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4/2/2019
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Cálculo III
Universidade Federal do Pará
Instituto de Tecnologia
Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Capítulo I
Universidade Federal do Pará
Instituto de Tecnologia
Equações Diferenciais
Ordinárias de Primeira Ordem
Campus de Belém
Curso de Engenharia Mecânica
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
I – EDOs de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Em ciências físicas, biológicas e sociais,
frequentemente se deseja descrever ou modelar
matematicamente o comportamento de algum
sistema ou fenómeno.
✓ Os modelos matemáticos e suas soluções se
traduzem em equações que relacionam as variáveis e
os parâmetros no problema, e que permitem, em
muitos casos, fazer previsões sobre como os
processos naturais se comportarão em tais
circunstâncias.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Entretanto, não obstante o modelamento matemático,
em muitos casos, ser mais fácil com relação a
permitir a variação dos parâmetros quando
comparado ao estudo em um ambiente experimental,
tanto o modelamento matemático como a
experimentação ou observação são muito
importantes e complementares em uma investigação
científica.
✓ Modelos matemáticos são validados comparando-se
as suas previsões com resultados experimentais
obtidos.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Por outro lado, análises matemáticas podem sugerir
as direções mais promissoras para exploração
experimental e podem indicar, com boa precisão, que
dados experimentais serão mais úteis.
✓ A construção de um modelo matemático de um
sistema começa com a identificação e seleção das
variáveis responsáveis pela variação do sistema.
✓ É nesta etapa que o nível de resolução do modelo
será especificado.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Em uma segunda etapa, busca-se a elaboração de
um conjunto de hipóteses razoáveis sobre o
sistema que se está tentando descrever, as quais
também incluem algumas leis empíricas que são
aplicáveis ao sistema.
✓ A estrutura matemática de todas essas hipóteses,
ou o modelo matemático do sistema é, muitas
vezes, uma equação diferencial ou um sistema de
equações diferenciais.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Espera-se que um modelo matemático razoável do
sistema tenha uma solução que seja consistente com
o comportamento conhecido do sistema.
✓ Porém, se as predições obtidas pela solução forem
insuficientes, pode-se elevar o nível de resolução do
modelo ou levantar hipóteses alternativas sobre o
mecanismo de mudança do sistema.
✓ Um modelo matemático de um sistema físico
frequentemente envolve a variável tempo t. Uma
solução do modelo oferece então o estado do
sistema.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
✓ Em outras palavras, os valores da variável (ou
variáveis) para valores apropriados de t descrevem o
sistema no passado, presente e futuro.
✓ No decorrer do curso serão examinados vários
problemas físicos e geométricos que conduzem a
equações diferenciais e os métodos padronizados
mais importantes para solucionar tais equações,
ilustrando, assim, a transição de um problema físico
para um modelo matemático.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.1 Introdução
Diagrama para criar modelos matemáticos
(lusoacademia.org/2016/02/17/aplicacao-das-
equacoes-diferenciais-de-primeira-ordem/
.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ Definição
✓ Muitos dos fenômenos físicos estudados são
descritos por relações envolvendo taxas de
variação, os quais, quando expressos em termos
matemáticos, apresentam-se na forma de
equações contendo derivadas de uma função
desconhecida.
✓ Tais equações são chamadas de equações
diferenciais, cuja definição pode ser expressa
como segue:
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Uma equação que contém as derivadas ou
diferenciais de uma ou mais variáveis
dependentes com relação a uma ou mais
variáveis independentes, é chamada de equação
diferencial.
✓ Por exemplo, se y é uma função de x, e n é um
inteiro positivo, então uma relação de igualdade
(que não se reduz a uma identidade) que envolva
x, y, y’, y”, ...,y(n) é chamada de equação
diferencial de ordem n.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ Classificação das equações diferenciais:
• Equação Diferencial Ordinária (EDO): envolve
derivadas de uma função de uma só variável
independente.
• Equação Diferencial Parcial (EDP): envolve
derivadas parciais de uma função de mais de
uma variável independente.
• Na presente disciplina serão estudadas apenas as
equações diferenciais ordinárias. As equações
diferenciais parciais serão discutidas em outro
momento.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ Ordem das equações diferenciais: é a ordem da
derivada de mais alta ordem da função incógnita que
figura na equação.
✓ De forma mais geral, se y é uma função de x, então
uma EDO de ordem n pode ser escrita como
F(x,y,y´,y´´,...,y(n)) = 0, em que F é uma função de
x, y e suas derivadas y´, y´´,...,y(n).
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Na prática, assume-se que se pode resolver a função
acima na derivada y(n), isto é, considerar-se-á y(n) =
f(x,y,y´,...,y(n-1)) como protótipo de EDO de ordem n.
➢ Soluções de uma ED:
✓ A solução de uma equação diferencial é uma
função que não contém derivadas nem
diferenciais e que satisfaz a equação dada, ou
seja, tal função, substituída na equação dada, a
transforma em uma identidade.
✓ A solução de uma ED pode ser apresentada de
dois tipos: solução geral ou solução particular.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Solução geral: é a solução que apresenta n
constantes independentes entre si (n = ordem
da ED). Essas constantes, de acordo com a
conveniência, podem ser escritas como c, 2c,
c2, ln c (c é um valor desconhecido).
✓ Solução particular: é a solução que pode ser
obtida da solução geral mediante condições
dadas no problema, denominadas condições
iniciais ou condições de contorno (tais
condições permitem a determinação do valor
c).
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Exemplo:
EDO: y´ =𝑑𝑦
𝑑𝑥= 3𝑥2 − 4𝑥 + 1
Solução geral: 𝑦 = 𝑥3 − 2𝑥2 + 𝑥 + 𝐶
Solução particular: condição inicial 𝑦 = −1 = 3
3 = (−1)3−2(−1)2 + −1 + 𝐶 ∴ 𝐶 = 7
𝑦 = 𝑥3 − 2𝑥2 + 𝑥 + 7
Observação: em qualquer dos dois casos, a prova
pode ser feita derivando a solução para se obter a
equação diferencial dada.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ Equações lineares e não lineares:
✓ Uma equação diferencial ordinária é dita linear se
a função F é linear com respeito as variáveis y, y´,
..., y(n-1) e y(n).
✓ Consequentemente, uma EDO pode ser escrita
como: ao(x)y(n) + a1(x)y(n-1) +...+ an(x)y = g(x),
em que ao, a1, ..., an e g são funções somente de x.
✓ Uma EDO que não é linear é dita não-linear. Em
outras palavras, uma EDO não-linear não pode
ser escrita como a anterior.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Exemplos:
1. A EDO de 2ª ordem t2y’’-3ty’+4y=0 é linear,
pois pode ser escrita como
ao(t)y’’+a1(t)y’+a2(t)y = g(t), com ao(t) = t²,
a1(t) = - 3t, a2(t) = 4 e g(t) = 0.
2. A EDO de 3ª ordem y’’’+2ety’’+yyt = 0 é não
linear, pois envolve o produto de y por yt.
3. A EDO de 2ª ordem y’’+(y’)²+xy = 0 é não
linear, pois envolve a potência de y’.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ Sistemas de equações lineares ordinárias:
✓ Um sistema de EDOs é composto de várias
equações envolvendo duas ou mais funções
desconhecidas, todas dependentes da mesma
variável.
✓ Exemplo:
• Sejam x (t) e y(t) as densidades populacionais de
duas espécies no instante t.
• Assume-se que essas duas espécies interagem de
forma presa-predador, onde x representa as
presas e y os predadores.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
• A dinâmica das duas espécies pode ser
modelada através do sistema não linear
൞
𝑑𝑥
𝑑𝑡= 𝑎𝑥 −∝ 𝑥𝑦
𝑑𝑦
𝑑𝑡= −𝑏𝑦 + 𝛽𝑥𝑦
- em que a, b, e são constantes positivas.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
➢ EDO de primeira ordem - Definição
✓ Uma equação diferencial ordinária de primeira
ordem pode ser escrita sob as formas:
✓ implícita → 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑦′) = 0
✓ explícita → 𝑦′ = 𝑓(𝑥, 𝑦).
