico de intervenção em poços registra o empenho / reserva do

material necessário para realizar a intervenção no poço, em uma planilha. Esta

planilha é enviada por e-mail à oficina da área de Intervenção em Poços. As

informações necessárias são: a descrição dos equipamentos que foram colocados

no poço durante as intervenções anteriores, o poço em que a intervenção será

realizada; o serviço a ser realizado no poço (limpeza, restauração ou avaliação);

se o poço tiver parado de produzir por algum problema, a ordem de intervenção

contém o que foi observado pelo OP responsável pelo poço; o gradiente de

pressão do poço; e a produção do poço. As informações geradas são: o código da

ordem de intervenção; e a contagem e descrição dos itens necessários para

realizar a intervenção. Esta atividade produz como saída o empenho de material.

O software MS Excel registra o empenho do material.

Solicitar verificação das condições da locação

A área de operação solicita ao supervisor da sonda que visite a locação

onde será realizada a intervenção, e preencha um checklist do estado da locação.

As informações necessárias são: localização do poço, data da última

intervenção, pressão estática, tipo do problema identificado, tipo de providência

a ser tomada, produção do poço antes da intervenção, previsão de produção do

poço após intervenção, previsão do teor de BSW, especificação da bomba de

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fundo, diâmetro da coluna de produção, e grau da coluna de haste.

Verificar condições da locação

O Encarregado de sonda verifica as condições do local do poço, ou seja, a

locação onde a sonda deve ser instalada. As informações geradas são: a data da

inspeção; tamanho da locação e sua adequação à intervenção; o grau de poluição

da locação; a necessidade de fazer desmatamento; a necessidade de fazer

terraplanagem; descrição da rede elétrica da locação; presença ou ausência da

unidade de bombeio; uma relação dos equipamentos que se encontram na

superfície do poço; e uma figura representativa da disposição dos equipamentos

de superfície. Esta atividade produz como saída o checklist do estado da locação

para intervenção informando o estado da locação. Esta atividade segue como

base o padrão (XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Avaliar condições da locação para intervenção

A área de intervenção em poços avalia as condições da locação conforme

as anotações colocadas no checklist do estado da locação para intervenção. As

informações necessárias são: tamanho da locação e sua adequação à intervenção;

o grau de poluição da locação; a necessidade de fazer desmatamento; a

necessidade de fazer terraplanagem; descrição da rede elétrica da locação;

presença ou ausência da unidade de bombeio; uma relação dos equipamentos

que se encontram na superfície do poço; e uma figura representativa da

disposição dos equipamentos de superfície. As informações geradas são: o nome

do poço, o código do poço, a descrição da situação física da locação e a descrição

dos serviços a serem realizados na locação. Esta atividade recebe como entrada o

checklist do estado da locação para intervenção. Esta atividade segue como base

o padrão (XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Informar condições da locação à operação

A área de intervenção em poços informa ao operador, por e-mail, as

condições da locação e as correções que necessitam ser realizadas. As

informações necessárias são: os serviços a serem feitos para corrigir

problemas na locação. Esta atividade segue como base o padrão (XXXXX)

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para Entrega e recebimento de locação de poços.

Priorizar intervenção

A área de operações faz um estudo para priorizar a intervenção do poço

frente a outras intervenções já solicitadas. Esta priorização deve ser feita de

acordo com os critérios estabelecidos no padrão (YYYYY) para Priorização

de poços para intervenções com sonda de produção terrestre. As informações

necessárias são: o solicitante da intervenção; o poço; a previsão do tempo (em

horas) necessário para realizar a intervenção; e as outras intervenções que

estão na lista de espera para serem realizadas. A informação gerada é a ordem

que deve ser seguida para realizar as intervenções dos poços. Esta atividade

recebe como entrada a Nota de intervenção e o Quadro eletrônico, e produz

como saída o Quadro eletrônico alterado. O software MS Excel registra a

ordem em que as intervenções devem ser realizadas.

Regras de negócio Descrição Priorização de intervenção em poços

A intervenção de um poço é priorizada obedecendo aos seguintes critérios, pela ordem: 1. Segurança e Meio Ambiente; 2. Poços que receberam vapor; 3. Poços que irão receber vapor; 4. Poços que irão definir novos projetos.

Priorização de intervenção em poços por custo

Em caso de empate na priorização da intervenção de um poço, será dada prioridade à de menor custo. A intervenção que tiver o custo duas vezes maior que o custo médio de intervenção do campo deve ser reanalisada.

