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6/6/2019 1 06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem Cálculo III Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes 06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem Capítulo II Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Cálculo III - Jorge Teófilo · 06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem Novas soluções de equações lineares homogêneas podem ser

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  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    Cálculo III

    Universidade Federal do Pará

    Instituto de Tecnologia

    Campus de Belém

    Curso de Engenharia Mecânica

    Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    Capítulo II

    Universidade Federal do Pará

    Instituto de Tecnologia

    Equações Diferenciais

    Ordinárias de Segunda Ordem

    Campus de Belém

    Curso de Engenharia Mecânica

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

    II – EDOs de Segunda Ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    II – EDOs Lineares de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

  • 6/6/2019

    3

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ As equações diferenciais ordinárias lineares de

    segunda ordem são uma ferramenta de larga

    aplicação na engenharia, pois são essenciais para

    qualquer estudo nas áreas clássicas da física

    matemática

    ✓ O seu conhecimento é imprescindível, por exemplo,

    no estudo da mecânica dos fluidos, vibrações

    mecânicas, condução de calor, movimento

    ondulatório, fenômenos eletromagnéticos, dentre

    outros, nos quais normalmente se recai na resolução

    de equações diferenciais lineares de segunda ordem.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ Para que sejam consideradas lineares de segunda

    ordem estas equações devem obedecer à forma

    geral

    𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥)

    e serem lineares em y e suas derivadas, enquanto f, g

    (ditos coeficientes da equação) e r podem ser

    quaisquer funções de x.

    ✓ Frequentemente, em vez da forma anterior a equação é

    apresentada na forma

    𝑃(𝑥)𝑦′′ + 𝐹 𝑥 𝑦′ + 𝐺 𝑥 𝑦 = 𝑅(𝑥),

    sendo 𝑓 𝑥 = Τ𝐹(𝑥) 𝑃 𝑥 e g 𝑥 = Τ𝐺(𝑥) 𝑃(𝑥)

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ Qualquer equação de segunda ordem que não pode

    ser escrita sob a forma apresentada é dita não

    linear.

    ✓ Ou seja, as equações diferenciais lineares são

    caracterizadas por duas propriedades:

    i. A variável dependente y e todas as suas derivadas

    são do primeiro grau, isto é, a potência de cada

    termo envolvendo y é igual a 1.

    ii. Cada coeficiente da equação é função apenas da

    variável independente (normalmente x).

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ Exemplos:

    ✓ y𝑦′′ − 2𝑦′ = 𝑥 𝑦′′ + 𝑦² = 0

    Lineares

    𝑦′′ + 4𝑦 = 𝑒−𝑥𝑠𝑒𝑛𝑥𝑥2 − 3𝑥 𝑦′′ + 𝑥𝑦′ − 𝑥 + 3 𝑦 = 02𝑥2𝑦′′ + 3𝑥𝑦′ − 𝑦 = 7

    Não lineares

    y𝑦′′ − 2𝑦′ = 𝑥𝑦′′ + 𝑦 = 0𝑦′′ + 𝑦² = 0

    O coeficiente

    depende de y

    Potência

    diferente de 1

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ As EDOs lineares de segunda ordem podem ser

    classificadas em homogêneas, quando r(x) = 0, ou

    heterogêneas, no caso contrário.

    ✓ Exemplos:

    Homogêneas

    𝑥2 − 3𝑥 𝑦′′ + 𝑥𝑦′ − 𝑥 + 3 𝑦 = 0𝑦′′ − 2𝑦′ + 𝑦 = 0𝑥2𝑦′′ + 𝑥𝑦′ − 𝑦 = 0

    Heterogêneas

    𝑦′′ + 4𝑦 = 𝑒−𝑥𝑠𝑒𝑛𝑥2𝑥2𝑦′′ + 3𝑥𝑦′ − 𝑦 = 7𝑦′′ − 7y′ + 12𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.1 Introdução

    ✓ Observação:

    • Uma função Y(x) constitui uma solução de uma EDO

    de segunda ordem (linear ou não), em um dado

    intervalo, se essa função for duas vezes derivável em

    todo o intervalo considerado, e se ela e suas derivadas

    ao serem substituídas na equação a transformem em

    uma identidade.

    • No presente estudo, supõe-se que a variável

    independente (normalmente, x) é definida em um

    intervalo arbitrariamente fixado (intervalo finito ou

    todo o eixo x); assim, não é necessário especificar em

    cada caso tal intervalo, ficando isso por conta do leitor.

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

    II – EDOs de Segunda Ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Novas soluções de equações lineares homogêneas

    podem ser obtidas simplesmente a partir de soluções

    conhecidas, mediante a multiplicação por constantes

    e/ou adição dessas últimas, facilitando, sobremaneira, a

    solução de equações complexas. Tal propriedade pode

    ser caracterizada pelo seguinte teorema.

    ✓ Teorema fundamental. (1) Se uma solução da equação

    diferencial linear homogênea é multiplicada por

    qualquer constante, a função resultante é também uma

    solução da equação. (2) Se duas soluções da equação

    são adicionadas, a soma resultante é também uma

    solução da equação.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Demonstração de (1). Se Y(x) é uma solução da

    equação diferencial ordinária homogênea de

    segunda ordem 𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 𝑦 = 0,substituindo-se cY(x) e suas derivadas na equação,

    onde c é uma constante, tem-se que:

    (𝑐𝑌)′′ + 𝑓 (𝑐𝑌)′ + 𝑔 (𝑐𝑌) = 0 ∴

    𝑐𝑌′′ + 𝑓𝑐𝑌′ + 𝑔𝑐𝑌 = 𝑐(𝑌′′ + 𝑓𝑌′ + 𝑔𝑌) = 0

    Como Y(x), por ser solução da equação diferencial,

    satisfaz-lhe, a expressão entre parênteses é nula, o

    que demonstra a primeira parte do teorema.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Demonstração de (2). Se Y(x) e Z(x) são soluções da

    equação diferencial ordinária homogênea de segunda

    ordem 𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 𝑦 = 0, substituindo-seY 𝑥 + 𝑍(𝑥) e suas derivadas na equação, tem-se que:

    (𝑌 + 𝑍)′′ + 𝑓 (𝑌 + 𝑍)′ + 𝑔 (𝑌 + 𝑍) = 0 ∴

    ∴ 𝑌′′ + 𝑍′′ + 𝑓𝑌′ + 𝑓𝑍′ + 𝑔𝑌 + 𝑔𝑍 = 0 ∴

    ∴ 𝑌′′ + 𝑓𝑌′ + 𝑔𝑌 + (𝑍′′ + 𝑓𝑍′ + 𝑔𝑍) = 0

    Como Y(x) e Z(x), por serem soluções da equação

    diferencial, satisfazem-na, as expressões entre

    parênteses são nulas, o que demonstra a segunda parte

    do teorema.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ No caso das equações diferenciais lineares com

    coeficientes constantes, dois conceitos são de

    fundamental importância:

    • Solução geral: é uma solução de uma EDO de

    segunda ordem (linear ou não) que contém duas

    constantes arbitrárias, as quais devem ser

    independentes, ou seja, a mesma solução não pode

    ser reduzida a uma forma contendo somente uma

    constante arbitrária ou nenhuma.

    • Solução particular: quando são atribuídos valores

    definidos às duas constantes da solução geral.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Se y1(x) e y2(x) são soluções da equação diferencial

    linear

    𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 𝑦 = 0

    em um dado intervalo I, então

    𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑦1(𝑥) +𝑐2 𝑦2(𝑥),

    onde c1 e c2 são constantes arbitrárias, será uma

    solução geral da equação no intervalo I, desde que

    ela não possa ser reduzida a uma expressão

    contendo menos que duas constantes arbitrárias.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ As funções y1(x) e y2(x) são ditas linearmente

    dependentes em um intervalo I onde ambas são

    definidas, se elas são proporcionais nesse intervalo,

    ou seja, 𝑦1 𝑥 = 𝑘𝑦2(𝑥) ou 𝑦2 𝑥 = 𝑙𝑦1(𝑥) , paraqualquer x em I, onde k e l são números.

    ✓ Se tais funções não são proporcionais em I elas recebem a

    denominação de linearmente independentes no intervalo.

    ✓ Sistema fundamental: Duas soluções linearmente

    independentes da EDOLH no intervalo I onde são

    definidas, constituem um sistema fundamental de soluções

    em I, o que embasa o teorema formulado a seguir.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Teorema. A solução

    𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑦1(𝑥) +𝑐2 𝑦2(𝑥),

    ✓ constitui uma solução geral da EDOLH em um

    intervalo I, se, e somente se, as funções y1(x) e y2(x)

    constituírem um sistema fundamental de soluções

    da equação em I.

    ✓ y1(x) e y2(x) constituem um sistema fundamental de

    soluções da equação em I, se, e somente se, o

    quociente entre ela, y1(x)/y2(x) [y2(x)≠ 0] não forconstante em I, mas depender de x.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Exemplo 01. As funções

    𝑦1 𝑥 = 𝑒𝑥 e 𝑦2 𝑥 = 𝑒

    −2𝑥,

    ✓ são soluções independentes da equação

    ✓ 𝑦′′ + 𝑦′ − 2𝑦 = 0.

    ✓ Como o seu quociente não é constante, pois

    ✓ 𝑦1 𝑥 /𝑦2 𝑥 =𝑒𝑥

    𝑒−2𝑥= 𝑒3𝑥,

    ✓ então, tais soluções formam um sistema fundamental,

    e a solução geral correspondente para qualquer x é:

    ✓ 𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑦1 𝑥 + 𝑐2𝑦2 𝑥 = 𝑐1𝑒𝑥 + 𝑐2𝑒

    −2𝑥

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Exemplo 02. As funções

    𝑦1 𝑥 = 𝑒𝑥 e 𝑦2 𝑥 = 3𝑒

    𝑥,

    ✓ não são soluções independentes da equação

    ✓ 𝑦′′ + 𝑦′ − 2𝑦 = 0.

    ✓ Como o seu quociente é constante, pois

    ✓ 𝑦1 𝑥 /𝑦2 𝑥 =𝑒𝑥

    3𝑒𝑥=

    1

    3,

    ✓ então, tais soluções não constituem um sistema

    fundamental e, assim, a combinação entre elas não

    formará uma solução geral.

    2.2 Equações Lineares Homogêneas

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

    II – EDOs de Segunda Ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ A equação diferencial homogênea da forma

    𝑦′′ + 𝑎𝑦′ + 𝑏𝑦 = 0,

    onde a e b são constantes, é denominada equação

    diferencial de segunda ordem homogênea com

    coeficientes constantes.

    ✓ Supondo-se que a e b são reais e que o intervalo de

    variação de x é o próprio eixo x, por analogia com a

    equação diferencial homogênea de primeira ordem

    com coeficientes constantes

    𝑦′ + 𝑘𝑦 = 0,

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ cuja solução geral é a função exponencial

    𝑦(𝑥) = 𝑐𝑒−𝑘𝑥,

    ✓ Pode-se supor, portanto, que

    𝑦(𝑥) = 𝑐𝑒𝜆𝑥,

    ✓ é uma solução da EDO de segunda ordem

    apresentada, desde que 𝜆 seja adequadamenteescolhido.