✓ A forma explícita pode ser escrita em muitos
casos, mas nem sempre ela é possível.
✓ Dependendo de como a EDO de primeira ordem se
apresenta, existem vários métodos que permitem a
sua resolução, os quais serão tratados a seguir.
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
➢ EDO de primeira ordem – Problema de valor
inicial
✓ Um problema de valor inicial (PVI) é
caracterizado quando se tem interesse em resolver
uma EDO de primeira ordem sujeita à condição
inicial 𝑦(𝑥𝑜) = 𝑦𝑜, em que 𝑥𝑜 é um número no
intervalo I e 𝑦𝑜 é um número real arbitrário.
✓ Em termos geométricos, procura-se uma solução
para a EDO, definida em algum intervalo I tal que
o gráfico da solução passe pelo ponto (𝑥𝑜 ,
𝑦𝑜) determinado a priori.
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo.
• A solução geral da EDO 𝑦′ = 𝑦 é a família de
curvas 𝑦 = 𝑐𝑒𝑥 no intervalo (−∞, ∞) . Se for
especificado, por exemplo, 𝑦 0 = 3 , então
substituindo-se x = 0 e = 3 na família de curvas,
obter-se-á 3 = c𝑒0 = 𝑐 . Logo, a função 𝑦 𝑥 =3𝑒𝑥 é uma solução para o PVI (gráfico).
𝑦′ = 𝑦 , 𝑦 0 = 3
• Se fosse pedido uma solução para a EDO que
passasse pelo ponto (1, 3), em vez de (0, 3), então
essa nova condição daria c = 3𝑒−1 e, daí, 𝑦 =
3𝑒𝑥−1(gráfico). Para (2, 3), c = 3𝑒−2 etc.
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
(0, 3) (1, 3) (2, 3)
Curvas 𝑦 = 𝑐𝑒𝑥referentes à condições iniciais.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
➢ EDO de primeira ordem – Existência e unicidade
das soluções
✓ Antes de considerar um problema de valor inicial,
deseja-se saber se existe uma solução para tal
problema e, quando existe, se ela é única.
✓ As condições suficientes para garantir a existência
e unicidade de soluções de um problema de valor
inicial, tal como o mostrado anteriormente, são
dadas pelo teorema devido ao matemático francês
Picard.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Teorema. Existência e unicidade de solução.
Seja R uma região retangular no plano 𝑥𝑦 definida
por 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑, que contém o ponto
(𝑥𝑜 , 𝑦𝑜) em seu interior. Se 𝑓 𝑥, 𝑦 e Τ𝜕𝑓 𝜕𝑦 são
contínuas em R, então existe um intervalo I
centrado em 𝑥𝑜 e uma única função 𝑦 𝑥 definida
em I que satisfaz o problema de valor inicial
𝑦′ =𝑑𝑦
𝑑𝑥= 𝑓 𝑥, 𝑦 , 𝑦 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜
✓ Demonstração. Requer conhecimentos
posteriores, tal como o método das aproximações
sucessivas (método iterativo de Picard).
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
(xo, yo)
R
a b
d
c
I
y
x
Geometria do teorema da existência e unicidade das soluções
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Exemplo 01. O PVI 𝑦′ = 𝑥 𝑦, 𝑦 0 = 0, admite
duas soluções cujos gráficos passam por (0, 0).
𝑦1 𝑥 = Τ𝑥4 16 e 𝑦2 𝑥 = 0
✓ Mas, como as funções 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 𝑦 e𝜕𝑓
𝜕𝑦=
𝑥
2 𝑦é
são contínuas no semiplano superior definido por
𝑦 > 0 , o teorema garante que dado um ponto
qualquer (𝑥𝑜 , 𝑦𝑜 ) com 𝑦𝑜 > 0, por exemplo, (0,1),
existe algum intervalo em torno de 𝑥𝑜 no qual a
equação diferencial dada possui um única solução
𝑦 𝑥 , tal que y 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Exemplo 02. Considerando-se o PVI 𝑦′ = 𝑦² ,para 𝑦 0 = 1, observa-se que
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑦2 e 𝜕𝑓
𝜕𝑦= 2𝑦
✓ são ambas contínuas em todo plano 𝑥𝑦. Em
particular, no retângulo 𝑅 = −2, 2 𝑥 (0, 2) que
contém o ponto (0, 1). Pelo teorema, o PVI admite
uma única solução 𝑦 = 𝑦(𝑥) para 𝑥 em um
intervalo 𝐼 ⊆ (−2, 2). De fato, a única solução é
𝑦 𝑥 = Τ1 1 − 𝑥 , 𝑥 ≠ 1
✓ que está definida no intervalo 𝐼 = −2, 1 ⊆−2,2 .
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.2 Conceitos e fundamentos teóricos
✓ Em geral, não é possível determinar um intervalo
específico I no qual uma solução está definida sem
realmente resolver a equação diferencial.
R
2-2
2
0
I
y
x
(0,1)
1
Região de
definição
para o PVI
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
➢ Definição:
✓ Muitas equações diferenciais de primeira ordem
são escritas na forma
𝑔 𝑦 𝑦′ = 𝑓(𝑥),
✓ mas como 𝑦′ = Τ𝑑𝑦 𝑑𝑥, pode ser mais conveniente
escrever a equação acima na forma
✓ 𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
✓ Quando isso é possível, a equação é chamada de
separável ou tem variáveis separáveis, porquanto
as variáveis x e y puderam ser separadas nos
membros da equação.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Para resolver esse tipo de equações
diferenciais, basta integrar ambos os membros,
obtendo-se
✓ 𝑔 𝑦 𝑑𝑦 + 𝑐1 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐2
✓ 𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + (𝑐2 − 𝑐1)
✓ 𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐,
✓ supondo-se que 𝑓 𝑥 e 𝑔(𝑦) são funções
integráveis em um certo intervalo, ou seja, são
funções contínuas nesse intervalo.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 01. encontrar a solução do seguinte
problema de valor inicial (PVI)
𝑦′ = 𝑒3𝑡, 𝑦1
3=
𝑒
3
Solução geral:
𝑑𝑦 = 𝑒3𝑡𝑑𝑡 ∴ 𝑑𝑦 = 𝑒3𝑡𝑑𝑡 ∴ 𝑦 =𝑒3𝑡
3+ 𝑐
•Solução particular: substituindo-se 𝑡 = Τ1 3 e 𝑦 =Τ𝑒 3 na solução geral encontrada, obtém-se
𝑒
3=
𝑒3(13)
3+ 𝑐 ∴
𝑒
3=
𝑒
3+ 𝑐 ∴ 𝑐 = 0.