Imprimir programa de intervenção de manutenção

A área de operação imprime o programa de intervenção de manutenção a

partir da nota de intervenção. A informação necessária é: a descrição das atividades

a serem realizadas no poço durante a intervenção de manutenção.

As informações geradas são a descrição das atividades que devem ser realizadas

durante a intervenção. No caso do uso de fluido, este programa descreve a

composição química do fluido. No caso da perfuração, descreve as etapas de

perfuração e a profundidade e diâmetro de cada etapa. Esta atividade produz como

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saída o programa de intervenção impresso. O sistema A fornece os dados do

programa de intervenção, que estão inseridos na nota de intervenção.

Liberar instalação da sonda

O Fiscal de sonda libera a instalação da sonda. Esta liberação é realizada

através de uma conversa entre o fiscal que acompanha a sonda e o encarregado da

mesma. As informações necessárias são: a sequência das intervenções da sonda e a

sequência dos poços para passarem por intervenção. As informações geradas são: o

local em que a sonda deve ser instalada e o objetivo da intervenção.

Esta atividade recebe como entrada o Quadro eletrônico. Esta atividade segue como

base o padrão (XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Preparar intervenção de investimento

O objetivo desse processo é preparar o local para a intervenção de

investimento. O processo tem início quando há uma solicitação de intervenção de

investimento. Depois, o encarregado da mesa de operações abre um diagrama de

rede, e então a área de operação informa os equipamentos desejados no poço. Se a

intervenção for de recompletação, o técnico de intervenção em poços analisa o

esquema mecânico do poço e os Boletins diários de operação das intervenções

anteriores. Depois verifica a disponibilidade de material para a realização da

mesma. Se o material necessário não estiver disponível em estoque, o técnico tenta

substituir o material em falta por outro disponível. O técnico então empenha o

material necessário para a intervenção. Após esta etapa, o encarregado da sonda faz

uma vistoria da locação preenchendo um checklist com as condições da locação.

Dependendo das condições, a área de operação responsável pelo poço se encarrega

de solicitar às gerências competentes a adequação da locação. Se houver

necessidade de limpeza nas proximidades da locação, a área de Serviços Gerais

deve ser informada, e no caso de recuperação da locação, será solicitado serviço da

área de Construção e Montagem. Depois o coordenador da mesa de operações

prioriza a intervenção, definindo quando a mesma será realizada. Ao final da

execução do processo, o fiscal de sonda libera a instalação da mesma no local da

intervenção.

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Abrir diagrama de rede

A área de operação abre um diagrama de rede para a intervenção de

investimento. A informação necessária é a descrição das atividades a serem

realizadas no poço durante a intervenção. As informações geradas são: o nome do

solicitante da intervenção, o código do poço, o nome do poço, a previsão do

tempo (em horas) necessário para realizar a intervenção e o código do diagrama

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de rede. O sistema A registra o diagrama de rede.

Verificar urgência da intervenção

A área de intervenção em poços constata a urgência da intervenção. A

urgência é verificada de acordo com a produção do poço, ou seja, poços com

maior produção são tratados antes dos poços com menor produção. As

informações necessárias são: o poço em que a intervenção será realizada; o

serviço a ser realizado no poço (limpeza, ou restauração ou avaliação); a nota de

intervenção contém o que foi observado pelo OP responsável pelo poço, se o

mesmo tiver parado de produzir por algum problema; e a produção do poço. A

informação gerada é a ordem que deve ser seguida para realizar as intervenções

dos poços. Esta atividade recebe como entrada o quadro eletrônico, e produz

como saída o quadro eletrônico alterado. O software MS Excel registra no

Quadro eletrônico o poço que deve sofrer intervenção.

Regra de negócio Descrição Priorização de intervenção em poços

A intervenção de um poço é priorizada obedecendo aos seguintes critérios, pela ordem: 1. Segurança e Meio Ambiente; 2. Poços que receberam vapor; 3. Poços que irão receber vapor; 4. Poços que irão definir novos projetos.

Priorização de intervenção em poços por custo

Em caso de empate na priorização da intervenção de um poço, será dada prioridade à de menor custo. A intervenção que tiver o custo duas vezes maior que o custo médio de intervenção do campo deve ser reanalisada.

Informar período da intervenção

A área de operações informa por e-mail ao OP quando será feita a

intervenção.