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Substituindo-se y e suas derivadas (𝑦′ = 𝜆𝑒𝜆𝑥 , 𝑦′′ =

    𝜆2𝑒𝜆𝑥) na equação, obtém-se

    𝜆2𝑒𝜆𝑥 + 𝑎𝜆𝑒𝜆𝑥 + 𝑏𝑒𝜆𝑥 = 0

    𝜆2 + 𝑎𝜆 + 𝑏 𝑒𝜆𝑥 = 0

    ✓ Então y(x) será uma solução da equação diferencial se

    segunda ordem se 𝜆 for uma solução da equação desegundo grau

    𝜆2 + 𝑎𝜆 + 𝑏 = 0,

    ✓ denominada equação característica ou equação

    auxiliar da EDO de segunda ordem, com as seguintes

    raízes:

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ 𝜆1 =1

    2−𝑎 + 𝑎2 − 4𝑏

    ✓ 𝜆2 =1

    2−𝑎 − 𝑎2 − 4𝑏

    ✓ Logo, as funções

    𝑦1(𝑥) = 𝑒𝜆1𝑥 e 𝑦2(𝑥) = 𝑒

    𝜆2𝑥

    ✓ são soluções da EDO homogênea de segunda ordem.

    ✓ Sendo a equação característica de segundo grau, e

    pelo fato de a e b serem números reais, a sua solução

    pode recair em três casos, conforme as raízes sejam

    reais e diferentes, complexas conjugadas ou reais e

    iguais.

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    i. Duas raízes reais e distintas;

    ii. Duas raízes complexas conjugadas;

    iii. Duas raízes reais e iguais.

    ✓ Caso I - Duas raízes reais e distintas

    • Exemplo 01: Determinar as soluções da equação

    𝑦′′ + 𝑦′ − 2𝑦 = 0

    ✓ Equação característica: 𝜆2 + 𝜆 − 2 = 0

    ✓ Raízes: 𝜆1 = 1 e 𝜆2 = −2

    ✓ Soluções: 𝑦1 = 𝑒𝜆1𝑥 = 𝑒𝑥 e 𝑦2 = 𝑒

    𝜆2𝑥 = 𝑒−2𝑥

    ✓ Solução geral: y 𝒙 = 𝒄𝟏𝒆𝒙 + 𝒄𝟐𝒆

    −𝟐𝒙

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    • Exemplo 02: Determinar as soluções da equação

    2𝑦′′ − 5𝑦′ − 3𝑦 = 0

    ✓ Equação característica: 𝜆2 −5

    2𝜆 −

    3

    2= 0

    ✓ Raízes: 𝜆1 = −1

    2e 𝜆2 = 3

    ✓ Soluções: 𝑦1 = 𝑒𝜆1𝑥 = 𝑒− Τ𝑥 2 e 𝑦2 = 𝑒

    𝜆2𝑥 = 𝑒3𝑥

    ✓ Solução geral: y 𝒙 = 𝒄𝟏𝒆Τ−𝒙 𝟐 + 𝒄𝟐𝒆

    𝟑𝒙

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Caso II - Duas raízes complexas conjugadas

    ✓ Raízes: 𝜆1 = 𝑝 + 𝑖𝑞 e 𝜆2 = 𝑝 − 𝑖𝑞

    ✓ Soluções particulares: 𝑦1 = 𝑒𝑝+𝑖𝑞 𝑥 e 𝑦2 = 𝑒

    (𝑝−𝑖𝑞)𝑥

    ✓ Soluções reais:

    ✓ Fórmulas de Euler ቊ 𝑒𝑖𝜃 = cos𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃

    𝑒−𝑖𝜃 = cos 𝜃 − 𝑖𝑠𝑒𝑛𝜃

    ✓ Fazendo 𝜃 = 𝑞𝑥

    ✓ ൝𝑦1 = 𝑒

    𝑝+𝑖𝑞 𝑥 = 𝑒𝑝𝑥𝑒𝑖𝑞𝑥 = 𝑒𝑝𝑥(cos𝑞𝑥 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥)

    𝑦2 = 𝑒𝑝−𝑖𝑞 𝑥 = 𝑒𝑝𝑥𝑒−𝑖𝑞𝑥 = 𝑒𝑝𝑥(cos 𝑞𝑥 − 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥)

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Como 𝑦1 e 𝑦2 são soluções da equação, então

    ✓ 𝑦1 + 𝑦2 = 𝑒𝑝𝑥(2cos𝑞𝑥) ∴

    1

    2(𝑦1 + 𝑦2) = 𝑒

    𝑝𝑥(cos 𝑞𝑥)

    ✓ 𝑦1 − 𝑦2 = 𝑒𝑝𝑥(2𝑖𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥) ∴

    1

    2𝑖(𝑦1 − 𝑦2) = 𝑒

    𝑝𝑥(𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥)

    ✓ também são soluções, com os segundos membros

    reais; ademais, como o seu quociente não é constante,

    elas são linearmente independentes em qualquer

    intervalo, constituindo-se, portanto, em um sistema

    fundamental de soluções em todo o eixo dos x. Dessa

    forma, a solução geral correspondente é

    ✓ 𝑦 𝑥 = 𝑒𝑝𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑠 𝑞𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥 , ✓ onde A e B são constantes arbitrárias.

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01: Determinar a solução geral da equação

    𝑦′′ − 2𝑦′ + 10 = 0

    ✓ Equação característica: 𝜆2 − 2𝜆 + 10 = 0

    ✓ Soluções: 𝑦1,2 =− −2 ± −2 2− 4 1 10

    2 1= 1 ± 3𝑖

    ✓ ቊ𝑦1 = 𝑝 + 𝑞𝑖 = 1 + 3𝑖𝑦2 = 𝑝 − 𝑞𝑖 = 1 − 3𝑖

    → 𝑝 = 1 , 𝑞 = 3

    ✓ Solução geral: 𝑦 𝑥 = 𝑒𝑝𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑠 𝑞𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 𝑞𝑥

    ✓ 𝒚 𝒙 = 𝒆𝒙 𝑨𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒙 + 𝑩𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 02: Resolver o problema de valor inicial

    𝑦′′ − 2𝑦′ + 10 = 0; 𝑦 0 = 4, 𝑦′ 0 = 1

    𝑦 𝑥 = 𝑒𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑠 3𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 3𝑥

    𝑦 0 = 4 → 𝑒0 𝐴𝑐𝑜𝑠 0 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 0 = 4 ∴ 𝑨 = 𝟒

    𝑦′ 𝑥 = 𝑒𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑠 3𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 3𝑥 +

    + 𝑒𝑥 −3𝐴𝑠𝑒𝑛 3𝑥 + 3𝐵𝑐𝑜𝑠 3𝑥

    = 𝑒𝑥[ 𝐴 + 3𝑏 cos 3𝑥 + 𝐵 − 3𝑎 𝑠𝑒𝑛 3𝑥)]

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    𝑦′ 0 = 1 →

    𝑦′ 0 = 𝑒0[ 𝐴 + 3𝐵 cos 0 + 𝐵 − 3𝐴 𝑠𝑒𝑛 0)] = 1 ∴

    ∴ 𝐴 + 3𝐵 = 1 ∴ 4 + 3𝐵 = 1 ∴ 𝑩 = −𝟏

    Solução particular:

    𝑦 𝑥 = 𝑒𝑥 𝐴𝑐𝑜𝑠 3𝑥 + 𝐵𝑠𝑒𝑛 3𝑥 ∴

    ∴ 𝒚 𝒙 = 𝒆𝒙 𝟒𝒄𝒐𝒔 𝟑𝒙 − 𝒔𝒆𝒏 𝟑𝒙

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Caso III - Duas raízes reais e iguais

    𝑦′′ + 𝑎𝑦′ + 𝑏𝑦 = 0

    Δ = 𝑎2 − 4 1 𝑏 = 0 → 𝑏 = Τ𝑎2 4

    ✓ Raízes: 𝜆1 = 𝜆2 = 𝜆 = −𝑎

    2

    ✓ Solução única, a princípio: 𝑦1(𝑥) = 𝑒𝜆𝑥 = 𝑒 Τ−𝑎𝑥 2

    ✓ Solução y2 – usar o método da variação dos

    parâmetros a partir de

    ✓ 𝑦2 𝑥 = 𝑢 𝑥 𝑦1 𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ 𝑦2 = 𝑢𝑦1;

    ✓ 𝑦2′ = 𝑢′𝑦1 + 𝑢𝑦1

    ′ ;

    ✓ 𝑦2′′ = 𝑢′′𝑦1 + 𝑢

    ′𝑦1′ + 𝑢′𝑦1

    ′ + 𝑢𝑦1′′

    ✓ = 𝑢′′𝑦1 + 2𝑢′𝑦1

    ′ + 𝑢𝑦1′′

    ✓ Substituindo-se 𝑦2, suas derivadas e o valor de b naequação diferencial, tem-se:

    ✓ 𝑢 𝑦1′′ + 𝑎𝑦1

    ′ +1

    4𝑎2𝑦1 + 𝑢

    ′ 2𝑦1′ + 𝑎𝑦1 +

    + 𝑢′′𝑦1 = 0

    ✓ Como y1 é uma solução, a expressão dentro do

    primeiro parênteses é nula.

  • 6/6/2019

    18

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Com 𝑦1 = 𝑒Τ−𝑎𝑥 2, então 2𝑦1

    ′ = 2 −𝑎

    2𝑒 Τ−𝑎𝑥 2 , o

    que torna a expressão dentro do segundo parênteses

    também nula, e a equação fica reduzida a

    ✓ 𝑢′′𝑦1 = 0 → 𝑢′′ = 0.

    ✓ Então, uma solução será

    ✓ 𝑢 = 𝑥

    ✓ e, consequentemente,

    ✓ 𝑦2 𝑥 = 𝑥𝑒𝜆𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Teorema. No caso da equação característicapossuir raízes reais e iguais, as funções 𝑦1 e 𝑦2são soluções da EDOH e constituem um sistemafundamental.

    • A solução geral será

    ✓ 𝑦 𝑥 = (𝑐1 + 𝑐2𝑥)𝑒𝜆𝑥 ,

    ✓ onde 𝜆 = −𝑎

    2

  • 6/6/2019

    19

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01. Resolver a seguinte equação

    diferencial

    ✓ 𝑦′′ − 10𝑦′ + 25𝑦 = 0

    ✓ Solução:

    ✓ 𝑎 = −10 𝑒 𝑏 =25

    ✓ Equação característica: 𝜆2 − 10𝜆 − 25 = 0

    ✓ Raízes: 𝜆1 = 𝜆2 = −𝑎

    2= −

    −10

    2= 5

    Solução geral: 𝑦 𝑥 = 𝑐1 + 𝑐2𝑥 𝑒𝜆𝑥 ∴

    ✓ ∴ 𝒚 𝒙 = (𝒄𝟏 + 𝒄𝟐𝒙)𝒆𝟓𝒙

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 02. Resolver a seguinte equação

    diferencial

    ✓ 𝑦′′ + 8𝑦′ + 16𝑦 = 0

    ✓ Solução:

    ✓ 𝑎 = 8 𝑒 𝑏 = 16

    ✓ Equação característica: 𝜆2 + 8𝜆 + 16 = 0

    ✓ Raízes: 𝜆1 = 𝜆2 = −𝑎

    2= −

    8

    2= −4

    Solução geral: 𝑦 𝑥 = 𝑐1 + 𝑐2𝑥 𝑒𝜆𝑥 ∴

    ✓ ∴ 𝒚 𝒙 = (𝒄𝟏 + 𝒄𝟐𝒙)𝒆−𝟒𝒙

  • 6/6/2019

    20

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Aplicações - Movimento harmônico simples ou

    Movimento livre sem amortecimento.