Assim, a solução do PVI será 𝒚 = Τ𝒆𝟑𝒕 𝟑
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Esta solução é válida para − ∞ < t < ∞, que é o
maior intervalo contendo 𝑡𝑜 = Τ1 3 em que a
solução e sua derivada estão definidas.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 02. Resolver a equação
𝑦´ 𝑥 ∙ 𝑥 + 1 = 𝑦(𝑥)𝑑𝑦
𝑑𝑥𝑥 + 1 = 𝑦
𝑑𝑦
𝑦=
𝑑𝑥
𝑥+1
Solução geral:
𝑑𝑦
𝑦=
𝑑𝑥
𝑥+1∴ 𝑙𝑛 𝑦 + 𝑐1 = 𝑙𝑛 𝑥 + 1 + 𝑐2
𝑙𝑛 𝑦 = 𝑙𝑛 𝑥 + 1 + 𝑐2 − 𝑐1
𝑙𝑛 𝑦 = 𝑙𝑛 𝑥 + 1 + 𝑐3
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
𝑒𝑙𝑛 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥+1 +𝑐3 ∴ 𝑒𝑙𝑛 𝑦 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥+1 ∙ 𝑒𝑐3
𝑦 = 𝑥 + 1 ∙ 𝑒𝑐3 ou
y = ± 𝑒𝑐3 ∙ 𝑥 + 1
Como ± 𝑒𝑐3 é uma constante, então a equação
acima pode ser reescrita na forma
𝑦(𝑥) = 𝑐 ∙ 𝑥 + 1
Como 𝑒𝑐3 é sempre diferente de zero, então
± 𝑒𝑐3 pode ser positivo ou negativo, mas diferente
de zero. Logo c ∈ 𝑅∗.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Em geral, os problemas pedem a solução explícita da
equação, ou seja, pedem para isolar y(x), como
apresentado, mas em alguns problemas isso não é
possível. Em tais casos, deixa-se a solução da equação
com y implícito, como por exemplo:
𝑙𝑛 𝑦 = 𝑙𝑛 𝑥 + 1 + 𝑐
Solução particular: caso o problema seja um PVI,
como por exemplo 𝑦 0 = 2, tem-se:
y x = 𝑐 ∙ 𝑥 + 1 ∴ 2 = 𝑐 0 + 1 ∴ 𝑐 = 2
Logo, a solução particular será 𝑦(𝑥) = 2 𝑥 + 1
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Teste. Substituindo-se os valores de y(x) e y’(x) na
equação diferencial dada, tem-se:
𝑦(𝑥) = 2 𝑥 + 1 ; 𝑦′(x) = 2
𝑦´ 𝑥 ∙ 𝑥 + 1 = 𝑦(𝑥) ⇒ 2 𝑥 + 1 = 2(𝑥 + 1),
o que satisfaz a equação.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
➢ Etapas de resolução de uma EDO separável:
1. Em vez da notação y’, usar a derivada na forma
dy/dx e escrever apenas y em vez de y(x);
2. Isolar o termo dy/dx e a função de y em um dos
membros da equação, e o termo dx com a função
de x no outro membro;
3. Integrar os dois membros, para achar a solução
geral da EDO e, caso necessário, isolar y(x);
4. Se o problema for um PVI, substituir os
respectivos valores na solução geral, achar a
constante e, finalmente, a solução particular.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 03. Resolver a equação
𝑦´ = −4𝑥
9𝑦⟹
𝑑𝑦
𝑑𝑥= −
4𝑥
9𝑦
Solução geral:
9𝑦𝑑𝑦 = −4𝑥𝑑𝑥 ∴ 9𝑦𝑑𝑦 = 4𝑥𝑑𝑥− + ҧ𝑐
9𝑦2
2= −4
𝑥2
2+ ҧ𝑐 ∴
𝑦2
2= −
2
9𝑥2 +
ҧ𝑐
9
𝑦 = −4
9𝑥2 +
2 ҧ𝑐
9∴ 𝑦(𝑥) =
2
3−𝑥2 + 𝑐 (explícita)
𝑦2
4+
𝑥2
9=
ҧ𝑐
18∴
𝒚𝟐
𝟒+
𝒙𝟐
𝟗= 𝒄 (implícita)
* Solução que representa uma família de elipses.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Família de elipses.
Valor de cCondição
inicial
100 y(0) = 6,7
120 y(0) = 7,3
140 y(0) = 7,9
160 y(0) = 8,4
180 y(0) = 8,9
200 y(0) = 9,4
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 04. Uma esfera de cobre é aquecida a uma
temperatura de 100 °C, No instante t = 0 ela é imersa em
água mantida a temperatura de 30 °C. Após 5 minutos, a
temperatura se reduz a 60 °C, enquanto as demais condições
não sofrem variação. Sabendo-se que a formulação
matemática da lei do resfriamento de Newton, em questão, é
dada pela EDO abaixo, determinar o instante necessário
para que a temperatura da esfera atinja 60 °C.𝑑𝑇
𝑑𝑡= −𝑘(𝑇 − 𝑇𝑜).
T - temperatura do corpo num determinado instante,
To - temperatura inicial do corpo,
t - tempo de contato dos corpos,
k - constante experimental (depende do material do corpo).
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Solução geral:
𝑑𝑇
(𝑇−𝑇𝑜)= −𝑘𝑑t ∴
1
(𝑇−𝑇𝑜)𝑑𝑇 = 𝑘𝑑𝑡− + 𝑐1
ln(𝑇 − 𝑇𝑜) = −𝑘𝑡 + 𝑐1 ∴ 𝑒−𝑘𝑡+𝑐1 = 𝑇 − 𝑇𝑜
𝑒𝑐1 ∙ 𝑒−𝑘𝑡 = 𝑇 − 𝑇𝑜 ∴ 𝑻 𝒕 = 𝒄𝒆−𝒌𝒕 + 𝑻𝒐
𝑇𝑜 = 30 °𝐶 → 𝑻 𝒕 = 𝒄𝒆−𝒌𝒕 +30
- Determinação da constante c:
𝑇 0 = 100 °𝐶 → 𝑐𝑒−𝑘0 + 30 = 100 ∴ 𝑐 = 70
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
- Determinação de k:
𝑇 5 = 60 → 70𝑒−𝑘5 + 30 = 60
𝑙𝑛3
7= −𝑘 ∴ 𝑘 = 0,847
- Tempo em que a temperatura atinge 31 °C:
𝑇 𝑡 = 31 → 70𝑒−0,845𝑡 + 30 = 31
𝑒−0,845 =1
70∴ 𝑙𝑛 (𝑒−0,845𝑡) = 𝑙𝑛
1
70
−0,845𝑡 = −4,248 ∴ 𝒕 =5 min.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 05. O modelo mais simples de crescimento
populacional é aquele em que se supõe que a taxa de
crescimento de uma população é proporcional à
população presente naquele instante, ou seja, quanto
mais pessoas houver em um instante 𝑡, mais pessoas
existirão no futuro. Pode-se descrever o problema de
encontrar 𝑦(𝑡) como o problema de valor inicial
𝑑𝑦
𝑑𝑡= 𝑘𝑦, 𝑦 𝑡𝑜 = 𝑦𝑜 , 𝑦 = 𝑦𝑜𝑒
𝑘𝑡,
✓ onde k é uma constante de proporcionalidade, serve
como modelo para diversos fenómenos envolvendo
crescimento ou decrescimento.
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Baseado nesse modelo, pede-se para calcular a
população de uma cidade em 30 anos, sabendo-se que
a sua população inicial, de 500 habitantes, cresce a
uma taxa de 15% em 10 anos.
✓ Solução:
✓𝑑𝑦
𝑑𝑡= 𝑘𝑦, 𝑦 0 = 500,
✓𝑑𝑦
𝑦= 𝑘𝑑𝑡 ∴
𝑑𝑦
𝑦= 𝑘𝑑𝑡 ∴ ln 𝑦 = 𝑘 𝑡 + 𝑐1
✓ ∴ 𝑦 = 𝑒𝑘𝑡+𝑐1 = 𝑒𝑘𝑡 ∙ 𝑒𝑐1
✓ ∴ 𝑦 𝑡 = 𝑐𝑒𝑘𝑡
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
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✓ - Determinação de c:
✓ 𝑡 = 0 , 𝑦 = 500 → 500 = 𝑐𝑒𝑘0 ∴ 𝑐 = 500
✓ 𝑦 𝑡 = 500𝑒𝑘𝑡
✓ - Determinação de k:
✓ 𝑡 = 10, y = 500 + 0,15 x 500 = 575
✓ → 575 = 500𝑒𝑘10 ∴ 𝑒𝑘10 =500
575= 1,15
✓ ∴ ln 𝑒𝑘10 = ln 1,15 ∴ 𝑘10 = ln 1,15 ∴ 𝑘 =ln 1,15
10
✓ 𝑦 𝑡 = 500𝑒ln 1,15
10𝑡
✓ - Em 30 anos, tem-se 𝑦 30 = 500𝑒ln 1,15
1030 = 𝟕𝟔𝟎
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Exemplo 06. Um termómetro é retirado de dentro de
uma sala e colocado do lado de fora, em que a
temperatura é de 5°C. Após 1 minuto, o termómetro
marca 55ºC; após 5 minutos, 30ºC. Qual é a
temperatura da sala?
✓ Solução:𝑑𝑇
𝑑𝑡= −𝑘(𝑇 − 𝑇𝑜).
T - temperatura da sala = ?