As informações necessárias são: a sequência das intervenções da sonda

e a sequência dos poços a passarem por intervenção. As informações geradas

são: a data da intervenção e detalhes da completação, como zona de

completação. Esta atividade recebe como entrada o quadro eletrônico.

Informar equipamentos desejados no poço

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O Engenheiro de petróleo envia por e-mail a solicitação de providências

para a área de Intervenção em Poços, com a lista dos equipamentos desejados

no poço. As informações necessárias são: a data da intervenção e detalhes da

completação, como zona de completação. As informações geradas são as

descrições dos equipamentos que o OP deseja que o poço tenha.

Consultar esquema mecânico do poço

A área de intervenção em poços consulta o esquema mecânico do

poço. As informações necessárias são: código do poço; base canhoneado;

topo aberto; base aberto; cabeça de produção; cabeça de produção let-down

deixado; profundidade checada; fundo deixado; data fundo checado;

equipamento usado; modelos da bomba; bomba pescador; eficiência

volumétrica; topo canhoneado; revestimento de produção; abertura do

beam; separador de gás; desareador; bomba-número da bomba;

bomba-gaiola; bomba-válvula de passeio diâmetro esfera; bomba válvula de

pé diâmetro da esfera; bomba tubos cauda; haste curta quantidade; haste

curta diâmetro; tubo-âncora tubulação; tubo quantidade; tudo diâmetro;

tubo-tipo; tubo-grau; tubo-classificação; tubo-comprimento;

tubo-extremidade coluna; haste de bombeio-tipo de luva; haste de

bombeio-classe da luva; haste de bombeio-taxa de desgaste; haste de

bombeio-diâmetro; haste de bombeio-quantidade; haste de bombeio-grau;

haste de bombeio-classe; haste de bombeio-tipo; haste de bombeio-guias

tipo; haste de bombeio-guias-quantidade; haste de peso-diâmetro; haste de

peso-quantidade; haste de peso-grau; haste de peso-classe; haste polida

diâmetro; haste polida comprimento; haste polida material. O sistema B

fornece o esquema mecânico do poço.

Consultar disponibilidade de material para intervenção

A área de intervenção em poços consulta a disponibilidade do material

necessário para realizar a intervenção no poço. A informação necessária é a

quantidade dos itens necessários disponível no estoque para realizar a

intervenção. O sistema A fornece a quantidade do material em estoque.

Verificar possibilidade de substituir material

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A área de intervenção em poços verifica a possibilidade de substituir um

material que está em falta no estoque por outro disponível. A informação

necessária é a quantidade dos itens necessários disponível no estoque para

realizar a intervenção.

Empenhar material para intervenção

A área de intervenção em poços registra em uma planilha o empenho/

reserva do material necessário para realizar a intervenção no poço. Esta

planilha é enviada por e-mail à oficina da área de intervenção em poços. As

informações necessárias são: a descrição dos equipamentos que foram

colocados no poço durante as intervenções anteriores, o poço em que a

intervenção será realizada; o serviço a ser realizado no poço (limpeza,

restauração ou avaliação); a nota de intervenção contém o que foi observado

pelo OP responsável pelo poço, se o mesmo tiver parado de produzir por

algum problema; o gradiente de pressão do poço; e a produção do poço. As

informações geradas são: o código da ordem de intervenção; e a quantidade e

descrição dos itens necessários para realizar a intervenção. Esta atividade

produz como saída o empenho do material. O software MS Excel registra o

empenho do material.

Solicitar verificação das condições da locação

O Operador solicita ao supervisor da sonda que visite a locação onde

será realizada a intervenção e preencha um checklist do estado da locação. A

informação necessária é a descrição das atividades a serem realizadas no

poço durante a intervenção. Esta atividade segue como base o padrão

(XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Verificar condições da locação

O Encarregado de sonda verifica as condições do local do poço, ou

seja, a locação onde a sonda deve ser instalada. As informações geradas

são: a data da inspeção; tamanho da locação e sua adequação à intervenção;

o grau de poluição da locação; a necessidade de fazer desmatamento; a

necessidade de fazer terraplanagem; descrição da rede elétrica da locação;

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presença ou ausência da unidade de bombeio; uma relação dos

equipamentos que se encontram na superfície do poço; e uma figura

representativa da disposição dos equipamentos de superfície.. Esta

atividade produz como saída o checklist do estado da locação para

intervenção, com as informações do estado da locação. Esta atividade segue

como base o padrão (XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de

poços.