    • Considera-se uma mola comum que resiste tanto à

    compressão quanto à distensão.

    • A mola, presa a um suporte fixo, é suspensa

    verticalmente.

    • Na extremidade inferior da mola se pendura um corpo,

    cuja massa m é muito maior que a massa da mola

    (despreza-se essa última).

    • Se o corpo é puxado para baixo de uma certa distância e

    então liberado, ele passa a se movimentar verticalmente,

    indefinidamente (sistema ideal).

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Deseja-se determinar o movimento do sistema

    mecânico, ou seja, o deslocamento do corpo em

    função do tempo.

    • Considera-se, portanto, as forças que agem sobre o

    corpo durante o movimento, com o sentido positivo

    para baixo.

    • Uma das forças agindo sobre o corpo é a atração da

    gravidade:

    𝑃 = 𝑚𝑔

    onde m é a massa do corpo e g a intensidade de

    aceleração da gravidade (g = 9,8 m/s²).

  • 6/6/2019

    21

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • A outra força agindo sobre o corpo é a força da mola,

    que passa a existir quando esta é deformada

    (distendida), experimentalmente verificada como

    proporcional à sua deformação:

    𝐹 = 𝑘𝑠 (Lei de Hooke)

    onde s é o alongamento e k (constante de

    proporcionalidade) o módulo da mola (quanto mais

    rígida a mola maior será o valor de k).

    • Corpo em repouso (posição de equilíbrio estático) → aresultante das forças é nula. Assim,

    𝐹 = 𝑃 ∴ 𝑘𝑠 = 𝑚𝑔

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Designa-se 𝑦 = 𝑦(𝑡), o deslocamento do corpo apartir de sua posição de equilíbrio estático, com o

    sentido positivo para baixo.

    y

    mola nãodistendida

  • 6/6/2019

    22

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Da lei de Hooke, tem-se que a força da mola que

    corresponde a um deslocamento y é

    𝐹𝑀 = 𝐹 − 𝑘𝑦 = −𝑘𝑠 − 𝑘𝑦

    • A resultante das forças que atuam no corpo será

    𝑅 = 𝑃 + 𝐹𝑀 = 𝑚𝑔 − 𝑘𝑠 − 𝑘𝑦,

    • Mas, como 𝑘𝑠 = 𝑚𝑔, a equação se transforma em

    𝑅 = −𝑘𝑦

    • Sistema não amortecido. Se o amortecimento do

    sistema é tão pequeno que pode ser desprezível, a

    equação anterior corresponde à resultante de todas as

    forças que agem sobre o corpo.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Da segunda lei de Newton, obtém-se a equação

    diferencial que rege o movimento, ou seja,

    𝐹𝑜𝑟ç𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑥 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜

    • A força significa a resultante das forças que agem sobre

    o corpo em um dado instante (𝑅) e a aceleraçãocorresponde à variação da velocidade com o tempo

    ( Τሷ𝑦 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑡²). Então

    𝑚 ሷ𝑦 = −𝑘𝑦 ∴ 𝑚 ሷ𝑦 + 𝑘𝑦 = 0 ∴ ሷ𝑦 +𝑘

    𝑚𝑦 = 0

    ou

    ሷ𝒚 + 𝒘𝟐𝒚 = 𝟎

    em que 𝑤² = Τ𝑘 𝑚.

  • 6/6/2019

    23

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • A EDOH com coeficientes constantes descreve um

    movimento harmônico simples ou movimento livre

    sem amortecimento.

    • Solução geral da equação:

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos𝑤𝑡 + 𝐵 sin𝑤𝑡

    • Os coeficientes, A e B, são determinados por duas

    duas condições iniciais óbvias:

    • 𝑦(0) = 𝛼, representando o deslocamento inicial;

    • 𝑦′(0) = 𝛽, representando a velocidade inicial.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Ou seja

    𝛼

    < 0Massa solta de um ponto acima daposição de equilíbrio

    = 0 Massa solta do ponto de equilíbrio

    > 0Massa solta de um ponto abaixo daposição de equilíbrio

    𝛽

    < 0Massa com velocidade inicial dirigida paracima

    = 0 Massa simplesmente solta

    > 0Massa com velocidade inicial dirigida parabaixo

  • 6/6/2019

    24

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Período de vibrações livres do movimento:

    𝑇 = Τ2𝜋 𝑤 (período natural)

    • Frequência:

    𝑓 = Τ𝑤 2𝜋 (frequência natural)

    • y(t) pode ser escrita como

    𝑦(𝑡) = 𝐶 cos(𝑤𝑡 − 𝛿)

    tan 𝛿 =𝐵

    𝐴

    𝐶 = 𝐴2 + 𝐵2

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01. Resolva e interprete o PVI

    ሷ𝑦 + 16𝑦 = 0, 𝑦 0 = 10, ሶ𝑦 0 = 0

    • Solução:

    𝑤 = 16 = 4

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos𝑤𝑡 + 𝐵 sin𝑤𝑡

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos 4𝑡 + 𝐵 sin 4𝑡

    𝑦 0 = 10 → 10 = 𝐴 cos 0 + 𝐵 sin 0 → 𝐴 = 10

    ሶ𝑦 0 = 0 → 0 = −𝐴4sin 0 + 𝐵4cos 0 → 𝐵 = 0

    𝒚 𝒕 = 𝟏𝟎 𝐜𝐨𝐬𝟒𝒕.

    𝑦 𝑡 = 𝐶 cos 4𝑡 − 𝛿 = 10cos(4𝑡 − 0)

  • 6/6/2019

    25

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    Movimento harmônico simples ou movimento livre sem

    amortecimento.

    A = 10

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 02. Uma massa de 2 kg distende uma mola em

    6 cm. No instante t = 0, a massa é solta de um ponto a 8

    cm abaixo da posição de equilíbrio com uma velocidade

    direcionada para cima de 25 cm/s. Determine a função

    y(t) que descreve o movimento livre subsequente.

    • Solução:

    ሷ𝑦 + 𝑤2𝑦 = 0, 𝑦 0 = 8 𝑐𝑚, ሶ𝑦 0 = −25 cm/s

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos𝑤𝑡 + 𝐵 sin𝑤𝑡

    𝑃 = 𝐹𝑀 ∴ 𝑚𝑔 = 𝑘𝑠 ∴𝑘

    𝑚=

    𝑔

    𝑠=

    9,8

    6∴

    𝑘

    𝑚= 1,63

    𝑤2 = Τ𝑘 𝑚 ∴ 𝑤 = 1,63 = 1,28

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos 1,28𝑡 + 𝐵 sin 1,28𝑡

    1𝑁=1𝑘𝑔𝑥𝑚/𝑠

    ²

  • 6/6/2019

    26

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    𝑦 𝑡 = 𝐴 cos 1,28𝑡 + 𝐵 sin 1,28𝑡

    𝑦 0 = 8 → 8 = 𝐴 cos0 + 𝐵 sin 0 ∴ 𝐴 = 8

    ሶ𝑦 0 = −25 → −25 = −1,28 ∙ 𝐴 sin 0 + 1,28 ∙ 𝐵 cos 0 ∴

    1,28 ∙ 𝐵 = −25 ∴ 𝐵 = −19,53

    𝒚 𝒕 = 𝟖𝐜𝐨𝐬 𝟏, 𝟐𝟖𝒕 − 𝟏𝟗, 𝟓𝟑 𝐬𝐢𝐧 𝟏, 𝟐𝟖𝒕

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Aplicações – Sistema amortecido.

    • Se no sistema massa-mola, anteriormente estudado, for

    ligado um amortecedor à massa, tem-se que levar em

    conta o amortecimento viscoso correspondente.

    • A força de amortecimento possui sentido oposto ao do

    movimento, e supor-se-á que a mesma é proporcional à

    velocidade ሶ𝑦 = Τ𝑑𝑦 𝑑𝑡 da massa (para pequenasvelocidades esta hipótese constitui, em geral, uma boa

    aproximação).

    • Assim, a força de amortecimento é dada por

    𝐹𝐴 = −𝑐 ሶ𝑦,onde c, denominada constante de amortecimento é > 0.

  • 6/6/2019

    27

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Agora, a resultante das forças que agem sobre a massa

    é

    𝑅 = 𝑃 + 𝐹𝑀 + 𝐹𝐴 = 𝑚𝑔 − 𝑘𝑠 − 𝑘𝑦 − 𝑐 ሶ𝑦 = −𝑘𝑦 − 𝑐 ሶ𝑦

    • Da segunda lei de Newton, obtém-se

    𝑚 ሷ𝑦 = −𝑘𝑦 − 𝑐 ሶ𝑦

    • Portanto, o movimento do sistema mecânico

    amortecido é regido por uma EDO linear com

    coeficientes constantes, da forma

    𝑚 ሷ𝑦 + 𝑐 ሶ𝑦 + 𝑘𝑦 = 0 ou ሷ𝑦 +𝑐

    𝑚ሶ𝑦 +

    𝑘

    𝑚𝑦 = 0 ,

    cuja solução dependerá das raízes da equação

    característica, conforme a seguir:

    𝑘𝑠 = 𝑚𝑔

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Equação característica:

    𝜆2 +𝑐

    𝑚𝜆 +

    𝑘

    𝑚= 0

    • Raízes:

    𝜆1,2 =𝑐

    2𝑚±

    1

    2𝑚𝑐2 − 4𝑚𝑘

    • Notação abreviada:

    𝛼 =𝑐

    2𝑚e β =

    1

    2𝑚𝑐2 − 4𝑚𝑘

    Então, as raízes podem ser escritas sob a forma

    𝜆1 = −𝛼 + 𝛽 e 𝜆2 = −𝛼 − 𝛽

  • 6/6/2019

    28

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • A solução dependerá do nível do amortecimento, nos

    três seguintes casos:

    Caso I. 𝑐2 > 4𝑚𝑘. Raízes reais distintas.(Superamortecimento).

    Caso II. 𝑐2 < 4𝑚𝑘. Raízes conjugadas complexas.(Subamortecimento).

    Caso III. 𝑐2 = 4𝑚𝑘. Raiz dupla real.(Amortecimento crítico).

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Caso I. Superamortecimento. Neste caso, o

    coeficiente de amortecimento, c, é grande, de tal

    forma que 𝑐2 > 4𝑚𝑘, e a solução geral da EDO é

    𝑦 𝑡 = 𝑐1𝑒− 𝛼−𝛽 𝑡 + 𝑐2𝑒

    − 𝛼+𝛽 𝑡.

    - O corpo não oscila

    - Para t > 0, os expoentes da solução são negativos,

    pois 𝛼 > 0, 𝛽 > 0 e 𝛽2 = 𝛼2 − Τ𝑘 𝑚 < 𝛼2 . Assim,ambos os termos da solução se aproximam de zero

    quando t tende para o infinito.

    - Então, após um tempo suficientemente longo, a massa

    se encontrará em repouso na posição de equilíbrio

    estático (y = 0).

  • 6/6/2019

    29

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01. Uma massa de 2 kg distende uma mola

    (constante elástica, k, igual a 800 N/m). No instante t =

    0, a massa é solta de um ponto a 1 cm abaixo da posição

    de equilíbrio, com uma velocidade direcionada para

    baixo de 1 cm/s. A massa é acoplada a um dispositivo de

    amortecimento (coeficiente de amortecimento, c, igual a

    1000 N.s/m). Determine a função y(t) que descreve o

    movimento amortecido subsequente.