To - temperatura do ar = 5 °C✓
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓𝑑𝑇
𝑑𝑡= −𝑘(𝑇 − 5) ∴
𝑑𝑇
(𝑇−5)= −k𝑑𝑡 ∴
𝑑𝑇𝑇−5
= 𝑘𝑑𝑡−
✓ ∴ − ln 𝑇 − 5 = −𝑘𝑡 + 𝑐1 ∴ 𝑇 − 5 = 𝑒𝑘𝑡−𝑐1 = 𝑒𝑘𝑡. 𝑒−𝑐1
✓ ∴ 𝑇 = 5 + 𝑐𝑒𝑘𝑡
✓ *Para 𝑇 1 = 55 → 55 = 5 + 𝑐𝑒1𝑘 ∴ 𝑐𝑒𝑘 = 50
*Para 𝑇 5 = 30 → 30 = 5 + 𝑐𝑒5𝑘 ∴ 𝑐𝑒5𝑘 = 25
✓𝑐𝑒𝑘
𝑐𝑒5𝑘=
50
25∴ 𝑒−4𝑘 = 2 ∴ −4𝑘 = ln 2 ∴ 𝑘 = −
ln 2
4
✓ 𝑐𝑒𝑘 = 50 ∴ 𝑐𝑒−( Τln 2) 4 = 50 ∴ 𝑐 = 59,4611
✓ 𝑇 = 5 + 59,4611𝑒−[(ln 2)/4]𝑡
*Para 𝑡 = 0 → 𝑇 = 5 + 59,4611 ∴ 𝑻 = 𝟔𝟒, 𝟒𝟔𝟏𝟏°𝑪
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ ∴ ln 𝑦 =2
5(0,5𝑡 − cos 𝑡) + 𝑐
✓ ln 𝑦 =2
5(0,5𝑡 − cos 𝑡) +
2
5=
𝑡−2 cos 𝑡+2
5
✓ Exemplo 07. Suponha que determinada população
tem uma taxa de crescimento que varia com o tempo e
que essa população satisfaz a ED𝑑𝑦
𝑑𝑡= 0,5 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑦/5.
✓ (a) Se 𝑦 0 = 1, encontre (ou estime) o instante 𝑡 = 𝜏no qual a população dobrou. Escolha outras condições
iniciais e determine se o tempo de duplicação 𝜏depende da população inicial.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ (b) Suponha que a taxa de crescimento é substituída
pelo seu valor médio 1/10. Determine o tempo de
duplicação 𝜏 nesse caso.
✓ (c) Suponha que o termo 𝑠𝑒𝑛 𝑡 na ED é substituído
por 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑡; ou seja, a variação na taxa de
crescimento tem uma frequência substancialmente
mais alta. Qual o efeito disto no tempo de duplicação
da população 𝜏?
✓ (d) Faça o gráfico das soluções obtidas nos itens a, b e
c em um único conjunto de eixos.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Solução:
✓ (a)𝑑𝑦
𝑑𝑡= 0,5 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑦/5.
✓ ∴𝑑𝑦
𝑦=
1
50,5 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡
✓ ∴ 𝑑𝑦
𝑦=
1
5] 0,5𝑑𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 𝑡𝑑𝑡]
✓ ∴ ln 𝑦 =1
5(0,5𝑡 − cos 𝑡 + 𝑐1)
✓ = 0,1𝑡 − 0,2 cos 𝑡 + 0,2𝑐1✓ ∴ 𝑦 = 𝑒0,1𝑡−0,2 cos 𝑡 ∙ 𝑒0,2𝑐1
✓ ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒄𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟐𝐜𝐨𝐬 𝒕
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Condição inicial: 𝑦(0) = 1, portanto. para 𝑡 = 0 → 𝑦 =1, ou seja, a população inicial é igual a 1, então
✓ 𝑦 0 = 𝑐𝑒0,1(0)−0,2cos 0 = 𝑐𝑒−0,2 = 1 ∴ 𝑐 = 𝑒0,2
✓ ∴ 𝑦 𝑡 = 𝑒0,2 ∙ 𝑒0,1𝑡−0,2cos 𝑡 ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝒕+𝟎,𝟐
✓ Se inicialmente (𝑡 = 0) a população era igual 1, o
tempo em que ela dobrou seria a condição 𝑦(𝜏) = 2,
então
✓ 𝒚 𝝉 = 𝒆𝟎,𝟏𝝉−𝟎,𝟐𝐜𝐨𝐬 𝝉+𝟎,𝟐 = 𝟐
✓ Observa-se no gráfico da solução que esse tempo é
igual a 𝒕 = 𝝉 = 𝟐, 𝟗𝟔𝟑𝟐.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Se supormos, agora, que a condição inicial: 𝑦(0) = 𝑦𝑜 ,
portanto, para 𝑡 = 0 → 𝑦 = 𝑦𝑜 ,
✓ ou seja, a população inicial é igual a 𝑦𝑜, então
✓ 𝑦 0 = 𝑐𝑒0,1(0)−0,2cos 0 = 𝑐𝑒−0,2 = 𝑦𝑜 ∴ 𝑐 = 𝑦𝑜𝑒0,2
✓ ∴ 𝑦 𝑡 = 𝑦𝑜𝑒0,2 ∙ 𝑒0,1𝑡−0,2cos 𝑡
✓ ∴ 𝒚(𝒕) = 𝑦𝑜𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟐𝐜𝐨𝐬 𝒕+𝟎,𝟐
✓ Se inicialmente (𝑡 = 0) a população era igual 𝑦𝑜 , o
tempo em que ela dobrou seria a condição 𝑦(𝜏) = 2𝑦𝑜,
logo 𝑦 𝜏 = 𝑦𝑜𝑒0,1𝜏−0,2 𝑐𝑜𝑠 𝜏+0,2 = 2𝑦𝑜 ou
✓ 𝒚 𝝉 = 𝒆𝟎,𝟏𝝉−𝟎,𝟐𝐜𝐨𝐬 𝝉+𝟎,𝟐 = 𝟐, isto é, o tempo de
duplicação da população independe do seu valor inicial.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Solução:
✓ (b)𝑑𝑦
𝑑𝑡= 0,1𝑦.
✓ ∴𝑑𝑦
𝑦= 0,1𝑑𝑡 ∴
𝑑𝑦
𝑦= 0,1𝑑𝑡
✓ ∴ ln 𝑦 = 0,1𝑡 + 𝑐1 ∴ 𝑦 = 𝑒0,1𝑡+𝑐1 = 𝑒0,1𝑡 ∙ 𝑒𝑐1
✓ ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒄𝒆𝟎,𝟏𝒕
✓ Para t = 0 → 𝑦 = 1
✓ 𝑦 0 = 𝑐𝑒0,1(0) = 1 ∴ 𝑐 = 1 ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒆𝟎,𝟏𝒕
✓ Para 𝒚 𝝉 = 𝟐 → 𝒚 𝝉 = 𝒆𝟎,𝟏𝝉 = 𝟐 ∴ 0,1𝜏 = 𝑙𝑛 2
✓ ∴ 𝝉 = 𝟔, 𝟗𝟑𝟏𝟓
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Solução:
✓ (c)𝑑𝑦
𝑑𝑡= 0,5 + 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑡 𝑦/5.