Avaliar condições da locação para intervenção

A área de intervenção em poços avalia as condições da locação

conforme as anotações colocadas no checklist do estado da locação para

intervenção. As informações necessárias são: tamanho da locação e sua

adequação à intervenção; o grau de poluição da locação; a necessidade de

fazer desmatamento; a necessidade de fazer terraplanagem; descrição da

rede elétrica da locação; presença ou ausência da unidade de bombeio; uma

relação dos equipamentos que se encontram na superfície do poço; e uma

figura representativa da disposição dos equipamentos de superfície. As

informações geradas são: o nome do poço, o código do poço, a descrição da

situação física da locação e a descrição dos serviços a serem realizados na

locação. Esta atividade recebe como entrada o checklist do estado da

locação para intervenção. Esta atividade segue como base o padrão

(XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Solicitar limpeza da locação

O Técnico de intervenção em poços solicita por e-mail à área de

Serviços Gerais a limpeza da locação. As informações necessárias são:

tamanho da locação e sua adequação à intervenção; o grau de poluição da

locação; a necessidade de fazer desmatamento; a necessidade de fazer

terraplanagem; descrição da rede elétrica da locação; presença ou ausência da

unidade de bombeio; uma relação dos equipamentos que se encontram na

superfície do poço; e uma figura representativa da disposição dos

equipamentos de superfície.. As informações geradas são: o local onde deve

ser feito a limpeza e as condições nas quais se encontra a locação. Esta

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atividade recebe como entrada o checklist do estado da locação para

intervenção.

Realizar limpeza da locação

O Supervisor coordena a limpeza da locação. As informações

necessárias são: a descrição das condições da locação e os serviços a serem

feitos.

Solicitar recuperação da locação

A área de intervenção em poços solicita por e-mail à

UN-RNCE/ATP-ARG/CM a restauração da locação. As informações

necessárias são: tamanho da locação e sua adequação à intervenção; o

grau de poluição da locação; a necessidade de fazer desmatamento; a

necessidade de fazer terraplanagem; descrição da rede elétrica da locação;

presença ou ausência da unidade de bombeio; uma relação dos

equipamentos que se encontram na superfície do poço; e uma figura

representativa da disposição dos equipamentos de superfície.. As

informações geradas são: o local onde deve ser feita a restauração e as

condições em que se encontram a locação. Esta atividade segue como base

o padrão (XXXXX) para Entrega e recebimento de locação de poços.

Realizar recuperação da locação

A área de construção e montagem coordena a recuperação da

locação. As informações necessárias são: a descrição das condições da

locação e os serviços a serem feitos.

Priorizar intervenção

O Coordenador da mesa de operações faz um estudo para priorizar a

intervenção do poço, frente a outras intervenções já solicitadas. As

informações necessárias são: o solicitante da intervenção; o poço; a

previsão do tempo (em horas) necessário para realizar a intervenção; e as

outras intervenções que estão na lista de espera para serem realizadas. A

informação gerada é a ordem que deve ser seguida para realizar as

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intervenções dos poços. Esta atividade recebe como entrada o Quadro

eletrônico e produz como saída o Quadro eletrônico alterado. O software

MS Excel registra a ordem em que as intervenções devem ser realizadas.

Esta atividade segue como base o padrão (YYYYY) para Priorização de

poços para intervenções com sondas de produção terrestre.

Imprimir programa de intervenção de investimento

A área de operação imprime o programa de intervenção de

investimento a partir da nota de intervenção. A informação necessária é a

descrição das atividades a serem realizadas no poço durante a intervenção de

manutenção. As informações geradas são a descrição das atividades que

devem ser realizadas durante a intervenção. No caso do uso de fluido, este

programa descreve a composição química do fluido. No caso da perfuração,

descreve as etapas de perfuração e a profundidade e diâmetro de cada etapa.

A atividade produz como saída o Programa de intervenção. O sistema A

fornece os dados do programa de intervenção, que estão inseridos na nota de

intervenção.

Liberar instalação da sonda

O Fiscal de sonda libera a instalação da mesma. Esta liberação é

realizada através de uma conversa entre o fiscal que acompanha a sonda e o

encarregado da mesma. A informação necessária é a sequência das

intervenções da sonda e a sequência dos poços para passarem por

intervenção. As informações geradas são: o local onde a sonda deve ser

instalada e o objetivo da intervenção. Esta atividade recebe como entrada o

Quadro eletrônico. Esta atividade segue como base o padrão (XXXXX) para

Entrega e recebimento de locação de poços.