    • Solução:

    • ሷ𝑦 +𝑐

    𝑚ሶ𝑦 +

    𝑘

    𝑚𝑦 = 0 ∴ ሷ𝑦 +

    10

    2ሶ𝑦 +

    8

    2𝑦 = 0 ∴

    • ሷ𝑦 + 5 ሶ𝑦 + 4𝑦 = 0 𝑦 0 = 1 𝑐𝑚, ሶ𝑦 0 = 1 𝑐𝑚/𝑠

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    •𝜆2 + 5𝜆 + 4 = 0 → 𝜆1 = −1 e 𝜆2 = −4

    𝒚 𝒕 = 𝒄𝟏𝒆−𝒕 + 𝒄𝟐𝒆

    −𝟒𝒕

    • ሶ𝑦 0 = −𝑐1𝑒−𝑡 −4𝑐2 𝑒

    −4𝑡

    •ቊ𝑦 0 = 1 → 1 = 𝑐1 + 𝑐2ሶ𝑦 0 = 1 → 1 = −𝑐1 −4𝑐2

    → 𝑐1 =5

    3e 𝑐2 = −

    2

    3

    𝒚 𝒕 =𝟓

    𝟑𝒆−𝒕 −

    𝟐

    𝟑𝒆−𝟒𝒕

    • Para velocidades negativa e nula (Comparando):

    - Para ሶ𝑦 0 = −1: 𝒚 𝒕 = 𝒆−𝒕

    - Para ሶ𝑦 0 = 0: 𝒚 𝒕 =𝟒

    𝟑𝒆−𝒕 −

    𝟏

    𝟑𝒆−𝟒𝒕

  • 6/6/2019

    30

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    Movimentos típicos no caso superamortecido,

    com deslocamento inicial positivo (para baixo)

    > 0

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Caso II. Subamortecimento. Neste caso, o

    coeficiente de amortecimento, 𝑐 , é suficientementepequena para que 𝑐2 < 4𝑚𝑘, e a solução geral daEDO é

    𝑦 𝑡 = 𝑒−𝛼𝑡(𝐴 cos𝑤∗𝑡 + 𝐵 sin𝑤∗𝑡) ou

    𝑦 𝑡 = 𝐶𝑒−𝛼𝑡 cos 𝑤∗𝑡 − 𝛿 ,

    onde

    𝑤∗ =1

    2𝑚4𝑚𝑘 − 𝑐2, 𝐶 = 𝐴2 + 𝐵2, tan 𝛿 = Τ𝐵 𝐴

    - A frequência é 𝑤∗/2𝜋 ciclos/s.

    - Quanto menor for c (c > 0), maior será 𝑤∗ e maisrápidas se tornam as oscilações.

  • 6/6/2019

    31

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    - À medida que c se aproxima de zero, 𝑤∗ se

    aproxima do valor 𝑤 = Τ𝑘 𝑚, que corresponde àoscilação harmônica.

    • Exemplo 02. Um corpo com massa de 0,5 kg é fixado

    a uma mola de 1,5 m de comprimento. Na posição de

    equilíbrio, o comprimento da mola é de 2,48 m. Se o

    corpo for suspenso e solto a partir do repouso de um

    ponto 2 m acima da posição de equilíbrio, encontre o

    deslocamento y(t) se é sabido ainda que o meio

    ambiente oferece resistência numericamente igual à

    velocidade instantânea.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Solução: O alongamento da mola depois que o peso é

    fixado é igual a 2,48 – 1,5 = 0,98 m. Da lei de Hooke,

    mg = ks ou 0,5(9,8) = k(0,98) ou k = 5 N/m.

    • ሷ𝑦 +𝑐

    𝑚ሶ𝑦 +

    𝑘

    𝑚𝑦 = 0 ∴ ሷ𝑦 +

    1

    0,5ሶ𝑦 +

    5

    0,5𝑦 = 0 ∴

    • ሷ𝒚 + 𝟐 ሶ𝒚 + 𝟏𝟎𝒚 = 𝟎, 𝐲 𝟎 = −𝟐, ሶ𝒚 𝟎 = 𝟎

    • 𝑤∗ =1

    2𝑚4𝑚𝑘 − 𝑐2 = 3; 𝛼 =

    𝑐

    2𝑚= 1

    •𝑦 𝑡 = 𝑒−𝑡(𝐴 cos 3𝑡 + 𝐵 sin 3𝑡)

    •y 0 = −2 → 𝐴 = −2

    • ሶ𝑦 0 = 0 → 𝐵 = −2

    3

    •𝒚 𝒕 = 𝒆−𝒕(−𝟐 𝐜𝐨𝐬𝟑𝒕 −𝟐

    𝟑𝐬𝐢𝐧 𝟑𝒕)

  • 6/6/2019

    32

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    Movimentos típicos no caso subamortecido,

    com deslocamento inicial negativo (para cima)

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Caso III. Amortecimento crítico. Neste caso, o

    coeficiente de amortecimento, 𝑐 , é suficientementepequena para que 𝑐2 = 4𝑚𝑘, e a solução geral da EDOé

    𝑦 𝑡 = (𝑐1𝑡 + 𝑐2)𝑒−𝛼𝑡

    - Como a função exponencial nunca é nula, e a

    expressão (𝑐1𝑡 + 𝑐2) pode ter no máximo um zero, oque levará o movimento apresentar somente uma

    passagem pela posição de equilíbrio (y = 0).

    - Se as condições iniciais 𝑐1 e 𝑐2 possuem o mesmosinal, tal passagem não se produz, o que levará a uma

    situação semelhante ao Caso I.

  • 6/6/2019

    33

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 03. Um corpo com massa de 0,25 kg é

    fixado a uma mola com constante de elasticidade igual

    a 4 N/cm. Supondo que uma força de amortecimento

    igual ao dobro da velocidade instantânea atua no

    sistema, determine a equação de movimento se a

    massa parte da posição de equilíbrio com velocidade

    de 3 cm/s para cima.

    • Solução:

    • ሷ𝑦 +𝑐

    𝑚ሶ𝑦 +

    𝑘

    𝑚𝑦 = 0 ∴ ሷ𝑦 +

    2

    0,25ሶ𝑦 +

    4

    0,25𝑦 = 0

    • ∴ ሷ𝑦 + 8 ሶ𝑦 + 16𝑦 = 0, y 0 = 0, ሶ𝑦 0 = −3

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    •𝜆2 + 8𝜆 + 16 = 0 → 𝜆1 = 𝜆2 = 4

    𝒚 𝒕 = (𝒄𝟐𝒕 + 𝒄𝟏)𝒆−𝟒𝒕

    • ሶ𝑦 0 = 𝑐2𝑒−4𝑡 −4(𝑐2 𝑡 + 𝑐1)𝑒

    −4𝑡

    •ቊ𝑦 0 = 0 → 0 = 𝑐1ሶ𝑦 0 = −3 → −3 = 𝑐2 −4𝑐1

    → 𝑐2 = −3

    𝒚 𝒕 = −𝟑𝒕𝒆−𝟒𝒕

  • 6/6/2019

    34

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    Movimentos típicos no caso de amortecimento crítico, com

    deslocamento inicial nulo e velocidades iniciais negativa e positiva.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Equação de Cauchy ou de Euler: São equações da

    forma

    𝑥2𝑦′′ + 𝑎𝑥𝑥′ + 𝑏𝑦 = 0 (a, b constantes)

    ✓ Portanto, de coeficientes não constantes, mas que

    podem ser resolvidas por manipulação algébrica.

    • Substituindo-se

    𝑦 = 𝑥𝜆

    • e suas derivadas na EDO, tem-se

    𝑥2𝜆 𝜆 − 1 𝑥𝜆−2 + 𝑎𝑥𝜆𝑥𝜆−1 + 𝑏𝑥𝜆 = 0

  • 6/6/2019

    35

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Dividindo-se toda a expressão por 𝑥𝜆 (não nula para𝑥 ≠ 0) se obtém a equação característica

    𝜆2 + 𝑎 − 1 𝜆 + 𝑏 = 0

    • Se as raízes 𝜆1 e 𝜆2 são diferentes de zero, entãoas funções

    𝑦1 𝑥 = 𝑥𝜆1 e 𝑦2 𝑥 = 𝑥

    𝜆2

    • constituem um sistema fundamental de soluções da

    EDO para qualquer valor de x nos quais tais funções

    são reais e finitas, e a solução geral correspondente é

    𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑥𝜆1 + 𝑐2𝑥

    𝜆2 (𝑐1 e 𝑐2 arbitrários)

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01: Resolver a equação de Cauchy

    𝑥2𝑦′′ −3

    2𝑥′ −

    3

    2𝑦 = 0

    • A equação característica ou auxiliar é

    𝜆2 + −3

    2− 1 𝜆 −

    3

    2= 𝜆2 −

    5

    2𝜆 −

    3

    2= 0

    cujas raízes são 𝜆1 = − Τ1 2 e 𝜆2 = 3, formando,assim, o sistema fundamental de solução paraqualquer x > 0

    𝑦1 𝑥 = 𝑥− Τ1 2 e 𝑦2 𝑥 = 𝑥

    3 ,

    com solução geral 𝒚 𝒙 =𝒄𝟏

    𝒙+ 𝒄𝟐𝒙

    𝟑

  • 6/6/2019

    36

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 02: Resolver a equação de Cauchy

    𝑥2𝑦′′ − 3𝑥′ + 4𝑦 = 0

    • A equação característica ou auxiliar é

    𝜆2 + −3 − 1 𝜆 + 4 = 𝜆2 − 4𝜆 + 4 = 0

    com raiz dupla 𝜆1 = 𝜆2 = 2 = 𝜆, obtendo-se umaúnica solução.

    Neste caso crítico, pode-se obter uma segundasolução por meio do método da variação dosparâmetros, como visto anteriormente, o qualfornece

    𝑦2 𝑥 = 𝑢𝑦1 𝑥 = (ln𝑥) 𝑦1(𝑥)

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Então, as duas soluções são

    • 𝑦1 𝑥 = 𝑥𝜆 e 𝑦2 𝑥 = 𝑥

    𝜆 ln 𝑥,

    • que são linearmente independentes e, portanto,

    constituem um sistema fundamental de soluções

    reais para todo x positivo, e a solução geral

    correspondente é

    • 𝑦 𝑥 = 𝑐1 + 𝑐2 ln 𝑥 𝑥𝜆 𝜆 =

    1−𝑎

    2

    • No exemplo formulado, a solução geral do problema

    é

    • 𝒚 𝒙 = (𝒄𝟏 + 𝒄𝟐 𝐥𝐧 𝒙)𝒙𝟐

  • 6/6/2019

    37

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 03: Resolver a equação de Cauchy

    𝑥2𝑦′′ + 𝑥′ + 4𝑦 = 0

    • A equação característica ou auxiliar é

    𝜆2 + 1 − 1 𝜆 + 4 = 𝜆2 − 4 = 0

    com raízes complexas conjugadas

    𝜆1 = 𝑝 + 𝑞𝑖 = 0 + 2𝑖 e 𝜆2 = 𝑝 − 𝑞𝑖 = 0 − 2𝑖.