✓ ∴𝑑𝑦
𝑦=
1
50,5 + 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑡 𝑑𝑡
✓ ∴ 𝑑𝑦
𝑦=
1
5] 0,5𝑑𝑡 + 𝑠𝑒𝑛 2𝜋𝑡𝑑𝑡]
✓ ∴ ln 𝑦 =1
5(0,5𝑡 −
1
2𝜋cos 2𝜋𝑡 + 𝑐1)
✓ = 0,1𝑡 −0,1
𝜋cos 2𝜋𝑡 + 0,2𝑐1
✓ ∴ 𝑦 = 𝑒0,1𝑡−
01
𝜋cos 2𝜋𝑡
∙ 𝑒0,2𝑐1
✓ ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒄𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟏
𝝅𝐜𝐨𝐬 𝟐𝝅𝒕
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
✓ Para t = 0 → 𝑦 = 1
✓ 𝑦 0 = 𝒄𝒆𝟎,𝟏(𝟎)−𝟎,𝟏
𝝅𝐜𝐨𝐬 𝟎 = 𝑐𝑒−0,1/𝜋 = 1
✓ ∴ 𝑐 = 𝑒0,1/𝜋
✓ 𝑦 𝑡 = 𝑒0,1/𝜋 ∙ 𝑒0,1𝑡−0,1
𝜋𝑐𝑜𝑠 2𝜋𝑡
✓ ∴ 𝒚 𝒕 = 𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟏
𝝅𝐜𝐨𝐬 𝟐𝝅𝒕+
𝟎,𝟏
𝝅 = 𝒆𝟎,𝟏[𝒕−(𝐜𝐨𝐬 𝟐𝝅𝒕−𝟏)/𝝅)]
✓ Para 𝒚 𝝉 = 𝟐 → 𝒚 𝒕 = 𝒆𝟎,𝟏𝒕−𝟎,𝟏
𝝅𝐜𝐨𝐬 𝟐𝝅𝒕+
𝟎,𝟏
𝝅 = 𝟐 ,
observa-se no gráfico da solução que esse tempo é
igual a 𝒕 = 𝝉 = 𝟔,3805.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.3 Equações Diferenciais Separáveis
Solução:
(d)
2,9632 6,9315
6,3805
4/2/2019
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Algumas EDOs de primeira ordem que não são
separáveis podem nelas se tornar mediante uma
adequada mudança de variável.
✓ Isto pode ser feito nas chamadas equações
homogêneas, que são aquelas que devem satisfazer
a seguinte relação:
𝑓 𝜆𝑥, 𝜆𝑦 = 𝑓 𝑥, 𝑦 , 𝜆 ≠ 0
Exemplo. 𝑦′ =𝑥2+𝑦2
𝑥𝑦, é uma função homogênea,
pois 𝑓 𝑥, 𝑦 =𝑥2+𝑦2
𝑥𝑦=
𝜆2𝑥2+𝜆2𝑦2
𝜆2𝑥𝑦= 𝑓 𝜆𝑥, 𝜆𝑦 .
1.4 Equações Redutíveis à Forma Separável
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Essas equações podem se transformar em equações
de variáveis separáveis, aplicando-se a seguinte
mudança de variável:
𝑧 =𝑦
𝑥→ 𝑦 = 𝑧𝑥; y′ = 𝑧 + 𝑧′𝑥
✓ Exemplo. Fazendo-se a mudança de variável na
equação diferencial anterior tem-se:
𝑦′ =𝑥2 + 𝑦2
𝑥𝑦∴ 𝑧 + 𝑧′𝑥 =
𝑥2 + 𝑧2𝑥2
𝑥𝑥𝑧=1 + 𝑧2
𝑧
𝑧′𝑥 =1 + 𝑧2
𝑧− 𝑧 =
1
𝑧𝑜𝑢
𝑑𝑧
𝑑𝑥𝑥 =
1
𝑧
1.4 Equações Redutíveis à Forma Separável
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Separando-se as variáveis
𝑧𝑑𝑧 =𝑑𝑥
𝑥Integrando-se
𝑧𝑑𝑧 = 𝑑𝑥
𝑥∴
𝑧2
2= 𝑙𝑛 𝑥 + 𝑐1
𝑧2 = 2𝑙𝑛 𝑥 + 2𝑐1= 𝑙𝑛 𝑥 2 + 2𝑐1
Fazendo-se 2𝑐1 = 𝑐, e como 𝑥 2 = 𝑥2, tem-se
𝑧2 = 𝑙𝑛𝑥2 + 𝑐
Retornando-se às variáveis antigas𝑦2
𝑥2= 𝑙𝑛𝑥2 + 𝑐 ∴ 𝒚𝟐 − 𝒙𝟐𝒍𝒏𝒙𝟐 = 𝒄𝒙𝟐
1.4 Equações Redutíveis à Forma Separável
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.5 Equações Diferenciais Exatas
➢ Definição. Uma EDO de primeira ordem é uma
diferencial exata quando é possível colocá-la na
forma
𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
e
𝜕𝑀
𝜕𝑦=
𝜕𝑁
𝜕𝑥
onde M e N são funções diferenciáveis e
integráveis.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ TEOREMA. A equação diferencial de primeira
ordem
𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
• será uma equação diferencial exata em uma região
R do plano xy se, e somente se, satisfazer a
condição
𝜕𝑀(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦=
𝜕𝑁(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥
em cada ponto de R.
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Isto é, existe uma função f(x,y) que satisfaz as
equações
𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥= 𝑀 𝑥, 𝑦
𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦= 𝑁(𝑥, 𝑦)
se, e somente se, satisfazerem a condição anterior,
pois
𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥𝜕𝑦=
𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦𝜕𝑥
1.5 Equações Diferenciais Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
➢ Método de solução
✓ Uma equação diferencial ordinária do tipo
𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
• é equivalente a
𝑀 𝑥, 𝑦 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑦′ = 0,
• pois
• 𝑦′ =𝑑𝑦
𝑑𝑥
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Se a equação diferencial for exata, tem-se que
𝜕𝑀(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦=
𝜕𝑁(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥.
• Então, pode-se supor que há uma função f(x,y) de
modo que
𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥= 𝑀(𝑥, 𝑦).
• Portanto, para se obter essa função basta integrar
M(x,y) em relação a x.
1.5 Equações Diferenciais Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Se a equação diferencial for exata, tem-se que
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑔(𝑦),
• onde g(y) funciona como a constante de
integração, pois𝜕𝑔(𝑦)
𝜕𝑥= 0.
• Agora, pode-se derivar f(x,y) em relação a y
supondo que𝜕𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦= 𝑁(𝑥, 𝑦).
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
𝜕𝑓
𝜕𝑦=
𝜕
𝜕𝑦𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑔′(𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦)
• Isolando-se g’(y)
𝑔′(𝑦) = 𝑁 𝑥, y −𝜕
𝜕𝑦𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥
• Integrando-se g’(y) em relação a y
𝑔 𝑦 = 𝑁 𝑥, y −𝜕
𝜕𝑦𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 ,
1.5 Equações Diferenciais Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
• ou seja,
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑔 𝑦 =
= 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥
+ 𝑁 𝑥, y −𝜕
𝜕𝑦𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦,
cuja solução será a função implícita
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑐
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 01. Resolver a equação diferencial
𝑦′ =𝑑𝑦
𝑑𝑥= −
(2𝑥 + 𝑦2)
2𝑥 + 1 𝑦
Solução:
2𝑥 + 𝑦2 𝑑𝑥 + 2𝑥 + 1 𝑦𝑑𝑦 = 0
𝑀 = 2𝑥 + 𝑦2 e 𝑁 = 2𝑥𝑦 + 𝑦
𝜕𝑀
𝜕𝑦= 2𝑦 =
𝜕𝑁
𝜕𝑥(EDO exata)
1.5 Equações Diferenciais Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
𝜕𝑓
𝜕𝑥= 𝑀 = 2𝑥 + 𝑦2
𝜕𝑓
𝜕𝑥𝑑𝑥 = 2𝑥 + 𝑦2 𝑑𝑥 + 𝑔 𝑦
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 + 𝑥𝑦2 + 𝑔(𝑦)
𝜕𝑓
𝜕𝑦= 𝑁 ∴ 2𝑥𝑦 + 𝑔′ 𝑦 = 2𝑥𝑦 + 𝑦 ∴ 𝑔′ 𝑦 = 𝑦
′𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 𝑦𝑑𝑦 ∴ 𝑔 𝑦 =𝑦2
2
𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝟐 + 𝒙𝒚𝟐 +𝒚𝟐
𝟐= 𝑐
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 02. Resolver a equação diferencial
𝑥𝑦′ + 𝑦 + 4 = 0
Solução:
𝑦′ =𝑑𝑦
𝑑𝑥= −
𝑦 + 4
𝑥
(𝑦 + 4)𝑑𝑥 + 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝑀 = 𝑦 + 4 e 𝑁 = 𝑥
𝜕𝑀
𝜕𝑦= 1 =
𝜕𝑁
𝜕𝑥(EDO exata)
1.5 Equações Diferenciais Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
𝜕𝑓
𝜕𝑥= 𝑀 = 𝑦 + 4
𝜕𝑓
𝜕𝑥𝑑𝑥 = 𝑦 + 4 𝑑𝑥 + 𝑔 𝑦
𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥𝑦 + 4𝑥 + 𝑔(𝑦)
𝜕𝑓
𝜕𝑦= 𝑁 ∴ 𝑥 + 𝑔′ 𝑦 = 𝑥 ∴ 𝑔′ 𝑦 = 0
′𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 0𝑑𝑦 ∴ 𝑔 𝑦 = 0
𝒇 𝒙, 𝒚 = 𝒙𝒚 + 𝟒𝒙 = 𝑐 ∴ 𝑦 =𝑐−4𝑥
𝑥∴ 𝒚 =
𝒄
𝒙− 𝟒
1.5 Equações Diferenciais Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
➢ Definição. Quando a equação diferencial
𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
• não é exata, há uma infinidade de funções u(𝑥, 𝑦)tais que
• 𝑢 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
• é exata.