Acompanhar intervenção

O objetivo deste processo é acompanhar as atividades de intervenção

realizadas pela empresa executante da intervenção. O processo tem início com a

elaboração do planejamento diário das atividades da sonda de produção terrestre. A

partir daí, o encarregado de sonda coordena as atividades da sonda e pode solicitar

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auxílio técnico ao fiscal de sonda. Dependendo do que se trata, o fiscal deve

reportar o caso à mesa de operações que, por sua vez, deve reportar à área de

Serviço Técnico. Pela manhã, o fiscal de sonda elabora um boletim diário de

operação descrevendo as atividades realizadas no dia anterior e imprime duas

cópias, uma para o fiscal de sonda e outra para o encarregado da mesma. Depois, o

fiscal de sonda envia ao auxiliar da mesa de operações uma cópia do boletim diário

de operação. Após o término do serviço no poço, um teste de eficiência volumétrica

é feito. Se o resultado do teste for satisfatório, o fiscal pode liberar a desmontagem

da sonda. Ao final da execução do processo, o serviço de sondagem está concluído.

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Elaborar planejamento diário

O Grupo de execução de intervenção em poços elabora o planejamento diário

das atividades a serem realizadas. A informação necessária é a descrição das

atividades que devem ser realizadas durante a intervenção. As informações geradas

são: as atividades a serem realizadas durante um dia e o tempo necessário para

realizá-las. Esta atividade recebe como entrada o programa de intervenção e produz

como saída o planejamento diário das atividades de uma sonda em uma

intervenção. O software MS Excel apoia a elaboração do planejamento diário.

Executar intervenção

O objetivo deste processo é realizar as operações necessárias à intervenção. O

processo tem início com a desmontagem, transporte e montagem da sonda. No

próximo passo, o poço é desequipado. Em seguida, é feita uma avaliação para

verificar se o poço deve ou não ser condicionado. Caso seja necessário, o poço é

condicionado. Após esta atividade, é feita uma avaliação para verificar se o poço

deve ou não ser perfilado. Caso seja necessário, o poço é perfilado. Em seguida, é

feita uma avaliação para verificar se o poço deve ou não ser canhoneado. Caso seja

necessário, o poço é canhoneado. Depois é feita uma avaliação para verificar se a

produção do poço deve ser testada. Caso seja necessário, a produção do poço é

testada. Em seguida, é feita uma avaliação para verificar se alguma zona de

produção do poço deve ser isolada. Caso seja necessário, a produção do poço é

testada. Ao final, o poço é equipado.

OBS: Trata-se de um subprocesso do processo de Acompanhar Intervenção,

porém o diagrama deste subprocesso não nos foi fornecido.

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Verificar necessidade de auxílio técnico

O Encarregado de sonda verifica se existe necessidade de auxílio técnico

em relação à operação de intervenção. Normalmente este tipo de auxílio está

relacionado a dúvidas e/ou problemas encontrados no programa de intervenção

realizado pela gerência de Engenharia de poços. As informações necessárias

são: a descrição das atividades que devem ser realizadas durante a intervenção.

No caso do uso de fluido, este programa descreve a composição química do

fluido. No caso da perfuração, o mesmo descreve as etapas de perfuração e a

profundidade e diâmetro de cada etapa. Esta atividade recebe como entrada o

programa de intervenção.

Solicitar auxílio à mesa de operações

O Grupo de execução de intervenção em poços solicita, por telefone,

auxílio à mesa de operações. As informações geradas são dúvidas em relação ao

programa de intervenção.

Avaliar auxílio solicitado na intervenção

O Coordenador da mesa de operações avalia o pedido de auxílio técnico

informado por telefone pelo grupo de execução de intervenção em poços. As

informações necessárias são: a descrição das atividades que devem ser

realizadas durante a intervenção. No caso do uso de fluido, este programa

descreve a composição química do fluido. No caso da perfuração, o mesmo

descreve as etapas de perfuração e a profundidade e diâmetro de cada etapa;

dúvidas em relação ao programa de intervenção. Esta atividade recebe como

entrada o programa de intervenção.