    Neste caso, as soluções da equação seriam asfunções complexas

    𝑦1 𝑥 = 𝑥𝑝+𝑞𝑖 e 𝑦2 𝑥 = 𝑥

    𝑝−𝑞𝑖

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Mas isto nem sempre é adequado, pois

    normalmente se busca funções reais válidas para x

    > 0.

    • Dessa forma, trabalha-se com as partes real e

    imaginária do número complexo (p + qi) para se

    obter a solução da EDOLH de Cauchy.

    𝑦1 = 𝑥𝑝+𝑞𝑖 = 𝑥𝑝𝑥𝑞𝑖 = 𝑥𝑝𝑒ln(𝑥

    𝑞𝑖)) = 𝑥𝑝𝑒ln 𝑥𝑞 𝑖

    𝑦2 = 𝑥𝑝−𝑞𝑖 = 𝑥𝑝𝑥−𝑞𝑖 = 𝑥𝑝𝑒ln(𝑥

    −𝑞𝑖)) = 𝑥𝑝𝑒−ln 𝑥𝑞 𝑖

    ✓ Fórmulas de Euler ቊ𝑒𝑖𝜃 = cos 𝜃 + 𝑖𝑠𝑒𝑛 𝜃𝑒−𝑖𝜃 = cos𝜃 − 𝑖𝑠𝑒𝑛

  • 6/6/2019

    38

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Fazendo 𝜃 = ln 𝑥𝑞

    ✓ ቊ𝑦1 = 𝑥

    𝑝[𝑐𝑜𝑠(ln 𝑥𝑞) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(ln 𝑥𝑞)]

    𝑦2 = 𝑥𝑝[𝑐𝑜𝑠(ln 𝑥𝑞) − 𝑖𝑠𝑒𝑛(ln 𝑥𝑞)]

    ✓ Como 𝑦1 e 𝑦2 são soluções da equação, então

    ✓ 𝑦1 + 𝑦2 = 𝑥𝑝[2cos(ln 𝑥𝑞)] ∴

    ✓1

    2(𝑦1 + 𝑦2) = 𝑥

    𝑝[cos(ln 𝑥𝑝)]

    ✓ 𝑦1 − 𝑦2 = 𝑥𝑝[2𝑖𝑠𝑒𝑛(ln 𝑥𝑞)] ∴

    ✓1

    2𝑖(𝑦1 − 𝑦2) = 𝑥

    𝑝[𝑠𝑒𝑛 ln(𝑥𝑞)]

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ também são soluções, com os segundos membros

    reais; ademais, como o seu quociente não é

    constante, elas são linearmente independentes em

    qualquer intervalo, constituindo-se, portanto, em um

    sistema fundamental de soluções em todo o eixo dos

    x. Dessa forma, a solução geral correspondente é

    ✓ 𝑦 𝑥 = 𝑥𝑝 𝐴𝑐𝑜𝑠(ln 𝑥𝑞) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(ln 𝑥𝑞) ,

    ✓ onde A e B são constantes arbitrárias.

    ✓ No presente exemplo (p = 0 e q = 2) a solução geral

    do problema é

    ✓ 𝒚 𝒙 = 𝑨𝒄𝒐𝒔(𝐥𝐧 𝒙𝟐) + 𝑩𝒔𝒆𝒏(𝐥𝐧 𝒙𝟐)

  • 6/6/2019

    39

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Problema de valor inicial. Para uma ED de n-ésima

    ordem, o problema descrito pela referida equação

    𝑎𝑛 𝑥 𝑦(𝑛) + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦

    (𝑛−1) +⋯+ 𝑎1 𝑥 𝑦′ +

    + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥)

    sujeita às condições

    𝑦 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜, 𝑦′ 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜′,..., 𝑦(𝑛−1) 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜

    (𝑛−1)

    em que 𝑦𝑜, 𝑦𝑜′,..., 𝑦𝑜

    (𝑛−1)são constantes, é chamado

    de um problema de valor inicial (PVI), e as condições

    acima especificadas de condições iniciais, do qual

    resulta uma solução em algum intervalo I contendo xo.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • No caso de ED linear de segunda ordem, uma

    solução para o problema de valor inicial é uma

    função que satisfaz a equação no intervalo I e cujo

    gráfico passa pelo ponto 𝑥𝑜 , 𝑦𝑜 com inclinaçãoigual a 𝑦𝑜

    ′ (exemplo 01), conforme condiciona o

    teorema a seguir.

    • Teorema. Existência de uma única solução. Sejam

    𝑎𝑛 𝑥 , 𝑎𝑛−1 𝑥 , ..., 𝑎1 𝑥 , 𝑎𝑜 𝑥 e 𝑟 𝑥 contínuasem um intervalo I com 𝑎𝑛 𝑥 ≠ 0 para todo x nesteintervalo. Se x = xo é algum ponto deste intervalo,

    então existe uma única solução y 𝑥 para oproblema de valor inicial neste intervalo.

  • 6/6/2019

    40

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo 01: Resolver o problema de valor inicial

    ✓ 𝑦′′ + 16𝑦 = 0, 𝑦 0 = 0, 𝑦′ 0 = 1

    ✓ 𝑦 = 𝑐1 cos 4𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛 4𝑥,

    ✓ 𝑦 0 = 0 → 𝑐1 = 0

    ✓ 𝑦′ = −4𝑐1 sen 4𝑥 + 4𝑐2𝑐𝑜𝑠𝑥 4𝑥,

    ✓ 𝑦′ 0 = 1 → 𝑐2 =1

    4

    ✓ 𝒚(𝒙) =𝒔𝒆𝒏 𝟒𝒙

    𝟒

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    0

    m=y'o=1

    -0,8

    -0,6

    -0,4

    -0,2

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    -60 -30 0 30 60 90 120

  • 6/6/2019

    41

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Problema de valor de contorno. Consiste em

    resolver uma ED de ordem dois ou maior na qual a

    variável dependente y e suas derivadas são

    especificadas em pontos diferentes.

    Neste tipo de problema, mesmo quando as condições

    do teorema apresentado são satisfeitas, a ED pode

    ter:

    i. várias soluções,

    ii. uma única solução, ou

    iii. nenhuma solução.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplos:

    • Caso (i): Resolver o problema de valor de contorno

    ✓ 𝑦′′ + 16𝑦 = 0, 𝑦 0 = 0, 𝑦 Τ𝜋 2 = 0

    ✓ 𝑦 = 𝑐1 cos 4𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛 4𝑥,

    ✓ 𝑦 0 = 0 → 𝑐1 = 0

    ✓ 𝑦 Τ𝜋 2 = 0 → 𝑐2𝑠𝑒𝑛 2𝜋 = 0 ∴ 𝒄𝟐 ∙ 𝟎 = 𝟎

    ✓ 𝒚 𝒙 = 𝒄𝟐𝒔𝒆𝒏 𝟒𝝅 = 𝒄 ∙ 𝒔𝒆𝒏 𝟒𝝅

    ✓ Há uma infinidade de funções satisfazendo a ED,

    cujos gráficos passam pelos pontos (0, 0) e ( Τ𝜋 2, 0).

  • 6/6/2019

    42

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Caso (ii): Resolver o problema de valor de

    contorno

    ✓ 𝑦′′ + 16𝑦 = 0, 𝑦 0 = 0, 𝑦 Τ𝜋 8 = 0

    ✓ 𝑦 = 𝑐1 cos 4𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛 4𝑥,

    ✓ 𝑦 0 = 0 → 𝒄𝟏 = 𝟎

    ✓ 𝑦 Τ𝜋 8 = 0 → 𝒄𝟐 = 𝟎

    ✓ 𝒚 𝒙 = 𝟎

    ✓ Portanto, para as condições de contorno impostas

    esta seria uma solução, que é única.

  • 6/6/2019

    43

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Caso (iii): Resolver o problema de valor de

    contorno

    ✓ 𝑦′′ + 16𝑦 = 0, 𝑦 0 = 0, 𝑦 Τ𝜋 2 = 1

    ✓ 𝑦 = 𝑐1 cos 4𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛 4𝑥,

    ✓ 𝑦 0 = 0 → 𝑐1 = 0

    ✓ 𝑦 Τ𝜋 2 = 1 → 𝟏 = 𝒄𝟐 ∙ 𝟎

    ✓ Portanto, obtém-se uma contradição, isto é,

    qualquer que seja o valor de c2 a relação nunca

    será obedecida, o que significa que o problema

    para tais condições não apresenta solução.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    ✓ Dependência e independência linear - Wronskiano

    • Trata-se de um critério mais geral para verificar a

    dependência ou independência linear das soluções

    da equação diferencial.

    • O teorema a seguir proporciona condição

    suficiente para a independência linear de n

    funções em um intervalo, supondo que cada uma

    dessas funções seja diferenciável pelo menos n – 1

    vezes.

  • 6/6/2019

    44

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Teorema. Critério para independência linear de

    funções. Supondo-se que f1(x), f2(x),..., fn(x) sejam

    diferenciáveis pelo menos n–1 vezes, nesse caso,

    se o determinante

    𝑓1 𝑓2 ⋯ 𝑓𝑛𝑓1′

    𝑓1(𝑛−1)

    𝑓2′ ⋯ 𝑓2

    ⋮ ⋮

    𝑓2(𝑛−1)

    ⋯ 𝑓𝑛(𝑛−1)

    • for diferente de zero em pelo menos um ponto do

    intervalo I, então as funções f1(x), f2(x),...,fn(x)

    serão linearmente independentes no intervalo.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • O referido determinante é denotado por

    W(f1(x), f2(x),..., fn(x))

    e é chamado de Wronskiano das funções.

    • Demonstração: No caso de ED de segunda ordem

    (n = 2), sejam y1(x) e y2(x) soluções linearmente

    dependentes da função

    𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 = 0

    no intervalo I. Então, existem constantes c1 e c2,

    não ambas nulas, tais que 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 = 0 paratodo x em I.

  • 6/6/2019

    45

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Derivando-se essa combinação, tem-se

    𝑐1𝑦1′ + 𝑐2𝑦2

    ′ = 0

    • Obtém-se, então, um sistema de equações lineares

    ቊ𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2 = 0

    𝑐1𝑦1′+𝑐2𝑦2

    ′ = 0

    • que possuem 𝑐1 e 𝑐2 como incógnitas.

    • Como o sistema é homogêneo e o seu

    determinante é exatamente o Wronskiano

    𝑊[𝑦1(𝑥), 𝑦2(𝑥)], que é igual a zero,

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    𝑊 𝑦1, 𝑦2 =𝑦1(𝑥) 𝑦2(𝑥)

    𝑦1′(𝑥) 𝑦2

    ′(𝑥)= 𝑦1𝑦2

    ′ − 𝑦2𝑦1′ = 0

    • o sistema possui uma solução não trivial (𝑐1 e 𝑐2 nãosão simultaneamente iguais a zero) para cada x no

    intervalo.

    • Conclui-se, portanto, que 𝑦1 e 𝑦2 são linearmentedependentes.

    • Corolário. Se f1(x), f2(x),..., fn(x) possuem pelo menosn–1 derivadas e são linearmente dependentes, então

    𝑊 𝑓1 𝑥 , 𝑓2 𝑥 ,⋯ , 𝑓𝑛 𝑥 = 0

    para todo x no intervalo.

  • 6/6/2019

    46

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Exemplo: A EDO de segunda ordem 𝑦′′ − 9𝑦 = 0• possui duas soluções 𝑦1 = 𝑒

    3𝑥 e 𝑦2 = 𝑒−3𝑥 .