Uma função desse tipo é denominada fator
integrante.
1.5 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Na prática, a não ser para certos tipos particulares
de equações, é muito difícil encontrar um fator
integrante.
✓ Neste curso serão estudados dois casos em que a
determinação de um fator integrante é mais
simples:
1. u(x,y) é uma função que depende somente de x,
ou seja, u = u(x).
2. u(x,y) é uma função que depende somente de y,
ou seja, u = u(y).
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Determinação do fator integrante:
• Seja 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0 uma equação
diferencial não exata, então
𝜕𝑀
𝜕𝑦≠
𝜕𝑁
𝜕𝑥
• Para convertê-la numa equação exata, deve-se
multiplicá-la por um fator integrante u(x,y), de
tal forma que 𝑢𝑀𝑑𝑥 + 𝑢𝑁𝑑𝑦 = 0 seja exata, ou
seja𝜕
𝜕𝑦𝑢𝑀 =
𝜕
𝜕𝑥(𝑢𝑁)
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
• Então
𝜕𝑢
𝜕𝑦𝑀 +
𝜕𝑀
𝜕𝑦𝑢 =
𝜕𝑢
𝜕𝑥𝑁 +
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑢
𝜕𝑢
𝜕𝑦𝑀 −
𝜕𝑢
𝜕𝑥𝑁 = −
𝜕𝑀
𝜕𝑦𝑢 +
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑢
𝜕𝑢
𝜕𝑦𝑀 −
𝜕𝑢
𝜕𝑥𝑁 = −
𝜕𝑀
𝜕𝑦𝑢 −
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑢
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
• Caso 1. Se u é uma função que só depende de x,
ou seja, u = u(x), então,
𝜕𝑢
𝜕𝑦= 0 e
𝜕𝑢
𝜕𝑥=
𝑑𝑢
𝑑𝑥
Substituindo-as na equação anterior, tem-se
−𝑑𝑢
𝑑𝑥𝑁 = 𝑢 −
𝜕𝑀
𝜕𝑦+
𝜕𝑁
𝜕𝑥
𝑑𝑢
𝑢=
1
𝑁−
𝜕𝑀
𝜕𝑦+
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑥
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Integrando-se
𝑑𝑢
𝑢=
1
𝑁−
𝜕𝑀
𝜕𝑦+
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑥
𝑙𝑛𝑢 = 1
𝑁−
𝜕𝑀
𝜕𝑦+
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑥
𝑢 = 𝑢 𝑥 = 𝑒1
𝑁−𝜕𝑀
𝜕𝑦+𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑥
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
• Caso 2. Se u é uma função que só depende de y,
ou seja, u = u(y), então,
𝜕𝑢
𝜕𝑥= 0 𝑒
𝜕𝑢
𝜕𝑦=
𝑑𝑢
𝑑𝑦
Substituindo-as da mesma forma que no caso
anterior, tem-se
−𝑑𝑢
𝑑𝑦𝑀 = 𝑢 −
𝜕𝑀
𝜕𝑦+
𝜕𝑁
𝜕𝑥
𝑑𝑢
𝑢= −
1
𝑀
𝜕𝑀
𝜕𝑦−
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑦
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Integrando-se
𝑑𝑢
𝑢= −
1
𝑀
𝜕𝑀
𝜕𝑦−
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑦
𝑙𝑛𝑢 = −1
𝑀
𝜕𝑀
𝜕𝑦−
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑦
𝑢 = 𝑢 𝑦 = 𝑒 −
1
𝑀
𝜕𝑀
𝜕𝑦−𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑑𝑦
• Método de Solução. Após se determinar o fator
integrante u(x) ou u(y), resolve-se a seguinte
equação diferencial exata
𝑢𝑀𝑑𝑥 + 𝑢𝑁𝑑𝑦 = 0
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
✓ Exemplo 01. Encontre a solução geral da equação
diferencial
(𝑥2 − 𝑦2)𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 0
Solução:
൞𝑀 = 𝑥2 − 𝑦2 →
𝜕𝑀
𝜕𝑦= −2𝑦
𝑁 = 2𝑥𝑦 →𝜕𝑁
𝜕𝑥= 2𝑦
𝜕𝑀
𝜕𝑦≠
𝜕𝑁
𝜕𝑥(não exata)
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
- Determinação do fator integrante
𝜕𝑢
𝜕𝑦𝑀 −
𝜕𝑢
𝜕𝑥𝑁 = −
𝜕𝑀
𝜕𝑦−
𝜕𝑁
𝜕𝑥𝑢
𝜕𝑢
𝜕𝑦(𝑥2 − 𝑦2) −
𝜕𝑢
𝜕𝑥(2𝑥𝑦) = − −2𝑦 − (2𝑦) 𝑢
Fazendo-se 𝑢 = 𝑢 𝑥 ;𝜕𝑢
𝜕𝑦= 0;
𝜕𝑢
𝜕𝑥=
𝑑𝑢
𝑑𝑥
−𝑑𝑢
𝑑𝑥2𝑥𝑦 = 4𝑦𝑢 ∴
𝑑𝑢
𝑑𝑥= −
4𝑦𝑢
2𝑥𝑦∴
𝑑𝑢
𝑢= −
2
𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑢
𝑢= 2−
𝑑𝑥
𝑥∴ 𝑙𝑛 𝑢 = −2𝑙𝑛 𝑥 ∴
∴ 𝑢 = 𝑥 −2 ∴ 𝑢 = 𝑥−2
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Multiplicando-se a EDO pelo fator integrante, tem-se
𝑥−2 𝑥2 − 𝑦2 𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦𝑑𝑦) = 0
1 − 𝑦2𝑥−2 𝑑𝑥 + 2𝑦𝑥−1 𝑑𝑦 = 0
que é exata, pois
𝑀 = 1 − 𝑦2𝑥−2 ∴𝜕𝑀
𝜕𝑦= −2𝑦𝑥−2
𝑁 = 2𝑦𝑥−1 ∴𝜕𝑁
𝜕𝑥= −2𝑦𝑥−2
𝜕𝑀
𝜕𝑦=
𝜕𝑁
𝜕𝑥
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
Multiplicando-se a EDO pelo fator integrante, tem-se
𝜕𝑓
𝜕𝑥= 𝑀 = 1 − 𝑦2𝑥−2
𝑓 𝑥, 𝑦 = න 1 − 𝑦2𝑥−2 𝑑𝑥 + 𝑔 𝑦 =
= 𝑥 + 𝑦2𝑥−1 + 𝑔 𝑦
𝜕𝑓
𝜕𝑦= 𝑁 = −2𝑦𝑥−1
𝜕
𝜕𝑦𝑥 + 𝑦2𝑥−1 + 𝑔 𝑦 = 2𝑦𝑥−1 + 𝑔′ 𝑦 = −2𝑦𝑥−1
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
𝑔′ 𝑦 = 0 ∴ 𝑔 𝑦 = 𝑐1
𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 𝑦2𝑥−1 + 𝑐1
A solução geral da equação será
𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑐2∴ 𝑥 + 𝑦2𝑥−1 + 𝑐1 = 𝑐2 ∴
∴ 𝑥 +𝑦2
𝑥= 𝑐 ∴ 𝑦2 = −𝑥2 + 𝑥𝑐 ∴
∴ 𝒚 = ± −𝒙𝟐 + 𝒙𝒄
1.6 Equações Diferenciais Não Exatas
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
➢ Definição. Uma equação diferencial da forma
𝑎1 𝑥 𝑦′ + 𝑎𝑜𝑦 = 𝑟(𝑥)
é dita linear.