Solicitar auxílio à gerência de Engenharia de Poços

O Coordenador da mesa de operações solicita auxílio técnico à área de

serviço técnico por telefone, com as dúvidas e/ou problemas encontrados, nas

descrições da ordem de intervenção, pelo grupo de execução de intervenção em

poços. As informações geradas são: dúvidas em relação ao programa de

intervenção e o auxílio técnico na realização de uma intervenção.

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Prover auxílio à mesa de operações

O Engenheiro de petróleo provê suporte técnico à mesa de operações da

área de intervenção em poços, esclarecendo questões sobre a intervenção. As

informações necessárias são: a descrição das atividades que devem ser

realizadas durante a intervenção. No caso do uso de fluido, este programa

descreve a composição química do fluido. No caso da perfuração, o mesmo

descreve as etapas de perfuração e a profundidade e diâmetro de cada etapa;

dúvidas em relação ao programa de intervenção. A informação gerada é o

esclarecimento das dúvidas e/ou problemas encontrados nas descrições da

ordem de intervenção. Esta atividade recebe como entrada o programa de

intervenção.

Prover auxílio ao grupo de execução da intervenção

O Coordenador da mesa de operações provê suporte técnico ao grupo de

execução da intervenção. A informação necessária é o esclarecimento das

dúvidas e/ou problemas encontrados nas descrições da ordem de intervenção. A

informação gerada é o esclarecimento das dúvidas e/ou problemas encontrados

nas descrições da ordem de intervenção.

Gerar boletim diário de operação

O Encarregado de sonda gera o boletim diário de operação. As

informações geradas resumem as operações realizadas durante um dia de

intervenção: Composição de colunas descidas no poço (tubos, hastes, packer,

tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha ficado um peixe, deve ser

informado: descrição, profundidade do topo, e comprimento (m); Composição

dos equipamentos de superfície (Cabeça, suspensor, adaptadores, Árvore de

natal). Havendo ocorrência de areia, reportar o topo da areia encontrada até

conseguir limpar o poço. Esta atividade produz como saída um boletim diário

de operação. O sistema C registra as atividades realizadas durante um dia de

intervenção. Esta atividade segue como base o padrão (ZZZZZ) para

Recomendações operacionais na fiscalização das intervenções de sonda.

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Regra de Negócio

Descrição

Cálculo da profundidade da coluna

Profundidade da coluna = Let Down + soma de todos os comprimentos anteriores

Let Down = 13,8m Se um valor de comprimento na grade estiver em branco,

descarta-se a profundidade calculada até aquele momento, e a partir do equipamento seguinte o cálculo recomeça usando o

valor do Let Down como profundidade inicial.

Avaliar boletim diário de operação

O Fiscal de sonda avalia o boletim diário de operação. As

informações necessárias são: Composição de colunas descidas no poço

(tubos, hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha

ficado um peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e

comprimento (m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça,

suspensor, adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia

reportar o topo da areia encontrada até conseguir limpar o poço. As

informações geradas são: Composição de colunas descidas no poço (tubos,

hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha ficado um

peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e

comprimento (m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça,

suspensor, adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia,

reportar o topo da areia encontrada até conseguir limpar o poço. Esta

atividade recebe como entrada e produz como saída o boletim diário de

operação. O sistema C fornece o relatório das atividades realizadas durante

um dia de intervenção.

Regra de Negócio

Descrição

Cálculo da profundidade

da coluna

Profundidade da coluna = Let Down + soma de todos os comprimentos anteriores

Let Down = 13,8m Se um valor de comprimento na grade estiver em

branco, descarta-se a profundidade calculada até aquele momento, e a partir do equipamento seguinte o cálculo

recomeça usando o valor do Let Down como profundidade inicial.

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Corrigir boletim diário de operação

O Encarregado de sonda corrige o boletim diário de operação. As

informações necessárias são: Composição de colunas descidas no poço

(tubos, hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha

ficado um peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e

comprimento (m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça,

suspensor, adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia,

reportar o topo da areia encontrada até conseguir limpar o poço. As

informações geradas são: Composição de colunas descidas no poço (tubos,

hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha ficado um

peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e comprimento

(m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça, suspensor,

adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia, reportar o topo

da areia encontrada até conseguir limpar o poço. Esta atividade recebe como

entrada o boletim diário de operação, e produz como saída o boletim diário

de operações corrigido. O sistema C registra as alterações feitas no boletim

diário de operação.