    Verificar se estas funções são linearmente

    independentes.

    𝑊 𝑦1, 𝑦2 =𝑦1(𝑥) 𝑦2(𝑥)

    𝑦1′(𝑥) 𝑦2

    ′(𝑥)∴

    𝑊 𝑒3𝑥, 𝑒−3𝑥 = 𝑒3𝑥 𝑒−3𝑥

    3𝑒3𝑥 −3𝑒3𝑥∴

    𝑊 𝑒3𝑥, 𝑒−3𝑥 = 𝑒3𝑥 −3𝑒−3𝑥 − 𝑒−3𝑥 3𝑒3𝑥 ∴

    𝑊 𝑒3𝑥, 𝑒−3𝑥 = −6

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.3 EDOH - Coeficientes Constantes

    • Logo, as soluções da EDO apresentadas são

    linearmente independentes. Assim, para todo

    valor de x, elas formam um conjunto fundamental

    de soluções em todo intervalo (−∞,∞) e asolução geral para a equação diferencial nointervalo é

    𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑒3𝑥 + 𝑐2𝑒

    −3𝑥

  • 6/6/2019

    47

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

    II – EDOs de Segunda Ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Teorema. Sejam 𝑦1 , 𝑦2 ,..., 𝑦𝑛 soluções para aEDOLH de n-ésima ordem

    𝑎𝑛 𝑥 𝑦(𝑛) + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦

    (𝑛−1) +⋯+ 𝑎1 𝑥 𝑦′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 0

    ✓ em um intervalo I e seja 𝑦𝑝 qualquer solução para a

    equação não homogênea

    ✓ 𝑎𝑛 𝑥 𝑦(𝑛) + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦

    (𝑛−1) +⋯+ 𝑎1 𝑥 𝑦′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥)

    ✓ no mesmo intervalo. Então

    𝑦 𝑥 = 𝑐1𝑦1 𝑥 + 𝑐2𝑦2 𝑥 +⋯+ 𝑐𝑛𝑦𝑛 + 𝑦𝑝(𝑥)

    é também uma solução para a equação não homogênea

    no intervalo para quaisquer constantes 𝑐1, 𝑐2, … , 𝑐𝑛.

  • 6/6/2019

    48

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Teorema. Seja 𝑦𝑝 uma dada solução para a EDOL não

    homogênea de n-ésima ordem

    𝑎𝑛 𝑥 𝑦(𝑛) + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦

    (𝑛−1) +⋯+ 𝑎1 𝑥 𝑦′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥)

    ✓ em um intervalo I e sejam {𝑦1, 𝑦2, ..., 𝑦𝑛} um conjuntofundamental de soluções para a equação homogênea

    associada

    ✓ 𝑎𝑛 𝑥 𝑦(𝑛) + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦

    (𝑛−1) +⋯+ 𝑎1 𝑥 𝑦′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 0

    ✓ no mesmo intervalo. Então, para qualquer solução 𝑌(𝑥)da não homogênea em I, pode-se encontrar constantes

    𝐶1, 𝐶2, … , 𝐶𝑛 tais que

    𝑌 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥 +⋯+ 𝐶𝑛𝑦𝑛 + 𝑦𝑝(𝑥)

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Demonstração. Para o caso de n = 2, supõe-se que

    𝑌 e 𝑦𝑝 sejam soluções para a EDO não homogênea

    𝑎2 𝑥 𝑦′′ + 𝑎1 𝑥 𝑦

    ′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦 = 𝑟(𝑥).

    ✓ Se for definida uma função u por u 𝑥 = 𝑌 𝑥 −𝑦𝑝(𝑥), então

    ✓ 𝑎2 𝑥 𝑢′′ + 𝑎1 𝑥 𝑢

    ′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑢 =

    ✓ = 𝑎2 𝑥 𝑌′′ − 𝑦𝑝

    ′′ + 𝑎1 𝑥 𝑌′ − 𝑦𝑝

    ′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑌 − 𝑦𝑝 =

    ✓ = 𝑎2 𝑥 𝑌′′ + 𝑎1 𝑥 𝑌

    ′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑌 −

    ✓ −[𝑎2 𝑥 𝑦𝑝′′ + 𝑎1 𝑥 𝑦𝑝

    ′ + 𝑎𝑜 𝑥 𝑦𝑝 =

    ✓ = 𝑟 𝑥 − 𝑟 𝑥 = 0.

  • 6/6/2019

    49

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Portanto, pode-se escrever

    𝑢 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥

    𝑌 𝑥 − 𝑦𝑝 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥

    𝑌 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥 + 𝑦𝑝 𝑥 ,

    que é a solução geral para a EDO não homogênea de

    segunda ordem. Generalizando para as EDOs de ordem

    maior, a solução geral é

    𝑌 𝑥 = 𝐶1𝑦1 𝑥 + 𝐶2𝑦2 𝑥 + ⋯+ 𝐶𝑛𝑦𝑛 𝑥 + 𝑦𝑝 𝑥

    𝑌(𝑥) = 𝑦ℎ 𝑥 + 𝑦𝑝 𝑥 ,

    onde 𝑦ℎ 𝑥 é a solução da homogênea associada.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Método dos coeficientes a determinar:

    • Para se obter a solução geral de uma EDOL não

    homogênea é necessário encontrar a solução geral

    da ED homogênea associada 𝑦ℎ 𝑥 e qualquersolução particular 𝑦𝑝 𝑥 da ED não homogênea.

    • Uma das técnicas utilizadas para a obtenção de

    𝑦𝑝 𝑥 para equações diferenciais de qualquer

    ordem é o método dos coeficientes a determinar;

    entretanto, esta técnica, não obstante a sua

    simplicidade e economia, apresenta algumas

    limitações, a saber:

  • 6/6/2019

    50

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    - somente aplicado para equações que tem

    coeficientes constantes, e

    - nos casos em que r(x) é uma constante ou funções

    polinomial, exponencial, seno, cosseno, ou soma

    e/ou produtos de tais funções.

    • Como as derivadas das somas e produtos das funções

    citadas são ainda somas e produtos de constantes,

    polinômios, exponenciais, senos e cossenos, e a

    combinação linear das derivadas (𝑎𝑦𝑝′′ + 𝑏𝑦𝑝

    ′ +

    𝑐𝑦𝑝) tem de ser identicamente igual a r(x), parecerazoável supor que 𝑦𝑝 𝑥 é da mesma forma de r(x).

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Exemplos 01: Resolver a equação

    𝑦′′ + 4𝑦′ + 2𝑦 = 2𝑥2 − 3𝑥 + 6

    Solução:

    Passo 1 - Resolve-se a ED homogênea associada,

    obtendo-se a solução geral

    𝑦ℎ = 𝑐1𝑒− 2+ 6 𝑥 + 𝑐2𝑒

    −2+ 6 𝑥

    Passo 2 - Como r(x) é um polinômio quadrático,

    supõe-se uma solução particular com a mesma

    forma, ou seja,

    𝑦𝑝 = 𝐴𝑥2 + 𝐵𝑥 + 𝐶

  • 6/6/2019

    51

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    cujos coeficiente A, B e C devem ser

    determinados pela substituição de 𝑦𝑝 e suas

    derivadas

    𝑦𝑝′ = 2𝐴𝑥 + 𝐵 e 𝑦𝑝

    ′′ = 2𝐴

    na equação não homogênea fornecida, obtendo-se

    𝑦𝑝′′ + 4𝑦𝑝

    ′ − 2𝑦𝑝 =

    = 2𝐴 + 8𝐴𝑥 + 4𝐵 − 2𝐴𝑥2 − 2𝐵𝑥 − 2𝐶

    = −2𝐴𝑥2 + 8𝐴 − 2𝐵 𝑥 + (2𝐴 + 4𝐵 − 2𝐶)

    = 2𝑥2 − 3𝑥 + 6

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Comparando-se os membros da expressão, forma-se

    o sistema

    ቐ−2𝐴 = 28𝐴 − 2𝐵 = −32𝐴 + 4𝐵 − 2𝐶 = 6

    de onde se obtém os valores 𝐴 = −1, 𝐵 = − Τ5 2 e

    𝐶 = −9. Logo,

    𝑦𝑝 = −𝑥2 −

    5

    2𝑥 − 9

    Passo 3 - A solução geral para a equação dada é

    𝑦 𝑥 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝

    = 𝑐1𝑒− 2+ 6 𝑥 + 𝑐2𝑒

    −2+ 6 𝑥 − 𝑥2 −5

    2𝑥 − 9

  • 6/6/2019

    52

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Exemplos 02: Resolver a equação

    𝑦′′ − 2𝑦′ − 3𝑦 = 4𝑥 − 5 + 6𝑥𝑒2𝑥

    Solução:

    Passo 1 - Resolve-se a ED homogênea associada,

    obtendo-se a solução geral

    𝑦ℎ = 𝑐1𝑒−𝑥 + 𝑐2𝑒

    3𝑥

    Passo 2 - Como r(x) envolve a soma e produtos de

    funções polinomiais e exponenciais, e como a

    derivada do produto 𝑥𝑒2𝑥 = 2𝑥𝑒2𝑥 + 𝑒2𝑥, sugere-seuma solução particular da forma,

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    𝑦𝑝 = 𝑦𝑝1 + 𝑦𝑝2 = 𝐴𝑥 + 𝐵 + (𝐶𝑥𝑒2𝑥 + 𝐷𝑒2𝑥)

    que devidamente substituída, junto com as suas

    derivadas, na equação dada, e agrupando os termos,

    tem-se

    𝑦′′ − 2𝑦′ − 3𝑦 =

    = (2𝐶𝑒2𝑥 + 2𝐶𝑒2𝑥 + 4𝐶𝑥𝑒2𝑥 + 4𝐷𝑒2𝑥 −

    −2 𝐴 + 𝐶𝑒2𝑥 + 2𝐶𝑥𝑒2𝑥 + 2𝐷𝑒2𝑥 −

    −3 𝐴𝑥 + 𝐵 + 𝐶𝑥𝑒2𝑥 + 𝐷𝑒2𝑥 =

    = −3𝐴𝑥 − 2𝐴 + 3𝐵 + 4𝐶 − 4𝐶 − 3𝐶 𝑥𝑒2𝑥 +

    + 2𝐶 + 2𝐶 + 4𝐷 − 2𝐶 − 4𝐷 − 3𝐷 𝑒2𝑥 =

  • 6/6/2019

    53

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    = −3𝐴𝑥 − 2𝐴 + 3𝐵 − 3𝐶𝑥𝑒2𝑥 + 2𝐶 − 3𝐷 𝑒2𝑥=

    = 4𝑥 − 5 + 6𝑥𝑒2𝑥

    Desta identidade , obtém-se o sistema

    −3𝐴 = 42𝐴 + 3𝐵 = 5

    −3𝐶 = 62𝐶 − 3𝐷 = 0

    cuja resolução resulta em

    𝐴 = − Τ4 3 , 𝐵 = Τ23 9 , 𝐶 = −2 e D = − Τ4 3.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Consequentemente,

    𝑦𝑝 = −4

    3𝑥 +

    23

    9− 2𝑥𝑒2𝑥 −

    4

    3𝑒2𝑥

    Passo 3 – A solução geral da a EDOL não

    homogênea fornecida é

    𝑦 𝑥 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 =

    = 𝑐1𝑒−𝑥 + 𝑐2𝑒

    3𝑥 + −4

    3𝑥 +

    23

    9− 2𝑥𝑒2𝑥 −

    4

    3𝑒2𝑥

  • 6/6/2019

    54

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Método geral:

    • Considerando a equação da forma

    𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 = 𝑟(𝑥),

    • supondo que f, g e r são funções contínuas sobre um

    intervalo I, pode-se obter uma solução particular da

    equação empregando-se o método da variação dos

    parâmetros como segue.