✓ A característica desta equação é o fato dela ser linear
em y e y’ (a1 e ao são funções lineares), enquanto r(x)
pode ser qualquer função dada de x.
✓ Se r(x) = 0 para todo x, a equação é denominada
homogênea; nos demais casos ele é chamada de não
homogênea.
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
✓ Resolução de uma EDO linear:
1. Coloca-se a equação na forma abaixo
𝑦′ + 𝑓 𝑥 𝑦 = 𝑔 𝑥 ou𝑑𝑦
𝑑𝑥+ 𝑓 𝑥 𝑦 = 𝑔(𝑥)
2. Se a equação é homogênea, ou seja, g(x) = 0, ela
pode ser resolvida diretamente pelo método da
separação das variáveis, no qual a solução geral
obtida será
𝑦 𝑥 = 𝑐𝑒− 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
3. Se a equação é não homogênea, ou no caso mais
geral, identifica-se f(x) e se encontra o fator de
integração que depende unicamente de x.
𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
4. Multiplica-se a equação pelo referido fator de
integração
𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑦
𝑑𝑥+ 𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑓 𝑥 𝑦 = 𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑔(𝑥)
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
5. O lado esquerdo da equação em é a derivada do
produto do fator de integração e a variável
independente y; isto é,
𝑑𝑦
𝑑𝑥𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑦 = 𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑔(𝑥)
6. Integrando-se ambos os membros da equação,
obtém-se
𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑦 = 𝑒 𝑓 𝑥 𝑑𝑥𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
𝑦 𝑥 = 𝑒−ℎ 𝑥 𝑒ℎ 𝑥 𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
ℎ(𝑥) = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
✓ Exemplo 01. Encontre a solução geral da equação
diferencial
y′ − 𝑦 = 𝑒2𝑥
Solução:
𝑓 𝑥 = −1; 𝑔(𝑥) = 𝑒2𝑥
𝑦 𝑥 = 𝑒− −1 𝑑𝑥 𝑒 −1 𝑑𝑥𝑒2𝑥𝑑𝑥 + 𝑐 =
= 𝑒𝑥 𝑒−𝑥𝑒2𝑥𝑑𝑥 + 𝑐 = 𝑒𝑥 𝑒𝑥 + 𝑐 ∴
∴ 𝒚 𝒙 = 𝐜𝒆𝒙 + 𝒆𝟐𝒙
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
✓ Exemplo 02. Resolver a equação de valor inicial (PVI)
𝑥2y′ + 2𝑥𝑦 − 𝑥 + 1 = 0, 𝑦 1 = 0
Solução:
𝑦′ + 2𝑥−1𝑦 = 𝑥−1 − 𝑥−2
𝑓 𝑥 = 2𝑥−1; 𝑔 𝑥 = 𝑥−1 − 𝑥−2;
𝑦(𝑥) = 𝑒−ℎ(𝑥) 𝑒ℎ𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
ℎ 𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥−1 𝑑𝑥 =
= 2𝑙𝑛 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑥 2 = 𝑙𝑛𝑥2
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.7 Equações Lineares
= 𝑒−𝑙𝑛𝑥2 𝑒𝑙𝑛𝑥
2(𝑥 − 1)𝑑𝑥 + 𝑐 =
= 𝑥−2 𝑥2 𝑥−1 − 𝑥−2 𝑑𝑥 + 𝑐 =
= 𝑥−2 𝑥) − 1)𝑑𝑥 + 𝑐 = 𝑥−2𝑥2
2− 𝑥 + 𝑐 ∴
𝒚 𝒙 =𝟏
𝟐−𝟏
𝒙+
𝒄
𝒙𝟐
Solução particular:
𝑦 1 =𝟏
𝟐−
𝟏
𝟏+
𝒄
𝟏𝟐= 0 ∴
1
2− 1 + 𝑐 = 0 ∴ 𝑐 =
1
2
𝒚 𝒙 =𝟏
𝟐−𝟏
𝒙+
𝟏
𝟐𝒙𝟐
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
4/2/2019
52
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.8 Equações Não Lineares - Bernoulli
➢ Definição: A equação diferencial da forma
𝑦′ + 𝑓(𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)𝑦𝑛
em que n é um número real qualquer é chamada
equação de Bernoulli.
✓ Para n = 1 a equação é linear em y e para n ≠ 1 é não
linear.
✓ Se y ≠ 0, a equação pode ser escrita como
𝑦−𝑛𝑦′ + 𝑓(𝑥)𝑦1−𝑛 = 𝑔(𝑥)
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.8 Equações Não Lineares - Bernoulli
✓ Se for feita a troca de variável 𝑤 = 𝑦1−𝑛, para n ≠ 0
e n ≠ 1, com a correspondente derivada
𝑤′ = 1 − 𝑛 𝑦−𝑛𝑦′
✓ Com tais substituições, a equação não linear anterior
se transforma na equação linear
𝑤′ + 1 − 𝑛 𝑓 𝑥 𝑤 = 1 − 𝑛 𝑔(𝑥)
✓ Resolvendo e fazendo 𝑦1−𝑛 = 𝑤 , obtém-se uma
solução.
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.8 Equações Não Lineares - Bernoulli
✓ Exemplo 01. Encontre a solução geral da equação de
Bernoulli
𝑥𝑦′ = 𝑦 − 𝑦−1
Solução:
y′ − 𝑥−1𝑦 = −𝑥−1𝑦−1
𝑓 𝑥 = −𝑥−1; 𝑔 𝑥 = −𝑥−1; 𝑛 = −1
𝑤′ + 1 − 𝑛 𝑓 𝑥 𝑤 = 1 − 𝑛 𝑔(𝑥)
𝑑𝑤
𝑑𝑥+ 1 − −1 −𝑥−1 𝑤 = 1 − −1 −𝑥−1
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.8 Equações Não Lineares - Bernoulli
𝑤′ − 2𝑥−1𝑤 = 2𝑥−1
𝑓(𝑥) = −2𝑥−1; 𝑔 𝑥 = 2𝑥−1; n = −1
ℎ 𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥−1− 𝑑𝑥 = −ln 𝑥 ²
𝑤(𝑥) = 𝑒−ℎ(𝑥) 𝑒ℎ(𝑥)𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
𝑤(𝑥) = 𝑒ln 𝑥 ² 𝑒−ln 𝑥 ² 2𝑥−1𝑑𝑥 + 𝑐
𝑤(𝑥) = 𝑥2 𝑥−2(2𝑥−1)𝑑𝑥 + 𝑐
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.8 Equações Não Lineares - Bernoulli
𝑤 = 𝑥2 2𝑥−3𝑑𝑥 + 𝑐 = 𝑥2 𝑥−2 + 𝑐
𝒘 = 𝟏 + 𝒄𝒙𝟐
𝑤 = 𝑦2 → 𝑦 = 𝑤
𝒚(𝒙) = 𝟏 + 𝒄𝒙𝟐
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
❑ Introdução
❑ Conceitos e Fundamentos Teóricos
❑ Equações de Variáveis Separáveis
❑ Equações Redutíveis à Forma Separável
❑ Equações Exatas
❑ Equações Não Exatas
❑ Equações Lineares
❑ Equações Não Lineares: Bernoulli
❑ Equações Não Lineares: Riccati
I – EDOs de Primeira Ordem
4/2/2019
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
➢ Definição. A equação diferencial não linear da forma
𝑦′ = 𝑃 𝑥 + 𝑄 𝑥 𝑦 + 𝑅(𝑥)𝑦2
é chamada equação de Riccati.