Regra de Negócio Descrição Cálculo da profundidade da coluna

Profundidade da coluna = Let Down + soma de todos os comprimentos anteriores Let Down = 13,8m Se um valor de comprimento na grade estiver em branco, descarta-se a profundidade calculada até aquele momento, e a partir do equipamento seguinte o cálculo recomeça usando o valor do Let Down como profundidade inicial.

Imprimir boletim diário de operação

O Fiscal de sonda imprime duas cópias do Boletim diário de

operação. Uma fica com o fiscal e outra com o encarregado de sonda. As

informações necessárias são: Composição de colunas descidas no poço

(tubos, hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha

ficado um peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e

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comprimento (m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça,

suspensor, adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia,

reportar o topo da areia encontrada até conseguir limpar o poço. Esta

atividade recebe como entrada o Boletim Diário de Operação e produz

como saída um Boletim Diário de Operações impresso. O sistema BDCA

fornece o relatório das atividades realizadas durante um dia de intervenção.

Esta atividade segue como base o padrão (ZZZZZ) para Recomendações

operacionais na fiscalização das intervenções de sonda.

Enviar boletim diário de operação

O Fiscal de sonda envia o Boletim diário de operação. As

informações necessárias são: Composição de colunas descidas no poço

(tubos, hastes, packer, tubing anchor, niples, Bomba, etc); Caso tenha

ficado um peixe, deve ser informado: descrição, profundidade do topo, e

comprimento (m); Composição dos equipamentos de superfície (Cabeça,

suspensor, adaptadores, Árvore de natal). Havendo ocorrência de areia,

reportar o topo da areia encontrada até conseguir limpar o poço. Esta

atividade recebe como entrada o Boletim diário de operação. Esta

atividade segue como base o padrão (ZZZZZ) para Recomendações

operacionais na fiscalização das intervenções de sonda.

Testar eficiência volumétrica

O Grupo de execução de intervenção em poços realiza o teste de

eficiência volumétrica, que é realizado com o uso de bomba de fundo. As

informações geradas são os dados coletados durante o teste de eficiência.

Essa atividade produz como saída o boletim diário de operação. O sistema

C registra os resultados do teste de eficiência volumétrica. Esta atividade

segue como base o padrão (WWWWW) para Teste de eficiência.

Regras de negócio Descrição Cálculo do volume recolhido

Para o cálculo do volume é usada a seguinte fórmula: Q=(m3/d) = AAAAA x DP2 x S x N.

Eficiência da bomba de fundo

A bomba deve ser aprovada se o volume recolhido nas yy últimas pistoneadas for superior ou igual a xx% do deslocamento

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volumétrico do pistão. Se a eficiência for igual ou superior a xx%, liberar o poço.

Repetição do teste de eficiência

Caso a eficiência da bomba seja inferior a xx%, repetir o teste mais uma vez. Persistindo a falha, desencamisar o pistão e efetuar circulação reversa para limpeza. Persistindo a falha, retirar a bomba do poço e enviá-la, devidamente identificada através de etiqueta, para a oficina.

Glossário

A tabela abaixo apresenta os principais termos e seus significados no

contexto do macroprocesso “Intervir em poços”.

Termo Descrição Desmontagem, transporte e montagem

Atividade de desmontagem, transporte e montagem de equipamentos.

Empenho Corresponde à reserva do material que será necessário na intervenção.

Intervenção Termo em inglês: Intervention. Qualquer serviço de manutenção, operação ou inspeção que tenha influência nas condições operacionais de equipamentos e sistemas.

Limpeza A remoção de material de preenchimento interno, tais como a areia, escamas ou materiais orgânicos, e outros restos do interior. Muitos reservatórios produzem alguma areia ou partículas finas que não podem ser carregadas para a superfície no líquido produzido. O acúmulo de material suficiente pode eventualmente aumentar a concentração dentro da parte mais baixa do interior, possivelmente restringindo a produção.

Poço

Orifício perfurado no solo, através do qual se obtém ou se intenciona obter petróleo ou gás natural. Um poço é composto por várias zonas de produção.

Zona de produção Conjunto de rochas permoporosas de um sistema hidráulico, contendo petróleo em fase contínua, dentro de um mesmo campo. Um campo pode ter diversas zonas de produção associadas a ele, e um dado projeto do campo poderá produzir uma ou mais destas zonas de produção.