    • O método consiste em substituir c1 e c2 por funções

    u(x) e v(x) na solução geral da equação homogênea

    associada da equação dada, tais que a função

    resultante

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    𝑦𝑝 𝑥 = 𝑐1𝑦1 𝑥 + 𝑐2𝑦2 𝑥

    = 𝑢 𝑥 𝑦1 𝑥 + 𝑣(𝑥) 𝑦2 𝑥

    • seja uma solução particular da equação sobre o

    intervalo I, cuja derivada é

    𝑦𝑝′ = 𝑢′𝑦1 + 𝑢𝑦1

    ′ + 𝑣′𝑦2 + 𝑣𝑦2′ .

    • Como se deseja determinar duas funções

    desconhecidas (u e v), pode-se imaginar que serão

    necessárias duas equações para tal, uma delas resulta

    na substituição 𝑦𝑝 = 𝑢𝑦1 + 𝑣𝑦2 na ED dada, e a

    outra imposta é

    𝑢′𝑦1 + 𝑣′𝑦2 = 0

  • 6/6/2019

    55

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Isto reduz a expressão de 𝑦𝑝′ à forma

    𝑦𝑝′ = 𝑢𝑦1

    ′ + 𝑣𝑦2′

    • Derivando-se esta função, obtém-se

    𝑦𝑝′′ = 𝑢′𝑦1

    ′ + 𝑢𝑦1′′ + 𝑣′𝑦2

    ′ + 𝑣𝑦2′′

    • Substituindo-se a função 𝑦𝑝 e suas derivadas na

    ED e agrupando-se, respectivamente, os termosque contem u e v, tem-se

    𝑢 𝑦1′′ + 𝑓𝑦1

    ′ + 𝑔𝑦1 + 𝑣 𝑦2′′ + 𝑓𝑦2

    ′ + 𝑔𝑦2 ++𝑢′𝑦1

    ′ + 𝑣′𝑦2′ = 𝑟

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Como 𝑦1e 𝑦2 são soluções da equação homogênea,a expressão se reduz a

    𝑢′𝑦1′ + 𝑣′𝑦2

    ′ = 𝑟,

    • que junto com a equação

    • 𝑢′𝑦1 + 𝑣′𝑦2 = 0

    • forma um sistema de equações lineares cujas

    incógnitas são u’ e v’, e cuja a solução geral,

    obtida pela regra de Cramer, conforme

    desenvolvida a seguir, é

  • 6/6/2019

    56

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Como 𝑦1e 𝑦2 são soluções da equação homogênea,a expressão se reduz a

    ቊ𝑢′𝑦1 + 𝑣

    ′𝑦2 = 0

    𝑢′𝑦1′ + 𝑣′𝑦2

    ′ = 𝑟

    𝑊 =𝑦1 𝑦2𝑦1′ 𝑦2

    ′ = 𝑦1𝑦2′ − 𝑦2𝑦1

    𝑊𝑢=0 𝑦2𝑟 𝑦2

    ′ = − 𝑦2r , 𝑊𝑣 =𝑦1 0

    𝑦1′ 𝑟

    = 𝑦1𝑟

    𝑢′ =𝑊𝑢

    𝑊= −

    𝑦2𝑟

    𝑊, 𝑣′ =

    𝑊𝑣

    𝑊=

    𝑦1𝑟

    𝑊

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Pela independência linear de 𝑦1 e 𝑦2 no intervalo I,sabe-se que 𝑊 ≠ 0, para todo x no intervalo.

    • Integrando-se as expressões, obtém-se

    𝑢 = −𝑦2𝑟

    𝑊𝑑𝑥, 𝑣 =

    𝑦1𝑟

    𝑊𝑑𝑥

    • Como r(x) é contínua, estas integrais existem, esubstituindo-se as pressões de u e v em yp,obtém-se a solução desejada, como

    𝑦𝑝 𝑥 = 𝑢𝑦1 + 𝑣 𝑦2 =

    = −𝑦1 𝑦2𝑟

    𝑊𝑑𝑥 + 𝑦2

    𝑦1𝑟

    𝑊𝑑𝑥

  • 6/6/2019

    57

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Não obstante o método da variação dos parâmetros

    ter sido explicado utilizando-se uma EDOL não

    homogênea de segunda ordem, ele pode ser

    generalizado para equações não homogêneas de

    ordem superior.

    • Exemplo 01: Resolver a equação

    𝑦′′ − 4𝑦′ + 4𝑦 = (𝑥 + 1)𝑒2𝑥

    Equação auxiliar:

    𝜆2 − 4𝜆 + 4 = 0, 𝜆1 = 𝜆2 = 2Solução da homogênea:

    𝑦1 = 𝑒2𝑥, 𝑦2 = 𝑥𝑒

    2𝑥 → 𝑦ℎ = 𝑐1𝑒2𝑥 + 𝑐2𝑥𝑒

    2𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    •Wronskiano (W):

    𝑊 𝑒2𝑥, 𝑥𝑒2𝑥 =𝑒2𝑥 𝑥𝑒2𝑥

    2𝑒2𝑥 (2𝑥 + 1)𝑒2𝑥= 𝑒4𝑥

    𝑊1 =0 𝑥𝑒2𝑥

    (𝑥 + 1)𝑒2𝑥 2𝑥 + 1 𝑒2𝑥= − 𝑥 + 1 𝑥𝑒4𝑥

    𝑊2 =𝑒2𝑥 0

    2𝑒2𝑥 𝑥 + 1 𝑒2𝑥= 𝑥 + 1 𝑒4𝑥

    Então

    𝑢′ =𝑊1

    𝑊= −𝑥2 − 𝑥 e 𝑣′ =

    𝑊2

    𝑊= 𝑥 + 1

  • 6/6/2019

    58

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    e

    𝑢 = 𝑥2−) − 𝑥)𝑑𝑥 = −𝑥3

    3−

    𝑥2

    2

    𝑣 = 𝑥) + 1)𝑑𝑥 =𝑥2

    2− 𝑥

    Portanto,

    𝑦𝑝 = −𝑥3

    3−𝑥2

    2𝑒2𝑥 +

    𝑥2

    2− 𝑥 𝑥𝑒2𝑥 =

    =𝑥3

    6+

    𝑥2

    2𝑒2𝑥

    𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 = 𝑐1𝑒2𝑥 + 𝑐2𝑥𝑒

    2𝑥 +𝑥3

    6+𝑥2

    2𝑒2𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Exemplo 02: Resolver a equação

    𝑦′′ + 𝑦 = sec 𝑥

    Equação auxiliar:

    𝜆2 − 1 = 0, 𝜆1 = 𝑖, 𝜆2 = −𝑖 ቊ𝑝 = 0𝑞 = 1

    Solução da homogênea:

    𝑦1 = cos𝑥, 𝑦2 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 → 𝑦ℎ = 𝑐1 cos 𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛 𝑥

    • Wronskiano (W):

    𝑊 cos 𝑥 , 𝑠𝑒𝑛 𝑥 =cos 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥

    −𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥= 1

  • 6/6/2019

    59

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    𝑊1 =0 𝑠𝑒𝑛 𝑥

    sec 𝑥 cos 𝑥= −sec 𝑥 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑥 = −tan 𝑥

    𝑊2 =cos 𝑥 0−𝑠𝑒𝑛 𝑥 sec 𝑥

    = 1

    •sec 𝑥 = Τ1 cos 𝑥

    Então

    𝑢′ =𝑊1

    𝑊= − tan 𝑥 e 𝑣′ =

    𝑊2

    𝑊= 1

    𝑢 = − tan 𝑥 𝑑𝑥 = −[− ln (cos 𝑥)] = ln(cos 𝑥)

    𝑣 = 𝑑𝑥 = 𝑥

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Portanto,

    𝑦𝑝 = 𝑢𝑦1 + 𝑣𝑦2 = ln (cos 𝑥) ∙ cos 𝑥 + 𝑥𝑠𝑒𝑛 𝑥

    e

    𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 =

    = 𝑐1 cos 𝑥 + 𝑐2𝑠𝑒𝑛𝑥 + ln cos x ∙ cos 𝑥 + 𝑥𝑠𝑒𝑛 𝑥

    𝑦 = [𝑐1+ln(cos 𝑥)] cos 𝑥 + 𝑐2 + 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥

  • 6/6/2019

    60

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    ✓ Aplicações - Movimento forçado.

    • Considera-se uma força variável r(t) agindo sobre o

    sistema massa-mola-amortecedor.

    • A inclusão de r(t) na formulação da segunda lei de

    Newton dá a equação diferenciável do movimento

    forçado, ou seja

    𝑚 ሷ𝑦 + 𝑐 ሶ𝑦 + 𝑘𝑦 = 𝑟(𝑡) ou ሷ𝑦 +𝑐

    𝑚ሶ𝑦 +

    𝑘

    𝑚𝑦 =

    𝑟(𝑡)

    𝑚

    • r(t) é chamada de entrada (input) ou força aplicada, e

    a solução correspondente é chamada de saída (output)

    ou resposta do sistema à força aplicada.

    r(t)

    y(t)

    k

    c

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • De particular interesse são as entradas (input)

    periódicas.

    • Para determinar e discutir uma solução geral, que

    representa a saída geral do sistema, será adotada uma

    entrada senoidal, tal como

    𝑟 𝑡 = 𝐹𝑜 cos 𝛾𝑡 (𝐹𝑜 > 0, 𝛾 > 0)

    • Logo, a equação diferencial a considerar é

    𝑚 ሷ𝑦 + 𝑐 ሶ𝑦 + 𝑘𝑦 = 𝐹𝑜 cos 𝛾𝑡,

    portanto, trata-se de uma EDOL não homogênea de

    coeficientes constantes.

  • 6/6/2019

    61

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • A solução dessa EDO pode ser feita empregando o

    método dos coeficientes a determinar, tomando-se

    como solução particular

    𝑦𝑝 𝑡 = 𝐴 cos 𝛾𝑡 + 𝐵 sin 𝛾𝑡

    • Substituindo-se 𝑦𝑝 e suas derivadas na ED, obtém-se

    os seguintes valores para as constante A e B

    𝐴 = 𝐹𝑜𝑚(𝛾2−𝑤2)

    𝑚2(𝛾2−𝑤2)2+𝑤2𝑐2, 𝐵 = 𝐹𝑜

    𝑤𝑐

    𝑚2(𝛾2−𝑤2)2+𝑤2𝑐2

    • Lembrando que 𝑤2 = Τ𝑘 𝑚. Então, a solução geral é

    𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ 𝑡 + 𝑦𝑝(𝑡)

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Caso I. Oscilações forçadas sem amortecimento.