✓ Se 𝑦𝑝 é uma solução particular da equação, então as
substituições
𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑧 𝑒 𝑦′ = 𝑦𝑝′ + 𝑧′,
✓ produzem a seguinte expressão
✓ 𝑦𝑝′ + 𝑧′ = 𝑃 + 𝑄 𝑦𝑝 + 𝑧 + 𝑅(𝑦𝑝 + 𝑧)2
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
✓ Como 𝑦𝑝 é uma solução particular, então ela satisfaz a
equação, logo
𝑦𝑝′ = 𝑃 + 𝑄𝑦𝑝 + 𝑅𝑦𝑝
2
que, também substituída na expressão anterior, resulta
na equação
𝑧′ − 𝑄 + 2𝑦𝑝𝑅 𝑧 = 𝑅𝑧2
✓ Recaindo-se, portanto, numa equação de Bernoulli com
n = 2, que por sua vez pode ser reduzida a equação
linear abaixo, por meio da transformação 𝑤 = 𝑧1−𝑛 =𝑢−1, como visto anteriormente
𝑤′ − 𝑄 𝑥 𝑤 = −𝑅(𝑥)
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
✓ Exemplo 01. Dadas a equação diferencial e uma
solução particular, encontre a solução geral da mesma.
𝑦′ = −1 − 𝑦 + 2𝑦2 ; 𝑦𝑝(𝑥) = 1
Solução:
1) Transformando para Bernoulli → y = 𝑦𝑝 𝑥 + 1
𝑧′ − 𝑄 + 2𝑦𝑝𝑅 𝑧 = 𝑅𝑧2
𝑦′ = −1 − 𝑦 + 2𝑦2 ≡ 𝑦′ = 𝑃 𝑥 + 𝑄 𝑥 𝑦 + 𝑅(𝑥)𝑦2
𝑃 𝑥 = −1; 𝑄 𝑥 = −1; 𝑅 𝑥 = 2
𝑧′ − −1 + 2 1 2 𝑧 = 2𝑧2 ∴ 𝒛′ − 𝟑𝒛 = 𝟐𝒛𝟐
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
2) Transformando para linear → z = 𝑤1−𝑛 = 𝑤−1
𝑤′ + 1 − 𝑛 𝑓 𝑥 𝑤 = 1 − 𝑛 𝑔(𝑥)
𝒛′ − 𝟑𝒛 = 𝟐𝒛𝟐 ≡ 𝑦′ + 𝑓(𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)𝑦𝑛
𝑓 𝑥 = −3; 𝑔 𝑥 = 2
𝑤′ + 1 − 2 (−3) 𝑤 = 1 − 2 2
𝑤′ + 3𝑤 = −2𝑤2
3) Resolvendo a equação linear
w(𝑥) = 𝑒−ℎ(𝑥) 𝑒ℎ(𝑥)𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
𝑤′ + 3𝑤 = −2𝑤2≡ 𝑦′ + 𝑓 𝑥 𝑦 = 𝑔 𝑥
𝑓 𝑥 = 3; 𝑔 𝑥 = −2
ℎ 𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 3 𝑑𝑥 = 3𝑥
w(𝑥) = 𝑒−3𝑥 𝑒3𝑥(−2)𝑑𝑥 + 𝑐
w(𝑥) = 𝑒−3𝑥(−2
3𝑒3𝑥 + 𝑐) ∴ 𝒘 𝒙 = 𝒄𝒆−𝟑𝒙 −
𝟐
𝟑
4) Resultado da Eq. de Bernoulli
𝑤 = 𝑧−1 → 𝑧 = 𝑤−1 ∴ 𝑧 = 𝒄𝒆−𝟑𝒙 −𝟐
𝟑
−1
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
5) Resultado da Eq. de Riccati
𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑧 = 1 + 𝑐𝑒−3𝑥 −2
3
−1
𝒚(𝒙) = 𝟏 + 𝒄𝒆−𝟑𝒙 −𝟐
𝟑
−𝟏
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
✓ Exemplo 02. Dadas a equação diferencial e uma
solução particular, encontre a solução geral da mesma.
𝑦′ = 1 + 𝑥2 − 2𝑥𝑦 + 𝑦2 ; 𝑦𝑝(𝑥) = 𝑥
Solução:
1) Transformando para Bernoulli → y = 𝑦𝑝 𝑥 + 1
𝑧′ − 𝑄 + 2𝑦𝑝𝑅 𝑧 = 𝑅𝑧2
𝑦′ = (1 + 𝑥2) − 2𝑥𝑦 + 𝑦2 ≡ 𝑦′ = 𝑃 𝑥 + 𝑄 𝑥 𝑦 + 𝑅(𝑥)𝑦2
𝑃 𝑥 = 1 + 𝑥2; 𝑄 𝑥 = −2𝑥; 𝑅 𝑥 = 1
𝑧′ − −2𝑥 + 2𝑥 1 𝑧 = 𝑧2 ∴ 𝒛′ = 𝒛𝟐
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
𝒛′ = 𝒛𝟐
𝑑𝑧
𝑑𝑥= 𝑧2 ∴
𝑑𝑧
𝑧2= 𝑑𝑥 ∴ න
𝑑𝑧
𝑧2= න𝑑𝑥 ∴ −
1
𝑧= 𝑥 + 𝑐 ∴
𝑧 = −1
𝑥 + 𝑐
y = 𝑦𝑝 + 𝑧 = 𝑥 + −1
𝑥+𝑐
𝑦(𝑥) = 𝑥 −1
𝑥 + 𝑐
Solução geral: 𝒚 𝒙 = 𝒙 −𝟏
𝒙+𝒄∪ 𝒚 𝒙 = 𝒙
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
✓ Exemplo 02. Dadas a equação diferencial e uma
solução particular, encontre a solução geral da mesma.
𝑦′ = 1 + 𝑥2 − 2𝑥𝑦 + 𝑦2 ; 𝑦𝑝(𝑥) = 𝑥
Solução:
1) Transformando para Bernoulli → y = 𝑦𝑝 𝑥 + 1
𝑧′ − 𝑄 + 2𝑦𝑝𝑅 𝑧 = 𝑅𝑧2
𝑦′ = (1 + 𝑥2) − 2𝑥𝑦 + 𝑦2 ≡ 𝑦′ = 𝑃 𝑥 + 𝑄 𝑥 𝑦 + 𝑅(𝑥)𝑦2
𝑃 𝑥 = 1 + 𝑥2; 𝑄 𝑥 = −2𝑥; 𝑅 𝑥 = 1
𝑧′ − −2𝑥 + 2𝑥 1 𝑧 = 𝑧2 ∴ 𝒛′ = 𝒛𝟐
02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
2) Transformando para linear → z = 𝑤1−𝑛 = 𝑤−1
𝑤′ + 1 − 𝑛 𝑓 𝑥 𝑤 = 1 − 𝑛 𝑔(𝑥)
𝒛′ = 𝒛𝟐 ≡ 𝑦′ + 𝑓(𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)𝑦𝑛
𝑓 𝑥 = 0; 𝑔 𝑥 = 1; 𝑛 = 2
𝑤′ + 1 − 2 (0) 𝑤 = 1 − 2 1
𝑤′ = −1
3) Resolvendo a equação linear
w(𝑥) = 𝑒−ℎ(𝑥) 𝑒ℎ(𝑥)𝑔 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑐
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02/04/2019 09:25 CÁLCULO III - Equações Diferenciais Ordinárias de Primeira Ordem
1.9 Equações Não Lineares - Riccati
𝑤′ = −1 ≡ 𝑦′ + 𝑓 𝑥 𝑦 = 𝑔 𝑥
𝑓 𝑥 = 0; 𝑔 𝑥 = −1
ℎ 𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 0 𝑑𝑥 = 0
w 𝑥 = 𝑒0 𝑒0 −1 𝑑𝑥 + 𝑐 ∴ 𝒘 𝒙 = −𝒙 + 𝒄
4) Resultado da Eq. de Bernoulli
𝑤 = 𝑧−1 → 𝑧 = 𝑤−1 ∴ 𝒛 = −𝒙 + 𝒄 −𝟏
5) Resultado da Eq. de Riccati
𝑦 = 𝑦𝑝 + 𝑧 ∴ 𝒚 𝒙 = 𝒙 +𝟏
−𝒙+𝒄