    Sem amortecimento, 𝑐 = 0 , e supondo-se 𝑤 ≠ 𝛾 ,obtém-se

    𝑦𝑝 𝑡 =𝐹𝑜

    𝑚(𝑤2−𝛾2)cos 𝛾𝑡

    e a solução geral é

    𝑦 𝑡 = 𝑐1 cos 𝑤𝑡 + 𝑐2 sin 𝑤𝑡) +𝐹𝑜

    𝑚(𝑤2−𝛾2)cos 𝛾𝑡

    - A saída representa, então, a superposição de duas

    oscilações harmônicas, cujas frequências são Τ𝑤 2𝜋(ciclos/s) do sistema e Τ𝛾 2𝜋 da entrada.

  • 6/6/2019

    62

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    - RESSONÂNCIA. O máximo de amplitude de 𝑦𝑝(cos 𝛾𝑡 = 1) é

    𝑦𝑝 =𝐹𝑜

    𝑚(𝑤2−𝛾2)cos 𝛾𝑡

    de onde se observa que quando γ → 𝑤, 𝑦𝑝 → ∞.

    - Essa situação proporciona a ocorrência de um

    fenômeno de excitação de grandes oscilações pelo

    união das frequência do sistema e de entrada (𝛾 = 𝑤),conhecido como ressonância, de importância

    fundamental no estudo dos sistemas vibrantes.

    - Nesse caso, a ED se transforma em

    ሷ𝑦 + 𝑤2𝑦 = 𝐹𝑜 cos𝑤𝑡,

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    - De onde se conclui que uma solução particular dessa

    ED possui a forma

    𝑦𝑝 𝑡 = 𝑡(𝐴 cos𝑤𝑡 + 𝐵 sin𝑤𝑡)

    - Substituindo-se esta expressão e sua segunda

    derivada na ED, obtém-se que

    𝐴 = 0 e 𝐵 = Τ𝐹𝑜 2𝑚𝑤.

    - Logo,

    𝑦𝑝 𝑡 =𝐹𝑜

    2𝑚𝑤𝑡 sin𝑤𝑡.

  • 6/6/2019

    63

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Solução particular no caso da ressonância.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    - BATIMENTOS. Fenômeno que ocorre quando γ épróximo de 𝑤. Nesse caso, considera-se a soluçãoparticular na forma

    𝑦𝑝 𝑡 =𝐹𝑜

    𝑚(𝑤2−𝛾2)(cos 𝛾𝑡 − cos𝑤𝑡) (𝛾 ≠ 𝑤)

    correspondente às condições iniciais 𝑦 0 = 0 ey′(0) = 0, a qual pode ser modificada para

    𝑦𝑝 𝑡 =2𝐹𝑜

    𝑚(𝑤2−𝛾2)sin

    𝑤+𝛾

    2𝑡 sin

    𝑤−𝛾

    2𝑡.

    Como 𝑤 − 𝛾 é pequena (valores próximos), operíodo da última função seno é grande, obtendo-se,

    dessa forma, uma oscilação do tipo a seguir:

    𝑐𝑜𝑠𝑣−𝑐𝑜𝑠𝑢=2𝑠𝑖𝑛𝑢+𝑣

    2𝑠𝑖𝑛𝑢−𝑣

    2

  • 6/6/2019

    64

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Solução particular no caso dos batimentos.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Caso II. Oscilações forçadas com amortecimento.

    - Com amortecimento, 𝑐 > 0.

    - No sistema amortecido livre, a solução geral 𝑦ℎ →0 quando 𝑡 → ∞, o que significa que a solução geralda ED representa a solução transitória (transiente) e

    tende para a solução do estado estacionário 𝑦𝑝.

    𝒚 𝒕 = 𝒚𝒉 + 𝒚𝒑 = 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 + 𝒆𝒔𝒕. 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏á𝒓𝒊𝒐

    - Após um tempo suficientemente longo, a saída

    correspondente a uma entrada puramente senoidal se

    aproxima de uma oscilação harmônica, cuja frequência

    é a da entrada.

  • 6/6/2019

    65

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    • Exemplo. Resolver o problema de valor inicial (PVI)

    ሷ𝑦 + 2 ሶ𝑦 + 2𝑦 = 4 𝑐𝑜𝑠 𝑡 + 2 𝑠𝑖𝑛 𝑡 ,

    𝑦 0 = 0, ሶ𝑦 0 = 3

    - Solução: Para as condições iniciais dadas o

    problema apresenta a solução

    𝑦 𝑡 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝 = 𝑒−𝑡 sin 𝑡 + 2 sin 𝑡,

    ቊTermo transiente: 𝑒−𝑡 sin 𝑡

    Termo estacionário: 2 sin 𝑡

    A figura mostra o efeito do termo transitório na

    solução, que neste caso é insignificante após t > 𝜋.

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    2.4 Equações Não Homogêneas

    Curva da solução da EDO (oscilação forçada com amortecimento).

  • 6/6/2019

    66

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ❑ Introdução

    ❑ Equações Lineares Homogêneas

    ❑ EDOLH com Coeficientes Constantes

    ❑ EDOL Não Homogêneas

    ❑ EDOLH – Redução de Ordem

    II – EDOs de Segunda Ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Método de d’Alembert:

    • Introduzido pelo matemático francês Jean le Rond

    d'Alembert, permite transformar uma equação

    diferencial linear de ordem n em outra equação

    linear de ordem n – 1, a partir de uma solução

    particular conhecida.

    • É um método de redução de ordem, ou seja,

    conhecendo-se uma solução não trivial de uma

    EDOLH de segunda ordem, sua resolução se reduz

    a resolver uma EDO de primeira ordem, permitindo

    calcular a solução geral a partir de uma solução

    particular.

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

  • 6/6/2019

    67

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    • Seja 𝑦1 uma solução conhecida para a equaçãodiferencial linear homogênea de segunda ordem

    𝑦′′ + 𝑓 𝑥 𝑦′ + 𝑔 𝑥 𝑦 = 0

    • Busca-se uma solução 𝑦2 = 𝑣(𝑥)𝑦1 que satisfaça𝐿(𝑦1+ 𝑦2) = 0.

    • Calcula-se, então, as derivadas 𝑦2′ e 𝑦2

    ′′ ,

    substituindo-as, juntamente com 𝑦2, na equação, deonde se obtém

    [𝑦1′′+𝑓 𝑥 𝑦1

    ′ + 𝑔 𝑥 𝑦1]𝑣 +

    +𝑦1𝑣′′ + 2 𝑦1

    ′ + 𝑓 𝑥 𝑦1 𝑣′ = 0

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    • Reorganizando os termos e lembrando que

    𝑦1′′ + 𝑓 𝑥 𝑦1

    ′ + 𝑔 𝑥 𝑦1 = 0,

    • pois 𝑦1 é solução da equação diferencial ordináriahomogênea, tem-se que v satisfaz uma equação

    ordinária de segunda ordem redutível à primeira,

    do tipo:

    𝑦1𝑣′′ + 2𝑦1

    ′ + 𝑓 𝑥 𝑦1 𝑣′ = 0

    • A primitiva de v’ dá a função v, que multiplicada

    por 𝑦1, conduz à segunda solução da equação, 𝑦2,e a solução geral será da forma

    𝑦 = 𝑐1𝑦1 + 𝑐2𝑦2

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Exemplo 01: Sabendo-se que 𝑦1 é solução daequação diferencial dada, encontrar a sua solução

    geral.

    ✓ Solução:

    𝑥2𝑦′′ + 2𝑥𝑦′ − 2𝑦 = 0; 𝑦1 𝑥 = 𝑥

    𝑦′′ +2

    𝑥𝑦′ −

    2

    𝑥2𝑦 = 0

    𝑦2 = 𝑣𝑦1 ⇒ 𝑦1𝑣′′ + 2𝑦1

    ′ + 𝑓 𝑥 𝑦1 𝑣′ = 0

    𝑥𝑣′′ + 2 1 +2

    𝑥𝑥 𝑣′ = 0

    𝑥𝑣′′ + 4𝑣′ = 0

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    𝑥𝑣′′ + 4𝑣′ = 0 ou 𝑥𝑑𝑣′

    𝑑𝑥+ 4𝑣′ = 0 ∴

    𝑑𝑣′

    𝑣′= −

    4

    𝑥𝑑𝑥

    𝑑𝑣′

    𝑣′= 4−

    𝑑𝑥

    𝑥+ 𝑐′ ∴ 𝑙𝑛𝑣′ = −4𝑙𝑛𝑥 + 𝑐′

    ∴ 𝑙𝑛𝑣′ = 𝑙𝑛𝑥−4 + 𝑐′ ∴ ln 𝑣′ = ln c′𝑥−4 ∴ 𝒗′ = 𝒄′𝒙−𝟒

    ou𝑑𝑣

    𝑑𝑥= c′𝑥−4 ∴ 𝑑𝑣 = 𝑐′𝑥−4𝑑𝑥

    𝑑𝑣 = 𝑐′ 𝑥−4𝑑𝑥 + 𝑐′′ ∴ 𝑣 = −𝑐′𝑥−3

    3+ 𝑐′′

    𝑦 = 𝑣𝑥 → 𝑦 = −𝑐′𝑥−3

    3+ 𝑐′′ 𝑥 ∴ 𝒚(𝒙) = 𝒄𝟏𝒙 − 𝒄𝟐𝒙

    −𝟐

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

  • 6/6/2019

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    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    ✓ Exemplo 02: Sabendo-se que 𝑦1 é solução daequação diferencial dada, encontrar a sua solução

    geral.

    ✓ Solução:

    𝑥2𝑦′′ − 3𝑥𝑦′ + 4𝑦 = 0; 𝑦1 𝑥 = 𝑥²

    𝑦′′ −3

    𝑥𝑦′ +

    4

    𝑥2𝑦 = 0

    𝑦2 = 𝑣𝑦1 ⇒ 𝑦1𝑣′′ + 2𝑦1

    ′ + 𝑓 𝑥 𝑦1 𝑣′ = 0

    𝑥2𝑣′′ + 2 2𝑥 −3

    𝑥𝑥² 𝑣′ = 0

    𝑥2𝑣′′ + 𝑥𝑣′ = 0 ∴ 𝑥𝑣′′ + 𝑣′ = 0

    2.5 EDOLH – Redução de ordem

    06/06/2019 12:31 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Segunda Ordem

    𝑥𝑣′′ + 𝑣′ = 0 ou 𝑥𝑑𝑣′

    𝑑𝑥+ 𝑣′ = 0 ∴

    𝑑𝑣′

    𝑣′= −

    1

    𝑥𝑑𝑥

    𝑑𝑣′

    𝑣′= −

    𝑑𝑥

    𝑥+ 𝑐 ∴ 𝑙𝑛 𝑣′ = −ln 𝑥 + 𝑐′ ∴

    ∴ ln 𝑣′ = 𝑙𝑛 𝑥−1 + 𝑐 ∴ 𝒗′ = 𝒄′𝒙−𝟏 ou

    𝑑𝑣

    𝑑𝑥= c′𝑥−1 ∴ 𝑑𝑣 = 𝑐′𝑥−1𝑑𝑥

    𝑑𝑣 = 𝑐′ 1

    𝑥𝑑𝑥 + 𝑐′′ ∴ 𝑣 = 𝑐′ ln 𝑥 + 𝑐′′

    𝑦 = 𝑣𝑥2 → 𝑦 = 𝑐′ ln 𝑥 + 𝑐′′ 𝑥2 ∴

    𝒚(𝒙) = 𝒄𝟏 + 𝒄𝟐 𝐥𝐧 𝒙 𝒙𝟐

    2.5 EDOLH – Redução de ordem